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PSICOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO

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PSICOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO
 
 PROFESSORA
 ELAINE A. BARROS VENDRUSCOLO �
PSIQUE - Alma, Vida.
PSICO - Termo de composição que se emprega a fim de indicar a idéia de mente, espírito, alma.
LOGOS - Estudo, teoria.
PSICOLOGIA: 
Psico + logia.
Ciência que estuda as idéias, as determinações e sentimentos, cujo conjunto forma o espírito do homem; ciência dos fatos da consciência e de suas leis; tratado sobre a alma e as faculdades intelectuais e morais.
Psicologia Animal - A que estabelece o que o homem tem de comum com os animais e o que deles o distingue.
Psicologia Coletiva - Conjunto de fenômenos mentais, morais, sociais, etc., que constituem a maneira de ser de cada agrupamento humano e o caracterizam.
Psicologia Comparada - Parte da Psicologia que se aplica a seguir fatos psicológicos nas variações que apresentam de acordo com os caracteres da espécie humana, o estudo da saúde mental, o grupo étnico a que pertence o indivíduo e outros índices comparativos.
Psicologia da Forma - A que, nas vivências dos sentidos, dá primazia à totalidade estrutural dos dados sensoriais, sobre a vivência de cada uma das partes.
Psicologia do Subconsciente - A que explora a camada profunda que, sob a camada superficial consciente, influi de modo decisivo na vida humana.
Psicologia Empírica - A que estuda os fenômenos psíquicos, descreve-os e lhes formula as leis.
Psicologia Experimental - A que faz variar determinados fenômenos, a fim de individualizar as condições psicológicas.
Psicologia Fisiológica - A que estuda os fenômenos fisiológicos que acompanham os fenômenos psicológicos.
Psicologia Individual - A que explica a vida anímica do indivíduo, pelo sinergismo de dois impulsos fundamentais: a vontade de poder e o sentimento social.
Psicologia Infantil - Parte da Psicologia que estuda o desenvolvimento psíquico da criança.
Psicologia Moral - Parte da Teologia moral que se ocupa das operações da vontade ou dos atos humanos, como manifestações da natureza do homem.
Psicologia Social - A que investiga o instinto, os impulsos da vontade e os sentimentos que levam o homem a formar a sociedade ou a prejudicá-la.
PSICÓLOGOS:
Pessoas que, em sua profissão, se ocupam com experiência psíquica e comportamento, com os variados modos de sua expressão e com as causas e condições do psíquico. As tarefas do psicólogo que atua na prática dos mais diversos campos de psicologia aplicada podem ser classificadas em três ramos de atividades, a saber: Psicodiagnóstico (reconhecimento das particularidades individuais, inclusive condições responsáveis pela atualização de tais características); Aconselhamento (orientação profissional, orientação educacional, etc.,); Psicoterapia (tratamento, mudanças no indivíduo ou por influência ambientais às quais ele está sujeito). A designação “Psicólogo Diplomado” é um título acadêmico que só se confere após concluído o curso de psicologia em escola superior.
Psicólogo - Indivíduo que se dedica à Psicologia, que se notabiliza pela observação e análise dos estudos da alma.
No sentido mais amplo, o objeto de estudo da Psicologia é o HOMEM.
(Verhalten; Behavior).
Os *teólogos consideram comportamento, o mais das vezes, modelos de contrações musculares de que resultam determinados movimentos de tipo constante (Ação Instintiva).
Pode tratar-se de ações como de reações. 
 K.Fiedler.
Como pequena amostra dos numerosos pontos de vista sobre esse, que é o objeto da psicologia, seguem algumas definições de Comportamento:
1.Atividade de um organismo; 
2.Atividade observável de um organismo específico;
3. Atividade mensurável de um organismo específico;
4.Respostas do indivíduo, da espécie ou do grupo, aos estímulos;
5.Resposta específica de um organismo específico;
6.Resposta particular de um modelo de resposta;
7.Movimento;
8.Atividade total, subjetiva e objetiva, não observável e observável, de um indivíduo ou grupo.
COMPORTAMENTO
Comportar + mento
Procedimento, modo de se comportar ou de proceder.
Esta palavra foi introduzida na linguagem filosófica para indicar o objeto da psicologia de reação, chamada impropriamente muitas vezes de psicologia objetiva. Claparede propõe a palavra conduta para indicar as reações não estereotipadas da espécie, mas que caracterizam o indivíduo, e provêm do hábito. Em Psicologia, entende-se como comportamento o conjunto de reações que resultam da experiência individual e que não se transmitem à espécie. A escola do behaviorismo, ou da psicologia do comportamento, preconiza a observação como norma de comportamento, porquanto somente as ações humanas podem ser observadas, e despreza a introspecção como método psicológico.
COMPORTAMENTO:
O termo Comportamento vem de: com - PORT - a - mento.
O termo PORT, que deu origem também à palavra porto, significa levar, conduzir daí com - PORT - ar, exportar, transportar. Logo, o que leva uma pessoa a agir é com - PORT - a - mento, ou melhor, você leva (carrega) com você modos de agir que se expressam em situações de estímulo.
COMPORTAMENTO: 
São as respostas de uma pessoa ou de um animal diante de uma situação.
* ETOLOGIA - Ciência ou tratado do caráter, caracterologia.
Estudo das adaptações dos animais e dos vegetais ao ambiente; parte da Ecologia que estuda o comportamento dos seres vivos.
BEHAVIORISMO
(Psicologia Do Comportamento)
O Behaviorismo nasce com Watson e tem um desenvolvimento grande nos Estados Unidos, em função de suas aplicações práticas; tornou-se importante por ter definido o fato psicológico, de modo concreto, a partir da noção de Comportamento (Behavior).
BEHAVIORISMO:
Designação de uma forma radical da psicologia objetiva.
O método de “Introspecção” é recusado, só os conceitos de “Estímulo” e “Reação” tem importância para a discussão dos fatos psicológicos (J.B. Watson).
O PSICOLÓGO COMPORTAMENTAL:
Ele está interessado em descobrir as variáveis que controlam o comportamento e em determinar as relações precisas que existem entre elas.
A Escola Behaviorista ou Comportamental segue as propostas de B.F. Skinner.
Define o COMPORTAMENTO como qualquer movimento observável ou mensurável feito por um organismo, incluindo movimento externos e internos e seus resultados, bem como as secreções glandulares e seus efeitos.
Skinner (l938) distinguiu duas espécies de comportamento:
 .Comportamento Respondente
 . Comportamento Operante
 COMPORTAMENTO RESPONDENTE: uma espécie específica de resposta é eliciada por uma espécie específica de estímulo, e o estímulo sempre precede a resposta. Ex.: reflexos da salivação, da transpiração, reflexo patelar, reflexo pupilar.
COMPORTAMENTO OPERANTE: comportamento fortalecido ou enfraquecido por eventos posteriores à resposta. O comportamento operante é controlado por suas conseqüências. É um comportamento voluntário, inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que, em algum momento, tem um efeito sobre ou fazem algo ao mundo ao redor.
O Comportamento Respondente, conforme Pavlov descobriu, pode ser CONDICIONADO, ou seja, pode-se fazer com que um novo evento elicie a resposta. Assim, se um estímulo neutro for associado, um certo número de vezes, a um estímulo eliciador, o estímulo previamente neutro irá evocar a mesma espécie de resposta (uma resposta semelhante ao REFLEXO). O novo REFLEXO, ( exemplo da apresentação da carne ao cão), em que a campainha sozinha elicia a salivação é chamado REFLEXO CONDICIONADO, a campainha que elicia a resposta constitui oESTÍMULO CONDICIONADO.
ESTÍMULO INCONDICIONADO: é o estímulo que por si só elicia uma resposta.
As conseqüências que fortalecem o comportamento são chamados REFORÇOS.
REFORÇO: é qualquer evento que aumenta a força de qualquer comportamento operante. Ex.: o animal privado de comida pode emitir uma ampla variedade de respostas e qualquer uma delas que seja seguida por alimento será fortalecida.
Um reforço fortalece uma resposta no sentido de que aumenta a probabilidade com que a resposta ocorrerá novamente.
O aumento na freqüência do comportamento reforçado é chamado CONDICONAMENTO. 
Se o reforço é interrompido, a freqüência de uma resposta condicionada declina até que não ocorra numa freqüência maior do que a nível operante. O decréscimo na força de uma resposta condicionada quando não reforçada é chamada EXTINÇÃO.
Um fato importante sobre a definição operacional de Reforço é que as propriedades reforçadoras não estão no estímulo em si, mas sim nos efeitos deste sobre o comportamento.
.
Há também uma classe de estímulo chamado REFORÇO NEGATIVO ou ESTÍMULO AVERSIVO, eles enfraquecem o comportamento.
EXTINÇÃO: Eliminação dos comportamentos indesejáveis ou inadequado. Se dá através da retirada do reforço que fortalece um dado comportamento ou através da PUNIÇÃO.
Os Reforços podem ser aplicados sob a forma Constante ou Intermitentemente.
INTERMITENTES: o que não é contínuo, que tem intervalos, acontece de quando em quando; ou CONSTANTES quando incessante, contínuos.
BEHAVIORISMO, SUA APLICAÇÃO
A principal área de aplicação dos conceitos apresentados tem sido a educação. São conhecidos os métodos de ensino programado e o controle e organização das situações de aprendizagem, bem como a elaboração de uma tecnologia de ensino.
Entretanto outras áreas também tem recebido a contribuição das técnicas e conceitos desenvolvidos pelo Behaviorismo, como Treinamento em Empresas, a Clínica, o trabalho educativo de crianças excepcionais, a Publicidade e outros mais.
Na verdade, a análise experimental do comportamento pode auxiliar-nos a descrever nossos comportamentos em qualquer situação, ajudando-nos a modificá-los.
Ivan Petrovich Pavlov (N. 14/ 09/ l849 em Riasan (Rússia);
 (M. 27/ 02/ l936, em Leningrado).
Pavlov primeiro estudou fisiologia animal e depois medicina na Universidade de Petersburgo.
A importância histórica de Pavlov está em sua descoberta e exploração do Reflexo Condicionado. Através deles Pavlov lançou os fundamentos do behaviorismo e provocou o desenvolvimento da pesquisa moderna da aprendizagem e da teoria da aprendizagem em psicologia; de fato, devemos a Pavlov as noções e a metodologia fundamentais deste campo.
B.F. Skinner
Psicólogo americano, responsável pelo avanço da análise experimental do comportamento. A base da corrente Skinneriana está na formulação do condicionamento operante.
No caso do condicionamento operante, o que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante, no sentido de satisfazer-lhe alguma necessidade, ou seja, a relação que se estabelece entre uma ação e seu efeito.
BIBLIOGRAFIA:
* BOCK, Ana M.Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Mª.de
 Loudes T.. Psicologias; Uma Introdução ao Estudo de
 Psicologia. 
* REESE, Ellen P. Análise do Comportamento Humano. Livraria
 José Olympio. 
O MÉTODO PSICANALÍTICO
Nasce com Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera para a psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da psicologia como ciência da consciência e da razão.
O termo Psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional. Enquanto Teoria, caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. A Psicanálise, enquanto Método de Investigação, caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifesto através de ações e palavras ou através das produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres. A Prática Profissional refere-se à forma de tratamento psicológico (a análise), que visa a cura ou o auto conhecimento.
Em l900, Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e funcionamento da personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.
O INCONSCIENTE exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”. É constituído por conteúdos reprimidos, que não tem acesso aos sistemas pré-consciente e consciente, pela ação de censuras internas. Estes conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimidos, isto é, “foram “ para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento. Exemplo: não existem as noções de passado e presente.
O PRÉ-CONSCIENTE refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência naquele momento, mas que no momento seguinte pode estar.
O CONSCIENTE é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. Na consciência destaca-se o fenômeno da percepção e, principalmente, a percepção do mundo exterior.
Em 1920 e 1923, Freud remodela a Teoria do Aparelho Psíquico e introduz os conceitos de ID, EGO e SUPEREGO para referir-se aos três sistemas da personalidade.
O ID constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se localizam as pulsões: a de vida e a de morte. As características atribuídas ao sistema inconsciente, na primeira teoria, são nesta teoria, atribuídas ao ID. É regido pelo Princípio do Prazer.
O EGO é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as “ordens”do superego. Procura dar conta dos interesses da pessoa. É regido pelo Princípio da Realidade, que, com o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos e pensamento.
O SUPEREGO origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais.
O DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL:
No processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo tem, nos primeiros anos de vida, a função sexual ligada à sobrevivência, e portanto o prazer é encontrado no próprio corpo. O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão localizadas em partes do corpo, e há um desenvolvimento progressivo que levou Freud a postular as fases do desenvolvimento sexual em:
FASE ORAL: a zona de erotização é a boca;
FASE ANAL: a zona de erotização é o ânus;
FASE FÁLICA: a zona de erotização é o órgão sexual;
PERÍODO DE LATÊNCIA: que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, isto é, há um intervalo na evolução da sexualidade. E, finalmente, na adolescência é atingida a última fase, isto é, a Fase Genital.
FASE GENITAL: quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo - o outro.
O COMPLEXO DE ÉDIPO: 
No decorrer dessas fases, vários processos e ocorrências sucedem-se. Desses eventos, destaca-se o Complexo de Édipo, pois é em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo. Acontece entre 2 e 5 anos. No Complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele procura então assemelhar-se ao pai para “ter” a mãe, escolhendo-o como modelo de comportamento,passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna. Posteriormente, por medo da perda do amor do pai, “desiste” da mãe, isto é, a mãe é “trocada” pela riqueza do mundo social e cultural, e o garoto pode, então, participar do mundo social, pois tem suas regras básicas internalizadas através da identificação com o pai. Este processo também ocorre nas meninas, sendo invertidas as figuras de desejo e de identificação. Freud fala em Ëdipo feminino.
OS MECANISMOS DE DEFESA:
São vários os mecanismos que o indivíduo pode usar para realizar a deformação da realidade, chamados Mecanismos de Defesa.
Os Mecanismos de Defesa são processos realizados pelo ego e são inconscientes.
Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo, desta forma, o aparelho psíquico. O ego - uma instância a serviço da realidade externa e sede dos processos defensivos - mobiliza estes mecanismos, que suprimem ou dissimulam a percepção do perigo interno, em função de perigos reais ou imaginários localizados no mundo exterior.
Alguns destes mecanismos são:
- FORMAÇÃO REATIVA: o ego procura afastar o desejo que vai em determinada direção, e, para isto, o indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo. Aquele que aparece (atitude), visa esconder do próprio indivíduo suas verdadeiras motivações (desejo), para preservá-lo de uma descoberta acerca de si mesmo que poderia ser bastante dolorosa.
REGRESSÃO: o indivíduo retorna a etapas anteriores de seu desenvolvimento; é uma passagem para modos de expressão mais primitivos.
PROJEÇÃO: é uma confluência de distorções do mundo externo e interno. O indivíduo localiza (projeta) algo de si no mundo externo e não percebe aquilo que foi projetado como algo seu que considera indesejável.
RACIONALIZAÇÃO: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” da consciência. Na racionalização, o ego coloca a razão a serviço do irracional e utiliza para isto o material fornecido pela cultura, ou mesmo pelo saber científico.
- SUBLIMAÇÃO: Impulsos instintivos sexuais e agressivos são descarregados para objetos não sexuais ou agressivos, de tal sorte que se tornam socialmente aceitáveis.
- NEGAÇÃO: mecanismo de defesa pelo qual se dá como inexistente, um impulso instintivo ou aspecto do EU, ou, ainda, uma experiência penosa.
- REPRESSÃO: consiste em manter inconsciente, um impulso instintivo ou uma representação mental inaceitável .
BIBLIOGRAFIA:
* BOCK, Ana M.Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Mª. de
 Lourdes T.. Psicologias, Uma Introdução ao Estudo de
 Psicologia. Ed. Saraiva.
PROCESSOS BÁSICOS DO COMPORTAMENTO
SENSAÇÃO
	Nosso organismo é equipado com sistemas especiais de captação de informações, que denominamos Sentidos ou Sistemas Sensoriais. São eles que nos capacitam a colher dados de maneira a podermos planejar e controlar nosso comportamento e nos movimentar.
	Os sentidos detectam , realizam transdução (conversão) e transmitem informações sensoriais. Cada sentido tem um elemento de detecção denominado Receptor, que é composto por uma única célula ou um grupo de células especificamente responsável por um determinado tipo de energia.
	Cientistas catalogaram onze sentidos humanos distintos, sendo que a Visão, a Audição, o Paladar e o Olfato encontram-se entre os mais conhecidos.
	O Tato revelou-se composto de cinco sistemas dérmicos (pele) separados (ou somato-sensoriais): contato físico, pressão profunda, calor, frio e dor.
	Os seres humanos tem mais dois sentidos que detectam os atos do próprio organismo (proprioceptivos), que são: sentido cinestésico e o sentido vestibular.
	O sentido cinestésico depende dos receptores dos músculos, tendões e articulações. Esse sistema informa os seres humanos do posicionamento relativo das partes do corpo durante o movimento. Se fecharmos os olhos e flexionarmos a perna, o sentido cinestésico nos torna consciente do movimento.
	O sentido vestibular é, as vezes, denominado sentido de orientação ou equilíbrio. Responsável por informar a respeito do movimento e da orientação de sua cabeça e corpo em relação à terra quando estes se movimentam sozinhos dentro do meio que os cerca e quando são impulsionados através do espaço por automóveis, aviões, barcos e outros meios de transporte. Os órgãos vestibulares estão localizados nas partes ósseas do crânio em ambos os ouvidos interno, são cheios de fluidos que registra as mudanças de velocidade e direção do movimento
	PERCEPÇÃO
	A percepção não fornece um reflexo exato da realidade. Os próprios sentidos humanos não respondem a muitos aspectos do ambiente que nos cerca, a exemplo disto, não ouvimos os sons de alta freqüência registrados pelos morcegos, não sentimos o cheiro de substâncias que exalam das solas dos sapatos como os cachorros o sentem, etc. De outro lado, as doenças, o cansaço, a monotonia e as drogas nos fazem ver coisas que não existem.
	A percepção é o significado que damos às experiências que recebemos através dos órgãos dos sentidos.
	Barber e Legge (Apud Braghirolli et. All, 1990, p.74) definem a percepção como o “processo de recepção, seleção, aquisição, transformação e organização das informações fornecidas através dos nossos sentidos.”
	As percepções humanas dependem das expectativas, motivações, atenção e experiências anteriores (aprendizagem).
	A atenção é uma condição essencial para que haja percepção. É a atenção que nos possibilita selecionar aspectos do meio ambiente.
FATORES QUE INFLUEM NO PROCESSO PERCEPTIVO
Seletividade Perceptiva - Nossos órgãos sensoriais são simultaneamente atingidos por uma variedade de estímulos, não obstante, só percebemos um subconjunto destes estímulos. A esta concentração numa proporção apenas da estimulação sensorial denomina-se seletividade perceptiva. Exemplo disto é, ao conversarmos com uma pessoa nos concentramos apenas nos estímulos que partem dela embora nossos órgãos sensoriais estejam sendo atingidos por várias outras estimulações auditivas, visuais, táteis, etc
Experiência prévia e conseqüente disposição para responder - As experiências passadas facilitam a percepção de estímulos com as quais tenhamos, anteriormente, entrado em contato.
Condicionamento – Os comportamentos (respostas) aprendidos através de reforços serão mais facilmente percebidos ou emitidos em situações diversas, ou seja, a experiência passada influi no processo perceptivo.
Fatores contemporâneos ao fenômeno perceptivo – Assim como as experiências passadas influem no processo perceptivo, os fatores presentes, situacionais, também são capazes de predispor a pessoa a determinadas percepções. Estados de fome, sede, pobreza, depressão, cansaço, etc., podem influir na percepção do estímulo sensorial. Desta forma, o empregado ansioso e com medo de ser despedido, pode perceber em um comportamento irrelevante do seu patrão sinais de descontentamento e indícios de demissão; a visita a um supermercado próximo a horários de refeições, quando ainda estamos com fome, leva-nos a perceber e comprar muito mais gêneros alimentícios do que outros produtos (higiene pessoal, limpeza, etc.).
 PERCEPÇÃO SOCIAL
	Para que haja interação social é preciso que as pessoas percebam-se uns aos outros.
	Chama-se percepção social ao processo pelo qual formamos impressões a respeito de uma outra pessoa ou grupo de pessoas.
	Os fatores que influem no processo perceptivo de forma geral, também caracterizam a percepção social:
Seletividade perceptiva – Nas relações sociais a seletividade perceptiva se evidencia numa série de situações, eis algumas: tendência a perceber características negativas nas pessoas de quem não gostamos e aspectos favoráveis naquelasque nos agradam; a facilidade com que aprendemos o que nos interessa e deixamos para traz o que não nos interessa.
Experiência prévia e conseqüente disposição para responder - Esta característica da percepção facilita o processo de influência interpessoal ou de influência geral. Desta forma, estímulos conhecidos são mais facilmente comunicáveis e determinadas disposições a responder podem ser aproveitadas para maior eficácia de uma comunicação persuasiva. Exemplificando, será mais fácil persuadir um homem do campo a adotar determinada técnica em seu trabalho através da utilização de estímulos que lhe são familiares e, por esta razão, facilmente percebíveis, do que tentar faze-lo por meio de filmes sofisticados exibindo ambientes pouco familiares ou de outro contexto cultural.
Condicionamento – As conseqüências do condicionamento no processo de percepção social se evidenciam nos costumeiros problemas de comunicação entre pessoas de culturas diferentes, ou de ambientes educativos diversos. Não raro se verifica a dificuldade de um mesmo fato ser percebido de maneira semelhante por duas pessoas em virtude de condicionamento anteriores que as levam a perceber elementos diferentes numa mesma estrutura ou, pelo menos, enfatizar tais elementos em maior ou menor escala.
Fatores contemporâneos ao fenômeno perceptivo – Tal como se apresenta no processo perceptivo em geral.
PERCEPÇÃO DE PESSOAS
Percepção de uma ação emanada de uma pessoa
Ratificando o que já foi postulado até o presente, ao estudarmos a percepção, o interesse está no fenômeno perceptivo (formação do percepto) o qual poderá ou não corresponder exatamente ao estímulo com suas características próprias e reais. Consideremos duas pessoas O e P, onde O é o observador de P em um dado momento e situação. P dá uma esmola a um pobre e O registra este movimento através do seu aparelho sensorial (visão). Do ponto de vista do estudo perceptivo, o que interessa não é o simples registro visual da ação de P mas sim o significado do ato para o observador.
Digamos que O tenha preconceito contra pessoas de uma determinada nacionalidade e que P seja dessa nacionalidade. Admitamos que dentre as crenças nutridas por O acerca dessas pessoas está a que destaca-os como não caridosos e sim exploradores e oportunistas. Tal crença inspiradora de uma atitude negativa em relação a estas pessoas influirá na percepção da ação de P levando O atribuir à ação de P não um sentido de caridade e vontade de ajudar a pessoa a quem deu esmola, mas sim um desejo de aparentar caridade para impressionar os que estão a sua volta. Ainda que não haja tal preconceito de O em relação as pessoas dessa nacionalidade, poderá ter sido O condicionado, por experiências passadas, a ver na doação de esmolas sempre um ato de ostentação e não de caridade autêntica.
Sendo assim, muitos outros valores, atitudes, tendências e experiências anteriores do percebedor podem influírem decisivamente em sua percepção (formação do percepto).
Fenômenos Psicológicos que influem no processo perceptivo
Esteriótipos – consiste na imputação de certas características a pessoas pertencentes a determinados grupos, aos quais se atribuem determinados aspectos típicos. Exemplo: se uma pessoa aprende que determinado grupo tem a característica de ser preguiçoso, ao encontrar uma pessoa pertencente a este grupo ela tenderá a atribuir-lhe a característica de preguiçoso sem ter prova do que alega.
Os esteriótipos podem ser tanto positivos como negativos. Para o americano, uma pessoa que vem da Suécia ou da Noruega é boa até que prove o contrário; já um sul-americano é visto com certo desdém até que prove que não o merece.
Os esteriótipos existem em todas as culturas.
Preconceitos – consiste numa atitude negativa, aprendida, dirigida a um grupo determinado. O 
Preconceito não é inato e sim condicionado.
Atribuição diferencial de causalidade – ou seja, a tendência a agir procurando descobrir a relação 
de causa e efeito entre determinados aspectos da realidade individual e social e o comportamento da pessoa com quem estamos em interação.
Exemplo: Por que fulano está agindo assim para comigo?
 Foi ele forçado a faze-lo ou agiu de livre espontânea vontade?
EMOÇÃO
	A EMOÇÃO é uma reação difusa e desorganizada a algum estímulo interno ou externo. É um comportamento na qual as respostas vicerais condicionadas têm um papel preponderante. É um estado complexo, que envolve aumento da percepção de um objeto ou situação, grandes mudanças físicas, apreciação de atração ou repulsa sentidas, e organização do comportamento no sentido de aproximação ou afastamento.
	Não podemos observar a emoção diretamente, inferimos sua existência através do comportamento.
	O comportamento emocional é determinado por um complexo jogo de predisposições hereditárias e condicionadas.
	A constituição individual é um fator determinante na sensibilidade do sistema nervoso autônomo, no grau da resposta visceral e no padrão de difusão das reações viscerais. Desta forma, é importante que os órgãos dos sentidos estejam maduros para a condução dos estímulos e posterior percepção.
	As reações emocionais tendem a durar mais do que outras reações porque os músculos vicerais lisos, uma vez estimulados, são lentos em relaxar. Os estados emocionais podem então, continuar mesmo depois que o estímulo que o desencadeou desaparecer.
	As emoções básicas são: prazer, tristeza, raiva e medo. Entretanto, todas elas têm uma enorme escala de variação. Por exemplo, o prazer pode variar de satisfação ao êxtase, sendo que nesta escala estão incluídos o amor, a alegria, etc.; a tristeza pode variar do desapontamento ao desespero; o medo, da timidez ao terror; a raiva, do descontentamento ao ódio.
	As pessoas e outros animais respondem às suas emoções com expressões faciais, gestos e ações.
MANIFESTAÇÃO DAS EMOÇÕES
Indicadores utilizados para identificar as emoções:
Relatos Verbais – identificam-se as emoções através dos relatos escritos ou falados da pessoa que está sentindo a emoção.
Observação do Comportamento – os gestos, a postura corporal, a expressão facial e outros movimentos são indicadores de emoções, muito embora uma mesma emoção possa desencadear respostas distintas em diferentes pessoas, como também é verdadeiro que emoções diferentes possam gerar respostas iguais nas pessoas.
Indicadores Fisiológicos – várias alterações fisiológicas e orgânicas ocorrem durante os estados de emoção. As principais são: a) a condutividade elétrica da pele que aumenta com o grau de excitação emocional do indivíduo; b) as mudanças na pressão, volume e composição do sangue e o ritmo cardíaco; c) as alterações na temperatura e exsudação cutâneas; d) a mudança nas dimensões da pupila do olho; e) a secreção alterada das glândulas salivares; f) a tensão e o tremor muscular.
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
	Há controvérsia quanto a emoção ser inata ou adquirida, porém todos aceitam que o recém nascido apresenta reações que denotam sentimentos de prazer e desprazer.
	O estudo das emoções tem demonstrado que em sua formação há componentes orgânicos responsável pelo aparecimento de reações emocionais à medida que o indivíduo se desenvolve e amadurece (respostas do sistema nervoso , principalmente autônomo, e o do sistema endócrino) como da influência da aprendizagem no desenvolvimento emocional.
	Os que enfatizam o papel da aprendizagem no desenvolvimento emocional apontam três processos de aquisição de respostas emocionais:
Imitação – consiste na observação de um modelo e na posterior incorporação das respostas do mesmo.
Condicionamento – uma resposta é aprendida através da associação de um estímulo neutro a um outro capaz de provocar uma reação emocional.
Compreensão – através dos processos racionais e lógicos (considerando a recepção, interpretação e informações recebidas). A razão nos faz compreender as conseqüências de determinadoseventos, e isto nos leva a sentir emoção.
ANSIEDADE
	É uma emoção caracterizada por sentimentos de previsão de perigo, tensão e aflição e, pela vigilância do sistema nervoso simpático.
 
	Podemos distinguir a ansiedade do medo através de: 1) o objeto do medo é fácil de especificar, ao passo que o objeto da ansiedade amiúde não é claro; 2) a intensidade do medo é proporcional à magnitude do perigo enquanto que a intensidade de uma ansiedade tem a probabilidade de ser maior do que o medo objetivo.
	De acordo com diversos estudiosos, a ansiedade pode ser despertada por diferentes motivos, assim, para Freud, os perigos do mundo real e a previsão de punição por expressar impulsos sexuais, agressivos ou outras formas proibidas ou engajar-se em comportamento imoral seriam os detonadores da ansiedade. Os cognitivistas realçam os conflitos entre expectativas, crenças, atitudes, percepções, informações, concepções e coisas parecidas que conduzam à dissonância cognitiva. Os behavioristas acreditam no condicionamento como eliciadores da ansiedade
CÓLERA E AGRESSÃO
	RAIVA- uma emoção caracterizada por um alto nível de atividade do sistema nervoso simpático e por forte sentimentos de desprazer os quais são desencadeados por um mal real ou imaginário.
	AGRESSÃO – qualquer evento que vise ferir pessoas ou propriedades.
	A Raiva é, frequentemente , acompanhada por um impulso para retaliar por agressão, todavia, nem sempre a raiva e a agressão se acham ligadas. A raiva, além da agressão, também pode conduzir a comportamentos amuado, retraído, deprimido ou construtivo. 
Estímulos como frustração, dor física, escárnio, insultos e ameaças frequentemente levam à raiva e provocam agressão.
A Agressão, por sua vez, pode ser desencadeada por incentivos sem que haja a presença da raiva, como obedecer ordens, pressões sociais, influência grupal e outros.
PRAZER
Olds e Milner, em uma das suas experiências, acabaram, acidentalmente, descobrindo que uma estimulação em um determinado local do sistema límbico do rato provocava sensações agradáveis e que, tanto quanto a fúria, o prazer tinha suas raízes no cérebro.
Hoje se sabe que muitos mamíferos, inclusive as pessoas, têm numerosos circuitos associados ao prazer distribuídos pelo cérebro, não sabendo porém, exatamente o que esses locais fazem ou como.
Observação: 
Sistema Nervoso Autônomo: consiste em nervos que vão do cérebro e da medula espinhal para os músculos lisos dos órgãos internos, glândulas, coração e vasos sangüíneos. 
 O Sistema Nervoso Autônomo apresenta duas divisões chamadas de Divisão ou Sistema Simpático e Divisão ou Sistema Parassimpático. 
 O Sistema Nervoso Simpático atua durante os estados de excitação do organismo e age no sentido de despender os recursos do organismo. Ativado pelo Hipotálamo, desencadeia mudanças profundas no organismo preparando-o para enfrentar desafios (como nas situações de luta, medo ou fuga): aumenta o suor; o coração bate mais depressa; o sangue é redistribuindo para os músculos; liberação do açúcar na corrente sangüínea; melhora da contração do músculo fatigado, torna mais rápida a coagulação dos sangue, aprofunda a respiração para melhorar a oxigenação, etc. 
 O Sistema Nervoso Parassimpático tende a ser mais ativo quando os animais estão calmos, quando digerem os alimentos, dormem e se recuperam de uma doença, etc. 
 	O Sistema Endócrino compõe-se de glândulas sem canais de secreção externa que secretam substâncias químicas denominadas hormônios e as lançam diretamente na corrente sangüínea. Uma vez no sangue,, esses mensageiros químicos são conduzidos até partes distantes do corpo para influenciarem as células-alvo sensíveis. 
Os hormônios têm papeis importantes na regulação do metabolismo, do crescimento, da sexualidade, da emotividade, da vitalidade e da motivação. As Supra-renais são glândulas de importância nas reações emocionais, uma vez que liberam os hormônios Adrenalina e a Noradrenalina responsáveis pela resposta de ativação, ação (Adrenalina na corrente sangüínea) e reações de paralisação torpor, falta de ação por obra da noradrenalina na corrente sangüínea.
PENSAMENTO
O que é PENSAMENTO?
Esta palavra pode ser usada como um rótulo geral para atividades mentais variadas, tais como raciocinar, resolver problemas e formar conceitos.
Pensamento Dirigido – visa a uma determinada meta, é altamente controlado e vinculado a uma situação ou problema específico. Raciocínio, solução de problemas e aprendizagem de conceitos são exemplos comuns de pensamento dirigido.
Pensamento Não Dirigido (corrente de consciência ou consciência comum da vigília) - é a atividade mental errante sem meta específica, em que, nas horas em que estamos acordados, as idéias se misturam com lembranças, imagens, fantasias, percepções e associações.
Tanto o pensamento dirigido como o não dirigido dependem dos mesmos processos básicos, incluindo memória, imaginação e a formação de associações.
Em estudos, principalmente em laboratórios, tem se pesquisado a importância da imagem mental para o pensamento. Para responder a certos tipos de perguntas a respeito de um objeto, tais imagens parecem ser exatamente úteis quanto ter o objeto em si presente.
As imagens mentais que podem ser visuais, auditivas, táteis ou gustativas parecem acompanhar o pensamento. 
Outra observação tem-se feito quanto a importância da linguagem para o processo de pensamento. As observações de laboratório apoiam a idéias de que as pessoas falam a si mesmas enquanto pensam.
DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO
A observação de crianças aprendendo letras ou números sugere que a capacidade de pensar não é inata, ela é desenvolvida ao longo dos anos.
Jean Piaget e seus colaboradores, observaram que as crianças só vagarosamente aprendem a reconhecer formatos e tamanhos, enquanto na primeira infância nem sequer percebem que os objetos são permanentes.
Nos orientando pela teoria piagetiana podemos definir a formação dos processos cognitivos básicos. Nascemos dotados apenas de uns poucos REFLEXOS, como chupar e agarrar, e tendências inatas a exercitar os reflexos e organizar suas ações, ou seja, não herdamos capacidades mentais prontas, mas, apenas um modo de reagir ao ambiente. Dessa forma, nesta primeira fase do desenvolvimento a tendência é a repetição do reflexo, ou seja, o estabelecimento do contato através dos lábios e sugar o que quer que seja que vá a boca e agarrar qualquer objeto que lhe toque a palma da mão. A essa seqüência bem definida de ações Piaget chama de Esquema. Tão logo se desenvolve, um esquema de ação aplica-se a todo objeto novo e a toda nova situação; por exemplo, a criança de peito chupar uma crescente variedade de objetos, á medida que aumenta seu raio de ação. Assimilação é o termo utilizado por Piaget ao processo de incorporação de objetos ou experiências novas aos esquemas existentes. À capacidade, mais tarde, de representar uma coisa por outra, empregando palavras e símbolos dá-se o nome de Esquemas Representacionais.
Para Piaget o pensamento se desenvolve em uma seqüência fixa (constante) de estágios em todas as crianças (não significa cronologia) e a construção dos estágios tem como base o estágio precedente ou seja, ela depende da experiência anterior do sujeito e não somente da maturação, do meio social que pode “acelerar ou retardar a aparição de um estádio, ou mesmo impedir sua manifestação”. Estabeleceu para cada estágio período correspondentes à idade cronológica:
*1. Estádio da Inteligência Sensório –Motora (até dois anos);
*2.Estádio da Inteligência Simbólica ou Pré-Operatória ( 2 à 7-8 anos);
*3.Estádio da Inteligência Operatória Concreta ( de 7-8 anos à 11-12 anos);
*4.Estádio da Inteligência Operatória Formal ( a partir de 12 anos com patamar de equilíbrio por volta dos 14-15 anos).
OS PRINCIPAIS PERÍODOS DE DESENVOLVIMENTO
Inteligência Sensório-Motora
Períododescrito como sendo sem pensamento ou representação, sem linguagem, sem conceitos. Trata-se de uma inteligência que se determina em presença do objeto, das situações, das pessoas e cujo instrumento é a percepção.
Evolução: 
1o Subestádio caracterizado pelos exercícios reflexos ( até 1 mês).
2o Subestádio – Reações Circulares Primárias (1 mês à 4 meses e meio)
 Repetição de um comportamento, após ter reproduzido resultados interessantes, ao acaso, sobre o seu próprio corpo.
3o Subestádio (4 meses e meio à 8-9 meses). Caracterizado pela Reação Circular Secundária, que consiste na repetição de resultados interessantes descobertos em relação ao próprio corpo e também os que obtém quando sua ação inside sobre o meio externo).
4o Subestádio (8-9 meses à 11-12 meses). Inicio da intencionalidade em seu comportamento. Utiliza-se de esquemas anteriores para atingir um objetivo não diretamente acessível.
5o Subestádio – Reação Circular Terciária ( 11-12 meses à 18 meses). Caracteriza-se pela experimentação ativa e pela busca da novidade. Ao contrário da reação circular secundária onde a criança repete um mesmo movimento descoberto ao acaso, na reação circular terciária ela varia seus movimentos na descoberta de novos resultados.
6o Subestádio (1 ano e meio à 2 anos) – Este estádio efetua a transição entre a inteligência sensório-motora e a inteligência representativa, que começa por volta dos dois anos, com a aparição da função simbólica. A criança neste subestádio consegue prever mentalmente, o ato a ser realizado, sem que seja necessário fazer tentativas efetivas (concretas) na obtenção de um resultado esperado. A criança realiza estas tentativas mentalmente, antes de agir.
Inteligência Simbólica ou Pré-Operatória
Caracterizada pela inteligência representativa ou representação simbólica.
A passagem da inteligência sensório-motora para a pré-operatória se dá lentamente.
O que Piaget chama de inteligência neste estágio é a capacidade de formar uma imagem mental daquilo que não está presente no momento. Cada objeto ou situação é representado, o que quer dizer, evocado em imagem, por meio de símbolos ou signos diferenciados. A capacidade evocadora é a função simbólica ou semiótica; os meios são a linguagem, a imitação diferida, a imagem mental, o desenho, o jogo simbólico.
 	Piaget pensa que a passagem da inteligência sensório-motora à inteligência representativa se opera pela imitação, que já vem se desenvolvendo no estádio anterior.
	Entre 2 e 5 anos ,aproximadamente, a criança adquire a linguagem, contudo esta linguagem não é apta para exprimir o pensamento magístico da criança. Essa dominação de um pensamento por imagens, sem a possibilidade de comunicá-la pela linguagem, encerra a criança em si mesma. Exemplo do pensamento imagístico observamos no jogo simbólico onde a criança transforma o real ao bel-prazer das necessidades e dos desejos do momento, assim, uma concha pode representar um gato, um prato pode representar uma cama para boneca.
	Ao expressar, pela linguagem, o seu pensamento, a criança vê o que enuncia e para ela, é como se o adulto ou outrem visse como ela o que ela evoca.
	Neste estádio a criança não tem um pensamento genérico e conceitual, assim o termo cão, quando é pronunciado pela criança, remete pela imagem-símbolo a um cão familiar, ou a um cão conhecido e não à generalidade do conceito.
	O pensamento da criança entre 2 e 7 anos está, pois, dominado pela representação imagística de caráter simbólico. A criança trata as imagens como verdadeiros substitutos do objeto e pensa efetuando relações entre imagens
	 
3) Estádio da Inteligência Operatória Concreta
	
	Durante este estágio, as crianças desenvolvem a capacidade de usar a lógica e param de confiar tão fortemente em informação sensorial simples para compreenderem a natureza das coisas. Adquirem a capacidade de fazerem em suas cabeças o que anteriormente tinham de fazer literalmente (no concreto).
	Neste estádio surgem as primeiras noções de conservação, classificação, de relação e do número.
Conservações:
Conservação dos comprimentos ( 7 anos)
Conservação das superfícies ( 7 anos)
Conservações numéricas ( 7 anos)
Conservação da substância (7 – 8 anos)
Conservação do peso (8 – 9 anos)
Conservação do volume (10 e 12 anos)
Estádio da Inteligência Formal
O que caracteriza o pensamento operatório formal é que ele é essencialmente hipotético-dedutivo.
Ao final deste período, as crianças possuem as mesmas capacidades mentais que os adultos.
BIBLIOGRAFIA
 DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia, São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1983.
 DOLLE, Jean-Marie Para Compreender Jean Piaget, Rio de Janeiro, Ed. Guanabara,1974.
PERSONALIDADE
De modo geral, Personalidade refere-se ao modo relativamente constante e peculiar de perceber, pensar, sentir e agir do indivíduo. A definição tende a ser ampla e acaba por incluir habilidades, atitudes, crenças, emoções, desejos, o modo de comportar-se e, inclusive, os aspectos físicos do indivíduo. A definição de personalidade engloba também o modo como todos esses aspectos se integram, se organizam, conferindo peculiaridade e singularidade ao indivíduo.
ESTRUTURA E CONTEÚDO DA PERSONALIDADE:
A estrutura da personalidade é a base que organiza e une entre si as diferentes condutas e disposições do indivíduo, é a organização global que dá consistência e unidade à conduta. A Psicanálise afirma que esta estrutura está formada, como base, por volta dos 4 ou 5 anos; Piaget coloca que a personalidade começa a se formar muito mais tarde, entre 8 e 12 anos.
Os conteúdos desta estrutura da personalidade estão relacionados com as vivências concretas do indivíduo no seu meio social, cultural, religioso, etc. Só é possível compreender a personalidade considerando a relação indissociada entre estrutura e conteúdo.
AS DIVERSAS TEORIAS DA PERSONALIDADE:
Existem inúmeras teorias da personalidade. Estas teorias enfatizam aspectos diferentes. A Psicanálise, enfatiza os aspectos psicossexuais; a teoria Rogeriana enfatiza a necessidade fundamental de auto-realização de todo indivíduo; a teoria behaviorista enfatiza a aprendizagem em que os aspectos duradouros do comportamento do indivíduo são os hábitos.
Além da ênfase em aspectos diferentes da personalidade, as teorias também podem se agrupar ou diferenciar quanto aos princípios pelos quais norteiam a abordagem da personalidade.
Alguns destes princípios são:
1. Os DETERMINANTES INCONSCIENTES do comportamento, em contraposição aos DETERMINANTES CONSCIENTES. 
2. Conceber a personalidade e, portanto, o homem como produto do DETERMINISMO AMBIENTAL ou do DETERMINISMO PSÍQUICO. Alguns teóricos, adeptos da teoria S-R, supõem que, quando o indivíduo nasce, a mente humana é uma “tábula rasa” que só vai adquirindo estrutura e conteúdo pela estimulação do meio, pelas inúmeras situações de aprendizagem que compõem o cotidiano e a vida inteira. 
O homem é pensado como passivo e reativo. A personalidade, portanto, é um conjunto de hábitos e comportamentos adquiridos a partir de condicionamentos na infância e outras formas de aprendizagem que vão reforçando alguns hábitos, substituindo outros.
Outros, assim, como Freud, colocam o indivíduo como fonte de seus atos. A natureza do homem é ativa. Ele é dotado de impulsos, instintos, motivações, necessidades, desejos conscientes ou inconscientes, bem como de uma energia vital ou sexual que determinam seu modo de ser. É o DETERMINISMO PSÍQUICO.
3. A HEREDITARIEDADE e a BASE BIOLÓGICA do organismo como relevantes na formação da personalidade. Dentre os adeptos, Sheldon é um que sustenta que há uma estrutura biológica que determina o desenvolvimento físico e o tipo psicológico.
4. O CONTEXTO SOCIOCULTURAL, enquanto referência ao mundodas relações sociais mais amplas e da cultura, é considerado por poucas teorias.
W.Reich, em sua teoria, procurou demonstrar que o comportamento dos indivíduos é determinada, também, pelas condições histórico-estruturais da sociedade em que os homens vivem. Buscou mostrar que a formação do caráter (personalidade) é peculiar e ajustada às condições de vida econômica, política e cultural de um povo. E esta formação caracteriológica (de personalidade) passa a “sustentar”, legitimar e conservar esta ordem social.
Para Erich Fromm, a personalidade desenvolve-se de acordo com as oportunidades que a sociedade oferece. Outros autores, como Lewin, consideram a influência social equivalente a experiências grupais, isto é, afirmam a importância dos grupos sociais aos quais o indivíduo pertence ou já pertenceu, na formação e controle de seu comportamento.
CARÁTER, TEMPERAMENTO E TRAÇO DE PERSONALIDADE:
CARÁTER - é um termo que os teóricos preferem não usar, devido à diversidade de usos existentes, inclusive no senso comum, para designar os aspectos morais dos indivíduos. Mais comumente, encontramos este termo para designar aquilo que diferencia um indivíduo do outro, a marca pessoal de alguém. Caráter é a peculiaridade indivisível, particular da pessoa, que se manifesta em certos modos de experiência individual; esses modos são organizados como totalidades e são sujeitos a mudanças, embora conservem a essência. 
TEMPERAMENTO - deve ser entendido como uma alusão aos aspectos da hereditariedade e da constituição fisiológica que interferem no ritmo individual, no grau de vitalidade ou emotividade dos indivíduos. Neste sentido, afirma-se que os indivíduos têm uma quantidade de energia vital, maior ou menor, que dará a tonalidade de seus comportamentos. Por exemplo, há o indivíduo “mais calmo” e o “mais agitado”.
TRAÇO DE PERSONALIDADE - refere-se a uma característica duradoura da personalidade do indivíduo. Ex.: ser reservado, ser bem-humorado, ser expansivo, etc.
OS TEMPERAMENTOS DE KRETSCHMER
	A teoria de Kretschmer tanto quanto a de Sheldon pertencem às teorias chamadas Tipológicas, ao seja, aquelas que classificam os seres humanos em tipos determinados.
	Para Kretschmer, a secreção das glândulas endócrinas e em geral, os fenômenos químicos do corpo inteiro influem sobre a constituição somática e o psiquismo de cada indivíduo.
CICLOTÍMICO - Pessoas de bom humor, tomam a vida tal como ela é, naturais, abertos, espontâneos, de amizades rápidas e fáceis, ternos. Oscilam com facilidade da alegria para a tristeza. 
Pela sua capacidade de sintonização afetiva e de irradiação afetiva, se contagiam com facilidade com a alegria ou a tristeza dos outros. Extrovertido, comunicativo, facilidade nas relações interpessoais e adequada captação dos estímulos ambientais. Muito sociais e bem aceitos. Tendem profissionalmente a empregos que se adaptam as suas qualidades. Facilidade para fazer dinheiro. Comerciantes, homens de empresa, especuladores, intermediários. Oradores tipos charlatões, humoristas.
Tipo Constitucional - Pícnico (tórax largo, assim como abdômen e crâneo, tendência a acumular gordura, pescoço grosso e curto, rosto redondo, tendência à calvície precoce, estatura baixa, mãos e pés curtos, pele lisa e brilhante, olhos redondos e vivos, cabelos lisos).
ESQUIZOTÍMICO - Introvertidos, reservados, escassa sintonização e irradiação afetiva, grande dificuldade em estabelecer relações interpessoais rápidas e ocasionais, pouco sociais, estabelecendo entre eles e os outros, uma barreira de frieza e reserva, mesmo que internamente desejam ter amizades e ser aceitos socialmente. Facilidade para o pensamento abstrato e lógico.
Grandes filósofos, matemáticos e líricos. Frios, fanáticos e com grande capacidade de exercer domínio sobre as massas (condutores da humanidade e grandes revolucionários).
Tipo Constitucional - Leptossomático (eixo vertical do corpo domina sobre os demais, cabeça pequena, nariz grande e queixo hipoplásico, pele pálida e pouco lisa, ombros estreitos, pouco desenvolvimento muscular, mãos largas e ossudas, face alongada, pescoço comprido, tendência ao envelhecimento precoce, olhos sonhadores).
ATLÉTICO - Lentos, falam compassados, tendência à perservação e repetição, característica típica é a viscosidade e pegajosidade. Grande capacidade de trabalho, constância, tenacidade e fidelidade. Podem ter crises de irritabilidade por coisas mínimas que desaparecem logo. Gênio explosivo.
Tipo Constitucional - Predomínio do desenvolvimento do esqueleto e da musculatura, estatura elevada ou mediana, ombros largos e caídos, crâneo alto e estreito e face ovalada, mãos grandes, estatura óssea pesada.
TEORIA CONSTITUCIONAL DE SHELDON
	Sheldon levava em consideração as camadas embrionárias, afirmando que em cada indivíduo há a predominância de uma delas: Ectodérmica, Mesodérmica, Endodérmica.
VISCEROTÔNICO - Em seus valores ocupam lugar os prazeres da mesa. Sua vida gira em torno da comida. É muito sociável, cerimonioso, guarda o formalismo das regras sociais. Dorme bem, se relaciona facilmente com os demais, aberto e expressivo. Apreciador do conformto, bom temperamento. Afetuoso.
Tipo do Corpo (Endomórfo): Mole, arredondado, vísceras digestivas superdesenvolvidas.
	
SOMATOTÔNICO - Gosta do poder. É agressivo, competitivo, dominante, corajoso, resistente e duro. Ama o conforto e a comodidade, sua fonte de prazer é a atividade e o triunfo. Afirmativo, ativo, direto. Tem um instinto sexual vigoroso e sem inibições, mas não o coloca em primeiro plano. Dorme pouco e durante o sono mudam freqüentemente de postura.
Tipo do Corpo (Mesomorfo): Duro, retangular, forte, atlético, músculos desenvolvidos.
CEREBROTÔNICO - Cronicamente fatigado, está dominado por uma inibição e ansiedade. Dificuldade para estabelecer relações pessoais, tende ao isolamento e solidão. Sua sexualidade é precoce e intensa, sua vida em grande parte gira em torno dela e sua difícil satisfação, devido a sua falta de contato afetivo, social e timidez. Intolerância aos estímulos dolorosos. 
Sono superficial, acorda com a sensação de não ter descansado bem. acorda cansado e vai se recuperando ao longo do dia. Temeroso, restrito.
Tipo do Corpo (Ectomórfo): Alto, magro, frágil, grande cérebro (cabeça grande), sistema nervoso sensível.
BIBLIOGRAFIA:
* HALL, C.S., LINDZEY G. Teorias Da Personalidade. EPU.
* BOCK, Ana M.Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Mª.de
 Lourdes T.. Psicologias, Uma Introdução ao Estudo de
 Psicologia. Ed. Saraiva.
RECRUTAMENTO DE PESSOAL
Entende-se por RECRUTAMENTO DE PESSOAL o meio pelo qual uma organização objetiva atrair a mão-de-obra necessária para a realização da seleção.
O recrutamento pode ser EVENTUAL ou PERMANENTE
É EVENTUAL quando procura atender a uma necessidade específica e momentânea. É PERMANENTE quando em conseqüência de um crescimento da empresa, aumento de produção, criação de novas atividades, saída de funcionários, etc. A admissão é contínua.
O Recrutamento de Pessoal deve prontamente basear-se em três pontos básicos: Rapidez, Economia e Qualidade.
Assim, a escolha dos métodos e recursos a serem utilizados devem ser os mais econômicos, rápidos e que possam obter pessoal da melhor qualidade possível.
Devemos ainda enfatizar que antes de iniciar-se qualquer atividade em recrutamento, deve-se proceder a uma análise do mercado de mão-de-obra enfocando:
a) Flutuações do Mercado: Alterações entre a oferta de determinados profissionais no mercado e a procura desses mesmos profissionais.
b) Crises: Quaisquer alterações acidentais ou não previstas que possam alterar a situação do mercado de trabalho.
Ciclo Econômico-Político: Variáveis ligadas a iniciativas econômico políticas podem também ocasionar mudanças no mercado de trabalho.
Quanto a população que pretende atingir, o recrutamento pode ser Internoou Externo.
RECRUTAMENTO INTERNO: Quando visa obter elementos originários da população dos funcionários da organização. Para tanto, pode utilizar recursos como: indicação de chefia, indicações baseadas em resultados de avaliações de desempenho, inscrições abertas para posterior seleção.
Os meios utilizados para esse tipo de recrutamento podem ser: cartazes, volantes, comunicados no jornal interno, etc.
RECRUTAMENTO EXTERNO: Quando visa obter elementos originários da população extra empresa. Os meios utilizados para esse tipo de recrutamento são: Rádio, televisão, jornal, revistas, cartazes, panfletos, agências de emprego, escolas profissionalizantes ou não, Sindicatos, Sine, serviços de auto-falantes, etc.
Nesta modalidade de recrutamento, há necessidade de verificar-se qual o veículo de comunicação mais adequado ao recrutamento e se esse veículo vai atingir a população pretendida.
SELEÇÃO DE PESSOAL
BREVE HISTÓRICO:
A Seleção de Pessoal no sentido sistemático e sobre bases psicológicas, começou praticamente com Hugo Munstenberg em 1910 na Universidade de Harvard. A partir daí, o desenvolvimento da Seleção de Pessoal, foi muito intenso, embora, alguns estudos já tivessem sido iniciados antes dessa época.
Por volta de 1917 ou logo após surgiram as primeiras instituições destinadas à orientações e à seleção profissional, do Instituto Jean Jacques Rousseau em 19l6; o Laboratório de Psicologia Industrial de Charlo Henbourg em 1918 e outros.
No Brasil o pioneiro em Seleção Profissional, foi o Engº Roberto Mange, criando a primeira organização do gênero, o Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional.
A partir de 1945 passamos a contar também com o Dr. Emílio Mira y Lopes, posteriormente diretor do Instituto de Seleção e de Orientação Profissional da Fundação “Getúlio Vargas”, no Rio de Janeiro.
Embora ambos apresentassem objetivos idênticos, usavam métodos até certo ponto diferentes. Mange representava a corrente psicométrica, enquanto Mira y Lopes a corrente clínica.
POSIÇÃO DA SELEÇÃO DE PESSOAL NO CAMPO DA PSICOLOGIA:
A seleção é fundamentada em que as pessoas desenvolvem potencialidades diferentes, e assim a psicologia também acredita que existe em cada pessoa a potencialidade desenvolvida diferentemente. Assim sendo o Psicólogo desta área deverá conhecer inteligência, aptidão, interesse, personalidade e bom conhecimento de técnicas.
DEFINIÇÃO:
A literatura especializada contém inúmeros conceitos de Seleção. Dentre alguns que examinamos, segue aqueles que exprimem de maneira mais satisfatória o que entendemos ser Seleção de Pessoal.
Visto o objetivo que imedia, “ Seleção é o satisfatório ajustamento de um indivíduo a um determinado grupo social, seja este um grupo educacional (seleção de alunos), seja um grupo ocupacional (seleção de pessoal), ou qualquer outro grupo (esportivo, religioso, cultural, etc.)”.
SELEÇÃO:
É um processo através do qual escolhemos elementos que tiverem as melhores probabilidades de ingressarem com sucesso num grupo operacional.
Seleção não significa que sempre devemos escolher os indivíduos que obtiverem os melhores e mais elevados índices de aptidões e capacidade. Trata-se da escolha, dentre os melhores, daquele que mais convêm a determinada situação. Assim, interessa o indivíduo que apresente, pelos resultados obtidos na testagem e na entrevista, maior possibilidade de adaptação a determinado grupo e não o indivíduo que obteve a melhor classificação.
Como exemplo imaginemos uma fábrica que necessita de operadores para máquinas automáticas num determinado setor. O trabalho é predominantemente sensório-motor (colocar chapa de metal numa prensa, acionar um pedal e retirar a chapa já estampada). Fica claro que um indivíduo com nível intelectual ou de escolaridade próprio a profissões superiores estaria rapidamente submetido à fadiga psicológica, a sentimentos de desvalorização pessoal e profissional que rapidamente ocasionariam instabilidade em seu comportamento e consequentemente no emprego. Essa situação é muito comum quando indivíduos com aptidões e capacidades superiores (os melhores colocados) são admitidos para trabalhos que exigem muito pouco dessas mesmas capacidades.
TIPOS DE SELEÇÃO:
a) EXPERIÊNCIA NO TRABALHO:
É o método mais natural e considerado o mais primário. Este método é utilizado por empresas ainda não atingidas por provas técnicas e métodos dessa área.
Baseia-se na verificação da experiência do candidato, visto o exame de documentos como C.T.P.S., Cartas de Referências, dados pessoais como idade, sexo, nacionalidade, etc. Uma vez admitido, o indivíduo trabalha durante um determinado período, quando deverá permanecer ou não definitivamente na empresa.
b) FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE EMPREGO:
O formulário de solicitação de emprego, pode servir como meio a seleção de pessoal. Alguns formulários são elaborados minuciosamente e através do exame de ítens, procura-se fazer uma correlação estatística entre as respostas e um possível êxito no trabalho. O problema maior na elaboração das propostas de solicitação de emprego é a definição dos itens que realmente possam diferenciar indivíduos com boa possibilidade de êxito. O conceito atual é de que o exame dos formulários é apenas um dos ítens que deve formar o processo seletivo.
c) PROVAS E TESTES PSICOLÓGICOS:
O uso dos testes psicológicos é intenso hoje em seleção. Entretanto devemos observar que atualmente procura-se dar uma interpretação dinâmica aos resultados obtidos, ou seja: as reações dos indivíduos, em determinado momento e situação são o resultado de variáveis pessoais e sociais atuando sobre o indivíduo.
Os métodos de seleção psicológicos inclui em geral testes, questionários, formulários específicos e entrevistas específicas. Procura-se reunir as vantagens da utilização de múltiplos recursos para assegurar um máximo de precisão e validade nos prognósticos.
d) DOCUMENTOS: Apresentação de provas de títulos, papéis comprobatórios.
e) ENTREVISTAS: (abertas ou dirigidas); Poderão ser entrevistas técnicas ou psicológicas (individual ou coletiva).
f) DINÂMICAS DE GRUPOS
g) CONCURSO COM PROVAS ESCRITAS
h) INDICAÇÕES: e outros métodos.
SELEÇÃO COMPETITIVA E SELEÇÃO NÃO COMPETITIVA:
Quando o número de vagas é menor que o número de candidatos, dizemos Seleção Competitiva.
Neste tipo de seleção, desenvolve-se um melhor nível de admissão, pessoas mais aptas serão admitidas.
Na Seleção Não Competitiva, o número de vagas é maior ou igual ao número de candidatos. Neste caso, deve-se montar padrões mais exigentes para conseguir pessoas mais aptas.
Quanto maior é o número de candidatos, tanto maior é a possibilidade de que seja escolhido um bom funcionário. Se há somente um candidato para uma vaga, o recrutamento é negativo e não existe seleção de pessoal.
 Aumentando-se a proporção de candidatos para uma vaga, aumenta-se as possibilidades de uma escolha melhor. Assim, a seleção depende vitalmente do Recrutamento. Se não existem candidatos com potencial para preencher determinada vaga também não existe Seleção, mesmo que estejam preparados os testes, hajam pessoal e instalações adequadas.
A seleção de Pessoal científica deve ser constituída:
1º. Conhecimento do Cargo ou da Função;
2º. Conhecimento dos Instrumentos de Seleção;
3º. Conhecimento da Amostra (população de candidatos a este cargo).
MERCADO DE TRABALHO
Mercado de Trabalho pode ser definido como uma área onde os diversos grupos ocupacionais encontram emprego, mudam de empregador ou onde encontram salários relativamente uniformes.
A importância do Recrutamento varia de acordo com o ciclo econômico, as crises de desenvolvimento, as crises políticas e sociais e os meses do ano e, as vezes com as flutuações das estações. Nos tempos de prosperidade aumenta o número de empregos e aumenta a competição das indústrias pela mão-de-obra disponível.
Durante os períodos de recessão oude depressão, a mão-de-obra é abundante e a competitividade se cria entre os trabalhadores. O empresário tem pessoal de sobra para escolher e que aparece facilmente, com ou sem anúncio.
Tanto o Recrutamento como a Seleção se tornam definitivamente mais fáceis nos tempos de dificuldades econômicas. Apesar disso, num período de recessão a mão-de-obra torna-se mais conservadora e raros indivíduos se arriscam a mudar de emprego.
Tanto Recrutador como Selecionador devem ser sensíveis aos fatores que modificam as condições do mercado de trabalho. Deve saber determinar tendências e escolher o meio adequado de ação em cada momento; devem saber orientar o empresário sobre o que ocorre no mercado de trabalho.
BIBLIOGRAFIA:
* CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed. Atlas
. Edição Compacta.
 
* SPINA, Patrícia P.N. Manual de Recrutamento e Seleção de
 Pessoal.
* CHIAVENATO, Idalberto. Recurso Humanos na Empresa. Vol.2
 Planejamento, Recrutamento e Seleção de Pessoal.
TESTE
É a técnica (instrumento) mais caracterizada da Psicologia. É a melhor maneira de investigar as aptidões, interesses, inteligência, memória, força de atenção, objetividade, habilidade mecânica e determinados aspectos da personalidade de uma empresa.
O teste é uma medida padronizada, experimentada, estatisticamente representativa e comprovada de um grupo médio que passa a servir como padrão.
Para aplicação, deve-se considerar:
. Condições ambientais;
. Condições físicas e emocionais.
OBS: Estigma: É o que pode provocar o resultado de um teste quando utilizado indevidamente, ou seja, “rotular ou discriminar pessoas a partir dos resultados”.
Os testes não são 100% seguros, necessitam normalmente de comprovação, ou seja, mais de um teste para se concluir.
BATERIA DE TESTES:
Grupo de diversos testes destinados, em seu conjunto, a examinar uma capacidade global (grau de inteligência, aptidão para determinadas escolas ou profissões, etc.). As intercorrelações entre cada um dos testes não devem ser demasiado altas, mas as correlações do resultado global com o critério devem ser mais altas do que as de um teste particular.
TESTES PSICOLÓGICOS:
Os testes constituem um dos grandes conjuntos de técnicas para exame e diagnóstico psicológico. Eles são instrumentos de diagnósticos psicológico, mas não devem ser considerados o instrumento por excelência. O uso de testes é necessário, mas não dispensa a observação e a entrevista, que a rigor vem complementar os dados colhidos através dos mesmos.
A palavra teste vem do latim (Testis = testemunha), através do inglês (Test = prova). Em sentido etimológico, fazer um teste seria dar testemunho ou fazer uma prova.
Em qualquer campo da atividade humana encontramos tais provas ou testes. Entretanto, no plano das ciências, torna-se necessário introduzir um sentido mais preciso a essa idéia ampla, acima exposta; e esse sentido é o da medida. Fazer um teste será medir, isto é, comparar com um critério determinado.
Para a medida são necessários:
1º. a existência de um ponto ou estado de referência, isto é, o critério propriamente dito;
2º. a uniformidade do estímulo, isto é, uma situação estimuladora padronizada.
A palavra teste, usada pela primeira vez por J. Mackeen Cattell em 1890, sob a expressão “teste mental”, atualmente é empregada com um adjetivo mais amplo (teste psicológico), para distinguí-lo dos possíveis testes biológicos, físicos, astronômicos, etc.
DEFINIÇÃO:
“Teste é uma prova definida, implicando uma tarefa a executar, idêntica para todos os indivíduos examinados, com técnica precisa para a apreciação do sucesso ou do fracasso, ou para a avaliação numérica do resultado. A tarefa pode comportar a apresentação de conhecimento adquirido (teste pedagógico), ou de funções sensório-motoras ou mentais (teste psicológico)” (Associação Internacional de Psicotécnica).
“Teste é uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento”. (Anastasi).
Um teste padronizado deve ser também aplicado em condições padronizadas, para que se obtenha resultados válidos. Aplicar testes não é atividade de rotina nem tarefa que se possa improvisar; toda aplicação requer preparação prévia e treinamento adequado da pessoa incumbida de realizá-la.
REQUISITOS OU QUALIDADE DE UM TESTE:
VALIDADE
Diz respeito ao fato do teste medir realmente aquilo a que se propõe. Contudo, devemos lembrar que os testes não medem diretamente as capacidades, as funções ou os traços que se propõe como objetivo, mas sim indiretamente, através de amostras do comportamento.
Na medida em que essas amostras são bem escolhidas, de forma a representar efetivamente o fenômeno em estudo, o teste será válido.
PRECISÃO OU FIDEDIGNIDADE:
Qualidade que se refere ao fato de o instrumento medir bem, com acuracidade, é verificada através da fidedignidade, isto é, da confiança na permanência dos resultados. Um teste é tanto mais preciso e fidedigno quanto mais estáveis e constantes forem seus resultados.
PADRONIZAÇÃO OU ESTANDARDIZAÇÃO:
Diz respeito à uniformidade de processo na aplicação, avaliação e interpretação do teste, pois, padronizar significa unificar segundo padrão, e no caso dos testes psicológicos fixar critérios para se poder comparar objetivamente os resultados de diferentes indivíduos.
Para assegurar essa uniformidade, o manual de cada teste oferece instruções técnicas para a administração do teste e para a avaliação e interpretação do teste e para a avaliação e interpretação dos resultados. Essas instruções, suficientemente claras e precisas, devem ser respeitadas rigorosamente pelo examinador.
AFERIÇÃO: 
Aferição se refere à graduação do teste, à fixação de graus de resultados e unidades de comportamento, a fim de se poder comparar objetivamente os resultados de diversos indivíduos. Aferir um teste é estabelecer as unidades ou normas, para avaliação e interpretação dos resultados no teste.
O USO DOS TESTES PSICOLÓGICOS:
É importante que o teste como instrumento científico, seja usado adequadamente. Mas também pelos efeitos que tem sobre o sujeito insiste-se nos cuidados indispensáveis e na exigência de pessoa habilitada para seu uso.
O código de ética profissional estipula as condições para o uso dos testes psicológicos, limitando-se ao psicológico, isto é, à pessoa com a formação exigida para esse título. Evita-se assim seu uso inadequado e por outro lado, a familiarização com o material, que invalida o teste.
CONCEITOS: APTIDÃO, INTELIGÊNCIA E PERSONALIDADE
APTIDÃO: Pode definir-se como o conjunto das capacidades inatas para executar tarefas qualificadas em diversos campos culturais.
TESTE DE APTIDÃO: Testes destinados a verificar a aptidão para uma determinada atividade ou ocupação (profissão).
INTELIGÊNCIA: Admite-se que inteligência designa uma “capacidade”, isto é, uma condição ou complexo de condições para determinados desempenhos ou funções intelectuais.
“Função de conhecimento dirigida para o mundo exterior.” (Binet).
“Faculdade geral de adaptar conscientemente o pensamento a novas exigências.” (Stern)
“Capacidade de pensar abstratamente.” (Terman).
“Capacidade de resolver com o pensamento problemas novos.” (Claparede).
Obs.: Tanto a hereditariedade como o ambiente influenciam no desenvolvimento da inteligência.
TESTE DE INTELIGÊNCIA: O termo “teste de inteligência” designa métodos de prova psicológica, projetados para determinar diferenças inter-individuais na esfera da inteligência humana. O examinado, em tais provas, é solicitado a resolver uma série de problemas de várias espécies e de diferentes graus de complexidade; o número de soluções corretas oferece uma idéia do seu nível (de desempenho) intelectual em comparação com indivíduos da mesma idade (de forma quantitativa). Normalmente a designação “teste de inteligência” implica a suposição deque o método em referência mede a inteligência geral, e não apenas aspectos parciais da mesma.
PERSONALIDADE: Vários são os conceitos sobre personalidade, segundo os seus próprios autores.
Personalidade originou-se da palavra Persona (latim), nome da máscara com que os atores do teatro romano antigo representavam seus papéis. 
Relacionada com a aparência externa da pessoa.
Para Allport: “Personalidade significa o conjunto de hábitos, atitudes e traços que determinam o ajustamento de uma pessoa a seu ambiente.”
Para a Psicologia: “Personalidade é o conjunto de modos de agir, essencialmente para com outras pessoas. Ela resulta das experiências e influências que recebemos durante toda nossa vida.”
Personalidade: Única e Diferente.
Tecnicamente não se pode aceitar a afirmação de que uma pessoa tenha “mais” ou “menos” personalidade do que outra. Qualquer pessoa possui individualidade, personalidade, singularidade.
“Personalidade é a maneira pela qual a pessoa age, pensa e sente.”
TESTE DE PERSONALIDADE: Uma série de métodos que verificam, não inteligência e rendimento potenciais, mas afetividade, atitudes sociais, interesses, propensão à neurose, etc.
BIBLIOGRAFIA 
OBS: Complementar com a leitura do texto que vai da página 148 à 165, do livro ** Psicologia Aplicada à Administração
 Autor - Agostinho Minicucci
 Ed. Atlas - 49ª edição
Conceitos extraídos dos diversos Manuais de Aplicação de Testes 
 Dicionário de Psicologia.
W.Arnold, H.J.Eysenck, R.Meili - Ed. Loyola.
A ENTREVISTA COMO INSTRUMENTO PARA SELEÇÃO
 * Amplamente utilizada como técnica de seleção de pessoal.
 * Envolve maior dose de subjetividade e de imprecisão, desta forma, deve ser feita com bastante habilidade e tato, a fim de que possa realmente produzir os resultados esperados.
 *Além da Seleção de Pessoal, a Entrevista tem outras inúmeras aplicações, como triagem no Recrutamento de Pessoal, Aconselhamento e Orientação, Avaliação de Desempenho, Desligamento de Pessoal, etc.
Para a realização da Entrevista, exige-se:
* treinamento apropriado do entrevistador;
* preparação da entrevista;
* ambiente adequado para a sua realização.
Preparar a Entrevista significa: 
* ter claro os objetivos específicos da entrevista;
* o método para atingir o objetivo da entrevista.
TIPOS DE ENTREVISTAS:
* Entrevista do Tipo I: São totalmente estruturadas. O indivíduo é solicitado a responder questões padronizadas, estruturadas, diretas, fechadas ou estandardizadas. Apesar de sua aparente limitação, as questões estruturadas podem assumir uma variedade de formas, como escolha múltipla, verdadeiro-falso, sim-não, agrada-desagrada, etc.
* Entrevista do Tipo II: São padronizadas quanto às perguntas ou questões, mas permitem respostas abertas; são denominadas resposta livre.
* Entrevista do Tipo III: Não especificam as questões, mas o tipo de resposta desejada. Recomenda-se seu uso apenas para conhecer certos conceitos espontâneos dos sujeitos.
* Entrevista do Tipo IV: Não especificam nem a questão nem a resposta requerida. São as entrevistas denominadas não-diretivas, clínicas, não-estruturadas, exploratórias, informais, etc.
O Entrevistador deve se informar a respeito dos requisitos necessários ao cargo que se pretende preencher e das características essenciais ao candidato. Essas informações são vitais para que o entrevistador possa, com relativa precisão, verificar a adequação dos requisitos necessários e características pessoais do candidato.
Na Entrevista propriamente dita, podemos distinguir dois aspectos bastante significativos:
Aspecto Material ou Conteúdo da Entrevista, que é o conjunto de informações que o candidato fornece a seu respeito, sobre sua formação escolar, experiência profissional, compromissos, situação familiar, condição sócio econômica, etc;
Aspecto Formal ou, o Comportamento do Candidato - é a maneira pela qual reage dentro daquela situação; no caso, a entrevista é uma amostra do comportamento do candidato: sua maneira de pensar, agir, sentir, seu grau de agressividade, suas ambições e motivações, etc.
O que se espera principalmente de um bom entrevistador é a habilidade de colocar os entrevistados à vontade, manter um bom contato com os mesmos e obter as informações desejadas. Inteligência normal, ausência de fortes preconceitos e coragem para auto correção são condições indispensáveis a um entrevistador. Para atingir seu objetivo, todo entrevistador deve observar, principalmente, os seguintes pontos:
1. Examinar seus preconceitos pessoais e dar-lhes o devido desconto;
2. Fazer perguntas que ensejam respostas narrativas;
3. Ouvir atentamente o candidato e demonstrar interesse pelo que é dito;
4. Evitar emitir opiniões;
5. Encorajar o candidato a fazer perguntas sobre o emprego e as condições de trabalho;
6. Evitar a tendência de classificar globalmente o candidato como “excepcional” ou “péssimo”;
7. Evitar tomar muitas anotações e registros durante a entrevista.
ASPECTOS GERAIS DA ENTREVISTA:
* Realizá-la em lugares isolados, sem interrupções ou outros que possam escutar;
* Colocar o entrevistado bem à vontade, integrando-o ao ambiente (Rapport);
* Não induzir as respostas do entrevistando, não dar respostas prontas;
* Evitar ver o entrevistado através de seus próprios preconceitos e experiências íntimas. O entrevistador deve ser o mais objetivo possível;
* Manter um roteiro de entrevistas preparado anteriormente, mantendo sempre as perguntas dentro de um padrão que se aproxime ao máximo da realidade, formulando perguntas importantes e dando tempo ao entrevistado para esclarecer bem suas respostas;
* O entrevistador deve controlar a entrevista no sentido de que esta não saia de seu tema principal.
BIBLIOGRAFIA:
* CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos (Ed.Compacta).
 Ed. Atlas. 
MOTIVAÇÃO
	MOTIVAÇÃO - tanto quanto emoção provém de um mesmo verbo latino “movere” que significa mover-se. Ambas indicam um estado de despertar do organismo. “Convencionalmente, temos denominado emocionais os estados intensos e imediatos do despertar, e motivacionais os estados emocionais mais prolongados e dirigidos” (Telford e Sarwrey, 1973).
	Motivo ou Motivação, refere-se a um estado interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou desperta comportamento usualmente dirigido ao cumprimento da necessidade ativante.
	A Motivação é algo que não se pode observar diretamente, inferimos a existência de motivação observando o comportamento.
	Um comportamento motivado se caracteriza pela energia relativamente forte nele dispensada e por estar dirigido para um objetivo ou meta.
MOTIVO, INCENTIVO E IMPULSO
	Distinguiremos estas três palavras que normalmente são utilizadas como sinônimos mas que não o são:
Incentivo - é um objeto, condição ou significação externa para o qual o comportamento se dirige. Podemos considerar como incentivo positivo, aquele para qual o comportamento se dirige (o alimento, o dinheiro, o sucesso) e, incentivo negativo aquele do qual o indivíduo procura se afastar ou que é evitado (o ferimento, o isolamento social).
Impulso – é considerado a força que põe o organismo em movimento, à busca do seu objetivo.
Motivo – pode ser definido como “uma condição interna relativamente duradoura que leva o indivíduo ou que o predispõe a persistir num comportamento ou a permanência da situação” (Sawrey e Telford).
	A identificação de um motivo auxilia na compreensão do comportamento humano, ou seja, faz-nos entender melhor as ações dos indivíduos, no entanto, como se sabe, há muitos outros fatores, além dos motivos, que influem sobre o comportamento, como a percepção, as emoções, a aprendizagem, etc.
	Existem diferentes modelos teóricos de interpretação do processo motivacional:

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