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FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
 
 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
 
 
 
 
 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA-CEARÁ 
2022 
2 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
 
 
 
 
 
Artigo Científico, Trabalho de conclusão de Curso de Pós-
Graduação em Análises Clínicas da FACULDADE 
BATISTA DE MINAS GERAIS, ÁREA SAÚDE 
HUMANA, apresentado como requisito parcial à obtenção 
de Título de Especialista em Análises Clínicas (Analista 
Clínico). 
Orientador: 
 
 
 
 
FORTALEZA-CEARÁ 
2022 
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Referência: SILVA, Professor César Augusto Venâncio da. Analista Clínico: 
Biólogo.: prática laboratorial de análises clínicas no contexto legal e do exercício 
técnico profissional do biólogo.. Fortaleza-Ceará: Inespec Escola Virtual Ead, 
2022. 123 p. (ARTIGO CIENTÍFICO ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES 
CLÍNICAS). FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS CURSO DE PÓS-
GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS ÁREA SAÚDE 
HUMANA CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA Prática Laboratorial de 
Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico profissional do Biólogo 
FORTALEZA-CEARÁ 2022 Artigo Científico, Trabalho de conclusão de Curso de 
Pós-Graduação em Análises Clínicas da FACULDADE BATISTA DE MINAS 
GERAIS, ÁREA SAÚDE HUMANA, apresentado como requisito parcial à 
obtenção de Título de Especialista em Análises Clínicas (Analista Clínico).. 
Disponível em: https://wwwanalisesclinicasartigo.blogspot.com/. Acesso em: 15 
out. 2022. 
Citação com autor incluído no texto: Silva (2022) 
Citação com autor não incluído no texto: (SILVA, 2022) 
Como citar o código autoral: 
CÓDIGO autoral P964p. Cutter's Online, Campinas, SP, out. 2022. Disponível em: 
<https://www.cuttersonline.com.br/registro/1ed4d42b-32b9-61a2-ba40-fae9a81e910b>. 
Acesso em: 16 out. 2022. 
REGISTRO - 1ED4D42B-32B9-61A2-BA40-FAE9A81E910B 
Como citar o registrador automático gratuito. LEIN SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS. 
Cutter's Online, c2022. Registrador automático de código autoral para sistemas de 
informação. Disponível em: https://www.cuttersonline.com.br/registrador-gratuito> 
Acesso em: 16 out. 2022 
 
 
 
 
 
https://www.cuttersonline.com.br/registro/1ed4d42b-32b9-61a2-ba40-fae9a81e910b
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CIP - Catalogação na Publicação 
S964p Elaborado pelo Sistema de Geração Automática da UFRJ com os 
dados fornecidos pelo(a) autor(a)., 
SILVA, Professor César Augusto Venâncio da Silva - Prática 
Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício 
técnico profissional do Biólogo. / Professor César Augusto 
Venâncio da Silva. – Fortaleza - Ceará, 2022. 122 f. 
 Orientador: SILVA. César Augusto Venâncio da. SILVA. Trabalho 
de conclusão de curso (especialização) FACULDADE 
BATISTA DE MINAS GERAIS - CURSO DE PÓS-
GRADUAÇÃO - ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES 
CLÍNICAS - ÁREA SAÚDE HUMANA, 2022. 
 1. Análises Clínicas. 2. Especialização Faculdade Batista de 
Minas Gerai. 3. Título de Especialista em Análises Clinicas. 4. 
Biólogo Especializado, Biologista Área Saúde. 5. Prática 
Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício 
técnico profissional do Biólogo. I. SILVA, SILVA. César Augusto 
Venâncio da., orient. II. Título. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
SUMÁRIO 
Capa. 
Folha de rosto. 
Resumo na língua portuguesa. 
Resumo. 
Biologista x Biólogo. 
Analista Clínico: Biólogo. 
PALAVRAS-CHAVE. 
Resumo na língua estrangeira(Inglês). 
Summary. 
Biologist x Biologist. 
Clinical Analyst: Biologist. 
KEYWORDS. 
1. Introdução. 
1.1 - Da formação acadêmica do biólogo. 
1.1.1 - PERFIL DOS FORMANDOS. 
1.1.2 - COMPETÊNCIAS E HABILIDADES. 
1.1.3 - ESTRUTURA DO CURSO. 
1.1.4 - ESTRUTURAÇÃO GERAL. 
1.1.5 - BACHARELADO. 
6 
 
1.1.5.1 - Grade curricular do curso de Ciências Biológicas. 
1.1.5.2 - O que faz um biólogo? 
1.1.6 - LICENCIATURA. 
1.1.6.1 - Perfil profissional do Licenciado em Biologia (ingressante): 
1.1.7 - A atividade de biólogo no Brasil é regulamentada. 
1.1.7.1. Análises Clínicas. 
1.1.7.2. Analista clínico: o que faz um biólogo na área das análises clínicas. 
1.1.7.3. Campo de atuação. 
1.2.1 - O Biólogo e a sua importância na Saúde Pública. 
1.3 - Empreender na biologia via “montar um laboratório para análises”. 
1.4 - O Biólogo pode atuar em Análises Clínicas. 
1.5 - A atuação do biólogo em análise clínica. 
1.6 – O BIÓLOGO PODE. 
1.6.1 – Áreas de atuação. 
1.6.2 – Saúde. 
1.6.3 –Interdisciplinares (Saúde, Tecnologia e Meio Ambiente). 
1.7 - Conclusão. 
1.7.1 - Do Exercício Profissional. 
1.8. Conclusões. 
1.9. Bibliografia. 
ANEXO(S) I 
ANEXO(S) II 
ANEXO(S) III 
ANEXO(S) IV 
ANEXO(S) V 
ANEXO(S) VI 
ANEXO(S) VII 
7 
 
ANEXO(S) VIII 
ANEXO(S) IX 
ANEXO(S) X 
ANEXO(S) XI 
ANEXO(S) XII 
XIII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Silva, César Augusto Venâncio da. Prática Laboratorial de Análises Clínicas no 
contexto legal e do exercício técnico profissional do Biólogo. Fortaleza, Ceará. 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS, 2022, ESPECIALIZAÇÃO EM 
ANÁLISES CLÍNICAS. ÁREA SAÚDE HUMANA 
Resumo. 
Biologista x Biólogo. 
Para atuar na área cientifica de biologia o interessado deve ter dupla habilitação: a 
técnico-científica e a legal. O Biologista é o diplomado em biologia, licenciatura ou 
bacharelado. O Biólogo detém a formação acadêmica em biologia e para exercer as 
funções precisa de uma licença estatal, estar inscrito na autarquia federal que fiscaliza o 
exercício da profissão de biólogo. O Biologista tem a habilitação técnico-científica que é 
expressa através da comprovação da capacidade intelectual, com a colação de grau e o 
recebimento do diploma; na posse do diploma fornecido pela autoridade educacional e de 
acordo com o currículo efetivamente realizado se processa a habilitação legal para ser 
Biólogo, ou seja com o registro profissional no órgão competente para a fiscalização de 
seu exercício; no caso dos biólogos, o Conselho Regional de Biologia de sua jurisdição. 
A formação do biologista subentende-se que tem conhecimento especializado na área da 
Biologia, entendendo os mecanismos que regem o funcionamento de sistemas biológicos 
dentro de campos como a saúde, tecnologia, produção e meio ambiente; o biologista 
sendo biólogo(profissional) trabalha em hospitais, universidades, clínicas, laboratórios de 
análises clínicas, laboratórios de pesquisa, indústrias de medicamentos, agropecuária, 
zoológicos, ou seja, todo lugar onde há vida, prezando pelo bem-estar, saúde e integridade 
de indivíduos e meio ambiente. 
Analista Clínico: Biólogo. 
O analista clínico é o profissional da área de saúde que atua em laboratórios de análises 
clínicas realizando exames de análises clínico-laboratoriais humanas e/ou animais. No 
Brasil este profissional pode ser um biólogo, bioquímico, biomédico, médico 
patologista clínico, farmacêutico ou veterinário, guardadas as devidas atribuições 
profissionais. Pode, e a legislação permite que o analista clínico (análises clínicas) realize, 
interprete, e emita laudos e pareceres biológicos em um exame laboratorial ou exame para 
a clínica médica, responsabilizando-se tecnicamente pela sua emissão. 
Biólogo e sua atuação nas Análises Clínicas. Objetivo é fundamentar a legalidade do 
exercício da Especialidade de Analista Clínico por parte do biólogo. Explicar o “nexo 
causal” da biologia e das análises clínicas. Há muitas especulações contrárias sobre a 
atuaçãode biólogos em análises clínicas, já que muitos acham que não têm base curricular 
para atuar nessa área. De outro lado a Justiça Federal brasileira decidiu que “a legislação 
conferiu autorização para o exercício de tal atividade, de acordo com a formação 
curricular do Biólogo, o que foi regulamentado nos termos das Resoluções CFBio n°s 
12/1993 e 10/2003”. Os biólogos, a exemplo dos médicos, farmacêuticos, bioquímicos e 
9 
 
biomédicos, agora podem legalmente, uma vez habilitado academicamente, e inscrito no 
Conselho Regional de Biologia, atuar nas atividades privativas dos especialistas em 
análises clínicas. 
PALAVRAS-CHAVE – Biólogo. Análises Clínicas. Conselhos Federais e Regionais de 
Farmácia e de Biomedicina. Regulamentação. Capacitação profissional e legalidade do 
exercício das Análises Clínicas Laboratoriais pelos Biólogos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Silva, César Augusto Venancio da. Laboratory Practice of Clinical Analysis in the 
legal context and the professional technical exercise of the Biologist. Fortaleza, 
ceara. FACULTY BAPTIST OF MINAS GERAIS, 2022, SPECIALIZATION IN 
CLINICAL ANALYSIS. HUMAN HEALTH AREA 
Summary. 
Biologist x Biologist. 
To work in the scientific area of biology, the interested party must have dual 
qualifications: technical-scientific and legal. A Biologist is a graduate in biology, 
licensure or bachelor's degree. Biologists have academic training in biology and to 
perform their duties they need a state license, be registered with the federal agency that 
supervises the exercise of the profession of biologist. The Biologist has the technical-
scientific qualification that is expressed through proof of intellectual capacity, with the 
graduation and receipt of the diploma; in possession of the diploma provided by the 
educational authority and in accordance with the curriculum effectively carried out, the 
legal qualification to be a Biologist is processed, that is, with the professional registration 
in the competent body for the inspection of its exercise; in the case of biologists, the 
Regional Council of Biology within their jurisdiction. 
The training of the biologist implies that they have specialized knowledge in the area of 
Biology, understanding the mechanisms that govern the functioning of biological systems 
within fields such as health, technology, production and the environment; the biologist, 
being a biologist (professional) works in hospitals, universities, clinics, clinical analysis 
laboratories, research laboratories, drug industries, agriculture, zoos, that is, everywhere 
where there is life, valuing well-being, health and integrity of individuals and the 
environment. 
Clinical Analyst: Biologist. 
A clinical analyst is a healthcare professional who works in clinical analysis laboratories 
performing human and/or animal clinical-laboratory analysis exams. In Brazil, this 
professional can be a biologist, biochemist, biomedical doctor, clinical pathologist, 
pharmacist or veterinarian, subject to the appropriate professional attributions. It can, and 
the legislation allows the clinical analyst (clinical analyses) to perform, interpret, and 
issue biological reports and opinions in a laboratory examination or examination for the 
medical clinic, being technically responsible for its issuance. 
Biologist and his role in Clinical Analysis. The objective is to substantiate the legality of 
the exercise of the Clinical Analyst Specialty by the biologist. Explain the “causal nexus” 
of biology and clinical analysis. There are many contrary speculations about the role of 
biologists in clinical analysis, since many believe that they do not have a curricular basis 
to work in this area. On the other hand, the Brazilian Federal Court decided that “the 
legislation granted authorization for the exercise of such activity, in accordance with the 
curricular formation of the Biologist, which was regulated under the terms of CFBio 
11 
 
Resolutions No. 12/1993 and 10/2003” . Biologists, like doctors, pharmacists, 
biochemists and biomedical doctors, can now legally, once they are academically 
qualified and registered with the Regional Council of Biology, act in the private activities 
of specialists in clinical analysis. 
KEYWORDS – Biologist. Clinical analysis. Federal and Regional Councils of Pharmacy 
and Biomedicine. Regulation. Professional training and legality of the exercise of Clinical 
Laboratory Analysis by Biologists. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1. Introdução. 
A constituição de uma profissão é algo que permeia a vida em sociedade, responsável 
pela interação do indivíduo com os demais e sua contribuição para com determinado 
grupo social. A padronização de uma profissão evidencia uma entidade que se dá ao 
redor de concepções específicas e de uma unidade interna (BARBOSA, 1993) que na 
estrutura social e utilizando-se do conhecimento especializado é atribuída a uma 
determinada função. O biólogo é o licenciado ou bacharel em Ciências Biológicas que 
empós seu registro profissional no Conselho Regional de Biologia torna-se o profissional 
responsável pelo estudo das mais variadas formas de vida existentes. Para exercer a 
profissão de Biólogo o interessado deve ser portador de diploma: I - devidamente 
registrado, de bacharel ou licenciado em curso de História Natural, ou de Ciências 
Biológicas, em todos as suas especialidades ou de licenciado em Ciências, com 
habilitação em Biologia, expedido por instituição brasileira oficialmente reconhecida; Il 
- expedido por instituições estrangeiras de ensino superior, regularizado na forma da lei, 
cujos cursos forem considerados equivalentes aos mencionados no inciso I. Sem prejuízo 
do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados na 
forma da legislação específica, o Biólogo poderá: I - formular e elaborar estudo, projeto 
ou pesquisa científica básica e aplicada, nos vários setores da Biologia ou a ela ligados, 
bem como os que se relacionem à preservação, saneamento e melhoramento do meio 
ambiente, executando direta ou indiretamente as atividades resultantes desses trabalhos; 
II - orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, fundações, sociedades e 
associações de classe, entidades autárquicas, privadas ou do poder público, no âmbito de 
sua especialidade; III - realizar perícias e emitir e assinar laudos técnicos e pareceres de 
acordo com o currículo efetivamente realizado. Antes, o hoje, conceituado como biólogo, 
era “Historiador natural ou naturalista. Era assim, que se conceituava”. 
1.1 - Da formação acadêmica do biólogo. 
Vamos entender a luz do direito administrativo, leia se CONSELHO NACIONAL DE 
EDUCAÇÃO, a perspectiva conceitual do que é biologia (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO INTERESSADO: Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação 
Superior UF: DF ASSUNTO: Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Ciências Biológicas RELATOR 
(A): Francisco César de Sá Barreto (Relator), Carlos Alberto Serpa de Oliveira, Roberto Claudio Frota Bezerra 
PROCESSO(S) N.º(S): 23001.000316/2001-86 PARECER N.º: CNE/CES 1.301/2001 COLEGIADO: CES 
APROVADO EM: 06/11/200). 
A Biologia é a ciência que estuda os seres vivos, a relação entre eles e o meio ambiente, 
além dos processos e mecanismos que regulam a vida. Portanto, os profissionais 
formados nesta área do conhecimento têm papel preponderante nas questões que 
envolvem o conhecimento da natureza. O estudo das Ciências Biológicas deve 
possibilitar a compreensão de que a vida se organizou através do tempo, sob a ação de 
processos evolutivos, tendo resultado numa diversidade de formas sobre as quais 
continuam atuando as pressões seletivas. Esses organismos, incluindo os seres humanos, 
não estão isolados, ao contrário, constituem sistemas que estabelecem complexas 
relações de interdependência. O entendimento dessasinterações envolve a compreensão 
13 
 
das condições físicas do meio, do modo de vida e da organização funcional interna 
próprio das diferentes espécies e sistemas biológicos. Contudo, particular atenção deve 
ser dispensada às relações estabelecidas pelos seres humanos, dada a sua especificidade. 
Em tal abordagem, os conhecimentos biológicos não se dissociam dos sociais, políticos, 
econômicos e culturais. 
Dentro das DIRETRIZES CURRICULARES PARA OS CURSOS DE CIÊNCIAS 
BIOLÓGICAS, devemos para fins de fundamentar a futura Monografia de Conclusão de 
Curso, traçar um perfil deste profissional que o CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
coloca no mercado. 
1.1.1 - PERFIL DOS FORMANDOS. 
O Graduado (Bacharel ou Licenciado) em Ciências Biológicas deverá ser: 
a) generalista, crítico, ético, e cidadão com espírito de solidariedade; b) detentor de 
adequada fundamentação teórica, como base para uma ação competente, que inclua o 
conhecimento profundo da diversidade dos seres vivos, bem como sua organização e 
funcionamento em diferentes níveis, suas relações filogenéticas e evolutivas, suas 
respectivas distribuições e relações com o meio em que vivem; c) consciente da 
necessidade de atuar com qualidade e responsabilidade em prol da conservação e manejo 
da biodiversidade, políticas de saúde, meio ambiente, biotecnologia, bioprospecção, 
biossegurança, na gestão ambiental, tanto nos aspectos técnico-científico, quanto na 
formulação de políticas, e de se tornar agente transformador da realidade presente, na 
busca de melhoria da qualidade de vida; d) comprometido com os resultados de sua 
atuação, pautando sua conduta profissional por critério humanísticos, compromisso com 
a cidadania e rigor científico, bem como por referenciais éticos legais; e) consciente de 
sua responsabilidade como educador (Licenciado), nos vários contextos de atuação 
profissional; f) apto a atuar multi e interdisciplinarmente, adaptável à dinâmica do 
mercado de trabalho e às situações de mudança contínua do mesmo; g) preparado para 
desenvolver idéias inovadoras e ações estratégicas, capazes de ampliar e aperfeiçoar sua 
área de atuação. 
1.1.2 - COMPETÊNCIAS E HABILIDADES. 
a) Pautar-se por princípios da ética democrática: responsabilidade social e ambiental, 
dignidade humana, direito à vida, justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade, 
diálogo e solidariedade; b) Reconhecer formas de discriminação racial, social, de gênero, 
etc. que se fundem inclusive em alegados pressupostos biológicos, posicionando-se diante 
delas de forma crítica, com respaldo em pressupostos epistemológicos coerentes e na 
bibliografia de referência; c) Atuar em pesquisa básica e aplicada nas diferentes áreas das 
Ciências Biológicas, comprometendo-se com a divulgação dos resultados das pesquisas 
em veículos adequados para ampliar a difusão e ampliação do conhecimento; d) Portar-
se como educador consciente de seu papel na formação de cidadãos, inclusive na 
perspectiva sócio-ambiental; e) utilizar o conhecimento sobre organização, gestão e 
financiamento da pesquisa e sobre a legislação e políticas públicas referentes à área; f) 
14 
 
Entender o processo histórico de produção do conhecimento das ciências biológicas 
referente a conceitos/princípios/teorias; g) Estabelecer relações entre ciência, tecnologia 
e sociedade; h) Aplicar a metodologia científica para o planejamento, gerenciamento e 
execução de processos e técnicas visando o desenvolvimento de projetos, perícias, 
consultorias, emissão de laudos, pareceres etc. em diferentes contextos; i) Utilizar os 
conhecimentos das ciências biológicas para compreender e transformar o contexto sócio-
político e as relações nas quais está inserida a prática profissional, conhecendo a 
legislação pertinente; j) desenvolver ações estratégicas capazes de ampliar e aperfeiçoar 
as formas de atuação profissional, preparando-se para a inserção no mercado de trabalho 
em contínua transformação; k) Orientar escolhas e decisões em valores e pressupostos 
metodológicos alinhados com a democracia, com o respeito à diversidade étnica e 
cultural, às culturas autóctones e à biodiversidade; l) atuar multi e interdisciplinarmente 
interagindo com diferentes especialidades e diversos profissionais, de modo a estar 
preparada a contínua mudança do mundo produtivo; m) avaliar o impacto potencial ou 
real de novos conhecimentos/tecnologias/serviços e produtos resultantes da atividade 
profissional, considerando os aspectos éticos, sociais e epistemológicos; n) comprometer-
se com o desenvolvimento profissional constante, assumindo uma postura de 
flexibilidade e disponibilidade para mudanças contínuas, esclarecido quanto às opções 
sindicais e corporativas inerentes ao exercício profissional. 
1.1.3 - ESTRUTURA DO CURSO. 
A estrutura do curso deve ter por base os seguintes princípios: contemplar as exigências 
do perfil do profissional em Ciências Biológicas, levando em consideração a identificação 
de problemas e necessidades atuais e prospectivas da sociedade, assim como da legislação 
vigente; garantir uma sólida formação básica inter e multidisciplinar; privilegiar 
atividades obrigatórias de campo, laboratório e adequada instrumentação técnica; 
favorecer a flexibilidade curricular, de forma a contemplar interesses e necessidades 
específicas dos alunos; explicitar o tratamento metodológico no sentido de garantir o 
equilíbrio entre a aquisição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores; garantir um 
ensino problematizado e contextualizado, assegurando a indissociabilidade entre ensino, 
pesquisa e extensão; proporcionar a formação de competência na produção do 
conhecimento com atividades que levem o aluno a: procurar, interpretar, analisar e 
selecionar informações; identificar problemas relevantes, realizar experimentos e projetos 
de pesquisa; levar em conta a evolução epistemológica dos modelos explicativos dos 
processos biológicos; estimular atividades que socializem o conhecimento produzido 
tanto pelo corpo docente como pelo discente; estimular outras atividades curriculares e 
extracurriculares de formação, como, por exemplo, iniciação cientifica, monografia, 
monitoria, atividades extensionistas, estágios, disciplinas optativas, programas especiais, 
atividades associativas e de representação e outras julgadas pertinentes; considerar a 
implantação do currículo como experimental, devendo ser permanentemente avaliado, a 
fim de que possam ser feitas, no devido tempo, as correções que se mostrarem necessárias. 
 
15 
 
1.1.4 - ESTRUTURAÇÃO GERAL. 
A estrutura geral do curso, compreendendo disciplinas e demais atividades, pode ser 
variada, admitindo-se a organização em módulos ou em créditos, num sistema seriado ou 
não, anual, semestral ou misto, desde que os conhecimentos biológicos sejam distribuídos 
ao longo de todo o curso, devidamente interligados e estudados numa abordagem 
unificadora. 
1.1.5 - BACHARELADO. 
Depois de formado, o mercado de trabalho para o bacharel é amplo: ele pode atuar em 
institutos de pesquisa, órgãos regulamentadores, indústrias, laboratórios, consultorias, 
serviço público e muitos outros. O bacharelado em Ciências Biológicas tem o objetivo 
de formar profissionais que irão atuar em laboratórios nas empresas de pesquisa, 
desenvolvimento e aplicação de processos biológicos. Faz parte da rotina do curso: aulas 
de anatomia, química, microbiologia e afins em laboratórios, pesquisas de campo e 
visitas a locais de interesse biológico. A modalidade Bacharelado deverá possibilitar 
orientações diferenciadas, nas várias subáreas das Ciências Biológicas, segundo o 
potencial vocacional das IES e as demandas regionais. 
A graduação em Ciências Biológicas pode ser encontrada tanto na modalidade presencial 
quanto a distância, na modalidade semipresencial. 
O que se estuda no bacharelado em Ciências Biológicas? 
A grade curricular do bacharelado em Ciências Biológicas é formada por disciplinas 
gerais de áreas que estudam os fundamentosda vida, como Medicina, Química e Física. 
Faz parte também da rotina de estudos as aulas práticas em laboratórios, visitas técnicas, 
produção de artigos, pesquisa de campo, estágio supervisionado e apresentação de 
trabalhos. O curso de Ciências Biológicas tem a duração de 4 anos (8 semestres) e o 
estágio curricular e a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) são 
obrigatórios para obter o diploma. 
1.1.5.1 - Grade curricular do curso de Ciências Biológicas. 
Para termos uma visão genérica, mais sobre o curso, mostramos como exemplo as 
matérias que são oferecidas no curso de bacharelado de uma faculdade, qualquer, 
pesquisa realizada na internet, que é reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). 
Lembramos que esta grade pode ser diferente em outras instituições. 
I. Biofísica; 
II. Metodologia de Pesquisa; 
III. Anatomia Humana; 
IV. Biologia Celular; 
V. Língua Brasileira de Sinais; 
16 
 
VI. Anatomia e Morfologia Vegetal; 
VII. Ecologia Geral; 
VIII. Bioquímica; 
IX. Bioestatística; 
X. Disciplinas Optativas; 
XI. Sistemática Vegetal; 
XII. Zoologia dos Vertebrados; 
XIII. Ecologia de Populações e Comunidades; 
XIV. Genética; 
XV. Diversidade Étnico-Cultural; 
XVI. Fisiologia Vegetal; 
XVII. Fisiologia Animal Comparada; 
XVIII. Biologia Molecular; 
XIX. Educação Ambiental; 
XX. Biogeografia; 
XXI. Direito Ambiental; 
XXII. Ecologia de Ecossistemas; 
XXIII. Genética Humana; 
XXIV. Paleontologia; 
XXV. Comportamento Animal; 
XXVI. Ciência do Ambiente e Bioclimatologia; 
XXVII. Filogenia e Evolução; 
XXVIII. Cartografia Ambiental; 
XXIX. Microbiologia Ambiental; 
XXX. Botânica Econômica; 
XXXI. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social; 
XXXII. Elaboração de Trabalho de Curso I; 
17 
 
XXXIII. Orientação de Estágio e de Trabalho de Curso I; 
XXXIV. Estágio Curricular Supervisionado Profissionalizante I; 
XXXV. Ecologia Aquática; 
XXXVI. Avaliação de Impacto Ambiental; 
XXXVII. Atividades de Campo; 
XXXVIII. Empreendedorismo; 
XXXIX. Elaboração do Trabalho de Curso II; 
XL. Orientação de Estágio e de Trabalho de Curso II; 
XLI. Estágio Curricular Supervisionado Profissionalizante II; 
XLII. Biologia da Conservação; 
XLIII. Biomonitoramento e Ecotoxicologia; 
XLIV. Restauração de áreas Degradadas; 
XLV. Física; 
XLVI. Zoologia dos Invertebrados; 
XLVII. Bioética; 
XLVIII. Tecnologias da Informação e da Comunicação; 
XLIX. Geologia; 
L. Química; 
LI. Embriologia. 
1.1.5.2 - O que faz um biólogo? 
O biólogo que conclui sua graduação no bacharelado encontra um vasto leque de 
oportunidades de atuação. Entre elas, é possível atuar com políticas de saúde, gestão 
ambiental em centros e laboratórios de pesquisa, zoológicos, museus, reservas ecológicas, 
biossegurança, hospitais, entre outras. As áreas que se encontram em alta nos dias de hoje 
são: Educação Ambiental: com ênfase na certificação ambiental e controle de doenças. 
Políticas de saúde. Pesquisa e exploração da biodiversidade de uma região. Conservação 
e manejo de biodiversidade. Análises Clínicas. Vigilâncias Sanitária. Biologia Forense. 
Biossegurança. Biotecnologia. 
Os cursos Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas também podem ser 
encontrados na modalidade à distância. Porém, no entanto, o mais importante é checar se 
a instituição em que se pretende estudar é reconhecida pelo MEC. 
18 
 
1.1.6 - LICENCIATURA. 
Semelhanças conceituais no perfil profissional do Licenciado em Biologia e do Bacharel. 
O curso de Ciências Biológicas (Licenciatura) forma profissionais com o título de 
Licenciado em Ciências Biológicas, com capacidade para atuar em atividades próprias ao 
campo do biólogo, como professor de Ciências e Biologia, promovendo o 
desenvolvimento das ciências naturais, da conservação biológica e da biotecnologia. 
A ênfase na pesquisa, na extensão e no ensino permeiam a formação inicial do professor. 
As discussões acerca da docência já figuram desde os primeiros períodos. O profissional 
formado pelo curso é detentor de fundamentação teórica e prática básica, de perfil 
transformador da realidade em benefício da sociedade, que pauta suas ações pelos 
referenciais éticos e legais da atividade profissional e atua contribuindo com a qualidade 
do ensino de Ciências e de Biologia. 
O formado em Licenciatura em Ciências Biológicas pode ser biólogo, e deve possuir uma 
área de atuação diversificada que inclui as atividades de pesquisa em todas as áreas das 
Ciências Biológicas, além da docência na Educação Básica - nas séries iniciais do Ensino 
Fundamental e no Ensino Médio - atividade esta restrita ao licenciado, e ainda na docência 
no Ensino Superior. Exerce, também, atividades correlatas à docência para o Ensino 
Formal e Não Formal. Pode ainda atuar na extensão, desenvolvimento, demonstração, 
treinamento e condução de equipe educacional; no provimento de cargos e funções de 
ensino, além de prestar assistência, assessoria e consultoria no campo educacional. 
1.1.6.1 - Perfil profissional do Licenciado em Biologia (ingressante): 
As Ciências Biológicas consistem nas ciências que classificam e estudam todas as formas 
de vida, envolvendo plantas, animais e outros organismos vivos. O licenciado pode ser 
biólogo - profissional formado no curso de Ciências Biológicas - investiga a origem, a 
evolução, a estrutura, as funções e os processos de reprodução dos seres vivos e as 
relações entre eles e o meio ambiente. Pesquisa também os seres nos seus vários níveis 
de organização, desde genes, células e órgãos, até as populações de plantas e animais e 
a estrutura dos ecossistemas. Os conhecimentos e as descobertas dessas pesquisas podem 
ser aplicados, por exemplo, na cura de doenças, na preservação do meio ambiente, no 
desenvolvimento da agricultura e da pecuária, na indústria e em vários outros setores da 
sociedade. Da pesquisa com células troncas ao trabalho ambiental ou ao magistério, o 
biólogo busca a melhoria da qualidade de vida de todos os seres vivos do planeta. A 
Licenciatura prepara o profissional para ser professor de Ciências e de Biologia no 
Ensino Fundamental, Médio e Superior como também para atuar em pesquisas e projetos 
nas diferentes áreas da biologia. Já o Bacharelado prepara o profissional para atuar em 
pesquisas, projetos, análises, emissão de laudos, pareceres e outros serviços nas áreas de 
meio ambiente e biodiversidade, saúde e biotecnologia e produção. Em ambos os casos, 
o licenciado e o bacharel podem se tornar biólogo. Em ambas as graduações, para ser um 
bom profissional, o estudante deve ser um bom observador, ter senso crítico e capacidade 
para o ensino e a pesquisa, entre outras características. A modalidade Licenciatura deverá 
contemplar, além dos conteúdos próprios das Ciências Biológicas, conteúdos nas áreas 
19 
 
de Química, Física e da Saúde, para atender ao ensino fundamental e médio. A formação 
pedagógica, além de suas especificidades, deverá contemplar uma visão geral da 
educação e dos processos formativos dos educandos. Deverá também enfatizar a 
instrumentação para o ensino de Ciências no nível fundamental e para o ensino da 
Biologia, no nível médio. A elaboração de monografia deve ser estimulada como trabalho 
de conclusão de curso, nas duas modalidades. Para a licenciatura em Ciências Biológicas 
serão incluídos, no conjunto dos conteúdos profissionais, os conteúdos da Educação 
Básica, consideradas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores 
em nível superior, bem como as Diretrizes Nacionais para a Educação Básica e para o 
Ensino Médio. Basicamente, com esta introdução aqui no Fórum II da Metodologia 
Científica, busco instigar os colegas da Licenciatura a promoverem a produção do 
conhecimento a partir da definição e compreensão estrutural do Curso de Ciências 
Biológica. 
1.1.7 - A atividade de biólogo no Brasil é regulamentada. 
Entendemos como profissão “Profissão é um trabalho ou atividade especializada dentro 
da sociedade,geralmente exercida por um profissional”. A biologia, medicina, direto, 
etc., são atividades que requerem estudos especializados, e formação universitária, assim, 
em resumo: no sentido mais amplo da palavra, portanto, o conceito de profissão tem a 
ver com ocupação profissional, ou seja, uma atividade produtiva/profissional que o 
indivíduo desempenha perante a sociedade onde está inserido. 
Existem os conselhos federais (exemplos: CFM, CFBio, CONFEA, CFP, etc.), que atuam em 
âmbito nacional, e os conselhos regionais (exemplos: CRM, CRBio, Conselho Regional de 
Contabilidade, CREA, CRP, etc.), que atuam dentro das unidades federativas ou em 
determinadas regiões do país. 
No Brasil, algumas profissões no Brasil possuem um órgão auto-regulador, consultivo, 
fiscalizador e deliberativo, chamado normalmente de conselho, que habilita o profissional e 
fiscaliza o exercício de cada profissão. Trata-se, portanto, de profissões, em seu significado 
pleno. Temos assim: “CAPÍTULO III - Dos Órgãos de Fiscalização - Art. 6º Ficam criados o Conselho Federal 
e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina - CFBB/CRBB com a incumbência de fiscalizar o exercício das 
profissões definidas nesta Lei. § 1º Os Conselhos Federais e Regionais a que se refere este artigo constituem, em 
conjunto, uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Trabalho. § 2º O Conselho Federal terá sede e foro no 
Distrito Federal e jurisdição em todo o País e os Conselhos Regionais terão sede e foro nas Capitais dos Estados, dos 
Territórios e no Distrito Federal. Art. 10 - Compete ao Conselho Federal: I - eleger, dentre os seus membros, por 
maioria absoluta, o seu Presidente e o Vice-Presidente, cabendo ao primeiro, além do voto comum, o de qualidade; 
II - exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e execução do disposto nesta Lei e à 
fiscalização do exercício profissional, adotando providências indispensáveis à realização dos objetivos institucionais; 
III - supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo o território nacional; IV - organizar, propor 
instalação, orientar e inspecionar os Conselhos Regionais, fixar-lhes jurisdição, e examinar suas prestações de 
contas, neles intervindo desde que indispensável ao restabelecimento da normalidade administrativa ou financeira ou 
à garantia da efetividade ou princípio da hierarquia institucional; Art. 19 - A renda dos Conselhos Federal e 
Regionais só poderá ser aplicada na organização e funcionamento de serviços úteis à fiscalização do exercício 
profissional, bem como em serviços de caráter assistencial, quando solicitados pelas Entidades Sindicais” - LEI 
FEDERAL Nº 6.684, DE 3 DE SETEMBRO DE 1979 - Regulamenta as profissões de Biólogo e de Biomédico, cria o 
Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina, e dá outras providências. 
20 
 
Profissão, do latim “professĭo” é a ação e o efeito de professar (exercer um ofício, uma 
ciência ou uma arte). A profissão, por conseguinte, é o emprego ou o trabalho que alguém 
exerce e pelo qual recebe uma retribuição econômica. O profissional biólogo observa 
origens, desenvolvimentos, funcionamentos, reproduções e relacionamentos dos seres 
vivos com o meio ambiente em que vivem. Ele pode ser um profissional técnico e 
pesquisador em instituições ligadas ao meio ambiente e em laboratórios. Pode atuar 
também como professor, consultor na área biológica ou administrador de parques, 
reservas e museus. Como biólogo, é possível realizar o trabalho de catalogação de 
espécies, educação ambiental, técnicas de sustentabilidade e perícias ambientais. O 
profissional da área tem o conhecimento necessário para trabalhar e contribuir com 
políticas públicas no setor de meio ambiente. Podemos, pois, concluir preliminarmente 
que para entender as bases desta profissão, precisamos entender o que é Biologia. 
Biologia é a ciência natural que estuda, descreve, preserva e eventualmente explora 
economicamente a vida e os organismos vivos(Aquarena Wetlands Project: Glossary of Terms - 
Texas State University at San Marcos, 2004). 
Apesar de sua complexidade, certos conceitos unificadores a consolidam em um campo 
único e coerente. A biologia reconhece a célula como à unidade básica da vida, os genes 
como a unidade básica da hereditariedade e a evolução como o motor que impulsiona a 
origem e extinção das espécies. Além disso, reconhece que os organismos vivos possuem 
estruturação interna em compartimentos com funções específicas, seja a nível celular, 
anatômico, fisiológico ou de diversidade e nichos ecológicos. Os organismos vivos 
também podem ser vistos do ponto de vista físico e químico como sistemas abertos que 
sobrevivem transformando energia e diminuindo sua entropia local(Davies, Paul C. W.; Rieper, 
Elisabeth; Tuszynski, Jack A. 2012)para manter um o equilíbrio dinâmico vital, através de reações 
bioquímicas(homeostase). Por outro lado, organismos vivos também podem ser vistos 
sob o ângulo da produção econômica (produtos, processos, serviços e biotecnologias), 
tal qual a definição dada pela Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU(LUCIA 
NINA BERNARDES MARTINS, 2020)para biotecnologia, como sendo a utilização de '' sistemas 
biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou 
processos para utilização específica''. 
As subdisciplinas da biologia são definidas pelos métodos de pesquisa empregados e o 
tipo de sistema estudado: a biologia teórica usa métodos matemáticos para formular 
modelos quantitativos enquanto a biologia experimental realiza experimentos empíricos 
para testar a validade das teorias propostas e compreender os mecanismos subjacentes à 
vida e como ela surgiu e evoluiu (Stellwagen, Anne E; Craig, Nancy L, 2001; Mosconi, Francesco; Julou, 
Thomas; Desprat, Nicolas; Sinha, Deepak Kumar; Allemand, Jean-François; Croquette, Vincent; Bensimon, David, 
2008; How Did Life Become Complex, And Could It Happen Beyond Earth -. Astrobiology Magazine, 2020). 
A palavra Biologia é formada por dois radicais latinos, a dizer bios(vida e) Logus, estudo, 
a Biologia pode ser definida como o “estudo das coisas viventes”, ou “estudo da vida”. 
O profissional formado em Biologia é chamado de biólogo, um estudioso da vida(MAYR, 
Ernst. O desenvolvimento do pensamento biológico. Brasilia: UnB, 1998; MAYR, Ernst. Biologia, Ciência Única. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2005; Uliana, E. R. (2012). Histórico do curso de ciências biológicas no Brasil e em 
Mato Grosso. VI Colóquio Internacional-Educação e Contemporaneidade. Anais... São Cristovão, SE). 
21 
 
1.1.7.1. Análises Clínicas. 
A formação do biologista subentende-se que tem conhecimento especializado na área da 
Biologia, entendendo os mecanismos que regem o funcionamento de sistemas biológicos 
dentro de campos como a saúde, tecnologia, produção e meio ambiente; o biologista 
sendo biólogo(profissional) trabalha em hospitais, universidades, clínicas, 
laboratórios de análises clínicas, laboratórios de pesquisa, indústrias de 
medicamentos, agropecuária, zoológicos, ou seja, todo lugar onde há vida, prezando pelo 
bem-estar, saúde e integridade de indivíduos e meio ambiente. 
1.1.7.2. Analista clínico: o que faz um biólogo na área das análises clínicas. 
Também chamado de Biólogo Analista Clínico atua em laboratórios de análises clínicas 
e toxicológicas. Atualmente, outros profissionais também podem atuar nesta carreira 
especializada, como o biomédico, farmacêutico bioquímico, e o farmacêutico analista 
clínico. A briga pela reserva de mercado foi superada, o que ocasionou um aumento da 
competição pelo mercado. Mas isso não quer dizer que não seja uma área promissora, 
mas que é necessário qualificação para se manter no mercado. As análises clínicas são 
muito importantes para que outros profissionais, como médicos, nutricionista e 
farmacêuticos clínicos, possam ter uma linha de raciocínio mais clara, podendo tomar 
melhores decisões. É muito importantetambém para ter uma maior certeza nos seus 
diagnósticos e acompanhamentos dos seus pacientes, comprovando também bons ou 
ruins resultados de tratamento. A regulamentação das atividades de Análises Clinicas 
foram regulamentadas pelo Conselho Federal de Biologia. Não se trata de regulamentar 
profissão, que é privativo da União, através do Poder Legislativo e Executivo Federal. 
Mais, sim, fixa regulamentação para que os biólogos qualificados e especializados 
possam ser acreditados na sociedade civil. Na mesma linha de raciocínio a atividade 
especializada de farmacêutico bioquímico foi normatizada pelo Conselho Federal de 
Farmácia, através da Resolução nº 514 de 25 de novembro de 2009. O especialista, 
biólogo analista clinico, para exercer a função, é imprescindível estudos e expertises em 
algumas áreas, então é muito importante que o profissional saiba sobre: Bioquímica; 
Biologia molecular; Patologia; Citologia e Citopatologia; Qualidade Laboratorial; 
Químicas, como analítica e instrumental. 
1.1.7.3. Campo de atuação. 
O biólogo analista clínico pode atuar em diversas áreas, como: Na realização de exames 
laboratoriais; Exames toxicológicos; Gerenciando laboratórios; Gestão do setor; Pesquisa 
e extensão na área toxicológica e de análises clínicas; Docência; Consultoria na área; 
Garantia de qualidade em laboratórios clínicos; Citopatologia; Exames imunológicos; 
Análises microbiológicas, parasitológicas e micológicas; Métodos de biologia molecular. 
Pode ainda, atuar em laboratórios de análises clínicas particulares e públicos, laboratórios 
de análises toxicológicas, laboratórios hospitalares, entre outros. 
22 
 
Apresentada a biologia, vamos ao objeto principal da discussão neste artigo, TCC. Busca-
se neste artigo apresentado para fins de conclusão de curso superior em biologia, como 
objetivo, fundamentar a legalidade do exercício da Especialidade de Analista Clínico 
por parte do biólogo. Explicar o “nexo causal” da biologia e das análises clínicas, a partir 
da visão jurídica, tomando como base o assunto nos termos tratado, nos dias atuais pelas 
normas jurídicas da República Federativa do Brasil. 
1.2. - O Biólogo e a sua importância na Saúde Pública. 
No presente artigo apenas se propala o que já é uma história consuetudinária, ou seja, a 
presença do Biólogo na área da Saúde. 
Podemos dizer que cientificamente são várias as colaborações que se dá para o 
desenvolvimento científico e técnico. Com o advento das normas reguladoras(V. Anexos) 
a profissão e a atuação do Biólogo na área da saúde tornou-se concretamente legal, sendo 
respaldada pela Resolução nº 287/1998 do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que 
reconheceu a atuação do Biólogo, bem como a sua integração no contexto dos 
profissionais da Saúde. Com esta decisão o Estado Brasileiro procura e desenvolve ações 
para a melhoria da qualidade de vida da população através de medidas preventivas, e para 
tanto, a interação entre Biólogos e os demais profissionais da área da saúde se faz 
indispensável para se atingir esse objetivo. 
Considerando que atualmente no Brasil existem grandes centros de pesquisa em saúde 
como o Instituto Butantã em São Paulo, responsável pela produção de vacinas e soros, 
o Instituto Soroterápico do Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz (que engloba a 
Escola Nacional de Saúde Pública – ENSP e o Instituto Fernandes Figueira), o Instituto 
Fernando Chagas, e o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde, necessário 
se faz regular ações de interesses coletivos, e nesse sentido no âmbito do exercício da 
profissão de biólogo temos a RESOLUÇÃO Nº 227, DE 18 DE AGOSTO DE 2010 do 
CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA – CFBio(Autarquia Federal, com personalidade jurídica 
de direito público criada pela Lei Federal nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, alterada pela Lei Federal nº 7.017, 
de 30 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto Federal nº 88.438, de 28 de junho de 1983)que “Dispõe 
sobre a regulamentação das Atividades Profissionais e as Áreas de Atuação do Biólogo, 
em Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e, Biotecnologia e Produção, para efeito de 
fiscalização do exercício profissional”, que define “o Biólogo regularmente registrado 
nos Conselhos Regionais de Biologia - CRBios, e legalmente habilitado para o exercício 
profissional, de acordo com o art. 2º da Lei Federal nº 6.684/1979 e art. 3º do Decreto 
Federal nº 88.438/1983(V. Anexos), poderá atuar nas áreas: I - Meio Ambiente e 
Biodiversidade II – Saúde III - Biotecnologia e Produção. O exercício das atividades 
profissionais/técnicas vinculadas às diferentes áreas de atuação fica condicionado ao 
currículo efetivamente realizado ou à pós-graduação lato sensu ou stricto sensu na área 
ou à experiência profissional na área de no mínimo 360 horas comprovada pelo Acervo 
Técnico. 
 
23 
 
Por fim, pode o biólogo atuar na saúde nas áreas: 
1. Aconselhamento Genético; 
2. Análises Citogenéticas; 
3. Análises Citopatológicas; 
4. Análises Clínicas * Esta Resolução em nada altera o disposto nas Resoluções nº 
12/1993 e nº 10/2003; 
5. Análises de Histocompatibilidade; 
6. Análises e Diagnósticos Biomoleculares; 
7. Análises Histopatológicas; 
8. Análises, Bioensaios e Testes em Animais; 
9. Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Leite Humano; 
10. Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Órgãos e Tecidos; 
11. Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Sangue e Hemoderivados; 
12. Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Sêmen, Óvulos e Embriões; 
13. Bioética. 
Para o biólogo atuar nas Análises Clínicas, segundo o CONSELHO FEDERAL DE 
BIOLOGIA, na RESOLUÇÃO Nº 12, DE 19 DE JULHO DE 1993(Dispõe sobre a 
regulamentação para e concessão de Termo de Responsabilidade Técnica em Análises Clinica e dão outras) deve, 
observando os preceitos jurídicos vigentes em particular o disposto no Art. 5º, inciso XIII 
da Constituição Federal e a Decisão Normativa CFB nº 01/1987(Considerando a 
necessidade de que seja regulamentada a Concessão de Termo de Responsabilidade 
Técnica para Biólogos, em análises clínicas, na forma do currículo acadêmico 
efetivamente realizado), ter um currículo efetivamente realizado com pós-graduação, 
onde conste efetivamente estudado e aprovado conteúdos programáticos(as seguintes 
matérias): I - ANATOMIA HUMANA; II – BIOFÍSICA; III – BIOQUÍMICA; IV – CITOLOGIA; V 
- FISIOLOGIA HUMANA; VI – HISTOLOGIA; VII – IMUNOLOGIA; VIII – MICROBIOLOGIA; IX 
– PARASITOLOGIA. Será exigida, como experiência Profissional, estágio supervisionado 
em laboratório de Análises Clínicas, com duração mínima de 06 (seis) meses e/ou 360 
horas. Poderá ser considerado como experiência profissional, o exercício efetivo, em 
Análises Clínicas, por um prazo não inferior a 02 (dois) anos. Aos CRBs será facultado 
exigir qualquer documento que entendam válido à comprovação da experiência 
profissional. 
1.3 - Empreender na biologia via “montar um laboratório para análises”. 
Essa área também possibilita aos biólogos uma forma de empreender, já que é possível 
montar um laboratório para análises. O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro 
e Pequenas Empresas) divulgou um “guia” de como montar um laboratório de análises 
clínicas (acesse o guia). Nele possui informações sobre a estrutura necessária para o 
laboratório, equipamentos, funcionários e também exigências legais específicas. 
Impulsionada pelo crescimento do mercado de saúde, a demanda por laboratórios de 
análises clínicas vem aumentando exponencialmente no Brasil. 
 
 
24 
 
1.4 - O Biólogo pode atuar em Análises Clínicas. 
A análise clínica é o ramo de conhecimento que trabalha com o estudo de alguma 
substância de forma a coletar dados e apontar diagnósticos a respeito da saúde do 
paciente. Além de exames já citados temos ainda: ureia, creatina, colesterol total, 
triglicerídeos, ácido úrico, hemostasia, cultura bacteriológica, antibiograma, etc. 
Há muitas especulações contrárias sobre a atuação de biólogos em análises clínicas, jáque muitos acham que não têm base curricular para atuar nessa área, e também de 
Conselhos Federais e Regionais de Farmácia e de Biomedicina, sob o entendimento de 
que tal função seria restrita aos farmacêuticos e biomédicos, sem que exista legislação de 
regência destas profissões estabelecendo qualquer espécie de exclusividade no exercício 
daquelas atividades. 
O Sistema CFBio/CRBios sustenta que, nos termos da Lei Federal n° 6.684/1979, a 
legislação conferiu autorização para o exercício de tal atividade, de acordo com a 
formação curricular do Biólogo, o que foi regulamentado nos termos das Resoluções 
CFBio n°s 12/1993 e 10/2003. A ANVISA a teor de parecer jurídico e da decisão 
administrativa, PARECER CONS/2008 – PROCR/ANVISA e Memorando n° 081/2008-
GGTES/ANVISA, também ratificam a total, completa e absoluta capacitação profissional 
e legalidade do exercício das Análises Clínicas Laboratoriais pelos Biólogos. 
Os biólogos, a exemplo dos médicos, farmacêuticos, bioquímicos e biomédicos, agora 
podem legalmente, uma vez habilitado academicamente, e inscrito no Conselho Regional 
de Biologia, atuar nas atividades privativas dos especialistas em análises clínicas. 
Os exames de análises clínicas são as principais formas utilizadas pelos médicos para 
complementar o exame clínico e acompanhar as condições de saúde de um paciente. O 
conjunto de exames que as análises clínicas abrangem é a principal ferramenta utilizada 
por médicos para verificar as condições de saúde do paciente. À medida que sem um 
exame de laboratório é praticamente impossível dar um diagnóstico preciso, fica claro 
que a medicina laboratorial é parte fundamental do atendimento clínico. Nesse sentido, 
as análises clínicas envolvem uma série de processos que estudam o material biológico, 
desde sangue até fragmentos de tecido. De acordo com o tipo de amostra, composto ou 
conforme a suspeita inicial do médico, as análises clínicas são feitas em setores 
específicos dos laboratórios de análises clínicas (conforme o composto bioquímico ou 
suspeita clínica que se pretende investiga). Alguns exemplos de setores das Análises 
Clínicas são: 
1. Hematologia: analisa as condições relacionadas ao sangue, sendo o hemograma o exame 
mais comum; 
2. Bioquímica: os exames investigam processos metabólicos, como por exemplo, a glicose, 
colesterol, triglicerídeos, eletrólitos, função hepática, renal e cardíaca; 
3. Microbiologia: análise de cultura de urina e outras secreções, que indicam a presença 
de infecções relacionadas à atividade bacteriana nociva ao organismo; 
4. Parasitologia: setor onde se detecta a presença de microrganismos, como vermes e 
protozoários, através de exame de fezes, pesquisa de sangue oculto etc.; 
25 
 
5. Imunologia: analisa as doenças relacionadas à imunidade, como por exemplo, a 
presença de toxoplasmose, rubéola, dengue, entre outras; 
6. Uroanálise: responsável pelas análises clínicas feitas a partir da urina, que podem 
indicar a presença de doenças que não apresentam sintomas. 
Os estabelecimentos que atuam na área da saúde devem trabalhar sobre rígidos esquemas 
de segurança, limpeza, responsabilidade e precisão. Com um laboratório de análises 
clínicas, isso não é diferente, já que esse tipo de serviço lida diariamente com amostras 
biológicas e deve ser capaz de realizar importantes análises diagnósticas imprescindíveis 
a clínicas e hospitais. Para que estes laboratórios atuem com a maior eficácia e cuidado 
possíveis, a vigilância sanitária faz uma extensiva análise dos serviços e da equipe 
profissional destes estabelecimentos, só fornecendo licenças de trabalho para aqueles que 
estão devidamente dentro das normas federais e suspendendo aqueles que não seguem 
tais medidas. Os rígidos esquemas de “segurança, limpeza” se justificam, pois, os 
laboratórios de análises clínicas são divididos em setores que estudam especificamente 
cada uma das amostras biológicas colhidas. 
1.5 - A atuação do biólogo em análise clínica. 
Dentre as diversas atividades profissionais que o biólogo exerce em análises clínicas, 
inclui-se a realização de diagnósticos biológicos, moleculares e ambientais (coletar e 
analisar amostras, realizar ensaios, identificar e classificar espécies, emitir laudos de 
diagnósticos, etc.). Seja a partir de exames de sangue pré-natal simples, de exames mais 
complexos para descobrir doenças como o HIV/AIDS, diabetes e câncer, podendo 
apresentar os resultados de laboratório para patologistas e outros médicos. Biólogos 
também fazem a realização específica de análises clínicas, citológicas, cito-gênicas (O 
exame de citogenética tem como objetivo analisar os cromossomos e, assim, identificar 
alterações cromossômicas relacionadas às características clínicas da pessoa) e 
patológicas, quais sejam: preparar amostras para análise, operar instrumentos e 
equipamentos de análise, controlar qualidade do processo de análise, interpretar 
resultados de análises, emitir laudos de análises e realizar aconselhamento genético. 
Portanto, a análise clínica é sim uma área de atuação de biólogos e também uma forma 
de empreenderem (Araújo, Vanessa, 2020). 
O biólogo é um profissional que pode atuar nos diversos campos da Biologia, ou seja, em 
todas as áreas que envolvem o estudo da vida. A profissão tornou-se legal após a lei 
federal nº 6.684, em 03 de setembro de 1979. A área de atuação do biólogo é bastante 
ampla e divide-se em três campos principais: Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde, 
Biotecnologia e Produção, agregando assim mais de 85 áreas de atuação. Recentemente 
foi regulamentada a atuação do Biólogo na área do Paisagismo. Desta forma, o 
profissional Biólogo está legalmente habilitado a atuar na área das Análises Clinicas de 
acordo com a Resolução nº 12/1993 do Egrégio Conselho Federal de Biologia em 
consonância com o poder regulamentar a ele atribuído pelo disposto no inciso II do artigo 
10 da Lei Federal nº 6.684/79 c/c o artigo 1º da Lei Federal nº 7.017/83 e ainda do inciso 
III do artigo 11 do Decreto Federal nº 88.438/83. O Biólogo pode responder tecnicamente 
por um Laboratório de Análises Clínicas/ Posto de Coleta. A atuação profissional do 
26 
 
Biólogo nessa área está amparada pela Lei Federal nº 6.684/1979 e outras normas legais 
constantes das Resoluções nos 12/1993, 10/2003, 570/2020 e 227/2010. Em Análises 
Citogenéticas, Análises Citopatológicas, Análises Clínicas e Análises Histopatológicas, 
o profissional pode assumir a responsabilidade técnica por no máximo 02 (duas) pessoas 
jurídicas, dentre Laboratórios Clínicos e Postos de Coleta, conforme Resolução nº 302 de 
13/10/2005, da ANVISA (ANEXOS - ANEXO I - Lei Federal nº 6.684/1979. ANEXO II 
- Resolução nº 12/1993. ANEXO III - Resolução nº 10/2003. ANEXO IV - Resolução nº 
570/2020. ANEXO V - Resolução nº 227/2010. ANEXO VI - Resolução nº 302 de 
13/10/2005, da ANVISA). 
1.6 – O BIÓLOGO PODE. 
Biólogo é um profissional que tem conhecimento especializado na área da Biologia, 
entendendo os mecanismos que regem o funcionamento de sistemas biológicos dentro de 
campos como a saúde, tecnologia e meio ambiente; esse profissional trabalha em 
hospitais, universidades, clínicas, laboratórios de análises clínicas, laboratórios de 
pesquisa, indústrias de medicamentos, agropecuária, zoológicos, ou seja, todo lugar onde 
há vida, prezando pelo bem-estar, saúde e integridade de indivíduos e meio 
ambiente(Referência. “Public Health Biologist Series – CalHR”. www.calhr.ca.gov. 
Consultado em 29 de janeiro de 2021; “ Public Health Biologist | Careers In Public 
Health» (em inglês). Consultado em 18 de janeiro 2021; What do Biologists Do? – 
Department of Biological Sciences». academics.pnw.edu. Consultado em 19 de fevereiro 
de 2021; “The definition of biology”. Consultado em 17 de fevereiro de 2021). 
O exercício da profissão de Biólogo exige dupla habilitação: a técnico-científica e a legal. 
A habilitação técnico-científica é expressa através da comprovação da capacidade 
intelectual do indivíduo,pela posse do diploma de licenciado ou bacharel fornecido pela 
autoridade educacional e pelo currículo efetivamente realizado. A habilitação legal 
cumpre-se com o registro profissional no órgão competente para a fiscalização de seu 
exercício; no caso dos biólogos, o Conselho Regional de Biologia de sua jurisdição 
(Referência. Lei Federal nº 6.684, de 03 de setembro de 1979 - . Consultado em 8 de março de 2021; RESOLUÇÃO 
Nº 8, DE 02 DE DEZEMBRO DE 1996 – CFBIO-SISTEMA. Consultado em 8 de MARÇO DE 2021; Lei Federal 
nº 6.684, DE 3 DE SETEMBRO DE 1979. Consultado em 8 de MARÇO DE 2021.; Leis - www.crbio04.gov.br. 
Consultado em 9 de março de 2021). 
Os Biólogos, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do 
Trabalho e Emprego, (código 221105) e diversas resoluções e pareceres jurídicos 
compilados pelo Conselho Federal de Biologia, podem atuar na realização de 
diagnósticos biológicos, moleculares, análises clínicas, citológicas e genéticas. 
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf PARECER CFBio Nº 01/2010 – GT 
REVISÃO DAS ÁREAS DE ATUAÇÃO - PROPOSTA DE REQUISITOS MÍNIMOS 
PARA O BIÓLOGO ATUAR EM PESQUISA, PROJETOS, ANÁLISES, PERÍCIAS, 
FISCALIZAÇÃO, EMISSÃO DE LAUDOS, PARECERES E OUTROS SERVIÇOS 
NAS ÁREAS DE MEIO AMBIENTE, SAÚDE E BIOTECNOLOGIA. Podem prestar 
consultorias e assessorias, coletar e analisar amostras, realizar ensaios, identificar e 
classificar espécies, emitir laudos de diagnósticos, prepararem amostras para análise, 
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf
27 
 
operar instrumentos e equipamentos de análise, realizar exames, controlar qualidade do 
processo de análise, interpretar resultados de análises, emitir laudos de análises e realizar 
aconselhamento genético. Segundo o Ministério da Saúde, o biólogo está habilitado a 
realizar 607 procedimentos de saúde, sendo: 01 procedimento em Ações de Promoção e 
Prevenção em Saúde; 548 procedimentos com Finalidade Diagnóstica; 57 procedimentos 
para Transplantes de Órgãos, Tecidos e Células; e 01 procedimento para Órteses, Próteses 
e Materiais Especiais(Referência. CBO - CBO - 5.1.1». www.mtecbo.gov.br. 
Consultado em 8 de março de 2021; SIGTAP - Sistema de Gerenciamento da Tabela de 
Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS». sigtap.datasus.gov.br. Consultado em 8 
de março de 2021; Professional Biologist. Aspb. Consultado em 9 de março de 2021.; 
Bureau Of Labor Statistics. Biochemists and Biophysicists(em inglês). Consultado em 2 
de março de 2021). 
1.6.1 – Áreas de atuação - Biotecnologia: um dos inúmeros campos de atuação do 
biólogo, no qual toda e qualquer ciência biológica é vista sob o ângulo de produção de 
bens e serviços, em junção com tecnologias diversificadas. 
1.6.2 – Saúde: Análises Clínicas; Análises Genéticas; Análises Citológicas; Análises 
Parasitológicas; Análises Histológicas/Patológicas; Análises Microbiológicas; 
Análises Radiobiológicas; Análises Bromatológicas; Banco de Sangue; Banco de 
Sêmen; Banco de Órgãos; Botânica Clínica ou fitoterapia; Perfusão e Circulação 
Extracorpórea (CEC); Coleta de materiais biológicos para diagnóstico laboratorial; 
Controle de zoonoses; Gestão Laboratorial; Hemoterapia; Imagiologia e 
radiobiologia; Reprodução Assistida; Terapia Gênica e Celular; Toxicologia; 
Vigilância sanitária; Outros (entomologia clínica, pesquisa clínica, ecologia clínica, 
saúde animal, etc); 
1.6.3 –Interdisciplinares (Saúde, Tecnologia e Meio Ambiente). 
Bioprospecção; Biologia Forense (Perícia Criminal); Bioinformática; Biorremediação; 
Controle biológico de vetores e pragas; Produção, cultivo, criação e comercialização de 
espécies animais e vegetais nativas, exóticas e domesticadas; Tecnologia de produtos e 
processos de interesse para as áreas da saúde, meio ambiente, e biotecnologia; Tecnologia 
(Biotecnologia). Biologia Molecular; Cultura de Células e Tecidos; Manipulação 
genética; Melhoramento genético; Produção de células, tecidos, órgãos e organismos; 
Produção de kits biológicos; 
1.7 - Conclusão. 
O licenciado ou bacharel para ser biólogo deve ser inscrito na habilitação legal-
profissional. O licenciado não é obrigado ser biólogo, é facultado. Porém, entendo que 
dada a natureza das atividades básicas do Bacharel, este precisa ser biólogo. Nos 
termos da LEI FEDERAL Nº 6.684, DE 3 DE SETEMBRO DE 1979, que regulamenta 
as profissões de Biólogo e de Biomédico, cria o Conselho Federal e os Conselhos 
Regionais de Biologia e Biomedicina, e dá outras providências. 
28 
 
A profissão de biólogo é privativa dos portadores de diploma: I - devidamente registrado, 
de bacharel ou licenciado em curso de História Natural, ou de Ciências Biológicas, em todas as suas 
especialidades ou de licenciado em Ciências, com habilitação em Biologia, expedido por instituição 
brasileira oficialmente reconhecida; Il - expedido por instituições estrangeiras de ensino superior, 
regularizado na forma da lei, cujos cursos forem considerados equivalentes aos mencionados no inciso I. 
Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados na forma 
da legislação específica, o Biólogo poderá: I - formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa científica 
básica e aplicada, nos vários setores da Biologia ou a ela ligados, bem como os que se relacionem à 
preservação, saneamento e melhoramento do meio ambiente, executando direta ou indiretamente as 
atividades resultantes desses trabalhos; II - orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, 
fundações, sociedades e associações de classe, entidades autárquicas, privadas ou do poder público, no 
âmbito de sua especialidade; III - realizar perícias e emitir e assinar laudos técnicos e pareceres de acordo 
com o currículo efetivamente realizado. 
1.7.1 - Do Exercício Profissional. 
Para se inscrever no Conselho Regional de sua jurisdição o Biólogo deverá: I - satisfazer 
as exigências da Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979; II - não estar impedido de 
exercer a profissão; III - gozar de boa reputação por sua conduta pública. O exercício 
das profissões de que trata a presente Lei, em todo o território nacional, somente é 
permitido ao portador de carteira profissional expedida por órgãos competentes. É 
obrigatório o registro nos Conselhos Regionais das empresas cujas finalidades estejam 
ligadas às Ciências Biológicas, na forma estabelecida em Regulamento (Este texto não 
substitui o publicado no DOU de 4.9.1979 - DECRETO federal Nº 88.438, DE 28 DE 
JUNHO DE 1983. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão de Biólogo, 
de acordo com a Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979 e de conformidade com a 
alteração estabelecida pela Lei nº 7.017 de 30 de agosto de 1982). 
Na prática, as atividades desenvolvidas por um Biólogo em Análises Clínicas envolvem 
a realização de diagnósticos biológicos, moleculares e ambientais, coleta e análise de 
amostras, realização de ensaios, identificação e classificação de espécies, emissão de 
laudos técnicos e pareceres, perícias, etc. Além disso, se o profissional se destaca, existe 
a possibilidade de ser Responsável Técnico do local. O profissional poderá trabalhar em 
empresas privadas e órgãos públicos como prefeituras, órgãos federais e Organizações 
Não-Governamentais. 
As notícias veiculadas por alguns meios de comunicação acerca da impossibilidade de 
atuação do profissional Biólogo na área das Análises Clínicas não condizem com a 
realidade sendo, pois, infundadas e inverídicas. Inexiste ação judicial transitada em 
julgado que vede a atuação do Biólogo na área das Análises Clinicas, muito pelo 
contrario, a sentença do processo nº 93.3109-0 que tramitou perante a 6ª Vara Federal da 
Seção Judiciária de Pernambuco, e já transitada em julgado desde agosto de 1995, assim 
garante: “...Retrata a lide, a se ver, a disputa pelo mercado de trabalho, ou seja, pelo 
espaço profissional, que é um sub-espaço vital e, se não tem contornos ecológicos, tem-
nos, induvidosamente,econômicos. A biologia, como estudo da vida, é a ciência mater 
cujos ramos científicos - Histologia, Citologia, Genética, Anatomia, Antropologia, 
Taxonomia, Fisiologia, Geratologia, Botânica, Zoologia, Ecologia, etc. - bem como os 
29 
 
respectivos sub-ramos, são aplicados, ora, exclusivamente; ora, concorrentemente, por 
técnicos diversos, como naturalistas, biólogos, ou biomédicos, médicos veterinários, 
botânicos, zootecnistas, segundo as suas especializações técnico universitárias e de 
acordo com as normatizações profissionais respectivas. Nada impede que técnicos de 
áreas afins concorram salutarmente em determinados campos às suas capacitações 
profissionais, como veterinários e zootecnistas, médicos e enfermeiros, agrônomos e 
botânicos, etc.. Há uma zona “gris” entre profissões distintas, que em vez de ficar 
centrifugamente desguarnecidas, deve ser centripetamente preenchida por tais 
profissionais, e assim, ao invés de excluírem, concorrerem para suprir a carência social. 
Aliás, o próprio Autor reconhece a existência de outros profissionais universitários, que 
não biomédicos, “com capacidade de análise clínica, tais como farmacêutico e o próprio 
médico”, afigurando-se, assim, a pretensão de exclusão dos biólogos, em uma birra 
umbelical, posto serem estes profissionais, histórica e curricularmente, muito mais 
ligados às suas atividades... Ademais, quer pela portaria revogada, baixada pelo Réu, quer 
pela Resolução revogadora, do Conselho Federal de Biologia, os biólogos e naturalistas 
para fazerem jus à habilitação em análises clínicas necessitam comprovar terem cursado 
em nível de graduação, ou pós-graduação, as matérias específicas de tal especialidade, 
enumeradas nos diplomas referidos. Ora, as próprias universidades permitem a graduados 
matricularem-se em cursos da mesma área com abatimento dos créditos de cadeiras já 
cursadas. Seria, pois, incoerente que o profissional biólogo que, além de ter cursado as 
cadeiras comuns, tenha também cursado as matérias específicas, seja tolhido no exercício 
da profissão para a qual se capacitou, apenas devido à denominação do seu curso. Em 
suma, tanto os biólogos, quanto o biomédico, concorrem com igual capacitação para 
elaboração de análises clínico-laboratoriais, ainda que a competência para a fiscalização 
do trabalho profissional esteja afeta a conselhos profissionais diversos, cabendo, no 
primeiro caso, ao Réu e, no segundo, ao Autor”. Desta forma, o profissional Biólogo está 
legalmente habilitado a atuar na área das Análises Clinicas de acordo com a Resolução nº 
12/1993 do Egrégio Conselho Federal de Biologia em consonância com o poder 
regulamentar a ele atribuído pelo disposto no inciso II do artigo 10 da Lei nº 6.684/79 c/c 
o artigo 1º da Lei nº 7.017/83 e ainda do inciso III do artigo 11 do Decreto nº 88.438/83” 
1.8. Conclusões. 
O analista clínico é o profissional da área de saúde que atua em laboratórios de análises 
clínicas realizando exames de análises clínico-laboratoriais humanas e/ou animais. No 
Brasil este profissional pode ser um biólogo, bioquímico, biomédico, médico 
patologista clínico, farmacêutico ou veterinário, guardadas as devidas atribuições 
profissionais. Pode, e a legislação permite que o analista clínico (análises clínicas) realize, 
interprete, e emita laudos e pareceres biológicos em um exame laboratorial ou exame para 
a clínica médica, responsabilizando-se tecnicamente pela sua emissão. Inclusive no 
sentido da atuação do biólogo o Conselho Federal de Biologia (CFBio) estabeleceu os 
critérios para atuação de Biólogos nas atividades de imunização, de uso de injetáveis e 
em punções e procedimentos de coleta de modo geral, utilizados tanto nos Programas 
Nacionais de Imunização (PNI) quanto nos atendimentos de assistência à saúde no âmbito 
30 
 
do Sistema Único de Saúde (SUS) e em serviços suplementares. A Resolução nº 
615/2021, que dispõe sobre a inclusão do Biólogo como profissional habilitado para essas 
atividades, foi aprovada em Sessão Plenária no dia 10 de dezembro e publicada em 27/12 
no Diário Oficial da União. De acordo com a norma, fica permitida a aplicação de 
injetáveis pelo profissional Biólogo habilitado, incluindo a administração de substâncias 
por injeção intravenosa, subcutânea, muscular ou em outras partes do corpo, desde que 
atenda de forma inequívoca as instruções definidas pela ANVISA e pelo Ministério da 
Saúde. Também ficam permitidas as atribuições de punção e coleta de material biológico 
de sangue arterial ou venoso. Em relação ao serviço de imunização, Biólogos podem atuar 
em procedimentos abrangendo etapas que vão desde acolher o indivíduo e receber a 
demanda de imunização até identificar a necessidade de atualização do esquema vacinal, 
interpretar e analisar o imunobiológico, planejar e executar o procedimento de aplicação 
da vacina, realizar gerenciamento de estoque e armazenamento de imunizantes, elaborar 
e executar o Plano de Gerenciamento de Resíduos decorrentes das atividades de 
vacinação, realizar instruções pós vacinação e notificar à ANVISA queixas técnicas e 
eventos adversos. 
A resolução determina, ainda, requisitos mínimos para Biólogos exercerem essas 
atividades. Dentre esses requisitos estão: conter em seu histórico escolar obrigatoriamente 
as disciplinas de Anatomia, Fisiologia Humana, Histologia, Genética, Biologia Celular, 
Bioquímica, Microbiologia, Biofísica, Imunologia ou equivalentes; possuir certificado de 
curso de Pós-Graduação lato sensu em Análises Clínicas/Imunologia/Imunoterapia ou 
correlatos com duração mínima de 360 horas, incluindo atividades práticas; realizar 
treinamentos e curso de formação complementar específicos para a realização das 
atividades. 
O profissional Biólogo habilitado poderá prestar serviços em Unidades Clínicas e 
Laboratoriais, Centro Cirúrgicos, Unidade de Terapia Intensiva e Semi-Intensiva, Bancos 
de Sangue, Postos de Vacinação, Unidades Médicas Hospitalares e outros ambientes 
utilizados na atenção e assistência à saúde, assim como em laboratórios de pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
1.9. Bibliografia. 
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Importância do Biólogo no meio Biomédico e a Relação do Meio Ambiente com a Saúde. 
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36 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO I 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 6.684, DE 3 DE SETEMBRO DE 1979 
Regulamento 
(Vide Decreto nº 86.062, de 1981) 
Regulamento-Biólogo 
Regulamento-Biomédico 
Regulamenta as profissões de Biólogo e de 
Biomédico, cria o Conselho Federal e os 
Conselhos Regionais de Biologia e 
Biomedicina,e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO 
NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
Da Profissão de Biólogo 
Art. 1º O exercício da profissão de Biólogo é privativo dos portadores de 
diploma: 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.684-1979?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D85005.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D86062.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88438.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm
37 
 
I - devidamente registrado, de bacharel ou licenciado em curso de História 
Natural, ou de Ciências Biológicas, em todos as suas especialidades ou de licenciado em 
Ciências, com habilitação em Biologia, expedido por instituição brasileira oficialmente 
reconhecida; 
Il - expedido por instituições estrangeiras de ensino superior, regularizado 
na forma da lei, cujos cursos forem considerados equivalentes aos mencionados no inciso 
I. 
Art. 2º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros 
profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biólogo poderá: 
I - formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa científica básica e 
aplicada, nos vários setores da Biologia ou a ela ligados, bem como os que se relacionem 
à preservação, saneamento e melhoramento do meio ambiente, executando direta ou 
indiretamente as atividades resultantes desses trabalhos; 
II - orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, fundações, 
sociedades e associações de classe, entidades autárquicas, privadas ou do poder público, 
no âmbito de sua especialidade; 
III - realizar perícias e emitir e assinar laudos técnicos e pareceres de 
acordo com o currículo efetivamente realizado. 
CAPÍTULO II 
Da Profissão de Biomédico 
Art. 3º O exercício da profissão de Biomédico é privativo dos portadores 
de diploma: 
I - devidamente registrado, de bacharel em curso oficialmente reconhecido 
de Ciências Biológicas, modalidade médica; 
II - emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, devidamente 
revalidado e registrado como equivalente ao diploma mencionado no inciso anterior. 
Art. 4º Ao Biomédico compete atuar em equipes de saúde, a nível 
tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos. 
Art. 5º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros 
profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biomédico 
poderá: 
38 
 
I - realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o 
saneamento do meio ambiente; 
II - realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação; 
III - atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de 
radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado; 
IV - planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas e 
privadas, na área de sua especialidade profissional. 
Parágrafo único. O exercício das atividades referidas nos incisos I a IV 
deste artigo fica condicionado ao currículo efetivamente realizado que definirá a 
especialidade profissional. 
CAPÍTULO III 
(Vide lei nº 7017, de 1982) 
Dos Órgãos de Fiscalização 
Art. 6º Ficam criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de 
Biologia e Biomedicina - CFBB/CRBB com a incumbência de fiscalizar o exercício das 
profissões definidas nesta Lei. 
§ 1º Os Conselhos Federais e Regionais a que se refere este artigo 
constituem, em conjunto, uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Trabalho. 
§ 2º O Conselho Federal terá sede e foro no Distrito Federal e jurisdição 
em todo o País e os Conselhos Regionais terão sede e foro nas Capitais dos Estados, dos 
Territórios e no Distrito Federal. 
Art. 7º O Conselho Federal será constituído de dez membros efetivos e 
respectivos suplentes eleitos pela forma estabelecida nesta Lei. 
§ 1º Os membros do Conselho Federal e respectivos suplentes, com 
mandato de quatro anos, serão eleitos por um Colégio Eleitoral integrado de um 
representante de cada Conselho Regional, por este eleito em reunião especialmente 
convocada. 
§ 2º O Colégio Eleitoral convocado para a composição do Conselho 
Federal reunir-se-á, preliminarmente, para exame, discussão, aprovação e registro das 
chapas concorrentes, realizando as eleições vinte e quatro horas após a sessão preliminar. 
§ 3º Competirá ao Ministro do Trabalho baixar as intruções reguladoras 
das eleições dos Conselhos Federal e Regionais. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7017.htm
39 
 
Art. 8º Os membros dos Conselhos Regionais e os respectivos suplentes, 
com mandato de quatro anos, serão eleitos pelo sistema de eleição direta, através do voto 
pessoal, secreto e obrigatório dos profissionais inscritos no Conselho, aplicando-se pena 
de multa, em importância não excedente ao valor da anuidade, ao que deixar de votar sem 
causa justificada. 
§ 1º Na composição dos Conselhos assegurar-se-á a representação 
proporcional das duas modalidades. 
§ 2º O descumprimento do critério de proporcionalidade previsto no 
parágrafo anterior, no intuito de favorecer determinada modalidade, poderá ensejar 
intervenção do Ministério do Trabalho no órgão infrator. 
§ 3º O exercício do mandato de membro do Conselho Federal e dos 
Conselhos Regionais, assim como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, 
ficará subordinado, além das exigências constantes do art. 530 da Consolidação das Leis 
do Trabalho e legislação complementar, ao preenchimento dos seguintes quesitos e 
condições básicas: 
I - cidadania brasileira; 
II - habilitação profissional na forma da legislação em vigor; 
III - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos; 
IV - inexistência de condenação por crime contra a segurança nacional. 
Art. 9º A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal 
ou dos Conselhos Regionais ocorrerá em virtude de: 
I - renúncia; 
II - superveniência de causa de que resulte a inabilitação para o exercício 
da profissão; 
III - condenação a pena superior a dois anos, em face de sentença transitada 
em julgado; 
IV - destituição de cargo, função, ou emprego, relacionada à prática de ato 
de improbidade na administração pública ou privada, em face de sentença transitada em 
julgado; 
V - conduta incompatível com a dignidade do órgão ou por falta de decoro; 
40 
 
VI - ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou a seis 
intercaladas em cada ano. 
Art. 10 - Compete ao Conselho Federal: 
I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente 
e o Vice-Presidente, cabendo ao primeiro, além do voto comum, o de qualidade; 
II - exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e 
execução do disposto nesta Lei e à fiscalização do exercício profissional, adotando 
providências indispensáveis à realização dos objetivos institucionais; 
III - supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo o 
território nacional; 
IV - organizar, propor instalação, orientar e inspecionar os Conselhos 
Regionais, fixar-lhes jurisdição, e examinar suas prestações de contas, neles intervindo 
desde que indispensável ao restabelecimento da normalidade administrativa ou financeira 
ou à garantia da efetividade ou princípio da hierarquia institucional; 
V - elaborar e aprovar seu Regimento, ad referendum do Ministro do 
Trabalho; 
VI - examinar e aprovar os Regimentos dos Conselhos Regionais, 
modificando o que se fizer necessário para assegurar unidade de orientação e 
uniformidade de ação; 
VII - conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e 
prestar-lhes assistência técnica permanente; 
VIII - apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos 
Regionais; 
IX - fixar o valor das anuidades, taxas, emolumentos e multas devidos 
pelos profissionais e empresas aos Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados; 
X -aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais, bem como operações referentes a mutações patrimoniais; 
XI - dispor, com a participação de todos os Conselhos Regionais, sobre o 
Código de Ética Profissional, funcionando como Conselho Superior de Ética Profissional; 
XII - estimular a exação no exercício da profissão, velando pelo prestígio 
e bom nome dos que a exercem; 
41 
 
XIII - instituir o modelo das carteiras e cartões de identidade profissional; 
XIV - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis; 
XV - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja 
obrigado; 
XVI - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos 
adicionais, os balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas atividades. 
Art. 11 - Os Conselhos Regionais serão organizados, em princípios, nos 
moldes do Conselho Federal. 
Art. 12 - Compete aos Conselhos Regionais: 
I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente 
e o seu Vice-Presidente; 
II - elaborar a proposta de seu Regimento, bem como as alterações, 
submetendo à aprovação do Conselho Federal; 
III - criar as Câmaras Especializadas, atendendo às condições de maior 
eficiência da fiscalização estabelecida na presente Lei; 
IV - julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração à 
presente Lei e ao Código de Ética, enviados pelas Câmaras Especializadas; 
V - agir, com a colaboração das sociedades de classe e das escolas ou 
faculdades de Biologia, nos assuntos relacionados com a presente Lei; 
VI - deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativos e sobre 
os casos comuns às duas ou mais modalidades; 
VII - julgar, decidir ou dirimir as questões da atribuição ou competência 
das Câmaras Especializadas, quando não possuir o Conselho Regional número suficiente 
de profissionais da mesma modalidade para constituir a respectiva Câmara; 
VIII - expedir a carteira de identidade profissional e o cartão de 
identificação aos profissionais registrados, fazendo constar a modalidade do interessado, 
de acordo com o currículo efetivamente realizado; 
IX - organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais 
e pessoas jurídicas que, nos termos desta Lei, se inscrevam para exercer atividades de 
Biologia na Região; 
42 
 
X - publicar relatórios de seus trabalhos e relações dos profissionais e 
firmas registrados; 
XI - estimular a exação no exercício da profissão, velando pelo prestígio e 
bom conceito dos que a exercem; 
XII - fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição, 
representando, inclusive, às autoridades competentes, sobre os fatos que apurar e cuja 
solução ou repressão não seja de sua alçada; 
XIII - cumprir e fazer cumprir as disposições desta Lei, das resoluções e 
demais normas baixadas pelo Conselho Federal; 
XIV - funcionar como Conselhos Regionais de Ética, conhecendo, 
processando e decidindo os casos que lhes forem submetidos; 
XV - julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas nesta Lei e em 
normas complementares do Conselho Federal; 
XVI - propor ao Conselho Federal as medidas necessárias ao 
aprimoramento dos serviços e do sistema de fiscalização do exercício profissional; 
XVII - aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais e as operações referentes a mutações patrimoniais; 
XVIII - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis; 
XIX - arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar todas as 
medidas destinadas à efetivação de sua receita, destacando e entregando ao Conselho 
Federal as importâncias referentes à sua participação legal; 
XX - promover, perante o juízo competente, a cobrança das importâncias 
correspondentes às anuidades, taxas, emolumentos e multas, esgotados os meios de 
cobrança amigável; 
XXI - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja 
obrigado; 
XXII - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos 
adicionais, os balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas atividades. 
Art. 13 - Os Conselhos Regionais funcionarão em pleno e, para assuntos 
específicos, poderão ser organizados em Câmaras Especializadas correspondentes às 
modalidades resultantes dos desdobramentos dos cursos de que tratam os incisos I dos 
arts. 1º e 3º desta Lei. 
43 
 
Parágrafo único - As Câmaras Especializadas são órgãos dos Conselhos 
Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes 
às respectivas modalidades e às infrações ao Código de Ética. 
Art. 14 - São atribuições das Câmaras Especializadas: 
I - julgar os casos de infração à presente Lei, no âmbito de sua competência 
profissional específica; 
II - julgar as infrações ao Código de Ética; 
III - aplicar as penalidades e multas previstas; 
IV - apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, 
das entidades de direito público, das entidades de classe e das escolas ou faculdades na 
Região; 
V - elaborar as normas para a fiscalização das respectivas modalidades; 
VI - opinar sobre os assuntos de interesse comum a duas ou mais 
modalidades, encaminhando-os ao Conselho Regional. 
Art. 15 - As Câmaras Especializadas serão constituídas pelos Conselhos 
Regionais, desde que entre os Conselheiros Regionais haja um mínimo de três de uma 
mesma modalidade. 
Art. 16 - Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais incumbe a 
administração e representação legal dos mesmos, facultando-se-lhes suspender o 
cumprimento de qualquer deliberação de seu Plenário, que lhes pareça inconveniente ou 
contrária aos interesses da instituição, submetendo essa decisão à autoridade competente 
do Ministério do Trabalho, ou ao Conselho Federal, respectivamente. 
Art. 17 - Constitui renda do Conselho Federal: 
I - vinte por cento do produto da arrecadação de anuidades, taxas, 
emolumentos e multas de cada Conselho Regional; 
II - legados, doações e subvenções; 
III - rendas patrimoniais. 
Art. 18 - Constitui renda dos Conselhos Regionais: 
I - oitenta por cento do produto da arrecadação de anuidades, taxas, 
emolumentos e multas; 
44 
 
II - legados, doações e subvenções; 
III - rendas patrimoniais. 
Art. 19 - A renda dos Conselhos Federal e Regionais só poderá ser aplicada 
na organização e funcionamento de serviços úteis à fiscalização do exercício profissional, 
bem como em serviços de caráter assistencial, quando solicitados pelas Entidades 
Sindicais. 
CAPÍTULO IV 
Do Exercício Profissional 
Art. 20 - O exercício das profissões de que trata a presente Lei, em todo o 
território nacional, somente é permitido ao portador de carteira profissional expedida por 
órgãos competentes. 
Parágrafo único. É obrigatório o registro nos Conselhos Regionais das 
empresas cujas finalidades estejam ligadas às Ciências Biológicas, na forma estabelecida 
em Regulamento. 
Art. 21 - Para o exercício de qualquer das atividades relacionadas nos arts. 
2º e 5º desta Lei, em qualquer modalidade de relação trabalhista ou empregatícia, será 
exigida, como condição essencial, a apresentação da carteira profissional emitida pelo 
respectivo Conselho. 
Parágrafo único. A inscrição em concurso público dependerá de prévia 
apresentação da carteira profissional ou certidão do Conselho Regional de que o 
profissional está no exercício de seus direitos. 
Art. 22 - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo, da profissão, 
em área de jurisdição de dois ou mais Conselhos Regionais, submeterá o profissional de 
que trata esta Lei às exigências e formalidades estabelecidas pelo Conselho Federal. 
CAPÍTULO V 
Das Anuidades 
Art. 23 - O pagamento da anuidade ao Conselho Regional da respectiva 
jurisdição constitui condição de legitimidade do exercício da profissão. 
Parágrafo único. A anuidade será paga até 31 de março de cada ano, salvo 
a primeira, que será devido no ato do registro dos profissionais ou das empresas referidas 
no art.20 e seu parágrafo único desta Lei. 
45 
 
CAPÍTULO VI 
Das Infrações e Penalidades 
Art. 24 - Constitui infração disciplinar: 
I - transgredir preceito do Código de Ética Profissional; 
II - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por 
qualquer meio, o seu exercício aos não registrados ou aos leigos; 
III - violar sigilo profissional; 
IV - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina 
como crime ou contravenção; 
V - não cumprir, no prazo assinalado, determinação emanada de órgãos ou 
autoridade do Conselho Regional, em matéria de competência deste, após regularmente 
notificado; 
VI - deixar de pagar, pontualmente ao Conselho Regional, as contribuições 
a que está obrigado; 
VII - faltar a qualquer dever profissional prescrito nesta Lei; 
VIII - manter conduta incompatível com o exercício da profissão. 
Parágrafo único. As faltas serão apuradas levando-se em conta a natureza 
do ato e as circunstâncias de cada caso. 
Art. 25 - As penas disciplinares consistem em: 
I - advertência; 
lI - repreensão; 
III - multa equivalente a até dez vezes o valor da anuidade; 
IV - suspensão do exercício profissional pelo prazo de até três anos, 
ressalvada a hipótese prevista no § 7º deste artigo; 
V - cancelamento do registro profissional. 
§ 1º - Salvo os casos de gravidade manifesta ou reincidência, a imposição 
das penalidades obedecerá à gradação deste artigo, observadas as normas estabelecidas 
pelo Conselho Federal para disciplina do processo de julgamento das infrações. 
46 
 
§ 2º - Na fixação da pena serão considerados os antecedentes profissionais 
do infrator, o seu grau de culpa, as circunstâncias atenuantes e agravantes e as 
conseqüências da infração. 
§ 3º - As penas de advertência, repreensão e multa serão comunicadas pela 
instância própria, em ofício reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do 
profissional punido, a não ser em caso de reincidência. 
§ 4º - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito 
suspensivo, à instância imediatamente superior: 
a) voluntário, no prazo de trinta dias a contar da ciência da decisão; 
b) ex officio, nas hipóteses dos incisos IV e V deste artigo, no prazo de 
trinta dias a contar da decisão. 
§ 5º - As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada 
a qualificação do denunciante e acompanhadas da indicação dos elementos 
comprobatórios do alegado. 
§ 6º - A suspensão por falta de pagamento de anuidades, taxas ou multas 
só cessará com a satisfação da dívida, podendo ser cancelado o registro profissional se, 
após decorridos três anos, não for o débito resgatado. 
§ 7º - É lícito ao profissional punido requerer, à instância superior, revisão 
do processo, no prazo de trinta dias contados da ciência da punição. 
§ 8º - Das decisões do Conselho Federal ou de seu Presidente, por força de 
competência privativa, caberá recurso, em trinta dias contados da ciência, para o Ministro 
do Trabalho. (Revogado pela Lei nº 9.098, de 1995) 
§ 9º - As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões. 
§ 10º - A instância ministerial será última e definitiva, nos assuntos 
relacionados com a profissão e seu exercício. (Revogado pela Lei nº 9.098, 
de 1995) 
Art. 26 - O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor à 
multa prevista no Regulamento. 
CAPÍTULO VII 
Disposições Gerais 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9098.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9098.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9098.htm
47 
 
Art. 27 - Os membros dos Conselhos farão jus a uma gratificação, por 
sessão a que comparecerem, na forma estabelecida em legislação própria. 
Art. 28 - Aos servidores dos Conselhos aplica-se o regime jurídico da 
Consolidação das Leis do Trabalho e legislação complementar. 
Art. 29 - Os Conselhos estimularão, por todos os meios, inclusive mediante 
concessão de auxílio, segundo normas aprovadas pelo Conselho Federal, as realizações 
de natureza cultural visando ao profissional e à classe. 
Art. 30 - Os estabelecimentos de ensino superior que ministrem os cursos 
referidos nos arts. 1º e 3º desta Lei deverão enviar, até seis meses após a conclusão dos 
mesmos, ao Conselho Regional da jurisdição que sua sede, ficha de cada aluno a que 
conferir diploma ou certificado, contendo o seu nome, endereço, filiação e data de 
conclusão. 
CAPÍTULO VIII 
Disposições Transitórias 
Art. 31 - A exigência da Carteira Profissional de que trata o Capítulo IV 
somente será efetiva a partir de cento e oitenta dias, contados da instalação do respectivo 
Conselho Regional. 
Art. 32 - O primeiro Conselho Federal será constituído pelo Ministro do 
Trabalho. 
Art. 33 - Os Conselhos Regionais serão instalados desde que agrupem um 
número suficiente de profissionais, capaz de garantir sua normalidade administrativa, a 
critério e por ato do Ministro do Trabalho. 
Art. 34 - A presente Lei será regulamentada pelo Poder Executivo dentro 
de noventa dias. 
Art. 35 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. 
Art. 36 - Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, em 3 de setembro de 1979; 158º da Independência e 91º da 
República. 
JOÃO FIGUEIREDO Murillo Macêdo 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.9.1979 
 
48 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO II 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI No 7.017, DE 30 DE AGOSTO DE 1982. 
Vide Decreto nº 88.438, de 1983 
Vide Decreto nº 88.439, de 1983 
Dispõe sobre o desmembramento dos 
Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina 
e de Biologia. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º - Os Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina e de Biologia, 
criados pela Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979, ficam desmembrados em Conselhos 
Federal e Regionais de Biomedicina e Conselhos Federal e Regionais de Biologia, 
passando a constituir entidades autárquicas autônomas. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%207.017-1982?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88438.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1970-1979/L6684.htm
49 
 
Art. 2º - Aplicam-se a cada um dos Conselhos Federais e respectivos 
Conselhos Regionais desmembrados por esta Lei as normas previstas no Capítulo III da 
Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979, que não contrariarem o caráter de autonomia 
dessas autarquias. 
Art. 3º - O Poder Executivo, ouvido o Ministério do Trabalho, 
regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias. 
Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 30 de agosto de 1982; 161º da Independência e 94º da República. 
JOÃO FIGUEIREDO 
Murillo Macêdo 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 31.8.1979 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1970-1979/L6684.htm#capiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1970-1979/L6684.htm#capiii
50 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO III 
‘ 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
DECRETO Nº 88.438, DE 28 DE JUNHO DE 1983. 
 
 
Dispõe sobre a regulamentação do exercício da 
profissão de Biólogo, de acordo com a Lei nº 
6.684, de3 de setembro de 1979 e de 
conformidade com a alteração estabelecida pela 
Lei nº 7.017 de 30 de agosto de 1982. 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 
81, item III da Constituição e tendo em vista o disposto no artigo 34 da Lei nº 6.684, de 
03 de setembro de 1979, 
 DECRETA: 
CAPÍTULO I 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%2088.438-1983?OpenDocument
51 
 
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR 
 Art. 1º O exercício da profissão de Biólogo somente será permitido ao portador de 
Carteira de Identidade Profissional, expedida pelo Conselho Regional de Biologia da 
respectiva jurisdição. 
CAPÍTULO II 
DA PROFISSÃO DE BIÓLOGO 
 Art. 2º O exercício da profissão de Biólogo é privativo dos portadores de diploma: 
 I - devidamente registrado, de bacharel ou licenciado em curso de História Natural, ou 
de Ciências Biológicas, em todas as suas especialidades ou de licenciado em Ciências, 
com habilitação em Biologia, expedido por instituição brasileira oficialmente 
reconhecida; 
 II - expedido por instituições estrangeiras de ensino superior, regularizado na forma da 
Lei, cujos cursos forem considerados equivalentes aos mencionados no inciso I. 
 Art. 3º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais 
igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biólogo poderá: 
 I - formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa científica básica e aplicada, nos 
vários setores da Biologia ou a ela ligados, bem como os que se relacionem à preservação, 
saneamento e melhoramento do meio ambiente, executando direta ou indiretamente as 
atividades resultantes desses trabalhos; 
 II - orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, fundações, sociedades 
e associações de classe, entidades autárquicas, privadas ou do Poder Público, no âmbito 
de sua especialidade; 
 III - realizar perícias, emitir e assinar laudos técnicos e pareceres, de acordo com o 
currículo efetivamente realizado. 
CAPÍTULO III 
DOS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO 
SEÇÃO I 
PARTE GERAL 
 Art. 4º Os Conselhos Federal e Regionais de Biologia CFB/CRB criados pela Lei nº 
6.684., de 03 de setembro de 1979, e alterada pela Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6684.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6684.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7017.htm
52 
 
constituem, em seu conjunto, uma autarquia federal, com personalidade jurídica de direito 
público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Trabalho. 
 Art. 5º A autarquia referida no artigo anterior tem por objetivo orientar, disciplinar, e 
fiscalizar o exercício da profissão de Biólogo. 
 Art. 6º Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais incumbe a administração e 
representação legal dos mesmos, facultando-se-lhes suspender o cumprimento de 
qualquer deliberação de seu Plenário, que lhes pareça inconveniente ou contrário aos 
interesses da instituição, submetendo essa decisão à autoridade competente do Ministério 
do Trabalho, ou ao Conselho Federal, respectivamente. 
 Art. 7º Os membros dos Conselhos Federal e Regionais, poderão ser licenciados, por 
deliberação do Plenário, por motivo de doença ou outro impedimento de força maior. 
 Art. 8º A substituição de qualquer membro, em suas faltas e impedimentos, se fará pelo 
respectivo suplente, mediante convocação do Presidente do Conselho. 
 Art. 9º O Conselho Federal terá sede e foro no Distrito Federal e jurisdição em todo o 
território nacional e os Conselhos Regionais terão sede e foro nas Capitais dos Estados e 
dos Territórios, bem como no Distrito Federal. 
SEÇÃO ii 
DO CONSELHO FEDERAL 
 Art. 10. O Conselho Federal será constituído de 10 (dez) membros efetivos e igual 
número de suplentes, eleitos pela forma estabelecida neste Regulamento. 
 Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho Federal será de 04 (quatro) 
anos. 
 Art. 11. Compete ao Conselho Federal: 
 I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e o Vice-
Presidente, cabendo ao primeiro, além do voto comum, o de qualidade; 
 II - indicar, dentre os seus membros, o Secretário e o Tesoureiro, a serem nomeados 
pelo Presidente; 
 III - exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e execução do 
disposto neste Regulamento e à fiscalização do exercício profissional, adotando 
providências indispensáveis à realização dos objetivos institucionais; 
 IV - supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo território nacional; 
53 
 
 V - organizar, propor instalação, orientar e inspecionar os Conselhos Regionais, fixar-
lhes jurisdição e examinar suas prestações de contas, neles intervindo desde que 
indispensável ao restabelecimento da normalidade administrativa e financeira ou à 
garantia da efetividade ou princípio da hierarquia institucional; 
 VI - elaborar e aprovar seu Regimento ad referendum do Ministro do Trabalho; 
 VII - examinar e aprovar os Regimentos dos Conselhos Regionais, modificando o que 
se fizer necessário para assegurar unidade de orientação e uniformidade de ação; 
 VIII - conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e prestar-lhes 
assistência técnica permanente; 
 IX - apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais; 
 X - fixar o valor das anuidades, taxas, multas e emolumentos devidos pelos profissionais 
e empresas ao s Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados; 
 XI - aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos adicionais, 
bem como operações referentes a mutações patrimoniais; 
 XII - dispor, com a participação de todos os Conselhos Regionais, sobre o Código de 
Ética Profissional, funcionando como Conselho Superior de Ética Profissional; 
 XIII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio e bom nome 
dos que a exercem; 
 XIV - instituir o modelo das carteiras e cartões de identidade profissional; 
 XV - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis, observada a Lei 
nº 6994, de 26 de maio de 1982; 
 XVI - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja obrigado; 
 XVII - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais, os 
balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas atividades; 
 XVIII - definir o limite de competência no exercício profissional, conforme os 
currículos efetivamente realizados; 
 XIX - funcionar como órgão consultivo em matéria de Biologia; 
 XX - propor, por intermédio do Ministério do Trabalho, alterações da legislação relativa 
ao exercício da profissão de Biólogo; 
 XXI - fixar critérios para a elaboração das propostas orçamentárias; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6994.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6994.htm
54 
 
 XXII - elaborar sua prestação de contas e examinar as prestações de contas dos 
Conselhos Regionais, encaminhando-as ao Tribunal de Contas; 
 XXIII - promover a realização de congressos e conferências sobre o ensino, a profissão 
e a prática da Biologia; 
 XXIV - deliberar sobre os casos omissos. 
 Art. 12. O Conselho Federal deverá reunir-se pelo menos, uma vez por mês. 
 Art. 13. O Conselho Federal deliberará com a presença da maioria absoluta de seus 
membros, exceto quanto às matérias de que tratam os itens III, V, VII e XII do art. 11, 
que deverão ser aprovados por 2/3 (dois terços) dos seus membros. 
 Art. 14. Constitui renda do Conselho Federal: 
 I - 20% (vinte por cento) do produto da arrecadação de anuidades, taxas, emolumentos 
e multas, em cada Conselho Regional; 
 II - legados, doações e subvenções; 
 III - rendas patrimoniais. 
SEÇÃO III 
DOS CONSELHOS REGIONAIS 
 Art. 15. Os Conselhos Regionais deBiologia serão constituídos de 10 (dez) membros 
efetivos e igual número de suplentes. 
 Parágrafo único. O mandato dos membros dos Conselhos Regionais será de 04 (quatro) 
anos. 
 Art. 16. Compete aos Conselhos Regionais: 
 I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente, e o seu Vice-
Presidente; 
 II - indicar, dentre os seus membros, o Secretário e o Tesoureiro, a serem nomeados 
pelo Presidente; 
 III - elaborar a proposta de seu Regimento, bem como as alterações, submetendo à 
aprovação do Conselho Federal; 
 IV - julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração ao presente 
Regulamento e ao Código de Ética; 
55 
 
 V - agir, com a colaboração das Sociedades de Classe e das Escolas ou Faculdades de 
Biologia, nos assuntos relacionados com o presente Regulamento; 
 VI - deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativos; 
 VII - expedir a Carteira de Identidade Profissional e o Cartão de Identificação aos 
profissionais registrados, de acordo com o currículo efetivamente realizado; 
 VIII - organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais e pessoas 
jurídicas que, nos termos deste Regulamento, se inscrevam para exercer atividades de 
Biologia na região; 
 IX - publicar relatórios de seus trabalhos e relações das firmas e profissionais 
registrados; 
 X - estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio e bom conceito 
dos que a exercem; 
 XI - fiscalizar o exercício profissional na área da sua jurisdição, representando, 
inclusive, às autoridades competentes, sobre os fatos que apurar e cuja solução ou 
repressão não seja de sua alçada; 
 XII - cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regulamento, das resoluções e 
demais normas baixadas pelo Conselho Federal; 
 XIII - funcionar como Conselhos Regionais de Ética, conhecendo, processando e 
decidindo os casos que lhes forem submetidos; 
 XIV - julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas neste Regulamento e em 
normas complementares do Conselho Federal; 
 XV - propor ao Conselho Federal as medidas necessárias ao aprimoramento dos 
serviços e do sistema de fiscalização do exercício profissional; 
 XVI - aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos adicionais e 
as operações referentes a mutações patrimoniais; 
 XVII - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis, observada 
a Lei nº 6994/82; 
 XVIII - arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar todas as medidas 
destinadas à efetivação de sua receita, destacando e entregando ao Conselho Federal as 
importâncias referentes à sua participação legal; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6994.htm
56 
 
 XIX - promover, perante o juízo competente, a cobrança das importâncias 
correspondentes às anuidades, taxas, emolumentos e multas, esgotados os meios de 
cobrança amigável; 
 XX - emitir parecer conclusivo, sobre prestação de contas a que esteja obrigado; 
 XXI - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais, os 
balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas atividades; 
 XXII - aprovar proposta orçamentária anual; 
 XXIII - elaborar prestação de contas e encaminhá-la ao Conselho Federal; 
 XXIV - zelar pela fiel observância dos princípios deontológicos e dos fundamentos de 
disciplina da classe; 
 XXV - impor sanções previstas neste Regulamento. 
 Art. 17. Constitui renda dos conselhos regionais: 
 I - 80% (oitenta por cento) do produto da arrecadação de anuidades, taxas, emolumentos 
e multas; 
 Il - legados, doações e subvenções; 
 Ill - rendas patrimoniais. 
CAPÍTULO IV 
DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS 
 Art. 18. Os membros do Conselho Federal e respectivos suplentes serão eleitos por um 
Colégio Eleitoral integrado de um representante de cada Conselho Regional, por este 
eleito em reunião especialmente convocada para esse fim. 
 § 1º O Colégio Eleitoral convocado para a composição do Conselho Federal reunir-se-
á, preliminarmente, para exame, discussão, aprovação e registro das chapas concorrentes, 
realizando as eleições vinte e quatro horas após a sessão preliminar. 
 § 2º Competirá ao Ministro do Trabalho baixar as instruções reguladoras das eleições 
dos Conselhos Federal e Regionais. 
 Art. 19. Os membros dos Conselhos Regionais e os respectivos suplentes, serão eleitos 
pelo sistema de eleição direta, por intermédio de voto pessoal, secreto e obrigatório dos 
profissionais inscritos no Conselho, aplicando-se pena de multa, em importância não 
excedente do valor da anuidade, ao profissional que deixar de votar sem causa justificada. 
57 
 
 Art. 20. Além das exigências constantes do artigo 530 da Consolidação das Leis do 
Trabalho, o exercício do mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos 
Regionais e a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, estarão sujeitos ao 
preenchimento das seguintes condições: 
 I - cidadania brasileira; 
 II - habilitação profissional na forma da legislação em vigor; 
 III - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos; 
 IV - inexistência de condenação por crime contra a segurança nacional; 
 V - inexistência de penalidade por infração ao Código de Ética; 
 Art. 21. A extinção ou perda de Mandato de membro do Conselho Federal ou dos 
Conselhos Regionais ocorrerá em virtude de: 
 I - renúncia; 
 II - superveniência de causa de que resulte a inabilitação para o exercício da profissão; 
 III - condenação a pena superior a dois anos, em face de sentença transitada em julgado; 
 IV - destituição de cargo, função ou emprego, relacionada a prática de ato de 
improbidade na administração pública ou privada, em face de sentença transitada em 
julgado; 
 V - conduta incompatível com a dignidade do órgão ou por falta de decoro; 
 VI - ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou a seis intercaladas 
em cada ano. 
CAPÍTULO V 
DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL 
 Art. 22. Para o exercício da atividade relacionada no art. 2º deste Regulamento, em 
qualquer modalidade delação trabalhista ou empregatícia, será exigida como condição 
essencial, a apresentação da Carteira Profissional emitida pelo respectivo Conselho. 
 Parágrafo único. A inscrição em concurso público dependerá de previa apresentação 
da Carteira Profissional ou certidão do Conselho Regional de que o profissional está no 
exercício de seus direitos. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art530
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art530
58 
 
 Art. 23. É obrigatório o registro das empresas, cujas finalidades estejam ligadas às 
Ciências Biológicas. 
 Art. 24. As firmas que se organizarem para executar serviços, relacionados com o 
presente Regulamento, só poderão iniciar suas atividades depois de promoverem o 
competente registro no Conselho Regional de Biologia, da jurisdição. 
 Parágrafo único. O registro de firmas só será concedido se sua denominação for 
condizente com a finalidade a que se destina. 
 Art. 25. Deferida a inscrição, será fornecida ao Biólogo Carteira de Identidade 
Profissional em que serão feitas anotações relativas à atividade do portador. 
 Art. 26. A inscrição do Biólogo será efetuada no Conselho Regional da jurisdição, de 
acordo com Resolução do Conselho Federal. 
 § 1º Os registros serão feitos na categoria de Biólogo e outras que vierem a ser criadas. 
 § 2º O exercício simultâneo, temporário ou definitivo, da profissão, em área de 
jurisdição de dois ou mais Conselhos Regionais, submeterá o profissional de Biologia às 
exigências e formalidades estabelecidas pelo Conselho Federal. 
 Art. 27. Para se inscrever no Conselho Regional de sua jurisdição o Biólogo deverá: 
 I - satisfazer as exigências da Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979;II - não estar impedido de exercer a profissão; 
 III - gozar de boa reputação por sua conduta pública. 
 Parágrafo único. O Conselho Federal disporá em Resolução sobre os documentos 
necessários à inscrição. 
 Art. 28. Qualquer pessoa ou entidade poderá representar ao Conselho Regional contra 
a inscrição de Biólogo. 
 Art. 29. Se o Conselho Regional indeferir o pedido de inscrição, o candidato poderá 
recorrer ao Conselho Federal dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência da 
decisão. 
CAPÍTULO VI 
DAS ANUIDADES 
 Art. 30. O pagamento da anuidade ao Conselho Regional da respectiva jurisdição 
constitui condição de legitimidade do exercício da profissão. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6684.htm
59 
 
 Parágrafo único. A anuidade deverá ser paga até 31 de março de cada ano, salvo a 
primeira, que será devida a partir do registro do profissional ou da empresa. 
 Art. 31. A inscrição do Biólogo, o fornecimento de Carteira de Identidade Profissional 
e certidões, bem como o recebimento de petições, estão sujeitos ao pagamento de 
anuidades, taxas e emolumentos. 
CAPÍTULO VII 
DAS INFRAÇÕES 
 Art. 32. Constitui infração disciplinar: 
 I - transgredir preceito do Código de Ética profissional; 
 II - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o 
seu exercício aos não registrados ou aos leigos; 
 III - violar sigilo profissional; 
 IV - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou 
contravenção; 
 V - não cumprir, no prazo assinalado, determinação, emanada de órgãos ou autoridade 
do Conselho Regional, em matéria de competência deste, após regularmente notificado; 
 VI - deixar de pagar, pontualmente ,ao Conselho Regional, as contribuições a que está 
obrigado; 
 VII - faltar a qualquer dever profissional prescrito neste Regulamento; 
 VIII - manter conduta incompatível com o exercício da profissão. 
 Parágrafo único. As faltas serão apuradas levando-se em conta a natureza do ato e as 
circunstâncias de cada caso. 
CAPÍTULO VIII 
DAS PENALIDADES 
 Art. 33. As penas disciplinares consistem em: 
 I - advertência; 
 II - repreensão; 
60 
 
 III - multa equivalente a até 10 (dez) vezes o valor da anuidade; 
 IV - suspensão do exercício profissional pelo prazo de até 3 (três)anos, 
 V - cancelamento do registro profissional. 
 § 1º Salvo os casos de gravidade manifesta ou reincidência a imposição das penalidades 
obedecerá à gradação deste artigo, observadas as normas estabelecidas pelo Conselho 
Federal para disciplina no processo de julgamento das infrações. 
 § 2º Na fixação da pena serão considerados os antecedentes profissionais do infrator, o 
seu grau de culpa, as circunstâncias atenuantes e agravantes e as conseqüências da 
infração. 
 § 3º As penas de advertência, repreensão e multa serão comunicadas pela instância 
própria, em ofício reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do profissional 
punido, a não ser em caso de reincidência. 
CAPÍTULO IX 
DOS RECURSOS 
 Art. 34. Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito suspensivo, 
à instância imediatamente superior: 
 a) voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência da decisão; 
 b) ex-offício, nas hipóteses dos incisos IV e V do artigo anterior, no prazo de 30 (trinta) 
dias, a contar da decisão. 
 Art. 35. A suspensão por falta de pagamento de anuidades, taxas ou multas só cessará 
com a satisfação da dívida, podendo ser cancelado o registro profissional se, após 
decorridos 3 (três) anos, não for o débito resgatado. 
 Art. 36. É lícito ao profissional punido requerer, à instância superior, revisão do 
processo, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência da punição. 
 Art. 37. Das decisões do Conselho Federal ou de seu Presidente, por força de 
competência privativa, caberá recurso, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência, 
para o Ministro do Trabalho. 
 Art. 38. As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões. 
 Art. 39. A instância ministerial será última e definitiva nos assuntos relacionados com 
a profissão e seu exercício. 
61 
 
CAPÍTULO X 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 Art. 40. O mandato de membro da Diretoria dos Conselhos Federal e Regionais 
extinguir-se-á com o término do mandato de Conselheiro. 
 Art. 41. Os membros dos Conselhos Federal e Regionais de Biologia farão jus a uma 
gratificação, por sessão a que comparecerem, na forma estabelecida pela Lei nº 5.708, de 
04 de outubro de 1971, regulamentada pelo Decreto nº 69.382, de 19 de outubro de 1971. 
 Art. 42. Aos servidores dos Conselhos aplica-se o regime jurídico da Consolidação das 
Leis do Trabalho e legislação complementar. 
 Art. 43. Os Conselhos estipularão, por todos os meios, inclusive mediante concessão 
de auxílio, segundo normas aprovadas pelo Conselho Federal, as realizações de natureza 
cultural visando ao profissional e à classe. 
 Art. 44. As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a 
qualificação do denunciante e acompanhadas da indicação dos elementos comprobatórios 
do alegado. 
 Art. 45. Os estabelecimentos de ensino superior que ministrem os cursos referidos no 
artigo 2º do presente Regulamento, deverão remeter, até seis meses após a conclusão dos 
mesmos, ao Conselho Regional de Biologia da jurisdição de sua sede, ficha de cada aluno 
a que conferir diploma ou certificado, contendo o seu nome, endereço, filiação, data de 
nascimento e data de conclusão. 
CAPÍTULO Xi 
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 
 Art. 46. A Carteira de Identidade Profissional só será exigida após 180 (cento e oitenta) 
dias, contados da instalação do respectivo Conselho Regional. 
 Art. 47. O primeiro Conselho Federal será constituído pelo Ministro do Trabalho. 
 Art. 48. Os Conselhos Regionais serão instalados desde que agrupem um número 
suficiente de profissionais, capaz de garantir sua normalidade administrativa, a critério e 
por ato do Ministro do Trabalho. 
 Art. 49. O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. 
 Art. 50. Revogam-se as disposições em contrário. 
 Brasília, 28 de junho de 1983; 162º da Independência e 95º da República. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5708.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5708.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D69382.htm
62 
 
JOÃO FIGUEIREDO 
Murillo Macêdo 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 29.6.1983 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO IV 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
DECRETO No 85.005, DE 6 DE AGOSTO DE 1980. 
 
Regulamenta a Lei nº 6.684, de 03 de 
setembro de 1979, que dispõe sobre as 
profissões de Biólogo e Biomédico e cria o 
Conselho Federal e os Conselhos Regionais 
de Biologia e Biomedicina, e dá outras 
providências. 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 
81, item III da Constituição e tendo em vista o disposto no artigo 34 da Lei nº 6.684, de 
03 de setembro de 1979 e nos artigos 1º e 2º da Lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979, 
 DECRETA: 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%2085.005-1980?OpenDocument
64 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1º O exercício das profissões de Biólogo e de Biomédico somente será 
permitido ao portador de Carteira de Identidade Profissional, expedida pelo Conselho 
Regional de Biologia e Biomedicina da respectiva jurisdição.CAPÍTULO II 
DA PROFISSÃO DE BIÓLOGO 
Art. 2º O Exercício da profissão de Biólogo é privativo dos portadores de 
diploma: 
I - devidamente registrado, de bacharel ou licenciado em curso de História 
Natural, ou de Ciências Biológicas, em todas as suas especialidades ou de licenciado em 
Ciências, com habilitação em Biologia, expedido por instituição brasileira oficialmente 
reconhecida; 
II - expedido por instituições estrangeiras de ensino superior, regularizado na 
forma da lei, cujos cursos forem considerados equivalentes aos mencionados no inciso I. 
Art. 3º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros 
profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biólogo poderá: 
I - formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa científica básica e 
aplicada, nos vários setores da Biologia ou a ela ligados, bem como os que se relacionem 
à preservação, saneamento e melhoramento do meio ambiente, executando direta ou 
indiretamente as atividades resultantes desses trabalhos; 
II - orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, fundações, 
sociedades e associações de classe, entidades autárquicas, privadas ou do Poder Público, 
no âmbito de sua especialidade; 
III - realizar perícias, emitir e assinar laudos técnicos e pareceres, de acordo 
com o currículo efetivamente realizado. 
CAPÍTULO III 
DA PROFISSÃO DO BIOMÉDICO 
Art. 4º O exercício da profissão de Biomédico é privativo dos portadores de 
diploma: 
65 
 
I - devidamente registrado, de bacharel em curso oficialmente reconhecido 
de Ciências Biológicas, modalidade médica; 
II - emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, devidamente 
revalidado e registrado como equivalente ao diploma mencionado no inciso anterior. 
Art. 5º Ao Biomédico compete atuar em equipes de saúde, a nível 
tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos. 
Art. 6º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros 
profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biomédico 
poderá: 
I - realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o 
saneamento do meio ambiente; 
II - realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação; 
III - atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de 
radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado; 
IV - planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas e 
privada, na área de sua especialidade profissional. 
Parágrafo único. O exercício das atividades referidas nos incisos I a IV deste 
artigo fica condicionado ao currículo efetivamente realizado que definirá a especialidade 
profissional. 
CAPÍTULO IV 
DOS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO 
SEÇÃO I 
Parte Geral 
Art. 7º Os Conselhos Federal e Regionais de Biologia e Biomedicina - 
CFBB/CRBB, criados pela Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, constituem, em seu 
conjunto, uma autarquia federal, com personalidade jurídica de direito público, 
autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Trabalho. 
Art. 8º A autarquia referida no artigo anterior tem por objetivo orientar, 
disciplinar e fiscalizar o exercício das profissões de Biólogo e de Biomédico. 
Art. 9º Na composição do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais será 
observada a representação proporcional nos Biólogos e dos Biomédicos. 
66 
 
Art. 10. Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais incumbe a 
administração e representação legal dos mesmos, facultando-se-lhes suspender o 
cumprimento de qualquer deliberação de seu Plenário, que lhes pareça inconveniente ou 
contrária aos interesses da instituição, submetendo essa decisão à autoridade competente 
do Ministério do Trabalho, ou ao Conselho Federal, respectivamente. 
Art. 11. Os membros dos Conselhos Federal e Regionais, poderão ser 
licenciados, por deliberação do Plenário, por motivo de doença ou outro impedimento de 
força maior. 
Art. 12. A substituição de qualquer membro, em suas faltas e impedimentos, 
se fará pelo respectivo suplente, mediante convocação do Presidente do Conselho. 
Art. 13. O Conselho Federal terá sede e foro no Distrito Federal e jurisdição 
em todo o território nacional e os Conselhos Regionais terão sede e foro nas Capitais dos 
Estados e dos Territórios, bem como no Distrito Federal. 
SEÇÃO II 
DO CONSELHO FEDERAL 
Art. 14. O Conselho Federal será constituído de 10 (dez) membros efetivos 
e igual número de suplentes, eleitos pela forma estabelecida neste Regulamento. 
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho Federal será de 04 
(quatro) anos. 
Art. 15. Compete ao Conselho Federal: 
I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e 
o Vice-Presidente, cabendo ao primeiro, além do voto comum, o de qualidade; 
II - indicar, dentre os seus membros, o Secretário e o Tesoureiro, a serem 
pelo Presidente; 
III - exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e 
execução do disposto neste Regulamento e à fiscalização do exercício profissional, 
adotando providências indispensáveis à realização dos objetivos institucionais; 
IV - supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo território 
nacional; 
V - organizar, propor instalação, orientar e inspecionar os Conselhos 
Regionais, fixar-lhes jurisdição e examinar suas prestações de contas, neles intervindo 
67 
 
desde que indispensável ao restabelecimento da normalidade administrativa e financeira 
ou à garantia da efetividade ou princípio da hierarquia institucional; 
VI - elaborar e aprovar seu Regimento, ad referendum do Ministro do 
Trabalho; 
VII - examinar e aprovar os Regimentos dos Conselhos Regionais, 
modificando o que se fizer necessário para assegurar unidade de orientação e 
uniformidade de ação; 
VIII - conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e 
prestar-lhes assistência técnica permanente; 
IX - apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos 
Regionais; 
X - fixar o valor das anuidades, taxas, multas e emolumentos devidos pelos 
profissionais e empresas aos Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados; 
XI - aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais, bem como operações referentes a mutações patrimoniais; 
XII - dispor, com a participação de todos os Conselhos Regionais, sobre o 
Código de Ética Profissional, funcionando como Conselho Superior de Ética Profissional; 
XIII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio e 
bom nome dos que a exercem; 
XIV - instituir o modelo das carteiras e cartões de identidade profissional; 
XV - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis; 
XVI - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja 
obrigado; 
XVII - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos 
adicionais, os balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas atividades; 
XVIII - definir o limite de competência no exercício profissional, conforme 
os currículos efetivamente realizados; 
XIX - funcionar como órgão consultivo em matéria de Biologia e 
Biomedicina; 
XX - propor, por intermédio do Ministério do Trabalho, alterações da 
legislação relativa ao exercício da profissão de Biólogo e Biomédico; 
68 
 
XXI - fixar critérios para a elaboração das propostas orçamentárias; 
XXII - elaborar sua prestação de contas e examinar as prestações de contas 
dos Conselhos Regionais, encaminhando-as ao Tribunal de Contas; 
XXIII - promover a realização de congressos e conferências sobre o ensino, 
a profissão e a prática da Biologia e Biomedicina; 
XXIV - deliberar sobre os casos omissos. 
Art. 16. O Conselho Federal deverá reunir-se pelo menos, uma vez por mês. 
Art. 17. O Conselho Federal deliberará com a presença da maioria absoluta 
de seus membros, exceto quanto às matérias de que tratam os itens III, V, VII e XII do 
art. 15, que deverão ser aprovadas por 2/3 (dois terços) dos seus membros.Art. 18. Constitui renda do Conselho Federal; 
I - 20% (vinte por cento) do produto da arrecadação de anuidades, taxas, 
emolumentos e multas, em cada Conselho Regional; 
II - legados, doações e subvenções; 
III - rendas patrimoniais. 
Seção III 
DOS CONSELHOS REGIONAIS 
Art. 19. Os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina serão 
constituídos de 10 (dez) membros efetivos e igual número de suplentes. 
Parágrafo único. O mandato dos membros dos Conselhos Regionais será de 
04 (quatro) anos. 
Art. 20. Compete aos Conselhos Regionais: 
I - eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e 
o seu Vice-Presidente; 
II - indicar, dentre os seus membros, o Secretário e o Tesoureiro, a serem 
nomeados pelo Presidente; 
III - elaborar a proposta de seu Regimento, bem como as alterações, 
submetendo à aprovação do Conselho Federal; 
69 
 
IV - criar as Câmaras Especializadas, atendendo às condições de maior 
eficiência da fiscalização estabelecida no presente Regulamento; 
V - julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração ao presente 
Regulamento e ao Código de Ética, enviados pelas Câmaras Especializadas; 
VI - agir, com a colaboração das Sociedades de Classe e das Escolas ou 
Faculdades de Biologia, nos assuntos relacionadas com o presente Regulamento; 
VII - deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativos e sobre os 
casos comuns às duas ou mais modalidades; 
VIII - julgar, decidir ou dirimir questões de atribuição ou competência das 
Câmaras Especializadas, quando não possuir o Conselho Regional número suficiente de 
profissionais da mesma modalidade para constituir a respectiva Câmara; 
IX - expedir a Carteira de Identidade Profissional e o Cartão de Identificação 
aos profissionais registrados, fazendo constar a modalidade do interessado, de acordo 
com o currículum efetivamente realizado; 
X - organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais e 
pessoas jurídicas que, nos termos deste Regulamento, se inscrevam para exercer 
atividades de Biologia ou Biomedicina na região; 
XI - publicar relatórios de seus trabalhos e relações das firmas e profissionais 
registrados; 
XII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio e 
bom conceito dos que a exercem; 
XIII - fiscalizar o exercício profissional na área da sua jurisdição, 
representando, inclusive, às autoridades competentes, sobre os fatos que apurar e cuja 
solução ou repressão não seja de sua alçada; 
XIV - cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regulamento, das 
resoluções e demais normas baixadas pelo Conselho Federal; 
XV - funcionar como Conselhos Regionais de Ética, conhecendo, 
processando e decidindo os casos que lhes forem submetidos; 
XVI - julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas neste 
Regulamento e em normas complementares do Conselho Federal; 
XVII - propor ao Conselho Federal as medidas necessárias ao aprimoramento 
dos serviços e do sistema de fiscalização do exercício profissional; 
70 
 
XVIII - aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais e as operações referentes a mutações patrimoniais; 
XIX - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis; 
XX - arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar todas as 
medidas destinadas à efetivação de sua receita, destacando e entregando ao Conselho 
Federal as importâncias referentes à sua participação legal; 
XXI - promover, perante o juízo competente, a cobrança das importâncias 
correspondentes às anuidades, taxas, emolumentos e multas, esgotados os meios de 
cobrança amigável; 
XXII - emitir parecer conclusivo, sobre prestação de contas a que esteja 
obrigado; 
XXIII - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos 
adicionais, os balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas atividades; 
XXIV - aprovar proposta orçamentária anual; 
XXV - elaborar prestação de contas e encaminhá-la ao Conselho Federal; 
XXVI - zelar pela fiel observância dos princípios deontológicos e dos 
fundamentos de disciplina da classe; 
XXVII - impor sanções previstas neste Regulamento. 
Art. 21. Constitui renda dos Conselhos Regionais: 
I - 80% (oitenta por cento) do produto da arrecadação de anuidades, taxas, 
emolumentos e multas; 
II - legados, doações e subvenções; 
III - rendas patrimoniais. 
Seção IV 
DAS CÂMARAS ESPECIALIZADAS 
Art. 22.Os Conselhos Regionais funcionário em Pleno e, para assuntos 
específicos, poderão ser organizados em Câmaras Especializadas correspondentes às 
modalidades resultantes dos desdobramentos dos cursos de que tratam os incisos I dos 
artigos 2º e 4º deste Regulamento. 
71 
 
Parágrafo único. As Câmaras Especializadas são órgãos dos Conselhos 
Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes 
às respectivos modalidade e às infrações do Código de Ética. 
Art. 23. São atribuições das Câmaras Especializadas: 
I - julgar os casos de infração, no âmbito de sua competência profissional 
específica; 
II - julgar as infrações ao Código de Ética; 
III - aplicar as penalidades e multas previstas; 
IV - apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, das 
entidades de direito público, das entidades de classe e das escolas ou faculdades na 
Região; 
V - elaborar as normas para a fiscalização das respectivas modalidades; 
VI - opinar sobre os assuntos de interesse comum a duas ou mais 
modalidades, encaminhado-os ao Conselho Regional. 
Art. 24. As Câmaras Especializadas serão constituídas pelos Conselhos 
Regionais, desde que entre os Conselheiros Regionais haja um mínimo de três de uma 
mesma modalidade. 
CAPÍTULO V 
DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS 
Art. 25. Os membros do Conselho Federal e respectivos suplentes serão 
eleitos por um Colégio Eleitoral integrado de um representante de cada Conselho 
Regional, por este eleito em reunião especialmente convocada para esse fim. 
§ 1º O Colégio Eleitoral convocado para a composição do Conselho Federal 
reunir-se-á, preliminarmente, para exame, discussão, aprovação e registro das chapas 
concorrentes, realizando as eleições vinte e quatro horas após a sessão preliminar. 
§ 2º Competirá ao Ministro do Trabalho baixar as instruções reguladores das 
eleições dos Conselhos Federal e Regionais. 
Art. 26. Os membros dos Conselhos Regionais e os respectivos suplentes 
serão eleitos pelo sistema de eleição direta, por intermédio de voto pessoal, secreto e 
obrigatório dos profissionais inscritos no Conselho, aplicando-se pena de multa, em 
72 
 
importância não excedente do valor da anuidade, ao profissional que deixar de votar sem 
causa justificada. 
Art. 27. Além das exigências constantes do artigo 530 da Consolidação das 
Leis do Trabalho, o exercício do mandato de membro do Conselho Federal e dos 
Conselhos Regionais e a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, estarão 
sujeitos ao preenchimento das seguintes condições: 
I - cidadania brasileira; 
II - habilitação profissional na forma da legislação em vigor; 
III - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos; 
IV - inexistência de condenação por crime contra a segurança nacional; 
V - inexistência de penalidade por infração ao Código de Ética. 
Art. 28. A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal ou 
dos Conselhos Regionais ocorrerá em virtude de: 
I - renúncia; 
II - superveniência de causa de que resulte a inabilitação para o exercício da 
profissão; 
III - condenação a pena superior a dois anos, em face de sentença transitada 
em julgado; 
IV - destituição de cargo, função ou emprego, relacionada à prática de ato de 
improbidade na administração pública ou privada, em face de sentença transitada em 
julgado; 
V - conduta incompatível com a dignidade do órgão ou por falta de decoro; 
VI - ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou a seis 
intercaladas em cada ano. 
CAPÍTULO VI 
DO EXERCÍCIOPROFISSIONAL 
Art. 29. Para o exercício de qualquer das atividades relacionadas nos arts. 2º 
e 4º deste Regulamento, em qualquer modalidade de relação trabalhista ou empregatícia, 
será exigida, como condição essencial, a apresentação da Carteira Profissional emitida 
pelo respectivo Conselho. 
73 
 
Parágrafo único. A inscrição em concurso público dependerá de prévia 
apresentação da Carteira Profissional ou certidão do Conselho Regional de que o 
profissional está no exercício de seus direitos. 
Art. 30. É obrigatório o registo das empresas, cujas finalidades estejam 
ligadas às Ciências Biológicas. 
Art. 31. As Firmas que se organizarem para executar serviços, relacionados 
com o presente Regulamento, só poderão iniciar suas atividades depois de promoverem 
o competente registro no CRBB da jurisdição. 
Parágrafo único. O registro de firmas só será concedido se sua denominação 
for condizente com a finalidade a que se destina. 
Art. 32. Deferida a inscrição, será fornecida ao Biólogo ou Biomédico 
Carteira de Identidade Profissional, em que serão feitas anotações relativas à atividade do 
portador. 
Art.33. A inscrição do Biólogo ou Biomédico será efetuada no Conselho 
Regional da jurisdição, de acordo com Resolução do Conselho Federal. 
§ 1º Os registros serão feitos nas categorias de Biólogo e Biomédico, e outras 
que vierem a ser criadas. 
§ 2º O exercício simultâneo, temporário ou definitivo, da profissão, em área 
de jurisdição de dois ou mais Conselhos Regionais, submeterá o profissional de Biologia 
e de Biomedicina às exigências e formalidades estabelecidas pelo conselho Federal. 
Art. 34. Para se inscrever no Conselho Regional de sua jurisdição o Biólogo 
ou o Biomédico deverá: 
I - satisfazer as exigências da Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979; 
II - não estar empedido de exercecer a profissão; 
III - gozar de boa reputação por sua conduta pública. 
Parágrafo único. O Conselho Federal disporá em Resolução sobre os 
documentos necessários á inscrição. 
Art. 35. Qualquer pessoa ou entidade poderá representar ao Conselho 
Regional contra a inscrição de Biólogo e Biomédico. 
74 
 
Art. 36. Se o Conselho Regional indeferir o pedido de inscrição, o candidato 
poderá recorrer ao conselho Federal dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da 
ciência da decisão. 
CAPÍTULO VII 
DAS ANUIDADES, TAXAS, EMOLUMENTOS E MULTAS 
Art. 37. O pagamento da anuidade ao Conselho Regional da respectiva 
jurisdição constitui condição de legitimidade do exercício da profissão. 
Parágrafo único. A anuidade deverá ser paga até 31 de março de cada ano, 
salvo a primeira, que será devida a partir do registro do profissional ou da empresa. 
Art. 38. A inscrição do Biólogo ou Biomédico, o fornecimento de Carteira 
de Identidade Profissional e certidões, bem como o recebimento de petições, estão 
sujeitos ao pagamento de anuidades, taxas e emolumentos. 
Art. 39. O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor à multa, 
assim escalonada: 
a) de 10% (dez por cento), se o débito for pago nos seis meses seguintes ao 
do vencimento; 
b) de 20% (vinte por cento), se pago nos seis meses subseqüentes; 
c) de mais de 10% (dez por cento) por ano de atraso, quando ultrapassado 
esse prazo. 
Art. 40. A falta do pagamento de multa no prazo de 30 (trinta) dias da 
notificação da penalidade imposta acarretará a cobrança da mesma por via executiva, sem 
prejuízo de outras penalidades cabíveis. 
CAPÍTULO VIII 
DAS INFRAÇÕES 
Art. 41. Constitui infração disciplinar: 
I - transgredir preceito do Código de Ética Profissional; 
II - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por 
qualquer meio, o seu exercício aos não registrados ou aos leigos; 
III - violar sigilo profissional; 
75 
 
IV - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina 
como crime ou contravenção; 
V - não cumprir, no prazo assinalado, determinação emanada de órgãos ou 
autoridade de Conselho Regional, em matéria de competência deste, após regularmente 
notificado; 
VI - deixar de pagar, pontualmente, ao Conselho Regional, as contribuições 
a que está obrigado; 
VII - faltar a qualquer dever profissional prescrito neste regulamento; 
VIII - manter conduta inconpatível com o exercício da profissão. 
Parágrafo único. As faltas serão apuradas levando-se em conta a natureza do 
ato e as circunstâncias de cada caso. 
CAPÍTULO IX 
DAS PENALIDADES 
Art. 42. As penas disciplinares consistem em: 
I - advertência; 
II - repreensão; 
III - multa equivalente a até 10 (dez) vezes o valor da anuidade; 
IV - suspensão do exercício profissional pelo prazo de até 3 (três) anos; 
V - cancelamento do registro profissional. 
§ 1º Salvo os casos de gravidade manifesta ou reincidência, a imposição das 
penalidades obedecerá à gradação deste artigo, observadas as normas estabelecidas pelo 
Conselho Federal para disciplina no processo de julgamento das infrações. 
§ 2º Na fixação da pena serão considerados os antecedentes profissionais do 
infrator, o seu grau de culpa, as circunstâncias atenuantes e agravantes e as conseqüências 
da infração. 
§ 3º As penas de advertência, repreensão e multa serão comunicadas pela 
instância própria, em ofício reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do 
profissional punido, a não ser em caso de reincidência. 
 
76 
 
CAPÍTULO X 
DOS RECURSOS 
Art. 43. Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito 
suspensivo, à instância imediatamente superior: 
a) voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência da decisão; 
b) ex-officio, nas hipóteses dos incisos IV e V do artigo anterior, no prazo de 
30 (trinta) dias, a contar da decisão. 
Art. 44. A suspensão por falta de pagamento de anuidades, taxas ou multas 
só cessará com a satisfação da dívida, podendo ser cancelado o registro profissional se, 
após decorridos 3 (três) anos, não for débito resgatado. 
Art. 45. É lícito ao profissional punido requerer à instância superior, revisão 
do processo, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência, da punição. 
Art. 46. Das decisões do Conselho Federal ou de seu Presidente, por força de 
competência privativa, caberá recurso, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência, 
para o Ministro do Trabalho. 
Art. 47. As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões. 
Art. 48. A instância ministerial será última e definitiva nos assuntos 
relacionados com a profissão e seu exercício. 
CAPÍTULO XI 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 49. O mandato de membro da Diretoria dos conselhos Federal e 
Regionais extinguir-se-á com o término do mandato de conselheiro. 
Art. 50. Os membros dos conselhos Federal e Regionais de Biologia e 
Biomedicina farão jus a uma gratificação, por sessão a que comparecerem, na forma 
estabelecida pela Lei número 5.708, de 04 de outubro de 1971, regulamentada pelo 
Decreto nº 69.382, de 19 de outubro de 1971. 
Art. 51. Aos servidores dos Conselhos aplica-se o regime jurídico da 
Consolidação das Leis do Trabalho e legislação complementar. 
Art. 52. Os Conselhos estimularão, por todos os meios, inclusive mediante 
concessão de auxílio, segundo normas aprovadas pelo Conselho Federal, as realizações 
de natureza cultural visando ao profissional e à classe. 
77 
 
Art. 53. As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada 
a qualificação do denunciante e acompanhadas da indicação dos elementos 
comprobatórios do alegado. 
Art. 54.Os estabelecimentos de ensino superior que ministrem os cursos 
referidos nos artigos 2º e 4º do presente Regulamento, deverão remeter, até seis meses 
após a conclusão dos mesmos, ao Conselho Regional de Biologia e Biomedicina da 
jurisdição de sua sede, ficha de cada aluno a que conferir diploma ou certificado, contendo 
o seu nome, endereço, filiação, data de nascimento e data de conclusão. 
CAPÍTULO XII 
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 
Art.55.A Carteira de Identidade Profissional só será exigida após 180 (cento 
e oitenta)dias, contados da instalação do respectivo Conselho Regional. 
Art. 56. O primeiro Conselho Federal será constituído pelo Ministro do 
Trabalho. 
Art. 57. Os Conselhos Regionais serão instalados desde que agrupem um 
número suficiente de profissionais, capaz de garantir sua normalidade administrativa, a 
critério e por ato do Ministro do Trabalho. 
Art. 58. Os atuais portadores de diploma de Ciências Biológicas, modalidade 
médica, e os que venham a concluir o mesmo curso até julho de 1983 poderão realizar 
análises clínico-laboratoriais, assinando os respectivos laudos, desde que comprovem a 
realização de disciplinas indispensáveis ao exercício dessa atividade. 
Art. 59. Para os efeitos do disposto no artigo anterior, fica igualmente 
assegurada, se necessária à complementação curricular, a matrícula dos abrangidos pala 
Lei número 6.686, de 11 de setembro de 1979, em qualquer curso, independentemente de 
vaga. 
Art. 60. O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, 
revogadas as disposições em contrário. 
Brasília, 6 de agosto de 1980; 159º da Independência e 92º da República. 
JOÃO FIGUEIREDO 
Murillo Macêdo 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 7.8.1980 
 
78 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO V 
 
79 
 
 
https://cfbio.gov.br/2018/06/20/cfbio-em-acao-atuacao-de-biologos-em-analises-clinicas/ 
 
 
R E S O L U Ç Ã O C F B i o N º 1 2 , D E 1 9 D E J U L H O D E 1 9 9 3 
19/07/93 
Dispõe sobre a regulamentação para a concessão de Termo de Responsabilidade Técnica 
em Análises Clínicas e dá outras providências. 
O CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA, Autarquia Federal criada pela Lei nº 
6.684/79, de 03 de setembro de 1979, alterada pela Lei nº 7.017/82, de 30 de agosto de 
1982 e regulamentada pelo Decreto nº 88.438/83, de 28 de junho de 1983, no uso de suas 
atribuições legais e regimentais que lhe conferem os Artigos 2º e 10, e inciso II da Lei nº 
6.684, de 03 de setembro de 1979, Artigo 3º e inciso III do Decreto nº 88.438, de 28 de 
junho de 1983 e Art. 2º, do Regimento Interno do CFB e, 
Considerando o disposto no Art. 5º, inciso XIII da Constituição Federal e a Decisão 
Normativa CFB nº 01/87; 
https://cfbio.gov.br/2018/06/20/cfbio-em-acao-atuacao-de-biologos-em-analises-clinicas/
http://186.202.166.17/spw/PortaltransparenciaCFBIO/Consulta.aspx?CS=lD0JeYGDXzo=
https://cfbio.gov.br/
80 
 
Considerando a necessidade de que seja regulamentada a Concessão de Termo de 
Responsabilidade Técnica para Biólogos, em análises clínicas, na forma do currículo 
efetivamente realizado; 
Considerando a decisão do Plenário do Conselho Federal de Biologia, reunido em 19 de 
julho de 1993, é que, resolve: 
Art. 1º – Observado o currículo efetivamente realizado, o Biólogo legalmente habilitado, 
poderá solicitar aos Conselhos Regionais de Biologia, o Termo de Responsabilidade 
Técnica em Análises Clínicas, em laboratórios de Pessoa Jurídica de Direito Público ou 
Privado, desde que constem em seu Histórico Escolar do Curso de Graduação em História 
Natural, Ciências Biológicas, com habilitação em Biologia e/ou pós-graduação, 
analisados os conteúdos programáticos, as seguintes matérias: 
I – ANATOMIA HUMANA 
II – BIOFÍSICA 
III – BIOQUÍMICA 
IV – CITOLOGIA 
V – FISIOLOGIA HUMANA 
VI – HISTOLOGIA 
VII – IMUNOLOGIA 
VIII – MICROBIOLOGIA 
IX – PARASITOLOGIA 
81 
 
Art. 2º – Será exigido, como experiência Profissional, estágio supervisionado em 
laboratório de Análises Clínicas, com duração mínima de 06 (seis) meses e/ou 360 horas. 
Parágrafo único – Poderá ser considerada como experiência profissional, o exercício 
efetivo, em Análises Clínicas, por um prazo não inferior a 02 (dois) anos. 
Art. 3º – A solicitação do Termo de Responsabilidade Técnica, deverá ser vinculada à 
pessoa jurídica na qual o Biólogo exercerá suas atividades, verificando-se as condições 
necessárias de funcionamento, observada a legislação da Secretaria de Estado de Saúde 
da Jurisdição dos CRBs. 
Art. 4º – Será facultado aos CRBs exigir qualquer documento que entendam válido à 
comprovação da experiência profissional. 
Art. 5º – A concessão de Termo de Responsabilidade Técnica implicará na expedição de 
certidão devendo ser recolhido à Tesouraria dos CRBs, o valor determinado em 
Resolução específica deste Conselho Federal. 
Art. 6º – O Termo de Responsabilidade Técnica expedido pelos CRBs deverá ser 
renovado anualmente. 
Art. 7º – Ficam convalidados todos os atos administrativos praticados pelo CRB-5ª 
Região, realizados nos termos da Portaria nº 001 de 20 de julho de 1992, do Conselho 
Regional de Biologia da 5ª Região, publicado no Diário Oficial de Pernambuco de 
29/07/92. 
Art. 8º – Torna nula a Portaria nº 001 de 20 de julho de 1992, publicada pelo CRB – 5ª 
Região. 
Art. 9º – Revoga a Resolução CFB nº 09 de 24 de julho de 1992 assim como as demais 
disposições em contrário. 
Art. 10 – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
Jorge Pereira Ferreira da Silva. Presidente. Lista de anexo(s): 
82 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO VI 
 
83 
 
 
https://cfbio.gov.br/2018/06/20/cfbio-em-acao-atuacao-de-biologos-em-analises-clinicas/ 
Retificação da Resolução nº 12/93 (DOU de 17/08/93) 
Retificação à Retificação da Resolução nº 12/93 (DOU de 18/08/93) 
 
RESOLUÇÃO CFBio Nº 10, DE 5 DE JULHO DE 2003- 5/07/03 
Dispõe sobre as Atividades, Áreas e Subáreas do Conhecimento do Biólogo. 
O CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA – CFBio, Autarquia Federal criada pela 
Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, alterada pela Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 
1982 e regulamentada pelo Decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983, no uso de suas 
atribuições legais e regimentais, considerando a decisão da Diretoria em 23 de maio de 
2003, aprovada por unanimidade pelos Senhores Conselheiros Federais presentes na 
LXXV Reunião Ordinária e 173ª Sessão Plenária, realizada no dia 24 de maio de 2003, 
 
RESOLVE: 
Art. 1º São as seguintes as Atividades Profissionais do Biólogo: 
1 – Na Prestação de Serviços: 
1.1 – Proposição de estudos, projetos de pesquisa e/ou serviços; 
1.2 – Execução de análises laboratoriais e para fins de diagnósticos, estudos e projetos de 
pesquisa, de docência de análise de projetos/processos e de fiscalização; 
https://cfbio.gov.br/2018/06/20/cfbio-em-acao-atuacao-de-biologos-em-analises-clinicas/
https://cfbio.gov.br/wp-content/uploads/1993/07/RETIFICAC%C3%83O-RES-12-93.pdf
https://cfbio.gov.br/wp-content/uploads/1993/07/RETIFICAC%C3%83O-RES-12-93b.pdf
https://cfbio.gov.br/
84 
 
1.3 – Consultorias/assessorias técnicas; 
1.4 – Coordenação/orientação de estudos/projetos de pesquisa e/ou serviços; 
1.5 – Supervisão de estudos/projetos de pesquisa e/ou serviços; 
1.6 Emissão de laudos e pareceres; 
1.7 Realização de perícias; 
1.8 – Ocupação de cargos técnico-administrativos em diferentes níveis; 
1.9 – Atuação como responsável técnico (TRT). 
Art. 2º São as seguintes as Áreas e Subáreas do Conhecimento do Biólogo: 
2.1 – Análises Clínicas. 
2.2 – Biofísica: Biofísica celular e molecular, Fotobiologia, Magnetismo, Radiobiologia. 
2.3 – Biologia Celular. 
2.4 – Bioquímica: Bioquímica comparada, Bioquímica de processos fermentativos, 
Bioquímica de microrganismos, Bioquímica macromolecular, Bioquímica 
micromolecular, Bioquímica de produtos naturais, Bioenergética, Bromatologia, 
Enzimologia. 
2.5 – Botânica: Botânica aplicada, Botânica econômica, Botânica forense, Anatomia 
vegetal, Citologia vegetal, Dendrologia, Ecofisiologia vegetal, Embriologiavegetal, 
Etnobotânica, Biologia reprodutiva, ficologia, Fisiologia vegetal, Fitogeografia, 
Fitossanidade, Fitoquímica, Morfologia vegetal, Manejo e conservação da vegetação, 
Palinologia, Silvicultura, Taxonomia/Sistemática vegetal, Tecnologia de sementes. 
2.6 – Ciências Morfológicas: Anatomia humana, Citologia, Embriologia humana, 
Histologia, Histoquímica, Morfologia. 
2.7 Ecologia: Ecologia aplicada, Ecologia evolutiva, Ecologia humana, Ecologia de 
ecossistemas, Ecologia de populações, Ecologia da paisagem, Ecologia teórica, 
Bioclimatologia, Bioespeleologia, Biogeografia, Biogeoquímica, Ecofisiologia, 
Ecotoxicologia, Etnobiologia, Etologia, Fitossociologia, Legislação ambiental, 
Limnologia, Manejo e conservação, Meio ambiente, Gestão ambiental. 
2.8 – Educação: Educação ambiental, Educação formal, Educação informal, Educação 
não formal. 
2.9 – Ética: Bioética, Ética profissional, Deontologia, Epistemologia. 
2.10 – Farmacologia: Farmacologia geral, Farmacologia molecular, Biodisponibilidade, 
Etnofarmacologia, Farmacognosia, Farmacocinética, Modelagem molecular, 
Toxicologia. 
2.11 – Fisiologia: Fisiologia humana, Fisiologia animal. 
2.12 – Genética: Genética animal, Genética do desenvolvimento, Genética forense, 
Genética humana, Aconselhamento genético, Genética do melhoramento, Genética de 
microrganismos, Genética molecular, Genética de populações, Genética quantitativa, 
Genética vegetal, Citogenética, Engenharia genética, Evolução, Imunogenética, 
Mutagênese, Radiogenética. 
2.13 Imunologia: Imunologia aplicada, Imunologia celular, Imunoquímica. 
2.14 – Informática: Bioinformática, Bioestatística, Geoprocessamento. 
2.15 – Limnologia. 
85 
 
2.16 – Micologia: Micologia da água, Micologia agrícola, Micologia do ar, Micologia de 
alimentos, Micologia básica, Micologia do solo, Micologia humana, Micologia animal, 
Biologia de fungos, Taxonomia/Sistemática de fungos. 
2.17 – Microbiologia: Microbiologia de água, Microbiologia agrícola, Microbiologia de 
alimentos, Microbiologia ambiental, Microbiologia animal, Microbiologia humana, 
Microbiologia de solo, Biologia de microrganismos, Bacteriologia, 
Taxonomia/Sistemática de microrganismos, Virologia. 
2.18 – Oceanografia: Biologia Marinha (Oceanografia biológica). 
2.19 – Paleontologia: Paleobioespeleologia, Paleobotânica, Paleoecologia, Paleoetologia, 
Paleozoologia. 
2.20 – Parasitologia: Parasitologia ambiental, Parasitologia animal, Parasitologia 
humana, Biologia de parasitos, Patologia, Taxonomia/Sistemática de parasitos, 
Epidemiologia. 
2.21 – Saúde Pública: Biologia sanitária, Saneamento ambiental, Epidemiologia, 
Ecotoxicologia, Toxicologia. 
2.22 – Zoologia: Zoologia aplicada, Zoologia econômica, Zoologia forense, Anatomia 
animal, Biologia reprodutiva, Citologia e histologia animal, Conservação e manejo da 
fauna, Embriologia animal, Etologia, Etnozoologia, Fisiologia animal/comparada, 
Controle de vetores e pragas, Taxonomia/Sistemática animal, Zoogeografia. 
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, revogando-se as 
disposições em contrário, especialmente a Resolução CFB nº 005/85 de 11 de março de 
1985. 
NOEMY YAMAGUISHI TOMITA 
Presidente do Conselho 
(Of. El. nº 272) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
86 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO VII 
ADVERTÊNCIA 
Este texto n�o substitui o publicado no Diário Oficial da União 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1998/res0287_08_10_1998.html 
 
Minist�rio da Sa�de 
Conselho Nacional de Saúde 
RESOLUÇÃO Nº 287 DE 08 DE OUTUBRO DE 1998 
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Octogésima Primeira Reunião 
Ordinária, realizada nos dias 07 e 08 de outubro de 1998, no uso de suas competências 
regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei nº 
8.142, de 28 de dezembro de 1990, 
Considerando que: 
• a 8ª Conferência Nacional de Saúde concebeu a saúde como “direito de todos e dever 
do Estado” e ampliou a compreensão da relação saúde/doença como decorrência das condições 
de vida e trabalho, bem como do acesso igualitário de todos aos serviços de promoção, proteção 
e recuperação da saúde, colocando como uma das questões fundamentais a integralidade da 
atenção à saúde e a participação social; 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1998/res0287_08_10_1998.html
87 
 
• a 10ª CNS reafirmou a necessidade de consolidar o Sistema Único de Saúde, com todos 
os seus princípios e objetivos; 
• a importância da ação interdisciplinar no âmbito da saúde; e 
• o reconhecimento da imprescindibilidade das ações realizadas pelos diferentes 
profissionais de nível superior constitue um avanço no que tange à concepção de saúde e à 
integralidade da atenção, resolve: 
I – Relacionar as seguintes categorias profissionais de saúde de nível superior para fins 
de atuação do Conselho: 
1. Assistentes Sociais; 
2. Biólogos; 
3. Biomédicos; 
4. Profissionais de Educação Física; 
5. Enfermeiros; 
6. Farmacêuticos; 
7. Fisioterapeutas; 
8. Fonoaudiólogos; 
9. Médicos; 
10. Médicos Veterinários; 
11. Nutricionistas; 
12. Odontólogos; 
13. Psicólogos; e 
14. Terapeutas Ocupacionais. 
II - Com referência aos itens 1, 2 , 3 e 10, a caracterização como profissional de saúde 
deve ater-se a dispositivos legais e aos Conselhos de Classe dessas categorias. 
JOSÉ SERRA 
Presidente do Conselho Nacional de Saúde 
Homologo a Resolução CNS nº 287, de 08 de outubro de 1998, nos termos do Decreto de 
Delegação de Competência de 12 de novembro de 1991. 
JOSÉ SERRA 
Ministro de Estado da Saúde 
Sa�de Legis - Sistema de Legisla��o da Sa�de 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.saude.gov.br/saudelegis
88 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO VIII 
 
RESOLUÇÃO CFF Nº 514, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2009 
17 de dezembro de 2009 
Para ler a íntegra desta Resolução, clique aqui. 
https://www.semesp.org.br/legislacao/migrado9094/ 
Dispõe sobre o título de Farmacêutico-Bioquímico. 
https://www3.semesp.org.br/portal/pdfs/juridico2009/resolucoes/17.12.09/n_514_%202
5_11_09.pdf 
Resolução CFF nº 514, de 25 de novembro de 2009. Diário Oficial da União nº 234, de 8 
de dezembro de 2009 – Seção 1 – Pág. 102. Entidades de Fiscalização do Exercício das 
Profissões Liberais. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. RESOLUÇÃO Nº 514, 
DE 25 DE NOVEMBRO DE 2009. Dispõe sobre o título de Farmacêutico-Bioquímico. 
O Conselho Federal de Farmácia, no uso de suas atribuições legais e regimentais; 
Considerando o disposto no artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal, que outorga 
liberdade de exercício, trabalho ou profissão, atendidas as qualificações que a lei 
estabelecer; 
https://www.semesp.org.br/legislacao/migrado9094/
https://www.semesp.org.br/legislacao/migrado9094/
https://www.semesp.org.br/portal/pdfs/juridico2009/resolucoes/17.12.09/n_514_%2025_11_09.pdf
https://www.semesp.org.br/legislacao/migrado9094/
https://www3.semesp.org.br/portal/pdfs/juridico2009/resolucoes/17.12.09/n_514_%2025_11_09.pdf
https://www3.semesp.org.br/portal/pdfs/juridico2009/resolucoes/17.12.09/n_514_%2025_11_09.pdf
89 
 
Considerando que o Conselho Federal de Farmácia, no âmbito de sua área específica de 
atuação e como Conselho de Profissão Regulamentada, exerce atividade típica do Estado, 
nos termos dos artigos 5º, inciso XIII; 21, inciso XXIV e 22, inciso XVI, todos da 
Constituição Federal; 
Considerando que é atribuição do Conselho Federal de Farmácia expedir resoluções para 
eficiência da Lei Federal nº 3.820/60 e, ainda, compete-lhe o múnus de definir ou 
modificara competência dos farmacêuticos em seu âmbito, de acordo com o artigo 6º, 
alíneas "g" e "m" do referido diploma legal; 
Considerando, ainda, a outorga legal ao Conselho Federal de Farmácia de zelar pela saúde 
pública, promovendo ações de assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção à 
saúde, de acordo com a alínea "p", do artigo 6º, da Lei Federal nº 3.820/ 60, com as 
alterações da Lei Federal nº 9.120/95; 
Considerando o Decreto nº 85.878/81, que regula a Lei nº 3.820/60 e atribui atividades 
aos farmacêuticos; 
Considerando o Decreto nº 20.377/31, que aprova a regulamentação do exercício da 
profissão farmacêutica no Brasil; 
Considerando a Lei nº 5991/73, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de 
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências; 
Considerando a Resolução 04 de 1º de julho de 1969 do Conselho Federal de Educação, 
que fixa os mínimos de conteúdo e duração do Curso de Farmácia; 
Considerando a Resolução CNE/CES 2, de 19 de fevereiro de 2002 que institui Diretrizes 
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia. RESOLVE: 
Art. 1º - Será concedido o título de farmacêutico-bioquímico aos farmacêuticos que 
preencherem o seguinte requisito: Formação de acordo com a Especialização Profissional 
em Análises Clínicas credenciado pelo Conselho Federal de Farmácia e que tenha 
adquirido o Título de Especialista em Análises Clínicas expedido pela Sociedade 
Brasileira de Análises Clínicas, nos termos do seu Regulamento para a Outorga. 
Parágrafo único: O Curso de Especialização Profissional em Análises Clínicas de que 
trata este artigo será de acordo com a carga horária e conteúdos estabelecidos pelo 
Conselho Federal de Farmácia. 
Art. 2º - Aos farmacêuticos formados de acordo com a Resolução 04/69 do Conselho 
Federal de Educação, segundo ciclo profissional de Farmacêutico Bioquímico, 2ª Opção, 
fica garantido o direito do título. 
Art. 3º - Os farmacêuticos, de que trata esta Resolução, terão todos os direitos garantidos 
para atuarem no exercício das Análises Clínicas, bem como assinar laudos, pareceres 
técnicos e responsabilizar-se tecnicamente por Laboratório de Análises Clínicas e 
Toxicológicas, como farmacêutico-bioquímico. 
90 
 
Art. 4º - A presente resolução entrará em vigor na data de sua publicação. 
JALDO DE SOUZA SANTOS 
Presidente do Conselho 
Rua Cipriano Barata, 2431 – Ipiranga – 04205-002 - São Paulo/SP. Tel.: 11 - 2069-4444 
Fax.: 11 - 2914-2190. http://www.semesp.org.br/portal E-mail: semesp@semesp.org.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:semesp@semesp.org.br
91 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO IX 
RESOLUÇÃO Nº 227, DE 18 DE AGOSTO DE 2010. 18/08/10. Dispõe sobre a 
regulamentação das Atividades Profissionais e as Áreas de Atuação do 
Biólogo, em Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e, Biotecnologia e Produção, 
para efeito de fiscalização do exercício profissional. 
https://cfbio.gov.br/2010/08/18/resolucao-no-227-de-18-de-agosto-de-2010/ 
RESOLUÇÃO Nº 227, DE 18 DE AGOSTO DE 2010. 
 
Dispõe sobre a regulamentação das Atividades Profissionais e as Áreas de Atuação do 
Biólogo, em Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e, Biotecnologia e Produção, para 
efeito de fiscalização do exercício profissional. 
 
O CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA – CFBio, Autarquia Federal, com 
personalidade jurídica de direito público, criada pela Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 
1979, alterada pela Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto 
nº 88.438, de 28 de junho de 1983, no uso de suas atribuições legais e regimentais, e 
Considerando o disposto na Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, que dispõe sobre a 
profissão do Biólogo, regulamentada pelo Decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983; 
https://cfbio.gov.br/2010/08/18/resolucao-no-227-de-18-de-agosto-de-2010/
92 
 
Considerando o embasamento técnico e científico propiciado pelo disposto no art. 2º da 
Resolução nº 10, de 05 de julho de 2003, que trata das áreas e subáreas do conhecimento 
do Biólogo; 
Considerando as Resoluções nº 213/2010 e nº 214/2010 e o Parecer CFBio Nº 01/2010 – 
GT Revisão das Áreas de Atuação – Requisitos mínimos para o Biólogo atuar em 
pesquisa, projetos, análises, perícias, fiscalização, emissão de laudos, pareceres e outros 
serviços nas áreas de meio ambiente, saúde e biotecnologia; 
Considerando o atual estágio do desenvolvimento científico e tecnológico e a evolução 
do mercado de trabalho em Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e, Biotecnologia e 
Produção; Considerando a legislação vigente que trata das questões relativas ao Meio 
Ambiente, Biodiversidade, Biossegurança, Biotecnologia, Saúde e áreas correlatas; 
Considerando o deliberado e aprovado na CXXXVIII Reunião Ordinária e 236ª Sessão 
Plenária, realizada no dia 13 de agosto de 2010, resolve: 
Art. 1º O Biólogo regularmente registrado nos Conselhos Regionais de Biologia – 
CRBios, e legalmente habilitado para o exercício profissional, de acordo com o art. 2º da 
Lei nº 6.684/79 e art. 3º do Decreto nº 88.438/83, poderá atuar nas áreas: 
I – Meio Ambiente e Biodiversidade; 
II – Saúde; 
III – Biotecnologia e Produção. 
Parágrafo único. O exercício das atividades profissionais/técnicas vinculadas às 
diferentes áreas de atuação fica condicionado ao currículo efetivamente realizado ou à 
pós-graduação lato sensu ou stricto sensu na área ou à experiência profissional na área de 
no mínimo 360 horas comprovada pelo Acervo Técnico. 
Art. 2º Para efeito desta resolução entende-se por: 
Atividade Profissional: conjunto de ações e atribuições geradoras de direitos e 
responsabilidades relacionadas ao exercício profissional, de acordo com as competências 
e habilidades obtidas pela formação profissional. 
Áreas: conjunto de áreas de atuação afins que caracteriza um perfil profissional. As Áreas 
são Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e, Biotecnologia e Produção. 
Área de atuação: aquela em que o Biólogo exerce sua atividade profissional/técnica, em 
função de conhecimentos adquiridos em sua formação. 
Art. 3º Ficam estabelecidas as seguintes atividades profissionais que poderão ser 
exercidas no todo ou em parte, pelo Biólogo, de acordo com seu perfil profissional: 
Assistência, assessoria, consultoria, aconselhamento, 
recomendação; Direção, gerenciamento, fiscalização; 
Ensino, extensão, desenvolvimento, divulgação técnica, 
demonstração, treinamento, condução de equipe; 
Especificação, orçamentação, levantamento, inventário; 
Estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental, 
93 
 
socioambiental; Exame, análise e diagnóstico laboratorial, 
vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo, parecer 
técnico, relatório técnico, licenciamento, auditoria; 
Formulação, coleta de dados, estudo, planejamento, 
projeto, pesquisa, análise, ensaio, serviço técnico; 
Gestão, supervisão, coordenação, curadoria, orientação, 
responsabilidade técnica; Importação, exportação, 
comércio, representação; Manejo, conservação, 
erradicação, guarda, catalogação; Patenteamento de 
métodos, técnicas e produtos; 
Produção técnica, produção especializada, multiplicação, 
padronização, mensuração, controle de qualidade, controle 
qualitativo, controle quantitativo; Provimento de cargos e 
funções técnicas. 
Art. 4º São áreas de atuação em Meio Ambiente e Biodiversidade: 
Aqüicultura: Gestão e Produção 
Arborização Urbana; Auditoria Ambiental 
Bioespeleologia. Bioética. Bioinformática. 
Biomonitoramento. Biorremediação. Controle de Vetores e 
Pragas. Curadoria e Gestão de Coleções Biológicas, 
Científicas e Didáticas Desenvolvimento, Produção e 
Comercialização de Materiais, Equipamentos e Kits 
Biológicos. Diagnóstico, Controle e MonitoramentoAmbiental. Ecodesign Ecoturismo. Educação Ambiental 
Fiscalização/Vigilância Ambiental. Gestão Ambiental 
Gestão de Bancos de Germoplasma 
Gestão de Biotérios Gestão de Jardins Botânicos 
Gestão de Jardins Zoológicos Gestão de Museus Gestão da 
Qualidade Gestão de Recursos Hídricos e Bacias 
Hidrográficas Gestão de Recursos Pesqueiros 
Gestão e Tratamento de Efluentes e Resíduos 
Gestão, Controle e Monitoramento em Ecotoxicologia 
Inventário, Manejo e Produção de Espécies da Flora Nativa 
e Exótica Inventário, Manejo e Conservação da Vegetação 
e da Flora Inventário, Manejo e Comercialização de 
Microrganismos Inventário, Manejo e Conservação de 
Ecossistemas Aquáticos: Límnicos, Estuarinos e Marinhos 
Inventário, Manejo e Conservação do Patrimônio 
Fossilífero Inventário, Manejo e Produção de Espécies da 
Fauna Silvestre Nativa e Exótica Inventário, Manejo e 
Conservação da Fauna Inventário, Manejo, Produção e 
Comercialização de Fungos Licenciamento Ambiental 
Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) 
Microbiologia Ambiental Mudanças Climáticas 
Paisagismo Perícia Forense Ambiental/Biologia Forense 
Planejamento, Criação e Gestão de Unidades de 
Conservação (UC)/Áreas Protegidas Responsabilidade 
Socioambiental Restauração/Recuperação de Áreas 
Degradadas e contaminadas. Saneamento Ambiental 
94 
 
Treinamento e Ensino na Área de Meio Ambiente e 
Biodiversidade. 
Art. 5º São áreas de atuação em Saúde: 
1. Aconselhamento Genético. 
2. Análises Citogenéticas. 
3. Análises Citopatológicas. 
4. Análises Clínicas (* Esta Resolução em nada 
altera o disposto nas Resoluções nº 12/93 e nº 
10/2003). 
5. Análises de Histocompatibilidade. 
6. Análises e Diagnósticos Biomoleculares. 
7. Análises Histopatológicas. 
8. Análises, Bioensaios e Testes em Animais. 
9. Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Leite 
Humano. 
10. Análises, Processos e Pesquisas em Banco de 
Órgãos e Tecidos. 
11. Análises, Processos e Pesquisas em Banco de 
Sangue e Hemoderivados. 
12. Análises, Processos e Pesquisas em Banco de 
Sêmen, Óvulos e Embriões. 
13. Bioética. 
14. Controle de Vetores e Pragas. 
15. Desenvolvimento, Produção e Comercialização de 
Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos. 
16. Gestão da Qualidade Gestão de Bancos de Células 
e Material Genético. 
17. Perícia e Biologia Forense. 
18. Reprodução Humana Assistida. 
19. Saneamento. 
20. Saúde Pública/Fiscalização Sanitária. 
21. Saúde Pública/Vigilância Ambiental. 
95 
 
22. Saúde Pública/Vigilância Epidemiológica. 
23. Terapia Gênica e Celular Treinamento. 
24. Ensino na Área de Saúde. 
Art. 6º São áreas de atuação em Biotecnologia e Produção: 
Biodegradação Bioética Bioinformática Biologia 
Molecular Bioprospecção Biorremediação Biossegurança 
Cultura de Células e Tecidos Desenvolvimento e Produção 
de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) 
Desenvolvimento, Produção e Comercialização de 
Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos Engenharia 
Genética/Bioengenharia Gestão da Qualidade 
Melhoramento Genético Perícia/Biologia Forense 
Processos Biológicos de Fermentação e Transformação 
Treinamento e Ensino em Biotecnologia e Produção. 
Art. 7º Considerando o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia e a evolução do 
mercado de trabalho, outras áreas de atuação poderão ser incorporadas após deliberação 
pelo Plenário do CFBio. 
Art. 8º Esta Resolução em nada altera o disposto nas Resoluções nº 12/93 e nº 10/2003 
sobre a atuação nas Análises Clinicas e sobre as áreas de conhecimento do Biólogo. 
Art. 9º Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação. 
MARIA DO CARMO BRANDÃO TEIXEIRA. 
Presidente do Conselho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
96 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO X 
Lei Federal reconhece Biólogos como profissionais essenciais ao controle de doenças. 
A profissão de Biólogo foi reconhecida por Lei Federal como essencial ao controle de 
doenças e à manutenção da ordem pública. A Lei nº 14.023, de 8 de julho de 2020, 
determina a adoção de medidas imediatas que preservem a saúde e a vida de todos os 
profissionais considerados essenciais ao controle de doenças e à manutenção da ordem 
pública, durante a emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus. De 
acordo com a norma, o poder público e os empregadores ou contratantes devem fornecer 
a esses profissionais, gratuitamente, os equipamentos de proteção individual (EPIs) 
recomendados pela Anvisa. Além disso, segundo a nova lei, os profissionais essenciais 
ao controle de doenças e à manutenção da ordem pública que estiverem em contato direto 
com portadores ou possíveis portadores do novo coronavírus terão prioridade para fazer 
testes de diagnóstico da COVID-19 e deverão ser tempestivamente tratados e orientados 
sobre sua condição de saúde e sobre sua aptidão para retornar ao trabalho. Confira a lista 
de profissionais considerados essenciais ao controle de doenças e à 
manutenção da ordem pública: 
Médicos; 
Enfermeiros; 
97 
 
Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e profissionais envolvidos nos 
processos de habilitação e reabilitação; 
Psicólogos; 
Assistentes sociais; 
Policiais federais, civis, militares, penais, rodoviários e ferroviários e membros das 
Forças Armadas; 
Agentes socioeducativos, agentes de segurança de trânsito e agentes de segurança 
privada; 
Brigadistas e bombeiros civis e militares; 
Vigilantes que trabalham em unidades públicas e privadas de saúde; 
Assistentes administrativos que atuam no cadastro de pacientes em unidades de saúde; 
Agentes de fiscalização; 
Agentes comunitários de saúde; 
Agentes de combate às endemias; 
Técnicos e auxiliares de enfermagem; 
Técnicos, tecnólogos e auxiliares em radiologia e operadores de aparelhos de tomografia 
computadorizada e de ressonância nuclear magnética; 
Maqueiros, maqueiros de ambulância e padioleiros; 
Cuidadores e atendentes de pessoas com deficiência, de pessoas idosas ou de pessoas com 
doenças raras; 
Biólogos, biomédicos e técnicos em análises clínicas; 
Médicos-veterinários; 
Coveiros, atendentes funerários, motoristas funerários, auxiliares funerários e demais 
trabalhadores de serviços funerários e de autópsias; 
Profissionais de limpeza; 
Profissionais que trabalham na cadeia de produção de alimentos e bebidas, incluídos os 
insumos; 
Farmacêuticos, bioquímicos e técnicos em farmácia; 
Cirurgiões-dentistas, técnicos em saúde bucal e auxiliares em saúde bucal; 
98 
 
Aeronautas, aeroviários e controladores de voo; 
Motoristas de ambulância; 
Guardas municipais; 
Profissionais dos Centros de Referência de Assistência Social (Crase) e dos Centros de 
Referência Especializados de Assistência Social (Creas); 
Servidores públicos que trabalham na área da saúde, inclusive em funções 
administrativas; 
Outros profissionais que trabalhem ou sejam convocados a trabalhar nas unidades de 
saúde durante o período de isolamento social ou que tenham contato com pessoas ou com 
materiais que ofereçam risco de contaminação pelo novo coronavírus. Fonte: 
https://cfbio.gov.br/2020/07/13/lei-federal-reconhece-biologos-como-profissionais-
essenciais-ao-controle-de-doencas/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://cfbio.gov.br/2020/07/13/lei-federal-reconhece-biologos-como-profissionais-essenciais-ao-controle-de-doencas/
https://cfbio.gov.br/2020/07/13/lei-federal-reconhece-biologos-como-profissionais-essenciais-ao-controle-de-doencas/
99 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO XI 
 
RESOLUÇÃO Nº 582, DE17 DE DEZEMBRO DE 2020. 
Dispõe sobre a habilitação e atuação do Biólogo em Saúde Estética e dá outras 
providências. 24/12/2020. 
https://cfbio.gov.br/2020/12/24/resolucao-no-582-de-17-de-dezembro-de-2020/ 
O CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA – CFBio, Autarquia Federal, com 
personalidade jurídica de direito público, criado pela Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 
1979, alterada pela Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto 
nº 88.438, de 28 de junho de 1983, no uso de suas atribuições legais e regimentais; 
 
Considerando o caput do art. 2º da Lei no 6.684/1979, inciso III c/c o art. 3º do Decreto 
no 88.438/1983, inciso III, que estabelecem que, sem prejuízo do exercício das mesmas 
atividades por outros profissionais igualmente habilitados na forma da legislação 
específica, o Biólogo poderá realizar perícias, emitir e assinar laudos técnicos e pareceres 
de acordo com o currículo efetivamente realizado; 
https://cfbio.gov.br/2020/12/24/resolucao-no-582-de-17-de-dezembro-de-2020/
https://cfbio.gov.br/
100 
 
Considerando o inciso II do art. 10 da Lei nº 6.684/1979, que garante ao Conselho Federal 
de Biologia – CFBio a competência para exercer função normativa, baixar atos 
necessários à interpretação e execução do disposto nesta lei e à fiscalização do exercício 
profissional, adotando providências indispensáveis à realização dos objetivos 
institucionais; 
Considerando o art. 5o, inciso XIII, da Constituição Federal, que define ser livre o 
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
Considerando o Código de Defesa do Consumidor pela Lei Federal nº 8.078, de 11 de 
setembro de 1990, pelo art. 6º, inciso I e pelo art. 8º, que estabelecem que um dos direitos 
básicos do consumidor é a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos 
provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços; 
Considerando a Lei Federal nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as 
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências; 
Considerando o Decreto Federal nº 1.651, de 28 de setembro de 1995, que regulamenta o 
Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do Sistema Único de Saúde; 
Considerando o Decreto Federal nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei 
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único 
de Saúde – SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação 
interfederativa, e dá outras providências; 
Considerando o art. 25 do Decreto Federal nº 20.931/1932, que dispõe que os institutos 
de beleza, sem direção médica, limitar-se-ão aos serviços compatíveis com sua finalidade, 
sendo terminantemente proibida aos que neles trabalham a prática de intervenções de 
cirurgia plástica, por mais rudimentares que sejam, bem como a prescrição de 
medicamentos; 
Considerando que, nos termos da Lei Federal nº 12.842/2013, apenas é ato privativo do 
profissional da medicina a indicação da execução e a execução de procedimentos 
invasivos, os quais são considerados somente a invasão dos orifícios naturais do corpo 
que atinjam órgãos internos, sendo a pele um órgão externo; 
Considerando a mensagem de veto presidencial nº 287 (DOU 11/07/2013), dos incisos I 
e II do § 4º do art. 4º do Projeto de Lei nº 268/2002, que se converteu na Lei Federal nº 
12.842/2013, excluindo como ato médico privativo a invasão da epiderme e derme com 
o uso de produtos químicos ou abrasivos, além da invasão da pele atingindo o tecido 
subcutâneo para injeção, sucção, punção, insuflação, drenagem, instilação ou enxertia, 
com ou sem o uso de agentes químicos ou físicos; 
101 
 
Considerando a Resolução CFBio nº 12, de 19 de julho de 1993, que dispõe sobre a 
regulamentação para a concessão de Termo de Responsabilidade Técnica em Análises 
Clínicas e dá outras providências; 
Considerando a Resolução CFBio nº 17, de 22 de outubro de 1993, que dispõe sobre as 
normas e procedimentos para a concessão do Título de Especialista em Áreas das Ciências 
Biológicas; 
Considerando a Resolução CFBio nº 05, de 2 de setembro de 1996, que instituiu a 
regulamentação para Concessão da Anotação de Responsabilidade Técnica no âmbito de 
serviços inerentes à profissão de Biólogo; 
Considerando a Resolução CFBio nº 06, de 7 de junho de 2000, que faz adendo a 
Resolução CFBio nº 17, de 22 de outubro de 1993, que dispõe sobre as normas e 
procedimentos para a concessão do título de especialista em Áreas das Ciências 
Biológicas; 
Considerando a Resolução CFBio nº 02, de 5 de março de 2002, que aprova o Código de 
Ética do Profissional Biólogo; 
Considerando a Resolução CFBio nº 10, de 5 de julho de 2003, que dispõe sobre as 
atividades, áreas e subáreas do conhecimento do Biólogo; 
Considerando a Resolução CFBio nº 11, de 5 de julho de 2003, que dispõe sobre a 
regulamentação para “Anotação de Responsabilidade Técnica – ART” por atividade 
profissional no âmbito das atividades inerentes à Profissão de Biólogo; 
Considerando a Resolução CFBio nº 13, de 19 de agosto de 2003, que dispõe sobre a 
obrigatoriedade do uso do número de inscrição no CRBio pelos Biólogos conjuntamente 
com a sua assinatura na identificação de seus trabalhos; 
Considerando a Resolução CFBio nº 30, de 30 de março de 2004, que dispõe sobre a Re-
Ratificação da Resolução nº 11, de 05 de julho de 2003, a qual dispõe sobre a 
regulamentação para Anotação de Responsabilidade Técnica – ART por atividade 
profissional no âmbito das atividades inerentes à profissão de Biólogo; 
Considerando a Resolução CFBio nº 126, de 19 de novembro de 2007, que altera o art. 
6º da Resolução nº 11, de 5 de julho de 2003, tratando da imposição de multa pelo 
descumprimento do prazo para efetuação da ART e dá outras providências; 
Considerando a Resolução CFBio nº 214, de 20 de março de 2010, que dispõe sobre a 
regulamentação para inclusão ao Acervo Técnico de atividades e serviços profissionais 
regulamentados pelo CFBio, prestados por Biólogos fora do Brasil; 
Considerando a Resolução CFBio nº 227, de 18 de agosto de 2010, que dispõe sobre a 
regulamentação das Atividades Profissionais e as Áreas de Atuação do Biólogo, em Meio 
102 
 
Ambiente e Biodiversidade, Saúde e, Biotecnologia e Produção, para efeito de 
fiscalização do exercício profissional; 
Considerando a Resolução CFBio nº 300, de 7 de dezembro de 2012, que estabelece os 
requisitos mínimos para o Biólogo atuar em pesquisa, projetos, análises, perícias, 
fiscalização, emissão de laudos, pareceres e outras atividades profissionais nas áreas de 
Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e, Biotecnologia e Produção; 
Considerando a Resolução CFBio nº 478, de 10 de agosto de 2018, que dispõe sobre a 
atuação do Biólogo na área de Reprodução Humana Assistida e dá outras providências; 
Considerando a Resolução CFBio nº 479, de 10 de agosto de 2018, que dispõe sobre a 
atuação do Biólogo na área de Circulação Extracorpórea em atividades relativas ao 
Perfusionismo e dá outras providências; 
Considerando a Resolução CFBio nº 517, de 7 de junho de 2019, que dispõe sobre a 
atuação do Biólogo em Biotecnologia e Produção e dá outras providências; 
Considerando a Resolução CFBio nº 520, de 9 de agosto de 2019, que dispõe sobre a 
atuação do Biólogo na área de Aconselhamento Genético e dá outras providências; 
Considerando a Resolução CFBio nº 540, de 06 de dezembro de 2019, que dispõe sobre 
a inclusão de novas especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Biologia para 
efeito de Registro de Qualificação de Especialista no Sistema CFBio/CRBios; 
Considerando a Resolução CFBio nº 570, de 13 de novembro de 2020, que dispõe sobre 
a Inscrição, Registro, Cancelamento e Licença de Pessoas Jurídicas e a concessão de 
Certidão de Termo de Responsabilidade Técnica – TRT; 
Considerando as Resoluções nº 218, de 6 de março de 1997 e nº287, de 8 de outubro de 
1998, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que reconhecem o Biólogo como 
profissional da Saúde no Brasil; 
Considerando a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 50, de 21 de fevereiro de 
2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que aprova o 
Regulamento Técnico destinado ao planejamento, programação, elaboração, avaliação e 
aprovação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, a ser observado 
em todo território nacional, na área pública e privada; 
Considerando a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 34, de 11 de junho de 2014, 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que dispõe sobre as boas 
práticas no ciclo do sangue em Banco de Sangue Humano; 
Considerando a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 222, de 28 de março de 2018, 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que regulamenta as Boas 
Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências; 
103 
 
Considerando a Instrução Normativa DC/ANVISA nº 66 de 1 de setembro de 2020, que 
estabelece a lista de Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE de 
atividades econômicas sujeitas à vigilância sanitária por grau de risco e dependente de 
informação para fins de licenciamento sanitário, conforme previsto no parágrafo único do 
art. 6º da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 153, de 26 de abril de 2017; 
Considerando que as RDCs da ANVISA e Normas Estaduais já prevêem a assunção de 
Responsabilidade Técnica de empreendimentos na área de estética, desde que o Conselho 
da respectiva profissão emita o Termo de Responsabilidade Técnica para o profissional 
legalmente habilitado; 
Considerando os princípios e as normas de Saúde Pública e Biossegurança, áreas de 
atuação e conhecimento do Biólogo, previstos pelo Conselho Federal de Biologia; 
Considerando que o Biólogo atua em aconselhamento genético, análises clínicas em todas 
as especialidades, citologia clínica, análises toxicológicas, diagnóstico molecular, 
análises genéticas, hemoterapia, circulação extracorpórea, reprodução humana assistida, 
pesquisa clínica, terapia celular, terapia gênica e na produção, controle e desenvolvimento 
de produtos biológicos ou de origem biotecnológica; 
Considerando que os Biólogos já atuam na área da Saúde Estética e compete ao Conselho 
Federal de Biologia baixar os atos necessários para sua regulamentação; 
Considerando que o Biólogo é profissional legal e tecnicamente habilitado para atuar em 
Saúde Estética; 
Considerando o aprovado pelo Plenário do CFBio em sua 18ª Sessão Plenária 
Extraordinária, realizada em 17 de dezembro de 2020; 
RESOLVE: 
 
Art. 1º Instituir normas e requisitos mínimos para habilitação e atuação do Biólogo na 
área de Saúde Estética. 
Art. 2º Para efeito desta Resolução aplicam-se os seguintes conceitos: 
I – Saúde Estética: área voltada à promoção, proteção, manutenção e recuperação da 
Saúde Estética do indivíduo, de forma a selecionar e aplicar procedimentos e recursos 
estéticos, utilizando-se para isto produtos cosméticos, biológicos, técnicas, equipamentos 
específicos, consultoria especializada e outros, tomando como base os conhecimentos em 
Fisiologia Estética (fisiologia do envelhecimento cutâneo, fisiologia celular e 
histogênese); 
II – Métodos e técnicas cirúrgicas: procedimentos que envolvem o corte ou a sutura 
manual de tecidos para tratar doenças, lesões ou deformidades; 
104 
 
III – Procedimento invasivo: caracterizado pela invasão dos orifícios naturais do corpo, 
atingindo órgãos internos. 
Art. 3º O Biólogo é profissional legalmente habilitado para atuar em atividades de Saúde 
Estética, de forma individual ou em equipes multidisciplinares de clínicas, centros, 
empresas, indústrias e instituições públicas e/ou privadas, desempenhando de maneira 
integral ou parcial todos os procedimentos, atividades e/ou funções técnicas relacionadas 
descritas nesta resolução, bem como a execução dos serviços, a responsabilidade pelo 
treinamento de equipes, inclusive a aquisição dos insumos necessários para execução dos 
procedimentos. 
Art. 4º O Biólogo poderá atuar em clínicas ou centros de estética, estabelecimentos 
comerciais, consultorias ou indústria de aparelhos, equipamentos e produtos específicos, 
considerando sempre os princípios e boas práticas da biossegurança. 
Parágrafo único. Compete ao Biólogo ainda a avaliação, aconselhamento e 
acompanhamento, gestão e marketing em negócios na área de Saúde Estética, além de 
coordenar ou ministrar cursos e treinamentos na área. 
Art. 5º O Biólogo habilitado em Saúde Estética, poderá trabalhar com os procedimentos 
constantes no Apêndice desta Resolução. 
Parágrafo único. Para os procedimentos executados pelo Biólogo em clientes, é 
obrigatório que o profissional comprove treinamento e/ou curso com prática presencial 
sobre cada técnica empregada no empreendimento. 
Art. 6º Para habilitação e atuação na área de Saúde Estética, é requisito mínimo possuir 
conhecimento em biologia celular, histologia humana, anatomia humana, química, 
bioquímica, biofísica, fisiologia humana, microbiologia, imunologia, parasitologia, 
farmacologia, biotecnologia, patologia geral, saúde estética, intercorrências dos 
procedimentos da saúde estética e primeiros socorros, além de estágio curricular 
supervisionado de 360 horas na graduação ou pós-graduação Lato sensu (Especialização). 
 
Art. 7º Para fins de solicitação do Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) para 
Pessoas Jurídicas emitida pelo Conselho Regional de Biologia, o Biólogo deverá possuir 
pós-graduação Lato sensu (Especialização) na área de Estética. 
 
Art. 8º O Biólogo, como Biólogo Esteta, Responsável Técnico, Diretor Técnico ou 
Consultor em Saúde Estética, atuará de forma ética e tecnicamente responsável, 
estabelecendo protocolos de segurança, procedimentos operacionais padrões, protocolos 
para possíveis intercorrências associadas aos procedimentos e primeiros socorros, 
possuindo ainda os manuais de aparelhos, fichas de segurança, bulas e documentos 
relacionados aos produtos utilizados e/ou armazenados no empreendimento, ou em 
paralelo ao marketing na exposição de produtos como consultor ou analista de produtos 
para estética. 
105 
 
Art. 9º Os Conselhos Regionais de Biologia – CRBios devem fomentar a criação de 
Grupos de Trabalho ou Comissões Especiais na área de Saúde Estética, para consultas e 
embasamento sobre decisões dos conselheiros. 
Art. 10. As atividades profissionais realizadas por Biólogos nas áreas ligadas à Saúde 
Estética estão sujeitas ao registro de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que 
será emitida de acordo com a(s) técnica(s)/procedimento(s) estético(s) executado(s) pelo 
Biólogo. 
Art. 11. A pessoa jurídica que possuir como responsável técnico um Biólogo, deverá ser 
devidamente inscrita e registrada no Conselho Regional de Biologia – CRBio de sua 
jurisdição, nos termos de Resolução CFBio específica. 
Art. 12. Para a emissão de laudos, pareceres, indicações, perícias, questões de 
biossegurança, controle de patógenos ou solicitações de produtos prontos ou manipulados 
para uso profissional e demais documentos técnico-científicos, o Biólogo deverá, 
obrigatoriamente, fazer constar conjuntamente com sua assinatura, sua identificação 
profissional e o número de registro no Conselho Regional de Biologia – CRBio de sua 
jurisdição. 
Art. 13. É vedado ao Biólogo sob qualquer hipótese a participação, indicação e/ou 
execução de métodos cirúrgicos e procedimentos estéticos invasivos, bem como de 
procedimentos e atividades para fins estéticos não descritos no Apêndice desta Resolução, 
sob pena de infração ao Código de Ética do Profissional Biólogo. 
Parágrafo único. Atividades e procedimentos novos e em caráter experimental, de forma 
individualizada ou em equipes multidisciplinares, respeitados os limites de atuação de 
cada profissional, deverão seguir as normas da Comissão Nacional de Ética emPesquisa 
(CONEP) e sua aceitação para início da pesquisa. 
Art. 14. Os equipamentos, insumos e produtos utilizados pelos Biólogos habilitados em 
Saúde Estética devem possuir registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA). 
Art. 15. O Biólogo poderá complementar sua formação por meio de educação continuada 
em instituições de ensino e pesquisa e/ou entidades como associações e conselhos 
profissionais, entre outros, ministrada por profissionais com titulação mínima de 
especialista em uma ou mais áreas ligadas à Saúde Estética. 
Art. 16. De acordo com o desenvolvimento da ciência, tecnologia, eficácia, segurança e 
a evolução do mercado de trabalho na área da Saúde Estética, poderão ser incorporadas 
outras atividades e procedimentos no Apêndice por deliberação do Plenário do CFBio. 
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. 
Maria Eduarda Lacerda de Larrazábal da Silva 
Presidente do CFBio 
106 
 
(Publicada no DOU, Seção 1, de 24/12/2020) 
APÊNDICE: 
 
Procedimentos em que o Biólogo habilitado em Saúde Estética poderá trabalhar: 
I – Orientação e Aconselhamento; 
II – Carboxiterapia; 
III – Cosmetologia; 
IV – Eletroterapia (sonoforese, iontoforese e radiofrequência); 
V – Eletrotermoterapia; 
VI – Estética facial e corporal; 
VII – Fototerapia; 
VIII – Intradermoterapia (bioestimuladores e ácido hialurônico); 
IX – Laserterapia; 
X – Mesoterapia/Intradermoterapia (inclusive pressurizada); 
XI – Microagulhamento; 
XII – Ozonioterapia; 
XIII – Peelings (físicos, químicos e enzimáticos); 
XIV – Produtos de origem botânica e outros de origem natural; 
XV – Terapia Celular e Regenerativa; 
XVI – Toxina botulínica; 
XVII – Tricologia; 
XVIII – Vácuo/endermologia. 
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107 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO XII 
Lei Federal nº 12.842/2013 –“Apenas é ato privativo do profissional da medicina a 
indicação da execução e a execução de procedimentos invasivos, os quais são 
considerados somente a invasão dos orifícios naturais do corpo que atinjam órgãos 
internos, sendo a pele um órgão externo; 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 12.842, DE 10 DE JULHO DE 2013. 
Mensagem de veto 
Vigência 
Dispõe sobre o exercício da Medicina. 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º O exercício da Medicina é regido pelas disposições desta Lei. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.842-2013?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Msg/VEP-287.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12842.htm#art8
108 
 
Art. 2º O objeto da atuação do médico é a saúde do ser humano e das coletividades 
humanas, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo, com o melhor de sua 
capacidade profissional e sem discriminação de qualquer natureza. 
Parágrafo único. O médico desenvolverá suas ações profissionais no campo da atenção à 
saúde para: 
I - a promoção, a proteção e a recuperação da saúde; 
II - a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças; 
III - a reabilitação dos enfermos e portadores de deficiências. 
Art. 3º O médico integrante da equipe de saúde que assiste o indivíduo ou a coletividade 
atuará em mútua colaboração com os demais profissionais de saúde que a compõem. 
Art. 4º São atividades privativas do médico: 
I - (VETADO); 
II - indicação e execução da intervenção cirúrgica e prescrição dos cuidados médicos pré 
e pós-operatórios; 
III - indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, 
terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares profundos, as biópsias e as 
endoscopias; 
IV - intubação traqueal; 
V - coordenação da estratégia ventilatória inicial para a ventilação mecânica invasiva, 
bem como das mudanças necessárias diante das intercorrências clínicas, e do programa 
de interrupção da ventilação mecânica invasiva, incluindo a desintubação traqueal; 
VI - execução de sedação profunda, bloqueios anestésicos e anestesia geral; 
VII - emissão de laudo dos exames endoscópicos e de imagem, dos procedimentos 
diagnósticos invasivos e dos exames anatomopatológicos; 
VIII - (VETADO); 
IX - (VETADO); 
X - determinação do prognóstico relativo ao diagnóstico nosológico; 
XI - indicação de internação e alta médica nos serviços de atenção à saúde; 
109 
 
XII - realização de perícia médica e exames médico-legais, excetuados os exames 
laboratoriais de análises clínicas, toxicológicas, genéticas e de biologia molecular; 
XIII - atestação médica de condições de saúde, doenças e possíveis sequelas; 
XIV - atestação do óbito, exceto em casos de morte natural em localidade em que não 
haja médico. 
§ 1º Diagnóstico nosológico é a determinação da doença que acomete o ser humano, aqui 
definida como interrupção, cessação ou distúrbio da função do corpo, sistema ou órgão, 
caracterizada por, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes critérios: 
I - agente etiológico reconhecido; 
II - grupo identificável de sinais ou sintomas; 
III - alterações anatômicas ou psicopatológicas. 
§ 2º (VETADO). 
§ 3º As doenças, para os efeitos desta Lei, encontram-se referenciadas na versão 
atualizada da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas 
Relacionados à Saúde. 
§ 4º Procedimentos invasivos, para os efeitos desta Lei, são os caracterizados por 
quaisquer das seguintes situações: 
I - (VETADO); 
II - (VETADO); 
III - invasão dos orifícios naturais do corpo, atingindo órgãos internos. 
§ 5º Excetuam-se do rol de atividades privativas do médico: 
I - (VETADO); 
II - (VETADO); 
III - aspiração nasofaringeana ou orotraqueal; 
IV - (VETADO); 
V - realização de curativo com desbridamento até o limite do tecido subcutâneo, sem a 
necessidade de tratamento cirúrgico; 
110 
 
VI - atendimento à pessoa sob risco de morte iminente; 
VII - realização de exames citopatológicos e seus respectivos laudos; 
VIII - coleta de material biológico para realização de análises clínico-laboratoriais; 
IX - procedimentos realizados através de orifícios naturais em estruturas anatômicas 
visando à recuperação físico-funcional e não comprometendo a estrutura celular e 
tecidual. 
§ 6º O disposto neste artigo não se aplica ao exercício da Odontologia, no âmbito de sua 
área de atuação. 
§ 7º O disposto neste artigo será aplicado de forma que sejam resguardadas as 
competências próprias das profissões de assistente social, biólogo, biomédico, 
enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de 
educação física, psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia. 
Art. 5º São privativos de médico: 
I - (VETADO); 
II - perícia e auditoria médicas; coordenação e supervisão vinculadas, de forma imediata 
e direta, às atividades privativas de médico; 
III - ensino de disciplinas especificamente médicas; 
IV - coordenação dos cursos de graduação em Medicina, dos programas de residência 
médica e dos cursos de pós-graduação específicos para médicos. 
Parágrafo único. A direção administrativa de serviços de saúde não constitui função 
privativa de médico. 
Art. 6º A denominação de “médico” é privativa dos graduados em cursos superiores de 
Medicina, e o exercício da profissão, dos inscritos no Conselho Regional de Medicina 
com jurisdição na respectiva unidade da Federação. 
Art. 6º A denominação ‘médico’ é privativa do graduado em curso superior de Medicina 
reconhecido e deverá constar obrigatoriamente dos diplomas emitidos por instituições de 
educação superior credenciadas na forma do art. 46 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996 (Lei de Diretrizes eBases da Educação Nacional), vedada a denominação 
‘bacharel em Medicina’. (Redação dada pela Lei nº 134.270, de 2016) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art46
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art46
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13270.htm#art1
111 
 
Art. 7º Compreende-se entre as competências do Conselho Federal de Medicina editar 
normas para definir o caráter experimental de procedimentos em Medicina, autorizando 
ou vedando a sua prática pelos médicos. 
Parágrafo único. A competência fiscalizadora dos Conselhos Regionais de Medicina 
abrange a fiscalização e o controle dos procedimentos especificados no caput , bem como 
a aplicação das sanções pertinentes em caso de inobservância das normas determinadas 
pelo Conselho Federal. 
Art. 8º Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após a data de sua publicação . 
Brasília, 10 de julho de 2013; 192º da Independência e 125º da República. 
DILMA ROUSSEFF 
Guido Mantega 
Manoel Dias 
Alexandre Rocha Santos Padilha 
Miriam Belchior 
Gilberto Carvalho 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.7.2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
112 
 
NOTA 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
MENSAGEM Nº 287, DE 10 DE JULHO DE 2013. 
Senhor Presidente do Senado Federal, 
Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1º do art. 66 da Constituição, 
decidi vetar parcialmente, por contrariedade ao interesse público, o Projeto de Lei nº 268, 
de 2002 (nº 7.703/06 na Câmara dos Deputados), que “Dispõe sobre o exercício da 
Medicina”. 
Ouvidos, os Ministérios da Saúde, do Planejamento, Orçamento e Gestão, da 
Fazenda e a Secretaria-Geral da Presidência da República manifestaram-se pelo veto aos 
seguintes dispositivos: 
Inciso I do caput e § 2º do art. 4º 
“I - formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica;” 
“§ 2º Não são privativos do médico os diagnósticos funcional, cinésio-funcional, 
psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades 
mental, sensorial e perceptocognitiva.” 
Razões dos vetos 
“O texto inviabiliza a manutenção de ações preconizadas em protocolos e diretrizes 
clínicas estabelecidas no Sistema Único de Saúde e em rotinas e protocolos consagrados 
nos estabelecimentos privados de saúde. Da forma como foi redigido, o inciso I impediria 
a continuidade de inúmeros programas do Sistema Único de Saúde que funcionam a partir 
da atuação integrada dos profissionais de saúde, contando, inclusive, com a realização do 
diagnóstico nosológico por profissionais de outras áreas que não a médica. É o caso dos 
programas de prevenção e controle à malária, tuberculose, hanseníase e doenças 
sexualmente transmissíveis, dentre outros. Assim, a sanção do texto poderia comprometer 
as políticas públicas da área de saúde, além de introduzir elevado risco de judicialização 
da matéria. 
O veto do inciso I implica também o veto do § 2º , sob pena de inverter 
completamente o seu sentido. Por tais motivos, o Poder Executivo apresentará nova 
proposta que mantenha a conceituação técnica adotada, porém compatibilizando-a com 
as práticas do Sistema Único de Saúde e dos estabelecimentos privados.” 
113 
 
Os Ministérios da Saúde, do Planejamento, Orçamento e Gestão e a Secretaria-
Geral da Presidência da República opinaram, ainda, pelo veto aos dispositivos a seguir 
transcritos: 
Incisos VIII e IX do art. 4º 
“VIII - indicação do uso de órteses e próteses, exceto as órteses de uso temporário; 
IX - prescrição de órteses e próteses oftalmológicas;” 
Razões dos vetos 
“Os dispositivos impossibilitam a atuação de outros profissionais que usualmente 
já prescrevem, confeccionam e acompanham o uso de órteses e próteses que, por suas 
especificidades, não requerem indicação médica. Tais competências já estão inclusive 
reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde e pelas diretrizes curriculares de diversos 
cursos de graduação na área de saúde. Trata-se, no caso do inciso VIII, dos calçados 
ortopédicos, das muletas axilares, das próteses mamárias, das cadeiras de rodas, dos 
andadores, das próteses auditivas, dentre outras. No caso do inciso IX, a Organização 
Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde já reconhecem o papel de 
profissionais não médicos no atendimento de saúde visual, entendimento este que vem 
sendo respaldado no País pelo Superior Tribunal de Justiça. A manutenção do texto teria 
um impacto negativo sobre o atendimento à saúde nessas hipóteses.” 
Incisos I e II do § 4º do art. 4º 
“I - invasão da epiderme e derme com o uso de produtos químicos ou abrasivos; 
II - invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo para injeção, sucção, punção, 
insuflação, drenagem, instilação ou enxertia, com ou sem o uso de agentes químicos ou 
físicos;” 
Razões dos vetos 
“Ao caracterizar de maneira ampla e imprecisa o que seriam procedimentos 
invasivos, os dois dispositivos atribuem privativamente aos profissionais médicos um rol 
extenso de procedimentos, incluindo alguns que já estão consagrados no Sistema Único 
de Saúde a partir de uma perspectiva multiprofissional. Em particular, o projeto de lei 
restringe a execução de punções e drenagens e transforma a prática da acupuntura em 
privativa dos médicos, restringindo as possibilidades de atenção à saúde e contrariando a 
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde. 
O Poder Executivo apresentará nova proposta para caracterizar com precisão tais 
procedimentos.” 
114 
 
Incisos I, II e IV do § 5º do art. 4º 
“I - aplicação de injeções subcutâneas, intradérmicas, intramusculares e 
intravenosas, de acordo com a prescrição médica; 
II - cateterização nasofaringeana, orotraqueal, esofágica, gástrica, enteral, anal, 
vesical, e venosa periférica, de acordo com a prescrição médica;” 
“IV - punções venosa e arterial periféricas, de acordo com a prescrição médica;” 
Razões dos vetos 
“Ao condicionar os procedimentos à prescrição médica, os dispositivos podem 
impactar significativamente o atendimento nos estabelecimentos privados de saúde e as 
políticas públicas do Sistema Único de Saúde, como o desenvolvimento das campanhas 
de vacinação. Embora esses procedimentos comumente necessitem de uma avaliação 
médica, há situações em que podem ser executados por outros profissionais de saúde sem 
a obrigatoriedade da referida prescrição médica, baseados em protocolos do Sistema 
Único de Saúde e dos estabelecimentos privados.” 
Inciso I do art. 5º 
“I - direção e chefia de serviços médicos;” 
Razões dos vetos 
“Ao não incluir uma definição precisa de ‘serviços médicos’, o projeto de lei causa 
insegurança sobre a amplitude de sua aplicação. O Poder Executivo apresentará uma nova 
proposta que preservará a lógica do texto, mas conceituará o termo de forma clara.” 
Essas, Senhor Presidente, as razões que me levaram a vetar os dispositivos acima 
mencionados do projeto em causa, as quais ora submeto à elevada apreciação dos 
Senhores Membros do Congresso Nacional. 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.7.2013 
 
 
 
 
 
115 
 
NOTA. 
Art. 6º A denominação ‘médico’ é privativa do graduado em curso superior de Medicina 
reconhecido e deverá constar obrigatoriamente dos diplomas emitidos por instituições de 
educação superior credenciadas na forma do art. 46 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), vedada a denominação 
‘bacharel em Medicina’. (Redação dada pela Lei nº 134.270, de 2016) 
Presidência da República. 
Secretária-geral. 
Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
LEI Nº 13.270, DE 13 DE ABRIL DE 2016. 
Altera o art. 6º da Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013, que dispõe sobre o exercício da 
Medicina. 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º O art. 6º da Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013 , passa avigorar com a seguinte 
redação: 
“ Art. 6º A denominação ‘médico’ é privativa do graduado em curso superior de Medicina 
reconhecido e deverá constar obrigatoriamente dos diplomas emitidos por instituições de 
educação superior credenciadas na forma do art. 46 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) , vedada a denominação 
‘bacharel em Medicina’.” (NR) 
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 13 de abril de 2016; 195º da Independência e 128º da República. 
DILMA ROUSSEFF 
Aloizio Mercadante 
Marcelo Costa e Castro 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 14.4.2016 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art46
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art46
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13270.htm#art1
116 
 
 
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
ÁREA SAÚDE HUMANA 
CESAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA 
Prática Laboratorial de Análises Clínicas no contexto legal e do exercício técnico 
profissional do Biólogo. 
ANEXO XIII 
NOTA DO RGANIZADOR – TCC-PÓS-GRADUAÇÃO 
RDC 302/2005 – ANVISA – A importância para os laboratórios dos cientistas, inclusive 
BIOLOGOS. 
Guia de RDC da Anvisa: principais resoluções do setor de atendimento público e privado 
à Saúde Humana. RDC, da Anvisa, é a sigla para Resolução da Diretoria Colegiada. O 
atendimento a saúde pública para ser seguro, é preciso que o Estado estabeleça rígidos 
padrões sanitários. As RDCs, junto a outras certificações relevantes para o Analista 
Clínico, são parte fundamental desse processo de controle sanitário. Descumprir uma 
RDC pode implicar em crime sanitário, além de resultar em uma série de prejuízos 
financeiros e de credibilidade para as empresas. Em outra oportunidade estaremos 
publicando um guia com algumas das principais RDCs para o setor de Análises Clínicas. 
Bem como outras certificações, que podem fazer a diferença para empresas de assistência 
técnica-médica. 
Vamos inserir neste ANEXO a RDC 302/2005, que é o Regulamento Técnico criado pela 
ANVISA que determina as normas de funcionamento dos laboratórios de análises 
clínicas. Sendo assim, é fundamental para os gestores dessa área conhecê-la para estar em 
conformidade com suas orientações. Além disso, com o aumento na concorrência e no 
117 
 
nível de exigência dos pacientes, é fundamental contar com um regulamento que agregue 
qualidade e confiança aos serviços prestados. 
Entende-se que no presente artigo, por trata-se de uma especialização destinada ao título 
de ANALISTA CLÍNICO (MEDICINA HUMANA) o tema seja abordado, em particular 
os principais pontos refutados relevantes na RDC para laboratório de análises clínicas. 
Condições gerais da RDC 302/2005. 
As condições gerais da RDC 302/2005 tratam dos pontos básicos para o oferecimento dos 
serviços laboratoriais. Dentre os aspectos abordados, vamos destacar: 
Organização. 
Nesse item são dispostas as diretrizes sobre os aspectos organizacionais. Dessa forma, ele 
começa determinando a obrigatoriedade de um alvará de funcionamento junto a um órgão 
sanitário responsável, bem como a necessidade de ter um profissional legalmente 
habilitado como responsável técnico. 
Outro ponto importante é que o laboratório deve estar inscrito no Cadastro Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde — CNES. Além disso, a direção do estabelecimento deve 
garantir sua gestão administrativa de uma forma geral. 
Recursos humanos. 
Com relação aos recursos humanos, a RDC 302/2005 determina pontos comuns com 
outros tipos de estabelecimentos, como a obrigatoriedade do exame médico admissional. 
Entretanto, também dispõe sobre alguns pontos mais específicos, como a garantia de 
vacinação de toda a equipe e seu treinamento frequente. 
Equipamentos, instrumentos e produtos para diagnósticos. 
Com relação aos equipamentos e instrumentos utilizados nos laboratórios de análises 
clínicas, a norma prevê que eles devem ser autorizados pela Anvisa. Além disso, devem 
ter instruções de uso em português e precisam passar por manutenção e calibragem 
conforme a indicação do fabricante. 
Já os produtos para diagnósticos de uso in vitro, além da liberação da ANVISA, devem 
estar devidamente identificados e sua rastreabilidade deve ser garantida. 
Descarte de resíduos e biossegurança dos laboratórios. 
De acordo com o documento, JURÍDICO-SANITÁRIO o laboratório clínico deve 
implantar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), que 
deve ser elaborado com base na RDC/ANVISA n° 306 de 07/12/2004. 
118 
 
Do ponto de vista da biossegurança, ele deve disponibilizar instruções para os 
funcionários sobre condutas, utilização dos equipamentos de proteção, procedimentos em 
caso de incidentes, entre outros. 
Processos operacionais da RDC 302/2005. 
Depois das disposições mais gerais, a RDC 302/2005 aborda questões relativas aos 
procedimentos operacionais. Essas diretrizes foram separadas em 3 grupos, que citaremos 
em ANEXO. Reproduzindo a norma integralmente. 
Fase pré-analítica. 
A fase pré-analítica envolve o processo de atendimento ao paciente, a coleta e o possível 
transporte do material a ser analisado. Nessa fase, a regulamentação prevê que o 
laboratório deve fornecer orientação eficaz aos pacientes. 
Além disso, o atendimento deve ser registrado de forma a garantir que suas informações 
possam ser consultadas posteriormente. 
Outro ponto relevante nessa fase é a identificação das amostras. Elas devem, também, ser 
armazenadas de forma adequada, atentando-se àquelas que necessitam de isolamento 
térmico ou refrigeração. 
Fase analítica. 
As orientações sobre a fase analítica envolvem os processos diretamente ligados às 
análises das amostras. A começar pela documentação sobre os procedimentos realizados 
na unidade, tais como a relação e as instruções aos funcionários sobre cada um deles. 
Um ponto importante é que o local deve estar preparado para atender a pedidos de exames 
de urgência. 
A norma permite o auxílio de laboratórios de apoio, desde que eles também cumpram 
com suas diretrizes. Nesses casos, o laboratório é responsável por eles. 
Nos casos de exames de HIV e de doenças de notificação compulsória, o estabelecimento 
deve emitir o comunicado ao órgão competente, seguindo as legislações cabíveis. Por 
fim, as informações referentes às análises devem ficar disponíveis pelo período de 5 anos. 
Fase pós-analítica. 
As orientações sobre a fase pós-analítica referem-se, basicamente, ao laudo emitido no 
final da análise. Esse documento deve conter as informações de forma legível e deve ser 
assinado pelo técnico responsável. 
119 
 
É importante ressaltar que informações sobre restrições de pacientes no momento da 
coleta da amostra devem constar no resultado, principalmente quando elas podem 
interferir em sua interpretação. 
Garantia e controle da qualidade. 
De acordo com a RDC 302/2005, o laboratório deve garantir a qualidade dos 
procedimentos por meio de controles internos e externos, conforme abordaremos abaixo. 
Controle interno. 
O laboratório deve monitorar o processo analítico por meio da análise das amostras 
controle. Essas análises devem ter seus resultados registrados para comprovações 
posteriores. Além disso, devem ser determinados seus critérios de aceitação. 
É importante lembrar que as análises das amostras controle devem ser feitas da mesma 
forma que as das amostras de pacientes, para garantir a confiabilidade do processo. 
Controle externo. 
O controle externo consiste na participação do laboratório clínico em Ensaios de 
Proficiência para todos os exames realizados na sua rotina. Assim como no controle 
interno, as amostras controle são analisadas da mesma forma que as amostras de 
pacientes. 
A diferença é que os resultados são submetidos a uma empresa externa, regulamentada 
pela ANVISA. Assim é possível garantir uma avaliaçãoimparcial e confiável. 
A importância de seguir a RDC 302/2005. 
Depois de conhecer melhor essa regulamentação, podemos perceber que existem diversos 
pontos a serem cumpridos. Se por um lado, as exigências são muitas, por outro, elas 
garantem mais confiabilidade tanto para o laboratório quanto para os pacientes. 
Sendo assim, o cumprimento da legislação proporciona diversos benefícios. O primeiro 
deles é a melhoria na qualidade do serviço prestado. Afinal, as normas são criadas com 
base em critérios estudados por anos para atender às necessidades da população. 
Outra vantagem a ser destacada é o aumento da confiança dos pacientes em seu 
estabelecimento. Portanto, ao saber que o local cumpre com toda as exigência legais, as 
pessoas se sentem mais seguras e propensas a optar por ele. 
Por fim, é importante ressaltar que o não cumprimento das normas gera consequências. 
A mais grave delas é um aumento nos riscos de contaminação e a imprecisão dos 
120 
 
resultados das análises. Além disso, podem ser aplicadas punições, como multas e 
suspensões, gerando prejuízos financeiros. 
Sendo assim, o melhor a fazer é seguir à risca a RDC 302/2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
121 
 
ADVERTÊNCIA 
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União 
 
Ministério da Saúde 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
RESOLUÇÃO Nº 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005 
HTTPS://BVSMS.SAUDE.GOV.BR/BVS/SAUDELEGIS/ANVISA/2005/RES0302
_13_10_2005.HTML 
Dispõe sobre Regulamento 
Técnico para funcionamento 
de Laboratórios Clínicos. 
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da 
atribuição que lhe confere o art.11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado 
pelo Decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º do art.111 do Regimento Interno 
aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de 
dezembro de 2000, em reunião realizada em 10 de outubro de 2005; 
Considerando as disposições constitucionais e a Lei Federal nº 8080 de 19 de 
setembro de 1990 que trata das condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, como direito fundamental do ser humano 
; 
Considerando a necessidade de normalização do funcionamento do Laboratório 
Clínico e Posto de Coleta Laboratorial; 
Considerando a relevância da qualidade dos exames laboratoriais para apoio ao 
diagnóstico eficaz, adota a seguinte Resolução 
da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente substituto, determino a sua publicação: 
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para funcionamento dos serviços que 
realizam atividades laboratoriais, tais como Laboratório Clinico, e Posto de Coleta 
Laboratorial, em anexo. 
Art. 2º Estabelecer que a construção, reforma ou adaptação na estrutura física do 
laboratório clínico e posto de coleta laboratorial deve ser precedida de aprovação do 
projeto junto à autoridade sanitária local em conformidade com a RDC/ANVISA nº. 50, 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/res0302_13_10_2005.html
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/res0302_13_10_2005.html
122 
 
de 21 de fevereiro de 2002, e RDC/ANVISA nº. 189, de 18 de julho de 2003 suas 
atualizações ou instrumento legal que venha a substituí-las. 
Art. 3º As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal devem 
implementar os procedimentos para adoção do Regulamento Técnico estabelecido por 
esta RDC, podendo adotar normas de caráter suplementar, com a finalidade de adequá-lo 
às especificidades locais. 
Art. 4º O descumprimento das determinações deste Regulamento Técnico constitui 
infração de natureza sanitária sujeitando o 
infrator a processo e penalidades previstas na Lei nº. 6437, de 20 de agosto de 1977, suas 
atualizações, ou instrumento legal que venha a substituí-la, sem prejuízo das 
responsabilidades penal e civil cabíveis. 
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
FRANKLIN RUBINSTEIN 
ANEXO 
ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE 
LABORATÓRIOS CLÍNICOS 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/anexo/anexo_res0302_13_10_2005.pdf 
Saúde Legis - Sistema de Legislação da saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/anexo/anexo_res0302_13_10_2005.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/anexo/anexo_res0302_13_10_2005.pdf
http://www.saude.gov.br/saudelegis
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