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TRADUÇÃO M a r l i s e B L G 1 0 1 7 2 0 1 2 TRADUÇÃO (síntese de proteínas): • ACOPLADA À TRANSCRIÇÃO EM PROCARIONTES • NO CITOPLASMA DE EUCARIONTES Vamos relembrar um pouquinho sobre proteínas antes de falarmos de sua síntese? AMINOÁCIDOS NÃO-CONVENCIONAIS (raros em proteínas) • 21 – Selenocisteína (códon UGA - recodificação da tradução) • 22 – Pirrolisina – usado somente por algumas arqueobactérias metanogênicas (códon UAG) NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DA PROTEÍNA: OS TRÊS PAPÉIS DO RNA NA TRADUÇÃO • mRNA: transporta a informação genética transcrita do DNA sob uma forma de uma série de seqüências trinucleotídicas (CÓDONS), cada uma especificando um certo aa • tRNA: chave para decifrar os códons do mRNA; cada aa possui seu próprio conjunto de tRNAs, cada um com um ANTICÓDON complementar ao códon do mRNA • rRNA: se associa a um conjunto de proteínas formando os ribossomos que catalisam a união dos aa sob a forma de cadeias polipeptídicas Código genético Código genético: • Universal (com raras exceções) • 64 códons possíveis (43) • 61 códons determinam aa específicos • 3 são códons de terminação (UAA, UAG e UGA) • AUG = códon de iniciação e codifica para metionina • GUG (bactérias) e CUG (eucariotos) podem ser utilizados como códons de início para metionina • DEGENERADO (apresenta + de 1 códon que determina um mesmo aa) • Fase (ou matriz) de leitura é a sequência de códons que vai do códon de iniciação até o códon de terminação Fase ou matriz de leitura Os códons do mRNA não reconhecem diretamente os aminoácidos que codificam A tradução do mRNA depende de moléculas adaptadoras que podem reconhecer e se ligar ao códon, e também, se ligar ao aminoácido tRNA tRNA ATIVAÇÃO DO AMINOÁCIDO: Aminoácido + ATP Aminoácido ~ AMP + P ~ P Aminoácido ~ AMP + tRNA Aminoacil-tRNA + AMP Aminoacil-tRNA sintetase Aminoacil-tRNA sintetase Estrutura da ligação aminoacil-tRNA Ligação altamente energética Tanto a união de um aa especTanto a união de um aa especTanto a união de um aa especTanto a união de um aa especíííífico com seu tRNA, fico com seu tRNA, fico com seu tRNA, fico com seu tRNA, catalisada pela aminoacilcatalisada pela aminoacilcatalisada pela aminoacilcatalisada pela aminoacil----tRNA sintetase, quanto o tRNA sintetase, quanto o tRNA sintetase, quanto o tRNA sintetase, quanto o pareamento do anticpareamento do anticpareamento do anticpareamento do anticóóóódon do tRNA com o cdon do tRNA com o cdon do tRNA com o cdon do tRNA com o cóóóódon do don do don do don do mRNA são fundamentais para a incorporamRNA são fundamentais para a incorporamRNA são fundamentais para a incorporamRNA são fundamentais para a incorporaçççção do aa ão do aa ão do aa ão do aa correto na protecorreto na protecorreto na protecorreto na proteíííína!na!na!na! EDIÇÃO HIDROLÍTICA PELA SINTETASE • Assegura que a aminoacil-tRNA sintetase ligue o aa correto a cd tRNA • 1 erro a cd 40 mil acoplamentos • aa correto tem > afinidade pela fenda do sítio ativo de sua sintetase • Células podem conter menos de 61 tRNAs Por quê? Capacidade de um único anticódon do tRNA reconhecer mais de um (mas não necessariamente todos) códon correspondente a um aminoácido Pareamento não convencional de bases (OSCILANTE OU “WOBBLE”) na posição 3’ do mRNA e sua correspondente (5’) no anticódon Bactérias têm 31 tipos de tRNA Humanos têm 497 genes de tRNA e só 48 tipos de anticódons OSCILAÇÃO Ribossomos: “máquinas” de fazer proteínas (3 a 5 aa por segundo são unidos durante a síntese proteica em eucariontes e 20 aa/seg em procariontes!) Sítios de ligação ao tRNA nos ribossomos Ribossomos são ribozimas!Ribossomos são ribozimas!Ribossomos são ribozimas!Ribossomos são ribozimas! • Os sítios de ligação aos tRNAs (A, P e E) são formados principalmente por rRNAs • O sítio catalítico para a formação da ligação peptídica (atividade peptidil transferase) é formado pelo RNA 23S Estrutura dos rRNAs na subunidade > de um ribossomo bacteriano A – Estrutura tridimensional dos rRNAs 5S e 23S B – Diagrama da estrutura secundária rRNA 23S Localização dos componentes proteicos (em dourado) na subunidade > do ribossomo bacteriano visto em 3 ângulos Já pensou que neste exato momento você tem milhares de genes sendo transcritos e de mRNAs sendo traduzidos em proteínas?? Mecanismos de controle de qualidade para impedir a tradução de mRNAs prejudicados Degradação do mRNA mediado por códon sem-sentido tmRNA Resgate do ribossomo parado em uma molécula de mRNA incompleta (procariontes) ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA 1)INÍCIO Procariontes • Formação do complexo de iniciação de tradução • Reconhecimento do códon de início • Ligação da subunidade ribossomal grande • Envolve a subunidade menor, um tRNA iniciador (tRNAfMet), fatores de iniciação (IF-1, IF-2 e IF-3) e GTP • Eucariontes • Mais complexo; tRNA iniciador não é formilado; vários fatores de iniciação eucarióticos (eIFs) ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA 2) EXTENSÃO OU ALONGAMENTO (~ em pro e eucariontes) • Ocorre com o auxílio de fatores de extensão (EFs) • Entrada do aa-tRNA no sítio A, ligação peptídica (catalisada pela peptidiltransferase) e transferência da cadeia polipeptídica crescente de P para A, movimento (translocação) do ribossomo • Entrada do aa-tRNA ETAPAS DA SÍNTESE PROTÉICA 3) TÉRMINO • Ocorre quando um códon de terminação é alcançado, com o auxílio de fatores de liberação Estrutura de um fator de liberação de tradução humano (eRFI, à esq.) e sua semelhança com um tRNA (à dir.) Mimetismo molecular! Polirribossomo A MAIORIA DAS PROTEÍNAS É PRODUZIDA EM 20 SEGUNDOS A ALGUNS MINUTOS! Para que a proteína seja útil à célula, a nova cadeia polipeptídica deve: • se dobrar sob uma conformação tridimensional ativa, com o auxílio de proteínas chamadas CHAPERONAS MOLECULARES • ligar-se a algum co-fator • ser modificada por enzimas • associar-se com outras subunidades ... Dobramento co-traducional da proteína Cada domínio da proteína recém- sintetizada adquire rapidamente o estado de “glóbulo maleável”. Em seguida o dobramento ocorre de forma mais lenta e por múltiplas vias, envolvendo frequentemente a ajuda de uma chaperona Chaperonas moleculares da família Hsp70 Chaperonas moleculares da família Hsp60 (chaperoninas) Regiões hidrofóbicas expostas fornecem sinais críticos para o controle da qualidade da proteína Dobramento correto sem auxílio Dobramento correto com ajuda de chaperona molecular Formas dobradas incompletamente digeridas no proteossomo Aumento progressivo do tempo Mecanismos celulares que controlam a qualidade da proteína após a síntese proteica Agregado proteico Proteossomo – complexo de proteases (máquina de destruição proteica) A ubiquitina e a marcação de proteínas com cadeias múltiplas de ubiquitina Produção das proteínas em eucariontes Do DNA à proteína...
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