Buscar

PSICOPATOLOGIA GERAL-loucura - histórico - juízo de realidade...

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 165 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 165 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 165 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LOUCURA: CONCEITO, 
CONCEPÇÃO MÍTICA E SEU 
DESENVOLVIMENTO 
Profa. Lédice Oliveira 
Psicopatologia Geral 
BIBLIOGRAFIA 
COCIUFFO, T. Encontro marcado com a loucura: 
ensinando e aprendendo psicopatologia. São Paulo: 
Luc Editora, 2001. cap. I, II. 
LOUCURA: RESGATE HISTÓRICO 
 Homero (700 a.c.) - Grécia Antiga: loucura atribuída 
à ação dos deuses; 
 
 Ésquilo (525-456 a.c.), Sófocles (496-406 a.c.), 
Erípedes (485-407 a.c.): A loucura é produto dos 
conflitos passionais do homem, das paixões, onde se 
localiza a sede entre o desejo e a regra social 
(semelhança com a psicanálise); 
 
 Platão (427-327 a.c.): A loucura acontecia quando a 
alma irracional (tórax) estava de alguma forma 
separada de sua parte racional (cérebro – imortal). 
Ocorria pela má distribuição dos “humores”. Há 
dualidade (mente/corpo); 
 Hipócrates (460 a.c. – 380 a.c.): Loucura 
resultante da crise do sistema de humores 
(concepção organicista). Cérebro como sede das 
emoções e pensamento. Ex.: Causa: frustração 
sexual; Sintoma: histeria; Terapêutica: 
casamento. 
 
 Galeno (131 – 200 d.c.): loucura como disfunção 
encefálica. Estudioso da anatomia: diferenciação 
dos nervos sensoriais e motores. Prevalece o 
modelo organicista (causas orgânicas); 
 
 Idade Média: reedita-se o modelo mítico de 
Homero. 
 Renascimento (Séc. XV e XVI) e a Reforma (Sec. 
XV): transição gradativa para a concepção 
científica da loucura. Há a disputa entre médicos 
e teólogos pelas histéricas, pois elas não seriam 
responsáveis por seus atos, devendo ser 
consideradas como doentes mentais e não como 
bruxas; 
 
 Pinel (1745-1826): Priorizou os aspectos 
comportamentais da loucura. Defendia que a 
histeria era decorrente de afacções psíquicas 
(psicogênese), ou seja, uma “neurose”; 
 
 Mesmer (1734-1815): loucura como desequilíbrio 
do fluído universal. O médico era um magnetizador 
restabelecendo a distribuição de fluído pelo corpo; 
 
 Braid (1795-1860): termo hipnotismo: provocar 
estado de sono nos pacientes “nervosos”, 
ressaltando a natureza psicológica, por meio da 
exploração de conteúdo inconsciente como 
originário do mau estado psíquico; 
 
 Liébeault (1823-1904) e Bernheim (1840-1919): 
hipnotismo como tratamento, o qual era “mera 
questão de sugestão”; 
 
 Charcot (1823-1893): estado hipnótico como 
doença artificialmente produzida, com componentes 
orgânicos, só podia ser provocada em histéricos. 
Há tendência em explicar as desordens do compto. 
e afetivas como produto de modificações 
cerebrais; 
 
 Kraepelin (1856-1926): fundou a nosologia 
psquiátrica. Há prevalência do corpo e 
ausência do doente. Ignorava-se a fala; 
 
 Bleuler (1857-1939): importância da clínica 
baseada na escuta do paciente; 
 
 Freud (Séc. XIX): sujeito do inconsciente, o 
sujeito habitado por forças que desconhece – 
subjetividade. Ressaltou a importância da 
escuta e do tratamento. Não se sabe 
exatamente onde começa e onde acaba a 
sanidade mental – presença fluida da 
psiquiatria. 
1950 - PSICOFARMACOLOGIA 
 
 
 
 Grande benefício 
quando 
administrada 
adequadamente; 
 
 Conforto ( dor); 
 
 Remissão dos 
sintomas. 
 
 
 
 Concepção reducionista 
– psiquismo é 
equivalente à cérebro; 
 
 Não podem curar o 
sofrimento psiquico; 
 
 Não promove mudança 
de perspectiva. 
PSICANÁLISE 
Charcot: método hipnótico 
Breuer: método catártico 
Freud: teoria sexual 
(rompimento com Breuer) 
OPS!! PODE CAIR NA PROVA!! 
Psicofarmacologia (aspectos positivos e 
negativos); 
 
Psicanálise (conceito de sanidade 
mental); 
 
Precursores da psicanálise e seus 
pressupostos. 
NORMAL 
X 
PATOLÓGICO 
Profa. Lédice Oliveira 
Psicopatologia Geral 
BIBLIOGRAFIA 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia 
dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 2008. cap. 3 
CRITÉRIOS DE NORMALIDADE EM 
PSICOPATOLOGIA 
1) Normalidade como ausência de doença: indivíduo 
que não é portador de um transtorno mental 
definido; 
 
2) Normalidade ideal: supostamente “sadio”, é 
socialmente construída; 
 
3) Normalidade estatística: o normal passa a ser 
aquilo que se observa com mais frequência; 
 
4) Normalidade como bem-estar: completo bem-
estar físico, mental e social, e não simplesmente 
como ausência de doença. 
1) Normalidade funcional: quando não há sofrimento; 
 
2) Normalidade como processo: considera-se os 
aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial; 
 
3) Normalidade subjetiva: se dá maior ênfase à 
percepção subjetiva do próprio indivíduo; 
 
4) Normalidade como liberdade: quando não se está 
limitado em suas possibilidades existenciais, como 
acontece com a doença mental; 
 
5) Normalidade operacional: defini-se “normal” e 
“patológico” e trabalha-se operacionalmente c/ estes 
conceitos. 
 
PSICOPATOLOGIA E SEUS 
FENÔMENOS 
Profa. Lédice Oliveira 
Psicopatologia Geral 
BIBLIOGRAFIA 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia 
dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 2008. cap. 3 
 
COCIUFFO, T. Encontro marcado com a loucura: 
ensinando e aprendendo psicopatologia. São Paulo: 
Luc Editora, 2001. cap. I, II. 
 
Conjunto de 
conhecimentos 
sobre o 
adoecimento 
mental do ser 
humano 
vivências 
Estados 
mentais 
Padrões 
de 
comporta
mento 
PSICOPATOLOGIA 
LIMITES DA CIÊNCIA 
PSICOPATOLÓGICA 
Nunca se pode reduzir por completo o ser humano 
a conceitos psicopatológicos!!! 
Em todo o indivíduo, oculta-se algo que 
não se pode conhecer!!! 
Forma (estrutura) 
Alucinação 
Delírio 
Idéia obsessiva 
Labilidade afetiva 
Conteúdo (o que 
preenche) 
Culpa 
Religião 
Persecutoriedade 
Grandeza 
SINTOMAS 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
FENÔMENOS 
• Comum em todas as pessoas 
(ex.: fome, medo ...) Semelhantes 
• Há fenômenos semelhantes, 
porém com alguma alteração 
(ex.: tristeza -> depressão) 
Parcialmente 
semelhantes 
• Próprias das doenças mentais 
– fenômenos psicóticos (ex.: 
alucinações, delírios ...) 
Diferentes 
PSICANÁLISE 
 Freud: a neurose seria o resultado do conflito 
entre o “ego” e o “id” e, em troca, a psicose, 
o desenlace análogo de tal perturbação das 
relações entre o “ego” e o mundo externo 
• “ego” X “id” 
Neurose 
• “ego” X 
mundo externo Psicose 
PSICANÁLISE 
 Melanie Klein: o psicótico não conseguiu superar as 
angústias primitivas da infância e regressou a elas 
quando sua psicose se tornou manifesta. Todos 
possuímos simultaneamente uma parte não psicótica 
e uma outra psicótica. 
A diferença está no 
caráter regressivo 
(quantitativo)!! 
NA PRÁTICA .... 
Entrevista 
Psicológica 
Existência de 
transtornos 
mentais 
Aspectos da 
personalidade 
(desenvolvimento) 
Grau de 
sofrimento 
psíquico 
Objeto de estudo indivíduo em 
 sofrimento psíquico 
 intenso 
Ressalta-se o caráter 
HUMANO!! 
PSICÓLOGO 
 Trabalha para além do diagnóstico, no encontro 
do sofrimento do “outro” e na busca de sentido 
para esse sofrimento, o que implica a 
compreensão da realidade psíquica, cultural e 
econômica dessa população. 
 
 Objetiva avaliar o grau de saúde que persiste no 
paciente para, a partir daí, iniciar uma 
psicoterapia. 
 
 Trabalha no encontro do sofrimento humano e na 
busca de sentido desse sofrimento. 
PARA REFLETIR ... 
Como pensar no “outro” e em como 
é possível atendê-lo, quando 
estamos tão ocupados com nossas 
angústias com relação ao nosso 
desempenho e ao que temos para 
oferecer? 
 
VALE A PENA RELEMBRAR!! VAI QUE CAINA PROVA .... 
 Critérios de normalidade; 
 Psicopatologia (definição e seus fenômenos); 
 Sintomas (conteúdo e forma); 
 Classificação dos fenômenos; 
 Psicanálise (definição de psicose – Freud e M. Klein); 
 Entrevista psicológica; 
 Objeto de estudo da psicopatologia; 
 Papel do psicólogo em psicopatologia. 
 
FUNÇÕES PSÍQUICAS 
I 
Profa. Lédice Oliveira 
Psicopatologia Geral 
BIBLIOGRAFIA 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia 
dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 2008. cap. 9, 10 e 11. 
 
 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Consciência Atenção Orientação 
Senso-
percepção 
Afetividade Vontade 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Psicomo-
tricidade 
Pensamen-
to 
Júizo de 
realidade 
Linguagem 
Valoração 
 do eu 
Personali-
dade 
Inteligên-
cia 
Não existem de forma 
isolada! 
É sempre a pessoa em sua 
totalidade que adoece! 
A significação dos 
fenômenos é + importante 
que a descrição de 
sintomas! 
Cada aspecto da realidade 
psic. só existe vinculada à 
história do indivíduo! 
 
FUNÇÕES 
PSÍQUICAS 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Consciência Atenção Orientação 
Senso-
percepção 
Afetividade Vontade 
 O INCONSCIENTE 
 Estrutura mental mais importante do 
psiquismo humano; 
 Regido pelo princípio do prazer; 
 Atemporal; 
 Isento de contradição; 
 Processo primário; 
 Possui caráter dinâmico (visa expulsar os 
desejos para a consciência). 
ALTERAÇÕES NORMAIS DA 
CONSCIÊNCIA 
 Sono normal: um estado comportamental e uma fase 
fisiológica normal e necessária. 
 
 Sono NREM(rapid eye movements): 
Estágio 1: + leve e superficial; 
Estágio 2: um pouco menos superficial; 
Estágio 3: sono + profundo; 
Estágio 4: sono muito profundo, é + difícil acordar. 
 
 Sono REM: semelhante ao estágio 1 NREM. É quando 
ocorre a maior parte dos sonhos. Há relaxamento 
muscular profundo e movimentos oculares rápidos 
O SONHO 
 Vivência predominantemente visuais; 
 
 Fenômeno rico e revelador de desejos e temores, 
os quais são revelados de forma disfarçada e 
indireta; 
 
 O conteúdo do sonho tem um sentido! 
 
 O sonho, assim como o sintoma, é uma formação 
de compromisso entre o consciente e o 
inconsciente. 
 
 Moreau de Tours (1804-1884): “a loucura é o 
sonho do homem acordado.” 
 
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS 
DA CONSCIÊNCIA 
 Obnubilação ou turvação da consciência: 
rebaixamento da consc. em grau leve e moderado; pac. 
pode estar claramente sonolento ou parecer desperto; 
há lentidão da compreensão e dificuldade de 
concentração; demonstra perplexidade. 
 
 Sopor: Marcante turvação da consc.; pac. é 
despertado apenas c/ estímulo enérgico e doloroso; é 
incapaz de qualquer reação espontânea. 
 
 Coma: Grau mais profundo de rebaixamento da consc., 
pois há ausência de qq indício de consc. Grau I: 
semicoma; Grau II: coma superficial; Grau III: coma 
profundo; Grau IV: coma dépassé. 
 
SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS 
( CONSC.) 
 Delirium (distúrbios cerebrais agudos e transtornos psicorgânicos): 
 rebaixamento leve a moderado da consc.; 
 desorientação termporoespacial; 
 dificuldade de concentração; 
 perplexidade; 
 ansiedade em graus variados; 
 agitação ou lentificação psicomotora; 
 discurso ilógico ou confuso e/ou 
 alucinações, quase sempre visuais; 
 oscila ao longo do dia . 
 
 Estado onírico (psicoses tóxicas, abstinência, quadros febris tóxico-
infecciosos) 
 estado semelhante ao sonho muito vívido; 
 atividade alucinatória visual intensa com caráter 
cênico e fantástico; 
 há intensa carga emocional, com angústia, terror ou 
pavor; 
 há amnésia consecutiva; 
 excitação psicomotora; 
 incoerência do pensamento; 
 perplexidade. 
SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS 
( CONSC.) 
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS 
DA CONSCIÊNCIA 
 Estados crepusculares (causas orgânicas): 
estreitamento transitório da consc. (certa 
obnubilação); surge e desaparece de forma abrupta e 
tem duração variável; atos explosivos violentos, 
descontrole emocional; pode haver amnésia lacunar; 
Frequente nos casos de epilepsia, intoxicação por 
drogas, traumatismo craniano, quadros dissociativos 
histéricos agudos e choques emocionais; 
 
 Estado segundo (causas psicogenéticas e choques 
emocionais): atos incongruentes, extravagantes e 
inconvenientes; quase nunca são graves ou perigosos; 
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS 
DA CONSCIÊNCIA 
 Dissociação da consciência (quadros ansiosos e 
histéricos): estado semelhante ao sonho (estado 
onírico), geralmente desencadeado por acontecimentos 
psicologicamente significativos, gerando gde 
ansiedade; o indivíduo “desliga” da realidade p/ parar 
de sofrer; 
 
 Transe: assemelha-se ao sonhar acordado, porém c/ 
atividade motora automática (involuntária) e 
repetitiva; ocorre em contextos religiosos e culturais. 
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS 
DA CONSCIÊNCIA 
 Estado hipnótico: consciência reduzida e estreitada e 
de atenção concentrada, induzido por outra pessoa; 
podem ser induzidos fenômenos como anestesia, 
paralisias, rigidez muscular. 
 
 Experiência de quase-morte: são experiências muito 
rápidas em que pacientes muito graves referem ter 
vivenciado experiência de quase-morte, com sensação 
de paz, de estar fora do corpo, luz intensa, contato 
com entidade mística. 
DICAS!!! 
 Qq. alteração no nível de consciência reflete no 
funcionamento global do psiquismo, por isso deve ser 
avaliado em primeiro lugar; 
 
 Sempre observar a atitude do paciente (desperto, 
sonolento); 
 
 Observar se o paciente está perplexo, c/ dificuldade 
de integrar os estímulos do ambiente; 
 
 A orientação, sobretudo, a temporoespacial é o melhor 
meio de se avaliar o nível de consciência. 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Consciência Atenção Orientação 
Senso-
percepção 
Afetividade Vontade 
ANORMALIDADES DA ATENÇÃO 
 Hipoprosexia: concentração, percepção dos 
estímulos ambientais e de compreensão, capacidade 
de pensar e integrar informações. 
 Aproxia: total abolição da capacidade de atenção, por + 
fortes e variados que sejam os estímulos. 
 Hiperprosexia: atenção, mantendo-se concentrado 
sem fatigar-se. 
 Distração: superconcentração ativa da atenção sobre 
determinados conteúdos ou objetos, com a inibição de 
tudo o mais 
 Distraibilidade: é um estado patológico, c/ dificuldade 
ou incapacidade p/ fixar-se em qq. coisa que implique em 
esforço produtivo. 
TRANSTORNOS MENTAIS 
 Transtornos do humor / quadros depressivos: 
 geral da atenção, hipoprosexia; 
 Quadros maníacos: atenção salta de um estímulo p/ 
outro; 
 TOC: há vigilância excessiva e desregulada; 
 Esquizofrenia: dificuldade de anular adequadamente 
estímulos sensoriais irrelevantes enquanto realizam 
tarefas, lentificação no tempo de reação em 
consequência da distraibilidade; 
 TDAH: prejuízo relacionado à filtragem de estímulos 
irrelevantes à tarefa, com relutância em controlar 
seus comportamentos e impulsos. 
DICAS!! 
 Perguntar ao paciente e à pessoa que o acompanha: 
 
☺ Tem dificuldade p/ se concentrar ? 
☺Distrai-se c/ facilidade ? 
☺Não escuta qdo falam ? 
☺Tem problemas p/ finalizar tarefas ? 
☺ Perde coisas necessárias p/ a realização das tarefas ? 
 
 A avaliação simples e prática é pedir ao pac. que olhe 
os objetos que estão na sala e que logo em seguida cite 
o que viu. 
FUNÇÕES PSÍQUICAS 
II 
Profa. Lédice Oliveira 
Psicopatologia Geral 
BIBLIOGRAFIA 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia 
dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 2008. cap. 12, 14, 16 e 17.FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Consciência Atenção Orientação 
Senso-
percepção 
Afetividade Vontade 
ORIENTAÇÃO 
 IMPORTANTE P/ AVALIAR O NÍVEL DE CONSCIÊNCIA!! 
AUTOPSÍQUICA 
 
Relação à si mesmo 
(3º) – revela se o 
sujeito sabe quem 
ele é. 
AUTOPSÍQUICA 
 
Relação ao mundo – 
quanto ao tempo (1º) 
e quanto ao tempo 
(2º) 
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO 
 Redução do nível de consciência (torporosa ou 
confusa): Há alteração da atenção, concentração, da 
capacidade de percepção e retenção dos estímulos 
ambientais – Forma mais comum de desorientação!; 
 
 Déficit de memória: típico em quadros demenciais; 
 
 Desorientação apática ou abúlica: indivíduo torna-se 
desorientado devido à alteração do humor e da 
volição; 
 
 Desorientação delirante: convicção plena que estão 
habitando o lugar e/ou tempo de seus delírios; 
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO 
 Por déficit intelectual: R.M. grave ou moderado; 
 
 Por dissociação: desorientação histérica, c/ alteração 
da identidade pessoal, desdobramento da 
personalidade; 
 
 Por desagregação: Atividade mental gravemente 
desorganizada, desagregação profunda do 
pensamento; 
 
 Qto a própria idade: discrepância de 5 anos ou mais 
– indicativo de déficit cognitivo na esquizofrenia. 
 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Consciência Atenção Orientação 
Senso-
percepção 
Afetividade Vontade 
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS 
Hiperestesia: aumento da intensidade e duração das 
percepções (sons, ruídos). Ocorre nas intoxicações 
por substâncias, epilepsia, enxaqueca, esquizofrenia) 
Hiperpatia: queimação dolorosa, produzida por um 
leve estímulo na pele -quadros neurológicos; 
Hipoestesia: o mundo circundante é percebido como 
mais escuro – quadros depressivos. 
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS 
Ilusões: Se caracteriza pela percepção deformada, alterada, de um objeto 
real e presente. Ocorre em estados de rebaixamento de consciência, 
fadiga grave, estados afetivos alterados. São + comuns as visuais. 
Alucinação: Percepção de um objeto, sem que este esteja presente (voz, 
ruído, imagem); 
Alucinose: Qdo o paciente percebe a alucinação como estranha à sua 
pessoa. O paciente reconhece o caráter patológico do fenômeno. 
Frequente em quadros psicorgânicos e em intoxicações por alucinógenos. 
Pseudo-alucinação: Não apresenta uma imagem perceptiva real. “Parece 
uma voz (ou imagem)...” ou que “... É como se fosse uma voz (ou imagem), 
mas não é bem uma voz”. Frequente em psicoses orgânicas, estados 
afetivos, na fadiga, rebaixamento consciência e intoxicações. 
ALUCINAÇÕES 
 Auditivas: Simples: qdo se ouve apenas ruídos. 
Complexa: qdo se escuta vozes, s/ estímulo real. 
Quase sempre de conteúdo depreciativo e/ou 
perseguição; Muito frequente na esquizofrenia. Tb 
pode ocorrer nos transtornos de humor, no alcoolismo 
crônico, nos transtornos de personalidade 
(histriônico, borderline) e transtornos dissociativos; 
 
 Musicais: Audição de tons musicais, ritmos, 
harmonias, s/ o estímulo auditivo externo; 
ALUCINAÇÕES 
 Visuais: Visões nítidas, s/ o estímulo visual. Figuras 
ou imagem de pessoas, de partes do corpo, de 
entidades, de objetos inanimados, animais ou crianças. 
Frequente na esquizofrenia e em quadros orgânicos; 
 
 Táteis: Sente espetadas, choques ou insetos ou 
pequenos animais correndo sobre sua pele. Frequente 
na esquizofrenia, nos quadros histéricos, no delirium 
tremens e na psicoses tóxicas; 
 
ALUCINAÇÕES 
 Olfativas ou gustativas: Raras. “Sentir” o odor de 
coisas podres, de cadáver, de fezes, de pano 
queimado. Vêm acompanhadas de forte impacto 
emocional. Nas gustativas, os pac. sentem na boca, o 
sabor de ácido, de sangue, de urina; 
 
 Cenestésicas: Sensações incomuns e claramente 
anormais em diferentes partes do corpo, como sentir 
o cérebro encolhendo ou o fígado despedaçando; 
 
 Cinestésicas: Sensações alteradas de movimento do 
corpo, como sentir o corpo afundando, as pernas 
encolhendo ou um braço se elevando. Frequentes na 
esquizofrenia e nas depressões graves. 
 
TEORIAS PSICODINÂMICAS, PSICOLÓGICAS 
E AFETIVAS DAS ALUCINAÇÕES 
Necessidades e tendências afetivas, desejos e, 
sobretudo, conflitos inconscientes. Como 
mecanismo primitivo de defesa do ego; 
Sentimento de culpa, gratificação, autoridade 
dos pais (ex: verbais); 
Tentativa de expulsar de seu interior conteúdos 
conflituosos insuportáveis, material recalcado, 
impossível de ser aceito pelo Eu consciente. 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Consciência Atenção Orientação 
Senso-
percepção 
Afetividade Vontade 
ASPECTOS PSICODINÂMICOS 
(PSICANÁLISE) 
 Angústia: Conflito entre “princípio do prazer” e 
“princípio da realidade”; 
 
 Melancolia (depressão): Modo particular de 
elaboração inconsciente de perdas reais ou 
simbólicas. O sujeito deposita em si (no próprio Eu) 
todo o rancor, ódio inconscientes que guardava pelo 
objeto amado, surgindo as auto-acusações, os 
sentimentos de culpa, a autopunição em forma de 
descuido próprio, idéias e/ou atos suicidas. 
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA 
AFETIVIDADE 
 Distimia: Termo que designa a alteração básica do 
humor, tanto no sentido da inibição como no sentido da 
exaltação; Pode ser hipotímica (melancólica) ou 
hipertímica (maníaca); 
 
 Disforia: Distimia acompanhada de uma tonalidade 
afetiva desagradável, mal-humoradas, com forte 
componente de irritação, amargura, desgosto ou 
agressividade; 
 
 
 Puerilidade: alteração do humor que se caracteriza pelo 
aspecto infantil, simplório, regredido. O indivíduo ri ou 
chora por motivos banais, sua vida afetiva é superficial, 
sem afetos profundos, consistentes e duradouros. 
Frequente na esquizofrenia, nos déficits intelectuais, 
nos quadros histéricos; 
 
 Estado de êxtase: Frequentemente associado à 
experiências religiosas ou místicas; 
 
 Irritabilidade patológica: Qq estímulo é sentido como 
perturbador, e o indivíduo reage prontamente de forma 
disfórica. 
 
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA 
AFETIVIDADE 
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E 
SENTIMENTOS 
 Apatia: Os pac. queixam-se de não poderem sentir 
nem alegria, nem tristeza, nem raiva, nem nada. Está 
ligado ao afeto, o paciente relata espontaneamente 
sem referir sofrimento. Próprio dos quadros 
depressivos e em alguns casos de transtornos mentais; 
 
 Embotamento afetivo: Perda profunda e todo tipo de 
vivência afetiva. É um fenômeno observável (mímica, 
postura, atitude). Frequente na esquizofrenia; 
 
 Sentimento de falta de sentimento: O paciente 
refere sofrimento. Típico em depressivos graves; 
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E 
SENTIMENTOS 
 Anedonia: É a incapacidade total ou parcial de obter e 
sentir prazer com determinadas atividade e 
experiências da vida. É central nas depressões, 
podendo ocorrer na esquizofrenia e nos transtornos de 
personalidade; 
 
 Indiferença afetiva: Trata-se de certa frieza 
incompreensível diante dos sintomas que o pac. 
apresenta, que parece indicar que, no fundo, o pac. 
sabe que seus sintomas são psicogênicos e 
potencialmente reversíveis (certo exibicionismo, 
teatralidade) – histeria, depressão; 
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E 
SENTIMENTOS 
 Labilidade afetiva: Mudanças súbitas e imotivadas de 
humor, sentimentos ou emoções. Presentes em quadros 
depressivos ou maníacos, estados graves de ansiedade, 
esquizofrenia e quadros psicorgânicos; 
 
 Ambivalência afetiva: Sentimentos opostos a um 
mesmo estímulo ou objeto, de modo simultâneo. 
Indicativo de cisão radical do Eu, de desarmonia 
profunda das vivências psíquicas; 
 Neotimia: (esquizoforia) Um tipo de experiência 
afetiva, radicalmente nova, ameaçadora e estranha, 
dos pacientes esquizofrênicos, no período que 
antecede o surgimentoda revelação delirante; 
 
 Fobia: São medos específicos psicopatologicamente 
desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades 
de perigo real oferecidas pelos desencadeantes, 
chamados de objetos ou situações fobígenas. Há 
intensa crise de ansiedade. Ex.: Fobia simples, fobia 
social, agorafobia (aglomeração), claustrofobia 
(ambientes pequenos); 
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E 
SENTIMENTOS 
 Pânico: Reação de intenso medo, de pavor, relacionada 
geralmente ao perigo imaginário de morte iminente, 
descontrole ou desintegração. Crises agudas e 
intensas de ansiedade, acompanhadas por medo 
intenso de morrer ou perder o controle. O paciente 
relata frequentemente que tinha a nítida sensação de 
que iria morrer, perder o controle ou ter um ataque do 
coração. 
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E 
SENTIMENTOS 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Consciência Atenção Orientação 
Senso-
percepção 
Afetividade Vontade 
ATO VOLITIVO OU ATO DE 
VONTADE 
Expressões típicas do “eu quero” ou 
“eu não quero”!! 
ALTERAÇÕES DA VONTADE 
HIPOBULIA 
ABULIA 
Associada 
a apatia 
Fadiga 
fácil 
Dificuldade 
de decisão 
ATOS IMPULSIVOS E ATOS 
COMPULSIVOS 
 Ato impulsivo: Ações psicomotora automáticas, sem 
reflexão, ponderação ou decisão prévia, de tipo 
instantâneo e explosivo. Associado à incapacidade de 
tolerância à frustração. É egossintônico; 
 
 Ato compulsivo: É reconhecido pelo indivíduo como 
indesejável e inadequado, assim como pela tentativa 
de refreá-lo ou adiá-lo. É egodistônico. Também 
associado à idéias obsessivas. 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Psicomo-
tricidade 
Pensamen-
to 
Júizo de 
realidade 
Linguagem 
Valoração 
 do eu 
Personali-
dade 
Inteligên-
cia 
ALTERAÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE 
 Agitação psicomotora: Mais comum. Aceleração e 
exaltação de toda atividade motora do indivíduo, em 
geral secundária a taquipsiquismo acentuado. Associado 
à hostilidade e heteroagressividade. Frequente em 
quadros maníacos, esquizofrenia aguda, quadros 
psicorgânicos, em deficiências mentais e síndromes 
demenciais; 
 
 Lentificação psicomotora: Profunda lentificação 
psicomotora, com ausência de respostas motoras 
adequadas, s/ que haja paralisias ou déficit motor; 
 Estereotipias motoras: Perda do controle voluntário 
sobre a esfera motora. O pac. repete o mesmo gesto 
com as mãos dezenas ou centenas de vezes em um 
mesmo dia. Frequente na esquizofrenia e na deficiência 
mental; 
 
 Maneirismo: É um tipo de estereotipia motora 
caracterizada por movimentos bizarros e repetitivos 
(mímicas, gestos, linguagem). Posturas e movimentos 
estranhos, exagerados, afetados ou bizarros, de forma 
involuntária. Acentuam-se com a ansiedade. 
ALTERAÇÕES DA 
PSICOMOTRICIDADE 
 Conversão: Surgimento abrupto de sintomas físicos 
(paralisias, anestesias, cegueira), de origem 
psicogênica. Ocorre geralmente em situações 
estressantes, de ameaça ou conflito intrapsíquico ou 
interpessoal significativos para o indivíduo. A 
conversão expressa a representação simbólica de um 
conflito psíquico em termos de manifestações 
motoras. Frequente na histeria e no transtorno de 
personalidade histriônica. 
ALTERAÇÕES DA 
PSICOMOTRICIDADE 
FUNÇÕES PSÍQUICAS 
III 
Profa. Lédice Oliveira 
Psicopatologia Geral 
BIBLIOGRAFIA 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia 
dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 2008. cap. 17 (continuação), 18 e 19. 
 
 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Psicomo-
tricidade 
(continuação) 
Pensamen-
to 
Júizo de 
realidade 
Linguagem 
Valoração 
 do eu 
Personali-
dade 
Inteligên-
cia 
ALTERAÇÕES DA MARCHA 
 Paciente Histérico: A marcha é irregular, mutável, 
bizarra, raramente revela um padrão preciso e estável. 
Tem-se a impressão de que o paciente está prestes a 
cair, mas raramente ele cai, a não ser na presença de 
outros. Camptocormia: tronco p/ frente; Hemiplegia 
histérica: arrasta o pé “paralisado”; Abasia: 
impossibilidade ou dificuldade p/ a marcha; Astasia: 
impossibilidade de ficar em pé. 
 
 Pacientes esquizofrênicos: Marcadamente bizarra, com 
maneirismos. Qdo tb deprimidos apresentam marcha 
lentificada e difícil. 
Os psicofármacos, 
principalmente os neurolépticos 
de 1ª geração (haloperidol, 
clorpromazina, flufenazina, 
etc), produzem uma série de 
alterações no tônus muscular, 
na postura e na movimentação 
voluntária e involuntária do 
paciente psicótico. 
OUTRAS ALTERAÇÕES E APRAXIAS 
 Hiperventilação Psicogênica: Aceleração da respiração. 
Ocorre em situações estressantes e associadas à 
ansiedade. 
 
 Apragmatismo (ou hipopragmatismo): Dificuldade ou 
incapacidade de realizar condutas volitivas e 
psicomotoras minimamente complexas (higiene pessoal, 
limpar o quarto, atividades produtivas diversas). Não há 
lesão neurológica, corresponde a alteração das esferas 
volitivas e afetivas (hipobulia, apatia). É frequente em 
psicóticos crônicos, representando um desafio à 
reabilitação. 
 
 
OUTRAS ALTERAÇÕES E APRAXIAS 
 Apraxia: Impossibilidade ou a dificuldade de realizar 
atos intencionais, gestos complexos, voluntários, 
conscientes, sem que haja paralisias e sem que faltem 
tb o entendimento da ordem p/ fazê-lo ou a decisão de 
fazê-lo. Decorre sempre de lesões neurais. 
 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Psicomo-
tricidade 
Pensamen-
to 
Júizo de 
realidade 
Linguagem 
Valoração 
 do eu 
Personali-
dade 
Inteligên-
cia 
ALTERAÇÃO DOS ELEMENTOS DO 
PENSAMENTO 
 Desintegração dos conceitos: Ocorre qdo os conceitos 
sofrem um processo de perda de seu significado 
original, uma mesma palavra passa a ter significados 
cada vez mais diverso. Ex: ateu = “a teu comando” 
(comando de Deus); 
 
 Condensação dos conceitos: Qdo 2 ou + conceitos são 
fundidos, o pacientes involuntariamente condensa duas 
ou + idéias em um único conceito, que se expressa por 1 
nova palavra (neologismos). 
 
TIPOS ALTERADOS DE PENSAMENTO 
 Pensamento mágico: Segue os designios dos desejos, 
das fantasias e dos temores, conscientes ou 
inconscientes, adequando a realidade ao pensamento. É 
mais comum em crianças, mas tb pode ocorrer na 
esquizofrenia, em quadros histriônicos, borderline, 
narcisista e em obsessivos-compulsivos (pensamentos 
mágicos + rituais compulsivos); 
 
 Pensamento concreto ou concretismo: Incapacidade de 
entender ou utilizar metáforas, o pensamento é muito 
concreto. Pode ocorrer na D.M., nas demências e na 
esquizofrenia grave. 
 
TIPOS ALTERADOS DE PENSAMENTO 
 Pensamento vago: O paciente expõe um pensamento 
muito ambíguo, c/ falta de clareza e precisão. Pode ser 
um sinal inicial de esquizofrenia e de quadros 
demenciais e transtornos de personalidade. 
 
 Pensamento prolixo: O paciente não consegue chegar a 
qq conclusão sobre o tema, dá longas voltas ao redor do 
tema. Pode ocorrer nos quadros iniciais da 
esquizofrenia, nas D.M. e em neuróticos graves (T.O.C.) 
 
TIPOS ALTERADOS DE PENSAMENTO 
 Pensamento deficitário (ou oligofrênico): Há estrutura 
pobre e rudimentar, tende ao raciocínio concreto, 
porém a memorização de determinados conteúdos ou 
temas pode ser muito extensa e numerosa, porém é 
mecânica e rígida (Savant – um tipo de D.M.). 
 
 Pensamento desagregado: Radicalmente incoerente, há 
uma mistura aleatória de palavras (“salada de palavras”), 
que nada comunica ao interlocutor. Ocorre nas formas 
graves e avançadas da esquizofrenia. 
 
 Pensamento obsessivo: Conteúdo absurdo, mas que se 
impõe à consciência. Há angústia e luta constante. 
 
DIMENSÕES DO PENSAR 
Curso 
Forma 
Conteúdo 
DIMENSÕES DO PENSAR 
• Modo como o pensamento flui; 
• Sua velocidade,ritmo ao longo do tempo. Curso 
• Estrutura básica, sua “arquitetura”; 
• Preenchida pelos + diversos conteúdos e 
interesses do indivíduo. 
Forma 
• O que dá substância ao pensamento; 
• Os temas predominantes, o assunto em 
si. 
Conteúdo 
CURSO DO 
PENSAMENTO 
CURSO DO PENSAMENTO 
 Aceleração do Pensamento: Flui de forma muito 
acelerada, uma idéia se sucedendo à outra rapidamente. 
Frequente nos quadros maníacos, na esquizofrenia e nos 
quadros de ansiedade e de depressão ansiosa. 
 
 Lentificação do Pensamento: Há certa latência entre 
as perguntas e as respostas. Frequente nas depressões 
graves, nos casos de rebaixamento do nível de 
consciência e em certas intoxicações (sedativos). 
CURSO DO PENSAMENTO 
 Bloqueio ou interceptação do Pensamento: Ao relatar 
algo, o paciente, no meio de uma conversa, brusca e 
repentinamente interrompe seu pensamento, sem qq 
motivo aparente. Exclusivo da esquizofrenia. 
 
 Roubo do pensamento: O indivíduo tem a nítida 
sensação de que seu pensamento foi roubado de sua 
mente, por uma força estranha, por uma máquina, uma 
antena, etc. Típico na esquizofrenia. 
 
FORMA DO PENSAMENTO 
FORMA DO PENSAMENTO 
 Fuga de idéias: É secundária à aceleração do 
pensamento. As associações entre as palavras deixam de 
seguir uma lógica ou finalidade do pensamento e passam 
a ocorrer por assonância (Ex.: amor, flor, cor ... Ou 
cidade, idade, realidade). Frequente nos quadros 
maníacos. 
 
 Dissociação do pensamento: Os pensamentos passam 
progressivamente a não seguir uma sequencia lógica e 
bem organizada, mas ainda é possível captar aquilo que o 
indivíduo quer comunicar. Encontrado em certas formas 
de esquizofrenia. 
 
FORMA DO PENSAMENTO 
 Afrouxamento das associações: Embora ainda haja 
concatenação lógica entre as idéias, nota-se já o 
afrouxamento dos enlaces associativos. Manifesta-se 
nas fases iniciais da esquizofrenia. 
 
 Descarilhamento do pensamento: O pensamento passa 
a extraviar-se de seu curso normal, toma atalhos, 
desvios, pensamentos supérfluos, retornando aqui e 
acolá ao seu curso original. Associado a distraibilidade. 
É observado na esquizofrenia e, eventualmente, nos 
quadros maníacos. 
 
FORMA DO PENSAMENTO 
 
 Desagregação do pensamento: Há profunda e radical 
perda dos enlaces associativos, total perda da coerência 
do pensamento, sobram apenas “pedaços” de 
pensamento, conceitos e idéias fragmentadas, sem qq 
articulação racional. Trata-se de alteração típica de 
formas avançadas de esquizofrenia e de quadros 
demenciais. 
 
CONTEÚDO DO PENSAMENTO 
 CONTEÚDO DO PENSAMENTO 
Persecutórios 
Depressivos 
Religiosos 
Sexuais 
De poder, riqueza, prestígio ou grandeza 
De ruína ou culpa 
Conteúdos hipocondríacos 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Psicomo-
tricidade 
Pensamen-
to 
Juízo de 
realidade 
Linguagem 
Valoração 
 do eu 
Personali-
dade 
Inteligên-
cia 
As alterações do 
juízo de 
realidade são 
alterações do 
pensamento!! 
Juízos 
patologicamente 
falsos, são 
chamados de 
delírios. 
O delírio é um 
erro do ajuizar 
(julgar) que tem 
origem na doença 
mental. 
Não é tanto a 
falsidade do 
conteúdo q faz 
uma crença ser 
um delírio, mas 
sobretudo a sua 
justificativa. 
Identifica
ção clínica 
do delírio 
Convicção 
extraordinária 
Impossível a 
modificação do 
delírio pela 
experiência 
objetiva (é 
irremovível) 
O seu conteúdo é 
impossível 
Os delírios agudos surgem de 
forma rápida, podendo 
desaparecer em pouco tempo 
(horas e dias) – psicoses tóxicas 
ou infecciosas. 
Os delírios crônicos tendem a 
ser persistentes, contínuos, de 
longa duração (vários anos), 
pouco modificáveis ao longo do 
tempo. 
Tal construção está inserida em 
um processo de tentativa de 
reorganização do funcionamento 
mental: o esforço que o aparelho 
psíquico empreende no sentido de 
lidar com a desorganização que a 
doença de fundo produz. 
Portanto, nasce de uma 
multiplicidade de fatores 
complexos (psicológicos, orgânicos, 
socioculturais, personalidade) 
A inércia em mudar as próprias idéias e a 
necessidade de sempre dar consistência ao 
delírio; 
A pobreza na comunicação interpessoal, falta 
de contatos pessoais satisfatórios, isolamento 
social; 
Rejeição do meio social, contribuindo para 
sentimentos paranóides, persecutórios e 
agressivos; 
A partir da perda de respeito e consideração, 
o indivíduo tem a necessidade de construir 
novas interpretações delirantes p/ manter sua 
auto-estima. 
 MECANISMOS DE MANUTENÇÃO DO 
DELÍRIO 
DELÍRIO SEGUNDO SEU CONTEÚDO 
 Persecutório: O pac. acredita ser vítima de um complô 
e está sendo perseguido por pessoas conhecidas ou 
desconhecidas. É o tema mais frequente dos delírios! 
 
 Referência: O pac. afirma ser frequentemente alvo 
de referências depreciativas, caluniosas. As vezes, 
ouve o seu nome e que o xingam ou, simplesmente, 
deduz que falam a seu respeito. Está associado à 
perseguição. 
 
 Influência ou controle: O pac. vivencia o fato de 
estar sendo controlado, comandado ou influenciado 
por força, pessoa ou entidade externa. 
DELÍRIO SEGUNDO SEU CONTEÚDO 
 Erótico: O pac. afirma que uma pessoa, geralmente de 
destaque social ou de grande importância, está 
totalmente apaixonada por ele e irá abandonar tudo 
para que possam se casar. 
 
 Depressivo: São aqueles delírios com temática triste, 
como ruína, miséria, culpa, auto-acusação, doenças e 
até mesmo desaparecimento de partes do corpo e 
hipocondríacos. Associados à estados depressivos 
profundos e em alguns casos de esquizofrenia. 
DELÍRIO SEGUNDO SEU CONTEÚDO 
 Grandeza: O pac. acredita ser extremamente 
especial, dotado de capacidade e poderes. A auto-
estima pode estar extremamente aumentada. Ocorre 
na esquizofrenia e em quadros maníacos. 
 
 Místico ou Religioso: O pac. sente que tem poderes 
místicos, ser um novo messias, Deus, um santo ou um 
demônio. 
 
 Ciúmes/Infidelidade: O pac. percebe-se traído pelo 
cônjuge de forma vil e cruel. É presente no alcoolismo 
crônico e no transtorno delirante crônico. É frequente 
violência física e/ou homicídio. 
FUNÇÕES PSÍQUICAS 
IV 
Profa. Lédice Oliveira 
Psicopatologia Geral 
BIBLIOGRAFIA 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia 
dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 2008. cap. 20 e 21. 
 
 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Psicomo-
tricidade 
Pensamen-
to 
Júizo de 
realidade 
Linguagem 
Valoração 
 do eu 
Personali-
dade 
Inteligên-
cia 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
Comunicação 
Suporte ao 
pensamento 
(lógica) 
Instrumento de 
Expressão da 
vida subjetiva 
Afirmação do 
EU 
Expressão da 
arte e do 
lúdico (poesia, 
dramatização) 
A linguagem é uma atividade 
social!! Só há linguagem onde 
ocorre a possibilidade de 
interação social, de diálogo. 
A Linguagem está 
contextualizada em 
determinado ambiente 
histórico, político e cultural. 
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM 
(SECUNDÁRIAS A LESÃO NEURAL) 
 Afasia: perda da linguagem falada e escrita, por 
incapacidade motora (do órgão fonador); 
 
 Parafasias: Qdo o indivíduo deforma determinadas 
palavras (cadeira por “cameila”, livro por “libro”); 
 
 Agrafia: Perda da capacidade já adquirida de efetuar 
a escrita. 
 
 Alexia: Perda da capacidade já adquirida de efetuar a 
leitura; dislexia: disfunção leve da alexia. 
 
 Disartria: incapacidade de articular corretamente as 
palavras, por paralisias musculares da fonação. 
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM 
(SECUNDÁRIAS A TRANST. PSIQ.) 
 Logorréia: Produção aumentada e acelerada 
(taquifasia)da linguagem verbal, associado ao 
taquipsiquismo, podendo haver perda da lógica do 
discurso; 
 
 Bradifasia: Oposto da taquifasia, qdo as palavras 
saguem-se umas às outras de forma lenta e difícil; 
 
 Mutismo: Ausência de resposta verbal por parte do 
doente, qdo fica no leito s/ responder ao 
entrevistador; 
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM 
(SECUNDÁRIAS A TRANST. PSIQ.) 
 Ecolalia: É a repetição da última ou das últimas 
palavras que o entrevistador (ou alguém no ambiente) 
falou ou dirigiu ao paciente: “Qual o seu nome?” e o 
paciente responde: “Nome, nome, nome”. 
 
 Palilalia: Repetição automática da última ou das últimas 
palavras que ele próprio emitiu em seu discurso; 
 
 Logoclonia: Repetição das últimas sílabas que o 
paciente pronunciou: “Moro em Jundiaí, aí, aí, aí”; 
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM 
(SECUNDÁRIAS A TRANST. PSIQ.) 
 Cropolalia: É a emissão involuntária de palavras 
obscenas, vulgares ou relativas a excremento; 
 
 Verbigeração: Repetição, de forma monótona e sem 
sentido, de palavras, sílabas ou trechos de frases; 
 
 Mussitação: Produção repetitiva de uma voz muito 
baixa, murmurada, sem significado significativo; 
 
 Para-respostas: O paciente “responde” como se 
estivesse respondendo de fato a pergunta, mas o 
conteúdo de sua fala é completamente disparatado em 
relação ao conteúdo da pergunta. 
O sinal extremo da desarmonia 
das estruturas de pensamento e 
de linguagem é o desenvolvimento 
de uma linguagem completamente 
incompreensível, uma língua 
privada (do paciente) que ninguém 
entende!! 
FUNÇÕES PSIQUICAS 
 
Psicomo-
tricidade 
Pensamen-
to 
Júizo de 
realidade 
Linguagem 
Valoração 
 do eu 
Personali-
dade 
Inteligên-
cia 
ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DO 
EU 
 No início do desenvolvimento 
psíquico da criança, não há, 
entre o Eu e o mundo exterior, 
discriminação e delimitação 
claras. 
 
 O eu do bebê estaria como 
que “fundido” com o de sua mãe. 
Para a Psicanálise, o Eu (ou ego) surge como a 
diferenciação adaptativa do aparelho psíquico a partir 
do contato da criança com a realidade, por meio do: 
 Contato contínuo com a realidade 
(princípio do prazer X princípio da 
realidade); 
 
Investimento amoroso e narcísico dos 
pais sobre a criança; 
 
Projeção dos desejos inconscientes dos 
pais sobre a criança e consequente 
assimilação desses desejos pela criança; 
 
Identificação da própria criança, por 
meio da introjeção das figuras parentais 
primárias. A criança busca ser como o pai e 
a mãe, copiá-los, agir e sentir como eles. 
 
Tomada de 
consciência 
do pp. 
Corpo – “Eu 
físico” 
“Eu 
psíquico” e 
“somático” 
(ao mesmo 
tempo) 
Esquema ou 
imagem 
corporal 
ALTERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA DA 
EXISTÊNCIA 
Consiste na suspensão da sensação 
normal do próprio Eu, corporal e 
psíquico, na carência da consciência do 
mundo perceptivo, na perda da 
consciência do sentimento do Eu. Os 
doentes relatam que se sentem 
modificados, estranhos a si mesmos. 
ALTERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA DE 
EXECUÇÃO 
Quando o doente, ao pensar ou 
desejar algo, sente porém que de 
fato foi um outro que pensou ou 
desejou tais pensamentos ou 
desejos e os impôs de alguma 
maneira. O doente não só se sente 
mais senhor de seus pensamento, 
como passa a viver sob a violência e 
o julgo de um poder desconhecido. 
CONSCIÊNCIA DE NÃO UNIDADE 
DO EU 
O indivíduo sente-se radicalmente dividido, 
sente-se anjo e demônio ao mesmo tempo, ou 
homem e mulher simultaneamente – 
ambivalência. 
CONSCIÊNCIA DE IDENTIDADE DO 
EU NO TEMPO 
Alguns pacientes relatam que 
atualmente, em comparação à 
sua vida anterior (em especial 
antes do início da psicose), não 
são a mesma pessoa. Alguns 
chegam a usar a terceira 
pessoa para se referirem ao 
seu Eu do passado. 
CONSCIÊNCIA DE IDENTIDADE DO 
EU EM RELAÇÃO AO MUNDO 
É a perda da sensação de oposição e 
fronteira entre o Eu e o mundo. Os pacientes 
identificam-se completamente com os 
objetivos do mundo externo. O indivíduo 
sente que seu Eu se expande para o mundo 
exterior e não mais se diferencia deste. 
DESPERSONALIZAÇÃO E 
DESREALIZAÇÃO 
É o sentimento de perda ou de 
transformação do Eu. É uma vivência 
profunda de estranhamento e 
infamiliaridade consigo mesmo. O doente 
sente-se estranho a si mesmo, vive 
marcante transformação, com sentimentos 
angustiantes, com a sensação que vai 
enlouquecer, perder o controle (crises de 
ansiedade, pânico, psicoses tóxicas, 
esquizofrenia e depressão). 
ALTERAÇÃO DO EU CORPORAL 
(ESQUEMA CORPORAL) 
É a representação que cada indivíduo faz 
de seu próprio corpo, o que corresponde 
à totalidade da organização psicológica 
do indivíduo. Trata-se da forma como o 
indivíduo se relaciona e cuida de seu 
corpo 
ALTERAÇÃO DO EU CORPORAL 
(ESQUEMA CORPORAL) EM ALGUNS 
TRANSTORNOS MENTAIS 
 Deprimido: vive seu corpo como algo pesado, lento, difícil, fonte 
de sofrimento e não de prazer; 
 
Paciente maníaco: sente-se forte, ágil, não conseguindo parar e 
repousar por período mais longo; 
 
Esquizofrenia: o paciente tem a sensação de que alguém, algo ou 
uma força externa desconhecida age sobre seu corpo, manipulando-o 
ou controlando-o; 
 
Histéricos: Tendem a erotizar intensamente o corpo todo, 
todavia, não é incomum haver frigidez e anestesia genital; 
ALTERAÇÃO DO EU CORPORAL 
(ESQUEMA CORPORAL) EM ALGUNS 
TRANSTORNOS MENTAIS 
 Quadro obsessivo-compulsivo: vive seu corpo como sendo algo 
sujo ou contaminado, tendo de esforçar-se constantemente para 
limpá-lo, purificá-lo ou protegê-lo da contaminação; 
 
Hipocondríaco: o corpo é o lugar de todo o seu sofrimento; 
 
Dismorfofobia: o paciente se percebe distorcidamente, como 
horrível e digno de enorme vergonha, partes de seu corpo (nariz, 
orelham face, seios, mãos, etc); 
 
Pacientes amputados: Podem apresentar o fenômeno de “membro 
fantasma”, quando continuam sentindo seus membros mesmo após a 
amputação (dor, coceira, aumento). 
SE LIGA NO SIMULADO!!!! 
Gioconda, 32 anos, chega para internação na Enfermaria Psiquiátrica do 
hospital geral em que você trabalha. A paciente tem 1º grau completo 
e trabalha de atendente de uma loja de móveis. Ao entrar na sala, 
onde você fará o acolhimento e a primeira entrevista, a paciente se 
mostra muito agitada, com maquiagem e batom fortíssimos. Você inicia 
a entrevista, porém Gioconda não deixa você nem mesmo terminar a 
frase. Sua fala é rápida e sem momentos de pausa. Ela conta que a 
estão internando porque é milionária e querem tomar o dinheiro dela. 
Segundo a paciente, ela é “miss Brasil e universo. Todos os homens me 
olham e querem estar comigo. Minha irmã, com raiva disso me 
internou, mas ela também quer meu dinheiro, pois sabe que sou 
milionária. Eu sei disso porque ouço ela falando com o namorado, ouço 
eles conversando sobre e isso e me acordando à noite gritando que vão 
pegar toda minha fortuna”. Relata não usar drogas. Durante o 
atendimento, por diversas vezes, a paciente mudou de assunto 
repentinamente. Além disso não soube dizer qual era o dia de semana 
e nem as horas em que foi internada. 
 
 Dalgalarrondo, no capítulo em seu livro “Psicopatologia e Semiologia dos 
Transtornos Mentais, cita diversas alterações quantitativas e 
qualitativas das funções psíquicas. 
 
 Baseado no exame psíquico de Gioconda, assinale a alternativa correta. 
A)( ) Gioconda apresenta rebaixamento do nível de consciência, 
pois está perdida no tempo, espaço e sua atenção voluntária está 
dispersa. A paciente apresenta humor irritado e delírios de 
grandeza, porém sem alucinações. 
 
B)( ) A paciente apresenta alteração da orientação autopsíquica, 
transtornode humor (mania), distraibilidade, delírios 
persecutórios e de grandeza, além de alucinações auditivas. 
 
C)( ) Gioconda apresenta alteração da orientação qutopsíquica, 
Transtorno de humor (mania), com hipoprosexia, delírios 
persecutórios e de grandeza, além de alucinações auditivas. 
 
D)( ) Gioconda apresenta alteração da orientação alopsíquica, 
Transtorno de humor (depressão), distraibilidade, delírios 
sexualizados, além de alucinações auditivas. 
 
E)( ) Gioconda apresenta alteração da orientação alopsíquica, 
Transtorno de humor (mania), distraibilidade, delírios 
persecutórios e de grandeza, além de alucinações auditivas. 
1) MODELO TÉCNICO DO 
PROCESSO TERAPÊUTICO 
 
2) O ENCONTRO COM O 
LOUCO: ANTES E DEPOIS 
Profa. Lédice Oliveira 
Psicopatologia Geral 
BIBLIOGRAFIA 
Moffat, A. Terapia de crise. São Paulo: Ed. Cortez, 
Parte V. p. 109-150. 
 
Cociuffo, T. Encontro marcado com a loucura: 
ensinando e aprendendo psicopatologia. São Paulo: 
LUC Editora, 2001. Cap. 4 e 5. p. 57-96. 
 
 
COMO O TERAPEUTA AJUDA O PACIENTE A 
CAMINHAR DA DOENÇA À SAÚDE? 
 A tarefa do terapeuta consiste em sustentar a 
passagem, sendo ele o vínculo que estrutura essa nova 
crise (iatrogênica) que é a “cura”; 
 
 Pode ser que se revivam experiências muito dolorosas, 
terríveis, trabalhosamente reprimidas e o terapeuta 
deve acompanhá-lo nesta viagem pelo tempo, sustentando 
o medo do paciente (ego auxiliar), p/ q possa reorganizar 
sua realidade a partir das explicações compartilhadas e 
não a partir de sua subjetividade, que no momento está 
em confusão e ansiedade; 
 
 A “cura” se produz quando o paciente consegue ter 
insight do conflito que havia sido reprimido no 
inconsciente, por meio da revivência transferencial com o 
analista (neurose de transferência). 
NEUROSE DE TRANSFERÊNCIA??? 
 
 Quando o paciente repete na transferência os seus 
conflitos infantis (seus equivalentes simbólicos) e assim, 
substituímos a sua neurose comum (sintoma/queixa) por 
uma neurose de transferência de que pode ser curado 
pelo trabalho terapêutico; 
 
 Na neurose de transferência, todo o comportamento 
patológico do paciente vem se recentrar na sua relação 
com o analista; 
 
 FREUD: “o doente não pode recordar-se de tudo o que 
nele está recalcado, nem talvez do essencial (...). Ele é 
antes obrigado a repetir o recalcado, como vivência no 
presente”, para preencher lacunas do passado infantil. 
Conteúdos da transferência 
Afetos 
dirigidos 
aos objetos 
primários 
Conflitos 
infantis 
Figuras 
parentais 
PORÉM .... 
 
Se o nível de ansiedade do paciente 
estiver elevado, como sucede no caso da 
crise, até mesmo nas mais leves, o 
trabalho de exploração é impossível, pois 
todas as energias psíquicas do paciente 
devem se concentrar em proteger o seu 
eu da desorganização. 
 
Então, como deve ser o manejo 
com o paciente psicótico ??? 
 Terapias de evolução (Moffat, 1982): Trata-se de um 
lento trabalho de condicionamento nas reabilitações, com 
vistas a resolver a lenta reaprendizagem de vínculos e 
estruturas nas psicoses; 
 
 Nesta vertente a terapia se define como um 
adestramento, como um ensinar a poder ficar triste, 
superar o medo, sentir prazer, etc. O terapeuta deve 
perceber nos pacientes o que lhes falta fazer (o que não 
puderam) e ajudar-lhes a fazê-lo para se completar; 
 
 Em geral, trata-se de reaprender a função psicológica que 
foi mal ensinada na infância. 
COMUNIDADE TERAPÊUTICA 
Criação de um meio ou um ambiente 
que estruture a saúde, como se se 
tratasse de uma oficina de 
reaprendizagem de vínculos 
organizados a partir da interação 
grupal e não da subjetividade do 
delírio!! 
A história familiar 
 É por meio dela que se tenta detectar os temas não 
resolvidos, que passam de avós para pais e destes aos 
filhos (que são, nesse momento, os pacientes); 
 
 
 Pichon Riviere: em toda família há um segredo que gera 
culpas ocultas que retornam como sintomas. 
A história infantil 
 Onde está a chave daquilo que atualmente não se 
entende, especialmente nos traumatismos infantis e o 
terapeuta propõe hipóteses para unir indícios na 
reconstrução do que aconteceu lá no fundo da história 
do paciente; 
O presente 
 A análise da situação atual nos permite também avaliar 
o “solo” familiar com o qual o paciente pode contar e 
seu prognóstico depende mais do apoio que lhe possam 
dispensar do que do grau da própria enfermidade; 
 
 Respaldados por pais muito comprometidos 
psiquicamente, a cura torna-se extremamente difícil, 
pois o paciente é o depositário da loucura da geração 
anterior. 
Ações como parte do 
tratamento 
 A trama cotidiana: única terapia possível no caso dos 
pacientes psicóticos crônicos (Moffat, 1982). 
Reintegração no mundo 
familiar e o encontro de 
formas mais criativas de 
realização pessoal 
Reaprendizagem de vínculos e 
estruturas compartilhadas 
(objetos primários), buscando um 
ambiente sadio. 
Aprendizagem das 
regras de uso do espaço 
(cultura onde está 
inserido) 
Ações como parte do 
tratamento 
 Reintegração na família: na fase de maior 
estruturação o paciente não corresponderá ao papel que 
tinha a partir da doença. Foco nas novas interações que 
deverão surgir no interior da família; 
 
 Reintegração no trabalho: ajudar o paciente a 
encontrar um melhor ajuste social, considerando a 
possibilidade de algum sintoma residual. 
SEMIOLOGIA DAS 
FUNÇÕES PSÍQUICAS 
Profa. Lédice Oliveira 
Psicopatologia Geral 
BIBLIOGRAFIA 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia 
dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 2008. cap. 10, 11, 12, 14, 16, 17, 18 
e 19. 
 
 
CONSCIÊNCIA 
 Lembrar que qualquer alteração do nível de 
consciência repercute no funcionamento global do 
psiquismo. Ele deve ser avaliado em primeiro lugar. 
 Observar se o paciente está desperto ou sonolento. 
 Observar se o paciente está perplexo, com dificuldade 
de integrar coerentemente os estímulos ambientais. 
 Lembrar que é por meio da orientação (sobretudo 
temporoespacial) que, muitas vezes, se avalia o nível 
de consciência. 
 Teste da parede ou do papel branco. Pedir ao pac que 
olhe atenta e fixamente p/ parede branca (ou papel); o 
pac c/ leve rebaixamento do nível de consciência pode, 
ao fazer isso, apresentar alucinações visuais simples 
ou complexas. 
 
ATENÇÃO 
 Perguntar ao paciente (ou acompanhante): Tem 
dificuldade p/ se concentrar? Distrai-se c/ 
facilidade? Não escuta qdo lhe falam? Tem problemas 
para terminar tarefas ? Não consegue organizar as 
tarefas ? Perde coisas necessárias p/ a realização das 
tarefas ? 
 
 A avaliação mais simples e prática da atenção é pedir 
ao paciente que olhe os objetos que estão na sala da 
entrevista e que logo em seguida cite o que viu. 
ORIENTAÇÃO 
 Orientação Temporal: Que dia é hoje ? Qual o dia da 
semana ? Em que mês estamos ? Aproximadamente que 
horas são ? (atentar-se a pacientes c/ baixo nível de 
escolaridade) 
 
 Orientação Espacial: Onde estamos ? Como se chama 
a cidade em que estamos ? E o bairro ? Qual o caminho 
e quanto tempo leva para vir de sua casa até aqui ? 
Que edifício é este (hospital, ambulatório, consultório, 
etc) em que estamos ? Em que andar estamos ? 
 
 Orientação autopsíquica: Qual o seu nome ? O que 
faz? Qual sua profissão ? Quem são seus pais ? Qual a 
sua idade (verificar antecipadamente a ideda real do 
paciente) ? Qual o seu estado civil ? 
SENSOPERCEPÇÃO 
 Alucinações auditivas: Tem ouvido vozes de pessoas 
estranhas ou conhecidas ? Ouve vozes s/ saber de 
onde vêm ? São vozes de homens, mulheres ou 
crianças? Fica irritado ? Tem medo ? Por que ? Que 
lhe dizem as vozes ? Xingam, insultam ou ameaçam ? 
As vozes ordenam ou proíbem alguma coisa ? São 
repetições dos seus pensamentos ? Ouve as vozes 
durante a entrevista ? 
 
 Alucinações visuais: Tem visto algo estranho, que 
chamou a atenção? Talvez tenha percebido visões, 
animais, homens, figuras, sombras, fogo, fantasma, 
demônios ou coisas do tipo? Tem as visões de noite ou 
tb de dia? Apenas qdo está acordado ou adormecendo 
ou a qq hora? Descreva p/ mim. De onde vem essa 
visões? 
SENSOPERCEPÇÃO 
 Alucinações Olfativas e Gustativas: Tem notado 
sabor ou cheiro ruim na comida ? Alguém tem querido 
lhe envenenar ? Os cheiros eram agradáveis ou 
desagradáveis ? De onde você acredita que vem esses 
cheiros ou gosto ruim ? 
 
 Alucinações Cinestésicas: Tem feito movimentos 
contra sua vontade ? Partes do corpo tem mudado de 
posição sem o seu controle ? Sente como se 
levantassem seu corpo no ar ? Sente como se levasse 
um empurrão ? 
AFETIVIDADE 
 Humor ansioso: Sente-se nervoso ? Sente-se 
agoniado ? Com inquietação interna ? Sente angústia 
ou ansiedade? Sente medos ou temores ? Tem 
dificuldade para relaxar ? Tem dificuldade para se 
concentrar ? Tem insônia ? Tem taquicardia, falta de 
ar ? 
 
 Humor irritado: Você tem se irritado com mais 
facilidade que antes ? Os ruídos (televisão, de pessoa, 
buzinas, etc) o incomodam muito ? As crianças o 
incomodam ? Tem discutido ou brigado com 
facilidade? Às vezes acha que vai explodir ? 
AFETIVIDADE 
 Humor triste, apático: Você tem se sentido triste ? 
Desanimado ? As coisas que lhe davam prazer agora 
lhe são indiferentes ? Sente-se cansado, sem energia? 
Sente-se fraco ? Não se alegra com mais nada ? 
Perdeu (ou aumentou) o apetite ou o sono ? Perdeu o 
interesse pelas coisas ? Tem vontade de sumir ou 
morrer ? Realizar as tarefas rotineiras passou a ser 
um fardo para vc ? Prefere se isolar, não receber 
visitas ? 
 Humor hipertímico (alegre): Sente-se mais alegre 
que o comum ? Mais disposto ? Tem, nos últimos dias, 
mais vontade de falar e andar que geralmente ? 
Sente-se mais forte ? Tem muitos amigos ? Tem 
propriedades ou é uma pessoa muito influente ? 
VOLIÇÃO E PSICOMOTRICIDADE 
 O paciente vem à consulta por iniciativa própria ou é 
trazido por alguém ? 
 A atitude geral do paciente é passiva ou ativa ? Seus 
gestos são lentos ou difíceis ou rápidos e fáceis ? 
Anda de um lado para outro ? Esfrega as mãos ? Mexe 
as pernas inquietamente ? 
 O tom da voz é alto, baixo ou extridente ? 
 Fala espontaneamente ou apenas quando é solicitado ? 
 Mostra-se hostil, contrariado, agressivo ? Parece ter 
dificuldade de controlar os impulsos ? 
 Faz movimentos inadequados ? Faz movimentos ou 
gestos bizarros ? 
VOLIÇÃO E PSICOMOTRICIDADE 
 Pragmatismo: O que você tem feito nos últimos dias e 
semanas ? Tem sido capaz de trabalhar ou estudar no 
último mês ? O que você tem sido capaz de fazer ? 
Tem dificuldade em terminar o que começa ? O que 
faz para se divertir ? 
 
 Impulsividade (perguntar ao paciente, mas 
sobretudo, aos acompanhantes): Ele (você) responde 
sem pensar ? Interrompe com frequencia os outros ? 
Não consegue esperar a sua vez ? Tem pavio curto, é 
explosivo ? Descreva sua explosões. 
VOLIÇÃO E PSICOMOTRICIDADE 
 Impulso ou ideação suicida: A ideação, os impulsos e 
os planos suicidas devem ser sempre investigados no 
caso de mínima suspeita. Após contato inicial, inquirir 
de modo que seja mais fácil para o paciente falar 
sobre o tema, começando a perguntar sobre o desejo 
de “desaparecer”, de “sair de cena”, de “dormir para 
sempre”, até o desejo definido de se matar. O 
paciente potencialmente suicida sente-se, muitas 
vezes, aliviado por poder falar sobre o tema. 
VOLIÇÃO E PSICOMOTRICIDADE 
 Ficar atento aos pacientes que: 
1. Tentaram o suicídio recentemente (nos últimos 
meses ou anos) e continuam com graves problemas; 
2. Estavam muito deprimidos e “melhoraram” 
subitamente (pois tal “melhora” pode resultar em, 
finalmente, ter se decidido a cometer o suicídio e, 
assim, livrar-se do sofrimento); 
3. Embora neguem o impulso suicida, comportam-se de 
forma muito autodestrutiva, revelando o seu 
potencial suicida; 
4. “Resolvem” seus negócios (vendem pertences, fazem 
testamento, etc.) sem motivo aparente. 
PENSAMENTO 
 Ao longo da entrevista verificar: 
1) Como flui o pensamento do paciente: observar o seu curso 
(velocidade, ritmo), forma e conteúdos. O pensamento é 
lento e difícil ou rápido e fácil ? O raciocínio alcança o seu 
objetivo, chega a um ponto final, ou fica “orbitando” em 
tema secundários ? 
2) A forma e o tipo de pensamento: O pensamento é 
coerente e bem-compreensível ? Há fuga de idéias ? É 
concreto ou revela capacidade de abstração e uso de 
símbolos ? O pensamento respeita a realidade ou segue os 
desígnios dos desejos e temores do paciente ? 
3) Em caso de pensamento desorganizado: É do tipo 
confusional (alteração da consciência), demencial (alteração 
da cognição) ou deficitária (pobreza homogênea) ? Há 
afrouxamento, descarrilhamento ou desagregação do 
pensamento ? Quais os conteúdos mais frequentes no 
discurso ? 
JUÍZO DA REALIDADE 
 Idéias/delírios de perseguição: Você tem motivos 
para desconfiar de algúem? Alguém tentou prejudica-
lo? Recebeu ameaças? Como se comporta sua família 
em relação a você? E a(o) sua(eu) esposa(o), confia 
nele(a)? Tb quer prejudica-lo(a)? Você está certo do 
que me disse ou acha que pode ser “coisas de sua 
imaginação”? Como pensa defender-se desses perigos? 
 
 Idéias/delírios de referência: Observou se as 
pessoas falam de você quando conversam ? Tem 
notado se, na rua ou em outro lugar, alguém o segue ou 
espia ? Alguém faz gestos ou sinais qdo vc passa ? Viu 
nos jornais ou na televisão alguma coisa a seu 
respeito? Conhece as pessoas que fazem essas coisas 
Que intenção elas tem ? 
JUÍZO DA REALIDADE 
 Idéias/delírios de influência: Já sentiu algo externo 
influenciando seu corpo ? Já recebeu algum tipo de 
mensagem ? Alguma força externa influencia ou 
controla seus pensamentos ? Já teve a sensação de que 
alguém ou algo pode ler a sua mente ? 
 
 Idéias/delírios de ciúmes: Vc confia na(o) sua (seu) 
esposa(o) ? Tem motivos para suspeitar de sua 
fidelidade ? Tem provas que o(a) enganou ou o(a) traiu ? 
Como foi que começou ? Como tem certeza de que o(a) 
traiu ? 
 
 Idéias/delírios religiosos: Já teve contato ou recebeu 
influência de espíritos ou forças sobrenaturais ? Vc 
sente que tem relação especial com Deus ? 
JUÍZO DA REALIDADE 
 Idéias/delírios depressivos e hipocondríacos: Tem pensamentos 
tristes ou negativos? Há algo de que se arrepende? Fez mal a 
alguma pessoa? As pessoas reprovam ou condenam seu 
comportamento? Preocupa-se com sua saúde? Que partes do eu 
corpo estão doentes? Algo está errado com seu corpo ? Falta algo 
em seu corpo? Alguma parte de seu corpo está podre ou 
estragada? 
 
 Idéias/delírios de grandeza: Sente-se especialmente forte e 
capaz? Tem algum talento ou alguma habilidade especial? Observou 
se uma pessoa importante se interessa por você? Você é uma 
pessoa rica? 
 
 Idéias obsessivas: Há pensamentos ou idéias que surgem com 
frequência em sua mente? Eles se repetem constantemente? De 
onde vem tais pensamentos? São desagradáveis? Quais são esses 
pensamentos? Vc faz algo p/ livrar-se deles? Pratica rituais para 
atenuar ou neutralizar esses pensamentos?

Outros materiais