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Introdução à Biomedicina_Sagah_Tutores_Uni 1

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Natalia Cunha

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Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

A estrutura orgânica dos Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBMs) é composta por Seccionais, Delegacias Regionais, Plenário, Mesa Diretora e pelas Comissões. São unidades administrativas descentralizadas, que possuem poder e dever de fiscalização, disciplina e orientação do exercício da profissão de biomédico. A necessidade dessas representações dos conselhos regionais é devida à amplitude territorial da jurisdição de cada conselho. A administração das representações é delegada aos coordenadores de cursos de Biomedicina, o que mantém a aproximação entre as entidades de ensino, os alunos e os conselhos, proporcionando aos egressos bom atendimento e comodidade. O cargo de Delegado Regional é honorífico, ou seja, não tem intuito de vantagem material (remuneração ou outras formas de pagamento) pelo exercício das funções inerentes ao cargo. Da mesma maneira, os cargos de Conselheiros não recebem remuneração pela atuação nos Conselhos Regionais ou Federal. As comissões podem ser divididas conforme as habilitações biomédicas, podendo assim realizarem fiscalização mais específica dos profissionais. Como exemplo, temos o Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região, que possui 18 comissões: comissão científica; comissão de ensino e docência; comissão fiscal; comissão de análise ambiental; comissão de social e eventos; comissão de ética; comissão de constituição e justiça; comissão de licitação e contratos; comissão de toxicologia; comissão de biomedicina estética; comissão de imprensa; comissão de acupuntura; comissão de anatomia patológica, citologia e histotecnologia clínica; comissão de banco de sangue; comissão de docência e pesquisa; comissão de genética; comissão de imagenologia; e comissão de patologia clínica (análises clínicas).

Segundo o Art. 31 do Decreto 88.439/83, o pagamento da anuidade ao Conselho Regional da respectiva jurisdição constitui condição de legitimidade do exercício profissional. Além disso, conforme o Art. 32, a inscrição do Biomédico, o fornecimento de Carteira de Identidade Profissional e certidões, bem como o recebimento de petições, estão sujeitos ao pagamento de anuidades, taxas e emolumentos. O profissional que exercer atividade simultânea em municípios com jurisdições diferentes deve realizar o registro em cada um dos Conselhos Regionais, efetuando inclusive o pagamento das anuidades respectivas e atendendo a demais exigências dos Regionais (Resolução n° 50, de 24 de Maio de 2000). O aluno formando pode solicitar uma inscrição provisória no Conselho Regional, desde que apresente para o conselho um certificado de conclusão de curso com data de colação de grau, cópia de histórico escolar com a área e carga horária do estágio supervisionado, pagamento das taxas estabelecidas pelo Conselho Federal de Biomedicina, além de outros documentos de identificação exigidos pelos conselhos. A inscrição definitiva para o biomédico pessoa física somente é realizada mediante a apresentação do diploma original e pagamento das taxas. A inscrição de pessoa jurídica, ou seja, empresa, deve ser realizada de forma distinta e conforme seu objetivo, tais como Pessoa Jurídica de Direito Privado com Fins Lucrativos, Pessoa Jurídica de Direito Público ou Pessoa Jurídica de Natureza Filantrópica. Os procedimentos para inscrição de empresas - Pessoa Jurídica de Direito Privado com Fins Lucrativos, inscrita na Junta Comercial ou no Cartório incluem: 1. Preencher o requerimento 'Inscrição de Pessoa Jurídica'; 2. Detalhar as atividades que serão desenvolvidas pelo Responsável Técnico; 3. Gerar cópia simples de certidão ou certificado de inscrição da matriz, filial(is) ou posto(s) de coleta inscrito(s) em outros Conselhos, conforme o caso, se houver; 4. Gerar comprovante de situação cadastral do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto à Receita Federal; 5. Gerar 1 cópia autenticada do documento de constituição da Pessoa Jurídica (contrato social ou estatuto ou ata de assembleia ou declaração de empresário individual em que conste a criação e o endereço da unidade a ser inscrita, o capital social e também assinatura com firma reconhecida dos sócios e do advogado com n° da OAB; ou 6. Gerar 1 cópia autenticada da última alteração consolidada ocorrida no documento de constituição da Pessoa Jurídica (contrato social ou estatuto ou ata de assembleia ou declaração de empresário individual) em que conste a criação e o endereço da unidade a ser inscrita, o capital social e também assinatura com firma reconhecida dos sócios e do advogado com n° da OAB; 7. Caso a empresa seja da modalidade EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, o item 5 será substituído pela apresentação do Requerimento de Empresário, devidamente registrado na Junta Comercial.

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Questões resolvidas

A estrutura orgânica dos Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBMs) é composta por Seccionais, Delegacias Regionais, Plenário, Mesa Diretora e pelas Comissões. São unidades administrativas descentralizadas, que possuem poder e dever de fiscalização, disciplina e orientação do exercício da profissão de biomédico. A necessidade dessas representações dos conselhos regionais é devida à amplitude territorial da jurisdição de cada conselho. A administração das representações é delegada aos coordenadores de cursos de Biomedicina, o que mantém a aproximação entre as entidades de ensino, os alunos e os conselhos, proporcionando aos egressos bom atendimento e comodidade. O cargo de Delegado Regional é honorífico, ou seja, não tem intuito de vantagem material (remuneração ou outras formas de pagamento) pelo exercício das funções inerentes ao cargo. Da mesma maneira, os cargos de Conselheiros não recebem remuneração pela atuação nos Conselhos Regionais ou Federal. As comissões podem ser divididas conforme as habilitações biomédicas, podendo assim realizarem fiscalização mais específica dos profissionais. Como exemplo, temos o Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região, que possui 18 comissões: comissão científica; comissão de ensino e docência; comissão fiscal; comissão de análise ambiental; comissão de social e eventos; comissão de ética; comissão de constituição e justiça; comissão de licitação e contratos; comissão de toxicologia; comissão de biomedicina estética; comissão de imprensa; comissão de acupuntura; comissão de anatomia patológica, citologia e histotecnologia clínica; comissão de banco de sangue; comissão de docência e pesquisa; comissão de genética; comissão de imagenologia; e comissão de patologia clínica (análises clínicas).

Segundo o Art. 31 do Decreto 88.439/83, o pagamento da anuidade ao Conselho Regional da respectiva jurisdição constitui condição de legitimidade do exercício profissional. Além disso, conforme o Art. 32, a inscrição do Biomédico, o fornecimento de Carteira de Identidade Profissional e certidões, bem como o recebimento de petições, estão sujeitos ao pagamento de anuidades, taxas e emolumentos. O profissional que exercer atividade simultânea em municípios com jurisdições diferentes deve realizar o registro em cada um dos Conselhos Regionais, efetuando inclusive o pagamento das anuidades respectivas e atendendo a demais exigências dos Regionais (Resolução n° 50, de 24 de Maio de 2000). O aluno formando pode solicitar uma inscrição provisória no Conselho Regional, desde que apresente para o conselho um certificado de conclusão de curso com data de colação de grau, cópia de histórico escolar com a área e carga horária do estágio supervisionado, pagamento das taxas estabelecidas pelo Conselho Federal de Biomedicina, além de outros documentos de identificação exigidos pelos conselhos. A inscrição definitiva para o biomédico pessoa física somente é realizada mediante a apresentação do diploma original e pagamento das taxas. A inscrição de pessoa jurídica, ou seja, empresa, deve ser realizada de forma distinta e conforme seu objetivo, tais como Pessoa Jurídica de Direito Privado com Fins Lucrativos, Pessoa Jurídica de Direito Público ou Pessoa Jurídica de Natureza Filantrópica. Os procedimentos para inscrição de empresas - Pessoa Jurídica de Direito Privado com Fins Lucrativos, inscrita na Junta Comercial ou no Cartório incluem: 1. Preencher o requerimento 'Inscrição de Pessoa Jurídica'; 2. Detalhar as atividades que serão desenvolvidas pelo Responsável Técnico; 3. Gerar cópia simples de certidão ou certificado de inscrição da matriz, filial(is) ou posto(s) de coleta inscrito(s) em outros Conselhos, conforme o caso, se houver; 4. Gerar comprovante de situação cadastral do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto à Receita Federal; 5. Gerar 1 cópia autenticada do documento de constituição da Pessoa Jurídica (contrato social ou estatuto ou ata de assembleia ou declaração de empresário individual em que conste a criação e o endereço da unidade a ser inscrita, o capital social e também assinatura com firma reconhecida dos sócios e do advogado com n° da OAB; ou 6. Gerar 1 cópia autenticada da última alteração consolidada ocorrida no documento de constituição da Pessoa Jurídica (contrato social ou estatuto ou ata de assembleia ou declaração de empresário individual) em que conste a criação e o endereço da unidade a ser inscrita, o capital social e também assinatura com firma reconhecida dos sócios e do advogado com n° da OAB; 7. Caso a empresa seja da modalidade EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, o item 5 será substituído pela apresentação do Requerimento de Empresário, devidamente registrado na Junta Comercial.

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UNIDADE 1
BIOMEDICINA
Introdução à
História da Biomedicina: 
Origem e Regulamentação
Prezado estudante,
Estamos começando uma unidade desta disciplina. Os textos que a compõem foram organizados com 
cuidado e atenção, para que você tenha contato com um conteúdo completo e atualizado tanto quanto 
possível. Leia com dedicação, realize as atividades e tire suas dúvidas com os tutores. Dessa forma, você, 
com certeza, alcançará os objetivos propostos para essa disciplina.
Objetivo Geral 
Descrever sobre a origem e a regulamentação da profissão.
unidade 
1
V.1 | 2022
Parte 1
Noções Gerais da Profissão: 
Definição e Histórico
 
O conteúdo deste livro 
é disponibilizado
por SAGAH.
unidade 
1
V.1 | 2022
10 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
Noções gerais da profissão: 
definição e histórico 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir a necessidade existente no mercado de trabalho que levou a 
criação do perfil profissional biomédico.
  Descrever breve histórico sobre a origem e a regulamentação da 
profissão e suas áreas de atuação.
  Introduzir os conceitos fundamentais ligados ao profissional biomédico 
e a organização do curso de graduação de acordo com as diretrizes 
curriculares.
Introdução
Neste texto, você conhecerá um pouco sobre a história do curso de 
Biomedicina que completa, no ano de 2017, 51 anos de existência. Será 
abordada a necessidade do mercado de trabalho que delineou o surgi-
mento desta categoria profissional em busca da promoção da saúde e da 
educação para a sociedade. Além disso, você saberá quais são os requisitos 
essenciais para organização do curso de graduação de Biomedicina em 
instituições de Ensino Superior de acordo com as diretrizes curriculares. 
O curso, quando criado, em 1966, era chamado de Ciências Biológicas 
– Modalidade Médica e foi implantado no mesmo ano na Universidade 
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Em 1967, também foi implantado na 
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) e na Faculdade de Ciências 
Médicas e Biológicas de Botucatu (UNESP). Em sua trajetória, o curso 
atualmente chamado de Biomedicina sofreu diversas modificações cur-
riculares, ampliando suas habilitações e qualificando seus profissionais.
U N I D A D E 1 
U1_C01_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 13 11/01/2018 16:17:03
História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Noções Gerais da Profissão: Definição e Histórico | PARTE 1 11
Necessidade da existência de um profissional 
biomédico no mercado de trabalho
Com o surgimento da medicina moderna e o desenvolvimento da industriali-
zação e da economia capitalista, e desde a segunda metade do último século, 
observa-se uma extrapolação da atuação da medicina em seu campo de atuação 
tradicional em relação às doenças, com grande crescimento da defi nição dos 
problemas da vida em termos médicos.
A ideia para a criação do curso de Biomedicina, chamada na época de 
Ciências Biológicas – Modalidade médica, foi lançada em 1950, devido à 
preocupação de alguns educadores com a falta de docentes devidamente 
preparados para atuarem nas disciplinas básicas da área da saúde. O mercado 
de trabalho carecia de profissionais de qualidade atuando como docentes 
para ministrar disciplinas básicas para cursos de medicina e de odontologia e 
também de pesquisadores científicos que atuassem na área médica.
Veja que, era nítida a preocupação para que não se confundisse o curso de 
Ciências Biológicas – Modalidade Médica com o curso de Biologia, já exis-
tentes nas escolas Brasileiras. Então, o Conselho Federal de Educação fixou 
o mínimo de conteúdo e duração do curso de Ciências Biológicas Modalidade 
– Médica, tomando as precauções necessárias para que ambas tivessem perfis 
profissionais distintos.
Você deve entender que devido à carência inicial do mercado de trabalho 
por docentes e pesquisadores para a área médica, a grade curricular do curso 
de Biomedicina teve foco maior em formar profissionais com base sólida de 
conhecimentos científicos, com espírito crítico e reflexivo para se dedicar à 
realização de tarefas laboratoriais vinculadas às atividades médicas.
Com base em toda a história da criação e do objetivo deste curso, pode-se 
definir em poucas palavras: “Um profissional da área da saúde, com formação 
generalista, humanista, crítica e reflexiva. Desta forma, o biomédico tem 
condições de atuar em todos os níveis do setor, utilizando como base rigor 
científico e intelectual” (SILVA, 2015, p. 14). 
A Biomedicina, no Brasil, estará completando no ano de 2017, 51 anos 
de existência. Desde sua origem até os dias atuais, o curso teve diversas 
mudanças na grade curricular, para assim, qualificar os profissionais para 
atuar em diversas esferas da área da saúde, consequentemente ampliando 
suas habilitações.
O biomédico está preparado para o exercício de inúmeras atividades: já 
há mais de 34 habilitações devidamente estabelecidas e regulamentadas pelo 
Conselho Federal de Biomedicina, garantindo essa atuação.
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 14
U1_C01_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 14 11/01/2018 16:17:04
12 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
Áreas de atuação do biólogo e do biomédico
De acordo com o decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983 (BRASIL, 1983):
Art. 3º O Biólogo poderá:
I – formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa científica básica 
e aplicada, nos vários setores da Biologia ou a ela ligados, bem como 
os que se relacionem à preservação, saneamento e melhoramento 
do meio ambiente, executando direta ou indiretamente as atividades 
resultantes desses trabalhos;
II – orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, 
fundações, sociedades e associações de classe, entidades autárquicas, 
privadas ou do Poder Público, no âmbito de sua especialidade;
III – realizar perícias, emitir e assinar laudos técnicos e pareceres, 
de acordo com o currículo efetivamente realizado.
Já na área Biomédica, de acordo com o decreto nº 88.439, de 28 
de junho de 1983
Art. 3º – Ao Biomédico compete atuar em equipes de saúde, a 
nível tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos.
Art. 4º O Biomédico poderá:
I. realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse 
para o saneamento do meio ambiente;
II. realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação;
III. atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, 
de radiodiagnostico e de outros para os quais esteja legalmente 
habilitado;
IV. planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas 
e privadas, na área de sua especialidade profissional.
É importante você saber que a principal diferença entre as áreas de atuação do 
biólogo e biomédico se dá ao fato de que o profissional biomédico em sua formação 
tem foco maior para as áreas da saúde humana, realizando a manipulação de amostras 
biológicas e desenvolvendo diagnósticos. 
Breve histórico da origem, regulamentação do 
curso de biomedicina e as áreas de atuação do 
biomédico
Em 1950, em uma reunião da Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência 
(SBPC), em Curitiba, foi apresentado um projeto com ideias básicas para 
15Noções gerais da profissão: definição e histórico
U1_C01_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 15 11/01/2018 16:17:04
História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Noções Gerais da Profissão: Definição e Histórico | PARTE 1 13
orientar os cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Biomédicas com 
participação de representantes da Escola Paulista de Medicina, da Universidade 
de São Paulo, do Instituto Butantã e do Instituto Biológico. 
Frente à necessidade de profissionais com perfil biomédico no mercado 
de trabalho, o Conselho Federal de Educação em 8 de julho de 1965 criou 
um regimento para a organização de um curso de Graduação Biomédica, 
que também tratou dos cursos de pós-graduação e de curso de doutorado em 
Ciências Biomédicas,da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Entidades de Classe: Conselho Federal e Conselhos Regionais, Associação Brasileira do Curso | PARTE 3
Para obter mais informações em relação às Associa-
ções Biomédicas e a ser sócio, acesse o site: 
https://goo.gl/vRCDC
Como já mencionado, as Associações atuam mais em cunho científico, e 
têm como principal meta ajudar na parcela acadêmica de conhecimento dos 
profissionais e estudantes, por meio da organização de atividades que agre-
guem valor aos seus currículos, atuando em prol do crescimento intelectual 
dos profissionais e estudantes. Contanto, as Associações foram no passado 
e são atualmente, fortes referências para representar a classe Biomédica em 
relação a seus direitos, principalmente no mercado local.
Entidades de classe: Conselho Federal e Conselhos Regionais...34
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46 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BIOMEDICINA. 2017. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2017.
BIOMEDICINA BRASIL. 2017. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2017.
BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. Resolução nº 270, de 18 de novembro de 2016. 
Brasília, DF, 2016. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2017.
BRASIL. Decreto nº 88.439, de 28 de junho de 1983. Dispõe sobre a regulamentação do 
exercício da profissão de biomédico de acordo com a Lei nº 6.684, de 03 de setem-
bro de 1979 e de conformidade com a alteração estabelecida pela Lei nº 7.017, de 30 
de agosto de 1982. Brasília, DF, 1983a. Disponível em: . Acesso em: 16 out. 2017.
BRASIL. Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982. Dispõe sobre o desmembramento dos Con-
selhos Federal e Regionais de Biomedicina e de Biologia. Brasília, DF, 1982. Disponível 
em: . Acesso em: 17 out. 2017.
BRASIL. Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. Dispõe sobre a organização da Presidência da 
República e dos Ministérios, e dá outras providências. Brasília, DF, 1998. Disponível em: 
. Acesso em: 17 out. 2017.
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BIOMEDICINA. Agente de saúde do Brasil: manual do 
biomédico. Ribeirão Preto: CFBM; São Paulo: CRBM1, [201-?]. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017.
BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. 2015. Disponível em: . Acesso em: 30 set. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA; CONSELHOS REGIONAIS DE BIOMEDICINA. 
Biomedicina: um painel sobre o profissional e a profissão. 2009. Disponível em: . Acesso em: 18 set. 2017.
PORTO ALEGRE. Conselho Regional de Biomedicina (5ª Região). [2017]. Disponível 
em: . Acesso em: 30 set. 2017.
Entidades de classe: Conselho Federal e Conselhos Regionais...38
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47História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Entidades de Classe: Conselho Federal e Conselhos Regionais, Associação Brasileira do Curso | PARTE 3
ENCERRA AQUI O TRECHO DO LIVRO DISPONIBILIZADO 
PELA SAGAH PARA ESTA PARTE DA UNIDADE.
PREZADO ESTUDANTE
Parte 4
O Papel do Profissional: Lei do 
Exercício Profissional
 
O conteúdo deste livro 
é disponibilizado
por SAGAH.
unidade 
1
V.1 | 2022
50 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
O papel do profissional: lei 
do exercício profissional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Descrever o papel do biomédico em função do bem individual e
coletivo da sociedade.
 Descrever as atividades desenvolvidas dentro das principais áreas
de atuação.
 Correlacionar as áreas de atuação do biomédico às leis que as
regulamentam.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar as leis e resoluções que regulamentam as 
áreas de atuação do profissional biomédico. Desde 2002, as Resoluções 
de nº 79 e 83 do Conselho Federal de Biomedicina dispõem sobre o Ato 
Profissional Biomédico descrevendo a maior parte das áreas de atuação 
do biomédico. Todas as atividade inerentes a este profissional tem como 
objetivo principal a busca do bem da sociedade. Ainda, você conhecerá 
com maiores detalhes às atividades que são desenvolvidas pela categoria 
biomédica em suas principais áreas de atuação em busca de uma melhor 
qualidade de vida para a população.
O papel do biomédico e sua relação com a 
sociedade
O biomédico é um profi ssional que atua na área da saúde, com formação crí-
tica, humanista e generalista, possuindo totais condições de realizar diversas 
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51História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
O papel do Profissional: Lei do Exercício Profissional | PARTE 4
atividades referentes a sua área de habilitação: um profi ssional com capacidade 
de liderança, comunicação, e adequadas tomadas de decisões. 
Atualmente, o envelhecimento da população em todo o mundo vem sendo 
apontado como uma ameaça aos sistemas de saúde público. Você deve saber 
que, a cada vez mais, aumenta o número de debates em escala internacional 
sobre este tema. A população com maior faixa etária, tem consequentemente 
maior demanda por assistência à saúde. 
De acordo com o biomédico Lobbe Neto (SILVA, 2014), é preciso demons-
trar para a sociedade a importância que o biomédico possui na contribuição 
da construção de um mundo melhor. Segundo ele, a sociedade ainda não 
reconheceu que o biomédico tem em relação ao contexto da saúde pública 
no Brasil. 
Ele é capaz de trabalhar em equipe e de promover ações para o progresso 
e a reabilitação da saúde e da sociedade, por meio de realização de pesquisas 
científicas, com intuito de prevenção, tratamento e acompanhamento de do-
enças, atuando diretamente na atenção à saúde, sempre seguindo os princípios 
da bioética.
É de extrema importância que os graduandos da área de saúde tenham 
práticas acadêmicas por meio de atividades desenvolvidas em equipes multipro-
fissionais, para que sejam estimulados a desenvolver o perfil crítico e reflexivo 
em cima de situações reais de saúde. O desenvolvimento desta habilidade nos 
acadêmicos de Biomedicina colabora na formação de profissionais preparados 
para gerar ações em busca do bem-estar da população, uma vez que já foram 
treinados para solucionar problemas encontrados em equipe. Além disso, eles 
desenvolvem a capacidade de liderar equipes com profissionais de diferentes 
categorias em busca do mesmo objetivo.
O profissional biomédico luta a favor da sociedade com intuito de desen-
volver serviços na saúde por meio da ciência, colaborando com o aumento da 
expectativa de vida da população. A biomedicina é um importante suporte para 
a saúde pública, a qual precisa de maior segurança na parte de diagnósticos 
de diversas doenças que acometem a população.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Biomedicina 1 (CRBM 
1), Dr. Marco Antônio Abrahão, atualmente a profissão biomédica atingiu seu 
auge no Brasil (ABRAHÃO, [2006]). A consolidação da biomedicina foi uma 
caminhada longa e difícil, na qual foi obtida depois de décadas. 
Você deve saber que todos os profissionais da saúde devem utilizar os 
princípios da bioética no caso de procedimentos, decisões, discussões e ações 
relacionadas ao cuidado da saúde. Os princípios bioéticos são os da autonomia, 
 O papel do profissional: lei do exercício profissional 36
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52 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
não maleficência, beneficência e justiça.Todos são importantes para auxiliar 
no bem-estar individual e coletivo da sociedade.
Você deve conhecer os princípios bioéticos de um profissional da saúde
Compreender os quatros princípios da bioética são de grande valia para todos os 
profissionais da área de saúde, pois estes recursos irão auxiliar na análise e entendimento 
de situações rotineiras de assistência à saúde pública. O princípio de beneficência, 
explica que o profissional deve se comprometer em ajudar os demais, promovendo o 
bem de todos. Esses profissionais atuam na avaliação dos riscos e potenciais benefícios 
em escala individual ou coletiva, reduzindo ao máximo possível os danos. Já o da não 
maleficência, implica em avaliar e evitar possíveis danos à saúde dos demais indivíduos 
da sociedade. O profissional se compromete em verificar se suas ações estão impac-
tando negativamente o paciente, seja individual ou coletivamente. Deve-se avaliar se o 
procedimento utilizado gera algum prejuízo ou desconforto aos demais. A autonomia 
é referente a autodeterminação, relacionada à liberdade que cada ser humano possui 
na tomada de decisões. O quarto princípio, o da justiça, está relacionado à subdivisão 
correta e apropriada dos benefícios sociais e deveres de cada um na sociedade.
O profissional da saúde deve sempre buscar esclarecer ao paciente sobre 
seu caso em linguagem acessível, possibilitando-o compreender e realizar a 
tomada de decisão respeitando sua autonomia. 
Atividades desenvolvidas dentro das principais 
áreas de atuação 
Você deve saber que a área de atuação do biomédico é ampla, e lecionar é 
uma das áreas que tem alta demanda. O biomédico pode ministrar aulas 
em Universidades e em Instituições de ensino profi ssionalizantes, quando 
devidamente habilitado. A área da pesquisa também se destaca atualmente 
no Brasil, sendo realizada pelos biomédicos e reconhecida mundialmente.
A patologia clínica, também chamada de análises clínicas, é a principal 
área de atuação responsável pela contratação no Brasil. Cerca de 63% dos 
profissionais formados são contratados para essa área e grande parte dos 
egressos a possuem como primeira habilitação. Os exames realizados pela 
37O papel do profissional: lei do exercício profissional
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53História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
O papel do Profissional: Lei do Exercício Profissional | PARTE 4
área de análises clínicas são responsáveis por grande parte da confirmação 
do diagnóstico dos pacientes, além de serem utilizados para o prognóstico. 
A imaginologia é uma área que visa auxiliar na determinação de diagnósti-
cos por meio de imagens, geradas a partir das estruturas e condições presentes 
em nosso corpo em determinado momento, como órgãos e sistemas. Essa 
área possui uma variedade de equipamentos, como os de tomografia compu-
tadorizada, equipamentos de raios X, de ressonância magnética nuclear, de 
radioterapia, entre outros. A atuação do biomédico requer supervisão médica 
e a assinatura de laudos é privativa da categoria médica.
A Biologia Molecular atualmente demonstra ser uma das áreas de atuação 
com maior potencial na realização de pesquisas em nosso país. Consequente-
mente, se observa o crescente aumento no número de biomédicos habilitados 
nessa área. Os profissionais habilitados estão aptos a coletar, analisar, inter-
pretar emitir e assinar o laudo de exames genéticos, além de poder assumir 
responsabilidades técnicas de laboratórios da área. 
O biomédico analista bromatológico é responsável pelo controle de quali-
dade de alimentos, realizando análises físico-químicas. O profissional também 
pode ser responsável por gerir empresas nessa área.
A análise ambiental se tornou uma das áreas mais promissoras atualmente, 
devido ao agravo dos problemas ambientais. O biomédico poderá atuar na de-
tecção de poluição das águas de esgoto, realizando seu tratamento e realizando 
a análise bioquímica da água oriunda de rios ou nascentes.
A Embriologia e Reprodução Humana, também é uma das áreas mais pro-
missoras, na qual o biomédico habilitado é responsável pela manipulação dos 
gametas masculinos e femininos em busca da fecundação do ovócito. Também 
podem ser responsáveis pela criopreservação do embrião, espermograma, 
processamento seminal, classificação dos embriões e assinatura de laudos. 
Os biomédicos também podem exercer as responsabilidades técnicas:
  em empresas de controle a vetores e pragas; porém, ele deve ter conhe-
cimentos e treinamentos específicos da área. 
  em empresas de produtos relacionados a análises clínicas, como:
 ■ produtos químicos;
 ■ equipamentos e produtos diagnósticos; 
 ■ reagentes bacteriológicos;
 ■ reagentes.
  em laboratórios de Biologia Molecular, Genética Humana Molecular, 
Citogenética;
  em empresas com fins estéticos;
 O papel do profissional: lei do exercício profissional 38
U2_C03_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 38 01/12/2017 14:29:55
54 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
  no controle de qualidade de água; 
  na dosagem de drogas e metais pesados; 
  em laboratórios de análises veterinárias;
  em atividades relacionadas à toxicologia.
É importante você saber que o mercado relacionado ao diagnóstico laboratorial está 
crescendo. De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde (CNES), 
existem instalados no Brasil, cerca de 12 mil laboratórios de análises clínicas. Boa parte 
possuí biomédicos, como gerentes, proprietários, responsável técnico e funcionários. 
Pesquisas divulgadas recentemente demonstraram que uma população com cerca 
de 180 milhões de habitantes gera aproximadamente 36 milhões de exames mensais, 
em busca de diagnóstico clínico, prevenção e acompanhamento. 
Áreas de atuação do biomédico e as leis que as 
regulamentam 
Após extensos debates no Congresso Nacional, em 28 de junho de 1983, foi 
regulamentada a profi ssão de biomédico, pela Lei 6.684, de 03 de Setembro 
de 1979. Com essa lei foi possível criar o Conselho Federal de Biomedicina 
(CFBM) e os Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBM), cujo objetivo foi 
orientar e fi scalizar a atividade dessa profi ssão. Saiba você que, atualmente, 
existem mais de 32 áreas de atuação para o profi ssional biomédico. (GOIÁS, 
[201-?]).
O biomédico pode se habilitar em todas as áreas de atuação contidas nas 
Resoluções de Nº 78 e 83, de 29 de abril de 2002 do Conselho Federal de 
Biomedicina (Figura 1). É importante você saber que o início da construção 
das habilidades de um biomédico é justamente na graduação, na qual o aluno 
realiza, por exemplo, o estágio supervisionado obrigatório, com no mínimo 
500 horas por área, podendo se formar já habilitado em uma área de atuação. 
(GOIÁS, [201-?]).
39O papel do profissional: lei do exercício profissional
U2_C03_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 39 01/12/2017 14:29:55
55História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
O papel do Profissional: Lei do Exercício Profissional | PARTE 4
Figura 1. Habilitações dos biomédicos de acordo com as resoluções nº 78 e 83, de 29 de 
abril de 2002, do CFBM.
Fonte: Manual... ([201-?]).
A habilitação em análises clínicas é considerada principal no curso de bio-
medicina, de acordo com as Lei nº 7.135, de 26/10/83, o profissional habilitado 
poderá realizar análises microscópicas, emitir laudos, pareceres e assumir 
responsabilidades técnicas, como em: Laboratórios de Biologia Molecular, 
Genética, Bioquímica, Banco de Sangue, Análises Bromatológicas, Virologia, 
Imunologia, Hematologia, Saúde Pública e Parasitologia. (GOIÁS, [201-?]).
De 2002 até os dias atuais, diversas resoluções foram criadas pelos Conse-
lhos Regionais de Biomedicina, com intuito de regulamentar as atribuições do 
biomédico em suas habilitações e em novas áreas. De acordo com a resolução 
nº 124, de 16 de junho de 2006, foram definidas as atribuições do biomédico 
na área de gerenciamento dos resíduos gerados nosserviços da saúde, como 
a elaboração de planos para seu gerenciamento, com o objetivo de evitar 
problemas de saúde pública. (GOIÁS, [201-?]).
O profissional biomédico também pode ser habilitado em análises toxico-
lógicas e perfusão extracorpórea, de acordo com a resolução do CFBM de nº 
135, de 2007, ele pode realizar exames ou estudos utilizando cromatografias, 
avaliar efeitos de substâncias possivelmente tóxicas (cosméticos e medicamen-
tos) e dosar metais pesados. Além disso, na área da perfusão, ele é responsável 
pela manipulação, manutenção e condições de uso da máquina de perfusão. 
O biomédico também é responsável pela manutenção dos parâmetros hemo-
dinâmicos e volemia do paciente desde sua indução anestésica e possíveis 
 O papel do profissional: lei do exercício profissional 40
U2_C03_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 40 01/12/2017 14:29:55
56 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
correções destas condições durante a cirurgia. É importante lembrar que o 
profissional deve estar devidamente habilitado nessa área e ter sua competência 
comprovada para atuar. 
Outra área de atuação importante em busca do bem-estar da população é a 
de biomédico sanitarista, de acordo com a resolução nº 140, de 2007, ele pode 
atuar no controle de incidência de doenças que afetam a população, organizar 
sistemas e serviços relacionados à saúde e analisar os processos decisivos no 
processo saúde-doença. 
Em 10 de abril de 2012, uma normativa de nº 01/2012 foi regulamentada 
relacionada à área de acupuntura, estética, citologia, anatomia patológica e 
imaginologia. Essa normativa regulamentou as atividades do profissional 
habilitado em acupuntura para realizar responsabilidades técnicas de clínicas 
e consultórios, realizar diagnóstico clínico nosológico complementar, atuar 
junto a equipes de saúde e a realizar pesquisas científicas referentes à área. 
(BRASIL, 2012).
Para o biomédico esteta, foram liberados procedimentos invasivos não 
cirúrgicos, como: peelings químicos e mecânicos, carboxiterapia, laserterapia 
e intradermatoterapia (aplicação de enzimas e toxina botulínica). Essa área, 
por meio de identificação e monitoramento de alterações cutâneas e confor-
mações corporais, é de extrema importância, para aumentar a autoestima 
dos indivíduos, o que representa a busca do bem-estar em nível individual. 
Em relação à área de Citologia Oncótica, foram normatizadas algumas 
atividades para os biomédicos como coletas de materiais cérvico-vaginais e 
análises citológicas no diagnóstico de lesões. Contudo, o biomédico não está 
apto a realizar coletas de material, por intermédio de técnicas invasivas, como 
a Punção Biópsia Aspirativa por Agulha Fina (PAAF). 
É importante você saber que apesar de pouco conhecida o biomédico pode 
atuar na área de auditoria, de acordo com a resolução de nº 184, de 26 de agosto 
de 2010. O profissional dessa área, realiza auditorias de serviços relacionadas 
à área de saúde, procedimentos técnicos e avalia a qualidade dos serviços de 
saúde dispostos para toda a população. (GOIÁS, [201-?]).
Ainda de acordo com a resolução de nº 184, o biomédico pode realizar 
auditorias e vistorias em conjunto com a Vigilância Sanitária Municipal, Es-
tadual e Federal (ANVISA) com vistas a credenciamentos e acompanhamento 
em hospitais, clínicas públicas e particulares, dos planos de saúde em geral.
Em 7 de maio de 2013, de acordo com a resolução de nº 227, as funções 
do profissional biomédico em bancos de sangue foram regulamentadas. São 
elas: realizar todos os procedimentos técnicos de banco de sangue, realizar a 
transfusão e infusão de sangue, de hemocomponentes e hemoderivados, bem 
41O papel do profissional: lei do exercício profissional
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57História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
O papel do Profissional: Lei do Exercício Profissional | PARTE 4
como realizar seu armazenamento. É válido lembrar que a responsabilidade 
técnica é exclusiva do médico hematologista. (GOIÁS, [201-?]).
1. Assinale a opção que contém os 
órgãos responsáveis por orientar e 
fiscalizar a profissão de biomédico.
a) Instituto Nacional de 
Metrologia, Qualidade e 
Tecnologia – INMETRO).
b) Conselho Federal e Regionais de 
Biomedicina – CFBM e CRBM.
c) Ministério da Fazenda.
d) Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária – ANVISA.
e) Ministério da saúde.
2. Dentre as habilitações listadas 
a seguir, marque a alternativa 
correta em que as atividades 
regulamentadas pelos biomédicos 
são condizentes. 
a) Toxicologia – realizar exames 
ou estudos em cromatografias 
e dosagem de metais pesados.
b) Citologia Oncótica – coletas 
de material cérvico-vaginal 
e carboxiterapia.
c) Banco de Sangue – Transfusão 
e infusão de sangue e 
responsabilidade técnica.
d) Acupunturista – 
complementação do 
diagnóstico clínico nosológico 
e não pode assumir 
responsabilidades técnicas 
de clínicas e consultórios.
e) Estética – peelings químicos e 
mecânicos e análises citológicas.
3. Marque a alternativa que representa 
os 4 princípios da bioética. 
a) Autojustiça, não 
maleficência, beneficência 
e justiça ou equidade.
b) Autonomia, não maleficência, 
compreensão e justiça 
ou equidade
c) Autojustiça, maleficência, 
compreensão e aprendizado.
d) Autonomia, maleficência, 
beneficência e justiça 
ou equidade.
e) Autonomia, não 
maleficência, beneficência 
e justiça ou equidade.
4. Marque a alternativa correta 
de acordo com a habilitação 
de imaginologia do 
profissional biomédico.
a) A atuação do biomédico na área, 
não requer supervisão médica.
b) Com a Imaginologia não é 
possível avaliar as estruturas do 
corpo humano, como os órgãos, 
somente as estruturas ósseas.
c) A Imaginologia possui 
uma pequena variedade 
de equipamentos 
utilizados para exames.
d) Os exames de imagem 
auxiliam diretamente no 
diagnóstico dos pacientes.
e) A Punção Biópsia Aspirativa 
por Agulha Fina (PAAF) pode 
ser realizada pelo biomédico.
5. Em relação a profissão biomédica 
assinale a alternativa correta. 
 O papel do profissional: lei do exercício profissional 42
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a) O biomédico deve ser capaz 
de trabalhar em equipe 
e promover ações para a 
progresso e reabilitação da 
saúde da sociedade apenas 
em nível individual.
b) O biomédico é um profissional 
que atua na área da saúde, 
contudo, e diferentes de 
outros profissionais da saúde 
não possui formação crítica, 
humanista e generalista.
c) Profissional dotado de 
habilidades, que possibilitam 
uma a capacidade de 
liderança e comunicação.
d) O biomédico desenvolve 
suas atividades profissionais 
com 15 áreas em busca do 
bem estar da população em 
nível individual e coletivo.
e) Os biomédicos não atuam em 
prol da saúde pública, apenas 
realizam diagnósticos.
ABRAHÃO, M. A. Biomedicina e sua importância no contexto da saúde do País. Revista 
do Biomédico, [online], São Paulo, n. 69, [2006]. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2017.
BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. Normativa nº 01/2012. Brasília, DF, 10 abr. 
2012. Disponível em: . Acesso em: 20 out. 2017. 
GOIÂS. Conselho Regional de Biomedicina (3ª Região). Resoluções. [201-?]. Disponível 
em: . Acesso em: 20 out. 2017. 
MANUAL do Biomédico. [201-?]. Disponível em: . Acesso em: 18 set. 2017.
SILVA, A. R. et al. O papel do biomédico na saúde pública. Revista Interfaces: Saúde, 
Humanas e Tecnologia, Juazeiro do Norte, v. 2, n. 2, nesp., p. 1-5, jun. 2014. Faculdade 
Leão Sampaio. Disponível em: . Acesso em: 20 out. 2017. 
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BIOMEDICINA. Agente de saúdedo Brasil: manual do 
biomédico. Ribeirão Preto: CFBM; São Paulo: CRBM1, [201-?]. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA; CONSELHOS REGIONAIS DE BIOMEDICINA. 
Biomedicina: um painel sobre o profissional e a profissão. 2009. Disponível em: . Acesso em: 31 out. 2017.
43O papel do profissional: lei do exercício profissional
U2_C03_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 43 01/12/2017 14:29:57
58 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
KOERICH, M. S.; MACHADO, R. R.; COSTA, E. Ética e bioética: para dar início à refle-
xão. Texto & contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 106-110, jan./mar. 2005. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072005000100014. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2017. 
MORAES, G. V. de O. Influência do saber biomédico na percepção da relação saúde/
doença/incapacidade em idosos da comunidade. 75 f. 2012. Dissertação (Mestrado em 
Ciências)- Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2017. 
MOURA, A. V. Gestão hospitalar: da organização ao serviço de apoio ao diagnóstico 
e terapêutico. Barueri, SP: Manole, 2008. 
PINHO, M. de S. L. Pesquisa em biologia molecular: como fazer? Revista Brasileira de Co-
loproctologia, Rio de Janeiro, v. 26, n. 3, p. 331-336, jul./set. 2006. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2017. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Biomedicina: habilitações. [2016?]. 
Disponível em: . 
Acesso em: 21 out. 2017. 
 O papel do profissional: lei do exercício profissional 44
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Escola Paulista de Medicina.
De acordo com este regimento, terminado o 4º ano do curso de graduação 
em Ciências Biomédicas, o aluno poderia seguir carreira não universitária, 
trabalhando em indústrias de fermentação, alimentação, farmacêutica, labo-
ratórios de análises biológicas e de controle biológico, institutos biológicos e 
laboratórios de anatomia patológica.
Conforme parecer nº 571/66, do Conselho Federal de Educação, foram 
determinadas as atividades que seriam desenvolvidas em laboratórios aplicadas 
à medicina. O primeiro curso de Ciências Biológicas – Modalidade Médica 
foi implantado na Escola Paulista de Medicina em 1966, e na Universidade 
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) (CAMPOS et al., 2006).
Novos cursos tiveram início em 1967 na Faculdade de Medicina de Ribei-
rão Preto (USP) e Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu 
(UNESP), e, em 1970, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Barão de 
Mauá em Ribeirão Preto.
É preciso que você saiba que com o avanço tecnológico, em um curto 
período de tempo, houve a necessidade de substituição dos equipamentos 
utilizados para prática dos trabalhos laboratoriais, assim como a exigência 
de profissionais mais qualificados e atualizados para manuseio destes equi-
pamentos. Desta forma, no âmbito acadêmico, o extinto Conselho Federal 
de Educação atendeu à solicitação de várias escolas médicas do País, com 
o Parecer nº 107/70, de 4 de fevereiro, no qual os mínimos de conteúdo e de 
duração dos cursos de bacharelado em Ciências Biológicas – Modalidade 
Médica foram determinados (CAMPOS et al., 2006).
Embora formado em curso reconhecido, o egresso encontrava uma série 
de dificuldades para entrar no mercado de trabalho, visto que a profissão 
de biomédico ainda não era regulamentada em lei. Ela foi regulamentada 
pela Lei Federal n° 6.684, de 3 de setembro de 1979 e por Decreto Federal 
de n° 88.439, em 28 de junho de 1983. A mesma lei federal criou o Conselho 
Federal de Biomedicina (CFBM) e os Conselhos Regionais de Biomedicina 
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 16
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14 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
(CRBMs), com o objetivo de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da 
profissão de biomédico. 
As atividades dos biomédicos estão regulamentadas nas Resoluções nº 
78 e nº 83, de 29 de abril de 2002, pelo Conselho Federal de Biomedicina 
(CFBM), que dispõem sobre o Ato Profissional Biomédico, fixam o campo 
de atividades e criam normas de responsabilidade técnica. O biomédico foi 
oficialmente reconhecido como profissional da área da saúde, conforme Reso-
lução nº 287, de 8 de outubro de 1998, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 
(CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA; CONSELHOS REGIONAIS 
DE BIOMEDICINA, 2009).
Áreas de atuação do biomédico
É importante você conhecer as áreas de atuação do profi ssional biomédico, 
as quais estão devidamente regulamentadas nas Resoluções nº 78 e 83, de 29 
de abril de 2002, do Conselho Federal de Biomedicina, que dispõem sobre o 
Ato Profi ssional Biomédico. São elas:
  Análises Clínicas; 
  Acupuntura; 
  Análise Ambiental; 
  Análises Bromatológicas; 
  Anatomia Patológica; 
  Banco de Sangue; 
  Biofísica;
  Biologia Molecular; 
  Bioquímica; 
  Citologia Oncótica; 
  Coleta de Material; 
  Docência e Pesquisa; 
  Embriologia; 
  Farmacologia; 
  Fisiologia (Geral e Humana); 
  Genética; 
  Hematologia; 
  Histologia Humana; 
  Imaginologia;
  Imunologia; 
  Indústria e Comércio; 
17Noções gerais da profissão: definição e histórico
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História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Noções Gerais da Profissão: Definição e Histórico | PARTE 1 15
  Informática de Saúde; 
  Microbiologia de Alimentos; 
  Microbiologia e Virologia; 
  Parasitologia; 
  Patologia; 
  Perfusão Extracorpórea; 
  Psicobiologia; 
  Radiologia; 
  Reprodução Humana; 
  Sanitarista; 
  Saúde Pública; 
  Toxicologia.
O Ato Médico – Projeto de Lei nº 025/2002, de autoria do ex-senador Geraldo Althoff 
(PFL/SC – médico pediatra) tem como objetivo regulamentar a Resolução nº 1627/2001, 
do CFM, estabelecendo que atividades relacionadas à saúde como diagnósticos ou 
tratamento passam a ser de exclusiva competência do médico (ALTHOFF, 2002).
Se aprovado, ficariam assim afetadas ou subordinadas ao médico várias profissões 
da área da saúde.
O Conselho Federal de Medicina definiu o chamado Ato Médico como uma resolução 
(Resolução nº 1627/2001 – CFM), aplicada apenas à prática de médicos. O conteúdo 
dessa resolução foi transformado em Projeto de Lei (PL), para ter validade de lei, 
passando a incidir sobre todas as profissões, principalmente as da área da saúde.
Alguns médicos autores relatam que a proposta deste ato foi recebida e entendida 
de maneira equivocada, provocando reações contundentes de diversas categorias 
profissionais, com ampla repercussão nas redes sociais. 
Em 2016, o CFM divulgou nota com os motivos pelos quais considerava inoportunas 
revisões ou mudanças na Lei nº 12.842/2013, sobre o exercício da Medicina. A Lei 
do Ato Médico, que está em vigor desde 2013, reserva exclusivamente ao médico o 
diagnóstico e o tratamento das doenças. 
Atualmente, conforme o Senado Federal, o Projeto de Lei nº 025/2002 se encontra 
arquivado (ALTHOFF, 2002).
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 18
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16 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
Conceitos fundamentais ligados ao profissional 
biomédico e a organização do curso de 
graduação conforme as diretrizes curriculares
Alguns conceitos são essenciais para um profi ssional biomédico, devido as 
suas mais de 34 áreas de atuação. São eles:
  Os princípios de ética: respeito ao ser humano e rigor científico, prin-
cípios que norteiam a rotina de trabalho do biomédico.
  Multiprofissionalidade e interdisciplinaridade: realização das ati-
vidades de forma integrada com os demais profissionais da área e com 
as várias instâncias do complexo sistema de saúde, o biomédico atua 
como agente transformador da realidade em benefício da coletividade. 
  Atenção à saúde: atuação em equipe com os colegas da área no de-
senvolvimento de ações para a promoção e reabilitação da saúde, bem 
como para prevenção de doenças, sempre observando os princípios da 
ética/bioética e os padrões da qualidade. A atenção à saúde deve ser 
entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços 
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso 
em todos os níveis de complexidade do sistema.
  Transdisciplinaridade: atuando num ambiente dinâmico, multiprofis-
sional e multidisciplinar como a área da saúde, as decisões devem ser 
tomadas rapidamente. O profissional da saúde como o biomédico tem 
que saber tomar decisões, e para isso deve ter iniciativa, empatia, boa 
comunicação verbal e escrita.
  Empreendedorismo: imbuídos do espírito de liderança, do conheci-
mento gerencial, técnico e científico, a transição para o empreende-
dorismo é um passo.
Para que o profissional biomédico seja capaz de se tornar este profissional 
que pode atuar nas mais diversas áreas da saúde é necessário uma grade 
curricular organizada e com meios que proporcionem ao aluno capacidade 
de conhecimento prático/teórico das áreas de atuação (ASSOCIAÇÃO BRA-
SILEIRA DE BIOMEDICINA, [201-?]).
Atualmente, faculdades/universidades de Biomedicina seguem as novas 
tendências educacionais para a organização e formação da grade curricular, 
de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação 
em Biomedicina, aprovadas no Parecer nº 104, de 13 de março de 2002, e 
19Noções gerais da profissão: definição e histórico
U1_C01_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 19 11/01/2018 16:17:06História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Noções Gerais da Profissão: Definição e Histórico | PARTE 1 17
consolidadas pela Resolução nº 2, de 18 de fevereiro de 2003, da Câmara de 
Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CAMPOS et al., 2006).
O conteúdo da grade curricular deve estar relacionado ao entendimento 
de todo o processo saúde/doença do cidadão, da família e da comunidade, 
integrada à realidade epidemiológica e profissional. As áreas do conheci-
mento propostas devem levar em conta a formação global do profissional, 
tanto técnico-científica quanto comportamental e deverão ser desenvolvidas 
dentro de um ciclo que estabeleça os padrões de organização do ser humano, 
seguida de uma visão articulada do estudo da saúde, da doença e da interação 
do homem com o meio ambiente (SÃO PAULO, 2016).
Os requisitos essenciais conforme as diretrizes curriculares do curso de 
Bacharelado em Biomedicina são:
  Ciências Exatas: incluem-se processos, métodos e abordagens físicos, 
químicos, matemáticos e estatísticos como suporte à biomedicina.
  Ciências Biológicas e da Saúde: incluem os conteúdos (teóricos e 
práticos) de base moleculares e celulares dos processos normais e alte-
rados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, 
bem como processos bioquímicos, microbiológicos, imunológicos e 
genética molecular em todo desenvolvimento do processo saúde-doença, 
inerentes à biomedicina.
  Ciências Humanas e Sociais: incluem-se os conteúdos referentes às 
diversas dimensões da relação indivíduo/sociedade, contribuindo para 
a compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, 
psicológicos, ecológicos, éticos e legais e conteúdos envolvendo a co-
municação, a informática, a economia e gestão administrativa em nível 
individual e coletivo.
  Ciências da Biomedicina: incluem-se os conteúdos teóricos e práticos 
relacionados com a saúde, doença e meio ambiente, com ênfase nas 
áreas de citopatologia, genética, biologia molecular, ecoepidemiologia 
das condições de saúde e dos fatores predisponentes à doença e servi-
ços complementares de diagnóstico laboratorial em todas as áreas da 
biomedicina. 
Além destes requisitos essenciais na grade curricular, a formação do biomé-
dico deve garantir o desenvolvimento de estágios curriculares, sob supervisão 
docente. A carga horária mínima do estágio curricular supervisionado deverá 
atingir 20% da carga horária total do curso de graduação em Biomedicina 
proposto, com base no Parecer/Resolução específico da Câmara de Educação 
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 20
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18 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
Superior do Conselho Nacional de Educação. O estágio curricular poderá ser 
realizado na Instituição de Ensino Superior e/ou fora dela, em instituição/
empresa credenciada, com orientação docente e supervisão local, devendo apre-
sentar programação previamente definida em razão do processo de formação.
A carga horária necessária para obtenção do título de bacharel em Biome-
dicina foi definida pelo Ministério da Educação, por meio da Resolução nº 4, 
de 6 de abril de 2009, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional 
de Educação, que estipula a carga horária mínima de 3.200 horas. Porém, a 
recomendação contida na Resolução nº 126, de 16 de junho de 2006, do CFBM 
(Conselho Federal de Biomedicina) é para que as universidades mantenham 
seus cursos com carga horária mínima de 4.000 horas-aula, priorizando sua 
parte prática com 600 horas-aula, no mínimo, e 500 horas-aula para cada 
habilitação implantada (SÃO PAULO, 2016).
Você pode acompanhar novas resoluções sobre a 
Biomedicina, vagas disponíveis para biomédico, entre 
outras novidades, em: 
https://goo.gl/bYrTFV
O profissional biomédico deve ser capaz de pensar criticamente, analisar os problemas 
da sociedade e propor soluções que devem considerar o contexto social, econômico, 
político, cultural, ambiental, biológico e ecológico das pessoas, do local e do momento. 
Por exemplo, se em uma cidade é observado o aumento de números de casos de 
portadores de HIV, o biomédico deve investigar os fatores causais que acarretaram 
neste aumento de casos, deve entender o que ocorreu para que possa propor estra-
tégias para o tratamento dos casos existentes e prevenção de casos futuros, como a 
conscientização da população sobre as doenças sexualmente transmissíveis e maneiras 
de evitar a transmissão.
21Noções gerais da profissão: definição e histórico
U1_C01_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 21 11/01/2018 16:17:07
História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Noções Gerais da Profissão: Definição e Histórico | PARTE 1 19
ALTHOFF, G. Projeto de Lei do Senado nº 25, de 2002. Define o ato médico e dá outras 
providências. Tramitação encerrada: rejeitada por Comissão em decisão terminativa 
(art. 91, § 5º, do RISF). Brasília, DF, 2002. Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BIOMEDICINA. Agente de saúde do Brasil: manual do 
biomédico. Ribeirão Preto: CFBM; São Paulo: CRBM1, [201-?]. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017.
BRASIL. Decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983. Dispõe sobre a regulamentação do 
exercício da profissão de Biólogo, de acordo com a Lei nº 6.684, de 3 de setembro 
de 1979 e de conformidade com a alteração estabelecida pela Lei nº 7.017 de 30 de 
agosto de 1982. Brasília, DF, 1983. Disponível em: . Acesso 
em: 14 set. 2017.
BRASIL. Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979. Regulamenta as profissões de Biólogo 
e de Biomédico, cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e 
Biomedicina, e dá outras providências. Brasília, DF, 1979. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017.
CAMPOS, D. E. L. et al. Trajetória dos cursos de graduação na área da saúde: biomedicina. 
2006. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA; CONSELHOS REGIONAIS DE BIOMEDICINA. 
Biomedicina: um painel sobre o profissional e a profissão. 2009. Disponível em: . Acesso em: 16 out. 2017.
SÃO PAULO. Conselho Regional de Biomedicina (1ª Região). 2016. Disponível em: 
. Acesso em: 16 out. 2017.
SILVA, C. J. A. da; VENTURA, A. F.; COSTA JUNIOR, C. E. O. O papel do biomédico na 
análise ambiental. Recife, 2015. Disponível em: . Acesso em: 10 nov. 2017.
Leituras recomendadas
BRASIL. Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982. Dispõe sobre o desmembramento dos Con-
selhos Federal e Regionais de Biomedicina e de Biologia. Brasília, DF, 1982. Disponível 
em: . Acesso em: 14 set. 2017.
CLARKE, A. et al. Biomedicalization: technoscience, health, and illness in the U.S. 
biomedicine. London: Duke University Press, 2003. 
 Noções gerais da profissão: definição e histórico 24
U1_C01_Introdução a profissão_Biomedicina.indd 24 11/01/2018 16:17:08
20 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
GUIMARÃES, R. G. M.; REGO, S. O debate sobre a regulamentação do ato médico no 
Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, São Paulo, v. 10, supl, p. 7-17, set./dez. 2005. Disponível 
em: . Acesso em: 12 set. 2017. 
MORAES, G. V. de O. Influência do saber biomédico na percepção da relação saúde/
doença/incapacidade em idosos da comunidade. 75 f. 2012. Dissertação (Mestrado em 
Ciências da Saúde) – Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, 
Belo Horizonte, 2012.SAMPAIO, B. Projeto de Lei do Senado nº 268 (substitutivo) de 2002. Dispõe sobre o 
exercício da medicina. Brasília, DF, 2002. Disponível em: . Acesso em: 13 set. 2017.
VERDI, D.; ESCOBAR, J; TIETBOEHL, L. [Ato médico]. Trabalho apresentado na disciplina 
Ética Profissional, no Instituto de Psicologia, na Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul. 2007. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017.
25Noções gerais da profissão: definição e histórico
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Parte 2
Conselhos Federal e Regional de Biomedicina
 
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unidade 
1
V.1 | 2022
22 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
Conselhos Federal e 
Regional de Biomedicina
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste capítulo, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever a estrutura e formação dos conselhos Regionais e Federal 
de Biomedicina.
  Apontar a função dos conselhos da profissão.
  Explicar o processo de inscrição no Conselho Regional de Biomedicina 
(CRBM).
Introdução
O exercício profissional possui caráter público, atendendo às exigências de 
uma sociedade, o que o torna objeto de fiscalização do Estado. O Estado, 
por sua vez, atribui as funções de fiscalização às entidades de natureza 
jurídica e federativa, os chamados conselhos profissionais. 
Após a leitura deste capítulo, você vai poder descrever como são 
formados os conselhos profissionais, tanto o Conselho Federal de Bio-
medicina e quanto os Conselhos Regionais, além de apontar as funções 
desses conselhos. Também vai poder explicar o processo de inscrição 
no Conselho Regional de Biomedicina.
Composição de um conselho profissional
A Lei 6.684, de 3 de Setembro de 1979, foi sancionada pelo Presidente da 
República, regulamentando a profi ssão de Biomédico e de Biólogo e decretando 
no Capítulo III – “Dos Órgãos de Fiscalização” – Art. 6º: “Ficam criados o 
Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina – CFBB/
CRBB com a incumbência de fi scalizar o exercício das profi ssões defi nidas 
nesta Lei”. Biólogos e Biomédicos estavam sob a fi scalização do mesmo 
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23História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Conselhos Federal e Regional de Biomedicina | PARTE 2
conselho federal. No mesmo artigo, fi ca estabelecida a localização das sedes 
dos conselhos, assim exposto:
Art. 6º § 1º - Os Conselhos Federais e Regionais a que se refere este artigo 
constituem, em conjunto, uma autarquia federal vinculada ao Ministério do 
Trabalho.
§ 2º - O Conselho Federal terá sede e foro no Distrito Federal e jurisdição em 
todo o País, e os Conselhos Regionais terão sede e Foro nas Capitais dos Esta-
dos, dos Territórios e no Distrito Federal (BRASIL, 1975, documento on-line).
Em 1982, a Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982, foi a responsável pelo 
desmembramento das categorias de Biólogo e Biomédico, autorizando a criação 
de conselhos profissionais respectivos para cada profissão como entidades 
autárquicas autônomas. No Decreto nº 88.439, de 28 de Junho de 1983, consta 
no Capítulo III – Dos Órgãos de Fiscalização: 
Seção I - Parte Geral
Art. 5º Os Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina CFBM/CRBM 
criados pela lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, e alterados pela Lei nº 
7.017, de 30 de agosto de 1982, constituem, em seu conjunto, uma autarquia 
federal, com personalidade jurídica de direito público, autonomia adminis-
trativa e financeira, vinculada ao Ministério do Trabalho.
Art. 6º A autarquia referida no artigo anterior tem por objetivo orientar, 
disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Biomédico.
Art. 7º Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais incumbe a admi-
nistração e representação legal dos mesmos, facultando-se lhes suspender 
o cumprimento de qualquer deliberação de seu Plenário, que lhes pareça 
inconveniente ou contrária aos interesses da instituição, submetendo essa 
decisão à autoridade competente do Ministério do Trabalho, ou ao Conselho 
Federal, respectivamente.
Art. 8º Os membros dos Conselhos Federal e Regionais poderão ser licencia-
dos, por deliberação do Plenário, por motivo de doença ou outro impedimento 
de força maior.
Art. 9º A substituição de qualquer membro, em suas faltas e impedimentos, se 
fará pelo respectivo suplente, mediante convocação do Presidente do Conselho.
Art. 10. O Conselho Federal terá sede e foro no Distrito Federal e jurisdição 
em todo o território nacional, e os Conselhos Regionais terão sede e foro 
nas Capitais dos Estados e dos Territórios, bem como no Distrito Federal 
(BRASIL, 1983, documento on-line).
O Conselho Federal deve ser constituído de 10 (dez) membros efetivos e 
seus respectivos suplentes, eleitos por um Colégio Eleitoral, integrado de um 
representante de cada conselho regional, com mandato de quatro anos estabe-
lecido por lei (Figura 1). O Colégio Eleitoral (convocado para a composição do 
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24 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
Conselho Federal) deve realizar a discussão, a aprovação e o registro das chapas 
concorrentes, para que as eleições ocorram 24h após a sessão preliminar. Já 
os membros dos conselhos regionais e seus respectivos suplentes devem ser 
eleitos através do sistema de eleição direta (voto pessoal, secreto e obrigatório 
dos profissionais inscritos no conselho). Caso o profissional deixe de votar 
sem causa justificada, estará sujeito a aplicação de multa (importância não 
excedente ao valor da anuidade). Para que um profissional seja elegível ao 
cargo, deve seguir alguns critérios previstos na Lei nº 6684/79, modificada 
pela Lei nº 7.017/82, constando no Decreto nº 88.439/83, Art. 21º, que diz:
Art. 21. Além das exigências constantes do artigo 530, da Consolidação das 
Leis do Trabalho, o exercício do mandato de membro do Conselho Federal e 
dos Conselhos Regionais e a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, 
estarão sujeitos ao preenchimento das seguintes condições:
I – cidadania brasileira;
II – habilitação profissional na forma da legislação em vigor;
III – pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos;
IV – inexistência de condenação por crime contra a segurança nacional;
V – inexistência de penalidade por infração ao Código de Ética (BRASIL, 
1983, documento on-line).
Figura 1. Organograma de hierarquia dos Conselhos Federal e Regionais.
Presidente
Comissões
Permanentes
Provisórias Registro
Fiscalização
Jurídico
1o Secretário
2o Secretário
1o Tesoureiro
2o Tesoureiro
Gerente Geral
Administrativo Contabilidade
Assessores
Vice-
-presidente
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25História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Conselhos Federal e Regional de Biomedicina | PARTE 2
E, para que um membro eleito perca seu cargo ou o cargo seja extinto, está 
disposto no Art. 22º:
Art. 9º - A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal 
ou dos Conselhos Regionais ocorrerá em virtude de:
I – renúncia;
II – superveniência de causa de que resulte a inabilitação para o exercício 
da profissão;
III – condenação a pena superior a dois anos, em face de sentença transitada 
em julgado;
IV – destituição de cargo, função, ou emprego, relacionada à prática de ato 
de improbidade na administração pública ou privada, em face de sentença 
transitada em julgado;
V – conduta incompatível com a dignidade do órgão ou falta de decoro;
VI – ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivasou a seis 
intercaladas em cada ano (BRASIL, 1979, documento on-line).
A estrutura orgânica dos Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBMs) 
é composta por Seccionais, Delegacias Regionais, Plenário, Mesa Diretora e 
pelas Comissões. São unidades administrativas descentralizadas, que possuem 
poder e dever de fiscalização, disciplina e orientação do exercício da profissão 
de biomédico. 
A necessidade dessas representações dos conselhos regionais é devida à 
amplitude territorial da jurisdição de cada conselho. A administração das 
representações é delegada aos coordenadores de cursos de Biomedicina, 
o que mantém a aproximação entre as entidades de ensino, os alunos e os 
conselhos, proporcionando aos egressos bom atendimento e comodidade. 
O cargo de Delegado Regional é honorífico, ou seja, não tem intuito de 
vantagem material (remuneração ou outras formas de pagamento) pelo 
exercício das funções inerentes ao cargo. Da mesma maneira, os cargos 
de Conselheiros não recebem remuneração pela atuação nos Conselhos 
Regionais ou Federal. 
As comissões podem ser divididas conforme as habilitações biomédicas, 
podendo assim realizarem fiscalização mais específica dos profissionais. 
Como exemplo, temos o Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região, 
que possui 18 comissões: comissão científica; comissão de ensino e docência; 
comissão fiscal; comissão de análise ambiental; comissão de social e eventos; 
comissão de ética; comissão de constituição e justiça; comissão de licitação e 
contratos; comissão de toxicologia; comissão de biomedicina estética; comis-
são de imprensa; comissão de acupuntura; comissão de anatomia patológica, 
citologia e histotecnologia clínica; comissão de banco de sangue; comissão 
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26 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
de docência e pesquisa; comissão de genética; comissão de imagenologia; e 
comissão de patologia clínica (análises clínicas). 
Atualmente, o Governo Federal e o Conselho Federal de Biomedicina 
(CFBM) reconhecem seis conselhos Regionais. A lei nº 6684/79 regulamen-
tou a criação do CFBM e de quatro conselhos regionais, correspondendo ao 
CRBM da 1ª Região – jurisdição nos estados do Espírito Santo, Mato Grosso 
do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro e com sede em São Paulo (SP). O CRBM 
da 2ª Região possui jurisdição sobre os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, 
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, 
tendo sede em Recife (PE). O CRBM da 3ª Região é responsável pelo Distrito 
Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins, com sede em Goiânia 
(GO). Já o CRBM da 4ª Região fiscaliza o Acre, Amapá, Amazonas, Pará, 
Rondônia e Roraima e é sediado na cidade de Belém (PA). A Resolução do 
CFBM número 195, de 10 de Dezembro de 2010, publicada no Diário Oficial 
da União no dia 24 de Dezembro de 2010, criou o CRBM da 5ª Região, e seus 
conselheiros foram empossados no dia 17 de janeiro de 2013 para um mandato 
de quatro anos, possuindo jurisdição nos estados de Santa Catarina e do Rio 
Grande do Sul. Em 2017, foi criado o CRBM da 6ª Região, com jurisdição 
apenas no estado do Paraná. 
Você pode acessar o site de qualquer um dos CRBMs ou do CFBM e consultar infor-
mações orçamentárias, financeiras, contábeis e administrativas
A Lei nº 12.527/2011 regulamenta o direito constitucional de acesso às informações 
públicas. Essa norma entrou em vigor em 16 de maio de 2012 e criou mecanismos 
que possibilitam a qualquer pessoa, física ou jurídica, sem necessidade de apresentar 
motivo, o recebimento de informações públicas dos órgãos e entidades.
A Lei vale para os três Poderes da União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios, inclusive os Tribunais de Contas e o Ministério Público. Entidades privadas sem 
fins lucrativos também são obrigadas a dar publicidade a informações referentes ao 
recebimento e à destinação dos recursos públicos por elas recebidos. A Lei de Acesso 
à Informação foi regulamentada pelo Decreto nº 7.724/2012. 
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27História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Conselhos Federal e Regional de Biomedicina | PARTE 2
Qual a função de um conselho profissional?
Um conselho profi ssional tem como principais funções a orientação e a fi sca-
lização da classe, zelando pela disciplina e pelo bom exercício das atividades. 
Para isso, o conselho cria resoluções que normatizam a área de atuação e a 
conduta profi ssional de acordo com um código de ética, assim como normas 
para responsabilidade técnica, inscrição da pessoa física ou jurídica no res-
pectivo conselho e pagamento de anuidades. 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, atual Carta 
Magna de 1988, aborda o tema do exercício profissional no seu Art. 5º, fa-
lando sobre as garantias dos brasileiros e dos estrangeiros residentes no país 
ao livre exercício de qualquer trabalho, desde que atendidas as qualificações 
profissionais estabelecidas por lei. 
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabi-
lidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: [...]
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer; [...] (BRASIL, 1988, 
documento on-line).
A Carta Magna de 1988 também prevê que compete à União organizar, 
manter e executar a inspeção do trabalho, assim como é de competência da 
União a organização do sistema nacional de emprego e condições para o exer-
cício de profissões segundo o art. 22º, inciso XVI. Porém, o Estado não cria 
profissões; uma profissão surge a partir de diversos parâmetros que envolvem 
as necessidades de uma sociedade, do mercado ou do momento histórico. Desde 
que as pessoas passaram a viver em grupos sociais, a instituição de normas, leis 
e de uma entidade que regulamentasse o cumprimento de tais normas fez-se 
necessária para o seguimento da ordem. O surgimento de uma profissão leva 
à formação de um grupo ou classe profissional, e, da mesma forma que uma 
sociedade, tal grupo profissional precisa de um órgão que fiscalize o exercício 
de suas atividades, zelando pelos interesses coletivos e não individuais. A 
fim de agilizar suas atribuições e garantir o desenvolvimento da atividade 
profissional competente, o Estado delega aos conselhos profissionais a função 
pública de fiscalizar e disciplinar o exercício de uma atividade, assim como 
a função de supervisão técnica e ética do ofício. 
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28 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
As competências do Conselho Federal de Biomedicina estão dispostas na 
Lei nº 7.017/82, constando no Decreto nº 88.439/83: 
Art. 12. Compete ao Conselho Federal:
I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e o 
Vice-Presidente, cabendo ao primeiro, além do voto comum, o de qualidade;
II - indicar, dentre os seus membros, o Secretário e o Tesoureiro, a serem 
nomeados pelo Presidente;
III - exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e execu-
ção do disposto neste Regulamento e à fiscalização do exercício profissional, 
adotando providências indispensáveis à realização dos objetivos institucionais;
IV - supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo território 
nacional;
V - organizar, propor instalação, orientar e inspecionar os Conselhos Regionais, 
fixar-lhes jurisdição e examinar suas prestações de contas, neles intervindo 
desde que indispensável ao restabelecimento da normalidade administrativa e 
financeira ou à garantia da efetividade ou princípio da hierarquia institucional;VI - elaborar e aprovar seu Regimento, ad referendum do Ministro do Trabalho;
VII - examinar e aprovar os Regimentos dos Conselhos Regionais, modi-
ficando o que se fizer necessário para assegurar unidade de orientação e 
uniformidade de ação;
VIII - conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e 
prestar-lhes assistência técnica permanente;
IX - apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos 
Regionais;
X - fixar o valor das anuidades, taxas, multas e emolumentos devidos pelos pro-
fissionais e empresas aos Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados;
XI - aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais, bem como de operações referentes a mutações patrimoniais;
XII - dispor, com a participação de todos os Conselhos Regionais, sobre o 
Código de Ética Profissional, funcionando como Conselho Superior de Ética 
Profissional;
XIII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio e 
bom nome dos que a exercem;
XIV - instituir o modelo das carteiras e cartões de identidade profissional;
XV - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis, ob-
servada a Lei nº 6.994, de 26 de maio de 1982;
XVI - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja obrigado;
XVII - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais, 
os balanços, a execução orçamentária, e o relatório de suas atividades;
XVIII - definir o limite de competência no exercício profissional, conforme 
os currículos efetivamente realizados;
XIX - funcionar como órgão consultivo em matéria de Biomedicina;
XX - propor, por intermédio do Ministério do Trabalho, alterações da legis-
lação relativa ao exercício da profissão de Biomédico;
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29História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Conselhos Federal e Regional de Biomedicina | PARTE 2
XXI - fixar critérios para a elaboração das propostas orçamentárias;
XXII - elaborar sua prestação de contas e examinar as prestações de contas 
dos Conselhos Regionais, encaminhando-as ao Tribunal de Contas;
XXIII - promover a realização de congressos e conferências sobre o ensino, 
a profissão e a prática da Biomedicina;
XXIV - deliberar sobre os casos omissos.
O objetivo de um conselho profissional não se baseia no corporativismo, 
ou seja, na defesa exclusiva dos próprios interesses profissionais por parte 
do conselho, criando uma rede de proteção. O conselho é estruturado par-
tindo da ideia de zelar pelos interesses do coletivo e não pelos interesses 
individuais, o que determina que um profissional esteja sujeito a punições 
caso não siga as normas técnicas, a moral e o código de ética da profissão. 
Logo, regulamentar é impor limites e restringir o livre exercício da atividade 
profissional, assegurando a proteção da sociedade. Aqui, o termo “livre” não 
está relacionado com a liberdade para exercer a profissão, mas sim com o 
exercício sem regras e sem controle de qualidade. Um biomédico que possui 
habilitação em Reprodução Humana não pode/deve exercer atividade em 
Imagenologia, por exemplo. 
Pensando no exemplo citado anteriormente, você acha que a situação 
relatada seria de responsabilidade do CFBM? Uma das competências dos 
CRBMs é zelar pela fiel observância dos princípios deontológicos (expostos no 
Código de Ética do Profissional Biomédico) e dos fundamentos de disciplina 
da classe, cada CRBM fiscalizando o exercício profissional na sua respectiva 
área de jurisdição. Assim, a responsabilidade de julgar e decidir os processos 
de infração ao Código de Ética e ao Regulamento é do CRBM. 
As competências dos CRBMs, segundo a Lei nº 7.017/82, constando no 
Decreto 88.439/83, são:
Art. 17. Compete aos Conselhos Regionais:
I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e 
o seu Vice-Presidente;
II - indicar, dentre os seus membros, o Secretário e o Tesoureiro, a serem 
nomeados pelo Presidente;
III - elaborar a proposta de seu Regimento, bem como as alterações, subme-
tendo à aprovação do Conselho Federal;
IV - julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração ao presente 
Regulamento e ao Código de Ética;
V - agir, com a colaboração das Sociedades de Classe e das Escolas ou Facul-
dades de Ciências Biológicas - modalidade Médica, nos assuntos relacionados 
com o presente Regulamento;
VI - deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativos;
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30 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
VII - expedir a Carteira de Identidade Profissional e o Cartão de Identificação 
aos profissionais registrados, de acordo com o currículo efetivamente realizado;
VIII - organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais 
e pessoas jurídicas que, nos termos deste Regulamento, se inscrevam para 
exercer atividades de Biomedicina na região;
IX - publicar relatórios de seus trabalhos e relações das firmas e profissionais 
registrados;
X - estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio e bom 
conceito dos que a exercem;
XI - fiscalizar o exercício profissional na área da sua jurisdição, representando, 
inclusive, às autoridades competentes, sobre os fatos que apurar e cuja solução 
ou repressão não seja de sua alçada;
XIl - cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regulamento, das resoluções 
e demais normas baixadas pelo Conselho Federal;
XIII - funcionar como Conselhos Regionais de Ética, conhecendo, processando 
e decidindo os casos que lhes forem submetidos;
XIV - julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas neste Regulamento 
e em normas complementares do Conselho Federal;
XV - propor ao Conselho Federal as medidas necessárias ao aprimoramento 
dos serviços e do sistema de fiscalização do exercício profissional;
XVI - aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais e as operações referentes a mutações patrimoniais;
XVII - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis, 
observada a Lei nº 6.994/82;
XVIII - arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar todas as 
medidas destinadas à efetivação de sua receita, destacando e entregando ao 
Conselho Federal as importâncias referentes à sua participação legal;
XIX - promover, perante o juízo competente, a cobrança das importâncias 
correspondentes às anuidades, taxas, emolumentos e multas, esgotados os 
meios de cobrança amigável;
XX - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja obrigado;
XXI - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais, 
os balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas atividades;
XXII - aprovar proposta orçamentária anual;
XXIII - elaborar prestação de contas e encaminhá-la ao Conselho Federal;
XXIV - zelar pela fiel observância dos princípios deontológicos e dos fun-
damentos de disciplina da classe;
XXV - impor sanções previstas neste Regulamento.
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31História da Biomedicina: Origem e Regulamentação | UNIDADE 1
Conselhos Federal e Regional de Biomedicina | PARTE 2
Dia do biomédico
O dia do profissional biomédico foi instituído no calendário nacional brasileiro pela Lei 
nº 11.339, de 3 de agosto de 2006, com base na iniciativa do biomédico e deputado 
federal Lobbe Neto. O dia do biomédico passou a ser o dia 20 de novembro, repre-
sentando um marco importante na história de luta da regulamentação da profissão.
O dia não foi escolhido à toa: profissionais biomédicos e alunos dos cursos de 
Biomedicina reivindicaram pela inconstitucionalidade das Leis nº 6.686, de 11 de 
setembro de 1979, e nº 7.135, de 26 de outubro de 1983, que limitavam a atuação do 
biomédico nas análisesclínicas, levando o pedido ao Supremo Tribunal Federal. Foi 
por meio da Representação 1256-5 DF, de 20 de novembro de 1985, que o Supremo 
Tribunal Federal, em sessão plenária, sentenciou decisão favorável à Representação, 
declarando que todos os biomédicos estão autorizados ao exercício das atividades 
de análises clínico-laboratoriais, abolindo a restrição imposta pela Lei nº 7.135, de 26 
de outubro de 1983. A decisão da Suprema Corte conferiu ao Biomédico a excelência 
no campo das análises clínicas.
Fonte: Conselho Regional de Biomedicina da 2ª Região. 
Processo de inscrição no Conselho Regional
Para exercer uma atividade profi ssional, o indivíduo deve apresentar determi-
nadas qualifi cações e conhecimentos técnicos, científi cos e especializados, a 
fi m de evitar colocar em risco a população. Ao fi nal do curso de Biomedicina, 
o aluno deve realizar um estágio supervisionado de caráter obrigatório, com 
duração mínima de 500 horas, para obter habilitação e qualifi cação na área 
do estágio. Após a colação de grau (formatura), o egresso deve procurar o 
Conselho Regional com jurisdição em seu estado para efetuar o processo de 
inscrição. Consta na Lei 6.684, de 3 de Setembro de 1979, no Código de Ética 
do Profi ssional Biomédico e no Decreto 88.439/83 que para exercer a profi ssão 
de biomédico na habilitação obtida é obrigatório o registro no devido CRBM. 
A Resolução nº 169, de 16 de Janeiro de 2009, disciplina o registro de 
habilitações profissionais em carteira, realizada pelos CRBMs. Segundo a 
Resolução, somente serão registradas em carteira, pelos CRBMs, as habili-
tações obtidas: 
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a) na graduação, respeitando o estágio supervisionado mínimo de 500 
(quinhentas) horas;
b) na pós-graduação (Lato ou Stricto Sensu), de acordo com a Lei de Di-
retrizes e Bases da Educação (LDB) e com as determinações e normas 
da Coordenação de Aperfeicoamento de Pessoal de Nível Superior do 
Ministério da Educação e Cultura (CAPES – MEC);
c) com o Título de Especialista, obtido através da Associação Brasileira 
de Biomedicina (ABBM);
d) por meio do Certificado de Residência Biomédica, ofertada por Insti-
tuição de Ensino Superior (IES) devidamente reconhecida pelo MEC. 
A inscrição do Biomédico deve ser efetuada no Conselho Regional da 
jurisdição, de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Biomedicina. 
Deferida a inscrição, será fornecida ao Biomédico a Carteira de Identidade 
Profissional, na qual serão feitas as anotações das relativas atividades ao 
portador. Para se inscrever no Conselho Regional de sua jurisdição, o Bio-
médico deverá satisfazer as exigências da Lei nº 6.684, de 3 de Setembro de 
1979 (portador de diploma devidamente registrado, de bacharel em curso 
oficialmente reconhecido de Biomedicina), não estar impedido de exercer a 
profissão e gozar de boa reputação por sua conduta pública. 
Segundo o Art. 31 do Decreto 88.439/83, o pagamento da anuidade ao 
Conselho Regional da respectiva jurisdição constitui condição de legitimidade 
do exercício profissional. Além disso, conforme o Art. 32, a inscrição do 
Biomédico, o fornecimento de Carteira de Identidade Profissional e certidões, 
bem como o recebimento de petições, estão sujeitos ao pagamento de anui-
dades, taxas e emolumentos. O profissional que exercer atividade simultânea 
em municípios com jurisdições diferentes deve realizar o registro em cada 
um dos Conselhos Regionais, efetuando inclusive o pagamento das anuidades 
respectivas e atendendo a demais exigências dos Regionais (Resolução nº 
50, de 24 de Maio de 2000). O aluno formando pode solicitar uma inscrição 
provisória no Conselho Regional, desde que apresente para o conselho um 
certificado de conclusão de curso com data de colação de grau, cópia de histó-
rico escolar com a área e carga horária do estágio supervisionado, pagamento 
das taxas estabelecidas pelo Conselho Federal de Biomedicina, além de outros 
documentos de identificação exigidos pelos conselhos. A inscrição definitiva 
para o biomédico pessoa física somente é realizada mediante a apresentação 
do diploma original e pagamento das taxas. A inscrição de pessoa jurídica, ou 
seja, empresa, deve ser realizada de forma distinta e conforme seu objetivo, 
tais como Pessoa Jurídica de Direito Privado com Fins Lucrativos, Pessoa 
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Conselhos Federal e Regional de Biomedicina | PARTE 2
Jurídica de Direito Público ou Pessoa Jurídica de Natureza Filantrópica. Os 
procedimentos para inscrição de empresas – Pessoa Jurídica de Direito Privado 
com Fins Lucrativos, inscrita na Junta Comercial ou no Cartório incluem:
1. Preencher o requerimento “Inscrição de Pessoa Jurídica”;
2. Detalhar as atividades que serão desenvolvidas pelo Responsável 
Técnico;
3. Gerar cópia simples de certidão ou certificado de inscrição da matriz, 
filial(is) ou posto(s) de coleta inscrito(s) em outros Conselhos, conforme 
o caso, se houver;
4. Gerar comprovante de situação cadastral do Cadastro Nacional de 
Pessoa Jurídica (CNPJ) junto à Receita Federal;
5. Gerar 1 cópia autenticada do documento de constituição da Pessoa 
Jurídica (contrato social ou estatuto ou ata de assembleia ou declaração 
de empresário individual em que conste a criação e o endereço da 
unidade a ser inscrita, o capital social e também assinatura com firma 
reconhecida dos sócios e do advogado com nº da OAB; ou
6. Gerar 1 cópia autenticada da última alteração consolidada ocorrida 
no documento de constituição da Pessoa Jurídica (contrato social ou 
estatuto ou ata de assembleia ou declaração de empresário individual) 
em que conste a criação e o endereço da unidade a ser inscrita, o capital 
social e também assinatura com firma reconhecida dos sócios e do 
advogado com nº da OAB;
7. Caso a empresa seja da modalidade EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, o 
item 5 será substituído pela apresentação do Requerimento de Empre-
sário, devidamente registrado na Junta Comercial.
Para conhecer o procedimento completo para inscrição de Pessoa Jurídica – Pessoa 
Jurídica de Direito Privado com Fins Lucrativos, Pessoa Jurídica de Direito Público ou 
Pessoa Jurídica de Natureza Filantrópica, acesse o link a seguir.:
https://goo.gl/djbS4a
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34 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
De acordo com a Resolução nº 255, de 12 de Junho de 2015, do Conselho 
Federal de Biomedicina, o profissional Biomédico no primeiro ano de sua 
inscrição (a partir da colação de grau) terá 50% (cinquenta por cento) de 
desconto na anuidade. A partir do segundo ano, a anuidade de sua inscrição 
será atribuída pelo Conselho Regional de Biomedicina. 
BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. Resolução n° 50, de 20 de maio de 2000. Dis-
põe sobre a obrigatoriedade de registro nos CRBM’s de Biomédicos com atividades 
simultâneas em mais de uma jurisdição. Brasília, DF, 2000. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2018.
BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. Resolução n° 169, de 16 de janeiro de 2009. Dis-
ciplina o registro de habilitações profissionais em carteira, pelos Conselhos Regionais 
de Biomedicina. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 13, 20 jan. 2009. Seção 1, p. 36. 
BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. Resolução n° 255, de 12 de junho de 2015. 
Dispõe sobre inscrição de Biomédicos e dá outras providências. Brasília, DF, 2015. 
Disponível em: . Acesso em: 
01 abr. 2018.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília, DF, 1988. Disponívelem: . Acesso em: 01 abr. 2018.
BRASIL. Decreto nº 88.439, de 28 de junho de 1983. Dispõe sobre a regulamentação do 
exercício da profissão de Biomédico de acordo com a Lei nº 6.684, de 03 de setembro 
de 1979 e de conformidade com a alteração estabelecida pela Lei nº 7.017, de 30 
de agosto de 1982. Brasília, DF, 1983. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2018.
BRASIL. Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975. Cria o Conselho Federal e os Conselhos 
Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e dá outras providências. Brasília, DF, 
1975. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2018.
BRASIL. Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979. Regulamenta as profissões de Biólogo 
e de Biomédico, cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e 
Biomedicina, e dá outras providências. Brasília, DF, 1979. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2018.
BRASIL. Lei n° 7.017, de 30 de agosto de 1982. Dispõe sobre o desmembramento dos Con-
selhos Federal e Regionais de Biomedicina e de Biologia. Brasília, DF, 1982. Disponível 
em: . Acesso em: 01 abr. 2018.
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Conselhos Federal e Regional de Biomedicina | PARTE 2
PERNAMBUCO. Conselho Regional de Biomedicina (2ª Região). Histórico. 2015. Dispo-
nível em: . Acesso em: 01 abr. 2018.
RIO GRANDE DO SUL. Conselho Regional de Biomedicina (5ª Região). Procedimento 
para inscrição de Pessoa Física: Biomédico. [2017]. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2018.
SÃO PAULO. Conselho Regional de Biomedicina (1ª Região). 2018. Disponível em: 
. Acesso em: 01 abr. 2018.
Leituras recomendadas
BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. Resolução n° 92, de 14 de maio de 2003. 
Normatiza registro de Diplomas nos CRBM’s. Brasília, DF, 2003. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2018.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. A Constituição e o Supremo. 4. ed. Brasília, DF: 
Secretaria de Documentação, 2011. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2018.
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Parte 3
Entidades de Classe: Conselho 
Federal e Conselhos Regionais, 
Associação Brasileira do Curso
 
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unidade 
1
V.1 | 2022
38 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
Entidades de classe: 
Conselho Federal e 
Conselhos Regionais, 
Associação Brasileira 
do curso
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Elencar os Estados de Jurisdição de cada um dos seis Conselhos Re-
gionais de Biomedicina.
  Identificar a trajetória da criação do Conselho Federal e Conselhos 
Regionais de Biomedicina.
  Diferenciar a função do Conselho e da Associação Brasileira para os 
profissionais e estudantes de Biomedicina.
Introdução
Neste texto, você vai estudar a trajetória da regulamentação do curso 
de Biomedicina e também a criação do Conselho Federal e os demais 
conselhos regionais de Biomedicina. Também conhecerá a Lei que regu-
lamenta as funções dos Conselhos que servem para atuar na fiscalização, 
orientação e supervisão do profissional e estudante biomédico.
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Entidades de Classe: Conselho Federal e Conselhos Regionais, Associação Brasileira do Curso | PARTE 3
Trajetória da criação do Conselho Federal e 
Conselhos Regionais de Biomedicina
Juntamente com a regulamentação do curso de Biomedicina em 1983, houve 
a necessidade da criação de um órgão para atuar na fi scalização, orientação 
e supervisão desta nova profi ssão. Então, junto com o Decreto nº 88.439/83, 
que regulamentou a profi ssão do biomédico, foi criado o Conselho Federal 
de Biomedicina (CFBM). 
Em 1989, para que fosse ampliada a capacidade de supervisão, orientação e 
fiscalização em prol da boa conduta em Biomedicina, os Conselhos Regionais 
de Biomedicina (CRBM) da primeira, segunda, terceira e quarta região foram 
criados por meio das Resoluções nº 19, 20, 21 e 22, respectivamente. 
Em 1998, com a Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, o CFBM e os CRBM 
passaram a ter a natureza jurídica de pessoas jurídicas de Direito Privado, 
por delegação do poder público, mantendo a função de fiscalizar a profissão 
e exercício dos biomédicos.
Os Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBM) são responsáveis por 
quatro estados brasileiros de maior extensão: o CRBM da 1ª Região (CRBM 
1), o Estado de São Paulo, onde está a sede; o CRBM da 2ª Região, em Per-
nambuco; o da 3ª Região, em Goiás; e o CRBM da 4ª Região, no Pará.
O aumento crescente do número de profissionais biomédicos em alguns 
estados brasileiros levou à necessidade da criação de novos CRBMs. Em 10 
de dezembro de 2010, por meio da Resolução nº 195, o CFBM criou o CRBM 
da 5ª Região situada no Rio Grande do Sul. Em 25 de novembro de 2016, a 
Resolução nº 270 criou o CRBM da 6ª Região, situado no estado do Paraná.
Os CRBMs possuem sede em um Estado brasileiro, mas sua jurisdição é 
ampliada para as cidades e, até mesmo, para os estados vizinhos ao redor da 
sede. Os estados brasileiros incluídos na cobertura de jurisdição de cada um 
dos seis CRBMs encontram-se expostos na Figura 1.
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40 INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
Figura 1. Estados de Jurisdição de cada um dos seis Conselhos Regionais de Biomedicina.
Fonte: Biomedicina Brasil (2017).
Modificação nas áreas de jurisdição do CRBM 1
Veja que o CRBM 1, com sede em São Paulo, tinha em sua área de jurisdição os estados 
de: São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina 
e Rio Grande do Sul. Porém, desde o ano de 2010, os estados de Rio Grande do Sul 
e Santa Catarina não fazem mais parte deste Conselho, uma vez que a demanda de 
profissionais destes estados aumentou significantemente e houve a criação do CRBM 
5ª Região. O mesmo ocorreu no estado do Paraná, em 2016, com a criação do CRBM 6ª 
Região. As áreas de jurisdição dos demais CRBM (2ª, 3ª e 4ª região) continuam as mesmas.
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Entidades de Classe: Conselho Federal e Conselhos Regionais, Associação Brasileira do Curso | PARTE 3
Breve trajetória da criação da Associação 
Brasileira de Biomedicina (ABBM) 
É importante saber que, antes dos Conselhos de Biomedicina, algumas asso-
ciações de classe já tinham sido criadas para lutar pela profi ssão Biomedicina. 
Isso ocorreu devido ao aumento do número de cursos de biomedicina, de 
profi ssionais docentes envolvidos no funcionamento dos cursos e de alunos 
matriculados. Estes motivos fi zeram com que houvesse uma preocupação 
maior com o funcionamento e a organização do mercado de trabalho e as áreas 
de atuação para biomédicos. Desta forma, várias Associaçõesforam criadas, 
em vários locais do Brasil, com o objetivo de unir forças para regulamentar a 
profi ssão de biomédico no início da década de 70 no Brasil.
As associações mais importantes para o desenvolvimento da Biomedicina 
foram: ABESP (Associação dos Biomédicos do Estado de São Paulo), ANB 
(Associação Nacional dos Biomédicos), ABEP (Associação dos Biomédicos 
do Estado do Pará), ABIRP (Associação dos Biomédicos de Ribeirão Preto), 
ABEGO (Associação dos Biomédicos de Goiás) e ABIPE (Associação dos 
Biomédicos de Pernambuco).
A Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM) tem sede em São Paulo, 
juntamente com o CRBM1, e em Brasília, junto ao CFBM. E assim, como 
as demais Associações Brasileiras, é composta por biomédicos já ativos no 
mercado de trabalho, acadêmicos de Biomedicina e outros profissionais da 
área da saúde.
O objetivo das associações é de ajudar os profissionais biomédicos em for-
mação ou egressos, promovendo atividades para aperfeiçoamento do currículo 
profissional por meio de organização de eventos científicos, como cursos, 
palestras, congressos. Além disso, auxiliam os biomédicos proprietários de 
empresas a serviço da saúde e representam os demais biomédicos lutando 
pela classe profissional.
Saiba que os dirigentes dos Conselhos e Associações Biomédicas são 
biomédicos assim como você, portanto, muitos deles são, por exemplo, chefes 
de empresas, prestadores de serviço em outras áreas da biomedicina e mesmo 
assim dedicam seu tempo para lutar pela classe biomédica, sem nenhuma 
remuneração ou ascensão profissional por compor estes Conselhos/Associa-
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ções. Desta forma, fica claro, que você, aluno, pode também participar de 
uma Associação biomédica para unir forças e defender sua classe biomédica.
Você, estudante de Biomedicina, pode ser sócio da Associação Brasileira de Biomedicina. 
Desta forma poderá juntamente com os demais membros representar e auxiliar no 
fornecimento científico, contribuindo para a aprendizagem dos demais profissionais da 
área Biomédica. Além disso, a associação traz algumas vantagens aos associados, como:
  O nome de acadêmico/ biomédico associado contido em uma carteirinha estudantil.
  Direito à meia-entrada em shows, cinema, teatro, eventos esportivos e mostras 
culturais em todo o território nacional (apenas para acadêmico).
  Descontos em cursos de extensão realizados por empresas parceiras da ABBM.
  Cursos exclusivos para associados.
  Medicamentos com até 30% de desconto.
  Envio por e-mail de vagas de emprego de laboratórios parceiros.
  Assessoria jurídica com advogado.
  Consultas médicas de diversas especialidades a preços demasiados especiais (pa-
gamento no ato).
  Consultas com psicólogos também com preços especiais (pagamento no ato).
  Exames laboratoriais com preços especiais (pagamento no ato).
  Pós-graduação em Biomedicina Estética com 10% de desconto nas mensalidades.
  Prova de título (somente para profissionais).
  Entre outros.
Função do Conselho e da Associação Brasileira 
para os profissionais e estudantes de 
Biomedicina
A principal função do Conselho de Biomedicina é fi scalizar o exercício da 
profi ssão de Biomedicina e conceder orientações ao profi ssional.
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Entidades de Classe: Conselho Federal e Conselhos Regionais, Associação Brasileira do Curso | PARTE 3
A Lei nº 7.017, de 1982, regulamenta as funções dos Conselhos Federal e 
Regional de Biomedicina e, de acordo com a Seção II e art. 12, as funções do 
CFBM relacionadas aos profissionais biomédicos e estudantes de Biomedicina 
são:
  Atuar na fiscalização e supervisão do exercício profissional do biomé-
dico em todo território Brasileiro, e adotar as providências necessárias 
para executar os objetivos institucionais.
  Analisar os recursos de penalidade dados pelos Conselhos Regionais.
  Determinar o valor que deve ser pago de anuidade, taxas e multas, pelos 
profissionais e empresas aos Conselhos Regionais.
  Aprovar a proposta de orçamento e autorizar a abertura de créditos 
adicionais, e também operações referentes a mutações patrimoniais.
  Atuar como conselho superior de ética profissional.
  Incentivar o cuidado no exercício da profissão, zelando pelo prestígio 
e bom nome dos profissionais biomédicos.
  Determinar o modelo das carteiras e cartões de identidade dos 
profissionais.
  Publicar, anualmente, orçamento e créditos adicionais, balanços, exe-
cução orçamentária e relatório de atividades exercidas.
  Determinar o limite de habilidade na atuação profissional, de acordo 
com os currículos dos profissionais e suas habilitações.
  Exercer função de órgão consultivo, no que diz respeito à Biomedicina.
  Com auxílio do Ministério do Trabalho, deve propor alterações da 
legislação em relação ao cumprimento da profissão de biomédico.
  Estabelecer critérios para a confecção de propostas orçamentárias.
  Organizar a realização de congressos, palestras e conferências em 
relação ao ensino, à profissão e à prática da Biomedicina.
As funções determinadas para os Conselhos Regionais de Biomedicina 
em relação ao profissional/aluno de Biomedicina são:
  Julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração ao presente 
Regulamento e ao Código de Ética.
  Agir em colaboração com as Sociedades de Classe e com as Escolas ou 
Faculdades de Ciências Biológicas/modalidade Médica (Biomedicina).
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  Tratar sobre assuntos de interesse geral e administrativo.
  Elaborar a Carteira de Identidade Profissional e o Cartão de Identificação 
dos profissionais registrados, segundo a área de atuação escolhida, e 
devidamente comprovados por currículo.
  Elaborar e atualizar o registro dos profissionais que executam atividades 
de Biomedicina na região.
  Elaborar relatórios de seus trabalhos e relações das firmas e profissionais 
registrados.
  Incentivar e conscientizar o cuidado no exercício da profissão, zelando 
pelo prestígio e bom nome da categoria profissional em questão.
  Atuar na fiscalização referente ao exercício profissional na área onde 
o respectivo conselho realiza sua jurisdição. Informar as autoridades 
competentes sobre os fatos dos quais a solução não compete ao Con-
selho Regional. 
  Atuar como Conselhos Regionais de Ética para julgar os casos no que 
diz respeito à ética profissional.
  Decidir as devidas penalidades que devem ser impostas às infrações 
cometidas pelos profissionais biomédicos.
  Estabelecer os meios necessários para o melhoramento dos serviços de 
fiscalização do exercício profissional e propor tais medidas ao Conselho 
Federal de Biomedicina.
  Aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais.
  Arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar todas as 
medidas necessárias para efetivação de sua receita, entregando tais 
bens financeiros ao Conselho Federal.
  Realizar a cobrança de anuidades, taxas, emolumentos e multas.
  Aprovar proposta orçamentária anual.
  Conservar a fiel observância dos princípios fundamentais ligados à 
profissão do biomédico e dos fundamentos de disciplina que devem 
ser aplicados na classe.
Você já deve ter percebido com esta leitura que as funções das Associações 
são mais limitadas em relação às funções exercidas pelo Conselhos Federal 
e Regionais de Biomedicina. 
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