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Slides - Adoção

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ADOÇÃO	
Professor	Edgard	Audomar	Marx	Neto	
emarx@direito.ufmg.br	
28	de	novembro	de	2014	
CADASTRO	NACIONAL	DE	ADOÇÃO	
•  Criado	pelo	CNJ	em	29	de	abril	de	2008	
•  Organizar	e	tornar	mais	eficiente	o	processo	de	adoção	
•  Duração	média	do	processo:	1	ano	
CADASTRO	NACIONAL	DE	ADOÇÃO	
Procedimento	(art.	197-A	et	seq.	ECA):	
•  Requerimento	de	inscrição	para	adoção	
•  Curso	de	preparação	psicossocial	e	jurídica	para	adoção	
•  avaliação	psicossocial	com	entrevistas	e	visita	domiciliar		
•  CerTficado	de	habilitação	(validade	de	dois	anos)	
•  Cadastro	único	
•  Estágio	de	convivência	
•  Guarda	provisória	
•  Adoção	
Pretendentes	
cadastrados	
Crianças/adolescentes	
cadastrados	
	
32950	 5664	
Interesse	 Total	 Crianças	aptas	
Sexo	feminino	 10261	 2460	
Sexo	masculino	 3182	 3204	
Indiferente	 20184	 -	
Interesse	 Total	 Aptos	
Somente	raça	branca	 9136	
1817	
Aceitam	raça	branca	 30076	
Somente	raça	negra	 608	
1034	
Aceitam	raça	negra	 13790	
Somente	raça	amarela	 313	
23	
Aceitam	raça	amarela	 14544	
Somente	raça	parda	 1820	
2764	
Aceitam	raça	parda	 22982	
Somente	raça	indígena	 303	
32	
Aceitam	raça	indígena	 13395	
Aceitam	brancas	ou	amarelas	 9422	 -	
Aceitam	brancas	ou	pardas	 16702	 -	
Aceitam	amarelas	ou	pardas	 1855	 -	
Aceitam	brancas,	amarelas	ou	pardas	 18027	 -	
Indiferentes	em	relação	à	raça	 14774	 -	
Interesse	 Total	 Aptos	
Região	Norte	 925	 168	
Região	Nordeste	 3141	 715	
Região	Centro-Oeste	 220	 425	
Região	Sudeste	 15340	 2688	
Região	Sul	 111324	 1668	
Minas	Gerais	 Interessados	 Aptos	
Qtde.	 3980	 676	
Interesse	 Total	 Aptos	
Com	0	anos	de	idade	 4225	 25	
Com	1	ano	de	idade	 5825	 49	
Com	2	anos	de	idade	 6533	 70	
Com	3	anos	de	idade	 6510	 89	
Com	4	anos	de	idade	 3820	 89	
Com	5	anos	de	idade	 3796	 114	
Com	6	anos	de	idade	 1546	 138	
Com	7	anos	de	idade	 763	 144	
Com	8	anos	de	idade	 385	 204	
Com	9	anos	de	idade	 151	 310	
Com	10	anos	de	idade	 279	 338	
Com	11	anos	de	idade	 59	 425	
Com	12	anos	de	idade	 95	 510	
Com	13	anos	de	idade	 25	 586	
Com	14	anos	de	idade	 17	 636	
Com15	anos	de	idade	 31	 636	
Com	16	anos	de	idade	 10	 633	
Com	17	anos	de	idade	 41	 621	
Irmãos	 0	 1	 2	 3	 4	 5	 6	 7	 8	 9	 10	 11	 12	
Qtde.	 1289	 1296	 1092	 833	 485	 316	 174	 82	 66	 14	 10	 6	 1	
É	gêmeo?	 NÃO	 SIM	
Qtde.	 5530	 134	
Pretendentes	que	aceitam	adotar	
1	criança	 26201	
2	crianças	 6377	
3	crianças	 295	
4	crianças	 35	
5	crianças	 8	
6	ou	mais	crianças	 4	
Gêmeos	 7281	
Irmãos	 6880	
Não	aceitam	gêmeos	 25669	
Não	aceitam	irmãos	 26070	
Doença	e/
ou	
deficiência	
Doença	
tratável	
Doença	
não	
tratável	
Deficiência	
Qsica	
Deficiência	
mental	
Vírus	HIV	 Nenhuma	 Ignorado	
Qtde.	 418	 164	 223	 481	 116	 4383	 242	
Pretendente	 Casal	 Feminino	 Masculino	
Qtde.	 29405	 3130	 415	
Estado	
civil	
Casado	 Divorciad
o	
Separado	 Solteiro	 União	
estável	
Viúvo	
Qtde.	 25558	 636	 179	 2782	 3569	 226	
Faixa	
etária	
18-20	 21-30	 31-40	 41-50	 51-60	 +	61	
Qtde.	 10	 1113	 11474	 13823	 4821	 991	
Faixa	
salarial	
Sem	
rendimen
tos	
Até	¼		 ¼	-	½		 ½	-	1	 1	-	2	 2	-	3	 3	-	5	 5	-	10	 10	-	
15	
15	-	
20	
20	-	
30	
+30	
Qtde.	 707	 966	 50	 691	 4745	 5835	 7524	 7379	 2607	 1095	 851	 500	
Filhos	biológicos	 NÃO	 SIM	
Qtde.	 25199	 7751	
Filhos	adobvos	 NÃO	 SIM	
Qtde.	 30371	 2579	
HISTÓRICO	
Código	Civil	de	1916	
•  Art.	336.	A	adoção	estabelece	parentesco	meramente	civil	entre	o	adotante	e	o	adotado	(art.	375).	
•  Art.	368.	Só	os	maiores	de	cinqüenta	anos,	sem	prole	legíTma,	ou	legiTmada,	podem	adotar.	
•  Art.	368.	Só	os	maiores	de	30	(trinta)	anos	podem	adotar.						(Redação	dada	pela	Lei	nº	3.133,	de	1957).	
•  Parágrafo	único.	Ninguém	pode	adotar,	sendo	casado,	senão	decorridos	5	(cinco)	anos	após	o	casamento.							
(Incluído	pela	Lei	nº	3.133,	de	1957).	
•  Art.	369.	O	adotante	há	de	ser,	pelo	menos,	dezoito	anos	mais	velho	que	o	adotado	
•  Art.	369.	O	adotante	há	de	ser,	pelo	menos,	16	(dezesseis)	anos	mais	velho	que	o	adotado.							(Redação	dada	pela	
Lei	nº	3.133,	de	1957).	
•  Art.	370.	Ninguém	pode	ser	adotado	por	duas	pessoas,	salvo	se	forem	marido	e	mulher.	
•  Art.	371.	Enquanto	não	der	contas	de	sua	administração,	e	saldar	o	seu	alcance,	não	pode	o	tutor,	ou	curador,	
adotar	o	pupilo,	ou	o	curatelado.	
•  Art.	372.	Não	se	pode	adotar	sem	o	consenTmento	da	pessoa,	debaixo	de	cuja	guarda	esTver	o	adotando,	menor,	
ou	interdito.	
•  Art.	372.	Não	se	pode	adotar	sem	o	consenTmento	do	adotado	ou	de	seu	representante	legal	se	fôr	incapaz	ou	
nascituro.							(Redação	dada	pela	Lei	nº	3.133,	de	1957).	
•  Art.	373.	O	adotado,	quando	menor,	ou	interdito,	poderá	desligar-se	da	adoção	no	ano	imediato	ao	em	que	cessar	
a	interdição,	ou	a	menoridade.	
Código	Civil	de	1916	
	
•  Art.	374.	Também	se	dissolve	o	vinculo	da	adoção:	
I.	Quando	as	duas	partes	convierem.	
II.	Quando	o	adotado	cometer	ingraTdão	contra	o	adotante.	
•  Art.	374.	Também	se	dissolve	o	vínculo	da	adoção:							(Redação	dada	pela	Lei	nº	3.133,	de	1957).	
I.	Quando	as	duas	partes	convierem.							(Redação	dada	pela	Lei	nº	3.133,	de	1957).	
II.	Nos	casos	em	que	é	admiTda	a	deserdação.							(Redação	dada	pela	Lei	nº	3.133,	de	1957).	
•  Art.	375.	A	adoção	far-se-á	por	escritura	pública,	em	que	se	não	admite	condição,	em	termo.	
•  Art.	376.	O	parentesco	resultante	da	adoção	(art.	336)	limita-se	ao	adotante	e	ao	adotado,	salvo	
quanto	aos	impedimentos	matrimoniais,	á	cujo	respeito	se	observará	o	disposto	no	art.	183,	ns.	III	
e	V,	
•  Art.	377.	A	adoção	produzirá	os	seus	efeitos	ainda	que	sobrevenham	filhos	ao	adotante,	salvo	se,	
pelo	fato	do	nascimento,	ficar	provado	que	o	filho	estava	concebido	no	momento	da	adoção.	
•  Art.	377.	Quando	o	adotante	Tver	filhos	legíTmos,	legiTmados	ou	reconhecidos,	a	relação	de	
adoção	não	envolve	a	de	sucessão	hereditária.								(Redação	dada	pela	Lei	nº	3.133,	de	1957).	
•  Art.	378.	Os	direitos	e	deveres	que	resultam	do	parentesco	natural	não	se	exTnguem	pela	adoção,	
exceto	o	pátrio	poder,	que	será	transferido	do	pai	natural	para	o	adoTvo.	
Código	Civil	de	1916	
Adoção	à	brasileira	
Constituição	de	1988	
Art.	227.	É	dever	da	família,	da	sociedade	e	do	Estado	assegurar	
à	criança,	ao	adolescente	e	ao	jovem,	com	absoluta	prioridade,	
o	direito	à	vida,	à	saúde,	à	alimentação,	à	educação,	ao	lazer,	à	
profissionalização,	à	cultura,	à	dignidade,	ao	respeito,	à	
liberdade	e	à	convivência	familiar	e	comunitária,	além	de	
colocá-los	a	salvo	de	toda	forma	de	negligência,	discriminação,	
exploração,	violência,	crueldade	e	opressão.	(Redação	dada	Pela	
Emenda	ConsTtucional	nº	65,	de	2010)	[...]	
§	5º	-	A	adoção	será	assisTda	pelo	Poder	Público,	na	forma	da	
lei,	que	estabelecerá	casos	e	condições	de	sua	efeTvação	por	
parte	de	estrangeiros.	
§	6º	-	Os	filhos,	havidos	ou	não	da	relação	do	casamento,	ou	por	
adoção,	terão	os	mesmos	direitos	e	qualificações,	proibidas	
quaisquer	designações	discriminatórias	relaTvas	à	filiação.	
Equiparação	de	direitos	
•  Lei	12.873/2013	
	
Art.	5º	A	Lei	no	8.213,	de	24	de	julho	de	1991,	passa	a	vigorar	com	as	seguintes	alterações:			
“Art.	71-A.		Ao	segurado	ou	segurada	da	Previdência	Social	que	adotar	ou	obbver	guarda	judicial	para	fins	de	
adoção	de	criança	é	devido	salário-maternidade	pelo	período	de	120	(cento	e	vinte)	dias.		
§	1º		O	salário-maternidade	de	que	trata	este	arTgo	será	pago	diretamente	pela	Previdência	Social.		
§	2º		Ressalvado	o	pagamento	do	salário-maternidade	à	mãe	biológica	e	o	disposto	no	art.	71-B,	não	poderá	ser	
concedido	o	beneqcio	a	mais	de	um	segurado,	decorrente	do	mesmo	processo	de	adoção	ou	guarda,	aindaque	os	
cônjuges	ou	companheiros	estejam	submeTdos	a	Regime	Próprio	de	Previdência	Social.”	(NR)		
	
“Art.	71-B.		No	caso	de	falecimento	da	segurada	ou	segurado	que	fizer	jus	ao	recebimento	do	salário-maternidade,	o	
beneqcio	será	pago,	por	todo	o	período	ou	pelo	tempo	restante	a	que	teria	direito,	ao	cônjuge	ou	companheiro	
sobrevivente	que	tenha	a	qualidade	de	segurado,	exceto	no	caso	do	falecimento	do	filho	ou	de	seu	abandono,	
observadas	as	normas	aplicáveis	ao	salário-maternidade.		
§	1º	O	pagamento	do	beneqcio	de	que	trata	o	caput	deverá	ser	requerido	até	o	úlTmo	dia	do	prazo	previsto	para	o	
término	do	salário-maternidade	originário.		
§	2º	O	beneqcio	de	que	trata	o	caput	será	pago	diretamente	pela	Previdência	Social	durante	o	período	entre	a	data	do	
óbito	e	o	úlTmo	dia	do	término	do	salário-maternidade	originário	e	será	calculado	sobre:		
I	-	a	remuneração	integral,	para	o	empregado	e	trabalhador	avulso;		
II	-	o	úlTmo	salário-de-contribuição,	para	o	empregado	domésTco;		
III	-	1/12	(um	doze	avos)	da	soma	dos	12	(doze)	úlTmos	salários	de	contribuição,	apurados	em	um	período	não	
superior	a	15	(quinze)	meses,	para	o	contribuinte	individual,	facultaTvo	e	desempregado;	e	
IV	-	o	valor	do	salário	mínimo,	para	o	segurado	especial.		
§	3º	Aplica-se	o	disposto	neste	arTgo	ao	segurado	que	adotar	ou	obTver	guarda	judicial	para	fins	de	adoção.”		
	
“Art.	71-C.	A	percepção	do	salário-maternidade,	inclusive	o	previsto	no	art.	71-B,	está	condicionada	ao	afastamento	
do	segurado	do	trabalho	ou	da	aTvidade	desempenhada,	sob	pena	de	suspensão	do	beneqcio.”		
Equiparação	de	direitos	
•  Lei	12.873/2013	
	
Art.	6º		A	Consolidação	das	Leis	do	Trabalho	-	CLT,	aprovada	pelo	Decreto-Lei	no	
5.452,	de	1o	de	maio	de	1943,	passa	a	vigorar	com	as	seguintes	alterações:	
“Art.	392-A.	À	empregada	que	adotar	ou	obbver	guarda	judicial	para	fins	de	
adoção	de	criança	será	concedida	licença-maternidade	nos	termos	do	art.	392.	
............................................................................................		
§	5º	A	adoção	ou	guarda	judicial	conjunta	ensejará	a	concessão	de	licença-
maternidade	a	apenas	um	dos	adotantes	ou	guardiães	empregado	ou	
empregada.”	(NR)		
	
"Art.	392-B.	Em	caso	de	morte	da	genitora,	é	assegurado	ao	cônjuge	ou	
companheiro	empregado	o	gozo	de	licença	por	todo	o	período	da	licença-
maternidade	ou	pelo	tempo	restante	a	que	teria	direito	a	mãe,	exceto	no	caso	de	
falecimento	do	filho	ou	de	seu	abandono.”		
	
“Art.	392-C.	Aplica-se,	no	que	couber,	o	disposto	no	art.	392-A	e	392-B	ao	
empregado	que	adotar	ou	obTver	guarda	judicial	para	fins	de	adoção.”		
Sucessão	legislativa	
•  Estatuto	da	criança	e	do	adolescente	–	Lei	8.069/90	
•  Art.	20.	Os	filhos,	havidos	ou	não	da	relação	do	casamento,	ou	
por	adoção,	terão	os	mesmos	direitos	e	qualificações,	proibidas	
quaisquer	designações	discriminatórias	relaTvas	à	filiação.	
•  Código	Civil	de	2002	
•  Art.	1.596.	Os	filhos,	havidos	ou	não	da	relação	de	casamento,	ou	
por	adoção,	terão	os	mesmos	direitos	e	qualificações,	proibidas	
quaisquer	designações	discriminatórias	relaTvas	à	filiação.	
•  “Nova”	lei	de	adoções	–	Lei	12.010/2009	
REGIME	JURÍDICO	
Código	Civil	de	2002	
CAPÍTULO	IV	
Da	Adoção	
	
Art.	1.618.		A	adoção	de	crianças	e	adolescentes	será	deferida	na	
forma	prevista	pela	Lei	no	8.069,	de	13	de	julho	de	1990	-	Estatuto	da	
Criança	e	do	Adolescente.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
	
Art.	1.619.		A	adoção	de	maiores	de	18	(dezoito)	anos	dependerá	da	
assistência	efeTva	do	poder	público	e	de	sentença	consTtuTva,	
aplicando-se,	no	que	couber,	as	regras	gerais	da	Lei	no	8.069,	de	13	de	
julho	de	1990	-	Estatuto	da	Criança	e	do	Adolescente.	(Redação	dada	
pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
	
Art.	1.620.	a	1.629.		(Revogados	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
ECA	
•  Direito	à	convivência	familiar	(art.	19)	
•  Família	natural,	extensa	ou	ampliada,	e	subsTtuta	
Art.	25.	Entende-se	por	família	natural	a	comunidade	formada	pelos	pais	ou	
qualquer	deles	e	seus	descendentes.	(Vide	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
Parágrafo	único.		Entende-se	por	família	extensa	ou	ampliada	aquela	que	se	
estende	para	além	da	unidade	pais	e	filhos	ou	da	unidade	do	casal,	formada	
por	parentes	próximos	com	os	quais	a	criança	ou	adolescente	convive	e	
mantém	vínculos	de	afinidade	e	afeTvidade.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	
2009)	
•  Acolhimento	familiar	ou	insTtucional	
•  Reavaliação	em	6	meses	
•  Prazo	máximo	de	2	anos	
•  Prevalência	da	manutenção	ou	reintegração	na	família	
•  Lei	12.962/2014:	garanTa	de	convivência	com	o	genitor	privado	de	
liberdade,	que	também	alterou	o	art.	23,	§	2º:	
•  §	2º	A	condenação	criminal	do	pai	ou	da	mãe	não	implicará	a	desTtuição	
do	poder	familiar,	exceto	na	hipótese	de	condenação	por	crime	doloso,	
sujeito	à	pena	de	reclusão,	contra	o	próprio	filho	ou	filha.	
ECA	
•  Excepcionalidade	da	perda	ou	suspensão	do	poder	familiar	
	
Art.	22.	Aos	pais	incumbe	o	dever	de	sustento,	guarda	e	educação	dos	filhos	
menores,	cabendo-lhes	ainda,	no	interesse	destes,	a	obrigação	de	cumprir	e	fazer	
cumprir	as	determinações	judiciais.	
	
Art.	23.	A	falta	ou	a	carência	de	recursos	materiais	não	consTtui	moTvo	suficiente	
para	a	perda	ou	a	suspensão	do	poder	familiar.	(Expressão	subsTtuída	pela	Lei	nº	
12.010,	de	2009)	
§	1º	Não	exisTndo	outro	moTvo	que	por	si	só	autorize	a	decretação	da	medida,	a	
criança	ou	o	adolescente	será	manTdo	em	sua	família	de	origem,	a	qual	deverá	
obrigatoriamente	ser	incluída	em	programas	oficiais	de	auxílio.								(Incluído	pela	Lei	
nº	12.962,	de	2014)	
§	2º	A	condenação	criminal	do	pai	ou	da	mãe	não	implicará	a	desTtuição	do	poder	
familiar,	exceto	na	hipótese	de	condenação	por	crime	doloso,	sujeito	à	pena	de	
reclusão,	contra	o	próprio	filho	ou	filha.							(Incluído	pela	Lei	nº	12.962,	de	2014)	
	
Art.	24.	A	perda	e	a	suspensão	do	poder	familiar	serão	decretadas	judicialmente,	em	
procedimento	contraditório,	nos	casos	previstos	na	legislação	civil,	bem	como	na	
hipótese	de	descumprimento	injusTficado	dos	deveres	e	obrigações	a	que	alude	o	
art.	22.	
ECA	
•  Excepcionalidade	da	colocação	em	família	subsTtuta	
	
Art.	29.	Não	se	deferirá	colocação	em	família	subsTtuta	a	pessoa	
que	revele,	por	qualquer	modo,	incompaTbilidade	com	a	natureza	
da	medida	ou	não	ofereça	ambiente	familiar	adequado.	
	
Art.	30.	A	colocação	em	família	subsTtuta	não	admiTrá	
transferência	da	criança	ou	adolescente	a	terceiros	ou	a	enTdades	
governamentais	ou	não-governamentais,	sem	autorização	judicial.	
	
Art.	31.	A	colocação	em	família	subsTtuta	estrangeira	consTtui	
medida	excepcional,	somente	admissível	na	modalidade	de	adoção.	
AGRAVO	DE	INSTRUMENTO	-	AÇÃO	DE	ADOÇÃO	-	GUARDA	PROVISÓRIA	-	MENORES	RECOLHIDOS	EM	ABRIGO	HÁ	
MAIS	DE	DOIS	ANOS	-	ECA,	ART.	19,	§2º	-	INOBSERVÂNCIA	-	PERMANÊNCIA	PREJUDICIAL	AO	SEU	DESENVOLVIMENTO	
-	AFASTAMENTO	DA	FAMÍLIA	EXTENSA	HÁ	TRÊS	ANOS	-	AMBIENTE	FAMILIAR	DA	AVÓ	MATERNA	VULNERÁVEL	-	
FAMILIARES	COM	HISTÓRICO	DE	ENVOLVIMENTO	COM	DROGAS	-	CONDIÇÕES	DOS	PRETENSOS	ADOTANTES	EM	
RECEBER	AS	CRIANÇAS	-	DEMONSTRAÇÃO	-	SUSPENSÃO	DO	PROCESSO	ATÉ	JULGAMENTO	DA	AÇÃO	DE	DESTITUIÇÃO	
DO	PODER	FAMILIAR	-	DESCABIMENTO	-	RECURSO	PROVIDO.	
1.	Na	definição	da	guarda,	ainda	que	em	caráter	liminar,	o	julgador	deve	levar	em	consideração	o	princípio	do	melhor	
interesse	da	criança,	observando	as	peculiaridades	do	caso	concreto.	
2.	Gravidade	da	situação	em	que	se	encontram	os	menores,	insTtucionalizados	há	quase	três	anos,	em	
desconformidade	com	o	que	determina	do	art.	19,	§	2º,	do	ECA,	restando	demonstrado,	ainda,	que	a	permanência	no	
abrigo	tem	sido	prejudicial	ao	seu	desenvolvimento.	
3.	Infantes	afastados	da	família	extensa	há	três	anos,	rompendo-se	o	contato	com	a	avó	materna,	a	qual,	conquanto	
ciente	da	condição	dos	netos	e	do	local	onde	se	encontravam,	somente	esteve	com	eles	por	uma	vez	em	todo	este	
período.	
4.	A	preferência	que	o	ECA	determinaà	manutenção	da	criança	na	família	natural	ou	extensa,	nos	termos	de	seu	art.	
39,	§	1º,	somente	se	jusTfica	quando	há	convivência	e	vínculos	de	afinidade	e	afeTvidade,	principalmente	por	parte	
da	criança,	a	teor	da	disposição	conTda	no	art.	25,	parágrafo	único,	do	mesmo	estatuto,	quando	conceitua	a	família	
extensa	como	"aquela	que	se	estende	para	além	da	unidade	pais	e	filhos	ou	da	unidade	do	casal,	formada	por	
parentes	próximos	com	os	quais	a	criança	convive	e	mantém	vínculos	de	afinidade	e	afeTvidade”.	
5.	Ambiente	familiar	da	avó	materna	vulnerável,	com	histórico	de	filhos	e	neto	com	envolvimento	com	drogas.	
Manifesta	inadequação	do	ambiente	da	família	extensa	para	a	criaç	ão	dos	infantes.	
6.	Demonstração	de	que	os	pretensos	adotantes	têm	plenas	condições	para	acolher	as	crianças,	com	as	quais	
manTnham	convivência	através	do	sistema	de	apadrinhamento	há	aproximadamente	um	ano,	vislumbrando-se,	a	
princípio,	a	adequação	da	situação	familiar	dos	pretensos	guardiães	para	o	exercício	do	pátrio	poder.	
7.	Embora	a	desbtuição	do	poder	familiar	seja	prejudicial	à	adoção	(art.	45,	§1º,	do	ECA),	considerando	que	o	
trâmite	do	processo	envolve	diversas	medidas	precedentes	à	sentença	que	consbtui	o	vínculo	de	adoção	
propriamente	dito,	que	independem	da	efebva	desbtuição	do	poder	familiar,	a	suspensão	do	processo	mostra-se	
contrária	aos	princípios	da	economia	e	celeridade	processuais.	
8.	Recurso	provido.		(TJMG	-		Agravo	de	Instrumento-Cv		1.0338.13.008604-8/001,	Relator(a):	Des.(a)	Áurea	Brasil	,	5ª	
CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	11/09/2014,	publicação	da	súmula	em	16/09/2014)	
ECA	
•  Família	subsTtuta	(art.	28)	
•  Guarda	
•  Tutela	
•  Adoção	
•  OiTva	da	criança	(§	1º)	
•  Estágio	de	desenvolvimento	
•  Grau	de	compreensão	
•  ConsenTmento	do	maior	de	12	anos	
•  Grau	de	parentesco	e	relação	de	afinidade	ou	afeTvidade	
CIVIL.	PROCESSUAL	CIVIL.	FAMÍLIA.	DESTITUIÇÃO	DO	PÁTRIO	PODER.	
MENOR.	FAMÍLIA	SUBSTITUTA.	CASO	PECULIAR.	MIGRAÇÃO	DA	MÃE	PARA	O	SUL	
DO	BRASIL	EM	BUSCA	DE	MELHORES	CONDIÇÕES.	MAUS-TRATOS	E	SITUAÇÃO	DE	
RISCO.	CONFIRMAÇÃO.	PRETENSÃO	DE	ATRIBUIÇÃO	DA	GUARDA	À	AVÓ	MATERNA.	
	INEXISTÊNCIA	DE	VÍNCULO	COM	A	FAMÍLIA	ESTENDIDA	(AVÓS,	TIOS	E	PRIMOS).	
ADOÇÃO	CONCLUÍDA.	PREVALÊNCIA	DO	INTERESSE	DO	MENOR.	
ESTABILIDADE	NA	CRIAÇÃO	E	FORMAÇÃO.	NECESSIDADE.	RECURSO	ESPECIAL	
DESPROVIDO.	
	Na	hipótese	em	que	a	genitora	deixa	a	casa	dos	pais	e	migra	para	o	sul	do	país	em	
busca	de	melhores	condições,	optando	por	levar	consigo	filha	menor,	cumpre-lhe	
proteger	a	criança	e	dela	cuidar,	garanTndo-lhe	sustento,	guarda,	companhia	e	
educação	em	ambiente	livre	da	presença	de	pessoas	dependentes	de	substâncias	
entorpecentes	(ConsTtuição	Federal	e	Estatuto	da	Criança	e	Adolescente).	
	Se	não	há	controvérsia	sobre	o	fato	de	a	menor	ter	sido	víTma	de	negligência	e	de	
maus-tratos	e	encontrar-se	em	situação	de	risco,	desTtui-se	o	pátrio	poder.	
	Estando	a	criança	em	situação	de	risco	e	não	subsisTndo	nenhum	vínculo	afeTvo	
entre	ela	e	a	família	de	origem,	prevalece	o	interesse	da	menor,	que	deve	ser	
inserida	em	família	subsTtuta,	sobretudo	quando	há	no…cia	de	que	o	processo	de	
adoção	já	foi	concluído.	
	Recurso	especial	desprovido.	
(REsp	1422929/SC,	Rel.	Ministra	NANCY	ANDRIGHI,	Rel.	p/	Acórdão	Ministro	JOÃO	
OTÁVIO	DE	NORONHA,	TERCEIRA	TURMA,	julgado	em	24/04/2014,	DJe	
12/08/2014)	
ECA	
•  Preservação	dos	vínculos	fraternais	
§	4º		Os	grupos	de	irmãos	serão	colocados	sob	adoção,	tutela	ou	
guarda	da	mesma	família	subsTtuta,	ressalvada	a	comprovada	
existência	de	risco	de	abuso	ou	outra	situação	que	jusTfique	
plenamente	a	excepcionalidade	de	solução	diversa,	procurando-se,	
em	qualquer	caso,	evitar	o	rompimento	definiTvo	dos	vínculos	
fraternais.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
	
•  Preservação	dos	vínculos	étnicos	(idenTdade	social	e	cultural)	
•  Quilombolas	
•  Indígenas	
	
ECA	
•  Guarda	(art.	33)	
•  Assistência	material,	moral	e	educacional	
•  Regularizar	posse	de	fato	
•  Incidental	em	tutela	ou	adoção	
•  Autonomia	excepcional:	§	2º	Excepcionalmente,	deferir-se-á	a	
guarda,	fora	dos	casos	de	tutela	e	adoção,	para	atender	a	situações	
peculiares	ou	suprir	a	falta	eventual	dos	pais	ou	responsável,	
podendo	ser	deferido	o	direito	de	representação	para	a	práTca	de	
atos	determinados.	
•  Convivência	com	o	poder	familiar:	§	4ºß		Salvo	expressa	e	
fundamentada	determinação	em	contrário,	da	autoridade	judiciária	
competente,	ou	quando	a	medida	for	aplicada	em	preparação	para	
adoção,	o	deferimento	da	guarda	de	criança	ou	adolescente	a	
terceiros	não	impede	o	exercício	do	direito	de	visitas	pelos	pais,	
assim	como	o	dever	de	prestar	alimentos,	que	serão	objeto	de	
regulamentação	específica,	a	pedido	do	interessado	ou	do	Ministério	
Público.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
EMENTA:	DIREITO	CIVIL	-	GUARDA	DE	MENOR	-	AÇÃO	AJUIZADA	PELA	TIA	MATERNA	-	GENITOR	
PRESENTE	-	AUSÊNCIA	DE	SITUAÇÃO	IRREGULAR	OU	DE	RISCO	-	IMPROCEDÊNCIA	DO	PEDIDO.	
-	A	guarda	encontra-se	disciplinada	pelo	art.	33,	do	Estatuto	da	Criança	e	do	Adolescente,	o	qual	
prevê	que	a	sua	concessão,	fora	dos	casos	de	tutela	e	adoção,	é	medida	excepcional.	
-	Estando	a	criança	em	convivência	con…nua	com	ao	menos	um	dos	pais	biológicos	e	não	havendo	
qualquer	situação	irregular	ou	de	risco,	não	deve	ser	deferida	a	guarda	da	menor	à	Ta.	
-	Os	parentes	próximos	podem	auxiliar	e	conviver	com	a	criança	sem	que	seja	necessária	a	
modificação	da	guarda.	
-	Recurso	provido.	
V.v.	DIREITO	DE	FAMÍLIA.	APELAÇÃO	CÍVEL.	AÇÃO	DE	GUARDA.	GUARDA	DE	FATO	EXERCIDA	PELA	TIA	
MATERNA	DESDE	O	FALECIMENTO	DA	GENITORA	DA	CRIANÇA.	MANIFESTAÇÃO	DE	VONTADE	DA	
MENOR	EM	PERMANECER	SOB	OS	CUIDADOS	DA	FAMÍLIA	MATERNA.	SUPREMACIA	DO	INTERESSE	
DA	MENOR.	MANUTENÇÃO	DA	SITUAÇÃO	FÁTICA.	SENTENÇA	CONFIRMADA.	
-	A	custódia	da	criança	deve	ser	deferida	a	quem	ofereça	melhores	condições	para	educá-la	e	criá-la,	
proporcionando	segurança,	saúde,	educação,	afeto,	dentre	outros	interesses	primordiais	para	o	seu	
completo	desenvolvimento.	
-	Diante	do	conflito	instalado	entre	o	genitor	e	a	ba	materna,	quem	possui	a	guarda	de	fato	da	
menor,	há	que	prevalecer	o	interesse	da	infante,	afastando-a	de	situações	conflitantes.	
-	A	transferência	da	guarda	a	terceiro	é	medida	excepcional	(art.	33,	§2º,	ECA),	mas	deve-se	analisar	
se	será	benéfica	à	menor	e	se	a	deixará	em	situação	mais	favorável	do	que	se	esTvesse	sob	a	guarda	
dos	pais,	Ttulares	do	poder	familiar.	
-	Em	que	pese	o	vínculo	afeTvo	entre	pai	e	filha,	a	menor	desde	o	óbito	de	sua	genitora	permaneceu	
sob	os	cuidados	de	sua	Ta	materna,	manifestando	o	seu	interesse	em	conTnuar	sob	os	seus	
cuidados.	
-	Constatado	pelos	estudos	sociais	que	a	criança,	na	companhia	da	família	materna,	tem	toda	a	
assistência	espiritual,	material	e	moral,	não	se	jusTfica	que	se	lhe	subtraia	o	direito	a	tais	
prerrogaTvas.	
-	Recomendável	preservar	o	status	quo	quando	não	há	moTvos	relevantes	para	sua	alteração.	
-	Recurso	não	provido.		(TJMG	-		Apelação	Cível		1.0480.13.011258-8/001,	Relator(a):	Des.(a)	Heloisa	
Combat	,	Relator(a)	para	o	acórdão:	Des.(a)	Ana	Paula	Caixeta	,	4ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	
17/10/2014,	publicação	da	súmula	em	22/10/2014)	
DIREITO	CIVIL	-	GUARDA	DE	MENOR	-	AÇÃO	AJUIZADA	PELA	AVÓ	PATERNA	-	
GENITOR	PRESENTE	-	AUSÊNCIA	DE	SITUAÇÃO	IRREGULAR	OU	DE	RISCO	-	
IMPROCEDÊNCIA	DO	PEDIDO.	
-	A	guarda	encontra-se	disciplinada	pelo	art.	33,	do	Estatuto	da	Criança	e	do	
Adolescente,	o	qual	prevê	que	a	sua	concessão,	fora	dos	casos	de	tutela	e	adoção,	
é	medida	excepcional.	
-	Estando	a	criança	em	convivência	con…nua	com,	ao	menos,	um	dos	pais	
biológicos	e	não	havendo	qualquer	situação	irregular	ou	de	risco,	não	deve	ser	
deferida	a	guarda	do	menor	à	avó.	
-	A	avó	paterna	pode	auxiliar	sua	neta	materialmente	sem	que	seja	necessária	a	
modificação	da	guarda.	
V.v.	AÇÃO	DE	GUARDA	-	PEDIDO	FORMULADO	PELA	AVÓ	PATERNA	QUE	PRESTA	
ASSISTÊNCIA	MATERIAL	E	AFETIVA	ÀCRIANÇA	-	INTERESSE	DO	MENOR	-	
CONCORDÂNCIA	DOS	PAIS	–	POSSIBILIDADE.	
-	Deve-se	deferir	à	avó	a	guarda	da	menor,	que	com	ela	já	reside	e	a	quem	presta	
integral	assistência	material,	moral,	educacional	e	afeTva,	mormente	quando	
evidenciada	a	impossibilidade	dos	pais	de	suprir	as	necessidades	básicas	da	
criança,	asseguradas	no	texto	consTtucional	(arTgo	227).	
-	O	arTgo	33,	§2º,	da	Lei	8069/9,	autoriza	a	concessão	da	guarda	em	situação	
peculiar,	estranha	à	tutela	e	à	adoção,	em	que	essa	medida	se	mostra	necessária	
para	assegurar	a	criação,	o	sustento	e	o	bem	estar	do	menor.		(TJMG	-		Apelação	
Cível		1.0024.12.173892-6/001,	Relator(a):	Des.(a)	Heloisa	Combat	,	Relator(a)	para	
o	acórdão:	Des.(a)	Ana	Paula	Caixeta	,	4ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	
03/07/2014,	publicação	da	súmula	em	11/07/2014)	
AÇÃO	DE	GUARDA	-	PEDIDO	FORMULADO	PELA	AVÓ	PATERNA	
QUE	PRESTA	ASSISTÊNCIA	MATERIAL	E	AFETIVA	À	INFANTE	-	
MELHOR	INTERESSE	DA	CRIANÇA	–	POSSIBILIDADE.	
-	Deve-se	deferir	à	avó	a	guarda	da	menor,	que	com	ela	já	
reside,	e	a	quem	presta	integral	assistência	material,	moral,	
educacional	e	afebva,	mormente	quando	evidenciada	a	
impossibilidade	dos	pais	de	suprir	as	necessidades	básicas	da	
criança,	asseguradas	no	texto	consbtucional,	em	seu	arbgo	
227.	
-	O	arTgo	33,	§2º,	da	Lei	8.069/90,	autoriza	a	concessão	da	
guarda	em	situação	peculiar,	estranha	à	tutela	e	à	adoção,	em	
que	essa	medida	se	mostre	necessária	para	assegurar	a	criação,	
o	sustento	e	o	bem	estar	da	menor.	
-	Recurso	provido.		(TJMG	-		Agravo	de	Instrumento-Cv		
1.0024.14.042186-8/001,	Relator(a):	Des.(a)	Heloisa	Combat	,	4ª	
CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	28/08/2014,	publicação	da	
súmula	em	03/09/2014)	
APELAÇÃO	CÍVEL	-	PEDIDO	DE	GUARDA	-	MENOR	-	GUARDA	DE	FATO	
COM	TERCEIROS	-	SITUAÇÃO	PECULIAR	PREVISTA	NO	ECA	-	ESTUDO	
SOCIAL	FAVORÁVEL	-	PRESERVAÇÃO	DO	INTERESSE	DA	MENOR	-	
RECURSO	PROVIDO.	
-	Deve	ser	deferida	aos	requerentes	a	guarda	de	menor,	que	com	eles	
já	reside	e	a	quem	prestam	assistência	material,	moral,	educacional	e	
afeTva,	mormente	quando	evidenciado	o	consenTmento	da	genitora	
e,	porquanto	verificada	sua	impossibilidade	de	suprir	as	necessidades	
básicas	da	criança,	asseguradas	no	texto	consTtucional	(arTgo	227).	
-	A	guarda,	em	situação	peculiar,	estranha	à	tutela	e	à	adoção,	é	
assegurada	pelo	arTgo	33,	§2º,	da	Lei	8069/90.	E,	uma	vez	que	essa	
medida	se	mostra	necessária	para	assegurar	a	criação,	o	sustento	e	o	
bem	estar	da	menor,	que	se	encontra	sob	os	cuidados	e	na	companhia	
do	casal	desde	os	primeiros	meses	de	vida,	em	ambiente	sadio	e	
adequado	ao	seu	bom	desenvolvimento,	deve	a	sentença	primeva	ser	
reformada,	com	a	consequente	procedência	do	pedido.		(TJMG	-		
Apelação	Cível		1.0319.11.003666-6/001,	Relator(a):	Des.(a)	Hilda	
Teixeira	da	Costa	,	2ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	18/02/2014,	
publicação	da	súmula	em	06/03/2014)	
ECA	
•  Acolhimento	familiar	
Art.	34.		O	poder	público	esTmulará,	por	meio	de	assistência	
jurídica,	incenTvos	fiscais	e	subsídios,	o	acolhimento,	sob	a	forma	
de	guarda,	de	criança	ou	adolescente	afastado	do	convívio	familiar.	
(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
§	1º		A	inclusão	da	criança	ou	adolescente	em	programas	de	
acolhimento	familiar	terá	preferência	a	seu	acolhimento	
insTtucional,	observado,	em	qualquer	caso,	o	caráter	temporário	e	
excepcional	da	medida,	nos	termos	desta	Lei.	(Incluído	pela	Lei	nº	
12.010,	de	2009)	
§	2º		Na	hipótese	do	§	1o	deste	arTgo	a	pessoa	ou	casal	cadastrado	
no	programa	de	acolhimento	familiar	poderá	receber	a	criança	ou	
adolescente	mediante	guarda,	observado	o	disposto	nos	arts.	28	a	
33	desta	Lei.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
Ação	de	desTtuição	do	poder	familiar	cumulada	com	adoção	-	
Guarda	provisória	-	Abrigamento	insTtucional	-	Interesse	do	
menor	-	Tutela	antecipada	-	Requisitos	do	art.	273	do	Código	de	
Processo	Civil	-	Comprovação	-	Agravo	a	que	se	dá	provimento.	
1)	Nos	termos	do	arTgo	34,	§	1º,	do	Estatuto	da	Criança	e	do	
Adolescente,	a	guarda	familiar	deve	preferir	à	guarda	
insTtucional,	vez	que	o	acolhimento	em	ambiente	domésTco	é	
mais	benéfico	à	criança	durante	a	sua	primeira	formação.	
2)	Comprovados	os	requisitos	do	arTgo	273	do	Código	de	
Processo	Civil,	deve	concedida	a	antecipação	da	tutela.	
AGRAVO	DE	INSTRUMENTO	1.0079.14.003555-5/001	-	
COMARCA	DE	CONTAGEM	-	VARA	DE	MENORES	-	
AGRAVANTE(S):	R.C.O.	E	M.M.B.O.	-	AGRAVADO(A)(S):	L.F.S.		
(TJMG	-		Agravo	de	Instrumento-Cv		1.0079.14.003555-5/001,	
Relator(a):	Des.(a)	Marcelo	Rodrigues	,	2ª	CÂMARA	CÍVEL,	
julgamento	em	01/04/2014,	publicação	da	súmula	em	
03/04/2014)	
ECA	
•  Tutela	(art.	36)	
Parágrafo	único.	O	deferimento	da	tutela	pressupõe	a	prévia	
decretação	da	perda	ou	suspensão	do	poder	familiar	e	implica	
necessariamente	o	dever	de	guarda.	
ECA	
•  Adoção	(art.	39)	
•  Excepcionalidade	e	irrevogabilidade	(§	1º)	
•  Vedação	à	realização	do	procedimento	por	procuração	(§	2º)	
•  Idade	do	adotando	à	competência	
•  Atribuição	da	condição	de	filho	
•  Desliga	vínculos	com	parentes	
•  Adoção	unilateral	
•  Adoção	unilateral	post	mortem	
•  Impedimentos	matrimoniais	
APELAÇÃO	CÍVEL	-	AÇÃO	CIVIL	PÚBLICA	-	INDENIZAÇÃO	-	DANO	MATERIAL	E	MORAL	-	ADOÇÃO	-	DESISTÊNCIA	PELOS	
PAIS	ADOTIVOS	-	PRESTAÇÃO	DE	OBRIGAÇÃO	ALIMENTAR	-	INEXISTÊNCIA	-	DANO	MORAL	NÃO	CONFIGURADO	-	
RECURSO	NÃO	PROVIDO.	
-	Inexiste	vedação	legal	para	que	os	futuros	pais	desistam	da	adoção	quando	esbverem	com	a	guarda	da	criança.	
-	O	ato	de	adoção	somente	se	realiza	e	produz	efeitos	a	parTr	da	sentença	judicial,	conforme	previsão	dos	arts.	47	e	
199-A,	do	Estatuto	da	Criança	e	do	Adolescente.	Antes	da	sentença,	não	há	lei	que	imponha	obrigação	alimentar	aos	
apelados,	que	não	concluíram	o	processo	de	adoção	da	criança.	
-	A	própria	lei	prevê	a	possibilidade	de	desistência,	no	decorrer	do	processo	de	adoção,	ao	criar	a	figura	do	estágio	
de	convivência.	
-	InexisTndo	prejuízo	à	integridade	psicológica	do	indivíduo,	que	interfira	intensamente	no	seu	comportamento	
psicológico	causando	aflição	e	desequilíbrio	em	seu	bem	estar,	indefere-se	o	pedido	de	indenização	por	danos	morais.	
V.V.P.	
EMENTA:	AÇÃO	CIVIL	PÚBLICA	-	INDENIZAÇÃO	-	DANO	MATERIAL	E	MORAL	-	ADOÇÃO	-	DESISTÊNCIA	DE	FORMA	
IMPRUDENTE	PELOS	PAIS	ADOTIVOS	-	PRESTAÇÃO	DE	OBRIGAÇÃO	ALIMENTAR	DEFERIDA	-	DANO	MORAL	NÃO	
CONFIGURADO	-	RECURSO	PARCIALMENTE	PROVIDO.	
-	A	adoção	tem	de	ser	vista	com	mais	seriedade	pelas	pessoas	que	se	dispõe	a	tal	ato,	devendo	estas	ter	consciência	e	
aTtude	de	verdadeiros	"pais",	que	pressupõe	a	vontade	de	enfrentar	as	dificuldades	e	condições	adversas	que	
aparecerem	em	prol	da	criança	adotada,	assumindo-a	de	forma	incondicional	como	filho,	a	fim	de	seja	construído	e	
fortalecido	o	vínculo	filial.	
-	Inexiste	vedação	legal	para	que	os	futuros	pais	desistam	da	adoção	quando	esTverem	com	a	guarda	da	criança.	
Contudo,	cada	caso	deverá	ser	analisado	com	as	suas	parTcularidades,	com	vistas	a	não	se	promover	a	"coisificação"	
do	processo	de	guarda.	
-	O	ato	ilícito,	que	gera	o	direito	a	reparação,	decorre	do	fato	de	que	os	re	queridos	buscaram	voluntariamente	o	
processo	de	adoção	do	menor,	deixando	expressamente	a	vontade	de	adotá-lo,	obtendo	sua	guarda	durante	um	
lapso	de	tempo	razoável,	e,	simplesmente,	resolveram	devolver	imoTvadamente	a	criança,	de	forma	imprudente,	
rompendo	de	forma	brusca	o	vínculo	familiar	que	expuseram	o	menor,	o	que	implica	no	abandono	de	um	ser	
humano.	Assim,	considerando	o	dano	decorrente	da	assistência	material	ceifada	do	menor,	defere-se	o	pedido	de	
condenação	dos	requeridos	ao	pagamento	de	obrigação	alimentar	ao	menor,	enquanto	viver,	em	razão	da	doença	
irreversível	que	o	acomete.	
-	InexisTndo	prejuízo	à	integridade	psicológica	do	indivíduo,	que	interfira	intensamente	no	seu	comportamento	
psicológico	causando	aflição	e	desequilíbrio	em	seu	bem	estar,	por	não	ter	o	menor	capacidade	cogniTva	neurológica	
de	percebera	situação	na	qual	se	encontra,	indefere-se	o	pedido	de	indenização	por	danos	morais.(Desª	Hilda	
Teixeira	da	Costa)	
Ação	civil	pública	-	Ministério	Público	-	Legibmidade	abva	-	Processo	de	adoção	-	Desistência	-	Devolução	da	criança	
após	significabvo	lapso	temporal	-	Indenização	por	dano	moral	-	Ato	ilícito	configurado	-	Cabimento	-	Obrigação	
alimentar	-	Indeferimento	-	Nova	guarda	provisória	-	Recurso	ao	qual	se	dá	parcial	provimento.	(Des.	Marcelo	
Rodrigues)		(TJMG	-		Apelação	Cível		1.0481.12.000289-6/002,	Relator(a):	Des.(a)	Hilda	Teixeira	da	Costa	,	2ª	CÂMARA	
CÍVEL,	julgamento	em	12/08/2014,	publicação	da	súmula	em	25/08/2014)	
AÇÃO	CIVIL	PÚBLICA	-	I.	ADOÇÃO	-	GUARDA	PROVISÓRIA	-	DESISTÊNCIA	
DA	ADOÇÃO	DE	FORMA	IMPRUDENTE	-	DESCUMPRIMENTO	DAS	
DISPOSIÇÕES	DO	ART.	33	DO	ECA	-	REVITIMIZAÇÃO	DA	CRIANÇA	-	
REJEIÇÃO	-	SEGREGAÇÃO	-	DANOS	MORAIS	CONSTATADOS	-	ART.	186	C/C	
ART.	927	DO	CÓDIGO	CIVIL	-	REPARAÇÃO	DEVIDA	-	AÇÃO	PROCEDENTE	-	
II.	QUANTUM	INDENIZATÓRIO	-	RECURSOS	PARCOS	DOS	REQUERIDOS	-	
CONDENAÇÃO	INEXEQUÍVEL	-	MINORAÇÃO	-	SENTENÇA	PARCIALMENTE	
REFORMADA.	
-	A	inovadora	pretensão	do	Ministério	Público,	de	buscar	o	ressarcimento	
civil	com	a	condenação	por	danos	morais	daqueles	que	desisTram	do	
processo	de	adoção,	que	estava	em	fase	de	guarda,	de	forma	abrupta	e	
causando	sérios	prejuízos	à	criança,	encontra	guarida	em	nosso	direito	
pátrio,	precisamente	nos	art.	186	c/c	arts.	187	e	927	do	Código	Civil.	
-	O	ilícito	que	gerou	a	reparação	não	foi	o	ato	em	si	de	desisTr	da	adoção	
da	criança,	mas	o	modus	operandi,	a	forma	irresponsável	que	os	
requeridos	realizaram	o	ato,	em	clara	afronta	aos	direitos	fundamentais	
da	criança,	bem	como	ao	que	está	disposto	no	art.	33	do	Estatuto	da	
Criança	e	do	Adolescente.	Assim,	pode	haver	outra	situação	em	que	a	
desistência	da	adoção	não	gere	danos	morais	à	criança,	no	entanto,	não	é	
este	o	caso	dos	autos.		(TJMG	-		Apelação	Cível		1.0702.09.567849-7/002,	
Relator(a):	Des.(a)	Vanessa	Verdolim	Hudson	Andrade	,	1ª	CÂMARA	CÍVEL,	
julgamento	em	15/04/2014,	publicação	da	súmula	em	23/04/2014)	
APELAÇÃO.	AÇÃO	DE	COBRANÇA.	SEGURO	OBRIGATÓRIO.	DPVAT.	
LEGITIMIDADE	ATIVA.	INTERESSE	DE	AGIR.	PEDIDO	ADMINISTRATIVO.	
VALOR	DA	INDENIZAÇÃO.	CORREÇÃO	MONETÁRIA.	EXPURGOS.	
-	Considerando	que	o	desligamento	do	vínculo	de	parentesco	do	Autor	
com	sua	mãe	biológica	em	razão	de	sua	adoção	(art.	41	do	ECA)	
ocorreu	após	o	sinistro,	este	detém	legiTmidade	para	pleitear	
indenização	do	seguro	obrigatório.	
-	Não	consTtui	fato	impediTvo	para	a	propositura	da	ação	de	cobrança	
de	seguro	obrigatório	-	DPVAT	o	fato	de	não	ter	a	parte	formulado	
pedido	administraTvo	de	pagamento	perante	a	seguradora.	Tal	óbice	
violaria	a	garanTa	consTtucional	de	amplo	acesso	ao	Poder	Judiciário.	
-	Tendo	o	sinistro	ocorrido	na	vigência	da	Lei	6.194/74,	antes	das	
modificações	empreendidas	pela	Lei	8.441/92,	a	indenização	deve	ter	
como	base	de	cálculo	o	salário	mínimo	vigente	à	época	do	evento	
danoso.	
-	Na	esteira	da	jurisprudência	pacífica	deste	egrégio	Tribunal	e	do	
Superior	Tribunal	de	JusTça,	como	imperaTvo	econômico,	jurídico	e	
éTco	para	coibir	o	enriquecimento	sem	causa,	impõe-se	a	correta	
apuração	da	correção	monetária	de	maneira	que	também	incidam	no	
cálculo	os	expurgos	inflacionários	relaTvos	aos	planos	econômicos.		
(TJMG	-		Apelação	Cível		1.0687.10.003793-0/001,	Relator(a):	Des.(a)	
Cláudia	Maia	,	13ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	27/02/2014,	
publicação	da	súmula	em	12/03/2014)	
ECA	
•  Não	podem	adotar	(art.	42)	
•  Menores	de	18	anos	
•  Ascendentes	ou	irmãos	do	adotado	
•  Irrelevância	do	estado	civil	ou	orientação	sexual	
CIVIL.	PROCESSUAL	CIVIL.	RECURSO	ESPECIAL.	UNIÃO	HOMOAFETIVA.	PEDIDO	DE	ADOÇÃO	UNILATERAL.	POSSIBILIDADE.		ANÁLISE	SOBRE	A	
EXISTÊNCIA	DE	VANTAGENS	PARA	A	ADOTANDA.	
I.	Recurso	especial	calcado	em		pedido	de	adoção	unilateral	de	menor,	deduzido	pela	companheira	da	mãe	biológica	da	adotanda,	no	qual		se	
afirma	que	a	criança	é	fruto	de	planejamento	do	casal,	que	já	vivia	em	união	estável,	e	acordaram	na	inseminação	arTficial	heteróloga,	por	
doador	desconhecido,	em		C.C.V.	
II.	Debate	que	tem	raiz	em	pedido	de	adoção	unilateral		-	que	ocorre	dentro	de	uma	relação	familiar	qualquer,	onde	preexista	um	vínculo	
biológico,	e	o	adotante	queira	se	somar	ao	ascendente	biológico	nos	cuidados	com	a	criança	-,	mas	que	se	aplica	também	à	adoção	conjunta	-	
onde	não	existe	nenhum	vínculo	biológico	entre	os	adotantes	e	o	adotado.	
III.A	plena	equiparação	das	uniões	estáveis	homoafeTvas,	às	uniões	estáveis	heteroafeTvas,	afirmada	pelo	STF	(ADI	4277/DF,	Rel.	Min.	
Ayres	BriŒo),	trouxe	como	corolário,	a	extensão	automáTca	àquelas,	das	prerrogaTvas	já	outorgadas	aos	companheiros	dentro	de	uma	união	
estável	tradicional,	o	que	torna	o	pedido	de	adoção	por	casal	homoafeTvo,		legalmente	viável.	
IV.	Se	determinada	situação	é	possível	ao	extrato	heterossexual	da	população	brasileira,	também	o	é	à	fração	homossexual,	assexual	ou	
transexual,	e	todos	os	demais	grupos	representaTvos	de	minorias	de	qualquer	natureza	que	são	abraçados,	em	igualdade	de	condições,	pelos	
mesmos	direitos	e	se	submetem,	de	igual	forma,	às	restrições	ou	exigências	da	mesma	lei,	que	deve,	em	homenagem	ao	princípio	da	
igualdade,	resguardar-se	de	quaisquer	conteúdos	discriminatórios.	
V.	Apesar	de	evidente	a	possibilidade	jurídica	do	pedido,	o	pedido	de	adoção	ainda	se	submete	à		norma-princípio	fixada	no	art.		43	do	ECA,	
segundo	a	qual	"a	adoção	será	deferida	quando	apresentar	reais	vantagens	para	o	adotando".	
VI.	Estudos	feitos	no	âmbito	da	Psicologia	afirmam	que	pesquisas	"(...)têm	demonstrado	que	os	filhos	de	pais	ou	mães	homossexuais	não	
apresentam	compromeTmento	e	problemas	em	seu	desenvolvimento	psicossocial	quando	comparados	com	filhos	de	pais	e	mães	
heterossexuais.	O	ambiente	familiar	sustentado	pelas	famílias	homo	e	heterossexuais	para	o	bom	desenvolvimento	psicossocial	das	crianças	
parece	ser	o	mesmo".	(FARIAS,	Mariana	de	Oliveira	e	MAIA,	Ana	Cláudia	Bortolozzi	in:	Adoção	por	homossexuais:	a	família	homoparental	sob	
o	olhar	da	Psicologia	jurídica.	CuriTba:	Juruá,	2009,	pp.75/76).	
VII.	O	avanço	na	percepção	e	alcance	dos	direitos	da	personalidade,	em	linha	inclusiva,	que	equipara,	em	status	jurídico,	grupos	minoritários	
como	os	de	orientação	homoafeTva	-	ou	aqueles	que	têm	disforia	de	gênero	-	aos	heterossexuais,	traz	como	corolário	necessário	a	
adequação	de	todo	o	ordenamento	infraconsTtucional	para	possibilitar,	de	um	lado,	o	mais	amplo	sistema	de	proteção	ao	menor	-	aqui	
traduzido	pela	ampliação	do	leque	de	possibilidades	à	adoção	-	e,	de	outro,	a	exTrpação	dos	úlTmos	resquícios	de	preconceito	jurídico	-	
Trado	da	conclusão	de	que	casais	homoafeTvos	gozam	dos	mesmos	direitos	e	deveres	daqueles	heteroafeTvos.	
VII.	A	confluência	de	elementos	tecnicos	e	fáTcos,	Trados	da	i)	óbvia	cidadania	integral	dos	adotantes;	ii)	da	ausência	de	prejuízo	comprovado	
para	os	adotados	e;	iii)	da	evidente	necessidade	de	se	aumentar,	e	não	restringir,	a	base	daqueles	que	desejam	adotar,	em	virtude	da	
existência	de	milhares	de	crianças	que	longe	de	quererem	discuTr	a	orientação	sexual	de	seus	pais,	anseiam	apenas	por	um	lar,	reafirmam	o	
posicionamento	adotado	pelo	Tribunal	de	origem,	quanto	à	possibilidade	jurídica	e	conveniência	do	deferimento	do	pleito	de	adoção	
unilateral.	
Recurso	especial	NÃO	PROVIDO.	
(REsp	1281093/SP,	Rel.	Ministra	NANCY	ANDRIGHI,	TERCEIRA	TURMA,	julgado	em	18/12/2012,	DJe	04/02/2013)	
ESTATUTO	DA	CRIANÇA	E	DO	ADOLESCENTE.	RECURSO	ESPECIAL.	AÇÃO	DE	ADOÇÃO	C/C	
DESTITUIÇÃO	DO	PODER	FAMILIAR	MOVIDA	PELOS	ASCENDENTES	QUE	JÁ	EXERCIAM	A	
PATERNIDADE	SOCIOAFETIVA.	SENTENÇA	E	ACÓRDÃO	ESTADUAL	PELA	PROCEDÊNCIA	DO	PEDIDO.	
MÃE	BIOLÓGICA	ADOTADA	AOS	OITO	ANOS	DE	IDADE	GRÁVIDA	DO	ADOTANDO.	ALEGAÇÃO	DE	
NEGATIVA	DE	VIGÊNCIA	AO	ART.	535	DO	CPC.	AUSÊNCIA	DE	OMISSÃO,	OBSCURIDADE	OU	
CONTRADIÇÃO	NO	ACÓRDÃO	RECORRIDO.	SUPOSTA	VIOLAÇÃO	DOS	ARTS.	39,	§	1º,	41,	CAPUT,	42,§§	1º	E	43,	TODOS	DA	LEI	N.º	8.069/90,	BEM	COMO	DO	ART.	267,	VI,	DO	CÓDIGO	DE	PROCESSO	
CIVIL.	INEXISTÊNCIA.	DISCUSSÃO	CENTRADA	NA	VEDAÇÃO	CONSTANTE	DO	ART.	42,	§	1º,	DO	ECA.		
COMANDO	QUE	NÃO	MERECE	APLICAÇÃO	POR	DESCUIDAR	DA	REALIDADE	FÁTICA	DOS	AUTOS.	
PREVALÊNCIA	DOS	PRINCÍPIOS	DA	PROTEÇÃO	INTEGRAL	E	DA	GARANTIA	DO	MELHOR	INTERESSE	DO	
MENOR.	ART.	6º	DO	ECA.	INCIDÊNCIA.	
INTERPRETAÇÃO	DA	NORMA	FEITA	PELO	JUIZ	NO	CASO	CONCRETO.	POSSIBILIDADE.	ADOÇÃO	
MANTIDA.	RECURSO	IMPROVIDO.	
1.	Ausentes	os	vícios	do	art.	535,	do	CPC,	rejeitam-se	os	embargos	de	declaração.	
2.	As	estruturas	familiares	estão	em	constante	mutação	e	para	se	lidar	com	elas	não	bastam	somente	
as	leis.	É	necessário	buscar	subsídios	em	diversas	áreas,	levando-se	em	conta	aspectos	individuais	de	
cada	situação	e	os	direitos	de	3ª	Geração.	
3.	Pais	que	adotaram	uma	criança	de	oito	anos	de	idade,	já	grávida,	em	razão	de	abuso	sexual	sofrido	
e,	por	sua	tenríssima	idade	de	mãe,	passaram	a	exercer	a	paternidade	socioafeTva	de	fato	do	filho	
dela,	nascido	quando	contava	apenas	9	anos	de	idade.	
4.	A	vedação	da	adoção	de	descendente	por	ascendente,	prevista	no	art.	42,	§	1º,	do	ECA,	visou	
evitar	que	o	insTtuto	fosse	indevidamente	uTlizado	com	intuitos	meramente	patrimoniais	ou	
assistenciais,	bem	como	buscou	proteger	o	adotando	em	relação	a	eventual	"confusão	mental	e	
patrimonial"	decorrente	da	"transformação"	dos	avós	em	pais.	
5.	Realidade	diversa	do	quadro	dos	autos,	porque	os	avós	sempre	exerceram	e	ainda	exercem	a	
função	de	pais	do	menor,	caracterizando	…pica	filiação	socioafeTva.	
6.	Observância	do	art.	6º	do	ECA:	na	interpretação	desta	Lei	levar-se-ão	em	conta	os	fins	sociais	a	
que	ela	se	dirige,	as	exigências	do	bem	comum,	os	direitos	e	deveres	individuais	e	coleTvos,	e	a	
condição	peculiar	da	criança	e	do	adolescente	como	pessoas	em	desenvolvimento.	
7.	Recurso	especial	não	provido.	
(REsp	1448969/SC,	Rel.	Ministro	MOURA	RIBEIRO,	TERCEIRA	TURMA,	julgado	em	21/10/2014,	DJe	
03/11/2014)	
ECA	
•  ConsenTmento	(art.	45)	
•  Pais	ou	representantes	legais	
•  Dispensa	se	desconhecidos	ou	desTtuídos	do	poder	familiar	
•  Maior	de	12	anos	
•  Estágio	de	convivência	(art.	46)	
•  Período	a	ser	fixado	
•  Arrependimento?	
•  Dispensa	em	caso	de	guarda	legal	ou	tutela	
•  Estrangeiros	
•  Eficácia	consTtuTva	da	sentença	(art.	47)	
•  Sigilo	
•  Adoção	e	verdade	–	Walter	Moraes	
•  Adoção	post	mortem	(art.	42,	§	6º)	
•  Novo	assento	de	nascimento	
•  Alteração	do	sobrenome	e,	a	pedido,	do	prenome	
•  §	9º	Terão	prioridade	de	tramitação	os	processos	de	adoção	em	
que	o	adotando	for	criança	ou	adolescente	com	deficiência	ou	
com	doença	crônica.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.955,	de	2014)	
DIREITO	CIVIL	E	PROCESSUAL	CIVIL.	ADOÇÃO	PÓSTUMA.	MANIFESTAÇÃO	
INEQUÍVOCA	DA	VONTADE	DO	ADOTANTE.	LAÇO	DE	AFETIVIDADE.	
DEMONSTRAÇÃO.	VEDADO	REVOLVIMENTO	DE	FATOS	E	PROVAS.	
1.	A	adoção	póstuma	é	albergada	pelo	direito	brasileiro,	nos	termos	do	art.	42,	§	
6º,	do	ECA,	na	hipótese	de	óbito	do	adotante,	no	curso	do	procedimento	de	
adoção,	e	a	constatação	de	que	este	manifestou,	em	vida,	de	forma	inequívoca,	
seu	desejo	de	adotar.	
2.	Para	as	adoções	post	mortem,	vigem,	como	comprovação	da	inequívoca	vontade	
do	de	cujus	em	adotar,	as	mesmas	regras	que	comprovam	a	filiação	socioafeTva:	o	
tratamento	do	adotando	como	se	filho	fosse	e	o	conhecimento	público	dessa	
condição.	
3.	Em	situações	excepcionais,	em	que	demonstrada	a	inequívoca	vontade	em	
adotar,	diante	da	longa	relação	de	afebvidade,	pode	ser	deferida	adoção	
póstuma	ainda	que	o	adotante	venha	a	falecer	antes	de	iniciado	o	processo	de	
adoção.	
4.	Se	o	Tribunal	de	origem,	ao	analisar	o	acervo	de	fatos	e	provas	existente	no	
processo,	concluiu	pela	inequívoca	ocorrência	da	manifestação	do	propósito	de	
adotar,	bem	como	pela	preexistência	de	laço	afeTvidade	a	envolver	o	adotado	e	o	
adotante,	repousa	sobre	a	questão	o	óbice	do	vedado	revolvimento	fáTco	e	
probatório	do	processo	em	sede	de	recurso	especial.	
5.	Recurso	especial	conhecido	e	não	provido.	
(REsp	1326728/RS,	Rel.	Ministra	NANCY	ANDRIGHI,	TERCEIRA	TURMA,	julgado	em	
20/08/2013,	DJe	27/02/2014)	
ECA	
•  Conhecimento	da	origem	biológica	
	
Art.	48.		O	adotado	tem	direito	de	conhecer	sua	origem	biológica,	
bem	como	de	obter	acesso	irrestrito	ao	processo	no	qual	a	medida	
foi	aplicada	e	seus	eventuais	incidentes,	após	completar	18	
(dezoito)	anos.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
Parágrafo	único.		O	acesso	ao	processo	de	adoção	poderá	ser	
também	deferido	ao	adotado	menor	de	18	(dezoito)	anos,	a	seu	
pedido,	assegurada	orientação	e	assistência	jurídica	e	psicológica.	
(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)		
DIREITO	DE	FAMÍLIA.	RECURSO	ESPECIAL.	AÇÃO	INVESTIGATÓRIA	DE	PATERNIDADE	E	MATERNIDADE	
AJUIZADA	PELA	FILHA.	OCORRÊNCIA	DA	CHAMADA	"ADOÇÃO	À	BRASILEIRA".	ROMPIMENTO	DOS	
VÍNCULOS	CIVIS	DECORRENTES	DA	FILIAÇÃO	BIOLÓGICA.	NÃO	OCORRÊNCIA.	PATERNIDADE	E	
MATERNIDADE	RECONHECIDOS.	
1.	A	tese	segundo	a	qual	a	paternidade	socioafeTva	sempre	prevalece	sobre	a	biológica	deve	ser	
analisada	com	bastante	ponderação,	e	depende	sempre	do	exame	do	caso	concreto.	É	que,	em	
diversos	precedentes	desta	Corte,	a	prevalência	da	paternidade	socioafeTva	sobre	a	biológica	foi	
proclamada	em	um	contexto	de	ação	negatória	de	paternidade	ajuizada	pelo	pai	registral	(ou	por	
terceiros),	situação	bem	diversa	da	que	ocorre	quando	o	filho	registral	é	quem	busca	sua	
paternidade	biológica,	sobretudo	no	cenário	da	chamada	"adoção	à	brasileira".	
2.	De	fato,	é	de	prevalecer	a	paternidade	socioafeTva	sobre	a	biológica	para	garanTr	direitos	aos	
filhos,	na	esteira	do	princípio	do	melhor	interesse	da	prole,	sem	que,	necessariamente,	a	asserTva	
seja	verdadeira	quando	é	o	filho	que	busca	a	paternidade	biológica	em	detrimento	da	socioafeTva.	
No	caso	de	ser	o	filho	-	o	maior	interessado	na	manutenção	do	vínculo	civil	resultante	do	liame	
socioafeTvo	-	quem	vindica	estado	contrário	ao	que	consta	no	registro	civil,	socorre-lhe	a	existência	
de	"erro	ou	falsidade"	(art.	1.604	do	CC/02)	para	os	quais	não	contribuiu.	Afastar	a	possibilidade	de	o	
filho	pleitear	o	reconhecimento	da	paternidade	biológica,	no	caso	de	"adoção	à	brasileira",	significa	
impor-lhe	que	se	conforme	com	essa	situação	criada	à	sua	revelia	e	à	margem	da	lei.	
3.	A	paternidade	biológica	gera,	necessariamente,	uma	responsabilidade	não	evanescente	e	que	
não	se	desfaz	com	a	prábca	ilícita	da	chamada	"adoção	à	brasileira",	independentemente	da	
nobreza	dos	desígnios	que	a	mobvaram.	E,	do	mesmo	modo,	a	filiação	socioafebva	desenvolvida	
com	os	pais	registrais	não	afasta	os	direitos	da	filha	resultantes	da	filiação	biológica,	não	podendo,	
no	caso,	haver	equiparação	entre	a	adoção	regular	e	a	chamada	"adoção	à	brasileira".	
4.	Recurso	especial	provido	para	julgar	procedente	o	pedido	deduzido	pela	autora	relaTvamente	ao	
reconhecimento	da	paternidade	e	maternidade,	com	todos	os	consectários	legais,	determinando-se	
também	a	anulação	do	registro	de	nascimento	para	que	figurem	os	réus	como	pais	da	requerente.	
(REsp	1167993/RS,	Rel.	Ministro	LUIS	FELIPE	SALOMÃO,	QUARTA	TURMA,	julgado	em	18/12/2012,	
DJe	15/03/2013)	
	
ECA	
•  Cadastro	nacional	(art.	50)	
	
§	5º		Serão	criados	e	implementados	cadastros	estaduais	e	nacional	de	crianças	
e	adolescentes	em	condições	de	serem	adotados	e	de	pessoas	ou	casais	
habilitados	à	adoção.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
§	6º		Haverá	cadastros	disTntos	para	pessoas	ou	casais	residentes	fora	do	País,	
que	somente	serão	consultados	na	inexistência	de	postulantes	nacionais	
habilitados	nos	cadastros	mencionados	no	§	5o	deste	arTgo.	(Incluído	pela	Lei	
nº	12.010,	de	2009)	
	
§	10.		A	adoção	internacional	somente	será	deferida	se,	após	consulta	ao	
cadastro	de	pessoas	ou	casais	habilitados	à	adoção,	manTdo	pela	JusTça	da	
Infância	e	da	Juventude	na	comarca,	bem	como	aos	cadastros	estadual	e	
nacional	referidos	no	§5o	deste	arTgo,	não	for	encontrado	interessado	com	
residência	permanente	no	Brasil.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
	
§	11.		Enquanto	não	localizada	pessoa	ou	casal	interessado	em	sua	adoção,	a	
criança	ou	o	adolescente,	sempre	que	possível	e	recomendável,	será	colocado	
sob	guarda	de	família	cadastrada	em	programa	de	acolhimento	familiar.	
(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)		
ECA	
•  Ordem	da	fila	
§	13.		Somente	poderá	ser	deferida	adoção	em	favor	de	candidato	
domiciliado	no	Brasil	não	cadastrado	previamente	nos	termos	desta	Lei	
quando:	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
	
I	-	se	tratar	de	pedido	de	adoção	unilateral;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	
de	2009)	
	
II	-	for	formulada	por	parente	com	o	qual	a	criança	ou	adolescente	
mantenha	vínculos	de	afinidade	e	afeTvidade;	(Incluído	pela	Lei	nº	
12.010,	de	2009)	
	
III	-	oriundo	o	pedido	de	quem	detém	a	tutela	ou	guarda	legal	de	
criança	maior	de	3	(três)	anos	ou	adolescente,	desde	que	o	lapso	de	
tempo	de	convivência	comprove	a	fixação	de	laços	de	afinidade	e	
afeTvidade,	e	não	seja	constatada	a	ocorrência	de	má-fé	ou	qualquer	
das	situações	previstas	nos	arts.	237	ou	238	desta	Lei.	(Incluído	pela	Lei	
nº	12.010,	de	2009)	
CUIDA	-	Cadastro	Único	Informatizado	de	Adoção	e	Abrigo		
Art.	197-E.		Deferida	a	habilitação,	o	postulante	será	inscrito	nos	
cadastros	referidos	no	art.	50	desta	Lei,	sendo	a	sua	convocação	para	a	
adoção	feita	de	acordo	com	ordem	cronológica	de	habilitação	e	
conforme	a	disponibilidade	de	crianças	ou	adolescentes	adotáveis.	
(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
	
§	1º		A	ordem	cronológica	das	habilitações	somente	poderá	deixar	de	
ser	observada	pela	autoridade	judiciária	nas	hipóteses	previstas	no	§	
13	do	art.	50	desta	Lei,	quando	comprovado	ser	essa	a	melhor	solução	
no	interesse	do	adotando.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
	
§	2º		A	recusa	sistemáTca	na	adoção	das	crianças	ou	adolescentes	
indicados	importará	na	reavaliação	da	habilitação	concedida.	(Incluído	
pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)		
CIVIL.	FAMÍLIA.	GUARDA	PROVISÓRIA.	COMÉRCIO	DE	
MENOR.INEXISTENTE.	
FAMÍLIA	AFETIVA.	INTERESSE	SUPERIOR	DO	MENOR.	
OBSERVÂNCIA	DA	LISTA	DE	ADOÇÃO.	
-	Mesmo	em	havendo	aparente	quebra	na	lista	de	adoção,	é	
desaconselhável	remover	criança	que	se	encontra,	desde	os	
primeiros	dias	de	vida	e	por	mais	de	dois	anos,	sob	a	guarda	de	
pais	afeTvos.	
A	autoridade	da	lista	cede,	em	tal	circunstância,	ao	superior	
interesse	da	criança	(ECA,	Art.	6º).	
(REsp	837.324/RS,	Rel.	Ministro	HUMBERTO	GOMES	DE	
BARROS,	TERCEIRA	TURMA,	julgado	em	18/10/2007,	DJ	
31/10/2007,	p.	325)	
	
	
RECURSO	ESPECIAL	-	ADOÇÃO	-	CADASTRO	DE	ADOTANTES	-	RELATIVIDADE	-	PRINCÍPIO	DA	
PREVALÊNCIA	DO	INTERESSE	DO	MENOR	-	VÍNCULO	AFETIVO	DA	MENOR	COM	CASAL	DE	
ADOTANTES	DEVIDAMENTE	CADASTRADOS	-	PERMANÊNCIA	DA	CRIANÇA	POR	APROXIMADAMENTE	
DOIS	ANOS,	NA	SOMATÓRIA	DO	TEMPO	ANTERIOR	E	DURANTE	O	PROCESSO	-	ALBERGAMENTO	
PROVISÓRIO	A	SER	EVITADO	-	ARTIGO	197-E,	§	1º,	DO	ECA	-	PRECEDENTES	DESTA	CORTE	-	RECURSO	
ESPECIAL	PROVIDO.	
1.-	A	observância	do	cadastro	de	adotantes,	ou	seja,	a	preferência	das	pessoas	cronologicamente	
cadastradas	para	adotar	determinada	criança,	não	é	absoluta.	A	regra	comporta	exceções	
determinadas	pelo	princípio	do	melhor	interesse	da	criança,	base	de	todo	o	sistema	de	proteção.	Tal	
hipótese	configura-se,	por	exemplo,	quando	já	formado	forte	vínculo	afeTvo	entre	a	criança	e	o	
pretendente	à	adoção,	ainda	que	no	decorrer	do	processo	judicial.	Precedente.	
2.-	No	caso	dos	autos,	a	criança	hoje	com	2	anos	e	5	meses,	convivia	com	os	recorrentes	há	um	ano	
quando	da	concessão	da	liminar	(27.10.2011),	permanecendo	até	os	dias	atuais.	Esse	convívio,	sem	
dúvida,	tem	o	condão	de	estabelecer	o	vínculo	de	afeTvidade	da	menor	com	os	pais	adoTvos.	
3.-	Os	Recorrentes,	conforme	assinalado	pelo	Acórdão	Recorrido,	já	estavam	inscritos	no	CUIDA	-	
Cadastro	Único	InformaTzado	de	Adoção	e	Abrigo	o	que,	nos	termos	do	arTgo	197-E,	do	ECA,	
permite	concluir	que	eles	estavam	devidamente	habilitados	para	a	adoção.	Além	disso,	o	§	1º,	do	
mesmo	disposiTvo	legal	afirma	expressamente	que	"A	ordem	cronológica	das	habilitações	somente	
poderá	deixar	de	ser	observada	pela	autoridade	judiciária	nas	hipóteses	previstas	no	§	13	do	art.	
50	desta	Lei,	quando	comprovado	ser	essa	a	melhor	solução	no	interesse	do	adotando".	
4.-	Caso	em	que,	ademais,	a	reTrada	do	menor	da	companhia	do	casal	com	que	se	encontrava	há	
meses	devia	ser	seguida	de	permanência	em	insTtuição	de	acolhimento,	para	somente	após,	iniciar-
se	a	busca	de	colocação	com	outra	família,	devendo,	ao	contrário,	ser	a	todo	o	custo	evitada	a	
internação,	mesmo	que	em	caráter	transitório.	
5.-	A	inobservância	da	preferência	estabelecida	no	cadastro	de	adoção	competente,	portanto,	não	
consTtui	obstáculo	ao	deferimento	da	adoção	quando	isso	refleTr	no	melhor	interesse	da	criança.	
6.-	alegações	preliminar	de	nulidade	rejeitadas.	
7.-	Recurso	Especial	provido.	
(REsp	1347228/SC,	Rel.	Ministro	SIDNEI	BENETI,	TERCEIRA	TURMA,	julgado	em	06/11/2012,	DJe	
20/11/2012)	
AGRAVO	DE	INSTRUMENTO	-	CAUTELAR	-	BUSCA	E	APREENSÃO	DE	
MENORES	-	ADOÇÃO	IRREGULAR	-	RECORRENTE	INFORMADA	SOBRE	
OS	TRÂMITES	LEGAIS	-	GUARDA	DE	FATO	ASSUMIDA	À	MARGEM	DA	
LEI	-	RECURSO	NÃO	PROVIDO.	
1.	A	adoção	intuito	personae,	para	além	das	hipóteses	expressas	no	
art.	50,	§13	do	ECA,	somente	tem	sido	admiTda	quando	idenTficada	a	
formação	de	vínculo	afeTvo	entre	a	criança	e	os	pretensos	adotantes,	
do	que,	contudo,	não	há	prova	nos	autos,	notadamente	diante	da	
tenra	idade	dos	infantes	(apenas	01	ano	de	vida).	
2.	Agravante	que	parTcipou	do	processo	de	preparação	para	adoção,	
recebendo	as	orientações	técnicas	respecTvas,	mas,	ainda	assim,	
assumiu	a	guarda	de	fato	dos	menores	sabidamente	à	margem	da	lei.	
3.	Urgência	da	apreensão,	a	fim	de	que	a	guarda	fáTca	não	se	
prolongue	no	tempo,	consolidando	a	situação	irregular.	
4.	Recurso	não	provido.	
AGRAVO	DE	INSTRUMENTO	CV	Nº	1.0313.13.023007-8/001	-	
COMARCA	DE	IPATINGA	-	AGRAVANTE(S):	V.C.O.	-	AGRAVADO(A)(S):	
MINISTÉRIO	PÚBLICO	DO	ESTADO	DE	MINAS	GERAIS		(TJMG	-		Agravo	
de	Instrumento-Cv		1.0313.13.023007-8/001,	Relator(a):	Des.(a)	Áurea	
Brasil	,	5ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	24/07/2014,	publicação	da	
súmula	em	31/07/2014)	
AGRAVO	DE	INSTRUMENTO	-	DIREITO	DE	MENOR	-	COMARCA	
DE	BOM	SUCESSO	-	TRANSFERÊNCIA	DA	GUARDA	PARA	
TERCEIROS	-	EXERCÍCIO	DO	PODER	FAMILIAR	-	DESINTERESSE	
DA	FAMÍLIA	BIOLÓGICA	-	PROVIDÊNCIA	DO	JUÍZO	SINGULAR	-	
ENTREGA	DA	CRIANÇA	A	FAMÍLIA	SUBSTITUTA	DA	LISTA	DE	
ADOÇÃO	DA	COMARCA	-	MELHOR	INTERESSE	DO	MENOR.	
-	A	guarda	é	a	modalidade	mais	simples	de	colocação	em	família	
subsTtuta	(art.	33,	§2º,	do	ECA),	não	suprimindo	o	poder	
familiar	e	possuindo	caráter	transitório.	
-	Há	que	se	preservar	o	melhor	interesse	da	menor.	Assim,	não	
obstante	o	desejo	pela	adoção	da	criança	por	família	que	não	
conste	da	lista	de	casais	interessados	em	adoção	na	comarca,	
necessário	é	se	observar	a	legislação	que	regula	o	insTtuto.	
-	Recurso	não	provido		(TJMG	-		Agravo	de	Instrumento-Cv		
1.0080.13.002601-8/001,	Relator(a):	Des.(a)	Heloisa	Combat	,	4ª	
CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	20/02/2014,	publicação	da	
súmula	em	26/02/2014)	
APELAÇÃO	CÍVEL	-	FAMÍLIA	-	ADOÇÃO	C/C	DESTITUIÇÃO	DO	PODER	FAMILIAR	-	
MÃE	DROGATÍCIA	E	PAI	DESCONHECIDO	-	MELHOR	INTERESSE	DA	CRIANÇA	-	
PRÉVIA	INSCRIÇAO	NO	CADASTRO	NACIONAL	DE	ADOTANTES	-	PRESCINDÍVEL	ANTE	
AS	CIRCUNSTÂNCIAS	FÁTICAS	-	PROCEDÊNCIA	DO	PEDIDO.	
-	Por	força	da	Convenção	Internacional	dos	Direitos	da	Criança,	raTficada	pelo	
Governo	Brasileiro	e	promulgada	pelo	Decreto	Federal	n.	99.710/90,	"todas	as	
ações	relaTvas	às	crianças,	levadas	a	efeito	por	insTtuições	públicas	ou	privadas	de	
bem-estar	social,	tribunais,	autoridades	administraTvas	ou	órgãos	legislaTvos,	
devem	considerar,	primordialmente,	o	melhor	interesse	da	criança”.	
-	E	conforme	estatuído	na	ConsTtuição	daRepública,	no	Código	Civil	e	no	Estatuto	
da	Criança	e	do	Adolescente	compete	aos	pais	garanTr	o	pleno	e	sadio	
desenvolvimento	do	filho	menor,	responsabilizando-se	por	sua	criação,	proteção,	
educação,	guarda	e	assistência	material,	moral	e	psíquica.	
-	O	poder	familiar	pertence	naturalmente	aos	pais	biológicos,	como	decorrência	da	
consanguinidade,	sendo	admiTda,	excepcionalmente,	a	sua	exTnção	caso	
constatado	o	descumprimento	dos	deveres	e	responsabilidades	a	eles	inerentes,	
mormente	à	vista	do	periclitante	estado	da	mãe	biológica,	usuária	de	drogas.	
-	A	necessidade	de	prévia	inscrição	no	Cadastro	Nacional	de	adotantes,	nos	termos	
do	art.	50	do	ECA,	cede	ante	as	circunstâncias	fáTcas	do	caso	concreto,	e	deve	ser	
miTgada	em	razão,	e	por	pres…gio,	a	proteção	integral	e	melhor	interesse	da	
criança.		(TJMG	-		Apelação	Cível		1.0342.12.007817-1/001,	Relator(a):	Des.(a)	
Versiani	Penna	,	5ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	27/03/2014,	publicação	da	
súmula	em	07/04/2014)	
PROCESSAMENTO	
PRAZO	RECURSAL	
DIREITO	PROCESSUAL	CIVIL	-	DIREITO	DO	MENOR	-	AÇÃO	DE	
ADOÇÃO	-	APELAÇÃO	-	ESTATUTO	DA	CRIANÇA	E	DO	
ADOLESCENTE	-	INTEMPESTIVIDADE	-	RECURSO	NÃO	
CONHECIDO.	
-	Se	a	ação	é	promovida	com	base	no	Estatuto	da	Criança	e	do	
Adolescente,	os	prazos	recursais	são	aqueles	no	mesmo	
determinados.		(TJMG	-		Apelação	Cível		
1.0701.13.023806-9/001,	Relator(a):	Des.(a)	Moreira	Diniz	,	4ª	
CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	21/08/2014,	publicação	da	
súmula	em	28/08/2014)	
PERDA	OU	SUSPENSÃO	DO	PODER	FAMILIAR	
•  LegiTmação:	Ministério	Público	(art.	155)	
•  Afastamento	liminar	
	Art.	157.	Havendo	moTvo	grave,	poderá	a	autoridade	judiciária,	ouvido	
o	Ministério	Público,	decretar	a	suspensão	do	poder	familiar,	liminar	ou	
incidentalmente,	até	o	julgamento	definiTvo	da	causa,	ficando	a	
criança	ou	adolescente	confiado	a	pessoa	idônea,	mediante	termo	de	
responsabilidade.	
	
•  Estudo	social,	estudo	de	equipe	multuprofissional	
•  Pais	privados	de	liberdade	
Art.	163.		O	prazo	máximo	para	conclusão	do	procedimento	será	de	
120	(cento	e	vinte)	dias.							(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.010,	de	
2009)		
APELAÇÃO	CÍVEL	-	INFÂNCIA	E	JUVENTUDE	-	MEDIDA	
PROTETIVA	-	NEGLIGÊNCIA	DOS	PAIS	-	ENCAMINHAMENTO	
PARA	ADOÇÃO.	
1-	A	parTcipação	dos	pais	biológicos	na	vida	do	menor,	vale	
dizer,	no	cumprimento	das	obrigações	de	sustento,	guarda	e	
educação	é	de	fundamental	importância,	sendo	que	a	violação	
imoTvada	destes	deveres	resulta	exTnção	do	poder	familiar.	
2-	A	adoção	é	devida	se	comprovado	os	beneqcios	ao	adotando,	
igualmente,	os	moTvos	que	jusTficam	a	medida,	nos	termos	do	
arTgo	43	do	ECA.		(TJMG	-		Apelação	Cível		
1.0223.12.022805-9/001,	Relator(a):	Des.(a)	Jair	Varão	,	3ª	
CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	03/07/2014,	publicação	da	
súmula	em	14/07/2014)	
ADOÇÃO	CONSENTIDA	
Art.	166.		Se	os	pais	forem	falecidos,	Tverem	sido	desTtuídos	ou	suspensos	do	poder	familiar,	ou	
houverem	aderido	expressamente	ao	pedido	de	colocação	em	família	subsTtuta,	este	poderá	ser	
formulado	diretamente	em	cartório,	em	peTção	assinada	pelos	próprios	requerentes,	dispensada	a	
assistência	de	advogado.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
	§	1º		Na	hipótese	de	concordância	dos	pais,	esses	serão	ouvidos	pela	autoridade	judiciária	e	pelo	
representante	do	Ministério	Público,	tomando-se	por	termo	as	declarações.	(Incluído	pela	Lei	nº	
12.010,	de	2009)		Vigência	
§	2º		O	consenTmento	dos	Ttulares	do	poder	familiar	será	precedido	de	orientações	e	
esclarecimentos	prestados	pela	equipe	interprofissional	da	JusTça	da	Infância	e	da	Juventude,	em	
especial,	no	caso	de	adoção,	sobre	a	irrevogabilidade	da	medida.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	
2009)	
§	3º		O	consenTmento	dos	Ttulares	do	poder	familiar	será	colhido	pela	autoridade	judiciária	
competente	em	audiência,	presente	o	Ministério	Público,	garanTda	a	livre	manifestação	de	vontade	
e	esgotados	os	esforços	para	manutenção	da	criança	ou	do	adolescente	na	família	natural	ou	
extensa.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
§	4º		O	consenbmento	prestado	por	escrito	não	terá	validade	se	não	for	rabficado	na	audiência	a	
que	se	refere	o	§	3º	deste	arbgo.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	à	Parto	em	segredo	
§	5º		O	consenTmento	é	retratável	até	a	data	da	publicação	da	sentença	consTtuTva	da	adoção.	
(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
§	6º		O	consenTmento	somente	terá	valor	se	for	dado	após	o	nascimento	da	criança.	(Incluído	pela	
Lei	nº	12.010,	de	2009)	
§	7º		A	família	subsTtuta	receberá	a	devida	orientação	por	intermédio	de	equipe	técnica	
interprofissional	a	serviço	do	Poder	Judiciário,	preferencialmente	com	apoio	dos	técnicos	
responsáveis	pela	execução	da	políTca	municipal	de	garanTa	do	direito	à	convivência	familiar.	
(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
DIREITO	CIVIL.	ADOÇÃO.	1.	VÍCIO	DE	CONSENTIMENTO.	VIOLAÇÃO	DO	ART.	45	DO	ESTATUTO	DA	
CRIANÇA	E	DO	ADOLESCENTE.	NÃO	OCORRÊNCIA.	AQUIESCÊNCIA	DEMONSTRADA	POR	TERMO	
ASSINADO	PELA	MÃE	BIOLÓGICA	CORROBORADO	PELAS	DEMAIS	PROVAS	DOS	AUTOS.	2.	LONGO	
CONVÍVIO	DA	ADOTANDA	COM	A	FAMÍLIA	SUBSTITUTA.	MELHOR	INTERESSE	DA	MENOR.	3.	
RECURSO	IMPROVIDO.	
1.	São	nobres	os	propósitos	do	art.	45	do	Estatuto	da	Criança	e	do	Adolescente,	notadamente	diante	
dos	noTciados	casos	de	venda	e	tráfico	de	crianças.	De	fato,	o	consenTmento	dos	pais	biológicos	do	
adotando	encerra	segurança	jurídica	ao	procedimento	legal	de	adoção.	Sucede,	entretanto,	que	o	
desate	de	controvérsias	como	a	presente	reclama	a	definição,	diante	do	quadro	fáTco	apresentado,	
de	qual	solução	atenderá	o	melhor	interesse	da	criança,	real	desTnatária	das	leis	e	da	atuação	do	
Poder	Judiciário.	
2.	Na	espécie,	o	conteúdo	da	declaração	prestada	pela	mãe	biológica	da	adotanda,	apesar	de	não	
autenTcada	ou	raTficada	em	audiência,	elucida	o	consenTmento	e	a	intenção	de	entregar	a	infante	
aos	cuidados	dos	recorridos.	Os	depoimentos	das	testemunhas,	igualmente,	esclarecem	que	a	
genitora	da	menor	não	possuía	condições	para	criá-la.	O	relatório	social	atesta	a	regularidade	da	
situação	de	fato,	bem	como	o	carinho	e	amor	dispensados	pelos	adotantes	à	criança.	Além	disso,	a	
mãe	biológica	da	infante	foi	pessoalmente	citada	e	deixou	de	comparecer	em	juízo	ou	de	quesTonar	
o	termo	de	anuência	por	ela	assinado.	Assim,	sobejamente	demonstrado	o	vínculo	afeTvo	criado	
entre	a	criança	e	os	recorridos,	sendo	todas	as	circunstâncias	favoráveis	à	manutenção	da	menor	na	
companhia	da	família	que	a	acolheu,	a	interpretação	literal	da	norma	violaria,	acima	de	tudo,	a	
doutrina	da	proteção	integral	e,	como	tal,	encontrar-se-ia	na	contramão	da	melhor	dogmáTca	
processual.	
Precedentes.	
3.	Com	efeito,	no	confronto	das	formalidades	legais	com	os	vínculos	de	afeto	criados	entre	os	
adotantes	e	a	infante,	os	úlTmos	devem	sempre	prevalecer.	Diante	dessas	considerações,	declarar	a	
nulidade	do	processo	de	adoção,	notadamente	diante	dos	elementos	de	prova	coletados	durante	a	
instrução	do	feito	-	termo	de	anuência	apresentado	pela	mãe	biológica,	depoimentos	das	
testemunhas,	relatório	social	e	situação	de	fato	estabelecida	há	aproximadamente	13	(treze)	anos	-,	
postergando	sem	jusTficaTva	a	regularização	da	situação	da	infante,	não	condiz	com	os	objeTvos	do	
Estatuto	da	Criança	e	do	Adolescente.	
4.	Recurso	especial	a	que	se	nega	provimento.	
(REsp	1423640/CE,	Rel.	Ministro	MARCO	AURÉLIO	BELLIZZE,	TERCEIRA	TURMA,	julgado	em	
04/11/2014,	DJe	13/11/2014)	
	
	
PROCESSAMENTO	CONJUNTO	
Art.	169.	Nas	hipóteses	em	que	a	desTtuição	da	tutela,	a	perda	
ou	a	suspensão	do	poder	familiar	consTtuir	pressuposto	lógico	
da	medida	principal	de	colocação	em	família	subsTtuta,	será	
observado	o	procedimento	contraditório	previsto	nas	Seções	II	
e	III	deste	Capítulo.		(Expressão	subsTtuída	pela	Lei	nº	12.010,	
de	2009)	
Parágrafo	único.	A	perda	ou	a	modificação	da	guarda	poderá	ser	
decretada	nos	mesmos	autos	do	procedimento,	observado	o	
disposto	no	art.	35.	
INFRAÇÃOADMINISTRATIVA.	PODERES	INERENTES	AO	PÁTRIO	PODER.	
ABANDONO.	CARACTERIZAÇÃO.	
-	Restando	demonstrado	nos	autos	a	práTca	de	infração	administraTva	
pela	genitora	de	menor	impúbere,	consistente	no	abandono,	após	pedido	
de	não	mais	entregar	o	recém	nascido	à	adoção,	deve	ela	sofrer	as	
sanções	do	disposto	no	art.	249,	do	ECA.		(TJMG	-		Apelação	Cível		
1.0481.12.000287-0/001,	Relator(a):	Des.(a)	Duarte	de	Paula	,	4ª	CÂMARA	
CÍVEL,	julgamento	em	09/10/2014,	publicação	da	súmula	em	16/10/2014)	
	
Propôs	o	MINISTÉRIO	PÚBLICO	DO	ESTADO	DE	MINAS	GERAIS,	perante	o	
Juízo	de	Direito	do	Juizado	da	Infância	e	Juventude	da	Comarca	de	
Patrocínio,	ação	para	apuração	de	infração	administraTva	em	face	de	C.	A.	
O.,	aduzindo	que	a	requerida	é	genitora	do	menor	impúbere	J.	V.	O.,	e	
que,	na	época	de	seu	nascimento,	ela	o	entregou	a	adoção,	porém,	após	o	
casal	cadastrado	no	Juízo	competente	ajuizar	o	pedido	de	adoção,	a	
requerida	arrependeu-se	da	decisão,	passando	a	manifestar-se	
contrariamente	à	entrega	da	criança	Àquelas	pessoas.	
Afirma	que	no	curso	do	processo	de	adoção,	o	menor	J.	V.	O.,	apresentou	
grave	doença	congênita,	de	cunho	incapacitante	e	irreversível,	
oportunidade	em	que	a	requerida	passou	a	não	mais	querer	o	filho	de	
volta,	sendo	certo	que	o	casal	adotante	já	não	mais	pretendia	adotar	a	
criança.	Alega	que	a	requerida	incorreu	na	práTca	de	infração	
administraTva	disposta	no	art.	249,	da	Lei	8.069/90.	
APELAÇÃO	CÍVEL	-	AÇÃO	DE	DESTITUIÇÃO	DO	PODER	FAMILIAR	E	ADOÇÃO	-	AGRAVO	RETIDO	-	CITAÇÃO	POR	EDITAL	-	
NULIDADE	-	AUSÊNCIA	-	NEGLIGÊNCIA	DOS	PAIS	BIOLÓGICOS	CARACTERIZADA	-	ADOTANTES	-	VÍNCULOS	DE	
AFETIVIDADE	E	AFINIDADE	DEMONSTRADOS	-	MELHOR	INTERESSE	DA	CRIANÇA	-PROCEDÊNCIA	DOS	PEDIDOS	-	
MANUTENÇÃO	DA	SENTENÇA.	
-	InexisTndo	êxito	nas	diversas	diligências	com	intuito	de	localizar	o	endereço	atualizado	da	parte	Requerida,	jusTfica-
se	a	citação	por	edital,	na	forma	do	art.231,	do	CPC.	
-	A	perda	do	poder	familiar	consiste	em	sanção	que	deve	ser	aplicada	aos	pais	quando	demonstrado	suficientemente	
que	estes,	por	culpa	ou	dolo,	não	preservaram	os	direitos	e	interesses	do	menor,	observado	o	disposto	no	art.1.638,	
do	CC/2002	e	nos	arts.22	e	24,	do	ECA.	
-	Comprovada	a	negligência	dos	pais	biológicos	para	com	sua	filha,	logo	após	o	nascimento	desta,	e	sendo	inequívoco	
que	a	menor,	ao	longo	de	mais	de	07	(sete)	anos,	bem	se	adaptou	à	companhia	do	casal	adotante,	apresentando	
desenvolvimento	natural	e	vínculos	de	afeTvidade	e	afinidade	saTsfatórios,	deve	ser	manTda	a	decisão	que	decretou	
a	perda	do	poder	familiar	dos	pais	biológicos	e	julgou	procedente	o	pedido	de	adoção,	por	ser	a	esta	a	medida	que	
preserva	o	melhor	interesse	da	criança.	
-Agravo	reTdo	e	apelação	desprovidos.	
V.v.	DIREITO	PROCESSUAL	CIVIL	-	DIREITO	DO	MENOR	-	APELAÇÃO	-	AGRAVO	RETIDO	-	AÇÃO	DE	ADOÇÃO,	
CUMULADA	COM	PEDIDO	DE	DESTITUIÇÃO	DO	PODER	FAMILIAR	-	CARÊNCIA	DE	AÇÃO	-	ILEGITIMIDADE	ATIVA	-	
EXTINÇÃO	DO	PROCESSO	-	PREJUDICADOS	O	AGRAVO	E	A	APELAÇÃO	
-	A	ação	de	desTtuição	do	poder	familiar	pode	ser	ajuizada	apenas	pelo	Ministério	Público,	ou	por	quem	tenha	
legíTmo	interesse,	nos	termos	do	arTgo	155	do	Estatuto	da	Criança	e	do	Adolescente.	
DIREITO	PROCESSUAL	CIVIL	-	AÇÃO	DE	ADOÇÃO,	CUMULADA	COM	PEDIDO	DE	DESTITUIÇÃO	DO	PODER	FAMILIAR	-	
APELAÇÃO	-	AGRAVO	RETIDO	-	CITAÇÃO	POR	EDITAL	-	NÃO	ESGOTAMENTO	DOS	MEIOS	DE	LOCALIZAÇÃO	DOS	RÉ	US	-	
NULIDADE	-	AGRAVO	RETIDO	PROVIDO	-	PREJUDICADA	A	APELAÇÃO.	
-	Ante	seu	caráter	excepcional,	e	ficto,	a	citação	por	edital	só	se	jusTfica	quando	sejam	realizadas,	sem	sucesso,	
diligências	mínimas	e	razoáveis	na	tentaTva	de	localização	do	atual	endereço	do	réu.	
DIREITO	PROCESSUAL	CIVIL	-	DIREITO	DE	FAMÍLIA	-	DIREITO	DO	MENOR	-	APELAÇÃO	-	AÇÃO	DE	ADOÇÃO,	CUMULADA	
COM	PEDIDO	DE	DESTITUIÇÃO	DO	PODER	FAMILIAR	-	INCRIÇÃO	NO	CADASTRO	DE	ADOÇÃO	-	AUSÊNCIA	-	RECURSO	
PROVIDO.	
-	Somente	depois	de	realizado	o	registro	das	crianças	e	adolescentes	em	condições	de	serem	adotados	e	o	das	
pessoas	interessadas	na	adoção,	a	mesma	torna-se	possível.		(TJMG	-		Apelação	Cível		1.0079.12.040499-5/001,	
Relator(a):	Des.(a)	Ana	Paula	Caixeta	,	4ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	02/10/2014,	publicação	da	súmula	em	
09/10/2014)	
APELAÇÃO	CÍVEL.	DIREITO	DE	FAMÍLIA.	DESTITUIÇÃO	DE	PODER	FAMILIAR	C/C	ADOÇÃO.	
NEGLIGÊNCIA.	ABANDONO.	CRIANÇA	ABRIGADA	NOS	PRIMEIROS	MESES	DE	VIDA.	MELHORES	
INTERESSES	DA	MENOR.	
-	Admite-se	a	acumulação	do	pedido	de	desTtuição	do	poder	familiar	com	o	de	adoção,	
situação	em	que	o	pedido	será	apreciado	em	processo	contencioso,	assegurando-se	aos	pais	
biológicos	o	exercício	da	ampla	defesa	e	do	contraditório.	
-	Decorrido	período	superior	a	seis	meses	desde	a	insTtucionalização	da	menor,	com	idade	
inferior	a	dois	anos,	sem	indicação	de	reintegração	à	família	de	origem,	cabível	a	medida	de	
colocação	em	família	subsTtuta,	como	forma	de	resguardar	o	direito	da	infante	à	convivência	
familiar.	
-	Demonstrada	a	inapTdão	da	mãe	biológica	de	assumir	os	deveres	inerentes	ao	pátrio	poder,	
bem	como	a	sua	privação	do	direito	à	convivência	familiar	cabível	a	desTtuição	do	poder	
familiar.	
-	A	adoção	deve	ser	deferida	quando,	inexisTndo	qualquer	situação	de	impedimento	legal,	a	
medida	se	mostrar	favorável	aos	melhores	interesses	da	criança,	por	lhe	proporcionar	um	
ambiente	familiar	propício,	em	que	sejam	atendidas	suas	necessidades	qsicas,	afeTvas	e	
psicológicas.	
-	Preliminares	rejeitadas.	
-	Recurso	não	provido.	
V.V.	DIREITO	DO	MENOR	-	DIREITO	PROCESSUAL	CIVIL	-	APELAÇÃO	-	AÇÃO	DE	ADOÇÃO,	
CUMULADA	COM	PEDIDO	DE	DESTITUIÇÃO	DO	PODER	FAMILIAR	-	CARÊNCIA	DE	AÇÃO	-	
ILEGITIMIDADE	ATIVA	-	EXTINÇÃO	DO	PROCESSO.	[Des.	Moreira	Diniz]	
-	A	ação	de	desTtuição	do	poder	familiar	pode	ser	ajuizada	apenas	pelo	Ministério	Público,	ou	
por	quem	tenha	legíTmo	interesse,	nos	termos	do	arTgo	155	do	Estatuto	da	Criança	e	do	
Adolescente.		(TJMG	-		Apelação	Cível		1.0625.11.003905-8/001,	Relator(a):	Des.(a)	Heloisa	
Combat	,	4ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	21/08/2014,	publicação	da	súmula	em	
28/08/2014)	
APELAÇÃO	CÍVEL	-	ADOÇÃO	-	DESTITUIÇÃO	DO	PODER	FAMILIAR	
-	GENITORA	-	DESCUMPRIMENTO	DOS	DEVERES	PREVISTOS	NO	
ARTIGO	22	DO	ESTATUTO	DA	CRIANÇA	E	DO	ADOLESCENTE	--
PRÁTICA	DE	ATOS	CONTRÁRIOS	À	MORAL	E	AOS	BONS	
COSTUMES	-	ABANDONO	-	ESTUDOS	SOCIAIS	REALIZADOS	-	
CRIANÇA	QUE	JÁ	SE	ENCONTRA	PLENAMENTE	ADAPTADA	AO	
CASAL	ADOTANDO	-	SENTENÇA	CONFIRMADA.	
Se	as	circunstâncias	fáTcas	denotam	que	a	genitora	da	menor	
não	dispõe	de	condições	sociais	e	psicológicas	para	a	o	
cumprimento	dos	deveres	inerentes	ao	poder	familiar,	somado	
ao	vínculo	de	afeTvidade	formado	com	a	família	subsTtuta,	que	
vem	desempenhando	papel	primordial	para	o	regular	
desenvolvimento	da	menor,	atendendo-o	em	todas	as	suas	
necessidades,	impõe-se	a	confirmação	da	decisão	que	desTtuiu	
o	poder	familiar	da	genitora	e	deferiu	a	adoção	pelo	casal	
apelado,	tendo	em	vista	o	superior	interesse	da	criança.		(TJMG	
-		Apelação	Cível		1.0620.13.000851-4/001,	Relator(a):	Des.(a)	
Armando	Freire	,	1ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	
23/09/2014,	publicação	da	súmula	em	02/10/2014)	
APELAÇÃO	CÍVEL.	DIREITO	DE	FAMÍLIA.	AÇÃO	DE	DESTITUIÇÃO	DO	PODER	FAMILIAR	C/C	
PEDIDO	DE	ADOÇÃO.	MÃE	MENOR	DE	IDADE.	SITUAÇÃO	DE	ABANDONO.	SUSPEITA	DE	ABUSO	
SEXUAL.	INSTITUCIONALIZAÇÃO.	INSERÇÃO	EM	FAMÍLIA	SUBSTITUTA.	MELHORES	INTERESSES	
DA	MENOR.	
-	O	casal	habilitado	como	candidato	à	adoção,	que	recebeu	a	guarda	da	menor	recolhida	em	
abrigo,	é	parte	legíTma	para	pleitear	a	desTtuição	do	poder	familiar	com	respaldo	no	art.	155	
do	ECA.	
-	Admite-se	a	acumulação	do	pedido	de	desTtuição	do	poder	familiar	com	o	de	adoção,	
situação	em	que	o	pedido	será	apreciado	em	processo	contencioso,	assegurando-se	aos	pais	
biológicos	o	exercício	da	ampla	defesa	e	do	contraditório.	
-	A	medida	de	desTtuição	de	poder	familiar	pode	ser	aplicada	em	relação	à	mãe	adolescente,	
com	fins	proteTvos,	quando	necessária	à	preservação	dos	melhores	interesses	dos	menoresenvolvidos.	
-	Decorrido	período	superior	a	seis	meses	desde	a	insTtucionalização	da	menor,	com	idade	de	
dois	anos,	sem	indicação	de	reintegração	à	família	de	origem,	cabível	a	medida	de	colocação	
em	família	subsTtuta,	como	forma	de	resguardar	o	direito	da	infante	à	convivência	familiar.	
-	Demonstrada	a	inapTdão	da	mãe	adolescente	de	assumir	os	deveres	inerentes	ao	pátrio	
poder,	por	si	ou	através	da	sua	representante	legal,	e	a	exposição	da	adotante	a	situações	de	
risco,	com	relatos	de	abuso	sexual	e	violência	domésTca,	bem	como	a	sua	privação	do	direito	
à	convivência	familiar,	por	não	dispor	o	núcleo	familiar	de	origem	de	condições	mínimas	
necessárias	ao	seu	desenvolvimento	sadio,	cabível	a	desTtuição	do	poder	familiar.	
-	A	adoção	deve	ser	deferida	quando,	inexisTndo	qualquer	situação	de	impedimento	legal,	a	
medida	se	mostrar	favorável	aos	melhores	interesses	da	criança,	por	lhe	proporcionar	um	
ambiente	familiar	propício,	em	que	sejam	atendidas	suas	necessidades	qsicas,	afeTvas	e	
psicológicas.	
-	Preliminares	rejeitadas.	
-	Recurso	não	provido.		(TJMG	-		Apelação	Cível		1.0024.11.046598-6/001,	Relator(a):	Des.(a)	
Heloisa	Combat	,	4ª	CÂMARA	CÍVEL,	julgamento	em	20/02/2014,	publicação	da	súmula	em	
26/02/2014)	
ADOÇÃO	INTERNACIONAL	
ADOÇÃO	INTERNACIONAL	
Normas	e	Legislação:	
•  Portaria	nº	240,	de	8	de	abril	de	2014	-	Estabelece	os	procedimentos	
para	o	credenciamento	de	organismos	estrangeiros	que	atuam	em	
adoção	internacional	no	Brasil	
•  Estatuto	da	Criança	e	do	Adolescente	-	Lei	nº	8.069,	de	13	de	junho	
de	1990	
•  Decreto	Nº	3.087,	de	21	de	junho	de	1999	-	Promulga	a	Convenção	
RelaTva	à	Proteção	das	Crianças	à	Cooperação	em	Matéria	de	
Adoção	Internacoinal,	concluída	em	Haia	em	29	de	maio	de	1993	
•  Decreto	Nº	3.174,	de	16	de	setembro	de	1999	-	Designa	as	
Autoridades	Centrais	encarregadas	de	dar	cumprimento	às	
obrigações	impostas	pela	Convenção	de	Haia	de	1993	
•  Decreto	nº	5.491,	de	18	de	julho	de	2005	-	Regulamenta	a	atuação	
de	organismos	estrangeiros	e	nacionais	de	adoção	internacional		
ADOÇÃO	INTERNACIONAL	
A	Secretaria	de	Direitos	Humanos	da	Presidência	da	República	
como	Autoridade	Central	para	dar	cumprimento	às	obrigações	
impostas	pela	Convenção	de	Haia	de	1993	RelaTva	à	Proteção	
das	Crianças	e	à	Cooperação	em	Matéria	de	Adoção	
Internacional.	
ADOÇÃO	INTERNACIONAL	
ADOÇÃO	INTERNACIONAL	
Autoridade	Central	é	o	órgão	interno	responsável	pela	
condução	da	cooperação	jurídica	de	um	Estado,	e	sua	
consTtuição	decorre	da	raTficação	de	um	tratado	
internacional	que	determine	seu	estabelecimento.	A	
Autoridade	Central	detém	a	atribuição	de	coordenar	a	
execução	da	cooperação	jurídica,	podendo,	quando	
necessário,	propor	e	fomentar	melhorias	no	sistema	de	
cooperação	e	de	efeTvação	de	um	tratado	internacional.	
ADOÇÃO	INTERNACIONAL	
•  Requisitos	(art.	51)	
§	1º		A	adoção	internacional	de	criança	ou	adolescente	brasileiro	ou	domiciliado	
no	Brasil	somente	terá	lugar	quando	restar	comprovado:	(Redação	dada	pela	
Lei	nº	12.010,	de	2009)	
I	-	que	a	colocação	em	família	subsTtuta	é	a	solução	adequada	ao	caso	
concreto;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
II	-	que	foram	esgotadas	todas	as	possibilidades	de	colocação	da	criança	ou	
adolescente	em	família	subsTtuta	brasileira,	após	consulta	aos	cadastros	
mencionados	no	art.	50	desta	Lei;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
III	-	que,	em	se	tratando	de	adoção	de	adolescente,	este	foi	consultado,	por	
meios	adequados	ao	seu	estágio	de	desenvolvimento,	e	que	se	encontra	
preparado	para	a	medida,	mediante	parecer	elaborado	por	equipe	
interprofissional,	observado	o	disposto	nos	§§	1º	e	2º	do	art.	28	desta	Lei.	
(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
§	2º		Os	brasileiros	residentes	no	exterior	terão	preferência	aos	estrangeiros,	
nos	casos	de	adoção	internacional	de	criança	ou	adolescente	brasileiro.	
(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
§	3º		A	adoção	internacional	pressupõe	a	intervenção	das	Autoridades	Centrais	
Estaduais	e	Federal	em	matéria	de	adoção	internacional.		(Redação	dada	pela	
Lei	nº	12.010,	de	2009)	
	
	
ADOÇÃO	INTERNACIONAL	
•  Procedimento	(art.	52)	
	
Art.	52.		A	adoção	internacional	observará	o	procedimento	previsto	nos	arts.	165	a	170	desta	Lei,	com	as	seguintes	
adaptações:	(Redação	dada	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
I	-	a	pessoa	ou	casal	estrangeiro,	interessado	em	adotar	criança	ou	adolescente	brasileiro,	deverá	formular	pedido	de	
habilitação	à	adoção	perante	a	Autoridade	Central	em	matéria	de	adoção	internacional	no	país	de	acolhida,	assim	
entendido	aquele	onde	está	situada	sua	residência	habitual;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
II	-	se	a	Autoridade	Central	do	país	de	acolhida	considerar	que	os	solicitantes	estão	habilitados	e	aptos	para	adotar,	emiTrá	
um	relatório	que	contenha	informações	sobre	a	idenTdade,	a	capacidade	jurídica	e	adequação	dos	solicitantes	para	adotar,	
sua	situação	pessoal,	familiar	e	médica,	seu	meio	social,	os	moTvos	que	os	animam	e	sua	apTdão	para	assumir	uma	adoção	
internacional;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
III	-	a	Autoridade	Central	do	país	de	acolhida	enviará	o	relatório	à	Autoridade	Central	Estadual,	com	cópia	para	a	Autoridade	
Central	Federal	Brasileira;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
IV	-	o	relatório	será	instruído	com	toda	a	documentação	necessária,	incluindo	estudo	psicossocial	elaborado	por	equipe	
interprofissional	habilitada	e	cópia	autenTcada	da	legislação	perTnente,	acompanhada	da	respecTva	prova	de	vigência;	
(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
V	-	os	documentos	em	língua	estrangeira	serão	devidamente	autenTcados	pela	autoridade	consular,	observados	os	
tratados	e	convenções	internacionais,	e	acompanhados	da	respecTva	tradução,	por	tradutor	público	juramentado;	(Incluído	
pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
VI	-	a	Autoridade	Central	Estadual	poderá	fazer	exigências	e	solicitar	complementação	sobre	o	estudo	psicossocial	do	
postulante	estrangeiro	à	adoção,	já	realizado	no	país	de	acolhida;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
VII	-	verificada,	após	estudo	realizado	pela	Autoridade	Central	Estadual,	a	compaTbilidade	da	legislação	estrangeira	com	a	
nacional,	além	do	preenchimento	por	parte	dos	postulantes	à	medida	dos	requisitos	objeTvos	e	subjeTvos	necessários	ao	
seu	deferimento,	tanto	à	luz	do	que	dispõe	esta	Lei	como	da	legislação	do	país	de	acolhida,	será	expedido	laudo	de	
habilitação	à	adoção	internacional,	que	terá	validade	por,	no	máximo,	1	(um)	ano;	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)	
VIII	-	de	posse	do	laudo	de	habilitação,	o	interessado	será	autorizado	a	formalizar	pedido	de	adoção	perante	o	Juízo	da	
Infância	e	da	Juventude	do	local	em	que	se	encontra	a	criança	ou	adolescente,	conforme	indicação	efetuada	pela	
Autoridade	Central	Estadual.	(Incluído	pela	Lei	nº	12.010,	de	2009)

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