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Análise de Custos
Método de Custeio por Absorção
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Alexandre Saramelli
Revisão Técnica:
Prof. Me. Carlos Henrique de Jesus Costa
Revisão Textual:
Prof.a Me. Luciene Oliveira da Costa Santos
V1. 1
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• Arte e tecnologia
• O método de custeio por absorção
• Esquema básico de formação do custeio por absorção
• Um dos desafi os das indústrias brasileiras - controle e
apuração dos custos de produção
• Exemplo prático: Muriaé Ltda.
• Anexo I
O custeio por absorção é um processo imprescindível nos
dias atuais. Quem o conhece sabe o quanto é valorizado no
mercado. Nesta unidade, você terá a oportunidade de conhecer
mais alguns conceitos importantes para entender o método e
realizar um estudo teórico-prático.
Isso vai exigir esforço, mas vale a pena!
Além de desenvolver o trabalho de leitura e aprofundamento
proposto, comece a verifi car as informações disponibilizadas.
Método de Custeio por Absorção
Mesmo que a empresa adote outros métodos de custeio, ou ainda que você nem goste
muito desse assunto, é importante conhecer o custeio por absorção.
Como já conversarmos, estudar análise de custos requer, além de atenção aos aspectos
teóricos, muita interação com a prática e um olhar multidisciplinar de como os processos
produtivos são realizados.
Vamos realizar um estudo panorâmico de uma importante atividade industrial brasileira, o ramo
de têxtil e de confecções, para entender com propriedade esse método de custeio por absorção.
Para estudar o exemplo prático (Muriaé Ltda.), a recomendação é de que você acompanhe
o exercício com a ajuda de uma planilha de Excel.
Adicione os mesmos dados em uma planilha e faça os mesmos cálculos conforme as
explicações no livro-texto.
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Unidade: Método de custeio por absorção
Contextualização
Em continuidade ao e-mail anterior ocorrem novas situações acompanhe:
De: Solange (Depto. de Compras Aerolinhas América do Sul)
Para: Donna Isis (Estilista, Proprietária da Confecção)
Prezada Donna Isis,
Recebemos o seu orçamento quanto ao fornecimento de uniformes para a nossa empresa, sob
o seu desenho e conceito. Porém, lamento informar que o mesmo foi rejeitado.
O motivo da rejeição foi o valor de cada uniforme. Para aceitarmos a proposta, precisará ser
reduzido em pelo menos 30% do valor solicitado.
A partir do envio desta mensagem, a Senhora terá o prazo de 10 dias para apresentar outra
proposta.
Atenciosamente,
Solange
Compradora Aerolinhas América do Sul
_________________________________________________________________________________
De: Donna Isis (Estilista, Proprietária da Confecção)
Para: Georgina (Diretora de Produção)
Georgina,
Olha só o e-mail que recebemos da Solange.
Não podemos perder essa concorrência, querida. Convoque para amanhã de manhã uma reunião
com o Edson da Contabilidade para resolvermos isso. Precisamos reduzir o custo, mas avise que eu
não admito diminuir a qualidade dos tecidos e das texturas. Vai pensando no que podemos fazer, tô
preocupada.
Donna Isis
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Arte e Tecnologia
Com que roupa você está agora?
Se você estiver em casa, deve estar usando uma roupa mais descontraída e confortável,
como camiseta básica, shorts e sandálias de borracha do tipo “havaianas”. Se estiver no
ambiente de trabalho, deve estar usando uma roupa mais social, formal e um sapato preto de
couro. Se você for homem, provavelmente está usando um terno ou uma calça social com
camisa e gravata. E se for mulher, uma blusa de aparência discreta com saia e tailleur, ou algo
em torno disso.
Com certeza, se você for a uma festa hoje à noite (por exemplo, a uma “balada”, em uma
casa noturna movimentada), irá vestido(a) com uma roupa bonita e descontraída. Na festa, o
seu objetivo é o de conseguir novos amigos, ou se sentir bem com os amigos que já tem; deseja
comemorar, ou impressionar.
Se você não se preocupa tanto com roupas e moda, certamente é um caso particular.
Afi nal, uma boa parte das pessoas dá muita importância à moda e à forma de se vestir.
Pezzolo (2009, p. 34), jornalista que se dedicou à cobertura de assuntos ligados à moda,
comentou que as pessoas se comunicam por meio das roupas. Ela disse o seguinte:
“As roupas expressam a personalidade, e podem ser vistas como meio de
informação. É possível afi rmar que a roupa dialoga com a sociedade, ecoando as
preferências de quem a veste, revelando sua sensibilidade e maneira de pensar.
Existem pessoas que veem a moda como fator de consumo, uma padronização
imposta por especialistas e modifi cada periodicamente para satisfazer
a demanda de consumo. Essa gente prefere se vestir de uma maneira que
respeite seu ritmo interno. A moda adotada deixa de ser uma camufl agem para
expressar o que elas realmente são. No mundo fashion, os que agem dessa
maneira são denominados “antimoda”, e geralmente se inspiram em roupas
étnicas ou trajes do passado. Esse visual assim concebido acaba por infl uir nas
novas criações e, assim, o antimoda se torna moda”.
Figura: desenhos de moda, representando os anos 1970.
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Unidade: Método de custeio por absorção
Fonte: Pezzolo (2009, p. 53).
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Um grupo “antimoda”, mas que, por conta disso, torna-se inspiração para moda,
como nos explicou Pessolo (2009), são os “Hipsters”, que preparam um curioso ciclo
da moda. Leia em: https://goo.gl/Dnwu1g
Roupas, muito mais do que acessórios para proteger o corpo do frio, do calor e das
variações do tempo, servem como expressões da personalidade das pessoas. Para atender
às necessidades básicas e culturais ligadas ao vestuário, o universo da moda movimenta
uma gigantesca cadeia de produção e negócios, da qual participam as mais diferentes
empresas em diversas áreas de atuação.
A cadeia produtiva/de negócios da moda, segundo Rech (2008), também é conhecida
pela expressão em francês � lière. Essa autora também traz a defi nição do IEMI (2001)
sobre cadeia produtiva:
“A cadeia [produtiva da moda] pode ser segmentada em três grandes
segmentos industriais, cada um com níveis muito distintos de escala. São o
segmento fornecedor de fi bras e fi lamentos químicos que, junto com o de fi bras
naturais (setor agropecuário), produz matérias primas básicas que alimentam
as indústrias do setor de manufaturados têxteis (fi os, tecidos e malhas) e da
confecção de bens acabados (vestuário, linha lar etc)”.
Rech (2008) comenta que essa cadeia produtiva da moda é bastante complexa se estendendo
a vários outros ramos de atuação. Euratex (2004, p. 40) montou um interessante diagrama
revelando a cadeia produtiva da moda, ou � lière:
Figura: complexidade da cadeia produtiva da moda.
Fonte: Euratex (2004, p. 4).
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Para Leal (2002), as indústrias têxteis e de vestuário juntas formam a quarta maior atividade
econômica mundial, sendo superada apenas pelas atividades econômicas ligadas à agricultura,
turismo e informática. Vemos ainda no trabalho de Rech (2008) que uma grande parte dessa
atividade é realizada no Brasil. Segundo Lupatini (2005):
“O Brasil está entre os principais produtores da indústria têxtil-vestuário,
destacadamente em tecidos de malha é o segundo maior produtor mundial,
atrás apenas dos Estados Unidos. Nos outros segmentos sua posição também
não fi ca muito abaixo, sendo: (a) o sexto maior produtor de fi os e fi lamentos;
(b) sétimo em tecidos; (c) quinto em confecção no ano de 2000”.
Do início do século passado até a década de 1970, sob a infl uência do taylorismo e do fordismo,
havia um forte movimento de verticalização das empresas. A partir da década de 1980, sob a
infl uência do toyotismo, as empresas passaram a horizontalizar ao máximo suas operações.
Especifi camente na indústria têxtil e de vestuário, houve uma forte horizontalização. Hoje, no
mercado brasileiro, há grandes empresas como Alpargatas Santista Têxtil, Coteminas, Karsten,
entre outras, as quais são grandes, médias, pequenas ou microempresas participantes da � lière.
O trabalho em uma típicaindústria de confecções brasileira tem o seguinte arranjo produtivo
básico, segundo Sanzovo (2004):
» Modelagem
» Encaixe
» Corte
» Costura
» Estamparia e,
» Acabamento
Esses setores são provavelmente considerados departamentos e centros de custos pela
contabilidade de custos.
Um esquema sobre as fases de produção na indústria de confecções nos é apresentado por
Souza (2006):
Figura: ciclo de produção de uma indústria de confecção típica.
Fonte: Souza (2006).
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Unidade: Método de custeio por absorção
Atualmente, uma costureira individual, devidamente acompanhada de suas máquinas
de costurar, em sua casa particular, em um pequeno quarto, pode participar legalmente e
ativamente de todo esse processo, entregando seu trabalho com altíssimo grau de qualidade
para um consumidor nos mais exigentes mercados do Brasil e/ou do exterior.
Glossário
Segundo o estudo de Nobélia Silva (2008), com base em diversos autores, verticalização é um
movimento no qual as empresas procuram produzir internamente tudo o que precisam. Na
horizontalização, a empresa busca comprar o máximo possível de bens e serviços necessários à
sua produção. Ambos os movimentos têm suas vantagens e desvantagens e são adotados pelas
empresas de acordo com as suas decisões e arranjos estratégicos.
Serviços de acabamento sofi sticados, que antes eram feitos exclusivamente nas grandes plantas
industriais, podem ser realizados em pequenas e médias empresas, cooperativas de trabalho etc. Em
cada uma dessas empresas, com maior ou menor sofi sticação, haverá sempre um enfrentamento
de critérios de qualidade e níveis de produção. Surge, então, uma necessidade de se apurar custos
da produção, o que representa um grande desafi o, como veremos no capítulo a seguir.
Um dos desafi os das indústrias brasileiras - Controle e apuração dos
custos de produção.
As empresas brasileiras, tanto do setor têxtil e de confecção (que estamos usando para
ilustrar o nosso estudo) como de todos os setores da economia, estão inseridas em uma
economia altamente competitiva. Com a globalização, as empresas estão competindo em
pé de igualdade com o mundo todo, embora existam algumas barreiras e possibilidades de
política econômica que protegem a entrada de produtos e serviços a preços predatórios no
país. Sabemos, no entanto, que o Brasil apresenta um dos custos de produção mais altos do
planeta.
Certamente, você deve ter acompanhado nos serviços de jornalismo que a mão de
obra brasileira, por conta da CLT, que gera uma série de encargos trabalhistas, tem
baixa qualidade porque o brasileiro não está preparado para lidar com a tecnologia da
informação, imprescindível para operar as mais diversas máquinas e gerir as empresas.
Além disso, nossa carga tributária é excessiva, o que onera a folha de pagamento e,
consequentemente, o preço fi nal dos nossos produtos.
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É o que os economistas chamam de “custo-brasil”.
O governo brasileiro vem interferindo na economia nos últimos anos por meio de programas
que reduzem momentaneamente a carga tributária de determinados produtos/segmentos de
mercado e, em alguns casos, reduzindo a tributação sobre folha de pagamento e contribuição
previdenciária. Essas interferências governamentais vêm surtindo bons efeitos. No entanto,
entendemos que são soluções que não atendem às necessidades do país de ser mais competitivo
em nível internacional.
Refl ita
Veja nesta matéria o que os empresários do setor têxtil e de confecções estão solicitando
ao Governo. Será que essa solução ajuda a deixar o setor mais competitivo?
https://bit.ly/4ceOQ3n
Todas essas ações são importantes, porém, é necessário enfatizar que na maioria das
empresas brasileiras há falta de um controle interno dos custos de produção. Com um
controle de custos é possível identifi car gargalos, inefi ciências, desperdícios que acabam
fazendo com que os custos se elevem. Mais do que isso, os exemplos da Alemanha, Estados
Unidos, Japão e diversos outros países hoje considerados altamente industrializados e
economicamente fortes mostram que a falta de controles de custos também comprometem
o desenvolvimento tecnológico e a inovação.
Importante Importante
Sabemos que muitos dos desperdícios das empresas, sobretudo nas indústrias que utilizam
matérias-primas provenientes da natureza, o desperdício acaba afetando seriamente o meio
ambiente. Quando estamos tratando de controle de custos, também estamos falando de gestão
ambiental!
E que controle de custo é esse? Existem várias abordagens, mas a principal no caso brasileiro
é o custeio por absorção, que iremos estudar em detalhes.
O Método do Custeio por Absorção
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Unidade: Método de custeio por absorção
Imagine a seguinte conversa entre um investidor e o proprietário de uma empresa de
tecidos de algodão:
João Trigueiro:
– Muito bom! Vejo que tem máquinas muito modernas, Sr. Marcos!
(Visivelmente impressionado com a velocidade das máquinas em operação)
Seu Marcos:
– Sim, todas máquinas importadas do melhor fabricante, da Áustria, meu caro amigo, todas
100% austríacas. As mais rápidas do planeta!
(Todo orgulhoso, estufando o peito!)
João Trigueiro:
– Mas, Sr. Marcos, me diga uma coisa: quanto custa para produzir uma bobina destas aqui?
(Chegando perto de uma prateleira cheia de material e dando um forte tapa em uma das
bobinas de tecido.
Seu Marcos:
– Sr. João Trigueiro, que pergunta mais inútil! Para quê se preocupar com os custos, meu caro
amigo? Todas essas bobinas já foram vendidas, estão aguardando apenas o caminhão para
levar para o cliente. Eu vendo muito, a fábrica não dá conta... (risos)
(Em tom de deboche e de quem está disposto a cantar vantagem, pegando no ombro do João
Trigueiro, tentando desviar de assunto a seu favor).
Nesse diálogo entre um empresário e um investidor, vemos dois aspectos muito importantes:
o primeiro é que o Sr. Marcos não esboça curiosidade em saber o custo de uma bobina de
tecido. Ele considera inútil essa informação, totalmente desnecessária. E o segundo aspecto
muito importante é que o João Trigueiro quer saber o custo dos estoques.
O custo dos estoques, ou seja, a forma de valorização dos estoques, é considerado uma
informação imprescindível principalmente para os usuários externos da contabilidade. Deveria
ser imprescindível também para os usuários internos, mas muitos empresários o ignoram.
Temos, então, um claro confl ito de interesses e de valores. Enquanto uns valorizam intensamente
as informações de custos, outros não veem nenhuma importância.
Há dois grupos de usuários básicos da contabilidade: o usuário interno e o usuário externo.
Auditores, contadores, os Governos nacionais e autoridades tributárias brasileiras (e de
outros países) foram tomando consciência e aceitando de forma genérica que o valor a
ser atribuído aos estoques deveria ser formado por todos os esforços necessários para a
produção de um bem ou serviço.
Dentro desses esforços de produção, entenderam que deveriam ser alocados apenas os
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gastos relacionados com a produção, excluindo os custos de despesas administrativas ou de
vendas que não são originadas do esforço de produção.
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Na Legislação Tributária Brasileira, encontra-se matéria relativa ao custeio dos
produtos no RIR/99 – Regulamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e no
Parecer Normativo do Coordenador do Sistema de Tributação (PN CST nº 6/79).
Ao longo do tempo, o custeio por absorção passou a ser considerado como básico ou
imprescindível na formação das demonstrações contábeis/fi nanceiras e na apuração do valor
dos estoques. Nos dias atuais, se não for usado (ou melhor, se evidências do uso do custeio
por absorção não forem encontradas pelos auditores), as demonstrações contábeis/fi nanceiras
certamente serão rejeitadas.
Trocando Ideias
Nos próximos capítulos, iremosestudar outros métodos de apuração do custo, sobretudo,
o custeio padrão e o custeio ABC. Esses métodos não podem ser considerados aceitos
para a elaboração da contabilidade fi nanceira atualmente. Mas... Não poderiam por quê?
Por que tanta preocupação e preferência pelo custeio por absorção? Martins (2003)
esclarece essa pergunta ao dizer que o custeio por absorção é um método derivado dos
princípios de contabilidade geralmente aceitos, especifi camente dos princípios da competência
e da prudência aplicados a situações de custos. Ou seja, é um método em que os princípios
contábeis são aplicados de forma responsável. Um balanço patrimonial que traga informações
de custos por absorção pode ser publicado aos usuários externos da contabilidade sem risco
dos números e procedimentos serem questionados.
Leia o CPC 16 (R1) – Estoques, que faz correlação com as normas
internacionais IAS 1.
Disponível em: https://goo.gl/vJMxyH
Martins (2003, p. 37) representa grafi camente o custeio por absorção da seguinte forma:
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Unidade: Método de custeio por absorção
Figura: esquema gráfi co do custeio por absorção para empresas manufatureiras.
Fonte: Martins (2003, p. 37).
Martins (2003, p. 37, 38), na realidade, preparou dois esquemas de Custeio por Absorção,
um para empresas manufatureiras e outro para empresas de serviços, mas a única diferença
está na nomenclatura do custo. Nas empresas manufatureiras, o custo é conhecido como CPV
– Custo dos Produtos Vendidos. E nas empresas de serviços, como CSV – Custo dos Serviços
Vendidos. Há, ainda, uma terceira nomenclatura para empresas comerciais, o CMV – Custo
das Mercadorias Vendidas.
Esquema básico da informação do custeio por absorção
Como é formado o custeio por absorção?
Martins (2003, p. 37) nos apresenta o signifi cado de custeio como “apropriação de custos”.
Assim, quando se fala de “custeio”, é um ato ou procedimento de se apropriar dos custos aos
produtos e ao estoque.
Como o resultado da aceitação, ao longo do tempo, do custeio por processo no Brasil,
conforme discutimos no capítulo anterior, surgiram dois procedimentos para a elaboração
dessa apropriação de custos: o esquema básico e o esquema completo da Contabilidade de
Custos.
O esquema básico basicamente divide-se em três passos:
1° passo: separação entre custos e despesas (partindo de uma relação de gasto incorrido
em determinado período);
2° passo: apropriação dos custos diretos aos produtos;
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3° passo: apropriação dos custos indiretos aos produtos (por meio de rateio).
Apresentamos a seguir o esquema básico, conforme Martins (2003, p. 57):
Figura: esquema básico da Contabilidade de Custos.
Fonte: Martins (2003, p. 57).
Nas empresas onde a departamentalização é adotada, é necessário realizar um procedimento
de alocação dos gastos dos departamentos auxiliares nos departamentos de produção. Assim,
surge outro procedimento com mais alguns passos como vemos a seguir:
1° passo: separação entre custos e despesas (partindo de uma relação de gasto incorrido
em determinado período);
2° passo: apropriação dos custos diretos aos produtos;
3° passo: apropriação dos custos indiretos que pertencem, visivelmente, aos departamentos,
agrupando, à parte, os consumos;
4° passo: rateio dos custos indiretos comuns aos diversos departamentos, quer de produção,
quer de serviços;
5° passo: escolha da sequência de rateio dos custos acumulados nos departamentos de
serviços e sua distribuição aos demais departamentos;
6° passo: atribuição dos custos indiretos que agora só estão nos departamentos de produção
aos produtos, segundo critérios fi xados;
Apresentamos a seguir o esquema completo de contabilidade de custos, conforme Martins
(2003, p. 74):
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Unidade: Método de custeio por absorção
Figura: esquema completo da Contabilidade de Custos.
Fonte: Martins (2003, p. 74).
Ao longo desses dois procedimentos, que são necessários para o cálculo dos custeios
por absorção, surgem algumas expressões técnicas próprias da engenharia da produção e
que refl etem cada fase de produção. Então, uma matéria prima adicionada no começo da
produção terá uma expressão técnica, já uma peça praticamente pronta, mas que falta ser
pintada, ou alguma etapa a ser concluída, terá outra expressão técnica e irá acumulando (ou
melhor, absorvendo) custos ao longo do processo produtivo. Essas expressões técnicas são
normalmente dispostas por siglas e há fórmulas intermediárias. Berbel (2003, p. 36) mostra
com muita clareza essas expressões técnicas, siglas e fórmulas:
Custo do Material Utilizado na Produção - compreende os gastos com matéria-prima, material
secundário e material de embalagem utilizado na produção. MT = (EI + C - EF).
Custo Primário - compreende os gastos com matéria-prima mais os gastos com mão de obra
direta. CP = (MP + MOD).
Custo de Transformação - compreende a soma dos gastos com mão de obra e gastos gerais de
fabricação (esforço despendido) que a empresa teve com a produção. CT = (MO + GGF).
Custo de Produção do Período - compreende todos os gastos incorridos no período dentro da
fábrica. CPP = (MT + MO + GGF).
Custo da Produção Acabada no Período - compreende o estoque inicial de produtos em
elaboração, mais o custo de produção do período, menos o estoque fi nal de produtos em elaboração.
CPA = (EIPE + CPP - EFPE).
Custo dos Produtos Vendidos - compreende o estoque inicial de produtos acabados, mais o custo
da produção acabada, menos o estoque fi nal de produtos acabados. CPV = (EIPA + CPA - EFPA).
Resultado com Venda de Produtos - compreende o valor das vendas de produtos, menos o custo
dos produtos vendidos. RVP = (VP- CPV).
hoffe
Realce
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Em Contabilidade de Custos empregamos largamente as expressões GGF e
CIF. Segundo Berbel (2003, p. 95), os GGF (Gastos Gerais de Fabricação)
compreendem:
Gastos Gerais Diretos: São os gastos que incidem diretamente na fabricação,
quando forem identifi cados em relação aos produtos. Ex. energia elétrica consumida
por uma máquina quando exista medidor que permita identifi car o consumo em
relação a cada produto fabricado.
Gastos Gerais Indiretos: sempre que não houver meios seguros que permitam
identifi cação do gasto em relação ao produto, esse gasto é considerado indireto.
Há casos em que os controles para consideração dos Gastos gerais de fabricação
como Diretos são tão onerosos para a empresa que é preferível considera-los
como Indiretos.
Assim, em grande parte dos casos, praticamente não há (ou não há como se medir,
apurar) Gastos Gerais Diretos, sendo usados como GGF apenas os Gastos Gerais
Indiretos. Assim, a expressão CIF, Custos Indiretos de Fabricação, é considerada
na maioria dos casos um sinônimo de GGF – Gastos Gerais de Fabricação.
No entanto, com a introdução de medidores eletrônicos, cada vez mais é possível
apurar com exatidão Gastos Gerais de Fabricação. Na área de Engenharia
Industrial/Produção e Eletrônica, artefatos de medição ou sensores são conhecidos
como instrumentação. Assim, na defi nição de GGF ou CIF, é necessário conhecer
o nível de automatização e informatização da empresa.
O mesmo ocorre com a expressão inglesa overhead (pelas cabeças) que é usada
em muitos casos como sinônimo de GGF e CIF.
Abaixo, apresentamos uma representação gráfi ca com uma visão de todo o processo:
Figura: Processo de Contabilidade de Custos com expressões técnicas.
Fonte: Berbel (2003, p. 37).
A seguir, torna-se imprescindível observarmos um exemplo prático de aplicação do
custeio por absorção.
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Unidade: Método de custeio por absorção
Exemplo Prático: Muriaé Ltda.
Para entender com clareza como o custeio por absorção é aplicado em empresa industrial
e em empresas de serviços e comerciais, é importante demonstrar um exercício completo
resolvido.
Explore
A sugestão para você estudar é a de levar esses mesmos dados a uma planilha de
Excel e ir acompanhando as explicações ao mesmo tempo em que vocêrealiza as ações na
planilha. É útil para você treinar o uso do Excel e para proporcionar condições de entender o
procedimento do custeio por absorção. Não há necessidade de adicionar tantos detalhes como
neste exemplo didático.
A empresa Muriaé Siderurgia Ltda. fabrica equipamentos de uso siderúrgico para uso em
equipamentos gráfi cos e têxteis. Sua linha de produtos é composta de panelas, tambores e
caçambas. Os departamentos de produção são: pintura, montagem, usinagem e caldeiraria;
e os departamentos de serviços são: administração, almoxarifado, manutenção e controle de
qualidade. No mês de agosto, a produção e os tempos apontados foram:
Produtos Quantidade
unidade
Tempos unitários (horas)
Caldeira Usinagem Montagem Pintura
Panela 12 35 17,5 15
Tambor 8 60 30 20
Caçamba 25 28 6 14,8 10
Os custos indiretos de fabricação, bem como as informações e os rateios, são discriminados
no quadro a seguir:
Quadro: Informações sobre os custos indiretos de fabricação
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Nº de funcionários 22 23 12 25 8 3 5 6 104
Área ocupada 70 150 90 100 75 60 30 25 600
Nº de requisições 212 382 295 320 5 2 18 23 1.257
Potência em KW 400 500 1.300 850 70 50 120 30 3.320
Horas de manutenção 50 130 200 150 12 8 20 570
Horas C. Qualidade 100 230 180 210 8% 720
Mão de obra indireta 10% 15% 20% 22% 10% 5% 8% 10% $ 250.000
Depreciação 7% 15% 40% 15% 5% 5% 4% 5% $ 12.00
Mat. auxiliar 10% 25% 40% 15% 2% 1% 20% 3% $ 63.00
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Comb. lubrifi cantes 10% 20% 20% 20% 10% $ 8.000
Telefone $ 2.000
Água $ 500
Aluguel $ 120.000
Energia elétrica $ 149.400
Seguros $ 23.000
Outros custos $ 52.000
Seguem as informações para a distribuição dos custos indiretos de fabricação dos produtos:
» O aluguel é rateado aos departamentos conforme a área ocupada.
» A energia elétrica é rateada conforme a potência instalada.
» O seguro é rateado conforme o custo da depreciação.
» Os outros custos são rateados conforme o custo da mão de obra indireta.
» A administração geral da fábrica é rateada aos demais departamentos pelo número
de funcionários.
» O almoxarifado é rateado aos demais departamentos, conforme o número de
requisições de materiais atendido.
» A manutenção e o controle de qualidade são rateados conforme suas horas apontadas.
» Os departamentos produtivos são rateados aos produtos conforme os tempos
apontados.
Pedimos: determinar o custo indireto de fabricação de cada produto.
Fonte do exercício: adaptado de Megliorini (2002, p. 90, 91).
Resolução:
Como em todo processo de custeio, para a formação do custo de produção, devemos
seguir os seguintes passos:
1° Separação entre custos e despesas.
2° Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos, tomando como base o seu
gasto efetivo.
3° Apropriação dos custos indiretos de fabricação aos produtos, utilizando de um critério
de rateio escolhido pela própria empresa para distribuí-los.
E seguir a seguinte equação: Custo de Produção por Produto = CD + CIF. Nesse sentido,
temos os seguintes passos no custeio departamentalizado:
1° Separação entre custos e despesas.
No enunciado do exercício, podemos observar que essa etapa já foi realizada, são apresentados
apenas os custos.
2º Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos, tomando como base o seu
gasto efetivo.
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Unidade: Método de custeio por absorção
No enunciado do exercício, podemos observar que não há menção a custos diretos,
apenas a custos indiretos. Não são aplicados então nessa etapa.
3º Apropriação dos custos indiretos que pertencem aos departamentos, agrupando, à parte,
os comuns.
Aqui, começaremos a trabalhar de acordo com os dados fornecidos no enunciado e as
tabelas.
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Material Auxiliar 10% 25% 40% 15% 2% 1% 4% 3% $ 63.000
Material Auxiliar ratea 15.750,00 9.450,00 1.260,00 630,00 1.890,00 63.000,00
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Comb. lubrifi cantes 10% 20% 20% 20% 10% 20% $ 8.000
Comb. lubrifi cantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.6000,00 800,00 8.000,00
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Telefone 100% $ 2.000
Telefone 2.000,00
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Água 100% $ 500
Água 500,00 500,00
Rateio por porcentagem (regra de três)
4º Rateio dos custos indiretos comuns aos diversos departamentos, tanto de produção
quanto de serviços.
Aqui, continuamos a trabalhar, de acordo com os dados fornecidos no enunciado e as
tabelas.
· O aluguel é rateado aos departamentos conforme a área ocupada.
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Área ocupada 70 150 90 100 75 60 30 25 600
Aluguel $ 120.000
Com os dados disponíveis:
Gasto com aluguel 120.000,00
Área ocupada total 600
aluguel por m2 de área ocupada (gasto com aluguel) 200,00 m2
área ocupada total
21
Então:
(70x200,00) (90x200,00) (100x200,00) (75x200,00) (60x200,00) (30x200,00) (25x200,00)
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 15.000,00 12.000,00 6.000,00 5.000,00
A energia elétrica é rateada conforme a potência instalada.
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Potência em KW 400 500 1.300 850 70 50 120 30 3.320
Energia elétrica $ 149.400
Com os dados disponíveis:
Gasto com energia elétrica 149.400,00
Potência em KW 3.320
Energia elétrica por KW consumido (gasto com energia elétrica) 45,00 por KW
potência instalada
(400x45,00) (500x45,00) (1.300x45,00) (850x45,00) (70x450,00) (120x45,00) (30x45,00) (25x200,00)
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 15.000,00 12.000,00 6.000,00 5.000,00
O seguro é rateado conforme o custo da depreciação.Calculamos também a própria depreciação:
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Depreciação 7% 15% 40% 15% 5% 5% 8% 5% $ 12,00
Depreciação rateada 0,84 1,80 4,80 1,80 0,60 0,60 0,96 0,60 12,00
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura
Monta-
gem
Usina-
gem
Caldeiraria Adm.
Almoxa-
rif.
Manut.
Contr.
Qual.
Depreciação 7% 15% 40% 15% 5% 5% 8% 5% 100%
Seguros 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.150,00 1.150,00 1.840,00 1.150,00
· Os outros custos são rateados conforme o custo da mão de obra indireta.
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Mão de obra indi-
reta 10% 15% 20% 22% 10% 5% 8% 10% $ 250.000
MOL rateada
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Mão de obra indireta 10% 15% 20% 22% 10% 5% 8% 10% 100%
Outros custos 5.200,00 7.800,00 11.440,00 2.600,00 52.000,00
Rateio por porcentagem (regra de três)
Finalizamos de ratear os custos indiretos aos departamentos. Temos, neste momento, a
22
Unidade: Métodode custeio por absorção
seguinte posição:
Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção
Controle
de
Qualidade
Mão de obra
indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 25.000,00 12.500,00 20.000,00 25.000,00 250.000,00
Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 0,60 0,60 0,96 0,60 12,00
Material
auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 1.260,00 630,00 2.520,00 1.890,00 63.000,00
Comb.
lubrifi cantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 800,00 1.600,00 8.000,00
Telefone 2.000,00 2.000,00
Água 500,00 500,00
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 15.000,00 12.000,00 6.000,00 5.000,00 120.000,00
Energia
Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 3.150,00 2.250,00 5.400,00 1.350,00 149.400,00
Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.150,00 1.150,0 1.840,00 1.150,00 23.000,00
Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 5.200,00 2.600,00 4.160,00 5.200,00 52.000,00
TOTAIS 70.910,84 54.060,60 31.130,60 41.520,96 39.590,60 667.912,00
· A Administração Geral da fábrica é rateada aos demais departamentos pelo número
de funcionários.
Nesta etapa, começamos a ratear os valores dos departamentos se serviços aos outros
departamentos. Note que alguns departamentos de serviços também prestam serviços a outros
departamentos de serviços e não só aos produtivos. Temos então que organizar quais serão
os primeiros departamentos a serem rateados, para facilitar esse trabalho. No enunciado, a
sequência pede para que rateemos a Administração Geral da Fábrica. Portanto, vamos seguir
essa sugestão. Não necessariamente precisaríamos começar por esse departamento.
Temos o seguinte rateio para o departamento de administração geral:
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Nº de funcionários 22 23 12 25 8 3 5 6 104
Administração 54.060,60 54.060,60
Com os dados apurados:
Custos rateados do depto. de Administração 54.060,60
Quantidade de funcionários por depto. 104
Rateio do depto. de Administração geral (custos rateados) 519,81 por funcionário
Quantidade de funcionários por depto
Rateio Adm. (3x519,81) {(6x519,81) + (0,36 p/ arredondar)}
Administra-
ção
6.237,72 1.559,43 3.119,22 54.060,60
23
Após esse rateio, transportamos os dados para a planilha que fi cará com o seguinte
panorama:
Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção
Controle
de Quali-
dade
Mão de obra
indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 12.500,00 20.000,00 25.000,00 250.000,00
Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 0,60 0,96 0,60 11,40
Material
auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 630,00 2.520,00 1.890,00 61.740,00
Comb.
lubrifi cantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 7.200,00
Telefone -
Água -
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 12.000,00 6.000,00 5.000,00 105.000,00
Energia
Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 2.250,00 5.400,00 1.350,00 146.250,00
Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.150,0 1.840,00 1.150,00 21.850,00
Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 2.600,00 4.160,00 5.200,00 46.800,00
Depto. de
Adm. Geral
11.435,82 11.955,63 6.237,72 12.995,25 4.158,48 1.559,43 2.599,05 3.119,22 54.060,60
TOTAIS 82.346,66 152.187,05 4.158,48 32.690,03 44.120,01 42.709,82
Observe que os totais de cada despesa foram alterados e os gastos da administração também,
que ainda está com um resíduo de $ 4.158,48. Vamos passar agora para a próxima fase:
•O almoxarifado é rateado aos demais departamentos, conforme o número de requisições
de materiais atendido.
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut.
Contr.
Qual.
Nº de requisições 212 382 295 320 5 2 18 23 1.257
Almoxarifado 32.690,03 32.690,03
Com os dados apurados:
Custos rateados do depto. de Administração 32.690,03
Quantidade de funcionários por depto. 1.257
Rateio do depto. de Almoxarifado (custos rateados) 26,01 por requisição
Quantidade de requisições por depto
(212x26,01) (382x26,01) (295x26,01) (5x26,01) (2x26,01) (23x26,01)
Almoxarif. 5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 130,03 52,01 468,11 598,15 32.690,03
Vamos observar agora qual será a consequência na planilha de custos:
Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção
Controle
de Quali-
dade
Mão de obra
indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 22.000,00 25.000,00 212.500,00
24
Unidade: Método de custeio por absorção
Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 0,96 0,60 10,80
Material
auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 2.520,00 1.890,00 61.110,00
Comb.
lubrifi cantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 7.200,00
Telefone -
Água -
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 6.000,00 5.000,00 93.000,00
Energia
Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 5.400,00 1.350,00 144.000,00
Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.840,00 1.150,00 20.700,00
Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 4.160,00 5.200,00 44.220,00
Depto. de
Adm. Geral
11.435,82 11.955,63 6.237,72 12.995,25 4.158,48 2.599,05 3.119,22 52.501,17
Depto. de
Almoxarifado
5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 130,03 52,01 468,11 598,15 32.690,03
TOTAIS 87.860,01 160.509,09 4.288,51 52,01 44.588,12 43.307,97 667.912,00
E passemos aos outros departamentos de serviços:
• A manutenção e o controle de qualidade são rateados conforme suas horas apontadas.
Iremos distribuir agora os custos da manutenção:
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut. Contr.
Qual.
Horas de manutenção 50 130 200 150 12 8 20 570
Manutenção 44.588,12
Com os dados apurados:
Custos rateados do depto. de Manutenção 44.588,12
Horas de Manutenção 570
Rateio do depto. de Manutenção (custos rateados) 78,22 por requisição
Horas de manutenção
(50x78,22) (130x78,22) (12x78,22) (8x78,22) (Não rateia) (20x78,22)
Manutenção 3.911,24 10.169,22 938,70 625,80 1.564,50 44.588,12
E esta é a consequência na planilha de custos:
Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxari-
fado Manutenção Controle
de Qualidade
Mão de obra
indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 25.000,00 192.500,00
Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 0,60 9,84
Material
auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 1.890,00 58.590,00
Comb.
lubrifi cantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 5.600,00
Telefone -
Água -
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 5.000,00 87.000,00
Energia
Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 1.350,00 138.600,00
25
Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.150,00 18.860,00
Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 5.200,00 40.040,00
Depto. de
Adm. Geral
11.435,82 11.955,63 6.237,72 12.995,25 4.158,48 3.119,22 49.902,12
Depto. de
Almoxarifado
5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 130,03 52,01 598,15 32.221,92
Depto. de
Manutenção
3.911,24 10.169,22 15.644,95 11.733,72 938,70 625,80 1.564,50 44.588,12
TOTAIS 91.771,25 172.242,81 5.227,21 677,81 - 44.872,46
Vamos agora distribuir os custos do Controle de Qualidade:Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Monta-
gem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut. Contr. Qual.
Horas C. Qualidade 100 230 180 210 720
Controle de Qualidade 44.872,46 44.872,46
Com os dados apurados:
Custos rateados do depto. de Controle de Qualidade 44.872,46
Horas de Manutenção 720
Rateio do depto. de Controle de Qualidade (custos rateados) 62,32 por hora de controle de qualidade
Horas de Controle de Qualidade
(Não rateia) (Não rateia) (Não rateia) (Não rateia)
Controle de qualidade 6.232,29 -
E esta é a consequência na planilha de custos:
Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxari-
fado Manutenção Controle
de Qualidade
Mão de obra
indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 167.500,00
Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 9,24
Material
auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 56.700,00
Comb.
lubrifi cantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 5.600,00
Telefone -
Água -
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 82.000,00
Energia
Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 137.250,00
Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 17.710,00
Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 34.840,00
Depto. de
Adm. Geral
11.435,82 11.955,63 6.237,72 12.995,25 4.158,48 46.782,90
Depto. de
Almoxarifado
5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 130,03 52,01 31.623,77
Depto. de
Manutenção
3.911,24 10.169,22 15.644,95 11.733,72 938,70 625,80 43.023,62
Depto. Cont.
Qualidade
6.232,29 14.334,26 11.218,12 13.087,80 44.872,46
TOTAIS 98.003,54 213.677,47 185.330,61 5.227,21 677,81 - -
26
Unidade: Método de custeio por absorção
Observe que os custos dos departamentos de serviços estão praticamente todos rateados.
No entanto, permanecem valores nos departamentos de administração e almoxarifado.
Devemos proceder a uma segunda rodada de rateio para distribuição dos gastos aos
departamentos produtivos e ao almoxarifado, ou seja, não ratearemos mais os departamentos
que já tiveram seus saldos zerados, apenas os que terão rateios (o almoxarifado).
Trocando Ideias
Alguns contadores costumam simplesmente não ratear gastos de departamentos de serviços a
outros departamentos de serviços para evitar essa segunda rodada. Porém, o cálculo com duas
(ou mais) rodadas traz ainda mais acurácia, que é justamente o que estamos perseguindo!
Vamos lá, vamos distribuir o resíduo do departamento de Administração Geral ( $ 5.227,21):
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut. Contr.
Qual.
Nº de funcionários 22 23 12 25 8 3 5 6 104
Administração 5.227,21
Com os dados apurados:
Custos rateados do depto. de Administração 5.227,21
Quantidade de funcionários por depto. 85 (104-19 = funcionários deptos de Adm, Manutenção e
Cont. Qdade)
Rateio do depto. de Administração geral (custos rateados) 61,50 por funcionário
Quantidade de funcionários por depto
Rateio Adm. (22x61,50) (23x61,50) (12x61,50) (25x61,50) (Não rateia) (3x61,50) (Não rateia) (Não rateia)
Adm. Geral 1.352,92 1.414,42 737,96 1.537,41 184,49 5.227,21
E esta é a consequência na planilha de custos:
(Somamos os valores da segunda rodada de cálculo na linha do departamento de Administração Geral.)
Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxari-
fado Manutenção Controle
de Qualidade
Mão de obra
indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 167.500,00
Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 9,24
Material
auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 56,700,00
Comb.
lubrifi cantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 5.600,00
Telefone -
Água -
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 82.000,00
Energia
Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 137.250,00
27
Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 17.710,00
Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 34.840,00
Depto. de
Adm. Geral
12.788,74 13.370,05 6.975,68 14.532,66 184,49 47.851,63
Depto. de
Almoxarifado
5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 52,01 31.493,74
Depto. de
Manutenção
3.911,24 10.169,22 15.644,95 11.733,72 625,80 42.084,93
Depto. Cont.
Qualidade
6.232,29 14.334,26 11.218,12 13.087,80 44.872,46
TOTAIS 99.356,46 186.868,03 - 862,30 - -
Vamos partir agora para o último departamento que tem saldo nesta segunda rodada, o
departamento de almoxarifado:
Departamentos de Produção - DP Departamento de Serviços - DS
Total
Pintura Monta-
gem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarif. Manut. Contr.
Qual.
Nº de funcionários 212 382 295 320 5 2 18 23 1.257
Almoxarifado 862,30 862,30
Com os dados apurados:
Custos rateados do depto. de Administração 862,30
Quantidade de funcionários por depto. 1.209 (1.257-48 = requisições dos departamentos de serviços)
Rateio do depto. de Almoxarifado (custos rateados) 0,71 por funcionário
Quantidade de requisições por depto
(222x0,71) (382x0,71) (295x0,71) (320x0,71) (Não rateia) (Não rateia) (Não rateia) (Não rateia)
Almoxarifado 151,21 272,46 210,40 228,23 862,30
E esta é a consequência na planilha de custos:
(Somamos os valores da segunda rodada de cálculo na linha do departamento de almoxarifado.)
Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxari-
fado Manutenção Controle
de Qualidade
Mão de obra
indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 167.500,00
Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 9,24
Material
auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 56.700,00
Comb.
lubrifi cantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 5.600,00
Telefone -
Água -
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 82.000,00
Energia
Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 137.250,00
Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 17.710,00
Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 34.840,00
Depto. de
Adm. Geral
12.788,74 13.370,05 6.975,68 14.532,66 47.667,14
Depto. de
Almoxarifado
5.664,56 10.206,90 7.882,29 8.550,28 32.304,02
Depto. de
Manutenção
3.911,24 10.169,22 15.644,95 11.733,72 41.459,13
28
Unidade: Método de custeio por absorção
Depto. Cont.
Qualidade
6.232,29 14.334,26 11.218,12 13.087,80 44.872,46
TOTAIS 99.356,46 186.868,03 - - - -
29
Ou seja, agora nós temos os custos dos departamentos de serviços devidamente rateados
aos departamentos de produção. Observe também na seguinte planilha:
Departamentos de Produção - DP
Total
Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria
Mão de obra indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 167.500,00
Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 9,24
Material auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 56.700,00
Comb. lubrifi cantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 5.600,00
Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 82.000,00
Energia Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 137.250,00
Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 17.710,00
Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 34.840,00
Total de Custos Indiretos ligados aos deptos. produtivos 70.910,84 139.191,80
Depto. de Adm. Geral 12.788,74 13.370,05 6.975,68 14.532,66 47.667,14
Depto. de Almoxarifado 5.664,56 10.206,90 7.882,29 8.550,28 32.304,02
Depto.de Manutenção 3.911,24 10.169,22 15.644,95 11.733,72 41.459,13
Depto. Cont. Qualidade 6.232,29 14.334,26 11.218,12 13.087,80 44.872,46
Total de Custos dos Deptos de Serviços Rateados 25.596,83 48.080,43 41.721,04 47.904,46
TOTAIS GERAL 99.507,67 187.096,26
Podemos nos preparar para passar à distribuição aos produtos!
• Os departamentos produtivos são rateados aos produtos conforme os tempos apontados.
Sabemos que nos foram fornecidos no enunciado os seguintes dados:
Produtos Quantidade
unidade
Tempos unitários (horas)
Caldeira Usinagem Montagem Pintura
Panela 12 35 17,5 15
Tambor 8 60 30 20
Caçamba 25 28 6 14,8 10
Adicionemos um total a cada um dos departamentos, adicionando também os custos que
acabamos de calcular:
Produtos Quantidade
unidade
Tempos unitários (horas)
Total
Caldeira Usinagem Montagem Pintura
Panela 12 35 17,5 15
Tambor 8 60 30 20
Caçamba 25 28 6 14,8 10
TOTAL 123 53,5 49,8 10 236,30
TOTAL DE CUSTOS 99.507,67 166.682,23 214.625,84 667.912,00
30
Unidade: Método de custeio por absorção
Para cada um dos departamentos produtivos, iremos realizar um rateio da seguinte forma:
Portanto:
Produtos Quantidade
unidade
Tempos unitários (horas)
Total
Caldeira Usinagem Montagem Pintura
Panela 12 35 17,5 15
Tambor 8 60 30 20
Caçamba 25 28 6 14,8 10
TOTAL 123 53,5 49,8 10 236,30
TOTAL DE CUSTOS 99.507,67 166.682,23 214.625,84 667.912,00
Custo médio por hora: 809,01 3.115,56 4.309,76 18.709,63
Esses custos médios serão multiplicados, para cada um dos produtos, em cada departamento
produtivo. Abaixo, apresentamos como são realizadas essas multiplicações:
Produtos Quantidade
unidade
Tempos unitários (horas)
Caldeira Usinagem Montagem Pintura
Panela 35 x
809,01
17,5 x
3.115,56 15 x 4.309,76
Tambor 60 x
809,01 30 x 3.115,56 20 x 4.309,76
Caçamba 28 x
809,01 6 x 3.115,56 14,8 x
4.309,76 10x18.709,63
E, agora, os valores rateados:
Produtos Quantidade
unidade
Tempos unitários (horas)
Total
Caldeira Usinagem Montagem Pintura
Panela 28.315,35 54.522,30 64.646,40 147.484,05
Tambor 48.540,60 93.466,80 86.195,20 228.202,60
Caçamba 22.651,72 18.693,13 63.784,24 187.096,26 292.225,35
99.507,67 214.625,84 187.096,26
Após todos esses cálculos, já temos os custos para cada um dos produtos.
Agora, concluindo, iremos demonstrar o custo unitário para cada um dos produtos:
Produtos Quantidade
unidade Total Total Unitário
Panela 12 147.484,050 12.290,34
Tambor 8 228.202,60 28.525,33
Caçamba 25 292.225,35 11.689,01
31
Material Complementar
Veja este material que irá lhe ajudar no aprofundamento de seus estudos:
ABCustos - Associação Brasileira de Custos - Vol. V, n° 1 - jan/abr 2010.
Sistema de Gestão de Custos Associado à Cadeia de Valor
(Cícero Marciano Silva Santos, Antonio Cezar Bornia, Maria Silene Alexandre Leite)
Resumo
Atualmente, as empresas buscam não apenas custear seus produtos, mas a efi ciência na
utilização de recursos para obter os menores custos de produção. Neste sentido, o sistema de
gestão de custos deve ser integrado à estrutura organizacional da empresa para se obter uma
gestão mais efi ciente. A análise da cadeia de valor é importante para a defi nição dos objetivos
estratégicos da empresa e, consequentemente, da própria estrutura organizacional. Nesse
contexto, o objetivo deste artigo é demonstrar como a gestão de custos pode se benefi ciar da
análise da cadeia de valor da empresa.
Para isso, realizou-se um estudo de caso partindo da análise da cadeia de valor de uma
empresa, para mostrar os benefícios dessa integração. Como resultados alcançados a partir
deste estudo, pode-se destacar um aumento considerável na margem de lucro da empresa
e uma redução na margem de segurança, em virtude da otimização do processo produtivo
alcançado pela reestruturação da estrutura organizacional da empresa, a partir da análise da
cadeia de valor, o que corrobora o pressuposto de que o sistema de gestão de custos associado
à cadeia de valor gera resultados positivos em comparação à implementação de sistemas de
custeio dissociados da cadeia de valor da empresa.
Arquivo disponível em: https://revista.abcustos.org.br/abcustos/article/view/87
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Unidade: Método de custeio por absorção
Referências
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Paulo: STS, 2003.
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for 2020. Brussels, Bélgica: European Apparel and Textile Organization, 2004.
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Marketing Industrial, Brasil Têxtil, 2001.
LEAL, J.J. Um Olhar sobre o Design Brasileiro. São Paulo: Joice Joppert Leal, 2002.
LUPATINI, M. P. As Transformações Produtivas na Indústria Têxtil-Vestuário e seus
Impactos sobre a Distribuição Territorial da Produção e a Divisão do Trabalho Industrial
(Dissertação de Mestrado). Instituto de Economia. Universidade Estadual de Campinas.
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MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas. 2003.
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horizontalização de uma empresa do agreste pernambucano: o caso da empresa rótulo do
corpo. 2008. 81 f. TCC (Graduação) - Curso de Administração Com Habilitação em Gestão de
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SANZOVO, S. Um Estudo sobre a Inovação Tecnológica em Uniformes Escolares. 2004.
63 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Tecnologia do Vestuário), União de Ensino
do Sudoeste do Paraná, Dois Vizinhos, 2005.
SOUZA, E. Comportamento Empreendedor e Crescimento de Empresas Cearenses de
Confecção. Fortaleza, 2006. 95 p. Monografi a (Graduação) – Faculdade de Economia,
Administração, Atuária e Contabilidade – Universidade Federal do Ceará.
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Anotações
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Unidade: Método de custeio por absorção
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