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2. Elementos de comunicação

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ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
Todos os conceitos apresentados anteriormente são importantes quando se quer entender o 
que é a comunicação. E uma vez que a comunicação pode ser entendida como o ato de tornar comum 
algum tipo de informação, temos de ter em mente que alguns elementos se fazem necessários nesse 
processo. São eles: 
 Emissor: é aquele que passa a informação; 
 Receptor: é aquele que recebe a informação, aquele com quem o emissor se comunica; 
 Referente ou contexto: é o assunto que será informado; 
 Mensagem: é tudo o que foi transmitido do emissor ao receptor, é todo o desenvolvimento do 
assunto; 
 Canal: é o meio físico, a forma que é utilizada para passar a informação; 
 Código: é a convenção social que permite ao receptor compreender a mensagem, ou seja, a língua 
utilizada (por exemplo, língua portuguesa). 
 
 
 
Não é possível haver comunicação se esses seis elementos não estiverem presentes. Como 
exemplo prático, basta pensarmos na redação que todos os que ingressam em uma universidade fazem. 
Emissor: o candidato à vaga, quem produz a redação; 
Receptor: a pessoa que lê a redação; 
Referente: o assunto proposto para a elaboração da redação; 
Mensagem: tudo aquilo que o candidato escreveu na redação para desenvolver o assunto; 
Canal: escrita; 
Código: Língua Portuguesa. 
 
Se o candidato conseguiu obter a vaga é sinal de que ele conseguiu comunicar. 
 
Temos de lembrar, no entanto, que, quando há um diálogo, há também a troca de papéis entre 
emissor e receptor, uma vez que as falas (turnos) vão se alternando para que se efetive a interação. 
Agora, quando há um fator externo que afeta ou perturba esse processo, nós o chamamos de 
ruído na comunicação. Aqui, ruído não deve ser entendido como sinônimo de “barulho”, mas como 
qualquer fator que afete a comunicação. Por exemplo: Se estamos em sala de aula e um barulho 
externo impede os alunos de ouvirem o professor, temos um ruído na comunicação, mas se é entregue 
uma folha aos alunos e um dos parágrafos apresenta-se ilegível, também temos um ruído na 
A COMUNICAÇÃO HUMANA II 
ALUNO (A): _____________________________________ 
DIREITO – REDAÇÃO E LINGUAGEM JURÍDICA 
Prof. M.e Nivaldo Fernandes Silva 
 
 
comunicação. Se o professor resolve dar sua aula utilizando como código a língua japonesa e os alunos 
não a conhecem, novamente temos um ruído na comunicação. 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
Vimos, anteriormente, que a língua é um sistema de regras que pertence a um grupo social e a 
fala, por sua vez, é o uso que cada indivíduo faz da língua. 
Quando se propõe a comunicar, a pessoa faz escolha e seleção de palavras para, então, 
organizá-las e combiná-las, formando o texto. Todo esse processo não é aleatório e está diretamente 
ligado à intenção do emissor. Dependendo dessa intenção temos um tipo diferente de função de 
linguagem. São seis as funções e elas estão relacionadas aos seis elementos de comunicação: 
Vejamos: 
 Função emotiva: centrada no emissor; a finalidade é o posicionamento do emissor 
frente ao tema abordado; é quando aparecem opiniões ou sensações de quem fala ou escreve. 
Marcada pelo emprego da primeira pessoa e de sinais de pontuação como reticências e ponto 
de exclamação. 
Exemplo: “Mas que inferno, e eu lá desejo entrar em alguma literatura do mundo? O futuro 
já é passado, não me interessa mais. Ou estão pensando que escrevo para criar alguma 
notoriedade?” (Clarice Lispector) 
 Função apelativa: centrada no receptor, o objetivo do emissor é influenciar o receptor. 
É uma função amplamente utilizada na publicidade, dado o seu objetivo de interferir no 
comportamento do receptor. Marcada pelo emprego do imperativo e do vocativo e dirigida à 
2ª pessoa. 
Exemplo: “Veja os novos trailers do filme ‘Speed Racer’.” (uol) 
 Função referencial: centrada no referente; a intenção é transmitir ao receptor uma 
informação de forma direta e objetiva. Marcada pelo emprego do sentido denotativo das 
palavras e da 3ª pessoa. 
Exemplo: “Com o assentimento de Lula, as autoridades econômicas do governo vão impor 
um bloqueio às despesas inseridas no Orçamento por meio de emendas de deputados e 
senadores.” (Folha on line) 
 Função fática: centrada no canal; serve para que o emissor comece, mantenha ou 
prolongue uma comunicação com o receptor. Não há preocupação com o conteúdo e sim com 
o contato entre os interlocutores. Utiliza expressões para manter o contato. 
Exemplo: — Oi, tudo bem? 
 — Tudo, e você?... 
 Função metalinguística: centrada no código; é o código sendo utilizado para explicar o 
próprio código, ou seja, ocorre essa função quando se dá uma definição, ou se explica, ou se 
pede explicação a respeito de uma palavra ou expressão. 
Exemplo: Comunicação: “S.f. 1. Ato ou efeito de comunicar(-se). 2. Ato ou efeito de 
emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos 
convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos 
ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual...” 
(Dicionário Aurélio) 
 
 
 Função poética: centrada na mensagem; é marcada pelo ritmo, pela sonoridade, pela 
conotação, mas não se limita à poesia. 
Exemplo: “Melhoral é melhor e não faz mal”. 
 
Ou 
 
Autopsicografia 
O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 
 
E os que leem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 
 
E assim nas calhas da roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama o coração.” (Fernando Pessoa) 
Em resumo, para que se tenha a comunicação é necessária a presença dos seis elementos de 
comunicação, porém não a das seis funções de linguagem. Estas podem coexistir sem que haja 
problemas, visto que há a dependência da intenção do emissor. 
Observe o esquema a seguir que mostra a relação entre os elementos e as funções da 
linguagem:

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