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Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV IMUNOLOGIA MÉDICA – Prof. Me. Hidelberto Matos Silva Página 1 de 6 ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T A ativação dos LT naïve tem como objetivo, produzir um grande número de células efetoras e de memória. Para se ativar células T, são necessários sinais (1° e 2°) para a ativação completa. As células T naïve são ativadas principalmente nos órgãos linfoides secundários (baço e linfonodo). Destino dos Ags: o Tecidos (DCs); o Linfa (DCs); o Sangue/Baço (DCs e Macrófagos). Todo linfócito antes de ser estimulado, precisa ser ativado. Então ativação de naive tem o objetivo de produzir efetores ou de memória. DC = células dendríticas. Vias de entrada de antígenos: células de langerhans são residentes da epiderme e células dendríticas. A APC detecta o antígeno, fagocita, processa e expressa via MHC, vai no linfonodo mais próximo e apresenta para o linfótico. Após a expansão clonal e enfartamento ganglionar. O linfócito T naive vem da medula óssea, cai na circulação sanguínea e migra, fixando-se nos linfonodos. Com a expansão clonal, são distribuídos para achar o local da infecção através das quimiocinas que são liberados no local da lesão. Aqui está representado o órgão linfoide e os tecidos periféricos. O reconhecimento do antígeno ocorre através da APC que ativa o linfócito. Podendo ser o linfócito T naive CD 4 ou CD8. Aumenta a expressão de receptores de interleucina 2 e a IL-2 que atua promovendo a expansão clonal. Que começa a expressar receptores de superfície que vão diferenciar o linfócito tornando-o maduro e assim células efetoras. E a parte delas tornam-se células de memória. SINAIS PARA ATIVAÇÃO Para se ativar de forma efetiva as células T são necessários dois sinais: 1º sinal de ativação: reconhecimento do AG; 2º sinal de ativação: coestimulador (B7/CD28). Resultam na indução da secreção de citocinas, proliferação de linfócitos antígeno- específicos (expansão clonal), diferenciação de células naive para linfócitos efetores e de memória. Linfócito de memória é efetor mas expressa moléculas diferentes do efetor, por isso é armazenado para o próximo contato e assim ter uma resposta mais rápida e intensa. Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV IMUNOLOGIA MÉDICA – Prof. Me. Hidelberto Matos Silva Página 2 de 6 A APC em repouso expressa pouco ou nenhum coestimulador e falha em ativar células T virgens. (O reconhecimento do antígeno sem coestimulação pode tornar as celular T anérgicas – sem resposta). Quando a APC detecta o antígeno, induz a expressão de coestimuladores como as moléculas B7. Então, as APC se tornam capazes de ativar celular T virgens. As APC ativadas produzem citocinas como a IL-2, que estimulam a diferenciação de células T virgens em efetoras. A célula reconhece o antígeno pelo complexo TCR, ligação de B7 ao CD28 que ativa a via da RAS – MAP – KINASES, que são sinalizadores intermediários levando a efeitos funcionais como aumento da produção de BCL, aumento da secreção de IL-2 e expressão de receptores de IL-2, aumento de ciclinas, aumenta receptores antiapoptótico (a célula não tem intenção de sofrer apoptose). Tudo para sobrevivência da célula, proliferação da célula e diferenciação para células efetoras e de memória. COESTIMULADORES Os ligantes da família B7 são expressos nas APC e os seus ligantes da família CD28 são expressos nas células T. Além do CTLA-4, o PD1 (CD279) possui ITIM, ou seja, faz inibição para os casos de excesso de estimulação do organismo. RECONHECIMENTO DO AG As células T virgens são ativadas pelos complexos peptídeos-MHC nas APC ativadas. O reconhecimento do antígeno pelas células T junto com a coesetimulação induz a expressão do ligante CD40 nas células T ativadas. O CD40 ligante acopla o CD40 nas Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV IMUNOLOGIA MÉDICA – Prof. Me. Hidelberto Matos Silva Página 3 de 6 APC e pode estimular a expressão das moléculas B7 e a secreção das citocinas ativam as células T. Uma proteína de fusão contendo a parte extracelular do CTLA-4 e a cauda do FC de uma molécula de imunoglobunina (IgG) são usadas para ligar e bloquear as moléculas B7, impedindo assim sua interação com o receptor ativador CD28 e inibindo a ativação da célula T. Se bloqueia, diminui a resposta celular. RESPOSTA FUNCIONAL DOS LT Cinética da expressão de moléculas expressas seguindo a ativação das células T pelos antígenos e coestimuladores (c-Fos, IL-2, CD69, Recpetor da IL-2, CD4 ligante, e queda pelo surgimento da CTLA-4). Observar que aumenta a expressão e depois começa a cair, e assim inicia a produção de outra substância de acordo com a fase. Abaixo, apresenta-se uma célula T naive com TCR, a retenção no gânglio linfático se dá pela CD69, proliferação (receptor de IL-2), amplificação e funções efetoras (CD40L) e controle da resposta (CTLA-4). Ativação das células T por antígeno + coestimulantes; Secreção de IL-2; Expressão da cadeia IL-2R alfa, formação do complexo IL-2R alfa beta gama de alta afinidade; Proliferação de células T induzida pela IL2. Lembrar que não tem o receptor prontamente expresso, só após a ativação que há montagem do receptor e síntese da IL-2 para expansão clonal. Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV IMUNOLOGIA MÉDICA – Prof. Me. Hidelberto Matos Silva Página 4 de 6 IL-2 pode tanto estimular a expansão clonal, quanto o excesso de estimulo pode gerar uma célula reguladora. Cada perfil de ativação de linfócito T culmina com a ativação de novas células. E esse linfócito T é chamado de linfócito T auxiliar = linfócito T helper (Th). Ele que comanda a maquinaria do sistema imunológico. O principal é o LT CD4+, seja ele Th1, Th2 ou Th17, Th9 e outros perfis. Th1 – resposta celular Th2 – resposta humoral Th17 – resposta inflamatória (pela quantidade de neutrófilos) Começa com uma APC ou linfócito T atuando como APC, ele fagocita o patógeno, processa o antígeno e apresenta via MHC (classe I ou II) na forma de peptídeos lineares curtos. Sofreu a ativação, 1º sinal que é o reconhecimento do MHC, culmina com a formação de coestimuladores que é o 2º sinal. Ativou, proliferou e de acordo com as citocinas forma o perfil; *Th1: IFN gama que ativa macrófagos M1 – clássico e estimula linfócito a secretar IgG. Auxiliando contra microrganismos intracelulares, papel nas doenças autoimunes e associado a inflamações crônicas. A inflamação crônica granulomatosa é formada por um conjunto de macrófagos extremamente ativados. Células NK também são fontes de IFN gama. *Th2: presença de IL-4, IL-13 e IL-5. Estimula mastócito, produção e secreção de IgE, aumentando a quantidade de eosinofilo produzido pela medula óssea e liberados na circulação. E ainda ativação de macrófagos de forma alternativo – M2 responsável pela reparação tecidual. Direcionada para microrganismos extracelulares, mais humoral. Participação importante em doenças alérgicas. *Th17: presença de IL-17a, IL-17F e IL-22, que mantém a inflamação no local. Estimulam neutrófilos para migrar para o local, e macrófagos. É comum em infecções graves bacterianas e fúngicas. TH1 (RESPOSTA CELULAR) Quando a célula APC estimula o LT naive, ele ativa e faz diferenciação e expansão clonal. E a influência das células NK liberando IFN gama e o macrófago induzindo a produçãode IL-12, estimula mais ainda o LT a se proliferar e diferenciar, especializando-se e transformando-se em LT Th1. A ação das citocinas ligando-se em receptores, provoca a fosforilação e ativação de proteínas com formação de fatores de transcrição. Esses fatores de transcrição ativam genes específicos da célula e cada via (IFN gama, IL-12) gera resposta específica. Por exemplo, IFN gama leva a produção de STAT1 que produz T-bet (que são fatores de transcrições específicos), que atuam induzindo a produção de IFN gama e assim a Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV IMUNOLOGIA MÉDICA – Prof. Me. Hidelberto Matos Silva Página 5 de 6 ativação do LT forma o perfil Th1. Enquanto que IL-12 ativa STAT4. O conjunto STAT1, STAT4 e T-bet gera perfil Th1, que se especializa na produção de IFN gama. TH2 (RESPOSTA HUMORAL) Detectou antígeno, fagocitou, processou e apresentou para o LT naive. IL-4 é produzida por mastocito e eosinofilo, atua no LT. A IL-4 ativa STAT6 e existe um outro gene, o GATA3 que é ativado mas não sabe-se ao certo por qual citocina. STAT6 e GATA3 ativados formam o fator de transcrição final que induz a liberação de IL-4 que amplifica o sinal de ativação, e formando o perfil Th2. Th2 produz IL-4 (troca de isótopos para produção de IgE), IL-5 (induz a medula óssea para ativação de eosinófilos), IL-13 (secreção de mucosas). TH17 Este perfil é direcionado contra bactérias externas e fungos. Mantem um perfil inflamatório. Lembrar que o TLR identifica o tipo de microrganismo e induz a formação do perfil de interleucinas específicas. A APC apresenta o antígeno para o LT naive, as citocinas que atuam são: IL-1, IL-6 e TGF beta. O TGF beta (é imunoreguladora) pode ser formado por macrófagos da classe II, células epidermoides. A ação da IL-6 ativa STAT3 e TGF beta ativa “ROR gama t” que juntos formam o fator de transcrição que irá produzir a IL-21. A IL-21 induz a amplificação formando o perfil Th17. A IL-21 é uma forma de citocina de disparo. O perfil Th17 produz mais IL-17A, IL-17F e IL-22. Enfim, ativou ROR gama t e STAT3 induz produção de IL-21 que diferencia o perfil Th17. E tem auxílio na produção de células APC com a produção de IL-23 que ajuda na formação do perfil Th17. O Th17 secreta IL-17 e IL-22. A IL-17 induz a inflamação, ativando e recrutando neutrófilos. A IL-22 faz função de barreira e defesa, com substâncias antimicrobianas e muco para impedir a entrada de diversos microrganismos. MAS O PRINCIPAL DO TH17 é estimulação de neutrófilos. DIFERENCIAÇÃO DOS LT CD8+ Existe a geração de CD8+, que para proliferar-se depende de que maneira será expresso o MHC. Quando tem ativação dos linfócitos, alguns expressam CD4 e CD8 e de acordo com o estímulo, escolhe qual será. Alguns são duplo positivos e outros duplo negativos. Se for via Centro Universitário UnirG | 4º Período de MEDICINA | Turma XXIV IMUNOLOGIA MÉDICA – Prof. Me. Hidelberto Matos Silva Página 6 de 6 MHC I ativa principalmente o CD8 (duplo positivo ou só CD8) e se for MHC II induz CD4. Mas a APC apresenta MHC I e MHC II, com interesse de ativar resposta imune. São 4 perfis de linfócitos: Duplo negativo – nem CD4 e CD8; Duplo positivo – tem CD4 e CD8; Tem só CD4; Tem só CD8. Uma vez estimulado o CD8, sua função é destruir células alteradas ou infectadas através de receptores e enzimas digestivas. Quando for duplo negativo, gera perfil regulador. CÉLULAS DE MEMÓRIA As respostas imunes mediadas pelos LT contra um AG normalmente resultam na geração de células efetoras e células de memória. Células de memória: persistem por anos e até por toda a vida do indivíduo. Podem ser: memória central (linfonodos) e memória efetora (locais periféricos). Propriedades das células de memória: sobrevivem em estado quiescente, grande quantidade, expressam grandes quantidades de proteínas antiapoptóticas, possuem baixa proliferação, auto-renovação e dependem somente do estímulo de citocinas para sobreviverem. As células de memória são formadas após a ativação do perfil, e ela vive mais que a célula efetora devido a quantidade de expressão de proteínas, por exemplo, o CD127. Ao expressar o CD127 em maior densidade, ela migra para pontos específicos no organismo e persistir por anos. AUTORENOVAÇÃO: algumas proteínas tem vida útil, a célula de memória deve ser capaz de produzir novas proteínas para sobrevivência. Os grupamentos de diferenciação presentes nas células é que fazem com que ela seja de classes diferentes, conforme demonstra na figura. Observar onde tem lo = baixa expressão e hi = alta expressão. CD44 = células ativadas que expressam muito. E CD127 = células de memória. *Célula T virgem: CD45RA+, CD25lo, CD127hi, CD44lo *Células T Efetoras: CD45RO+, CD25hi, CD127lo, CD44hi *Células de T de memória: CD45RO+, CD25lo, CD127hi, CD44hi. PROVA! Quais as características de expressão de célula de memória? Alta expressão de CD127 e CD44.
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