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Apostila 1 Farmacologia e Calculo de Medicamento atualizada parte 1

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CIERP – Centro Integrado de Ensino Regular e 
Profissionalizante 
Noções de Farmacologia e Cálculo de 
 Medicamentos 
 
 
 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE FARMACOLOGIA E 
CÁLCULO DE 
 MEDICAMENTOS 
Parte 1 
 
 
 
 
CIERP – Centro Integrado de Ensino Regular e 
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Noções de Farmacologia e Cálculo de 
 Medicamentos 
 
 
 2 
Sumário 
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA ...................................................................................................... 4 
DEFINIÇÕES EM FARMACOLOGIA ...................................................................................................... 5 
FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA ...................................................................................... 6 
Farmacocinética ............................................................................................................................... 6 
1. Absorção ................................................................................................................................ 6 
2. Distribuição ............................................................................................................................ 6 
3. Metabolismo .......................................................................................................................... 7 
4. Excreção ................................................................................................................................. 7 
Farmacodinâmica ....................................................................................................................... 7 
1. Local de ação .......................................................................................................................... 7 
2. Mecanismo de ação ................................................................................................................ 7 
3. Efeito terapêutico ................................................................................................................... 8 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS .............................................................................................. 8 
Nove itens certos para a correta administração de medicamentos.................................................... 8 
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS ..................................................................................................... 10 
ORIGEM DOS MEDICAMENTOS ....................................................................................................... 11 
Medicamentos administrados pela via oral ......................................................................................... 11 
Formas sólidas ................................................................................................................................ 12 
Formas líquidas .............................................................................................................................. 13 
Medicamentos tópicos: ................................................................................................................... 15 
Medicamentos administrados por via parentérica ........................................................................... 17 
Medicamentos administrados através das mucosas ............................................................................ 18 
DOSAGEM ...................................................................................................................................... 18 
Prescrição .............................................................................................................................................. 19 
CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS ............................................................................................ 19 
SUBSTÂNCIAS ANTIBIÓTICAS, ANTIMICÓTICAS, ANTIVIRAIS E ANTIPARASITÁRIAS ........................... 19 
ANTIBIÓTICO ......................................................................................................................................... 19 
PENICILINA ............................................................................................................................................ 19 
Penicilinas Semi-sintéticas .................................................................................................................... 21 
AntibióticosBeta-Lactâmicos: Cefalosporinas ...................................................................................... 23 
Antibióticos Macrolídeos ...................................................................................................................... 26 
GLICOPEPTÍDEOS ................................................................................................................................... 27 
AMINOGLICOSÍDEOS ............................................................................................................................. 27 
TETRACICLINAS ..................................................................................................................................... 27 
CLORANFENICOL ................................................................................................................................... 28 
ANTITUBERCULOSOS E ANTIHANSENIANOS ......................................................................................... 29 
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 3 
ANTIVIRAIS ............................................................................................................................................ 31 
ANTIVIRAIS USADOS NO TRATAMENTO DA AIDS ................................................................................ 31 
ANTIPARASITÁRIAS ............................................................................................................................... 33 
INSULINA ........................................................................................................................................ 34 
HIPOGLICEMIANTES ORAIS ............................................................................................................. 37 
MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS ............................................................................................... 37 
MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SNC. .......................................................................................... 39 
ESTIMULANTES NO SNC ........................................................................................................................ 39 
DEPRESSORES DO SNC .......................................................................................................................... 39 
TRANQUILIZANTES E ANSILÍOTICOS ................................................................................................ 40 
MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ............................................... 41 
ANTIDEPRESSIVOS .......................................................................................................................... 41 
ANALGÉSICOS ................................................................................................................................. 42 
BRONCODILATADORES ................................................................................................................... 42 
ANTITUSSÍGENOS E MUCOLÍTICOS .................................................................................................. 42 
ANTIFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES ............................................................................................. 43 
CORTICOSTERÓIDES ........................................................................................................................ 43 
CARDIOTÔNICOS ............................................................................................................................ 44início de ação ligeiramente mais rápido quando administrado por via SC ou IV, 
mas para fins práticos é intercambiável com a insulina regular. Efeito se inicia entre menos de 15 minutos 
e atinge o pico máximo no sangue em 30min – 1 horas e dura cerca de 3 horas. Aspecto transparente e 
cristalino. 
 
Ação intermediária 
 
Insulina humana injetável, isófana (Humulin N, Novolin N). NPH conhecida pela letra N. Seus efeitos se 
iniciam cerca de 3 - 4 hora a injeção, atingindo o máximo de efeito entre 4 a 12 horas e dura 
aproximadamente de 20 a 24 horas. Aspecto transparente e cristalino. Pode ser administradas por via 
subcutânea e nunca por via endovenosa. 
 
Ação ultra-lenta 
 
Insulina humana ultra lenta conhecida pela letra U. Seu efeito se inicia cerca dê 6 a 8 horas após a 
injeção, atingindo seu efeito máximo de 12 a 16 horas e dura aproximadamente 20 a 30 horas. Aspecto 
leitoso. Devem ser administradas por via subcutânea e nunca por via endovenosa. 
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Combinação de insulina 
 
Insulina pré-mistura - são insulinas NPH (N -ação intermediária) misturadas em um mesmo frasco à 
insulina R (curta duração) em proporções fixas: 90/10 (90%da intermediária + 10% da rápida), 80/20 
(80% da intermediária + 20% da rápida); 70/30 (70% da intermediária + 30% da rápida), 60/40 (60% da 
intermediária + 40% da rápida) e 50/50 (50% da intermediária + 50% da rápida). Seu efeito se inicia cerca 
de 30 minutos a l hora após a injeção, atingindo seu efeito máxima de 2 a 12 horas e dura cerca de 20 a 
24 horas. Aspecto leitoso. Devem ser administradas por via subcutânea e nunca por via endovenosa. 
Um cuidado importante da equipe de Enfermagem é ficar atenta aos sinais e sintomas da 
hipoglicemia (baixa de açúcar ou glicose no sangue), que podem ocorrer nos pacientes que fazem uso 
de Insulina. 
 
Ela pode ocorrer quando: 
• A injeção da dose de insulina for maior que a necessária. 
• Houver atraso ou uma refeição. 
• O paciente estiver em jejum para cirurgias ou exames. 
• Houver excesso de esforço físico logo antes de ima refeição. 
• Houver diarréia ou vômitos. 
 
Os sinais e sintomas podem se apresentar por: 
• Sudorese excessiva. a fraqueza. 
• Náusea. 
• Perturbações visuais. 
• Tremores. 
• Dores de cabeça. 
• Pode evoluir para o coma. 
 
Outra complicação que o paciente poderá apresentar é a hiperglicemia (aumento acentuado aos 
níveis de glicose no sangue) e poderá evoluir para o coma hiperglicêmico. 
 
A hiperglicemia poderá ocorrer quando: 
• A injeção da dose de insulina foi menor que a necessária. 
• O uso de hipoglicemiantes orais foi ineficiente. 
• O paciente não aderiu ao tratamento e cometeu abusos alimentares. 
• Houve estresse físico ou emocional, como no caso de cirurgias, presença de infecção ou traumas. 
Portanto, quando você receber um paciente diabético na sua unidade, além dos sinais e sintomas 
da hipoglicemia, fique também atento aos sinais e sintomas da hiperglicemia que podem se apresentar 
por: 
 Sede intensa. 
 Volume urinário excessivo. 
 Perda rápida de peso. 
 Fraqueza e tonturas. 
 Taquipnéia (freqüência respiratória aumentada). 
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 Hiperemia de face (vermelhidão na face) 
 Queixa de dores abdominais. 
 Perda da consciência. 
 Pode evoluir para o coma. 
 
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
São medicamentos úteis para o controle de pacientes com DM tipo II, estando contra 
indicados nos pacientes com DM tipo I. Em pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação 
inicial pode ser a metformina, as sulfoniluréias ou as tiazolidinedionas. A insulina é a medicação 
primordial para pacientes com DM tipo I, sendo também muito importante para os pacientes com DM 
tipo II que não responderam ao tratamento com hipoglicemiantes orais. 
Os hipoglicemiantes orais mais conhecidos são: 
Metformina (Glifage) 
Clorpropamida: Diabinese 
Glipizida (Minidiab) 
Glibenclamida (Daonil) 
 
 
HEPARINA (LIQUEMINE) 
A heparina é derivada de fontes animais e é padronizada para sua atividade como 
anticoagulante. 
A heparina é apresentada em frascos com dose única ou com doses múltiplas e em 
concentrações que variam de 1.000 a 20.000 unidades por mililitros. 
A heparina freqüentemente é administrada por via intravenosa para produzir um efeito 
rápido e depois é administrada em injeção subcutânea profunda em doses maiores e menos 
freqüentes. 
 
 
MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS 
As doenças neoplásicas, ou cânceres, são causadas por divisão celular descontrolada. E 
estes medicamentos são utilizados no tratamento dos tumores malignos (câncer). 
 
QUIMIOTERÁPICOS 
 
 1)Classificação: 
 
 A) Alquilantes: são doadores de radicais alquila (R-CH2-); substâncias que em contato 
com as células cancerígenas ou não, entram no núcleo da célula hospedeira atingindo o ARN, 
responsável pela síntese protéica. Quando a célula se duplica liga-se ao radical alquila (ligação 
irreversível), não ocorrendo o seu desenvolvimento. 
São fármacos que formam ligação covalente cruzada com a dupla hélice. 
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Exemplos: altretamina; bussulfano; carboplatina; carmustina; ciclofosfamida; 
cisplatina; clorambucila; dacarbazina; estreptozocina; ifosfamida; lomustina; melfalana; 
mecloretamina; tiotepa; trietilenotiofosfamida 
 
B) Antimetabólitos: atuam no núcleo celular impedindo a síntese de ácido nucleico; 
bloqueia a síntese das bases nitrogenadas e ácido fólico. 
Exemplos: azatioprina; azauridina; capecitabina; fluoruracila; gencitabina; hidroxiuréia; 
mercaptopurina; metotrexato 
 
C) Antibióticos: inibição da duplicação do ADN. 
Exemplos:bleomicina; dactinomicina; daunorrubicina; doxurrubicina; mitomicina 
D) Alcalóides: ligação às proteínas do fuso cromático - microtúbulos (metáfase). 
Exemplos: vinca (Catharantus roseus): vimblastina; vincristina; vinorrelbina. 
E)Anti-hormônios: - antiandrogênicos (testosterona): não permitem a ação da 
testosterona. 
antiestrogênicos (estradiol), 
anti-LH, anti-FSH 
Exemplos: bicalutamida; busserrelina; flutamida; letrazol; nilutamida; tamoxifeno 
F) Hormônios: diminui receptor e sensibilidade aos esteróides (testosterona, estradiol, progesterona, 
cortisona) 
 Exemplos: medroxiprogesterona; megestrol; prednisona 
G) Inibição da topoisomerase: impede a duplicação da hélica; a topoisomerase atua duplicando 
a hélice de ADN. 
 Exemplos: etoposídeo; rinotecana; topotecana 
 
 H) Enzima: a asparaginase inativa a asparagina extracelular = interfere nas sínteses 
protéica e de ácidos nucléicos; a asparagina é essencial para a formação de ácido aspártico e 
amônio na sobrevivência celular. 
 
 I) Imunomodulador: interfere na síntese de ácidos nucléicos; tentando aumentar a 
resistência imunológica do paciente. 
 Exemplos: interferon alfa 
 
 Efeitos Colaterais: 
Depressão medular, anemia, fibrose pulmonar, insuficiências renal e hepática, leucemia, 
tromboembolismo, hipertensão arterial, distúrbios cardíacos, neurite periférica, hepatite, 
alopecia, ginecomastia, virilização, icterícia. 
 
Cuidados: 0 preparo deve obedecer a regras especiais, como paramentação e uso de fluxo laminar. 
Quando a droga for vesicante, observar atentamente os cuidados de prevenção de extravasamento. Se 
infusão continua, procure utilizar BOMBA DE INFUSÃO para administrar o medicamento. Algumas drogas 
requerem o controle rigoroso da diurese ou do pH urinário. Estimular a ingestão hídrica e atenção à 
prescrição da hidratação EV. 
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MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SNC. 
 
ESTIMULANTES NO SNC 
 
Estimulantes centrais são drogas que aumentam a atividade do encéfalo e da medula, usadas 
para neutralizar os efeitos depressores de outras drogas como ópio, morfina e álcool, e também para 
acelerar processos vitais em casos de choque e colapso. 
Exemplos: Cafeína; sulfato de anfetamina (Benzedrine); cloridrato de doxapram (Dopram); 
Metilfenidato. 
 
 
 
DEPRESSORES DO SNC 
 
A ação de depressores do SNC pode ser geral, deprimindo-o mais ou menos como um todo, 
ou mais especifica sobre um ou mais centros do encéfalo. 
Anestésicos 
GERAIS: óxido nitroso, éter, halotano, enflurano.; Endovenosos: tiopental sódico; diazepan, midazolan, 
etc. 
 
LOCAIS: lidocaína, bupivacaína, procaína, etc. 
 
Hipnóticos e Sedativos 
 
São fármacos que levam o paciente a um estado semelhante ao sono fisiológico. O sono é 
provocado independentemente da vontade da pessoa. Os hipnóticos deprimem todas as funções do 
sistema nervoso e em altas doses podem provocar a morte por depressão respiratória. Em doses 
pequenas, provocam sedação, acompanhado ou não de obnubilação. 
As substancias hipnóticas e sedativas geralmente podem ser usadas em menores doses para 
a sedação diurna e em maiores doses para indução do sono na hora de dormir. 
Barbitúricos são substâncias prescritas com maior freqüência que qualquer outra classe para 
produzir sedação do SNC. A resposta aos barbitúricos pode ser sedação leve, hipnose ou anestesia geral, 
dependendo da dose e do método de administração. 
 
 
Nome Genérico Nome Comercial 
Fenobarbital Gardenal 
Pentobarbital Nembutal 
Secobarbital Seconal 
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Butabarbital Butisol 
Flurazepam Dalmane 
 
Analgésicos Opióides 
 Antigamente, a analgesia, ou alivio da dor, era atribuída ao ópio originado da papoula. 
Embora sejam as substâncias mais poderosas e eficazes conhecidas pelo homem para o alivio da dor, 
também são as que causam dependência. Atualmente são três alcalóides derivados do ópio: morfina, 
codeína e papaverina. 
Nome Genérico Nome Comercial 
Morfina Oramorph 
Naloxona Narcan 
Codína Codein 
Sufenil Sufenta 
 
Anticonvulsivantes 
Substâncias cuja ação principal é prevenir ou paralisar a ocorrência de fenômenos motores 
ou psicomotores da epilepsia, tremores ou outros afecções centrais 
 
Nome Genérico Nome Comercial 
Fenobarbital Gardenal 
Fenitoína Hidantal 
Diazepam Dienpax, Valium 
Carbamazepina Tegretol 
Ácido vaipróico Depakene 
 
Efeitos Colaterais: Sonolência, hipotonia, irritabilidade, dependência, hipersensibilidade potencializada 
com o álcool, insônia. 
 
Cuidados: O Diazepam, quando EV, não deve ser diluído, faça-o diretamente na veia. Quando vier 
apresentado sob a forma de suspensão, agite vigorosamente o frasco antes do uso. 
 
TRANQUILIZANTES E ANSILÍOTICOS 
 
 
Promovem alivio da tensão emocional, como pequena ou nula interferência no rendimento 
intelectual. São muito úteis no tratamento da insônia. Podem induzir ao vicio, porém sem alteração do 
comportamento social do indivíduo.Como um grupo, os tranqüilizantes foram desenvolvidos para 
acalmar ou tranqüilizar as pessoas sem sedá-las excessivamente para realizar suas atividades. 
Nome Genérico Nome Comercial 
Clorpromazina Amplictil 
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Haloperidol Haldol 
 
MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
A seguir, estão destacados alguns dos medicamentos que atuam sobre diversos órgãos e apresentam ação 
é estimulante ou antagônica dos sistemas simpático e parassimpático. 
Adrenalina: droga estimulante do sistema simpático, vasoconstrictora, que aumenta a resistência 
vascular sistêmica e o estado contrátil do miocárdio e melhora o fluxo coronário e cerebral durante a 
massagem cardíaca na PCR. Portanto, existe a chance de restauração da circulação espontânea. Melhora 
a pressão arterial. 
Atropina: antagonista do sistema parassimpático, droga cronotrópica positiva que aumenta a 
automaticidade do nódulo sinusal e a condução átrio ventricular. Atua sobre o coração acelerando o 
ritmo de descarga elétrica (aumenta a frequência cardíaca). 
Noradrenalina: droga estimulante do sistema simpático e potente vasoconstrictor periférico que 
aumenta a pressão arterial nos casos de hipotensão severa (choque). 
Dobutamina: medicamento inotrópico, estimulante do sistema simpático que atua sobre o miocárdio, 
aumentando a contratibilidade e o volume de ejeção, resultando no aumento do débito cardíaco. Tem 
ação rápida. E indicado para o tratamento da insuficiência cardíaca e do choque cardiogênico. 
Dopamina: é uma estimulante do sistema simpático que exerce efeito inotrópico positivo em doses 
baixas e promove vasodilatação cerebral, renal e mesentérica, aumento do débito urinário; em doses 
altas doses promove aumento do tônus vascular e da pressão venosa central, semelhante ao da 
noradrenalina (melhora a pressão arterial e aumenta o trabalho do miocárdio). Está indicada nos casos 
de hipotensão aguda, choque, insuficiência cardíaca congestiva aguda ou crônica. 
•Propranolol: antagonista do sistema simpático diminui a excitabilidade cardíaca, O consumo cardíaco 
e, consequentemente, a pressão arterial (antiarrítmico e antianginoso). 
ANTIDEPRESSIVOS 
A depressão clínica deve ser diferenciada do desanimo ou da tristeza resultantes dos 
acontecimentos da vida.A depressão endógena, ou depressão sem causas externas óbvias, é 
amplamente subdiagnosticada na população. Temendo o estigma social da doença mental, as pessoas 
preferem culpar por seu mal-estar físicos. 
Nome Genérico Nome Comercial 
Amitriptilina Amytril 
Fenelzina Nardil 
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Imipramina Tofranil 
 
 
 ANALGÉSICOS 
 
Promovem queda da temperatura nos estados febris e suprimem a dor de origem superficial 
(cefaléia, mialgias e artralgias). 
 
Nome Genérico Nome Comercial 
Dipirona Novalgina, anador 
Paracetamol Tylenol 
Metamizol Dorflex, adegrip 
Propifenazona Saridon 
 
Efeitos Colaterais: Granulocitopenia, choque e hipersensibilidade. 
 
Cuidados: Quando VO, procure administrar sem o uso de alimento para não retardar a absorção do 
medicamento. Quando EV (dipirona), dilua em AD e administre lentamente. 
BRONCODILATADORES 
 
São normalmente utilizados para alívio das crises de dispnéias agudas ou prevenção destas. 
Muito usados em portadores de asma. 
Drogas que tem a função de aumentar a área de secção das vias aéreas em direção aos alvéolos, 
o que facilita o deslocamento e as trocas gasosas. 
Os principais broncodilatadores são: Epinefrina (Adrenalina); Aminofilina (Minoton); Fenoterol 
(Berotec); Ipratrópio (Atrovent); Salbutamol; Teofilina; Terbutalina (Terbutil). 
 
Efeitos Colaterais: Efeitos cardiológicos: palpitação, taquicardia e tremores nas mãos. Fadiga e sudorese. 
 
Cuidados: Quando administrados concomitantemente a outros medicamentos, evite associação. 
Administre-os em horários diferentes. Quando EV, dilua em SF 0,9% e administre lentamente. 
 
ANTITUSSÍGENOS E MUCOLÍTICOS 
 
A tosse é um reflexo de defesa do aparelho respiratório e visa à eliminação de substância 
estranhas que se apresentem nas vias aéreas. A depressão do reflexo da tosse geralmente é conseguida 
com os derivados da morfina; outros agentes podem ter também ação antitussígena: a melhoria das 
condições da mucosa, a regressão da infecção e a eliminação das secreções, fazendo desaparecer a 
necessidade de tossir, o que constitui o tratamento ideal. 
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Os expectorantes (mucolíticos)são drogas com capacidade de facilitar a eliminação das secreções 
das vias aéreas, facilitando e promovendo o “clareamento” pulmonar. Existem ainda meios naturais, tais 
como: drenagem postural, massagem e a tapotagem. 
Os antitussígenos são: Clobutinol (Silomat); Codeína (Tylex), dentre outros. 
Os mucolíticos são: Acetilcistina (Fluimecil); Carbocisteína (Mucofan); Bromexina (Bisolvan); 
dentre outros. 
 
 ANTIFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES 
 
Medicamentos que reduzem um ou mais componentes da reação inflamatória. Como as 
prostaglandinas figuram em posição de destaque no processo inflamatórios, foi constatado que o 
mecanismo de ação de muitas sustâncias antiinflamatórias consistia na verdade em impedir a síntese de 
prostaglandinas no local da inflamação. 
 
Nome Genérico Nome Comercial 
Diclofenaco Voltaren 
Aspirina AAS 
Ácido mefenâmico Ponstan 
 
 
CORTICOSTERÓIDES 
Com seu nome geralmente abreviado para 'esteróides', são usados sobretudo para controlar 
a inflamação de qualquer causa, mas na maioria dos casos em problemas da pele. Além disso, alteram a 
reação do organismo à insulina, o que cria problemas para os diabéticos e pode até induzir o diabete em 
certas pessoas predispostas. Os esteróides podem também suprimir o sistema imune, deixando algumas 
pessoas mais suscetíveis a infecções. Mas as principais preocupações associadas ao uso prolongado de 
esteróides são elevação da pressão sangüínea, retenção de fluídos, perda de massa muscular, tendência 
a contusões em algumas pessoas, acne e flutuações de humor. Existem outras preocupações associadas 
a seu uso em crianças. 
Nome Genérico Nome Comercial 
Hidrocortizona Cortisonal 
Dexametazona Decadron 
Prednisona Meticorten 
Betametazona Celestone 
 
 
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CARDIOTÔNICOS 
Cardiotônicos são substâncias que aumentam a força de contração miocárdio (ação inotrópica positiva). 
São representados principalmente pelos digitalicos. 
Os Digitálicos ou Cardioglicosideos constituem um grupo de fármacos usados no tratamento 
de doenças do coração, nomeadamente de arritmias e insuficiência cardiacas. 
Os digitálicos existem naturalmente nas plantas do género Digitalis nomeadamente na 
Digitalis purpurea, uma planta venenosa também conhecida por Dedaleira, selvagem na Europa e 
nomeadamente em Portugal. 
São usados para diminuir a taxa de contração ventricular e para corrigir as arritmias por 
flutter(arritmia) ou fibrilhação auricular. Arritmias supraventriculares. 
 
Efeitos: 
 Prolongamento ligeiro do potencial de ação e plateau. 
 Redução do ritmo cardíaco, devido à ativação dos núcleos do sistema parassimpático do nervo 
vago no cérebro. 
 Força de contração ventricular aumentada. 
Fármacos: 
 Digoxina: existe nos tecidos da planta dedaleira. É a mais utilizada. 
 Ouabaína: pouca solubilidade aquosa. 
 Digitoxina: alta solubilidade em água. 
 Metildigoxina 
ANTIARRÍTMICOS 
 São agentes que atuam de modo especifico nas arritmias cardíacas. As arritimias podem atuar 
relacionadas a anomalias na formação do impulso, defeitos de condução, alteração na excitabilidade e 
na força de contração miocárdica. Os fármacos que atuam nas arritmias agem deprimindo a 
condutabilidade miocárdica e retardando a condução AV( átrio-ventricular), além de possuir ação 
inotrópica e cronotropica positiva. 
 Os principais antiarritmicos são: Propranolol; quinidina; procainamida; amildarona ; lidocaina ( 
xilocaina); fenitoina( hidantal). 
ANTITUSSÍGENOS E MUCOLÍTICOS 
 
São medicamentos utilizados na regulação e controle da hipertensão arterial, ou seja, quando a pressão diastólica 
estiver igual ou superior a 90 mmHg. Há várias linhas terapêuticas, dentre as quais os vasodilatadores periféricos, 
os diuréticos de potência moderada, os antagonistas da aldosterona e os bloqueadores da ação parassimpática 
Fatores reguladores da PAM: 
 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Farmaco&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arritmia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Insufici%C3%AAncia_cardiaca
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plantas
http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero
http://pt.wikipedia.org/wiki/Digitalis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dedaleira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fibrilha%C3%A7%C3%A3o_auricular&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_de_ac%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_parassimp%C3%A1tico&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo_vago
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo_vago
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Digoxina
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ouaba%C3%ADna&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Digitoxina&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Metildigoxina&action=edit
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CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL >18 ANOS. 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema nervoso central (hipotálamo, sistema 
límbico, córtex encefálico, SNA, 
barrorreceptores e quimiorreceptores na aorta, 
carótida, aurículas e pulmão). 
Rim (homeostase dos líquidos). 
Sistema renina-angiotensina (vasoconstrição). 
Aldosterona (retenção de Na+). 
Escape de líquido pelos capilares. 
Reflexo vascular auto-regulador do fluxo sanguíneo. 
 
 
BETA-BLOQUEADORES - acebutolol, atenolol, carteolol, labetalol, metoprolol, nadolol, oxprenolol, 
pembutolol, pindolol, propranolol, sotalol, timolol. 
 
Mecanismo: 
irrigação e oferta de O2. 
 
NITRATOS - dinitrato de isossorbida, mononitrato de isossorbida, nitroglicerina. 
 
Mecanismo: vasodilatação direta, irrigação do 
miocárdio,potássio e magnésio, necessitando portanto de uma reposição adequada. 
O principal efeito colateral é a hipovolemia, pode ocorrer ainda surdez temporária,náuseas, vômitos, 
diarréias e ata reações alérgicas. 
Seu representante é a Furosemida (Lasix). 
 
POUPADORES DE POTASSIO 
 A principal utilização dos diuréticos poupadores de potássio é em associação com outros 
diuréticos, diminuindo a expressão do potássio e aumentar a eficácia da droga associada. 
 Seu representante é Espironolactona ( Aldactone). 
 
DIURÉTICOS OSMÓTICOS 
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 São substâncias que são filtradas livremente pelos glomérulos e permanece na luz do túbulo 
devido a limitação de sua reabsorção.Uma das indicações mais precisas e importantes dos osmóticos é 
a profilaxia da insuficiência renal aguda. Utiliza-se também para controle do edema cerebral seus 
representantes são manitol e a albumina humana. 
ANTIEMÉTICOS 
Os "antieméticos" são medicamentos usados para prevenir ou controlar as náuseas e os vômitos. 
Alguns impedem que as células do estômago enviem sinais ao cérebro, enquanto outros impedem as 
"células receptoras" (chamadas de receptores), fazendo com que o cérebro deixe de receber os "sinais 
de vômito." Atualmente, os medicamentos antieméticos mais modernos permitem evitar a ocorrência 
de episódios de náuseas e vômitos após a quimioterapia em um número cada vez maior de pacientes. 
Os medicamentos que compõem o grupo são: Metoclopramida (Plasil); Dimenidrato (Dramim). 
 
MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTIVO. 
Um aspecto do tratamento de úlceras duodenais ou gástricas é a neutralização ou a 
diminuição da acidez gástrica. Este processo começa com a eliminação dos possíveis irritantes gástricos 
(p.ex., antiinflamatórios não-esteróides, álcool e nicotina). Apesar das dietas pastosas serem 
recomendadas para o tratamento de úlceras, não existem evidências convincentes que apóiem a crença 
de que essas dietas aceleram a cicatrização ou evitam o seu retorno. Não obstante, os indivíduos devem 
evitar alimentos que parecem piorar a dor ou a distensão abdominal. 
ANTIÁCIDOS 
Os antiácidos aliviam os sintomas, promovem a cicatrização e diminuem o número de 
recorrências das úlceras. A maioria dos antiácidos podem ser comprados sem necessidade de prescrição 
médica. A capacidade de um antiácido de neutralizar o ácido gástrico varia de acordo com a quantidade 
ingerida, com o indivíduo e com o momento em que ele é ingerido. O sabor de um antiácido, seu efeito 
sobre os movimentos intestinais, seu custo e sua eficácia são fatores que determinam a escolha do 
antiácido. Os antiácidos são apresentados em comprimidos ou soluções. 
Os comprimidos podem ser mais convenientes, mas eles não são tão eficazes quanto os líquidos. Os 
antiácidos absorvíveis neutralizam rápida e completamente o ácido gástrico. O bicarbonato de sódio e o 
carbonato de cálcio, os antiácidos mais fortes, podem ser tomados de vez em quando para se obter um 
alívio de curto prazo. Como esses medicamentos são absorvidos pela corrente sangüínea, o uso contínuo 
pode alterar o equilíbrio ácido-básico do sangue, causando alcalose (a síndrome do leite-alcalino). 
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Por essa razão, esses antiácidos somente devem ser utilizados em grandes quantidades 
durante poucos dias. Os sintomas da alcalose incluem a náusea, a cefaléia e a fraqueza. No entanto, 
esses sintomas podem ser causados por vários outros distúrbios. Os antiácidos não-absorvíveis são 
preferíveis por causarem menos efeitos colaterais, sobretudo por eles não causarem alcalose. Eles 
combinam-se com o ácido gástrico para formar compostos que permanecem no estômago, reduzindo a 
atividade do suco digestivo e aliviando os sintomas das úlceras sem causar alcalose. Entretanto, esses 
antiácidos podem interferir na absorção de outros medicamentos (p.ex., tetraciclina, digoxina e ferro) 
para o interior da corrente sangüínea. 
O hidróxido de alumínio é um antiácido relativamente seguro e comumente utilizado. 
Contudo, o alumínio pode ligar-se ao fosfato no trato gastrointestinal, reduzindo os níveis sangüíneos 
de fosfato e causando perda de apetite e fraqueza. O risco desses efeitos colaterais é maior em 
indivíduos alcoolistas e naqueles com doenças renais, inclusive aqueles submetidos à diálise. O hidróxido 
de alumínio também pode causar constipação. O hidróxido de magnésio é um antiácido mais eficaz que 
o hidróxido de alumínio. Geralmente, quando a dosagem é de uma a duas colheres de sopa, quatro vezes 
ao dia, a evacuação permanece regular. Uma dosagem superior a quatro colheres causa diarréia. Como 
pequenas quantidades de magnésio são absorvidas para o interior da corrente sangüínea, os indivíduos 
com doença renal devem tomar pequenas doses. Muitos antiácidos contém tanto o hidróxido de 
alumínio quanto o hidróxido de magnésio. 
MEDICAMENTOS ANTI ULCEROSOS 
As úlceras comumente são tratadas por pelo menos seis semanas com medicamentos que reduzem a 
liberação de ácido no estômago e no duodeno. Qualquer um dos vários medicamentos anti-ulcerosos 
pode neutralizar ou reduzir o ácido gástrico e aliviar os sintomas, geralmente em poucos dias. Se os 
sintomas não desaparecerem totalmente ou se eles retornarem quando o medicamento for 
interrompido, outros exames normalmente são realizados. O sucralfato pode atuar formando uma capa 
protetora na base de uma úlcera para favorecer a cura. O sucralfato é eficaz no tratamento de úlceras 
pépticas e é uma alternativa razoável aos antiácidos. Ele é tomado três ou quatro vezes por dia, não é 
absorvido pela corrente sangüínea e, conseqüentemente, seus efeitos colaterais são poucos. 
Contudo, o sucralfato pode causar constipação. Os antagonistas H2 (cimetidina, ranitidina, 
famotidina e nizatidina) promovem a cicatrização da úlcera através da redução da quantidade de ácido 
e de enzimas digestivas no estômago e no duodeno. Esses medicamentos altamente eficazes são 
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tomados apenas uma ou duas vezes ao dia. Em geral, eles causam poucos efeitos colaterais sérios e 
vários deles podem ser adquiridos sem prescrição médica. Contudo, a cimetidina pode causar um 
aumento de volume reversível das mamas em homens. Menos comumente, ela pode causar impotência 
em homens que tomam doses altas durante longos períodos. 
Em menos de 1% dos indivíduos tratados com cimetidina, foram relatados casos de alterações 
mentais (especialmente em idosos), diarréia, erupção cutânea, febre e dores musculares. Quando um 
indivíduo que faz uso de cimetidina apresenta qualquer um desses efeitos colaterais, a substituição por 
um outro antagonista H2 pode solucionar o problema. Como a cimetidina pode interferir na eliminação 
de certas drogas do organismo (p.ex., a teofilina utilizada no tratamento da asma, o warfarin no 
tratamento de distúrbios da coagulação sangüínea e a fenitoína no tratamento de crises convulsivas), o 
usuário deve notificar ao seu médico o fato de estar utilizando a cimetidina. 
O omeprazol e o lansoprazol são drogas muito potentes que inibem a produção das enzimas 
necessárias para o estômago produzir ácido. Esses medicamentos podem inibir completamente a 
secreção ácida e têm efeitos prolongados. Eles promovem a cicatrização em uma maior porcentagem 
de pacientes em um tempo menor que os antagonistas H2. Eles são particularmente úteis no 
tratamento de indivíduos com esofagite com ou sem úlceras esofágicas ou de outros distúrbios que 
afetam a secreção gástrica ácida (p.ex., como a síndrome de Zollinger-Ellison). Os antibióticos estão 
sendo cada vez mais utilizados quando a bactériaHelicobacter pylori é a principal causa subjacente de 
úlceras. 
O misoprostol pode ser utilizado para prevenir as úlceras gástricas causadas por antiinflamatórios não-
esteróides. Não existe uma concordância médica relativa a todas as circunstâncias específicas em que 
o misoprostol deve ser utilizado. Contudo, a maioria concorda que esse medicamento é útil para 
algumas pessoas com artrite e que estão tomando doses altas de antiinflamatórios não-esteróides. O 
misoprostol não é utilizado em todos esses pacientes, pois ele causa diarréia em cerca de 30% dos 
usuários e apenas cerca de 10 a 15% dos que tomam doses elevadas de antiinflamatórios não-
esteróides apresentam úlceras pépticas. 
 
 
 
 
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 50 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 Asperheim, MaryK.; Farmacologia para Enfermagem, Ed. Guanabara Koogan, 2003 
 Soares, Flavia: Noções de Farmacologia para Enfermagem,2014. 
 Cabral, I.E. administração de medicamentos. Rio de janeiro: reichmann e affonso editores, 2002 
 Dicionário de administração de medicamentos na enfermagem 2005/2006[AME]. rio de janeiro: 
EPUB, 2004 
 Zanini, A.C. e Oga, S. farmacologia aplicada. 4.ed. São Paulo: atheneu,1989 
 TRIPATHI, K.D. Farmacología en Odontología "Fundamentos". 1.ed. Argentina: Panamericana, 
2008. 3-58. 
 FARMACOLOGIA GENERAL: FARMACODINAMIA. Disponível em: 
. Acesso em 29 set 2022ANTIARRÍTMICOS ........................................................................................................................... 44 
ANTITUSSÍGENOS E MUCOLÍTICOS .................................................................................................. 44 
ANTIEMÉTICOS ............................................................................................................................... 47 
MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTIVO. ................................................................. 47 
 
 
 
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INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA 
 
A farmacologia é a ciência que estuda a ação terapêutica do fármaco no organismo, avaliando 
os riscos e benefícios relacionados ao seu uso pelos clientes. O uso de substancias com potencial efeito 
diante das funções orgânicas é tão antiga quanto à própria história da humanidade e seu aprimoramento 
seguiu junto ao desenvolvimento das ciências médicas. 
Atualmente o tratamento farmacológico (farmacoterapia) é visto como a principal forma de 
ampliar as chances de se evitarem e tratarem doenças e atenuarem sintomas, no entanto, mesmo diante 
de tantos progressos o tratamento farmacológico ainda expõem os clientes a riscos. 
Nesse contexto entender os princípios básicos da farmacoterapia é fundamental ao processo 
de formação de um profissional da saúde, pois permitir a ele realizar o emprego dos fármacos com 
eficácia máxima e risco mínimo de efeitos adversos no cliente. A farmacologia é baseada com 4 objetivos: 
Profilática: O medicamento tem ação preventiva contra doenças. Exemplo: As vacinas podem 
atuar na prevenção de doenças. 
Terapêutica: O medicamento tem ação curativa, pode curar a patologia. Exemplo: Os 
antibióticos têm ação terapêutica, curando as doenças. 
Paliativo: O medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas da doença, mas não 
promove a cura. Exemplo: Os anti-hipertensivos diminuem a pressão arterial, mas não curam a 
hipertensão arterial; os antitérmicos e analgésicos diminuem a febre e a dor, porém não curam a 
patologia causadora dos sinais e sintomas. 
Diagnóstica: O medicamento auxilia no diagnóstico, elucidando exames radiográficos. Exemplo: 
Os contrastes são medicamentos que, associado aos exames radiográficos, auxiliam em diagnósticos de 
patologias 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DEFINIÇÕES EM FARMACOLOGIA 
 
Medicamento: É toda a substância que, introduzida no organismo humano, vai preencher uma 
das seguintes finalidades: 
Remédio: Todo meio usado com fim de prevenir ou de curar as doenças. 
Droga: substância ou matéria-prima que tem potencial de ação no corpo humano seja estudada 
quimicamente ou não. 
Princípio Ativo: É a substância que existe na composição do medicamento, responsável por seu 
efeito terapêutico. Também pode ser chamado fármaco. 
Dose: é uma determinada quantidade de medicamento introduzida no organismo para produzir 
efeito terapêutico e promover alterações ou modificações das funções do organismo ou do 
metabolismo celular. 
Fórmula farmacêutica: é o conjunto de substâncias que compõem a forma pela qual os 
medicamentos são apresentados e possui os seguintes componentes: princípio ativo (agente químico), 
o corretivo (sabor, corantes, açúcares) e o veículo (dá volume, em forma de talco pós). 
Forma farmacêutica: é a maneira física pela qual o medicamento se apresenta. Ex: Lasix 
comprimido, Binotal suspensão. 
Nome Fantasia ou Comercial: O nome de fantasia é aquele registrado e protegido 
internacionalmente e que identifica um medicamento como produto de uma determinada indústria. 
Medicamento Genérico: denominação do fármaco ou principio ativo, de registro legalmente 
obrigatório em embalagem patenteado por laboratórios, portanto de menor custo. 
Medicamento Simular: Produto diferente do medicamento de referência mas tem por objetivo 
alcançar o mesmo efeito desejado. 
Preventiva ou Profilática: quando evita o aparecimento de doenças ou reduz a gravidade da 
mesma. 
Efeito Desejado: É o efeito que se espera alcançar. 
Efeito Secundário: Resultados adicionais que não prejudicam diretamente o paciente. 
Efeito Colateral: Efeito imprevisível que não está relacionado à principal ação do fármaco. 
Efeito Adverso: Ação contraria do efeito planejado. 
Paliativo: quando diminui os sinais e sintomas da doença mas não promove a cura. 
Adição: Efeito combinado de dois fármacos. 
Potencialização: Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga a ação de outro 
fármaco. 
 
 
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Farmacocinética e Farmacodinâmica 
 
Farmacocinética 
A farmacocinética consiste no estudo do caminho que o medicamento vai fazer a partir do momento 
em que é administrado até ser eliminado, passando por processos de absorção, distribuição, 
metabolismo e excreção. 
Neste caminho, o medicamento vai encontrar um local de ligação e atuação, e a intensidade da 
resposta está relacionada com a concentração do fármaco no sítio. 
1. Absorção 
A absorção consiste na passagem do medicamento do local onde é administrado, para a circulação 
sanguínea. 
A administração pode ser feita via enteral, o que significa que o remédio é ingerido através da via oral, 
sublingual ou via retal, ou parenteral, o que significa que o remédio é administrado via intravenosa, 
subcutânea, intradérmica ou intramuscular. Existem também outras vias, como nasal, cutânea e 
inalatória. 
2. Distribuição 
A distribuição consiste no caminho que o medicamento faz depois de atravessar a barreira do epitélio 
do intestino para a corrente sanguínea, podendo estar na forma livre, ou ligado às proteínas 
plasmáticas, podendo depois atingir vários locais: 
 Local de ação terapêutica, onde vai exercer o efeito pretendido; 
 Reservatórios teciduais, onde vai ser acumulado sem exercer efeito terapêutico; 
 Local de ação inesperada, onde vai exercer uma ação indesejada, provocando efeitos colaterais; 
 Local onde são metabolizados, podendo aumentar a sua ação ou serem inativados; 
 Locais onde são excretados. 
Quando um medicamento se liga às proteínas plasmáticas, não consegue atravessar a barreira para 
atingir o tecido e exercer ação terapêutica, por isso um medicamento que tenha alta afinidade para 
estas proteínas, vai ter uma menor distribuição e metabolismo. No entanto, o tempo de permanência 
no organismo vai ser maior, porque a substância ativa demora mais tempo a chegar ao local de ação e 
a ser eliminado. 
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3. Metabolismo 
O metabolismo ou biotransformação é a alteração química do fármaco no organismo, o que acontece 
principalmente no fígado, podendo acontecer o seguinte: 
 Inativar uma substância, que é o mais comum; 
 Facilitar a excreção, formando metabólitos mais polares e mais hidrossolúveis de forma a serem 
eliminados mais facilmente; 
 Ativar compostos originalmente inativos, alterando o seu perfil farmacocinético e formando 
metabólitos ativos. 
O metabolismo de medicamentos também pode ocorrer com menos frequência nos pulmões, rins e 
glândulas adrenais. 
4. Excreção 
A excreção consiste na eliminação do composto através de várias estruturas, principalmente no rim, 
em que a eliminação se faz pela urina. Além disso, os metabólitos também podem ser eliminados 
através de outras estruturas como o intestino, através das fezes, o pulmão caso sejam voláteis, e a pele 
através do suor, leite materno ou lágrimas. 
Vários fatores podem interferir com a farmacocinética como a idade, sexo, peso corporal, doenças e 
disfunção de certosórgãos ou hábitos como fumar e beber álcool, por exemplo. 
Farmacodinâmica 
A farmacodinâmica consiste no estudo da interação dos fármacos com os seus receptores, onde 
exercem o seu mecanismo de ação, produzindo um efeito terapêutico. 
1. Local de ação 
Os locais de ação são os locais onde as substâncias endógenas, que são substâncias produzidas pelo 
organismo, ou exógenas, que é o caso dos medicamentos, interagem para produzir uma resposta 
farmacológica. Os principais alvos para a ação das substâncias ativas são os receptores onde se 
costumam ligar substâncias endógenas, canais iônicos, transportadores, enzimas e proteínas 
estruturais. 
2. Mecanismo de ação 
O mecanismo de ação é a interação química que uma determinada substância ativa exerce com o 
receptor produzindo uma resposta terapêutica. 
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3. Efeito terapêutico 
O efeito terapêutico é o efeito benéfico e desejado que o medicamento provoca no organismo quando 
administrado. 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
A segurança é o objetivo mais importante na administração de medicamentos. A seguir são 
apresentadas diretrizes a serem seguidas quando se deseja uma administração segura de 
medicamentos: 
1. Conhecer as normas do hospital ou estabelecimento. 
2. Administrar apenas aqueles medicamentos que constam na prescrição assinada 
pelo médico. 
3. Consultar o enfermeiro ou médico quando tiver dúvida a respeito de qualquer 
medicação. 
4. Certificar-se de que os dados no registro de medicamentos correspondem 
exatamente ao rótulo do medicamento do paciente. 
5. Solicitar sempre a outra pessoa, como por exemplo o enfermeiro ou farmacêutico, 
para conferir os cálculos. 
6. Não conversar durante administração da medicação, a não ser para pedir ajuda. 
Lembre-se de que a atenção é o aspecto mais importante da segurança. 
Nove itens certos para a correta administração de medicamentos 
1. Prescrição correta; 
2. Paciente certo; 
3. Medicamento certo; 
4. Validade certa; 
5. Hora certa; 
6. Via certa; 
7. Dose certa; 
8. Anotação certa; 
9. Resposta certa; 
A administração de medicamentos deve ser realizada com eficiência, segurança e 
responsabilidade, a fim de que sejam alcançados os objetivos da terapêutica implementada e, dessa 
forma, uma melhora no quadro clínico do paciente. Para tanto, deve-se ter conhecimento de alguns 
dados quanto ao processo de administração: informações farmacológicas do medicamento, bem como 
métodos, vias e técnicas de administração. Baseada nesses itens segue uma síntese dos principais 
aspectos considerados em um sistema de administração de medicamentos. 
As ações de medicamentos no organismo vivo podem ser classificadas em quatro categorias 
principais: 
o Local, quando o efeito ocorre no ponto de aplicação; 
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o Sistêmica, para aqueles que atingem a circulação; 
o Remota, nos casos em que a ação do medicamento em um alvo interfere no 
funcionamento de outro; 
o Local/geral, quando a droga produz efeito no ponto de aplicação, sendo absorvida 
posteriormente para ter ação sistêmica. 
A aplicação local de medicamentos é feita na pele ou em membranas mucosas, sendo que os 
efeitos podem ser os seguintes: antisséptico, adstringente, irritante, emoliente, estípico, vulnerário, 
anti-helmíntico, anestésico, adsorvente e estimulante. Os efeitos de uma droga de ação generalizada 
podem ser agrupados em: estimulante, deprimente, cumulativo, antiinfeccioso, antagônico e 
sinérgico. 
Os métodos e as vias de administração dependem de alguns parâmetros: rapidez desejada 
para inicio da ação ,natureza e quantidade a ser administrada e das condições do paciente. 
o Administração enteral (oral) - a ingestão é o método mais comum de prescrição de um 
fármaco. Além disso, é o mais seguro, mais conveniente e o mais econômico; 
o Administração sublingual - a absorção pela mucosa oral tem importância essencial no caso 
de determinados fármacos, por exemplo, a nitroglicerina. Como a drenagem venosa da boca 
dá para veia a cava superior, esses fármacos estão protegidos do metabolismo de primeira 
passagem pelo fígado; 
o Administração retal - com freqüência, a via retal é usada quando a ingestão não é possível 
por causa de vômitos ou porque o paciente se encontra inconsciente. Cerca de 50% dos 
fármacos que são absorvidos pelo reto não passam pelo fígado; 
o Administração parenteral - a administração parenteral de fármacos tem algumas vantagens 
nítidas em relação à via oral. A disponibilidade é mais rápida e mais previsível. A dose eficaz 
pode, portanto, ser escolhida de forma mais precisa. No tratamento de emergências, a 
administração é extensamente valiosa. A injeção do fármaco também tem suas 
desvantagens. É essencial manter a assepsia, pode ocorrer uma injeção intravascular quando 
esta não era a intenção, a injeção pode acompanhar-se de dor e, às vezes, é difícil para um 
paciente injetar o fármaco em si mesmo se for necessária a automedicação. Os custos são 
outra consideração. 
 Intravenosa - a concentração desejada de um fármaco no sangue é obtida com uma precisão 
e rapidez que não são possíveis com outros procedimentos. A via IV pode ser usada quando 
os fármacos são irritantes demais para serem injetados por via subcutânea ou intramuscular, 
porque a túnica íntima dos vasos sanguíneos costuma ser bastante resistente ao efeito 
destes agentes. Deve-se ter cuidado para evitar o extravasamento destes agentes; pode 
haver necrose tecidual local. 
 Subcutânea - só pode ser usada para substâncias que não são irritantes para os tecidos. A 
absorção costuma ser constante e suficientemente lenta para produzir um efeito 
persistente. A absorção de substâncias implantadas sob a pele ocorre lentamente ao longo 
de semanas ou meses. Alguns hormônios são administrados de forma eficaz dessa maneira; 
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 Intramuscular - a absorção depende do fluxo sanguíneo no local da injeção. A velocidade de 
absorção no músculo deltóide ou no grande lateral é maior do que a absorção no músculo 
grande glúteo. A velocidade de absorção em homens é maior que a absorção em mulheres 
quando a injeção é feita no grande glúteo; 
 Intrarterial - é aplicada para localizar seu efeito em determinado órgão ou tecido. Exige 
extremo cuidado e só deve ser feita por pessoas experientes; 
 Intratecal - quando se desejam efeitos locais e rápidos nas meninges ou no eixo cérebro-
espinhal, como na anestesia espinhal ou nas infecções agudas do SNC, os fármacos algumas 
vezes são injetados diretamente no espaço subaracnóide espinhal; 
 Intraperitoneal - por essa via, os fármacos penetram rapidamente na circulação através da 
veia porta. A injeção intraperitoneal é um procedimento laboratorial comum, embora 
raramente seja empregado na prática clínica. 
o Absorção pulmonar - os fármacos gasosos e voláteis podem ser inalados e absorvidos 
através do epitélio pulmonar e das mucosas do trato respiratório. As vantagens são a quase 
instantânea absorção para o sangue, ausência de perda hepática de primeira passagem e, no 
caso das doenças pulmonares, a aplicação local do fármaco no ponto de ação desejado. 
Aplicação tópica: 
 Mucosas - a absorção através das mucosas ocorre rapidamente. Na verdade, os anestésicos 
locais aplicados para efeito local algumas vezes são absorvidos tão rapidamente que 
provocam efeitos tóxicos sistêmicos; 
 Pele - poucas substâncias penetram facilmente a pele íntegra. A absorção daquelas que o 
fazem é proporcional à superfície sobre a qual são aplicadas e à sua lipossolubilidade. A 
absorção ocorre com maior facilidade através de pele com abrasão, queimadurasou 
soluções de continuidade. As reações inflamatórias e outros tipos de problemas que 
aumentam o fluxo sanguíneo cutâneo também aumentam a absorção. 
 Olho - os fármacos oftálmicos de aplicação tópica são prescritos basicamente por causa de 
seus efeitos locais. Em geral, não é desejável a absorção sistêmica que resulta da drenagem 
através do canal nasolacrimal. 
 
Preparações Farmacêuticas 
Devido às várias propriedades das diferentes drogas e aos seus muitos empregos, é necessário 
ter diferentes meios de prepara-las para uso do paciente. A escolha da forma farmacêutica depende: 
-Natureza físico-química do fármaco; 
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-Mecanismo de ação; 
-Local de ação do medicamento. 
-Dosagem – quantidade de fármaco na forma farmacêutica. 
 
 
 
Origem dos medicamentos 
 
NATURAIS: São medicamentos extraídos da natureza, ou seja, animais, vegetais ou minerais. 
SINTÉTICOS: São aqueles obtidos em laboratório. A droga produzida por processos artificiais 
pode ser ou não reproduções exatas de um medicamento natural. 
SEMI-SINTÉTICO: São medicamentos obtidos alterando-se as substâncias naturais, com a 
finalidade de produzir ações modificadas. 
Medicamentos administrados pela via oral 
Formas sólidas: 
–Comprimidos 
–Comprimidos com revestimento entérico 
–Pastilhas 
–Cápsulas 
–Pós 
Formas efervescentes 
Formas líquidas: 
–Xaropes 
–Soluções 
–Suspensões 
–Emulsões 
–Elixires 
–Tinturas 
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Formas sólidas 
Comprimidos 
Formas sólidas de um pó medicamentoso, 
preparado por compressão, adicionado ou não de 
substâncias aglutinantes. Comprimidos com ranhura – 
permitem uma divisão equilibrada da dose. 
 
 
Comprimido com revestimento entérico 
Resiste à dissolução no pH ácido do 
estômago, mas dissolve-se no pH alcalino do 
intestino. Utilizados para fármacos que são 
destruídos ou inativados pelo pH ácido. Não devem 
mastigados ou triturados. 
Comprimidos de ação prolongada (retard) ou de 
libertação controlada : 
Preparados para serem absorvidos de forma 
gradual. 
 
Cápsulas 
Preparados nos quais uma ou mais substâncias (líquido 
ou pó) são colocadas dentro de um invólucro gelatinoso, que se 
dissolve no tubo gastrointestinal e liberta o medicamento para 
ser absorvido. Forma adequada para administração de 
fármacos com sabor desagradável. Devem ser deglutidas 
inteiras. 
Cápsulas de ação prolongada, retardada ou contínua (retard) 
–Libertação contínua e gradual do fármaco devido aos diferentes níveis de dissolução dos grânulos 
contidos na cápsula. 
–Reduz o número de doses a administrar por dia. 
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–Não devem ser trituradas, nem mastigadas, nem o seu conteúdo esvaziado para misturar com 
alimentos ou líquidos – pode alterar a absorção. 
 
Pastilhas 
–Pequenos discos que contêm um fármaco numa base 
aromatizada. Devem ser completamente dissolvidos na boca, 
para que assim se liberte o fármaco. Normalmente exercem o 
seu efeito terapêutico na mucosa oral. 
 
 
 
 
Formas efervescentes 
–Alguns pós e comprimidos, são fornecidos em formas 
efervescentes, que são diluídos antes da administração. 
Objetivo é aumentar o efeito terapêutico ou melhorar o sabor 
 
 
 
 
Formas líquidas 
Xaropes 
–Fármacos dissolvidos numa solução concentrada de açúcar (sacarose) ou muito 
aromatizada. 
–Dissimular o sabor desagradável 
–Especialmente para crianças – sabor mais agradável, mais fácil administração e mais 
fácil o ajuste da dose. 
Soluções 
–Misturas homogêneas de líquidos em sólidos. 
–Habitualmente têm um sabor agradável sintético. 
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Suspensões 
–Misturas heterogênea de partículas sólidas em meio líquido. 
As partículas precipitam quando a solução fica em repouso 
–Agitar antes da administração – distribuição uniforme das 
partículas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emulsões 
–Feitas a partir de gorduras (óle os ou vaselina) dispersas em outro 
líquido. 
–Disfarçar o mau sabor ou proporcionar uma melhor solubilidade 
do fármaco. 
–Devem ser agitadas antes da administração 
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 15 
 
 
Elixires 
–Preparações de fármaco num solvente alcoólico. 
–Utilizados para fármacos não solúveis em água. 
Alguns medicamentos não devem ser triturados, mastigados ou 
dissolvidos, pois podem alterar as suas propriedades terapêuticas: 
–Comprimidos para serem dissolvidos na boca, para absorção através da 
mucosa oral (Nitroglicerina); 
–Comprimidos revestidos e cápsulas; 
–Comprimidos e cápsulas de libertação controlada (retard); 
–Medicamentos insolúveis quando misturados com outros líquidos. 
Medicamentos tópicos: 
-Loções 
-Cremes 
-Pomadas 
-Pós 
-Géis 
-Aerossóis 
-Pensos transdérmicos 
 
Loções 
–Suspensões de um pó insolúvel em água ou substâncias dissolvidas num líquido espesso. 
-Óxido de zinco. 
-Loção de calamina. 
–Calmantes, proteção da pele e aliviar o rubor e prurido. 
–Agitar antes de usar. 
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Cremes 
–Óleos emulsionados em 60 a 80% de água, de modo 
a formar um líquido espesso ou um sólido mole. 
-Cremes antifúngicos. 
Pomadas 
–Preparações semi-sólidas numa base gorda 
como a lanolina ou a vaselina. 
–Completa ou moderadamente absorvidas pela 
pele. 
–Conservam a umidade pelo que aumentam a 
absorção do fármaco – são o veículo mais eficaz 
para a absorção de fármacos pela pele. 
Pós 
–Partículas sólidas finas de um fármaco que têm o talco como base –Normalmente são 
espalhadas na pele – secam a pele –Desaparecem facilmente – aplicação freqüente. 
 
 
Géis 
–Misturas semi-sólidas que se liquefazem 
quando aplicadas na pele, evaporam-se rapidamente, 
formando uma película permeável. 
–Alguns corticosteróides são fornecidos nesta forma, para 
evitar a absorção e os conseqüentes efeitos sistêmicos. 
 
 
 
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Aerossóis 
–Fármacos sólidos ou líquidos em suspensão pulverizada. 
-Aplicações transdérmicas. 
-Pensos adesiv os impregnados com um fármaco, que é absorvido 
lentamente através da pele. 
-Nitroglicerina. 
-Fentanil. 
Medicamentos administrados por via parentérica 
-Ampolas 
-Frasco herméticos 
-Frascos duplos 
-Seringas pré-cheias 
-Recipientes para soluções de grande volume 
Ampolas 
–Recipiente de vidro, com uma preparação medicamentosa para utilização numa só dosagem. 
–Não guardar ampolas abertas. 
Frascos herméticos 
–Recipientes de vidro com um medicamento para uma ou mais administrações. 
–Fármaco em solução ou pó estéril que precisa ser reconstituído antes da administração. 
Frascos duplos 
–Recipientes de vidro com dois compartimentos (um contém o soluto e outro o solvente). 
–Entre os dois recipientes há uma borracha separadora. 
Seringas pré-cheias 
–Medicamentos pré-preparados. 
-Seringas de insulina. 
-Heparina de baixo peso molecular. 
Recipientes para soluções de grande volume 
–Soluções intravenosas estão disponíveis em recipientes de plástico ou de vidro, numa grande variedade 
de tipos, de concentrações e volumes. 
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Medicamentos administrados através das mucosasRetal 
-Supositórios. 
–Formas sólidas, destinadas a ser introduzidas num orifício corporal (ânus). Temperatura do corpo, a 
substância dissolve-se e é absorvida pela mucosa. 
–Devem ser armazenados em local fresco. 
–Microclisteres. 
–Solução para enema de pequeno volume, previamente embalada. 
Vaginal 
–Óvulos e cremes vaginais - fornecidos com aplicador.. 
–Irrigação vaginal. 
Nariz 
–Gotas nasais 
–Vaporizador nasal: pequenas gotas de solução contendo o fármaco são rapidamente absorvidas. 
Olhos 
–Gotas oftálmicas: As soluções oftálmicas são estéreis, facilmente administráveis e habitualmente não 
interferem com a visão. 
–Pomadas oftálmicas – provocam alterações da acuidade visual. Têm maior duração de ação que as 
gotas. 
–Frascos ou bisnagas sempre individualizados 
Ouvidos 
-Gotas otológicas. 
Inalação 
-Condução de medicamentos para os pulmões através das vias nasal ou oral. 
–Vaporização – medicamento é transportado através de um fluxo de vapor. 
–Atomização e nebulização – separação da solução em pequenas gotículas para ser inalada. 
 DOSAGEM 
 
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É a quantidade de medicamento que deve ser administrado e posologia é a dose de 
medicamento, por dia ou período, para obtenção de efeito terapêutico desejado. As doses dos 
medicamentos podem ser classificadas em: 
 
a) Dose de manutenção – é a dose necessária para manter os níveis desejáveis de medicamento 
na corrente sanguínea e tecidos, durante o tratamento; 
b) Dose mínima – é a menor quantidade de uma droga, capaz de produzir efeito terapêutico, 
sem apresentar efeitos indesejáveis; 
c) Dose máxima – é a maior quantidade de uma droga, capaz de produzir efeito terapêutico, sem 
apresentar efeitos indesejáveis; 
d) Dose tóxica – é a quantidade de uma droga que ultrapassa a dosagem terapêutica e que, 
portanto, causa perturbações, por vezes de muita gravidade, podendo, no entanto, ser o paciente 
socorrido a tempo, evitando-se o êxito letal; 
e) Dose letal – é a quantidade de uma droga que causa a morte de uma pessoa. 
Prescrição 
Uma prescrição é uma ordem escrita por um profissional para ser preparada por um 
farmacêutico, indicando a medicação que o paciente necessita e contendo todas as orientações 
necessárias para o farmacêutico e o paciente. 
Um pedido ou uma receita completa de um fármaco contém o nome do fármaco, a dosagem, 
quando deve ser administrado, como deve ser administrado quantas vezes deve ser administrado, a data 
do pedido ou receita e a assinatura do médico que escreveu. 
 
Classificação dos medicamentos 
 
Substâncias antibióticas, antimicóticas, antivirais e antiparasitárias 
 
ANTIBIÓTICO 
São medicamentos utilizados para inibir o crescimento e a reprodução (bacteriostáticos) ou causar a destruição 
definitiva das bactérias (bactericidas). Quando utilizados em desacordo com a prescrição pode levar a aquisição 
de resistência por parte das bactérias. Seus efeitos adversos são variados e se devem a sua toxicidade. Principais 
grupos: penicilinas (amoxicilina, Bezetacil); cefalosporinas (cefalotina, ceftriaxona); aminoglicosídeos 
(estreptomicina, neomicina); tetraciclinas e lincomicinas (clindamicina). Outros importantes são: vancomicina, 
sulfametazol, metronidazol. 
PENICILINA 
Penicilina G ou benzilpenicilina é utilizada na forma de sal sódico ou potássico para aumentar sua 
solubilidade, esta primeira forma de penicilina continua sendo utilizada comumente no tratamento de 
infecções estreptocócicas e pneumocócicas, bem como gonorréia, sífilis, meningite e outras infecções 
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causadas por organismos sensíveis à penicilina. Sua principal desvantagem é que em sua forma cristalina 
possui uma curta duração de ação e deve ser injetada, pois é destruída quando administrada por via 
oral. Antes da administração de qualquer forma de penicilina, o paciente deve ser cuidadosamente 
questionado acerca de reações alérgicas ao fármaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Benzilpenicilina está contra-indicada para pacientes com hipersensibilidade às penicilinas. 
O fármaco não deve ser injetado em artérias ou nervos, ou nas proximidades deste, pois pode induzir 
graves lesões neuromusculares. Por atravessar a barreira placentária deve-se analisar o risco benefício 
da administração do fármaco em gestantes, as penicilinas são excretados no leite materno, portanto é 
contra- indicada para lactantes. 
As penicilinas são substâncias de baixa toxicidade, mas com um indício significativo de 
sensibilização. As seguintes reações de hipersensibilidade foram relatadas aio uso da penicilina: 
erupções cutâneas, urticária, anemia hemolítica, trombocitopenia e leucopenia estão associados a altas 
doses de penicilina, edema de laringe, febre, calafrios, artralgia e prostração, dermatite esfoliativa. 
Formas de Penicilina G de Ação Prolongada 
Devido à curta duração da forma cristalina de penicilina G, foram desenvolvidas várias formas 
de ação prolongada, que têm a vantagem de ser administrada por via intramuscular, de forma que o 
fármaco se deposita no tecido muscular e pode ser absorvido lentamente pelo organismo. 
Estas formas de ação prolongada podem ser administradas SOMENTE por via intramuscular. 
Podem causar embolização fatal se forem incorretamente administradas por via intravenosa. 
Penicilina G procaína (Mycilin, Crysticillin, Duracillin). A adição de procaína à molécula de 
penicilina dá origem a um produto que proporciona bons níveis sanguíneos de penicilina por cerca de 6 
horas. 
Dose: Adultos (IM) 600.000 a 4 milhões de 
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 unidades por dia em doses fracionadas a 
 cada 6 horas. 
 Crianças (IM) 300.000 a 1,2 milhões de 
 unidades por dia em doses fracionadas a 
 cada 6 horas. 
 Recém-nascidos: Esta forma não é 
 recomendada. 
 
 
Penicilina G benzatina ((Bicillin) . Pela adição de benzatina à molécula de penicilina, produz-se uma 
forma muito insolúvel de penicilina. O fármaco é lentamente liberado do deposito no músculo e pode 
proporcionar doses prolongadas, porém baixas, de penicilina pro até 1 mês. Esta forma é usada em 
injeções mensais para profilaxia em pacientes que tenham febre reumática e no tratamento da sífilis, 
além de outros casos em que se deseja ação prolongada.. 
Dose: Adultos (IM) 1,2 a 2,4 milhões de 
 unidades. 
 Crianças (IM) 600.000 a 1,2 milhões de 
 unidades. 
 
Penicilinas Semi-sintéticas 
 
Numerosas pesquisas e modificações da molécula de penicilina resultaram em novas formas 
de penicilina com um maior espectro de atividades que a molécula original e maior eficácia em caso de 
administração oral. 
 
Nome Genérico Nome Comercial 
Amoxicilina 
 
Amoxil, Hiconcil, 
Novocilin 
Amoxicilina 
ácido clavulânico 
Clavulin e Clavoxil 
Ampicilina 
 
Binotal, Ampicil e 
Ampifar 
Ampicilina sulbactam Unasyn 
Carbenicilina Carbenicilina 
Oxacilina Staficilin 
Piperacilina 
tazobactam 
 
Tazocin 
Ticarcilina 
Ácido 
Clavulânico 
Timentin 
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AMOXICILINA(AMOXIL) 
 
 
 
Fórmula:Cada cápsula de 500mg contém: 
 
amoxicilina triidratada (equivalente a 500mg de amoxicilina).............573,94mg 
 
Excipiente ...............1 cápsula 
 
Excipientes: estearato de magnésio e croscarmelose sódica. 
 
Indicações: 
Amigdalite, bronquite, faringite, otite, sinusite. Infecções do trato respiratório baixo. Febre tifóide. 
Infecções da pele e tecidos moles. Infecções genito-urinárias. Profilaxia de endocardite bacteriana. Em 
associaçãocom outras drogas, para erradicação do Helicobacter pylori. 
 
Posologia: 
Adultos: 250mg a 500mg VO, de 8/8h, ou 500mg a 875mg VO, de 12/12h. Dose máxima de 2g a 3g/dia. 
Na profilaxia da endocardite bacteriana, administrar 2g VO, 1h antes do procedimento. Crianças: 
administrar 20mg a 50mg/kg/dia VO, de 8/8h. Em casos graves, podem ser usados até 100mg/kg/dia 
VO, de 8/8h. Na profilaxia da endocardite bacteriana, administrar dose única de 50mg/kg VO, 1h antes 
do procedimento cirúrgico. A dose e a duração da terapia dependerão da idade, sensibilidade do 
microorganismo e gravidade da infecção, e deverão ser ajustadas à resposta clínica do paciente. 
 
Contra indicação: 
Hipersensibilidade às penicilinas e cefalosporinas. 
 
Efeitos adversos: 
Náusea, vômito, diarréia e colite pseudomembranosa. Reações alérgicas (eritema maculopapular, 
eritema multiforme, urticária, síndrome de Stevens-Johnson, edema angioneurótico, broncoespasmo e 
anafilaxia). Anemia, trombocitopenia, púrpura, eosinofilia, leucopenia, agranulocitose. Aumento de 
transaminases. Candidíase vaginal, intestinal e oral. Nefrite. Hiperatividade, agitação, ansiedade, 
insônia, confusão mental, vertigem, alterações no comportamento. 
 
Interações: 
Alopurinol aumenta a probabilidade de ocorrência de reações alérgicas da pele. Antibióticos 
bacteriostáticos, tetraciclinas, eritromicina, sulfonamidas e cloranfenicol podem ocasionar efeito 
antagônico. Aumenta a toxicidade do metotrexato e reduz a eficácia dos contraceptivos orais. Pode ter 
sua ação aumentada pela probenecida. 
 
Precauções: 
Pacientes com insuficiência renal precisam de cuidados e ajuste nas doses. Acompanhar função renal, 
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hepática e hematopoiética durante terapia prolongada. Pacientes com mononucleose infecciosa 
podem apresentar rash durante a terapia. Amamentação (excretada no leite). 
 
AntibióticosBeta-Lactâmicos: Cefalosporinas 
 
Também derivadas originalmente de um fungo, as cefalosporinas estão estruturalmente 
relacionadas às penicilinas. Como a penicilina, estes agentes exercem sua atividade contra células jovens 
em processo de divisão, interferindo na formação das paredes celulares bacterianas. 
As cefalosporinas são divididas em três grupos gerais, denominados de primeira, de segunda 
e de terceira geração, com base nos respectivos espectros de atividade. 
Cefalosporinas de Primeira Geração 
Estas substâncias são ativas contra organismos como estreptococos e algumas cepas de 
estafilococos. Além disso, são eficazes contra alguns organismos que invadem as vias urinarias. 
Nome Genérico Nome Comercial 
Cefadroxil Cefamox, duricef 
Cefalexina Keflex, cefalexina 
Cefalotina 
 
Keflin, cefalotil 
Cefazolina 
 
Kefzol 
 
 
CEFALEXINA -(KEFLEX) 
 
Fórmula: 
Comprimido revestido - 500mg Suspensão oral 50mg/ml 
 
Indicações: 
Amigdalite, otite, faringite e sinusite. Infecções respiratórias baixas. Infecção da pele e tecidos moles. Infecção 
genito-urinária. 
 
Posologia: 
Adultos: 250mg a 500mg VO, de 6/6h. Infecções severas: 1g a 1,5g VO, de 6/6h. Crianças: administrar 
25mg a 100mg/kg/dia (máximo de 4g/dia) VO, de 6/6h. A dose e a duração da terapia dependerão da 
idade, sensibilidade do microorganismo e gravidade da infecção, e deverão ser ajustadas à resposta 
clínica do paciente. 
 
Contra indicação: 
Pacientes com reações alérgicas às penicilinas e cefalosporinas. 
 
Efeitos adversos: 
Reações de hipersensibilidade, como erupções cutâneas maculopapulares, prurido, febre, artralgia, 
anafilaxia, síndrome de Stevens-Johnson. Alterações hematológicas (trombocitopenia, neutropenia, 
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leucocitose, agranulocitose, eosinofilia, anemia hemolítica e anemia aplástica). Nefrite intersticial 
transitória. Hiperatividade, nervosismo, distúrbios do sono, confusão, hipertonia e tonturas. Anorexia, 
náusea, vômito, diarréia, dor abdominal, flatulência e dispepsia. Candidíase vaginal, intestinal e oral. 
Cefaléia. Alterações de transaminases, icterícia transitória. 
 
Interações: 
Risco de hemorragia com anticoagulantes. Excreção renal diminuída quando associado à probenecida. Diuréticos 
de alça, aminoglicosídeos, colistina, polimixina B e vancomicina aumentam a probabilidade de nefrotoxicidade. 
Absorção reduzida por antiácidos. 
 
Precauções: 
Amamentação. Pode causar teste falso-positivo para glicose urinária e teste de Coombs. Tratamento 
prolongado pode favorecer risco de superinfecção, por alterar a flora intestinal e respiratória. Pode 
necessitar de ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. 
 
CEFALOTINA SÓDICA -(KEFLIN) 
 
Fórmula: 
Pó para solução injetável - 1g 
 
Indicações: 
Amigdalite, otite, faringite e sinusite. Infecções respiratórias baixas. Infecção articular e óssea. Infecção 
da pele e tecidos moles. Infecção genito-urinária. Profilaxia trans-operatória de alto risco. Endocardite. 
Septicemia. 
 
Posologia: 
Adultos: 500mg a 2g (IV ou IM), de 6/6h ou 4/4h. Crianças: 75mg a 125mg/kg/dia (IV ou IM), de 4/4h 
ou 6/6h. Dose máxima de 10g/dia. Neonatos com menos de 7 dias: 20mg (IV ou IM), de 8/8h ou 
12/12h. Neonatos com mais de 7 dias: 20mg (IV ou IM), de 8/8h ou 6/6h. A dose e a duração da terapia 
dependerão da idade, sensibilidade do microorganismo e gravidade da infecção, e deverão ser 
ajustadas à resposta clínica do paciente. 
 
Contra indicação: 
Pacientes com reações alérgicas às penicilinas e cefalosporinas. 
 
Efeitos adversos: 
Abscesso, tromboflebite no local da administração. Reações de hipersensibilidade, como erupções 
cutâneas maculopapulares, prurido, febre, artralgia, anafilaxia, síndrome de Stevens-Johnson. 
Alterações hematológicas (trombocitopenia, neutropenia, leucocitose, agranulocitose, eosinofilia, 
anemia hemolítica e anemia aplástica). Nefrite intersticial transitória. Hiperatividade, nervosismo, 
distúrbios do sono, confusão, hipertonia e tonturas. Anorexia, náusea, vômito, diarréia, dor abdominal, 
flatulência e dispepsia. Candidíase vaginal, intestinal e oral. Cefaléia. Alterações de transaminases, 
icterícia transitória. 
 
Interações: 
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Risco de hemorragia com anticoagulantes. Excreção renal diminuída quando associado à probenecida. 
Diuréticos de alça, aminoglicosídeos, colistina, polimixina B e vancomicina aumentam a probabilidade 
de nefrotoxicidade. 
 
Precauções: 
Amamentação. Pode causar teste falso-positivo para glicose urinária e teste de Coombs. Tratamento 
prolongado pode favorecer risco de superinfecção, por alterar a flora intestinal e respiratória. Pode 
necessitar de ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. 
 
 
Cefalosporinas de Segunda Geração 
Além da atividade contra os organismos de primeira geração, estas substâncias também são 
eficazes contra Haemophilus influenzae, um invasor comum do ouvido médio e das vias respiratórias. 
 
Nome Genérico Nome Comercial 
cefaclor Ceclor 
cefoxitina Mefoxin, cefton 
cefuroxima Zinacef ,Zencef 
 
Cefalosporinas de Terceira Geração 
Este grupo é menos eficaz contra estreptococos e pneumococos que as primeiras 
cefalosporinas, porém é mais eficaz contra os invasores Gram-negativos dos tratos gastrointestinais e 
urinário. Geralmente são reservadas para infecções graves que não respondem a outros medicamentos. 
Nome Genérico Nome Comercial 
ceftriaxona Rocefin 
Ceftazidima Frotas, Tazidime 
Cefotaxima Claforan 
 
CEFTRIAXONA SÓDICA -(ROCEFIN) 
 
Fórmula: 
Pó para solução injetável - 250mg, 500mg e 1g 
 
Indicações: 
Peritonites, infecções do trato gastrointestinal e biliar. Infecções ósseas, articulares, tecidos moles, 
pele e feridas. Infecções em imunodeprimidos. Infecções renais e do trato urinário. Infecçõesrespiratórias, particularmente pneumonia e infecções otorrinolaringológicas. Infecções genitais, 
incluindo gonorréia. Profilaxia de infecções pós-operatórias. 
 
Posologia: 
Adultos e crianças acima de 12 anos, ou com mais de 50kg: 1g a 2g (IM, IV ou infusão venosa) a cada 
24h. Em casos graves a dose pode ser elevada para 4g. Recém-nascidos abaixo de 14 dias: dose única 
de 20 a 50mg/kg/dia em infusão venosa, acima de 60 minutos (máximo de 50mg/kg/dia). Lactentes e 
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crianças (15 dias até 12 anos): 20 a 80mg/kg (infusão venosa) a cada 24h. Gonorréia: dose única de 
250mg IM. Profilaxia no pré-operatório: usar 1g a 2g (IM ou IV) 30 a 90 minutos antes da cirurgia. A 
dose e a duração da terapia dependerão da idade, sensibilidade do microorganismo e gravidade da 
infecção, e deverão ser ajustadas à resposta clínica do paciente. 
 
Contra indicação: 
Insuficiência renal e hepática grave. Neonatos com icterícia. Hipoalbuminemia e acidose. Pacientes 
alérgicos aos antibióticos do grupo das cefalosporinas e penicilinas. 
 
Efeitos adversos: 
Abscesso, tromboflebite no local da administração. Reações de hipersensibilidade (erupções cutâneas, 
prurido, febre, artralgia, anafilaxia, síndrome de Stevens-Johnson). Trombocitopenia, neutropenia, 
leucocitose, agranulocitose, eosinofilia, anemia hemolítica e anemia aplástica. Nefrite intersticial 
transitória. Hiperatividade, nervosismo, distúrbios do sono, confusão, hipertonia, tonturas. Anorexia, 
náusea, vômito, diarréia, dor abdominal, flatulência e dispepsia. Candidíase. Cefaléia. Alterações de 
transaminases, icterícia transitória. 
 
Interações: 
Risco de hemorragia com anticoagulantes. Excreção renal diminuída quando associado à probenecida. 
Diuréticos de alça, aminoglicosídeos, colistina, polimixina B e vancomicina aumentam a probabilidade 
de nefrotoxicidade. 
 
Precauções: 
Para administração intramuscular, o diluente contém lidocaína. Para administração intravenosa, o 
diluente contém somente água bidestilada. Usar com cautela em pacientes com distúrbios 
gastrointestinais e doenças com sangramento. Neonatos, especialmente prematuros, que tenham 
bilirrubina sérica aumentada devido ao risco de encefalopatia. Tratamento prolongado pode favorecer 
risco de superinfecção por alterar a flora intestinal e respiratória. Pode necessitar de ajuste de dose em 
pacientes com insuficiência renal. 
 
Antibióticos Macrolídeos 
 
Os antibióticos macrolídeos tem comprovado a sua capacidade de estimular as células 
fagocíticas, principalmente neutrófilos e macrófagos. Os antibióticos também tem a capacidade de 
acumular dentro destas células em relativa alta concentração, resultando num efeito lógico de ação 
direta sobre o patógeno onde ele estiver localizado dentro do hospedeiro. Mas além disso, o antibiótico 
pode afetar os macrófagos de uma forma positiva. Por exemplo, há um aumento na quimiotaxia, 
fagocitose e ativação dos macrófagos, além de aumentar a replicação dos mesmos. 
 
Nome Genérico Nome Comercial 
Azitromicina Azitromin, Zitromax 
Claritromicina Klaricid 
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Eritromicina Pantomicina, 
Ilosone, Eritrex 
Diritromicina Dynabac 
 
GLICOPEPTÍDEOS 
 
Utilizados basicamente em infecções causadas por cocos Gram positivos (Gram +) 
multirresistentes. Atualmente o uso destes medicamentos tem aumentado muito, fato este que resultou 
no surgimento de espécies de Enterococcus sp resistentes e de Staphylococcus aureus com sensibilidade 
reduzida. 
Portanto, são medicamentos que dever merecer atenção especial das comissões de controle de 
infecção hospitalar. 
 
Nome Genérico Nome Comercial 
Vancomicina Vancomicina 
Teicoplanina Targocid 
 
Efeitos Colaterais: Todos podem causar a síndrome de Stevens Johnson, flebites, calafrios, ototoxicidade 
e alterações hematológicas. A vacomicina pode provocar grande mal estar, febre e síndrome do homem 
vermelho (prurido, exantema eritematoso na face, pescoço e cintura escapular). 
 
Cuidados: A vancomicina deve ser administrada por via EV sempre diluída em SF 0,9% ou SG 5% e 
infundida lentamente (60 minutos). Quando EV, procure puncionar uma veia de grande calibre. Ao 
administrar a vancomicina, tomar muito cuidado com o extravasamento no local da punção, pois há risco 
de necrose ou tromboflebite. A teicoplanina pode ser administrada diretamente. 
AMINOGLICOSÍDEOS 
 
Constituem os antibióticos mais poderosos no combate a infecções provocadas por bacilos Gram 
negativos, cuja resistência é muito grande em pacientes hospitalizados (Pseudomonas, E-Coli, Klebsiella 
e Enterobacter). A principal via de administração é a muscular, porém a via oral é usada para o 
tratamento de infecções do tubo digestivo. As principais reações adversas são ototoxicidade, 
hefrotoxicidade, os componentes do grupo utilizados topicamente podem não causar reação, além dos 
índices tóxicos e terapêuticos serem muito estreito. 
Os medicamentos do grupo são: Gentamicina (Garamicina), Amicacina (Novamin), 
Estreptomicina e Neomicina. 
 
TETRACICLINAS 
Antibióticos economicamente desvantajosos, produzidos por processos naturais ou semi-
sintéticos. São grandes as diferenças farmacológicas dos derivados tetraciclínicos, mas o espectro de 
ação é relativamente semelhante: agem contra infecção por grandes vírus, amebíase, bactérias gram 
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positivas e gram negativas, é o medicamento de eleição na leptospirose, tem boa indicação ainda em 
infecções respiratórias. As vias de administração são variadas. Os principais efeitos adversos são: lesões 
hepáticas, fototoxicidade, destruição da flora bacteriana normal do aparelho digestivo. Devem ser 
administrada com extrema cautela em gestantes, nefropatas e hepatopatas. Não se deve fazer uso 
concomitantemente de leite, magnésio, alumínio, pois os mesmos diminuem a absorção das 
tetraciclinas. Podem ainda causar um deposito estável de cálcio nos ossos. 
 
Mecanismo de ação: Acumulam-se de forma ativa na bactéria e através da ligação na subunidade 30S 
do ribossoma interferem na síntese protéica. Atividade principalmente bacteriostática. Atividade maior 
em pH ácido. 
 
Representantes: Doxiciclina, Minociclina, Oxitetraciclina, Tetraciclina 
Indicações: 
 Ativa sobre Chlamydia sp, Neisserria gonorrhoeae, Mycoplasma pneumoniae e Brucella sp. 
 Ativa sobre Vibrio cholerae, Campylobacter sp, Actinomyces israelli e Ureaplasma urealyticum 
 Boa atividade em anaeróbios, inclusive Bacteroides fragilis 
 Usado principalmente em doenças sexualmente transmissíveis. 
 Junto com a eritromicina é droga de escolha na pneumonia por Mycoplasma pneumoniae. 
 Usado no tratamento do cólera 
 Padrão de sensibilidades: germes sensíveis: CIM 16 mg/l 
 CLORANFENICOL 
 
 O Cloranfenicol é um antibiótico clinicamente usado em infecções graves causadas por 
organismos comprovadamente suscetíveis ao fármaco. Portanto, o teste de sensibilidade é essencial 
para a indicação do Cloranfenicol, devido à sua alta toxicidade. 
In vitro, o Cloranfenicol exerce efeito bacteriostático em bactérias Gram-negativas e Gram-positivas, 
riquétsias, linfogranuloma e vibrião colérico, sendo particularmente efetivo para Salmonella typhi e 
Haemophilus influenzae. 
 
Indicação: 
Em infecções causadas por Samonella typhi: o Cloranfenicol é o fármaco de escolha, não sendo 
recomendada para tratamento de rotina de estado tifóide. Infecções graves causadas por: Salmonella 
sp, H. influenzae especialmente em infecções das meninges, rickettsia, linfogranuloma do grupo 
Psittacosis, várias bactérias Gram-negativas causadoras de bacteremia , meningites e outras infecções 
por Gram-negativas.Infecções por anaeróbios e Brucelose. Febre tifóide e outros tipos de infecções por 
Salmonelas. 
 
SULFANAMIDAS 
 
Antibióticos produzidos laboratorialmente, resistente ao calor, bacteriostáticos, por interferirem 
nos nutrientes essenciais dos microorganismos, porém bactericida em altas doses, capaz de causar 
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reações adversas no usuário (paciente). Usados também em associação com a trimetropina, para 
aumentar sua eficácia, reduzir à dose e diminuir os efeitos indesejáveis. 
A via de administração usual é a oral, pois os mesmos são bem absorvidos no trato gastrintestinal. 
São usadas contra microorganismos causadores de disenterias, infecções do trato geniturinário, 
meningites e toxoplasmose. As suas reações adversas incluem reações alérgicas que vão desde eritema, 
urticária até a sindrome de Stevens-Johnson; já as reações anafiláticas (hipotensão e choque) são raras; 
alterações nos componentes do sangue como anemia, leucopenia e deficiência das plaquetas também 
podem acontecer; cálculos renais, mal-estar, tontura, prostação, irritabilidade, náuseas, vômitos e febre. 
 
Possuem largo espectro de ação antimicrobiana, atilando contra bactérias Gram - e Gram +. As 
drogas deste grupo têm somente efeito bacteriostático (inibem o crescimento dos microrganismos, 
sendo necessário a ação do sistema imunitário para a eliminação do Gram +). 
 
Nome Genérico Nome Comercial 
Sulfadiazina Sulfazine 
Sulfadoxina Fansidar 
Sulfametoxazol 
 + 
Trimetoprima 
Assepium, Bactrim, 
Infectrim e Septiolan 
 
Cuidados: O sulfametoxazol + trimetoprima, quando EV, deve ser administrado em infusão lenta, diluído 
somente em SG 5% (de 30 a 60 minutos). Não o administre diretamente na veia. Não reaproveite sobras 
de dosagem. Se o paciente não tiver restrição hídrica, estimule-o a aumentar a ingestão de líquidos. 
 
ANTITUBERCULOSOS E ANTIHANSENIANOS 
 
Tuberculose e Hanseníase são doenças provocadas por Mycobacteriuns Tuberculosis e Leprae, 
respectivamente, infecciosos, crônicos e de alta incidência. 
Os fármacos utilizados no tratamento da tuberculose são classificados em 2 grupos principais: 
fármacos primários ou de primeira linha (isomiazida e rifampicina) e secundários ou de segunda linha 
(pirazinamida, estreptomicina e etambutol). Os efeitos adversos dos antituberculose são vertigens, 
icterícia, parestesia, fadiga, anemia e neurite. 
Os fármacos utilizados na hanseníase também se dividem em primários (rifampicina e dapsona) 
e secundários (rifampicina, dapsona e clofazimina). Os principais efeitos adversos são: anemia, 
dermatite, parestesia, hiperpigmentação e teratogênia. 
Atualmente o tratamento dessa duas doenças é feito com base em programas ministeriais cujas 
drogas já vem em esquemas da forma que serão tomadas. 
 
 
ANTIMICÓTICOS 
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Os fungos são membros da família vegetal, parasitos obrigatórios porque não contêm clorofila 
para seu auto-sustento. 
As infecções fúngicas dos seres humanos podem ser tão simples quanto a dermatofitose dos 
pés (pé de atleta), a dermatofitose do corpo (exantemas fúngicas na pele) ou monilíase (uma infecção 
superficial da boca freqüentemente observada em lactentes). 
Quando há comprometimento do sistema imune, as infecções fúngicas podem tornar-se 
graves e ameaçar a vida. 
 
MICONAZOL (NITRATO) -(GYNO-DAKTARIN e DAKTARIN) 
Fórmula: 
Creme vaginal - 20mg/g (Gyno-Daktarin) Loção -20mg/g(Daktarin). 
 
Indicações: 
Tinea pedis, Tinea cruris, Tinea corporis, Tinea capitis, Tinea barbae. Monilíases vulvovaginais, 
intertriginosas e monilíase cutânea generalizada. Pitiríase versicolor e eritrasma. 
 
 
 NISTATINA -(MICOSTATIN) 
Fórmula: 
Suspensão oral - 100.000UI/ml Creme vaginal - 25.000UI/g 
 
Indicações: 
Candidíase oral e vulvovaginal. 
 
 
 ANFOTERICINA B 
 
É um antibiótico antifúngico produzido por cultura de bactérias Streptomyces nodosus. Em geral, atua 
como fungistático (inibe o crescimento dos fungos, mas não os mata); embora, em concentrações 
próximas aos limites superiores de tolerância possa ser fungicida (mata o fungo). É usado para tratar as 
micoses desde há 50 anos, sendo um dos fármacos mais prescritos. Não é útil contra bactérias.É um 
antifúngico, também usado como antiprotozoário. 
É usado nas doenças sistémicas causadas por fungos como a Aspergilose, blastomicose, candidíase 
disseminada, coccidioidomicose, criptococose, histoplasmose, mucormicose, esporotricose 
disseminada, e ainda mais raramente na doença causada pelo parasita unicelular Leishmania, a 
leishmaniose. Estas doenças, com exceção da leishmaníase, são mais graves e comuns em 
imunodeprimidos, como os doentes com SIDA/AIDS. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Streptomyces&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fungicida
http://pt.wikipedia.org/wiki/Micose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aspergilose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Blastomicose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Candid%C3%ADase
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidioidomicose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Criptococose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Histoplasmose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mucormicose
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Esporotricose&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leishmania
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leishmaniose
http://pt.wikipedia.org/wiki/SIDA
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ANTIVIRAIS 
Os fármacos antivirais podem atuar interferindo com qualquer dos processos pelos quais passa 
um vírus para se replicar (reprodução): adesão à célula, incorporação na mesma, eliminação do seu 
invólucro para libertar o seu material genético e criação de novas partículas virais por parte da célula. 
Dado que os vírus só se podem replicar dentro das células e utilizam as mesmas vias metabólicas que as 
células saudáveis, os fármacos antivirais costumam ser mais tóxicos para as células humanas do que os 
antibióticos. Outro problema destes fármacos é que os vírus podem desenvolver resistências contra eles 
com grande rapidez. 
Nome Genérico Nome Comercial 
Aciclovir Aviral, zovirax 
Cidofovir Vistide 
Foscamet Foscavir 
Ganciclovir Cymevene 
Zidovudina* Retrovir, azt 
Ritonavir* Kaletra 
Aciclovir Aviral, zovirax 
*Anti-retrovirais: possuem ação específica 
contra o vírus da imunodeficiência humana. 
O aciclovir sódico, (Zovirax) é um antiviral aplicados nas infecções de herpes simples, varicela 
zoster oral ou genital, varicela (catapora) em pacientes imunodeprimidos. Dose: adulto (oral) 200-800 
mg 4/4h 5vezes ao dia; IV: 5mg/kg. Criança: IV- 5-15mg/kg 8/8h, Oral: 20mg/kg 4xdia. 
ANTIVIRAIS USADOS NO TRATAMENTO DA AIDS 
A infecção pelo HIV caracteriza-se por uma intensa e contínua replicação viral, que resulta, 
principalmente, na destruição de linfócitos T-CD4+. A depleção progressiva do "pool" de linfócitos T-
CD4+, em conjunto com outras alterações do sistema imune, leva à imunodeficiência. Dessa forma, a 
supressão da replicação viral é fundamental para que se possa diminuir ou reverter o dano imunológico. 
Os atuais esquemas terapêuticos capazes de reduzir, significativamente, a carga viral, e preservar 
as células T-CD4+, especialmente os que incluem os inibidores da protease, são complexos, de difícil 
adesão e estão associados a uma série de efeitos colaterais e interações medicamentosas. Dessa forma, 
a decisão de iniciar o tratamento para pacientes assintomáticos, sem grande risco de progressão a curto 
ou médio prazos, deve pesar os riscos e os benefícios associados, principalmente quando se considera 
os riscosda não-adesão do paciente ao tratamento e conseqüente desenvolvimento de resistência aos 
anti-retrovirais. 
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Além da avaliação clínica, a contagem de linfócitos T-CD4+ e a medida da carga viral são 
parâmetros fundamentais a serem considerados para a decisão de iniciar ou não o tratamento. No caso 
de pacientes assintomáticos, devem ser considerados pelo menos dois exames de T-CD4+ e carga viral, 
de forma a confirmar os resultados obtidos. A carga viral não deve ser verificada antes de quatro 
semanas de qualquer infecção ou vacinação, pois, nestas situações, pode ocorrer elevação transitória da 
mesma. 
A terapia anti-retroviral não é uma emergência, e não deve ser iniciada antes que as devidas 
avaliações clínica e laboratorial sejam realizadas, determinando assim o grau de imunodeficiência já 
existente e o risco da sua progressão a curto e médio prazos. É fundamental que essa decisão considere, 
também, o desejo do paciente de se tratar, sua compreensão sobre as mudanças que o tratamento pode 
trazer à sua vida e o empenho que será necessário para a manutenção da adesão. Devem ser 
considerados, igualmente, o risco de desenvolvimento de efeitos colaterais, a chance do paciente aderir 
ao esquema prescrito, o risco do desenvolvimento de resistência, e a limitação de futuras opções 
terapêuticas. 
TRATAMENTO 
Existem, até o momento, duas classes de drogas liberadas para o tratamento anti-HIV: 
INIBIDORES TRANSCRIPTASE REVERSA. 
São drogas que inibem a replicação do HIV bloqueando a ação da enzima transcriptase 
reversa que age convertendo o RNA viral em DNA: 
Nucleosídeos: 
 Zidovudina (AZT) cápsula 100 mg, dose:100mg 5x/dia ou 200mg 3x/dia ou 300mg 2x/dia; 
 Zidovudina (AZT) injetável, frasco-ampola de 200 mg; 
 Zidovudina (AZT) solução oral, frasco de 2.000 mg/200 ml; 
 Didanosina (ddI) comprimido 25 e 100mg, dose: 125 a 200mg 2x/dia; 
 Zalcitabina (ddC) comprimido 0,75mg, dose: 0,75mg 3x/dia; 
 Lamivudina (3TC) comprimido 150mg, dose: 150mg 2x/dia; 
 Estavudina (d4T) cápsula 30 e 40mg, dose: 30 ou 40mg 2x/dia; e 
 Abacavir comprimidos 300 mg, dose: 300 mg 2x/dia. 
Não-nucleosídeos 
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 Nevirapina comprimido 200 mg, dose: 200 mg 2x/dia; 
 Delavirdina comprimido 100 mg, dose: 400 mg 3x/dia; e 
 Efavirenz comprimido 200 mg, dose: 600 mg 1x/dia. 
Nucleotídeo: 
 Adefovir dipivoxil: comprimido, 60 e 120 mg, dose: 60 ou 120 mg 1x/dia. 
INIBIDORES DA PROTEASE 
Estas drogas agem no último estágio da formação do HIV, impedindo a ação da enzima 
protease que é fundamental para a clivagem das cadeias protéicas produzidas pela célula 
infectada em proteínas virais estruturais e enzimas que formarão cada partícula do HIV: 
 Indinavir cápsula 400 mg, dose: 800 mg 3x/dia; 
 Ritonavir cápsula 100mg, dose: 600mg 2x/dia; 
 Saquinavir cápsula 200mg, dose: 600mg 3x/dia; 
 Nelfinavir cápsula de 250 mg, dose 750 mg 3x/dia; e 
 Amprenavir cápsula de 150 mg, dose 1.200 mg 2x/dia. 
Terapia combinada é o tratamento anti-retroviral com associação de duas ou mais 
drogas da mesma classe farmacológica (p ex. dois análogos nucleosídeos), ou de classes 
diferentes (p ex. dois análogos nucleosídeos e um inibidor de protease). Estudos multicêntricos 
demonstraram aumento na atividade anti-retroviral (elevação de linfócitos T-CD4+ e redução nos 
títulos plasmáticos de RNA-HIV) quando da associação de drogas, particularmente redução da 
replicação viral por potencializar efeito terapêutico ou por sinergismo de ação em sítios 
diferentes do ciclo de replicação viral. Outros estudos evidenciaram redução na emergência de 
cepas multirresistentes quando da utilização da terapêutica combinada. 
A terapia anti-retroviral é uma área complexa, sujeita a constantes mudanças. As 
recomendações deverão ser revistas periodicamente, com o objetivo de incorporar novos 
conhecimentos gerados pelos ensaios clínicos. 
ANTIPARASITÁRIAS 
 
As parasitoses são infecções por microrganismos parasitas, como os protozoários e os 
helmintos. As principais parasitoses são a malária, a toxoplasmose, e as parasitoses intestinais 
(amebíase, giardíase, estrongiloidíase e a teníase). 
 
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ALBENDAZOL -(ZENTEL) 
 
Fórmula: 
Comprimido mastigável - 400mg Suspensão oral - 40mg/ml 
 
Indicações: 
Ancilostomíase. Ascaridíase. Enterobíase (oxiuríase). Estrongiloidíase. Giardíase. Teníase. 
Tricocefalíase. Neurocisticercose. Larva migrans cutânea. 
 
 
MEBENDAZOL -(PANTELMIN) 
 
Fórmula: 
Comprimido - 100mg Suspensão oral - 20mg/ml 
 
Indicações: 
Ascaridíase. Enterobíase. Trichuríase. Ancilostomíase. Hidatidose. 
 
 
METRONIDAZOL -(FLAGYL) 
 
Fórmula: 
Comprimido revestido - 250mg e 400mg Gel vaginal - 100mg/g Suspensão oral - 40mg/ml 
(Benzoilmetronidazol) 
 
Indicações: 
Tratamento da giardíase, amebíase e tricomoníase. Diarréia causada por microsporídeos em pacientes 
com aids. Colite pseudomembranosa. Infecções por Helicobacter pylori, em associação com amoxicilina 
ou claritromicina e omeprazol. 
 
 
INSULINA 
A insulina é apresentada em frascos de 10 ml rotulados com o número de unidades por mililitro; 
assim, a insulina U – 100 significa que há 100 unidades por mililitro. As seringas comercializadas no Brasil 
são destinados ao uso da insulina U-100, ou seja, seringas de 1 ml graduadas em até 100 UI, 
normalmente a mais utilizada no meio hospitalar. Porém, para facilitar a administração de pequenas 
doses, foram colocadas à disposição outras duas opções: uma seringa de 0,5 mi, graduada em até 50 UI 
e outra de 0,3 mi graduada em até 30 UI de insulina. 
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e tem como função primordial a manutenção 
da glicemia dentro dos limites da normalidade (80 a 110 mg/dl). Quando o paciente for portador de 
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diabetes mellitus, muitas vezes, para poder controlar adequadamente a glicose no sangue (glicemia), 
haverá a necessidade de se utilizar como tratamento a administração de insulinas. 
Antigamente a insulina disponibilizada para uso dos pacientes, era extraída do pâncreas do boi 
(bovina), do porco (suína) ou então mista (mistura da suína com a bovina). Porém, hoje felizmente 
encontram-se disponíveis insulinas humanas, obtidas através da técnica do DNA recombinante, cuja 
ação é ultra-rápida e muito semelhante á produzida pelo pâncreas normal. 
Contudo, muitas vezes o paciente poderá ter necessidade de utilizar durante o seu período de 
internação ou tratamento mais de um tipo de insulina, classificada conforme a duração de sua ação. 
Observe com muita atenção os tipos de insulina: 
 
Insulina humana, USP, BP. Esta insulina biossintética pode ser preparada de várias formas para 
reduzir a glicemia rapidamente ou em um período prolongado. As doses variam muito de acordo com as 
necessidades individuais. 
A família das insulinas humanas é estruturalmente idênticas à insulina produzida pelo ser 
humano. É sintetizada por uma cepa especial de Escherichia coli que não causa doença, geneticamente 
alterada pela adição do gene para produção de insulina humana. 
 
Ação rápida: 
 
Insulina humana injetável , Regular (Humulin R, Novolin R). Seu efeito se inicia cerca de 30 minutos a 1 
hora após a injeção, atingindo seu efeito máximo em 2 a 3 horas e dura cerca de 4 a 8 horas. Aspecto 
transparente e cristalino. Pode ser administrada por via endovenosa e subcutânea. 
Insulina lispro – este análago da insulina humana exibe uma pequena modificação da molécula de 
insulina humana. Tem

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