Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MASSIFICAÇÃO VERSUS SEGMENTAÇÃO DOS PUBLICOS 1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Propaganda Massificada E Fidelização De Clientes: A Evolução Do Marketing De Produtos Ao Marketing De Relacionamento Geralmente, a propaganda ainda é muito utilizada quando se pretende fazer com que um determinado público-alvo (que pode ser mais amplo ou bastante restrito) tenha o conhecimento da existência de um produto ou serviço. Neste sentido, não há nenhum problema em utilizar a propaganda de forma massificada e, concomitantemente, adotar-se uma prática mais direta, mais específica – como o marketing de relacionamento. Cabe, contudo, ressaltar que o marketing de relacionamento NÃO tem uma característica própria da propaganda: nesta, é possível haver “campanhas”, ou ações descontinuadas – enquanto no primeiro é essencial haver uma filosofia de trabalho de longo prazo. Há empresas, por exemplo, que adotam uma campanha de publicidade vistosa assim que entram num mercado novo, com o intuito de comunicar (divulgar) às pessoas sobre sua existência; depois desta fase inicial, a propaganda massificada é descartada, restando ações promocionais e outros meios de comunicação com seus clientes que tenham características mais individualizadas. Há, ainda, empresas que adotam uma estratégia de comunicação única e exclusivamente baseada na comunidação DIRETA com seus clientes – mas é preciso ressaltar que marketing direto é diferente de marketing de relacionamento. Estas empresas podem optar por mala-direta (seja a tradicional, via correio, ou mais moderna, via e-mail) ou mesmo ações de marketing bastante específicas, como eventos, feiras etc. Nos últimos anos, todavia, vem crescendo o número de empresas que vêm optando por construir um RELACIONAMENTO com seus clientes, visando a um retorno de longo prazo. Geralmente estas empresas adotam soluções tecnológicas (geralmente caras) como CRM, DataMining etc. Quando falamos em MARKETING DE RELACIONAMENTO , devemos entender um pouco da história do marketing, de maneira a compreender plenamente suas “fases”. Desde a Segunda Guerra Mundial, a concepção da existência de um mercado massificado embasou a maioria das estratégias de marketing e comunicação: foi a suposição de haver um mercado relativamente homogêneo, com características genéricas e necessidades similares a serem satisfeitas, que guiou até há bem pouco tempo os profissionais dessas áreas na busca por evidenciarem seus bens e serviços da concorrência. Esta crença, a de haver um mercado de massa, foi fomentada basicamente por dois fatores da indústria: a produção em massa e a mídia de massa, sendo esta última conceituada como o conjunto dos meios de comunicação utilizado para atingir uma ampla gama de pessoas sem um perfil claramente definido. Além disso, ela foi respaldada pela existência, no pós-guerra, de uma demanda reprimida pelos mais variados tipos de produtos, aumento da população, crédito fácil e instantâneo. Paralelamente a isto, a principal função da fábrica passou a ser a fabricação em massa – quantidade era o que realmente importava. As linhas de montagem e as peças permutáveis da Revolução Industrial produziam mercadorias cada vez mais parecidas entre si. O povo adquiria o que podia e nunca pensava duas vezes sobre a adequação de suas escolhas. Quando Henry Ford declarou que seus carros viriam em qualquer cor que os clientes quisessem, contanto que fossem pretos, a pressuposição era de que os indivíduos queriam apenas automóveis; para Henry Ford e os outros fabricantes, a população parecia homogênea – e, até certo ponto, era mesmo. A indústria da comunicação, por sua vez, se armava de táticas com o objetivo de atingir uma vasta base de pessoas com uma única mensagem de venda distribuída pelos veículos de comunicação de massa. A propaganda tradicional na mídia de massa (TV, rádio, jornal, revista etc), aquela que atinge um grande público sem qualificações específicas, exceto que são todos espectadores ou leitores da publicação ou se encaixam numa descrição ampla, por sua vez, tendia a atingir indivíduos dentro de um espectro quase ilimitado de características e interesses, sendo geralmente inevitável que somente uma minoria relativamente pequena possuísse necessidades e interesses que a tornasse um verdadeiro prospect para qualquer produto ou serviço que se estivesse vendendo. Podia-se apenas esperar que, nesse grande contingente de público, houvesse um número suficiente de pessoas cujos desejos coincidissem com a oferta da empresa anunciante para resultar numa campanha promocional rentável. Caso a propaganda em massa fosse bem-sucedida, a quantidade de pessoas que buscavam o MASSIFICAÇÃO VERSUS SEGMENTAÇÃO DOS PUBLICOS 2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR produto (ou serviço) anunciado garantiria ganhos de escala aos fabricantes – o que, afinal, acabava por sedimentar a crença de que os consumidores eram todos iguais. Hoje, porém, observa-se claramente que a comunicação de massa está em crise. Isto se deve a um processo de “desmassificação” que vem ocorrendo desde a década de 70, fenômeno previsto inicialmente por Alvin Toffler – criador do termo. Vários fatores podem ser atribuídos a esse novo direcionamento do mercado e consequentemente da indústria de comunicação. A globalização da economia, o avanço da tecnologia – sobretudo da tecnologia de informação – as mudanças demográficas, bem como o surgimento de um novo perfil de consumidor, que agora percebe o seu poder de barganha e a possibilidade de ser atendido nas suas necessidades mais particulares, remeteram à necessidade de adequar as estratégias de comunicação a esse novo estado de coisas, criando mensagens mais efetivas e que captem a atenção do público. Isto significa que as mensagens veiculadas pela mídia, e até mesmo os tipos de mídia existentes, passaram a ser repensados, cedendo espaço não só a novas técnicas de criação como também a instrumentos de veiculação igualmente mais modernos e sofisticados. O que ocorre é que, como os consumidores não estão mais alinhados em grandes grupos-alvo, simples e previsíveis, a forma de atingi-los com uma mensagem publicitária, de sensibilizá-los, de despertar seu interesse por determinada marca em detrimento de outra, precisa ser melhor estudada. A fixação de uma marca na mente do consumidor estimulando nele um comportamento de compra precisa de maior efetividade. Para ajudar a compreender isto, devemos partir das premissas de haver uma correta segmentação de mercado e um posicionamento estratégico (de um produto, serviço, marca e/ou empresa) condizente. Porém, apenas isto não basta – é preciso ir mais adiante. Quando falamos em marketing de relacionamento, além da segmentação de mercado e do posicionamento estratégico, é preciso determo-nos à problemática da fidelização de clientes. A fidelização do cliente integra o processo filosófico do marketing de relacionamento. Desde a preocupação com o cliente interno (empregados da empresa), passando pela qualidade total do serviço, até o pós-marketing que atua como fator importante para a conquista da fidelidade do cliente externo. No contexto empresarial, cliente fiel é aquele que está envolvido, presente. Aquele que não muda de fornecedor e mantém consumo freqüente, optando por uma organização em particular sempre que necessita de um determinado produto similar. Para conseguir a fidelidade dos clientes, a empresa pode trabalhar basicamente em dois sentidos: ter uma marca forte que crie lealdade dos consumidores, e envolver os clientes pelos serviços que oferece. A fidelidade à marca é um dos critérios mais populares para segmentar os mercados. Uma vez que os consumidores fiéis a uma marca são identificados por técnicos com a remessa de formulários para serem preenchidos, os bancos de dados podem ser elaborados para permitir aos executivos de marketing contatar os clientes pela mala direta que é efetiva em termos de custos. Contudo, é importanteressaltar a diferença entre fidelização e promoção. A promoção pode ser utilizada como uma ferramenta dos programas de fidelização – mas fidelizar clientes é um processo mais amplo e abrangente do que uma simples promoção. Algumas definições bastante esclarecedoras sobre marketing de relacionamento: - Marketing de relacionamento é estabelecer, manter e ampliar relacionamentos com consumidores e outros parceiros, com lucro, de tal forma que os objetivos das partes envolvidas são atingidos. Isto é alcançado pela troca mútua de promessas e seu cumprimento. - A ética e os valores do marketing de relacionamento são diferentes dos do marketing convencional. Embora o relacionamento entre fornecedor e consumidor seja comercial, ele é um relacionamento, e isto requer uma visão de longo prazo, respeito mútuo, uma estratégia ganha-ganha, e a aceitação do consumidor como um parceiro e co-produtor de valor, e não como mero receptor passivo do produto do fornecedor. Co-produção significa que parte da implementação é providenciada pelo consumidor. Em marketing de relacionamento, o consumidor é reconhecido primeiro como um indivíduo, depois como um membro de uma comunidade ou grupo com alguma afinidade, e só então como um membro anônimo de um segmento ou uma fração percentual de uma grande massa anônima. MASSIFICAÇÃO VERSUS SEGMENTAÇÃO DOS PUBLICOS 3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR - Marketing de relacionamento é o processo pelo qual uma empresa constrói alianças de longo prazo com clientes atuais e potenciais de tal forma que ambos, vendedor e comprador trabalhem em busca de um conjunto específico de objetivos comuns. Estes objetivos são alcançados quando: são entendidas as necessidades dos consumidores; os consumidores são tratados como parceiros de serviço; é assegurado que os empregados satisfaçam as necessidades dos consumidores, o que pode requerer que os empregados exercitem a iniciativa além das normas da empresa; a melhor qualidade possível é entregue aos consumidores, relativamente às necessidades individuais. O marketing de relacionamento efetivo leva aos seguintes resultados positivos: maior percentual de clientes satisfeitos; maior lealdade dos consumidores; percepção do mercado de que a empresa oferece produtos de melhor qualidade; mais lucro para o vendedor. É um processo contínuo, que requer que a empresa: tenha contato constante com os consumidores para assegurar que os objetivos estejam sendo alcançados; integre o processo de marketing de relacionamento ao processo de planejamento estratégico, habilitando a empresa a melhor gerenciar seus recursos e atender necessidades futuras dos clientes . Um dos pontos fundamentais acerca do marketing de relacionamento é justamente a relevância de haver “relacionamentos” entre as empresas – e também entre a empresa e seus consumidores. De qualquer maneira, estabelecer relacionamento requer esforço. Neste sentido, as empresas devem avaliar a relação custo/benefício entre o esforço de fidelização via investimento no relacionamento e a consequente melhoria de seus níveis de receita. Porém, diferentes produtos/mercados apresentam diferentes inclinações quanto ao tipo de marketing a ser aplicado. Por exemplo: fabricantes de produtos como bens de consumo empacotados, que possuem mercados de massa, têm pouco contato com os usuários finais, o que indicaria a conveniência de uma estratégia do tipo transacional. Já para provedores de serviços, que necessitam contatos íntimos e permanentes com seus clientes, uma estratégia do tipo relacional é a indicada. Bens duráveis e produtos industriais estariam entre estes dois extremos. Assim, vemos que há espaço para que a propaganda massificada permaneça em uso – mas em menor grau do que era visto nas décadas de 1970, 1980 e 1990. Outras formas de atingir o consumidor surgiram – formas decerto mais adequadas aos diferentes tipos e perfis de consumidores que vêem surgindo até hoje. Para muitos, o recrudescimento do tipo de relação que havia antigamente entre o pequeno comerciante do bairro e seus clientes ganhou fôlego graças à busca por características individualizadas por parte dos consumidores: após vivenciarem uma perda de suas identidades em prol de preços baixos – situação vista, em especial, com o fortalecimento de grandes hipermercados, aonde o atendimento é frio, formal e impessoal –, muitos acabaram optando por pagarem um preço ligeiramente superior mas receber, em troca disso, um atendimento mais humanizado, pessoal, mais próximo. Esta mesma linha de raciocínio pode ser aplicada a indústrias, prestadores de serviços e quaisquer ramificações econômicas hoje em dia – o relacionamento pessoal volta a ganhar importância, mesmo que na época das conversas virtuais (pela Internet) e das mensagens por e-mail, em detrimento das conversas pessoais. Segmentação Do Público É Fundamental Para Uma Comunicação Efetiva Apesar do objetivo da comunicação ser o de atingir um grande número de pessoas, a segmentação do público é uma das estratégias principais das organizações. Por muito tempo, o foco era trabalhar a imagem no produto, mas hoje, percebemos que o que funciona mesmo é conversar diretamente com o consumidor. MASSIFICAÇÃO VERSUS SEGMENTAÇÃO DOS PUBLICOS 4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR A segmentação já é usada por todos os meios de comunicação, mas sua prática é mais forte na internet, onde ferramentas de marketing digital, como o Google Adwards, permitem a criação de campanhas voltadas para públicos específicos. Quando foca em personas específicas, a comunicação tem características próprias, como o vocabulário, o tema envolvido e os meios que utiliza. E, apesar de atingir um número bem menor de pessoas, trabalha de uma forma direcionada e planejada, com investimentos reduzidos, mas resultados eficientes. É comprovado que as mensagens enviadas apenas para um grupo específico têm maiores taxas de aberturas e cliques. O destinatário percebe que a publicação é voltada para seus interesses e a considera como um benefício, pois o conteúdo foi produzido com qualidade e atende às suas expectativas. Para que seja possível fazer uma boa segmentação do público da marca, estas são algumas sugestões de grupos: • Faixa etária; • Sexo; • Cidade; • Aniversário; • Histórico de comportamento junto à empresa; • Consumo de produtos; • Interesses, gerais ou específicos; • Frequência de compra; • Interação com a organização; • Ou qualquer categoria relevante para a empresa cuja informação de segmentação tenha sido coletada pelo CRM. Assim, os clientes interagem com as publicações de modo mais efetivo, abrindo os emails, entrando nos sites mais frequentemente e realizando a compra dos seus produtos e serviços. As marcas de e-commerce são as maiores adeptas da comunicação segmentada, principalmente para o envio de email marketing. E a mesma lógica pode ser usada por empresas de áreas, para se alinhar exatamente aos interesses de cada cliente. É importante que organizações de qualquer tamanho ou setor trabalhem melhor a abordagem com seus consumidores, oferecendo os conteúdos certos para cada um. Esta estratégia tornará a comunicação mais clara e o público mais próximo e interessado. Comunicação Interativa: Aprenda A Se Relacionar Com O Público Existem vários canais para transmitir informações ao público-alvo de uma empresa, mas talvez a comunicação interativa seja a mais inovadora e eficiente nos últimos tempos. Não porque ela necessite de tecnologias de ponta para ser possível, mas por ter o feedback em tempo real de cada cliente enquanto ela acontece. Entenda, neste post, a diferença entre a comunicação tradicional e a interativa e qual delas pode ajudar melhor a sua empresa na transmissão de informação e para se relacionar com o público. Comunicação Interativa X Comunicação Tradicional MASSIFICAÇÃO VERSUS SEGMENTAÇÃO DOS PUBLICOS 5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Acomunicação interativa não substituirá a comunicação tradicional; ela na verdade pode ser entendida como uma ferramenta totalmente distinta dos meios tradicionais de comunicação. Entre eles podemos citar jornais impressos, revistas, canais de televisão e sites de conteúdo que usam uma via única de transmissão de informação, ou seja, o emissor envia uma mensagem ao receptor, no caso o público, que apenas a recebe. No caso da comunicação interativa, o receptor não somente recebe a mensagem, mas também interage. Alguns exemplos são os chatbots utilizados em aplicativos de mensagem para atender os clientes, atendimento por telefone e programas e estabelecimentos que usam a gamificação para que seu público interaja com a marca. Benefícios Da Comunicação Interativa Enquanto a comunicação tradicional tem um alto impacto de propagação e certa facilidade de acompanhamento de seus efeitos, a comunicação interativa traz também importantes contribuições como: Personalização Da Informação A comunicação interativa permite que a mensagem seja personalizada para cada consumidor. Um portal de notícias pode, por exemplo, permitir que o cliente assinante personalize a página inicial de notícias e use esta informação também para personalizar as publicidades que serão apresentadas. Feedback Em Tempo Real Do Cliente Assim como em uma conversa por telefone, um chatbot pode enviar uma oferta personalizada para um cliente, responder dúvidas e até concluir a venda em uma mesma interação. Neste caso, além da realização da venda, a interação também ofereceu dados sobre a aceitação do veículo de venda e a assertividade no tipo de oferta. É Envolvente E Fideliza O Público Como a comunicação interativa precisa da reação do cliente, recorrentemente os meios utilizados conquistam o público por sua acessibilidade e inovação, como as redes sociais e aplicativos da empresa. Isto torna a comunicação mais envolvente, fidelizando mais clientes na medida em que usa interfaces amigáveis e também comunica de forma mais intensa com aqueles que identificam que a empresa poderá atender suas necessidades. Melhores Aplicações Para A Comunicação Interativa A comunicação interativa pode ter diversas aplicações, mas é com o público mais específico que ela mostrará mais resultados. Enquanto a comunicação tradicional pode informar a um grande público a existência de um novo produto, a comunicação interativa pode conduzir clientes que estejam na dúvida sobre os benefícios que poderá usufruir na compra dele. A comunicação interativa também poderá engajar clientes e torná-los fiéis usando jogos e programas onde quanto mais o cliente interagir com a marca, mais benefícios ganhará. Ferramentas Para Estabelecer Comunicações Interativas As ferramentas para a comunicação interativa também terão alto grau de inovação, até mesmo nos call centers. Algumas delas são: Softwares De CRM Para um call center, o software de Customer Relationship Management é fundamental para a comunicação interativa, pois é a partir dos relatórios de perfil de consumo que as ligações e ofertas podem ser feitas de forma mais personalizadas. Chatbots MASSIFICAÇÃO VERSUS SEGMENTAÇÃO DOS PUBLICOS 6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Os chatbots não representam apenas mais um canal de comunicação com o cliente, mas uma ferramenta capaz de usar a inteligência virtual e códigos para atender as demandas de forma próxima a humanizada e ainda oferecer comandos de ações que canais menos tecnológicos não poderiam proporcionar. Redes Sociais Não menos importante, as redes sociais como palco para o chamado SAC 2.0 também são ferramentas essenciais para este tipo de comunicação, pois são o ambiente em que os clientes estão cada vez mais dispostos a interagir. Saber como e quando usar a comunicação interativa com os clientes demonstra o caráter estratégico e inovador da empresa, que não deixa de usar outros meios de interação com o público, mas acompanham as tendências e a necessidades dos clientes. Meios De Comunicação Os Meios de Comunicação representam os veículos ou instrumentos designados para difundir a informação entre os homens, por exemplo, o rádio, a televisão, o telefone, o jornal, a revista, a internet, o cinema, dentre outros. A partir do desenvolvimento da ciência e das novas tecnologias, os meios de comunicação têm avançado significativamente, proporcionando a difusão dos conhecimentos e da comunicação no mundo. Comunicação Segundo a "Teoria da Comunicação", o emissor (locutor) é aquele que emite a mensagem e, por sua vez, o receptor (interlocutor) é aquele que a recebe e a decodifica. O "canal de comunicação" designa o local, ou o meio pelo qual a mensagem será enviada para o receptor. Assim, os meios de comunicação social se aproximam do “canal”, na medida em que ele representa o veículo entre o emissor e o receptor, que pode ser linguagem escrita, sonora, audiovisual, por exemplo, o jornal, revista (comunicação escrita), rádio e televisão (comunicação audiovisual), etc. História Se pensarmos que a história e origem dos meios de comunicação surgem da necessidade humana de se expressar, a arte rupestre (desenhos primitivos dentro das cavernas ou grutas), característico da pré-história, já aponta essa importância na vida dos homens. Desde o surgimento da escrita e do alfabeto, o homem vem desenvolvendo maneiras de expandir o conhecimento e criar uma “cultura” humana. Note que isso é justamente o que nos difere dos animais, ou seja, a criação de uma cultura (gerada pela comunicação humana), posto que as espécies animais não possuem uma "linguagem" que os permitam criar culturas, crenças e tradições, as quais serão passadas de geração em geração. Feita essa afirmação, foram séculos de desenvolvimento até chegarmos ao ponto de comunicação que chegamos, ou seja, na era das tecnologias da informação e da cultura de massa, onde esses meios representam, em grande parte, fatores de desenvolvimento da sociedade humana, uma vez que disseminou (e continua disseminando) o conhecimento pelo mundo, em diversos tempos e espaços. Depois da escrita, surgiram os suportes como o papiro, os pergaminhos, e mais tarde, os livros, que no início era objeto de poucos, sendo difundido a partir da criação da imprensa no século XIV. O correio é considerado um dos mais antigos meios de comunicação, de forma que os egípcios já utilizavam para enviar documentos e cartas. Antigamente, as aves, como pombas e corvos, eram utilizadas para o envio das mensagens. Com o desenvolvimento dos estudos sobre eletricidade, já no século XVIII, surge o telégrafo, instrumento ligado por fios e eletroímãs, baseado na emissão de impulsos eletromagnéticos, MASSIFICAÇÃO VERSUS SEGMENTAÇÃO DOS PUBLICOS 7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR encarregado de enviar mensagens a longas distâncias. Foi considerado uma das grandes revoluções dos meios de comunicações sendo um dos primeiros sistemas modernos de comunicação. Os telégrafos foram essencialmente utilizados pelos governos, sendo que a mensagem (escrita ou visual) era transmitida por códigos, donde surge o Código Morse, inventado pelo pintor estadunidense Samuel Morse (1791-1872). No século XIX, o rádio e o telefone foram os principais meios de comunicação. Por meio de ondas eletromagnéticas, o rádio foi criado e utilizado para propagar as informações, bem como servir de entretenimento, com as músicas e radionovelas. Note que foi um importante instrumento de comunicação utilizado durante os períodos de guerra. Já o telefone, representou a evolução do telégrafo uma vez que representa um instrumento ligado por fios, entretanto, que emite mensagens de voz a longas distâncias em tempo real, enquanto os telégrafos só enviavam desenhos ou mensagens de texto. Todavia, diferente do telégrafo, esse meio de comunicação se expandiu sendo muito utilizado atualmente: telefone público, analógico, digital, sem fio e celulares. No século XX, sem dúvida,a televisão e a internet foram (e continuam sendo) os principais meios de comunicação. A televisão é um instrumento de reprodução de som e imagem simultâneos, por meio de ondas eletromagnéticas. Já a internet, representa um sistema global de redes de computadores que utiliza das mais variadas tecnologias de rede: eletrônica, sem fio e óptica. Pesquisas apontam que a televisão ainda é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem, e, em segundo lugar está a internet, que cada vez mais se expande pelo mundo no campo das comunicações instantâneas. Tipos De acordo com o campo e atuação, existem dois tipos de meios de comunicação, a saber: • Individual: os meios de comunicações individuais estão pautados na comunicação interna, interpessoal (entre as pessoas), por exemplo, a carta (correio), telefone, fax. • Massa: os meios de comunicação de massa, é mais ampla e externa, como intuito de comunicar um grande número de pessoas, por exemplo, jornais, revistas, internet, televisão, rádio. Classificações Segundo o tipo de linguagem utilizada (escrita, sonora, audiovisuais, multimídia, hipermídia), os meios de comunicação social classificam-se em: • Escritos: linguagem escrita dos jornais, livros e revistas. • Sonoros: linguagens através de sons, por exemplo, o rádio e o telefone. • Audiovisuais: fusão de som e imagem, por exemplo, a televisão e o cinema. • Multimídias: reunião de diversos meios de comunicação diferentes (texto, áudio, vídeo, etc.). • Hipermídias: fusão de meios de comunicação por meio dos sistemas eletrônicos de comunicação, por exemplo, CD - ROM, TV digital e internet. Novos Meios De Comunicação E Reinvenção Da Vida Meios De Comunicação Social Meios de comunicação social são todos os tipos de aparatos analógicos ou digitais utilizados para transmitir textos, imagens e áudios para uma massa heterogênea e indeterminada de pessoas. Os meios mais conhecidos são os livros, jornais, revistas, rádio, cinema, televisão, gravações(discos de MASSIFICAÇÃO VERSUS SEGMENTAÇÃO DOS PUBLICOS 8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR vinil, fitas cassete, VHSs, cartuchos, CDs, DVDs, blu-rays, etc.), video games e internet. Estes aparatos existem desde o início da civilização humana, na medida em que sistemas de criação, processamento, transmissão e recepção, fazem parte natural dos sistemas sociais de interação humana. O sistema dos meios de comunicação de massa implica organizações geralmente amplas, complexas, com grande número de profissionais e extensa divisão do trabalho. O universo dos meios de comunicação implica, segundo Jorge Pedro Souza (2006), a existência de um processo social (em que seres humanos trocam mensagens, através de um canal, dentro de um contexto, com determinados efeitos) e uma atividade social, onde pessoas, imersas em uma determinada cultura, trocam signos e significados. Uma característica básica dos meios de comunicação de massa é o fato de que eles empregam máquinas no processo de mediação da comunicação: aparelhos e dispositivos mecânicos, elétricos e eletrônicos, que possibilitam o registro permanente e a multiplicação das mensagens impressas (jornal, revistas, livro) ou gravadas (disco, rádio) em milhares ou milhões de cópias. O fator tecnológico dos meios levou o sociólogo canadense Marshall McLuhan a afirmar que os meios tinham impacto maior do que a própria mensagem sobre os indivíduos. Mcluhan é autor da famosa sentença de que "o meio é a mensagem". Descrita em Os Meios de Comunicação como Extensão do Homem, Marshall Mcluhan afirma que os meios determinam, ao longo da história, o modo como os indivíduos e as sociedades sentem, pensam e vivem. São tecnologias tão poderosas que chegam a moldar a natureza da civilização. O advento da internet e das tecnologias digitais de comunicação, no final do século XX, conduziu pensadores como Guy Debord (1967) e Jean Baudrillard (1970) a proclamarem a emergência da sociedade do espetáculo e da era dos Simulacros e Simulações. Para os pensadores franceses, a era das imagens (digitais, virtuais, protéticas) estava a engolir a realidade e a instituir um regime autocrático de falsificação do real. Nada mais possuía natureza original e autêntica do real. O valor de signo havia empurrado o universo ao buraco negro da própria imagem. No mundo da imagem pura, tudo era apenas espetáculo e simulacro. Leandro Marshall observa em "A Hipercomunicação" (2014) que o pensamento de Baudrillard e de Debord denota o sentimento de o universo sagrado imaginário humano estaria dominado e controlado pela inflação de imagens e objetos da sociedade de consumo. A Era do Espetáculo seria a consagração do império da "Hiper-Realidade", território totalmente engolfado pela tecnologização e pela virtualização. Os primeiros meios de comunicação de massa foram os livros, produzidos artesanalmente desde a antiguidade, mas fabricados, em série, a partir da invenção da prensa, por Gutemberg, na Alemanha, no século XV. O primeiro livro produzido pelo impressor alemão foi a Bíblia de 42 linhas. A prensa permitiu o nascimento dos jornais e das revistas a partir do século XVII. Os dois tipos de meios ganharam sua forma moderna no início do século XX, nos Estados Unidos, e depois na Inglaterra, com a penny press. Os meios de comunicação social passaram efetivamente a ter impacto social, sobretudo, no século XX, a partir do advento da Televisão e do Rádio. Os meios eletrônicos dominaram plateias no mundo inteiro e tornaram-se instrumento permanente de emoção, encanto, fantasia e informação O avanço da tecnologia permitiu a reprodução em grande quantidade de materiais informativos a baixo custo. As tecnologias de reprodução física, como a imprensa, a gravação de discos de música e a reprodução de filmes seguiram a reprodução de livros, jornais e filmes a baixo preço para um amplo público. Pela primeira vez, a televisão e a rádio permitiram a reprodução eletrônica de informações. Os meios eram (pelo menos na origem) baseados na economia de reprodução linear: neste modelo, um obra procura render em modo proporcional ao número de cópias vendidas, enquanto ao crescer o volume de produção, os custos unitários decrescem, aumentando a margem de lucro. Grandes fortunas são devidas à indústria da mídia. Se, inicialmente, o termo "meios de comunicação de massa" se referia basicamente a jornais, revistas, rádio e televisões, no final do século XX a internet também entrou fortemente no setor. Para alguns, também os telefones celulares já podem ser considerados uma mídia. Grupos De Mídia MASSIFICAÇÃO VERSUS SEGMENTAÇÃO DOS PUBLICOS 9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR No Brasil • Grupo Abril - fundado por Victor Civita inclui as revistas Veja, Exame, Claudia, Superinteressante e Quatro Rodas, além das editoras Ática e Scipione que formam a Abril Educação. • Grupo Bandeirantes de Comunicação - o maior grupo de rádio do país, duas redes abertas de TV, três canais segmentados, dois jornais, uma operadora de TV por assinatura e o portal Band.com.br. • Grupo Bloch - propriedade de Adolpho Bloch, incluía a Bloch Editores publicadora da revista Manchete, a Rede Manchete e as estações de rádio Manchete e Manchete FM. • Diários Associados - fundado por Assis Chateaubriand, é um dos maiores complexos de comunicação da América Latina reunindo 15 jornais - incluindo Correio Braziliense e o Diário de Minas, 12 emissoras de rádio, 8 emissoras de televisão (mídia trazida para o Brasil pelos Associados em 1950 através da PRF-3 TV Tupi de São Paulo), 9 portais incluindo o Uai e 5 sites. • Grupo Estado - inclui o jornal O Estado de S. Paulo, a Rádio Estadão, e a Eldorado FM. • Grupo Folha - inclui o jornal Folha de S. Paulo e o portal de internet Universo Online (UOL) • Grupo Globo - inclui hoje a Rede Globo, a programadora de TV paga Globosat, a Globo.com, os jornais O Globo, Extra e Expresso e o Sistema Globo de Rádio. • Grupo Record – Hoje, a RecordTV cobre todo o Brasil e,através da RecordTV Internacional, está também em aproximadamente 150 países. O grupo também possui o portal R7, a Rádio Record, a Rede Família, a Record News, a Rádio Guaíba, a Rádio Sociedade da Bahia e o jornal Correio do Povo. • Grupo RBS - Rede Brasil Sul (RBS) inclui a RBS TV. A RBS conta com três jornais, sete portais de Internet, uma gravadora, 15 emissoras de rádio e uma empresa de mobile marketing. Além disso, possui 12 emissoras de televisão afiliadas à Rede Globo, além de quatro novas em implantação, tornando-se a maior rede regional da América Latina. A rádio Rede Gaúcha Sat possui 110 emissoras afiliadas em nove estados brasileiros. • Grupo Silvio Santos – O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) é o negócio mais expressivo no ramo de comunicações, mas o GSS também está presente na TV por assinatura através da TV Alphaville e da TV Cidade e em diversos outros setores de varejo à agricultura, passando por cosméticos, alimentos, produção teatral e bancos. _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________
Compartilhar