Buscar

Sistema financeiro nacional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Financeiro Nacional I
Conceitos gerais
Sistema Financeiro Nacional (SFN) é o conjunto de instituições e instru-
mentos financeiros que possibilitam a transferência de recursos dos ofertantes 
finais (poupadores) para os tomadores finais (investidores), além de criar con-
dições para que títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado.
A intermediação financeira e a aplicação de recursos financeiros pró-
prios e de terceiros são as principais atividades das instituições financeiras, 
as quais possibilitam aproximar os superavitários dos deficitários, agregar 
recursos para grandes projetos e diminuir o custo e o risco financeiro das 
empresas tomadoras de recursos.
SUPERAVITÁRIOS DEFICITÁRIOS
Poupadores Intermediários Tomadores
Pou � padores: agentes econômicos superavitários dispostos a transfor-
mar suas disponibilidades monetárias em ativos financeiros. São os cria-
dores de fundos para o financiamento do crescimento econômico.
Tomadores � : agentes econômicos deficitários, que demandam recur-
sos e estão dispostos a financiar seu défice a custo de mercado. São 
aqueles que, necessitando de dinheiro além de suas disponibilidades, 
dispõem-se a pagar por esses recursos.
Tipos de instituições financeiras
Instituições financeiras bancárias
São as instituições capazes de criar moeda escritural: bancos comerciais, 
bancos múltiplos com carteira comercial, cooperativas de crédito, Banco do 
Brasil e Caixa Econômica Federal.
A moeda escritural consiste nos depósitos à vista existentes nos bancos 
ou outras instituições creditícias, normalmente movimentados por inter-
médio de cheques, representando estes um instrumento de circulação da 
moeda bancária.
45
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
46
Sistema Financeiro Nacional I
Com os depósitos à vista, as instituições financeiras emprestam uma parte 
desse dinheiro depositado para os clientes tomadores. Parte desse dinheiro 
é depositado novamente nas instituições financeiras, dando-se, então, o fe-
nômeno da criação da moeda escritural.
Instituições financeiras não bancárias
São as instituições que não podem criar moeda escritural: bancos de in-
vestimento, bancos de desenvolvimento, financeiras, Sociedades de Arrenda-
mento Mercantil (Leasing) e Associações de Poupança e Empréstimos (APE).
Estrutura e funções do 
Sistema Financeiro Nacional (SFN)
A composição do Sistema Financeiro Nacional, conforme o Banco Central 
do Brasil (Bacen), é a seguinte:
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Sistema Financeiro Nacional I
47
Conselho Monetário Nacional (CMN)
O Conselho Monetário Nacional (CMN) foi instituído pela Lei 4.595/64, e é 
o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento 
do SFN. Integram o CMN o ministro da Fazenda (presidente do conselho), 
o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o presidente do Banco 
Central do Brasil. Entre suas funções estão:
adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da �
economia;
regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço �
de pagamentos;
orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; �
propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos fi- �
nanceiros;
zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; �
coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida �
pública interna e externa.
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito 
(Comoc), composta pelo presidente do Bacen, na qualidade de coordenador, 
pelo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo Secretário 
executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, pelo Secretário exe-
cutivo do Ministério da Fazenda, pelo Secretário de Política Econômica do 
Ministério da Fazenda, pelo secretário do Tesouro Nacional do Ministério da 
Fazenda e por quatro diretores do Bacen, indicados por seu presidente.
Está previsto também o funcionamento, junto ao CMN, de comissões con-
sultivas de normas e organização do sistema financeiro, de mercado de valo-
res mobiliários e de futuros, de crédito rural, de crédito industrial, de crédito 
habitacional e para saneamento e infraestrutura urbana, de endividamento 
público e de política monetária e cambial. Os seus membros reúnem-se uma 
vez por mês para deliberarem sobre assuntos relacionados com as compe-
tências do CMN.
Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma reunião por mês. 
As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de resoluções, norma-
tivo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União e na 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
48
Sistema Financeiro Nacional I
página de normativos do Banco Central do Brasil. O Banco Central do Brasil é 
a secretaria executiva do CMN e da Comoc. Compete ao Banco Central orga-
nizar e assessorar as sessões deliberativas (preparar, assessorar e dar suporte 
durante as reuniões, elaborar as atas e manter seu arquivo histórico). As de-
cisões serão tomadas pela maioria simples dos votos.
Banco Central do Brasil (Bacen)
O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério 
da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595/64.
É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e 
responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por 
objetivos:
zelar pela adequada liquidez da economia; �
manter as reservas internacionais em nível adequado; �
estimular a formação de poupança; �
zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do �
sistema financeiro.
Entre suas atribuições estão:
emitir papel-moeda e moeda metálica; �
executar os serviços do meio circulante; �
receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições fi- �
nanceiras e bancárias;
realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições finan- �
ceiras;
regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros �
papéis;
efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; �
exercer o controle de crédito; �
exercer a fiscalização das instituições financeiras; �
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Sistema Financeiro Nacional I
49
autorizar o funcionamento das instituições financeiras; �
estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de dire- �
ção nas instituições financeiras;
vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e �
de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.
Sua sede fica em Brasília, capital do país, e tem representações nas ca-
pitais dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, 
Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
Liquidez da economia: dinheiro emitido pelo Bacen em circulação no país.
Executar os serviços do meio circulante: distribuir dinheiro aos bancos, recolher cédulas 
dilaceradas etc. 
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro 
Nacional (CRSFN)
Órgão colegiado judicante1 de segundo grau, integrante da estrutura 
do Ministério da Fazenda, criado pelo Decreto 9.152/85, com sede em 
Brasília (DF).
Suas instalações estão localizadas no Banco Central do Brasil, que ficará 
encarregado dos recursos técnicos, humanos e materiais para o funciona-
mento da secretaria executiva do CRSFN.
Atribuições
Julgar, em segunda e última instância administrativa, os recursos inter-
postos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo 
Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários, pela Secretaria 
do Comércio Exterior e pela Secretaria da Receita Federalnas infrações pre-
vistas na legislação.
O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recursos de ofício inter-
postos pelos órgãos de primeira instância, das decisões que concluírem pela 
não aplicação das penalidades previstas no item anterior.
1 Aquele que julga, que 
exerce as funções de juiz.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
50
Sistema Financeiro Nacional I
Estrutura
São oito conselheiros possuidores de conhecimentos especializados em 
assuntos relativos aos mercados financeiros, de câmbio, de capitais e de cré-
dito rural e industrial, observando-se a seguinte composição:
um representante do Ministério da Fazenda; �
um representante do Banco Central do Brasil (Bacen); �
um representante da Secretaria de Comércio Exterior; �
um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); �
quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por �
estas indicados em lista tríplice.
As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguintes:
Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas); �
Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento); �
CNBV (Comissão Nacional de Bolsas de Valores); �
Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos); �
Abel (Associação Brasileira das Empresas de � Leasing);
Adeval (Associação das Empresas Distribuidoras de Valores); �
AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil). �
Os representantes das quatro primeiras entidades têm assento no Conse-
lho como membros titulares e os demais, como suplentes.
Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, são 
nomeados pelo ministro da Fazenda, com mandatos de dois anos, podendo 
ser reconduzidos uma única vez.
Fazem parte ainda do CRSFN dois procuradores da Fazenda Nacional, de-
signados pelo procurador geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de 
zelar pela fiel observância da legislação aplicável, e um secretário executivo, 
nomeado pelo Ministério da Fazenda, responsável pela execução e coorde-
nação dos trabalhos administrativos. Para tanto, o Banco Central do Brasil, a 
Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria de Comércio Exterior propor-
cionam o respectivo apoio técnico e administrativo.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Sistema Financeiro Nacional I
51
O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e o 
vice-presidente é o representante designado pelo Ministério da Fazenda entre 
os quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho.
Instituições financeiras captadoras 
de depósitos à vista (monetárias)
Bancos múltiplos
Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que 
realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições 
financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investi-
mento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento 
mercantil e de crédito, financiamento e investimento.
Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamenta-
res aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A 
carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco públi-
co. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, 
sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser or-
ganizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira 
comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve 
constar a expressão “Banco” (Resolução CMN 2.099/94).
Bancos comerciais
Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas 
que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos ne-
cessários para financiar, a curto e a médio prazo, o comércio, a indústria, as 
empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A 
captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica 
do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser 
constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social 
deve constar a expressão “Banco” (Resolução CMN 2.099/94).
Os bancos comerciais são classificados como instituições monetárias por 
terem o poder de criação de moeda escritural. Sucintamente, os bancos co-
merciais são intermediários financeiros que têm como objetivo captar re-
cursos e distribuí-los de forma seletiva, criando moeda através de seu efeito 
multiplicador.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
52
Sistema Financeiro Nacional I
Principais operações dos bancos comerciais:
Ativas:
desconto de títulos; �
crédito rural; �
empréstimo em conta-corrente; �
repasse de recursos; �
crédito pessoal; �
operações de câmbio. �
passivas:
depósitos à vista; �
depósitos a prazo; �
recursos do Bacen (redesconto, repasse); �
recursos de instituições financeiras oficiais e do exterior; �
operações de câmbio. �
Banco do Brasil S.A.
O Banco do Brasil – Sociedade Anônima de economia mista – exercia até 
1986 uma função típica de autoridade monetária, quando perdeu a conta 
movimento, por decisão do Conselho Monetário Nacional. Essa conta colo-
cava o Banco do Brasil na posição privilegiada de banco corresponsável pela 
emissão de moeda.
Atualmente é um conglomerado ajustado à estrutura de um banco múl-
tiplo, embora ainda opere, em muitos casos, como agente financeiro do go-
verno federal. É o principal executor da política oficial de crédito rural.
Suas principais atribuições, como parceiro principal do governo federal, 
já que este é o maior acionista, são:
admi � nistrar a Câmara de Compensação de cheques e outros papéis 
(executante);
efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução o Orça- �
mento Geral da União;
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Sistema Financeiro Nacional I
53
a aquisição e o financiamento dos estoques de produção exportável; �
agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do país; �
a operação dos fundos de investimento setorial como pesca e reflores- �
tamento;
a captação de depósitos de poupança direcionados ao crédito rural e a �
operação do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO);
a execução da política de preços mínimos dos produtos agropastoris; �
a execução do serviço da dívida pública consolidada; �
a realização, por conta própria, de operações de compra e venda de �
moeda estrangeira e, por conta do Banco Central, nas condições esta-
belecidas pelo CMN;
o recebimento, a crédito do Tesouro Nacional, das importâncias prove- �
nientes da arrecadação de tributos ou rendas federais;
como principal executor dos serviços bancários de interesse do go- �
verno federal, inclusive de suas autarquias, receber em depósito, com 
exclusividade, as disponibilidades de quaisquer entidades federais, 
compreendendo repartições de todos os ministérios civis e militares, 
instituições de previdência e outras autarquias, comissões, departa-
mentos, entidades em regime especial de administração e quaisquer 
pessoas físicas responsáveis por adiantamentos.
Conforme o Edital 021/2004 do Banco Central do Brasil foram acrescenta-
das as seguintes atribuições, pertencentes anteriormente ao Bacen:
Art. 8.º Constituem atribuições inerentes ao Custodiante:
I - deter custódia de numerário não monetizado à ordem do Bacen, com a finalidade 
de acolher depósitos e pagar saques de numerário às instituições financeiras bancárias, 
realizando os correspondentes lançamentos, por intermédio do Sistema de Pagamentos 
Brasileiro – SPB;
II - administrar a custódia de numerário à ordem do Bacen de acordocom as disposições 
deste Regulamento e com os normativos que vierem a ser editados sobre a matéria pela 
autoridade monetária;
III - sanear o numerário recebido da rede bancária;
IV - suprir a oferta de troco;
V - encaminhar ao Bacen numerário não utilizável, na forma deste Regulamento;
VI - distribuir moedas metálicas;
VII - recolher numerário, seguindo instruções do Bacen; e
VIII - cumprir as políticas de meio circulante definidas pelo Bacen.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
54
Sistema Financeiro Nacional I
Caixa Econômica Federal
A Caixa Econômica Federal foi criada em 1861 e está regulada pelo Decre-
to-Lei 759/69 como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda.
Trata-se de uma instituição assemelhada aos bancos comerciais, poden-
do captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de 
serviços. Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão 
de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assis-
tência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode 
operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo du-
ráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem 
como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob 
consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal.
Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os re-
cursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o 
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro 
da Habitação (SFH).
Cooperativas de crédito
As cooperativas de crédito observam, além da legislação e normas do 
sistema financeiro, a Lei 5.764/71, que define a política nacional de coope-
rativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Atuando 
tanto no setor rural quanto no urbano, as cooperativas de crédito podem se 
originar da associação de funcionários de uma mesma empresa ou grupo 
de empresas, de profissionais de determinado segmento, de empresários ou 
mesmo adotar a livre admissão de associados em uma área determinada de 
atuação, sob certas condições. Os eventuais lucros auferidos com suas ope-
rações – prestação de serviços e oferecimento de crédito aos cooperados – 
são repartidos entre os associados.
As cooperativas de crédito devem adotar, obrigatoriamente, em sua de-
nominação social, a expressão “Cooperativa”, vedada a utilização da palavra 
“Banco”. Devem possuir o número mínimo de 20 cooperados e adequar sua 
área de ação às possibilidades de reunião, controle, operações e prestações 
de serviços. Estão autorizadas a realizar operações de captação por meio de 
depósitos à vista e a prazo somente de associados, de empréstimos, repasses 
e refinanciamentos de outras entidades financeiras, e de doações.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Sistema Financeiro Nacional I
55
Conforme o determinado pela Resolução Bacen 2.771/2000, os depósitos 
realizados nas cooperativa de crédito não são amparados pelo Fundo Garan-
tidor de Crédito, sendo obrigatório informar o cooperado quando do depó-
sito. Podem conceder crédito, somente a associados, por meio de desconto 
de títulos, empréstimos, financiamentos, e realizar aplicação de recursos no 
mercado financeiro (Resolução CMN 3.106/2003).
As cooperativas rurais, na prática, atuam basicamente no setor primário 
da economia, tendo como objetivo viabilizar financeiramente o escoamento 
das safras agrícolas bem como criar um mecanismo de melhor comercializa-
ção desses produtos.
Demais instituições financeiras
Agências de fomento
As agências de fomento têm como objeto social a concessão de financia-
mento de capital fixo e de giro associado a projetos na Unidade da Federação 
onde tenham sede. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima 
de capital fechado e estar sob o controle de Unidade da Federação, sendo que 
cada Unidade só pode constituir uma agência. Tais entidades têm status de ins-
tituição financeira, mas não podem captar recursos junto ao público, recorrer 
ao redesconto, ter conta de reserva no Banco Central, contratar depósitos in-
terfinanceiros na qualidade de depositante ou de depositária e nem ter partici-
pação societária em outras instituições financeiras. De sua denominação social 
deve constar a expressão “Agência de Fomento” acrescida da indicação da 
Unidade da Federação Controladora. É vedada a sua transformação em qual-
quer outro tipo de instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional. As 
agências de fomento devem constituir e manter, permanentemente, fundo de 
liquidez equivalente, no mínimo, a 10% do valor de suas obrigações, a ser inte-
gralmente aplicado em títulos públicos federais (Resolução CMN 2.828/ 2001).
Associações de poupança e empréstimos
As associações de poupança e empréstimo são constituídas sob a forma 
de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. Suas 
operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e 
ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações passivas são consti-
tuídas de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas 
de poupança, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos. Os depo-
sitantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
56
Sistema Financeiro Nacional I
isso, não recebem rendimentos, mas dividendos. Os recursos dos depositan-
tes são, assim, classificados no patrimônio líquido da associação e não no 
passivo exigível.
Bancos de câmbio
Os bancos de câmbio são instituições financeiras autorizadas a realizar, 
sem restrições, operações de câmbio e operações de crédito vinculadas às de 
câmbio, como financiamentos à exportação e importação e adiantamentos 
sobre contratos de câmbio, e ainda a receber depósitos em contas sem remu-
neração, não movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico pelo titular, 
cujos recursos sejam destinados à realização das operações acima citadas. Na 
denominação dessas instituições deve constar a expressão “Banco de Câmbio”.
Bancos de desenvolvimento
Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas 
pelos governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o su-
primento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamen-
to, a médio e a longo prazo, de programas e projetos que visem promover 
o desenvolvimento econômico e social do respectivo estado. As operações 
passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso 
de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e 
de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas são emprés-
timos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem 
ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do 
estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e pri-
vativamente, em sua denominação social, a expressão “Banco de Desenvol-
vimento”, seguida do nome do estado em que tenha sede.
Bancos de investimento
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especia-
lizadas em operações de participação societária de caráter temporário, de 
financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de 
giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob 
a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denomi-
nação social, a expressão “Banco de Investimento”. Não possuem contas- -cor-
rentes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, 
internos e venda de cotasde fundos de investimento por eles administrados. 
As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Sistema Financeiro Nacional I
57
fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfi-
nanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624/99).
Principais operações:
Ativas:
financiamento de capital fixo; �
repasses de recursos de instituições financeiras oficiais; �
subscrição à aquisição de títulos e valores mobiliários; �
financiamento à produção de bens exportáveis; �
repasses de empréstimos externos. �
Passivas:
depósitos a prazo fixo; �
captação de empréstimos externos; �
emissão ou endosso de cédulas hipotecárias; �
depósitos de valores mobiliários em garantia. �
Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 
criado em 1952 como autarquia federal, foi enquadrado como uma empresa 
pública federal, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio 
próprio, pela Lei 5.662/71. O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar 
empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país.
Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e 
custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos 
e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no 
país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, 
também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas priva-
das e desenvolvimento do mercado de capitais.
A BNDESPAR, subsidiária integral, investe em empresas nacionais através 
da subscrição de ações e debêntures conversíveis. O BNDES considera ser de 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
58
Sistema Financeiro Nacional I
fundamental importância, na execução de sua política de apoio, a observân-
cia de princípios ético-ambientais e assume o compromisso com os princí-
pios do desenvolvimento sustentável. As linhas de apoio financeiro e os pro-
gramas do BNDES atendem às necessidades de investimentos das empresas 
de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com instituições 
financeiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a dissemina-
ção do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES.
Repasse
O BNDES opera direta ou indiretamente, nesse caso através da rede de 
agentes financeiros e privados credenciados, que compreendem os bancos 
de desenvolvimento, bancos de investimentos, bancos comerciais, financei-
ras e bancos múltiplos.
As solicitações de financiamentos ao BNDES devem ser iniciadas com uma 
consulta prévia, na qual são especificadas as características básicas da em-
presa solicitante e do seu empreendimento, necessárias ao enquadramen-
to da operação nas Políticas Operacionais do BNDES. Essa consulta prévia 
deve ser encaminhada diretamente ou por intermédio de um dos agentes 
financeiros à Carteira Operacional de Enquadramento da Área de Crédito do 
Sistema BNDES.
Para estimular os bancos credenciados a facilitarem o acesso ao crédi-
to às pequenas e microempresas o BNDES estabeleceu algumas medidas, a 
saber:
o Fundo de Garantia para a Promoção da Competitividade (FGPC) – �
Fundo de Aval;
o fim da exigência de garantias reais por parte dos agentes financeiros, �
para créditos no valor de até R$500 mil;
a “milhagem”, ou seja, para cada R$1 milhão que os agentes financeiros �
disponibilizarem às micro e pequenas empresas, terão direito de rece-
ber 20% de acréscimo – R$200 mil – para repasse adicional nas regiões 
Sul e Sudeste e 30% nas demais regiões do país.
Companhias hipotecárias
As companhias hipotecárias são instituições financeiras constituídas sob 
a forma de sociedade anônima, que têm por objeto social conceder finan-
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Sistema Financeiro Nacional I
59
ciamentos destinados à produção, reforma ou comercialização de imóveis 
residenciais ou comerciais aos quais não se aplicam as normas do Sistema Fi-
nanceiro da Habitação (SFH). Suas principais operações passivas são: letras hi-
potecárias, debêntures, empréstimos e financiamentos no país e no exterior.
Suas principais operações ativas são: financiamentos imobiliários resi-
denciais ou comerciais, aquisição de créditos hipotecários, refinanciamentos 
de créditos hipotecários e repasses de recursos para financiamentos imo-
biliários. Tais entidades têm como operações especiais a administração de 
créditos hipotecários de terceiros e de fundos de investimento imobiliário 
(Resolução CMN 2.122/94).
Cooperativas centrais de crédito
As cooperativas centrais de crédito, formadas por cooperativas singula-
res, organizam em maior escala as estruturas de administração e suporte de 
interesse comum das cooperativas singulares filiadas, exercendo sobre elas, 
entre outras funções, supervisão de funcionamento, capacitação de admi-
nistradores, gerentes e associados, e auditoria de demonstrações financeiras 
(Resolução CMN 3.106/2003).
Por força da Resolução CMN 2.788/2000, as Cooperativas Centrais de Cré-
dito podem constituir Bancos Comerciais Cooperativos ou múltiplos com 
carteira comercial, detendo 51% de suas ações e de capital fechado. Assim, 
sua constituição e funcionamento são os mesmos dos bancos comerciais e 
dos bancos múltiplos.
Sociedades de crédito, financiamento e investimento
As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também co-
nhecidas por financeiras, foram instituídas pela Portaria do Ministério da Fa-
zenda 309/59. São instituições financeiras privadas que têm como objetivo 
básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e 
capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e 
na sua denominação social deve constar a expressão “Crédito, Financiamen-
to e Investimento”.
Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de Letras 
de Câmbio (Resolução CMN 45/66). Por força da Resolução Bacen 3.454/2007, 
essas sociedades podem captar recursos através de Recibos de Depósito 
Bancário (RDB).
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
60
Sistema Financeiro Nacional I
Principais operações:
Ativas:
financiamento ao consumidor final de bens e serviços; �
financiamento de vendas à prestação; �
crédito pessoal. �
Passivas:
captação de recursos através da colocação de letras de câmbio; �
depósitos a prazo, exclusivamente RDB. �
Sociedades de crédito imobiliário
As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas 
pela Lei 4.380/64 para atuar no financiamento habitacional. Constituem ope-
rações passivas dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de 
letras e cédulas hipotecárias e depósitos interfinanceiros. Suas operações 
ativas são: financiamento para construção de habitações, abertura de crédi-
to para compra ou construção de casa própria, financiamento de capital de 
giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de 
construção. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, ado-
tando, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão “Crédito 
Imobiliário” (Resolução CMN 2.735/2000).
Sociedades de crédito ao microempreendedor
As sociedades de crédito ao microempreendedor, criadas pela Lei 10.194/ 
2001, são entidades que têm por objeto social exclusivo a concessão de fi-
nanciamentos e a prestação de garantias a pessoas físicas, bem como a pes-soas jurídicas classificadas como microempresas, com vistas a viabilizar em-
preendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial de pequeno 
porte. São impedidas de captar, sob qualquer forma, recursos junto ao pú-
blico, bem como emitir títulos e valores mobiliários destinados à colocação 
e oferta públicas. Devem se limitar a R$10.000,00 de créditos e prestações 
de garantias por clientes. Devem ser constituídas sob a forma de companhia 
fechada ou de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, adotan-
do obrigatoriamente em sua denominação social a expressão “Sociedade de 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Sistema Financeiro Nacional I
61
Crédito ao Microempreendedor”, vedada a utilização da palavra “Banco” (Re-
solução CMN 2.874/ 2001).
Dica de estudo
Saber como se efetua essa capacidade de criar moedas das instituições �
financeiras bancárias.
Atividade
1. Indique se a frase está certa ou errada; se errada, justifique a resposta.
a) (BB) São consideradas instituições financeiras as pessoas jurídicas, 
públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou 
acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos fi-
nanceiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estran-
geira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.
 Certo. )(
 Errado. )(
Gabarito
1.
a) Certo.
Referências
PORTAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. Ministério da Fazenda. Disponível em: 
<www.bcb.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2012.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Edital 021/2004. Disponível em: <www.bcb.gov.
br/?SISAUDPUB>. Acesso em: 23 fev. 2012.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br

Outros materiais