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Resumo piedras!!

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Resumo: Piedras
Introdução
A piedra branca e a piedra preta enquadram-se dentro do grupo de micoses superficiais estritas, na qual os fungos apresentam em comum a propriedade de induzir alterações apenas na camada mais superficial do extrato córneo, sem causar, na maioria dos casos, nenhuma resposta inflamatória. O paciente acometido de piedras não apresenta nenhum tipo de desconforto físico, a queixa principal está associada a questão estética.
As características clínico-laboratoriais das piedras são bem delimitadas, o que permite a ocorrência de pouquíssimos erros no diagnóstico.
Aspectos históricos
A piedra branca foi descrita pela primeira vez por Beigel em 1865, em Londres. A piedra preta só foi descoberta em meados do século XX (1901) por Malgoi-Hoes.
Epidemiologia
As piedras são mais prevalentes em zonas de clima tropical e subtropical dos continentes americano e africano, estando bastante relacionada as condições socioeconômicas pouco favoráveis.
A piedra branca é pouco frequente, caracterizada pelo aparecimento de uma massa de consistência mucilaginosa aderida aos pelos humanos. Os fungos causadores dessa micose são os fungos do gênero Trichosporon. 
A piedra preta é uma infecção fúngica que pode ser enquadrada na definição de feo-hifomicoses superficiais. Caracterizada pela presença de pequenas massas sólidas fúngicas aderidas aos pelos do homem e do animal.
Piedra branca
Tricopatia pura causada pelo Trichosporon spp. Tem caráter assintomático, benigno e de baixo contágio que acomete indiscriminadamente os cabelos e pelos da região axilar, pubiana, perianal, barba e bigode.
Aspectos clínicos:
Aparecimento de pequenos nódulos, de consistência mucilaginosa, coloração branco-amarelada ou amarela acastanhada e aspecto fusiforme aderidas ao pelo comprometido. As espécies de Trichosporon a infecções profundas, como pneumonia, endocardite, glomerulonefrite, acometendo principalmente pacientes imunodepimidos.
Diagnóstico laboratorial:
Exame físico: Os pelos infectados devem ser observados com o uso de uma lupa para que possam ser observadas outras coisas que possam ser confundidas com a piedra branca, como restos de secreções, escamas do couro cabeludo.
Coleta da amostra: após o exame físico coletam-se com uma pinça os pelos afetados que são enviados ao laboratório juntamente com a ficha do paciente.
No laboratório: ETAPA 1 – (exame direto) preparação da lâmina com KOH a 10 e 40%. Na microscopia dos nódulos fúngicos é possível observar hifas hialinas, artroconídeos e poucos blastoconídeos. ETAPA 2 – semeio da amostra em maio Agar Sabouraud (com antibiótico, sem antibiótico e com antibiótico acrescido de cicloexamida). A microscopia da colônia mostra a presença de micélio hialino septado e com artroconídeos.
Tratamento:
Corte do cabelo o mais curto possível; Aplicação tópica com pomadas de mercúrio amoniacal.
Piedra preta
A piedra preta se caracteriza pelo aparecimento de nódulos endurecidos e de coloração escura nos cabelos e, raramente, em outros pelos do corpo. Não acomete a pele das regiões próximas a infecção, sendo considerada uma doença benigna, crônica e de baixo contágio.
Aspectos clínicos:
Diferentemente da piedra branca, os nódulos da infecção por piedra preta são fortemente aderidos ao pelo, não sendo fácil sua remoção.
Diagnóstico laboratorial:
Exame direto utilizando o KOH a 10 e 40 % que mostra estruturas de coloração acastanhadas aderidas ao longo do pelo. O diagnóstico final só é dado após a cultura da amostra em meio ágar Sabouraud (com antibiótico, sem antibiótico e com antibiótico acrescido de cicloexamida). Na microscopia das colônias são observados hifas acastanhadas, grossas, algumas irregulares associadas ou não a um material amorfo, de coloração castanho-clara que envolve as estruturas fúngicas.
Tratamento:
Semelhante ao da piedra branca, ou seja, faz-se máxima remoção do pelo infectado, seguida de medidas profiláticas de higiene e utilização de compostos com potencial antifúngico, como solução de formalina a 2% e derivados imidazólicos.

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