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CONTABILIDADE AVANÇADA 
Apostila e Caderno de Exercícios 
 
Ao final dessa disciplina, o aluno deve estar apto a: Aplicação 
prática da Lei nº 6.404/1976 com as alterações vigentes, 
segundo as orientações emanadas pelo Comitê de 
Pronunciamentos contábeis - CPC e CVM, seguindo as normas 
e práticas contábeis nacionais e internacionais (Atualizada 
conforme a Lei 11.638/2007 e Medida Provisória 449/2008, 
convertida na Lei 11.941/2009.. 
 
Prof. Ms. Marcelo J. Lemos 
2014 
 
 Contabilidade Avançada 
Prof. Ms Marcelo J. Lemos 
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1. OS GRUPOS PATRIMONIAIS SEGUNDO A LEI N.º 6.404/1976 
 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil estática, que tem por finalidade evidenciar, de forma 
quantitativa e qualitativa, a situação patrimonial e financeira da empresa num determinado momento. Geralmente é 
elaborado no final do exercício social juntamente com outras demonstrações contábeis/financeiras, com a finalidade de 
avaliar a gestão, mas pode ser elaborado gerencialmente no momento que a empresa dele necessitar. 
 
1.1 O ATIVO 
 
O art. 178 da lei n.º 6.404/76, com a nova redação da Lei n.º 11.941/2009 em seu § 1º estabelece: 
 
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos 
seguintes grupos: 
 
I. Ativo circulante 
II. Ativo não circulante, subdividido em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
 
O ativo compreende os recursos da empresa capazes de gerar fluxos futuros de caixa e são representados por bens e 
direitos. No ativo as contas serão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez, ou seja, primeiro deverá ser 
classificado o bem de maior liquidez e assim sucessivamente, de acordo com o prazo em que o bem ou direito se 
converterá em dinheiro. Os subgrupos das contas do ativo serão classificados da seguinte forma: 
 
Ativo Circulante 
 Disponibilidades 
 Direitos realizáveis 
 Pagamentos antecipados 
 
Ativo não circulante 
 Realizável a longo prazo 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível 
 
O Pronunciamento Técnico CPC 26, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, trata da apresentação das 
Demonstrações Contábeis. Essa Norma, nos itens 66 a 68, trata da nova estrutura para o ativo no Balanço Patrimonial, 
em consonância com os padrões internacionais de contabilidade e com o art. 178 da Lei das Sociedades por ações. 
 
1.1.1 O Ativo Circulante - o art. 179 da Lei n.º 6.404/76 estabelece em seu inciso I os componentes do ativo 
circulante: 
 
I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as 
aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. 
 
Sinteticamente podemos afirmar que serão classificados no ativo circulante o dinheiro em caixa e os bens e direitos 
que serão transformados em dinheiro durante o ciclo operacional da empresa, além das despesas do exercício seguinte, 
que tecnicamente seriam melhor denominadas de pagamentos antecipados, tendo em vista que só se transformarão em 
despesas em função do tempo decorrido. 
 
Disponibilidades: nesse subgrupo são classificados o dinheiro em caixa, os depósitos bancários à vista, as aplicações 
financeiras de liquidez imediata e os numerários em trânsito. Resumidamente, representam dinheiro em mãos e aqueles 
depositados em bancos, ou seja, os recursos disponíveis na data da elaboração das Demonstrações Contábeis. 
 
Ex.: caixa, bancos, aplicações de liquidez imediata e numerário em trânsito. 
 
Direitos Realizáveis (créditos): nesse subgrupo são classificados os direitos de créditos oriundos de receitas de vendas a 
prazo, de mercadorias e serviços a clientes, ou decorrentes de outras transações que geram valores a receber. Também se 
classificam nesse subgrupo os estoques de mercadorias para revenda, matérias-primas, produtos em elaboração e 
produtos acabados. Já a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC) T-3 classifica os estoques em subgrupo separado, 
com o objetivo de destacá-lo, por representar valores significativos do ativo circulante nas empresas comerciais e 
industriais. 
 
 Contabilidade Avançada 
Prof. Ms Marcelo J. Lemos 
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Ex.: clientes, duplicatas a receber, aluguéis a receber, provisão para crédito de liquidação duvidosa, estoques, 
adiantamentos a fornecedores, impostos a recuperar, duplicatas descontadas, contas a receber, adiantamento de viagens, 
etc. 
 
Despesas do Exercício Seguinte: são classificados nesse grupo os valores referentes a pagamento antecipados que 
deverão ser apropriados como despesas no decurso do exercício social atual e o seguinte, pelo regime de competência. 
Referem-se a aplicações de recursos em despesas que deverão constituir um direito da entidade. Resumidamente, 
engloba todas as despesas não incorridas contratadas junto a terceiros, cuja contraprestação de serviço ainda não foi 
realizada. 
 
Ex.: assinaturas pagas antecipadamente, seguros pagos antecipadamente e aluguéis pagos antecipadamente. 
 
1.1.2 O Ativo Não Circulante 
 
Realizável a longo prazo - o art. 179 da Lei n.º 6.404/76 estabelece em seu inciso II os componentes do ativo realizável 
a longo prazo: 
 
II – No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os 
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (art. 243), diretores, 
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da 
companhia. 
 
A classificação no longo prazo, conforme o texto legal obedece a dois fatores determinantes: o tempo e a condição 
do devedor. Com relação ao fator tempo, devem ser classificados no realizável a longo prazo, os direitos realizáveis 
após o término do exercício seguinte. Com relação à condição do devedor, é irrelevante o prazo de realização quando se 
tratar de empréstimos ou adiantamentos, em dinheiro, a diretor, acionista, coligada ou controlada, 
sendo considerados no realizável a longo prazo, ainda que o prazo para pagamento do empréstimo ou adiantamento seja 
fixado no curto prazo, desde que o ato de conceder empréstimos não seja objeto de exploração da companhia (atividade 
operacional). 
 
Ex.: contas a receber a longo prazo, empréstimos a controladas, empréstimos a sócios, empréstimos compulsórios, 
depósitos judiciais, adiantamento a diretores, adiantamento a controladas, etc. 
 
Investimentos - o art. 179 da Lei n.º 6.404/76 estabelece em seu inciso III: 
 
III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza não 
classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou empresa. 
 
São classificados no subgrupo investimentos as participações societárias a título de ações ou quotas, com o objetivo 
de permanência em outras sociedades, e os direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante, realizável 
a longo prazo, imobilizado ou intangível. 
 
Ex.: participações em controladas, participações em outras empresas, participações em incentivos fiscais, obras de arte, 
imóveis de renda, etc. 
 
Imobilizado – o art. 179 da Lei n.º 6.404/76 estabelece em seu inciso IV: 
 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da 
companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à 
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 
 
Os direitos classificados no ativo imobilizado têm por objeto bens corpóreos,móveis ou imóveis. A forma de 
utilização ou o destino do bem é o elemento essencial para a sua classificação contábil, ou seja, o imobilizado representa 
os recursos aplicados na exploração do objeto social e na manutenção das atividades da companhia. 
 
A distinção entre os direitos que tenham por objeto bens destinados a manter a atividade da companhia e os direitos 
exercidos com essa finalidade serve para justificar a inclusão de determinados direitos de crédito no imobilizado, tais 
como os adiantamentos a fornecedores de bens destinados ao ativo imobilizado. 
 
As culturas permanentes, por serem verdadeiras máquinas a produzir os produtos a serem vendidos pela entidade, 
devem ser classificadas no ativo imobilizado. Seus produtos como o café, maçã, laranja, bananas, toras, postes, etc. 
figurarão nos estoques. As culturas permanentes, contabilmente falando, possuem as seguintes características: 
 
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 têm prazo de maturação e produção superior a um ano; 
 produz mais de uma vez em sua vida útil econômica, ou 
 ainda que produza uma única vez, tenha prazo de maturação e produção superior a pelo menos dois anos. 
 
Ex.: terrenos em uso, prédios (imóveis de uso), instalações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, veículos, 
equipamentos de informática, animais de tração, animais de reprodução, florestas formadas e respectivas contas de 
depreciação, amortização e exaustão. 
 
A lei n.º 11.941/2009 revogou o inciso V do art. 179 da Lei n.º 6.404/76 que tratava do subgrupo Diferido. Nesse 
subgrupo eram classificadas as despesas pré-operacionais, gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e 
os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e 
que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional. Com a extinção desse 
subgrupo, as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação serão registrados como despesas do 
período. 
 
Já os gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos passam a ser registrado no intangível. A 
extinção desse subgrupo se justifica pelo fato de não ser contemplado pelas Normais Internacionais de Contabilidade. 
 
Intangível – o art. 179 da Lei n.º 6.404/76 estabelece em seu inciso VI: 
 
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
 
Com as mudanças introduzidas pela Lei n.º 11.638/2007, ficam definitivamente separados os bens materiais, que 
serão classificados no imobilizado, dos bens imateriais, que serão classificados no intangível. 
 
Ex.: marcas, fundo de comércio, direito de exploração de processo industrial (patentes), etc. 
 
1.2 O PASSIVO 
 
O art. 178 da Lei n.º 6.404/76 estabelece em seu § 2º: 
 
“§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
 
I. Passivo circulante; 
 
II. Passivo não circulante; e 
 
III. Patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de 
lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
 
Embora a Lei trate o patrimônio dividido em dois grandes grupos, o ativo e o passivo, a realidade evidencia a 
existência de três grandes grupos patrimoniais: o ativo, o passivo e o patrimônio líquido, tendo em vista que este último 
não pode ser considerado como capital de terceiros. O lado direito do Balanço Patrimonial é representado pelas origens 
de recursos de terceiros, o passivo exigível, e pelas origens de recursos próprios, o patrimônio líquido, embora no texto 
legal o passivo englobe inclusive o patrimônio líquido. 
 
No passivo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de exigibilidade dos elementos nelas registrados, ou 
seja, quanto menor o prazo de vencimento da obrigação, mais no início do passivo ela deve ser classificada. 
 
Na prática esse tratamento torna-se inviável devido ao grande volume de transações que ocorrem nas entidades. Dessa 
forma, considera-se apenas a divisão em curto e longo prazo para atender a esse dispositivo da Lei. O passivo exigível é 
subdivido nos seguintes grupos: 
 
I. Passivo Circulante 
II. Passivo não circulante 
 
O Pronunciamento Técnico CPC 26, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, trata da apresentação das 
Demonstrações Contábeis. Essa Norma, nos itens 69 a 76, trata da estrutura do passivo no Balanço Patrimonial, em 
consonância com os padrões internacionais de contabilidade e com o art. 180 da Lei das Sociedades por ações. O 
passivo é estruturado da seguinte forma: 
 
Passivo Circulante 
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 Obrigações operacionais de curto prazo 
 Provisões 
 Empréstimos de curto prazo 
 
Passivo Não-circulante 
 Exigível a longo prazo 
 Resultados não realizados 
 
1.2.1 Passivo Exigível – o art. 180 da Lei n.º 6.404/76 estabelece: “as obrigações da companhia, inclusive 
financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando 
vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior... 
 
1.2.1.1 – Passivo Circulante 
 
Nesse subgrupo do passivo exigível são classificadas as obrigações da entidade cujo prazo de vencimento ocorra 
até o término do exercício seguinte. A classificação das obrigações no passivo circulante obedecerá aos mesmos 
critérios do ativo circulante no que se refere a prazo de vencimento, ou seja, o que ultrapassar o ciclo operacional ou o 
exercício seguinte será classificado no não circulante. 
 
No passivo circulante devem ser registradas tanto as obrigações formalizadas quanto as não formalizadas, que 
devem ser registradas por meio de provisões, com base em valores estimados, desde que o risco seja conhecido ou 
calculável. 
 
Exemplos: fornecedores, contas a pagar, financiamentos a pagar, energia elétrica a pagar, prêmio de seguros a pagar, 
dividendos a pagar, salários a pagar, provisão para imposto de renda, contribuição social sobre o lucro líquido a pagar, 
provisão para férias e encargos sociais, provisão para décimo terceiro e encargos sociais, adiantamento de clientes, etc. 
 
1.2.1.2 – Passivo Não Circulante 
 
Nesse subgrupo do passivo exigível são classificadas as obrigações da companhia cujo vencimento ocorra após o 
término do exercício seguinte, ou seja, referem-se aos mesmos itens classificados no passivo circulante, mas que tenham 
vencimento em prazo superior ao ciclo operacional ou após o exercício seguinte. 
 
Exemplos: fornecedores, financiamentos a pagar, debêntures a pagar, provisão para imposto de Renda diferido, etc. 
 
A Lei n.º 11.941/2009 revogou o art. 181 da Lei n.º 6.404/76, que tratava do subgrupo resultados de exercícios 
futuros, assim entendidas as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes. 
Nesse subgrupo eram classificadas as receitas recebidas antecipadamente, já deduzidas as despesas a elas 
correspondentes. Geralmente eram registrados nesse subgrupo os contratos de longo prazo, especialmente transações 
referentes a atividades de compra e venda, incorporação e construção de imóveis. As receitas de exercícios futuros 
correspondiam a um acréscimo no ativo da companhia que ocorre antes de a companhia cumprir sua obrigação 
contratual, que normalmente corresponde à entrega da coisa vendida, ou à prestação do serviço contratado. Com a 
eliminação desse subgrupo do passivo, as receitas recebidasantecipadamente e as despesas a elas correspondentes, 
passam a ser registradas no passivo não circulante na conta de resultados não realizados. 
 
Exemplos: aluguéis recebidos antecipadamente (não reembolsáveis). 
 
1.3 O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
De uma forma simplista, o patrimônio líquido ou passivo não exigível, pode ser conceituado como a diferença 
entre o ativo e o passivo exigível. Segundo Perez Júnior e Begalli (2002, p. 22) o patrimônio líquido é composto pelos 
recursos aplicados pelos proprietários e pelos resultados gerados pelas atividades, em outras palavras, corresponde ao 
capital aplicado pelos sócios, às apropriações dos resultados e aos resultados acumulados. 
 
As contas que compõem o patrimônio líquido não obedecem a um critério de classificação, tendo em vista a sua 
condição de não exigível. Conforme dispõe a Lei das Sociedades por Ações, as contas do patrimônio líquido são 
dispostas na seguinte ordem: Capital Social, Reservas de Capital, ajustes de avaliação patrimonial, Reservas de Lucros, 
ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
 
A Lei n.º 11.638/2007 promoveu algumas mudanças na composição do patrimônio líquido, dentre as mais 
importantes, a extinção das reservas de reavaliação, sendo substituída pelos ajustes de avaliação patrimonial e a extinção 
da conta lucros acumulados, restando apenas a conta de prejuízos acumulados. Dessa forma, todo resultado positivo 
(lucros) deve ser totalmente distribuído, sendo que esse dispositivo vale apenas para as entidades de capital aberto e de 
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grande porte, de conformidade com o Art. 195-A, parágrafo único da Lei n° 6.404/1976, considera-se de grande porte, 
para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício 
social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual 
superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais). 
 
1.3.1 Capital Social 
 
Representa o investimento inicial dos sócios (acionistas ou quotistas) bem como à parte do lucro ou reservas 
incorporadas ao capital. A conta capital social discriminará o montante subscrito ou integralizado e, por dedução, a 
parcela ainda não integralizada. O capital social será dividido em partes, denominadas de ações ou quotas, que se 
configuram como a menor parcela do capital social. 
 
1.3.2 Reservas de capital 
 
São acréscimos ao patrimônio líquido que, na maioria das vezes, são utilizadas para aumento de capital. São 
originadas de contribuições dos acionistas que ultrapassarem o valor nominal das ações, de alienação de partes 
beneficiárias e de bônus de subscrição. Vale salientar que essas reservas não são originadas do resultado do exercício. 
Só poderão ser utilizadas para absorver prejuízos e para incorporação ao capital social. 
 
De acordo com o § 1º do Art. 182 da Lei das S/A, são reservas de capital: 
 
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem 
valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em 
ações de debêntures ou partes beneficiárias; 
 
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
 
c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007); e 
 
d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007). 
 
Os itens “c” e “d” correspondiam, respectivamente, ao prêmio recebido na emissão de debêntures e às doações e 
subvenções para investimentos, que deixam de ser reservas de capital e passam a ser contabilizadas diretamente na 
Demonstração de Resultado como receitas. As doações e subvenções para investimentos poderão ser consideradas 
receitas e registradas na Demonstração de Resultado do Exercício, como poderão ser destinadas à formação da Reservas 
de incentivos fiscais, que é uma reserva de lucro. 
 
1.3.3 Ajustes de avaliação patrimonial 
 
A reserva de reavaliação consistia em nova avaliação de itens do ativo permanente pelo seu valor de mercado e 
ocorria normalmente quando o item estava registrado por um valor defasado em relação ao seu real valor de mercado. 
Segundo alguns autores, esse procedimento contrariava o Princípio Contábil do registro pelo valor original e o da 
Prudência. Por esse motivo, a reserva de reavaliação foi extinta com a entrada em vigor da Lei n.º 11.638, cedendo lugar 
ao ajuste de avaliação patrimonial, em consonância com as práticas contábeis internacionais. Portanto, serão 
classificadas como ajuste de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência 
ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do 
passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. 
 
1.3.4 Reservas de lucros 
 
São as apropriações de lucros da empresa e possuem o objetivo de fortalecer e manter a integridade do capital. São 
classificadas da seguinte forma: 
 
 Reserva legal 
 Reservas estatutárias 
 Reserva para contingências 
 Reservas de incentivos fiscais 
 Reservas de retenção de lucros 
 Reservas de lucros a realizar. 
 
1.3.5 Prejuízos acumulados 
 
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Representa a soma dos resultados negativos acumulados pela entidade ao longo de sua existência. A existência de 
resultados negativos (prejuízos) acumulados ocorre quando o montante desse valor superar as reservas de capital e de 
lucros. 
 
1.4 AS CONTAS RETIFICADORAS 
 
As contas retificadoras aparecem na estrutura do Balanço Patrimonial com os saldos negativos, reduzindo o valor 
dos itens patrimoniais a que se referem. Existem contas retificadoras do ativo, do passivo e do patrimônio líquido. 
Dentre as principais contas retificadoras, podemos citar as seguintes: 
 
No ativo circulante 
 
 provisão para créditos incobráveis (provisão para devedores duvidosos) 
 duplicatas descontadas 
 provisão para desvalorização 
 provisão para perdas 
 
As provisões retificadoras do ativo circulante possuem o objetivo de ajustar esses itens ao seu valor provável de 
realização. Tais provisões são contabilizadas a débito de uma conta de despesa e a crédito de uma conta de provisão que 
identifique a natureza da perda estimada. 
 
No ativo não circulante 
 
 depreciação acumulada 
 exaustão acumulada 
 amortização acumulada 
 ajuste a valor presente 
 
As contas de depreciação, exaustão e amortização têm a finalidade de ajustar os valores desses bens e direitos do 
ativo permanente em função de sua vida útil e da perda da capacidade de geração de fluxos de caixa para a entidade. A 
depreciação representa a perda da eficiência funcional dos bens tangíveis sujeitos a desgastes ou perda de utilidade em 
função da ação da natureza, do uso e da obsolescência. A exaustão representa a perda de valor, decorrente da 
exploração, dos direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais. A amortização representa a perda de valor do 
capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade industrial (patentes) ou comercial (marcas) e quaisquer outros 
com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens intangíveis de utilização por prazo legal ou 
contratualmente limitado. Após essa breve descrição, podemos fazer a seguinte relação: 
 
 
De acordo com o inciso VIII do art. 183 da Lei das Sociedades por ações, os elementos do ativo decorrentes de 
operações de longo prazo serão ajustados a valorpresente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. Já 
o inciso III do art. 184 trata das obrigações, encargos e os riscos classificados no passivo não circulante, que serão 
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando também houver efeito relevante. 
 
No patrimônio líquido 
 
 capital a integralizar 
 prejuízos acumulados 
 ações em tesouraria 
 
O capital a integralizar representa a parcela ainda não integralizada ou subscrita pelos sócios ou acionistas. Os 
prejuízos acumulados representam uma redução do patrimônio líquido em função da ocorrência de resultados negativos 
das operações da empresa em determinados períodos, que superem a existência de lucros acumulados, reservas de 
capital e reservas de lucros. 
 
As ações em tesouraria representam as ações emitidas pela própria empresa e por ela readquirida, com a finalidade 
de devolução de capital a certos sócios ou retirada temporária de circulação com objetivo específico de especulação. 
Devem ser destacadas como redutora da conta de patrimônio líquido que registrarem a origem de recursos aplicados em 
sua aquisição. 
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2. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL 
 
O Balanço patrimonial é considerado uma demonstração contábil estática, pois evidencia a situação patrimonial e 
financeira da entidade numa determinada data. É como se fosse uma fotografia da situação patrimonial e financeira num 
determinado momento. Abaixo segue modelo conforme disposição da Lei das Sociedades por Ações, alterada pela Lei 
n.º 11.941/2009. 
 
Balanço Patrimonial segundo a Lei n.º 6.404/76 – antes da convergência às Normas Internacionais 
 
 
Balanço Patrimonial segundo a Lei n.º 6.404/76 depois da convergência às Normas Internacionais 
 
 
3. FORMAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
3.1 FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DAS RECEITAS E GANHOS 
 
O patrimônio líquido das entidades sofre mutações ou variações em decorrência das receitas, ganhos, custos, 
despesas e perdas ocorridas durante o período. As receitas e ganhos constituem as variações patrimoniais positivas, isto 
é, aumentam o patrimônio líquido. Podemos definir receita como entradas de elementos para o ativo sob a forma de 
dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de 
serviços. As receitas podem derivar também de juros sobre depósitos bancários ou títulos e de outros ganhos eventuais 
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como: ganhos na alienação de ativos fixos, juros ativos, variações monetárias ativas, etc. Também são consideradas 
receitas as reduções do Passivo exigível sem a correspondente redução do ativo. Os ganhos representam um resultado 
líquido favorável ou positivo, resultante de transações ou eventos não relacionados às operações normais do 
empreendimento. Resumidamente as manifestações mais comuns das receitas e ganhos são: 
 
 Receitas com vendas de mercadorias e produtos 
 Receitas de prestação de serviços 
 Receitas com aluguel 
 Receitas financeiras (receitas de juros, descontos financeiros obtidos, juros ativos) 
 Ganhos de equivalência patrimonial 
 Ganhos na alienação de ativos fixos, etc. 
 
3.2 FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DAS DESPESAS, CUSTOS E PERDAS 
 
As despesas, custos e perdas constituem as variações patrimoniais negativas, ou seja, reduzem o patrimônio 
líquido. As despesas podem ser conceituadas como o consumo de bens ou serviços que direta ou indiretamente 
contribuem para a geração de receitas. Também são consideradas despesas as reduções do ativo sem a correspondente 
redução do passivo exigível. 
 
Os custos representam sacrifício de um bem ou serviço diretamente relacionado com a produção de outros bens ou 
serviços. As perdas representam um resultado líquido desfavorável ou negativo, resultante de transações ou eventos não 
relacionados às operações normais do empreendimento. Resumidamente, as manifestações mais comuns de despesas, 
custos e perdas são: 
 
 Despesas com salários 
 Despesas com encargos sociais 
 Despesas com energia 
 Despesas com seguros 
 Despesas financeiras (despesas de juros, descontos financeiros concedidos, juros passivos) 
 Custo das Mercadorias Vendidas 
 Custo dos Produtos Vendidos 
 Custo dos Serviços Prestados 
 Perdas de equivalência patrimonial 
 Perdas na alienação de ativos fixos. 
 
3.3 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
3.3.1 Aspectos introdutórios 
 
Ao final de cada exercício social, conforme disposição da Lei das Sociedades por Ações, a contabilidade da 
empresa elabora, entre outros relatórios contábeis, a Demonstração de Resultado do Exercício, que evidencia um grande 
indicador global de eficiência, que é o retorno dos investimentos dos sócios ou acionistas (lucro ou prejuízo). As 
sociedades por Ações estão obrigadas a publicarem suas Demonstrações Contábeis, juntamente com as notas 
explicativas, cuja finalidade é informar os principais critérios de avaliação utilizados pela empresa, bem como a 
composição dos valores mais significativos do Balanço e da Demonstração de Resultado, além de outras informações 
relevantes. As sociedades limitadas não estavam obrigadas a publicarem suas Demonstrações Contábeis, que eram 
elaboradas para finalidades internas, mas a partir da vigência da Lei n.º 11.638/07, passaram a ter essa obrigatoriedade. 
 
Como o exercício social é um lapso de tempo muito grande para avaliar a gestão, as entidades apuram o resultado 
de suas operações num espaço de tempo menor, ou seja, mensalmente, com vistas ao atendimento da legislação fiscal na 
apuração dos tributos a serem recolhidos mensalmente, ao pagamento mensal de suas despesas operacionais, bem como 
para fins gerenciais, no que se refere ao acompanhamento da situação econômica da entidade, corrigindo os possíveis 
desvios em relação ao planejado pela administração. Como o objetivo principal das entidades empresárias é o lucro, a 
Demonstração de Resultado é o relatório que evidencia o retorno do capital investido, servindo como base de 
comparação com o retorno de outros investimentos. É considerada uma demonstração dinâmica, tendo em vista que 
evidencia a situação econômica de um determinado período, em contraposição ao Balanço Patrimonial, que é uma 
demonstração estática, que evidencia a posição financeira e patrimonial num determinado momento. 
 
3.3.2 Conceito e Objetivo 
 
A Demonstração de Resultado do Exercício destina-se a evidenciar a formação do resultado mediante o confronto 
das receitas e ganhos com as despesas, custos e perdas incorridas no exercício. É apresentada na posição vertical, 
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discriminando seus componentes de forma ordenada de tal forma que fiquem evidenciados: o lucro bruto, o resultado 
operacional, o resultado antes do imposto de renda e da contribuição social, o resultado antes das participações, o lucro 
líquido do exercício e o lucro por ação, quando se tratar de sociedades por ações. A determinação do resultado do 
exercício observará o princípio contábil da competência, em que as receitas e despesas são reconhecidas no momento da 
ocorrência do fato gerador, independentemente de recebimento ou pagamento. 
 
3.3.3 Estrutura 
 
A Norma Brasileira de Contabilidade, Pronunciamento Técnico CPC 26, parágrafos 81 a 105, trata da estrutura da 
Demonstração de Resultado em consonância com os padrões internacionais, de observância obrigatória pelo profissional 
da contabilidade no exercício da profissão. A estrutura da Demonstração de Resultado do Exercício está descritano art. 
187 da Lei das Sociedades por Ações, Lei n.º 6.404/76, abaixo reproduzido: 
 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e 
outras despesas operacionais; 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de 
instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se 
caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009); e 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 
 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
 
De acordo com o disposto no Pronunciamento CPC 26, a Demonstração de Resultado do Exercício evidenciará, no 
mínimo, as seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais: 
 
(a) receitas; 
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; 
(c) lucro bruto; 
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; 
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; 
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras 
(g) despesas e receitas financeiras; 
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro; 
(i) despesa com tributos sobre o lucro; 
(j) resultado líquido das operações continuadas; 
(k) valor líquido dos seguintes itens: 
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas; 
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda ou na baixa dos ativos 
ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada; 
(l) resultado líquido do período. 
 
A demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas: 
 
(a) resultado líquido do período; 
(b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza (exceto montantes relativos ao item 
(c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência 
patrimonial; e 
(d) resultado abrangente do período. 
 
Nota-se algumas semelhanças entre as duas estruturas da Demonstração de Resultado do Exercício apresentadas 
pela Legislação societária e pela Pronunciamento CPC 26, mas também algumas diferenças, entre as quais podemos 
destacar: 
 
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 as deduções da receita bruta estão discriminadas na legislação societária (lei 6.404/76), enquanto que o mesmo não 
ocorre no Pronunciamento Técnico CPC 26; 
 os ganhos e perdas de equivalência patrimonial estão discriminados no Pronunciamento Técnico CPC 26, enquanto 
que a legislação societária não faz essa distinção, limitando-se a discriminar as outras receitas e despesas 
operacionais; 
 as despesas e receitas financeiras são melhor enfatizadas na Norma Internacional, sem necessidade de serem 
apresentadas pelo valor líquido; 
 a norma societária trata apenas do imposto de renda e sua provisão, enquanto que a Norma Internacional trata de 
forma mais abrangente ao utilizar a expressão tributos sobre o lucro; 
 a Norma Internacional enfatiza o resultado das operações continuadas comparativamente ao resultado das operações 
descontinuadas, enquanto que a legislação societária não faz essa distinção; 
 a legislação societária trata das participações sobre o lucro, enquanto que a Norma Internacional é omissa com 
relação a essas participações; 
 a Norma Internacional trata do resultado abrangente, enquanto que a legislação societária não trata desse item; 
 a legislação societária evidencia o lucro líquido por ação, enquanto que a Norma Internacional não trata desse item. 
 a Norma Internacional admite que as despesas sejam apresentadas de acordo com a função ou por sua natureza. 
 
Após fazer essa breve comparação entre as estruturas da Demonstração de Resultado do Exercício conforme a 
Norma Societária e a Norma Internacional, cabe fazer alguns comentários sobre o que viria a ser resultado das 
operações continuadas e descontinuadas, bem como do resultado abrangente, que são as principais novidades trazidas 
pelas Normas Internacionais. 
 
O resultado das operações continuadas pode ser entendido como aquele decorrente das operações normais da 
empresa, ou seja, o resultado do segmento de negócio que a empresa não tem a intenção de descontinuar por algum 
motivo estratégico ou mercadológico. Já o resultado das operações descontinuadas é aquele decorrente dos segmentos 
de negócios que a empresa resolveu deixar de explorar, seja por venda, abandono, cisão, etc. (ALMEIDA; 2010; p. 
141). Um segmento de negócio corresponde a uma classe de negócios com separação de ativos, passivos, receitas e 
despesas, conforme disciplinado no Pronunciamento Técnico CPC 22. 
 
De acordo com o FIPECAFI (2010; p. 482) o resultado abrangente corresponde às receitas, despesas e outras 
mutações que afetam o patrimônio líquido, mas que são reconhecidas (ou não foram reconhecidas ainda) na 
Demonstração de Resultado do Exercício, conforme Pronunciamento Técnico CPC 26 e demais orientações e 
interpretações técnicas. Os itens que fazem parte dos resultados abrangentes são: 
 
 Variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente (ver pronunciamentos técnicos CPC 27 – Ativo 
imobilizado e CPC 04 – Ativo intangível); 
 Ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos conforme item 93 A do 
Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a empregados; 
 Ganhos e perdas derivados de conversão das Demonstrações Contábeis de operações no exterior (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de Demonstrações 
Contábeis); 
 Ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas na remuneração de ativos financeiros disponíveis para 
venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 38 – instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração); 
 Ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge (ver CPC 
38). 
 
A seguir encontram-se os modelos de Demonstração de Resultado do Exercício pela legislação societária e pelo 
Pronunciamento Técnico CPC 26 (normas internacionais): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO 
De acordo com a legislação societária 
 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE 
 
 De acordo com as Normas Internacionais 
 
 
 
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4. Método do Custo de Aquisição - MCA 
 
Introdução 
 
A lei n.º 6.404/1976, em seus artigos 183 e 248, estabelece dois Métodos para avaliação dos Investimentos: Método do Custo de Aquisição; 
 Método da Equivalência Patrimonial. 
 
O Método do Custo de Aquisição consiste em atribuir ao investimento o valor originalmente pago por ele, 
devidamente ajustado quando for o caso: pela variação positiva ou negativa em função do valor justo (mercado), pelo 
acréscimo de correção monetária, pela variação cambial, pelos juros etc., deduzido de provisão para redução ao valor de 
mercado ou de Provisão para Perdas. 
 
 Os incisos I, III e IV do artigo 183 da Lei n.º 6.404/1976 e os critérios a serem observados para avaliação dos 
investimentos pelo Método do Custo de Aquisição; 
 Os investimento sujeitos à Avaliação pelo Método do Custo de Aquisição; 
 
Posicionamento, no Balanço Patrimonial, das contas representativas dos investimentos sujeitos à avaliação pelo 
Método do Custo de Aquisição. 
 
 
 
 
 
A Técnica do Método do Custo de Aquisição - Para avaliar adequadamente os investimentos é preciso analisá-los 
conforme sua natureza, uma vez que cada tipo de investimento apresenta características próprias, podendo variar quanto 
aos rendimentos, encargos, liquidez, prazo de vencimentos, intenção da empresa em negociá-los ou não, etc. 
 
Valor Justo 
 
O inciso I do artigo 183 da Lei n.º 6.404/1976 e as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e 
em direitos e títulos de créditos classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo. 
 
Avaliação de Investimentos no Ativo Circulante 
 
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I-A - Investimentos com rentabilidade garantida - Nessa modalidade encontram-se os investimentos que oferecem 
rendimentos pré ou pós-fixados. 
 
Investimentos com rendimentos pós-fixados - Os rendimentos auferidos por esses investimentos devem ser 
reconhecidos no período em que ocorrerem, tendo em vista o Princípio da Competência. 
 
Aplicações de liquidez imediata - Aplicações de recursos financeiros feitas por poucos dias, as quais, devido à 
possibilidade de serem transformadas em dinheiro a qualquer momento, figuram no Balanço Patrimonial, no Ativo 
Circulante, subgrupo das Disponibilidades. 
 
Investimentos em RDBs pós-fixados - Nesse tipo de operação financeira, a empresa investidora somente fica sabendo 
quanto ganhou com a aplicação no dia do resgate. 
Investimentos com rendimentos pré-fixados - Essa modalidade de investimentos se caracteriza pela contabilização 
antecipada do valor dos rendimentos, a débito da conta que registra o investimento, no dia em que é feita a aplicação. 
 
II-A - Investimentos com rentabilidade não garantida - Para avaliar os investimentos enquadrados nessa modalidade, 
o procedimento será comparar o valor investido com o valor de mercado dos referidos investimentos, para aplicar a 
regra “custo ou mercado, o mais baixo”, uma vez que os rendimentos somente devem ser reconhecidos no momento da 
alienação. 
 
Aplicações temporárias em ouro - Esse é outra modalidade de investimento disponível no mercado, a qual as empresas 
podem lançar mão para investir pequenas ou grandes quantias que tiverem. 
 
Avaliação do Investimento - O critério para atualização dos investimentos em ouro será diferente conforme seja a sua 
classificação contábil. 
 
III-A - Investimentos com rentabilidade não garantida 
 
Aplicações temporárias em ações - As aplicações temporárias em títulos representativos do capital de outras 
sociedades (ações ou quotas), a exemplo do que ocorre com as aplicações em ouro, também poderão figurar no Ativo 
Circulante ou nos subgrupos Ativo Realizável a Longo Prazo ou Investimentos do Ativo Não-Circulante, conforme a 
intenção da empresa. 
 
Avaliação de Investimentos no Realizável a Longo Prazo 
 
I-B - Investimentos com rentabilidade garantida - A exemplo do que ocorre no Ativo Circulante, no Ativo Realizável 
a Logo Prazo também poderá figurar investimentos com rentabilidade garantida quando o prazo para resgate for 
superior a um ano da data do Balanço. 
 
II-B - Investimentos com rentabilidade não garantida - O tratamento que visa a avaliação dos investimentos dessa 
natureza é o mesmo já estudado em relação aos classificados no Ativo Circulante,observando-se que neste caso, as 
contrapartidas dos acréscimos ou decréscimos serão contabilizadas a débito ou a crédito da conta de Ajustes de 
Avaliação Patrimonial, do Patrimônio Líquido. 
 
III-B - Investimentos com incentivos fiscais - Integrantes do Ativo Não-Circulante, poderão figurar no Realizável a 
Logo Prazo ou em Investimentos, conforme a intenção da empresa de aguardar a data do seu vencimento para negociá-
los ou mantê-los como extensão de suas atividades econômicas, visando angariar lucros ou outras vantagens. 
 
IV-B - Operações vinculadas 
 
 Outra modalidade de aplicação financeira em títulos de crédito, que vem surgindo com certa frequência no mercado 
brasileiro, é a chamada “Operação Vinculada”, por meio do qual a empresa investidora não necessita dispor, de 
imediato, do numerário necessário para adquirir os títulos de crédito; 
 O que caracteriza esse tipo de operação é o fato de a empresa investidora comprar os títulos da instituição financeira 
para efetuar o pagamento em parcelas, que vencerão a médio e a longo prazos; 
 Trata-se de uma operação de investimento casada com uma operação de financiamento; 
 Esse assunto é tratado pela Instrução CVM n.º 35/1995. 
 
I -C- Avaliação no Subgrupo Investimentos (Ativo Não Circulante) - Segundo estabelece o inciso III do artigo 179 
da Lei n.º 6.404/1976, classificam-se como Investimentos, no Ativo Não Circulante, as participações permanentes em 
outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à 
manutenção da atividade da companhia. 
 
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Participações em outras empresas - As participações permanentes no capital de outras empresas, conforme já 
comentado, poderão ocorrer em controladas, coligadas, equiparadas a coligadas e em outras empresas; 
 
Participações em fundos de investimentos com incentivos fiscais 
 
 Representam parte do Imposto de Renda devido pelas empresas com base no Lucro Real apurado trimestral ou 
anualmente, ou ainda com base nas parcelas recolhidas mensalmente, pelo regime de estimativa. 
 
Obras de arte 
 
 Os investimentos efetuados na compra de Obras de Arte serão avaliados pelo custo de aquisição; 
 Para esses investimentos, não cabem depreciação nem Provisão para ajuste ao valor de mercado, nem para perdas, 
uma vez que na maioria dos casos eles se valorizam. 
 
Imóveis para renda - Trata-se de investimentos em imóveis com intenção de obter deles algum rendimento, que não 
tem relação alguma com os rendimentos da atividade operacional da empresa. 
 
As provisões no Método do Custo de Aquisição - Dois tipos de provisões são comuns para fins de avaliação dos 
Investimentos pelo Método do Custo: 
 
Provisão para redução (ajuste) ao valor de mercado 
 
 Essa provisão, prevista no artigo 183 da Lei n.º 6.404/1976, deverá ser constituída sempre que o custo de aquisição 
ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, dos investimentos classificados no 
Ativo Circulante e no Realizável a Longo Prazo, for superior que o seu valor justo. 
 O valor justo dos investimentos de acordo com o§1º do artigo 183 da Lei n.º 6.404/1976. 
 
Provisão para perdas - Segundo estabelece o inciso III do artigo 183 da Lei n.º 6.404/1976, os investimentos em 
participação no capital social de outras sociedades, exceto o disposto nos artigos 248 a 250, serão avaliados pelo custo 
de aquisição deduzidode provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver 
comprovada como permanente. 
 
Os dividendos no Método do Custo de Aquisição - Os rendimentos das empresas investidoras em títulos 
representativos do Capital de outras sociedades, classificados no Ativo Não Circulante e avaliados pelo Método do 
Custo de Aquisição, ocorrem por meio de dividendos. 
 
 
Atividades Teóricas 
 
1. (MCA) Responda: 
 
1.1 Em que consiste o Método do Custo de Aquisição? 
 
 
1.2 Quais são os investimentos que estão sujeitos à avaliação pelo Método do Custo de Aquisição? 
 
 
 
 
3. Escolha a alternativa correta: 
 
3.1. São Títulos não representativos do capital de sociedades: 
a. Ações, Quotas e Debêntures. 
b. CDBs, RDBs e Letras de Câmbio. 
c. Quotas, Fundos de Liquidez Imediata e Debêntures. 
d. Ações, Notas promissórias e Letras do Tesouro Nacional. 
e. Obras de Arte e Imóveis de Renda. 
 
3.2. São Títulos representativos do capital de sociedades: 
a. Ações e Quotas. 
b. CDBs, RDBs e Letras de Câmbio. 
c. Quotas, Fundos de Liquidez Imediata e Debêntures. 
d. Ações, Notas promissórias e Letras do Tesouro Nacional. 
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e. Obras de Arte e Imóveis de Renda. 
 
3.3. São Investimentos não classificáveis no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo: 
a. Ações, Quotas e Debêntures. 
b. CDBs, RDBs e Letras de Câmbio. 
c. Quotas, Fundos de Liquidez Imediata e Debêntures. 
d. Ações, Notas promissórias e Letras do Tesouro Nacional. 
e. Obras de Arte e Imóveis de Renda. 
 
3.4. As Ações representativas do capital de sociedades, serão classificadas: 
a. no Ativo Permanente, subgrupo Investimentos. 
b. Juntamente com as Disponibilidades. 
c. no Ativo Circulante, no Ativo Realizável a Longo Prazo ou no Ativo Não Circulante. 
d. Somente no Ativo Realizável a Longo Prazo. 
e. Somente no Passivo Não Circulante. 
 
3.5. Poderão figurar no AC, no ANC/RLP ou no ANC/Investimento, conforme intenção da empresa, os investimentos 
em: 
a. Controladas. 
b. Coligadas. 
c. Obras de Arte. 
d. Imóveis de Renda. 
e. Ouro. 
 
3.6. A Provisão para Perdas é mais comum para os investimentos classificados no: 
a. Ativo Circulante. 
b. Ativo Realizável a Longo Prazo. 
c. Ativo Imobilizado. 
d. Ativo Não Circulante 
e. Grupo das Disponibilidades. 
 
3.7. A contabilização dos investimentos incentivados pode ser efetuada em duas etapas: no momento em que os 
depósitos são efetuados e, posteriormente, por ocasião do recebimento dos Certificados. Na data em que os depósitos 
são efetuados, contabilmente debitar-se a conta: 
a. Participações em Fundos com Incentivos Fiscais. 
b. Depósitos em Garantia. 
c. Depósitos para Investimentos com Incentivos Fiscais. 
d. Participações Incentivadas. 
e. N.D.A. 
 
Atividades Práticas 
 
PRÁTICA 1 - Em 31.12.X1, no livro Razão da Companhia Real, constava a conta Aplicações de Liquidez Imediata, 
com saldo de $12.000. 
Considerando que o investimento fora efetuado no Banco Urupês S/A, em 10 de dezembro do exercício findo e que os 
rendimentos correspondentes ao período compreendido entre 10.12 a 31.12 de X1 foram de $1.200, efetue a 
contabilização necessária visando a avaliação do investimento. 
 
 
 
 
PRÁTICA 2 - Suponhamos que no livro Razão da empresa Comercial Zenaide Padoan S/A, em 31 de dezembro de X5, 
conste a conta Aplicações Financeiras em RDB, com saldo de $20.000. 
Providencie os ajustes contábeis necessários para que a conta que registra o investimento seja apresentada no Balanço 
Patrimonial devidamente avaliada, considerando: 
. Modalidade do investimento: RDBs com rendimentos pós-fixados. 
. Data da aplicação: 4 de novembro de x5. 
. Data do resgate: 25 de abril de X6. 
. Juros ganhos até 31 de dezembro de X5: $200. 
. Correção monetária até 31.12.X5: $2.000. 
 
 
 
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PRÁTICA 3 - Em 31 de dezembro de X1, no livro Razão da Mercearia Canoas Ltda., constavam as contas Aplicações 
Financeiras em CDB, com saldo de $10.700; Juros Ativos a Vencer com saldo de $900 e Variações Monetárias Ativas a 
Vencer com saldo de $1.800. 
Considerando as informações a seguir, proceda os ajustes contábeis necessários para que as contas supra fiquem 
avaliadas nos termos do artigo 183 da Lei n.º 6.404/1976: 
. O valor originalmente investido foi de $8.000, no dia 02 de agosto de X1, com resgate fixado para dia 30 de janeiro de 
X2, 180 dias após; 
. Os rendimentos prefixados no valor de $2.700, correspondem a $1.800 de Correção monetária e a $900 de juros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA 4 - No livro Razão da empresa Unidos do Morro Ltda., em 31.12.X3, constava a conta Investimentos em 
Ouro, com saldo de $60.000. 
Considerando que o valor de mercado do referido metal na citada data é de $55.000, proceda os ajustes contábeis 
necessários para que o investimento figure no Balanço devidamente avaliado nos termos do inciso I do artigo 183 da Lei 
n.º 6.404/1976. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA 5 - Suponhamos que a investidora Companhia X, tenha classificada no seu Ativo Não Circulante, subgrupo 
Investimentos, uma participação na Companhia Z, no valor de $27.000, que corresponde a 3% do capital da investida, 
representadas por 27.000 ações adquiridas por $1 cada. 
Considerando que o valor patrimonial da ação, calculado com base em Balanço Patrimonial fornecido pela investida 
corresponde a $0,80, proceda o ajuste contábil, se necessário, visando a correta avaliação do investimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PRÁTICA 6 - Suponhamos que a investidora Helena Moura S/A tenha recebido de sua investida Marco E Filhos S/A, 
da qual participa com 2% do capital, em 24 de abril de X6, a importância de $20.000 correspondente a dividendos 
decorrentes de lucros apurados no balanço encerrado em 31.12.X6. 
Efetuar o registro contábil respectivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRÁTICA 7 - Suponhamos que em 09 de dezembro de X1, a empresa A tenha adquirido ações da companhia B, por 
$500.000. Com essa compra, a investidora A tornou-se proprietária de 2% do Patrimônio Líquido da investida B. 
Suponhamos, agora, que, em 19 de abril de X2, a investidora A tenha recebido de sua investida B a importância de 
$30.000 correspondente a dividendos em decorrência de lucros apurados em 31.12.X1. 
Efetue os registros contábeis na data da aquisição do investimento e na data do recebimento em dinheiro dos dividendos, 
observando, quanto aos dividendos, a disciplina contida no artigo 380 do RIR/99. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Método da Equivalência Patrimonial - MEP 
 
No IASB: IAS 28 – Investments in Associates 
 
A Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09 aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18 que 
dispõe sobre Investimento em Coligada e em Controlada. 
 
Aspectos Legais: 
 
Os principais documentos que tratam da avaliação de investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial são: 
 
Os investimentos em participações societárias (classificáveis, no Balanço Patrimonial, no subgrupo Investimentos 
do Ativo Não Circulante) são avaliados, conforme o caso, pelo valor de Patrimônio Líquido (Método da Equivalência 
Patrimonial - MEP) ou pelo custo de aquisição. 
 
A avaliação das participações societárias em empresasdo País pelo valor de Patrimônio Líquido será focalizada 
neste trabalho, com base na Lei nº 6.404/1976, arts. 179, 183, 243, 247 e 248, no RIR/1999, arts. 384 a 391, 426 a 428 e 
654, no Parecer Normativo CST nº 82/1978, no Parecer Normativo CST nº 107/1978, no Parecer Normativo CST nº 
108/1978 e no Parecer Normativo CST nº 16/1983, além de outras fontes citadas. Os aspectos contábeis são analisados 
no procedimento"Contabilização - Avaliação de investimento pelo método de equivalência patrimonial". 
 
O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste na atualização do valor dos investimentos feitos em 
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle 
comum, com base na variação ocorrida no Patrimônio Líquido dessas sociedades. 
 
Nota: Sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum 
 
(1) No caso de companhias abertas e de instituições financeiras, além das normas aqui mencionadas, deve ser observada 
também a disciplina normativa baixada, respectivamente, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco 
Central do Brasil (Bacen). Sobre o tema, aliás, o Parecer Normativo CST nº 78/1978 esclareceu que a imposição, pelo 
Banco Central ou pela CVM, de avaliação de investimentos pelo valor do Patrimônio Líquido, em situações que não as 
citadas neste item, cria para as pessoas jurídicas a obrigação de assim proceder nas demonstrações financeiras, com os 
reflexos pertinentes na apuração do lucro real; ou seja, na prática, o Fisco aceita a avaliação pela equivalência nesses 
casos, ainda que não preenchidos os demais requisitos aqui mencionados. 
 
Os investimentos em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum 
também devem ser avaliados pelo MEP. 
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A figura do controle comum está diretamente relacionada à essência econômica da entidade contábil e, como tal, deve 
ser entendida. 
A dimensão econômica da entidade é delimitada como o conjunto de entes, ainda que juridicamente distintos, que 
estejam em um mesmo grupo ou que seu controle seja exercido por um mesmo ente ou conjunto de entes. 
 
Exemplo: A empresa Alfa controla as empresas: Beta, Gama e Ômega. 
A empresa Beta é uma empresa de capital aberto com participação de 10% no capital votante das empresas Gama e 
Ômega. 
 
Dessa forma, a empresa Beta deverá avaliar os investimentos em Gama e Ômega pelo MEP, haja vista que todas estão 
sob o controle de Alfa. 
 
Base Legal: (Lei nº 6.404/1976, art. 248; Lei nº 11.941/2009, art. 37) 
 
 
Participação direta e indireta 
 
• É direta quando a investidora é proprietária do total ou de parte das ações representativas do capital de outra 
empresa; 
• É indireta quando coligadas e/ou controladas da investidora são proprietárias do total ou de parte do capital de 
outras empresas. 
 
Exemplo: Imagine, agora, a situação abaixo: 
 
- Empresa J possui 60% do capital votante da empresa K; 
- Empresa J possui 30% do capital votante da empresa L; e 
- Empresa K possui 25% do capital votante da empresa L. 
 
 Conglomerado Alfabético: 
 
 
As conclusões são: 
 
1. A empresa J controla diretamente a empresa K; e 
2. A empresa J controla indiretamente a empresa L. 
 
Repare que o importante é o conceito de controle e não de propriedade! 
 
A empresa J controla a empresa K (60%). Portanto, nas assembleias da empresa L, como a empresa K é controlada de J, 
ela vota com J. Neste caso, se somarmos as participações de J e K em L, teríamos 55% = (30% + 25%), ou seja, a 
maioria do capital votante. 
 
Se fôssemos calcular a propriedade de J na L teríamos: 
 
Propriedade de J na L = 30% (diretamente) + 60% x 25% (indiretamente por K) ⇒ Propriedade de J na L = 30% + 15% 
= 45%. 
 
Ou seja, J detêm 45% do patrimônio de L (propriedade), mas detêm 55% dos votos. 
 
A título de exemplo, vamos analisar a configuração gráfica do Conglomerado Alfabético a seguir: 
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Com base no gráfico fornecido, responda às sentenças. 
1. De acordo com a figura apresentada pode-se afirmar que 
a) a Cia. G é controlada indireta da Cia. B. b) as empresas “C” e “I” são controladas da Cia. A. 
c) a Cia. A participa indiretamente na Cia. I com 9%. d) a participação indireta da Cia. A na Cia. H é de 51%. 
e) a participação indireta da Cia. A nas empresas “F” e “H” é idêntica. 
 
a) a Cia. G é controlada indireta da Cia. B. 
A Cia. B detém 100% do capital da Cia. G Logo, a Cia. B é controladora da Cia. G, ou a Cia. G é controlada direta da 
Cia. B. A alternativa está incorreta. 
 
b) as empresas “C” e “I” são controladas da Cia. A. 
A Cia. A detém 60% do capital da Cia. C Logo, a Cia. A é controladora da Cia. C, ou a Cia. C é controlada direta da 
Cia. A. 
A Cia. A não controla a Cia. I. A alternativa está incorreta. 
 
c) a Cia. A participa indiretamente na Cia. I com 9%. 
Cia. A ⇒ 20% do Capital da Cia. B 
Cia. B ⇒ 10% do Capital da Cia. F 
Cia. F ⇒ 25% do Capital da Cia. I 
Partic. Indireta da Cia. A na Cia. I (I) = 20% x 10% x 25% = 0,5% 
Cia. A ⇒ 60% do Capital da Cia. C 
Cia. C ⇒ 70% do Capital da Cia. H 
Cia. H ⇒ 20% do Capital da Cia. I 
Partic. Indireta da Cia. A na Cia. I (II) = 60% x 70% x 20% = 8,40% 
Cia. A ⇒ 30% do Capital da Cia. D 
Cia. D ⇒ 30% do Capital da Cia. H 
Cia. H ⇒ 20% do Capital da Cia. I 
Partic. Indireta da Cia. A na Cia. I (III) = 30% x 30% x 20% = 1,80% 
 
Total da Partic. Indireta da Cia. A na Cia I = 0,5% + 8,40% + 1,80% ⇒ Total da Partic. Indireta da Cia. A na Cia I = 
10,70% 
A alternativa está incorreta. 
 
d) a participação indireta da Cia. A na Cia. H é de 51%. 
Cia. A ⇒ 60% do Capital da Cia. C 
Cia. C ⇒ 70% do Capital da Cia. H 
Partic. Indireta da Cia. A na Cia. H (I) = 60% x 70% = 42% 
Cia. A ⇒ 30% do Capital da Cia. D 
Cia. D ⇒ 30% do Capital da Cia. H 
Partic. Indireta da Cia. A na Cia. H (II) = 30% x 30% = 9% 
Total da Partic. Indireta da Cia. A na Cia H = 42% + 9%  Total da Partic. Indireta da Cia. A na Cia H = 51% 
A alternativa d esta correta. 
 
e) a participação indireta da Cia. A nas empresas “F” e “H” é idêntica. 
Cia. A ⇒ 20% do Capital da Cia. B 
Cia. B ⇒ 10% do Capital da Cia. F 
 
Partic. Indireta da Cia. A na Cia. F (I) = 20% x 10% = 2% 
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Partic. Indireta da Cia. A na Cia H = 51% 
A alternativa esta incorreta. 
 
5.4 Método da Equivalência Patrimonial 
 
Pelo método de equivalência patrimonial, um investimento em coligada e em controlada (neste caso, no balanço 
individual) é inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído pelo 
reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após a 
aquisição. 
 
Ajuste no valor do Investimento na Investidora 
 
O CPC 18 determina o seguinte tratamento a ser aplicado aos investimentos em função das variações no Patrimônio 
Líquido da Investida. 
 
a) A parte do investidor no lucro ou prejuízo do período da investida é reconhecida no lucro ou prejuízo do período do 
investidor. 
b) As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento. 
c) Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo reconhecimento da participação proporcional 
do investidor nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos 
diretamente em seu patrimônio líquido. 
 
5.5 – Reconhecimentoe Mensuração do Investimento 
 
Como se sabe, o valor da participação societária na contabilidade da investidora é ajustado sempre que o 
Patrimônio Líquido (PL) da investida sofre variações. Sendo assim, se o PL da Investida aumenta, o investimento na 
Investidora também aumenta; se o PL da Investida diminui, o Investimento na Investidora também diminui. 
A contrapartida (devedora ou credora) desse ajuste no valor do investimento registrado na investidora dependerá da 
natureza dessas variações no PL da investida. 
 
5.5.1 – Reconhecimento Inicial 
 
Um investimento em outra sociedade é contabilizado pelo MEP a partir da data em que ela se torna sua coligada, 
controlada ou controlada em conjunto e esse investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e subsequentemente 
ajustado pelo reconhecimento da parte do investidor nos lucros ou prejuízos do período gerados pela investida, bem 
como pela parte do investidor nas variações de saldo dos demais componentes do patrimônio líquido da coligada. 
 
No entanto, pode ocorrer de um investidor adquirir uma participação por um valor superior (ou inferior) à sua 
participação porporcional no patromônio líquido da investida. Neste caso a empresa precisará reconhecer, 
separadamente do Investimento, a existência de Mais Valia de ativos líquidos da Investida, do Ágio por expectativa de 
rentabilidade futura (Goodwill) ou do Ganho por compra vantajosa (deságio). Este assunto será tratado especificamente 
mais adiante. 
 
5.5.2 – Lucros / Prejuízos na Investida 
 
A variação mais comum do PL da investida ocorre quando ela incorre em lucro ou prejuízo no exercício. Em caso 
de lucro, o PL da investida aumenta, ocorrendo o inverso quando há prejuízo. Nesse caso, a contrapartida do ajuste no 
valor do investimento deve ser registrada em conta de resultado operacional na investidora: resultado positivo (em caso 
de lucro na investida) ou negativo (prejuízo) da equivalência patrimonial. A justificativa para esse procedimento é que 
ambas empresas têm suas administrações interligadas. 
 
5.5.3 – Dividendos Distribuídos 
 
Os dividendos devem ser registrados a crédito da própria conta de participação societária na investidora. Esse 
procedimento também é justificado pelo fato de o referido pagamento reduzir o PL da investida; consequentemente, o 
valor contábil do investimento também deve ser reduzido na contabilidade da investidora. A contrapartida deverá ser o 
respectivo crédito a receber: Dividendos a Receber / Disponível. 
5.5.4 – Integralização de Capital 
 
Caso a investida aumente seu capital com incorporação de reservas (sejam de capital, de lucros ou de reavaliação), 
seu patrimônio líquido (PL) permanecerá inalterado e a investidora não precisará efetuar qualquer ajuste no valor de sua 
participação societária. 
 
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Entretanto, se a investida promover aumento de capital com subscrição de ações novas, a serem integralizadas em 
dinheiro ou bens, o PL da investida aumentará e a investidora precisará ajustar o valor de seu investimento em sua 
contabilidade. 
 
Há que se estabelecer a diferença entre as possibilidades distintas: a subscrição da investidora pode ser 
proporcional à sua participação no capital da investida ou não. 
 
5.5.4.1 – Subscrição Proporcional 
 
Em caso de subscrição proporcional, o aumento do valor da participação societária na investidora terá como 
contrapartida a própria saída do numerário (crédito do Disponível) ou dos outros bens de seu Ativo utilizados para 
integralização. Caso a integralização seja efetuada com outros bens do Ativo da investidora, a contrapartida credora do 
lançamento, em vez de ser o Disponível, seriam as contas representativas desses bens. 
 
5.5.4.2 – Subscrição Não Proporcional – Aumento de Participação Societária 
 
No caso de a investidora subscrever e integralizar porcentagem maior (ou menor) do aumento de capital que o de 
sua participação societária, o aumento do valor do investimento será maior (ou menor) do que o de seus bens utilizados 
na integralização, gerando, um ganho ou perda de capital, em função da alteração na porcentagem de participação no 
capital da investida. 
 
Neste caso, a empresa deve registrar o acréscimo na participação acionária calculada sobre as reservas então 
existentes, de que a empesa se beneficiou em detrimento dos demais acionistas que não subscreveram o mesmo 
percentual de participação. A Investidora deverá registrar esta diferença a débito da conta de Investimentos e a 
crédito da conta “Outros Resultados Abrangentes – Ganho por Variação de Participação no Capital de 
Coligada”, no seu Patrimônio Líquido. 
 
5.5.4.3 – Subscrição Não Proporcional – Redução de Participação Societária 
 
Neste caso a lógica é a mesma do item anterior, mas a investidora subscreve e integraliza porcentagem inferior do 
aumento de capital que o de sua participação societária. Sendo assim, a Investidora deverá registrar esta diferença a 
crédito da conta de Investimentos e a débito da conta “Outros Resultados Abrangentes – Perda por Variação de 
Participação no Capital de Coligada”, no seu Patrimônio Líquido. 
 
5.5.5 – Ajustes de Exercícios Anteriores 
 
O registro de ajustes de períodos anteriores é feito diretamente no PL da entidade, sem transitar pelas contas de 
resultado. O objetivo é respeitar o princípio da competência, evitando contaminar o resultado do exercício com ajustes 
que nada tenham a ver com as receitas auferidas e despesas incorridas no exercício corrente. 
 
De acordo com o Fipecafi (p.178), este ajuste será feito de forma reflexa na Investidora, como Ajuste de Exercícios 
Anteriores em Lucros Acumulados. 
 
5.5.6 – Outros Resultados Abrangentes 
 
A equivalência patrimonial sobre os outros resultados abrangentes da investida deve ser reconhecida, na 
investidora, também diretamente contra seu patrimônio líquido, como parte dos outros resultados abrangentes da 
investidora. 
 
Dessa forma, não transitam pelo resultado da investidora como resultado de equivalência patrimonial as 
mutações do patrimônio líquido da investida que não transitam ou só transitarão futuramente pelo resultado da 
investida, tais como: ajustes por variação cambial de investimentos no exterior e ganhos ou perdas de conversão; 
determinados ganhos e perdas atuariais; variações no valor justo de ativos financeiros disponíveis para; 
variações ao valor justo de instrumentos de hedge (numa tradução literal do inglês, “hedge” quer dizer “cerca”. Na 
prática, é uma forma de proteger uma aplicação contra as oscilações do mercado. “O hedge significa menos risco para a 
posição do investidor, seja ela qual for”. Apesar de ser muito usado em operações cambiais, o hedge é também muito 
comum na proteção de preço de commodities. “Principalmente as agrícolas, que têm fortes oscilações de preços) em 
contabilidade de hedg; realizações de reservas de reavaliação; etc. 
 
5.6 – Resultados não realizados de operações intercompanhias 
 
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Ao se proceder à avaliação dos investimentos pelo método da equivalência patrimonial, deve-se, preliminarmente, 
verificar a existência de resultados não realizados de negócios efetuados entre ela e a própria investidora; outras 
companhias coligadas da investidora; e outras companhias controladas pela investidora. 
 
O objetivo desse procedimento é evitar que haja um inchamento artificial dos lucros da investida em virtude de 
transações realizadas no âmbito do grupo de empresas que venha a ter como consequência o próprio aumento do lucro 
da investidora (ou de suas coligadas e controladas) pela equivalência patrimonial.5.6.1 - Lucros não realizados em operações com coligada 
 
Nas operações de vendas de ativos de uma investidora para uma coligada, transações descendentes (downstream), 
são considerados lucros não realizados, na proporção da participação da investidora na coligada, aqueles obtidos em 
operações de ativos que, à época das demonstrações contábeis, ainda permaneçam na coligada. Por definição, essa 
coligada deve ter um controlador que não seja essa investidora a fim de que sobre a investidora e a coligada possa existir 
apenas relação de significativa influência e não de controle, e para que ambas não sejam consideradas sob controle 
comum. Equiparam-se a venda, para fins de lucro não realizado, os aportes de ativos para integralização de capital na 
investida. 
 
Dessa forma, na venda da investidora para a coligada é considerada realizada, na investidora, a parcela do lucro 
proporcional à participação dos demais sócios na coligada que sejam partes independentes da investidora ou dos 
controladores da investidora. Afinal, a operação de venda se dá entre partes independentes, por ter a coligada um 
controlador diferente do controlador da investidora. Aplicam-se esses procedimentos também para o caso de coligada 
sem sócio controlador. 
 
A operação de venda deve ser registrada normalmente pela investidora e o não reconhecimento do lucro não 
realizado se dá pela eliminação, no resultado individual da investidora (e se for o caso no resultado consolidado), da 
parcela não realizada e pelo seu registro a crédito da conta de investimento, até sua efetiva realização pela baixa do ativo 
na coligada. Não é necessário eliminar na demonstração do resultado da investidora as parcelas de venda, custo da 
mercadoria ou produto vendido, tributos e outros itens aplicáveis já que a operação como um todo se dá com genuínos 
terceiros, ficando como não realizada apenas a parcela devida do lucro. Devem ser reconhecidos, quando aplicável, 
conforme Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos Sobre o Lucro, os tributos diferidos. 
 
Na investidora, em suas demonstrações individuais e, se for o caso, nas consolidadas, a eliminação de que trata o 
item 51 se dá na linha de resultado de equivalência patrimonial, com destaque na própria demonstração do resultado ou 
em nota explicativa. 
 
Nas operações de venda da coligada para a investidora, transações ascendentes (upstream), os lucros não realizados 
por operação de ativos ainda em poder da investidora ou de suas controladas são eliminados da seguinte forma: do valor 
da equivalência patrimonial calculada sobre o lucro líquido da investida é deduzida a integralidade do lucro considerado 
como não realizado pela investidora. 
 
A existência de transações com ativos que gerem prejuízos é, normalmente, evidência de necessidade de 
reconhecimento de impairment conforme Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, 
o que leva à não eliminação da figura desse prejuízo. Esse conceito aplica-se também para as operações com controlada 
e com joint venture. 
 
5.6.2 - Lucros não realizados em operações com controlada 
 
Nas operações com controladas os lucros não realizados são totalmente eliminados tanto nas operações de venda da 
controladora para a controlada, quanto da controlada para a controladora ou entre as controladas. 
 
Nas demonstrações individuais, quando de operações de vendas de ativos da controlada para a controladora ou 
entre controladas, a eliminação do lucro não realizado se faz no cálculo da equivalência patrimonial, deduzindo-se, do 
percentual de participação da controladora sobre o resultado da controlada, cem por cento do lucro contido no ativo 
ainda em poder do grupo econômico. Nas demonstrações consolidadas, o excedente desses cem por cento sobre o valor 
decorrente do percentual de participação da controladora no resultado da controlada é reconhecido como devido à 
participação dos não controladores. 
 
5.6.3 - Lucros não realizados em operações com controlada em conjunto (joint venture) 
Nas operações de venda de ativos da investidora para a controlada em conjunto, o investidor considera como lucro 
realizado apenas a parcela relativa à participação dos demais investidores na controlada em conjunto, que são terceiros 
independentes, como no caso da operação com coligada. 
 
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Nas operações de venda de ativos da controlada em conjunto para a investidora, a investidora considera esse lucro 
na joint venture como não realizado como se a joint venture fosse uma controlada comum. 
 
Nas operações de venda de bens da controlada em conjunto para os demais investidores, partes independentes da 
investidora, não há lucro não realizado sob a ótica da entidade investidora. 
 
5.7 – Tratamento Contábil do Ágio e do Deságio 
 
5.7.1 – Conceituação 
 
Conforme exposto anteriormente, quando a investidora adquire uma participação societária que, em função dos 
critérios expostos anteriormente, será avaliada pelo MEP, é feita uma primeira equivalência patrimonial comparando-se 
o custo da aquisição do investimento com seu valor que tem como base o patrimônio líquido da investida, que será 
utilizado para o registro contábil da participação societária na investidora. 
 
No entanto, pode ocorrer de um investidor adquirir uma participação por um valor superior (ou inferior) à sua 
participação porporcional no patrimônio líquido da investida. Neste caso a empresa precisará reconhecer, separadamente 
do Investimento: 
 
a) No caso de aquisição por um valor superior a seu valor contábil: 
 
- Mais Valia de ativos líquidos 
 
- Ágio por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) 
 
b) No caso de aquisição por um valor inferior a seu valor contábil: 
 
- Ganho por compra vantajosa (deságio) 
 
5.7.2 – Determinação da Mais-valia, do Ágio ou Deságio 
 
Na segregação do valor dos Investimentos dos valores de Mais-valia, do Ágio ou Deságio, primeiramente, os ativos 
e passivos da entidade cujos instrumentos patrimoniais (normalmente ações ou cotas do capital social) foram adquiridos 
devem ser ajustados, mesmo que extracontabilmente, com relação a todas as práticas contábeis relevantes utilizadas pela 
adquirente. 
 
A seguir, para fins de determinação do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho por 
compra vantajosa, todos os ativos e passivos da investida devem ser reconhecidos e mensurados conforme o CPC 15 – 
Combinação de Negócios, cuja regra geral de mensuração é o valor justo. 
 
Portanto, o reconhecimento e mensuração dos ativos líquidos da entidade cujo controle foi obtido (em uma 
combinação de negócios) devem seguir as determinações do Pronunciamento Técnico CPC 15, que pode fazer, então, 
com que: 
 
(a) haja inclusão de ativos existentes na investida, mas não reconhecidos nas demonstrações contábeis dessa investida 
(como é o caso de determinados ativos intangíveis não contabilizados na investida porque, por exemplo, gerados por ela 
sem condição de ativação, mas que podem agora ser reconhecidos e avaliados objetivamente de forma individual), bem 
como; 
 
(b) que haja a inclusão de passivos contingentes também não reconhecidos na investida (como certas contingências 
fiscais, cíveis etc.), mas que tenham sido objeto de atribuição de um valor por parte do investidor para assumi-las na 
aquisição, ou seja, tenham influenciado o valor pago na aquisição desses instrumentos patrimoniais. 
 
O montante líquido correspondente à diferença entre o valor justo e o valor contábil do acervo líquido cujo controle 
foi obtido deve ser considerado como um ajuste extracontábil ao patrimônio líquido da entidade adquirida para finsdo 
cômputo da equivalência patrimonial (nas demonstrações individuais da controladora), mesmo não estando refletido nas 
demonstrações contábeis individuais da entidade cujo controle foi obtido, e comporão também os saldos da entidade 
adquirida para fins de consolidação das demonstrações contábeis. 
 
Na data da obtenção do controle, o montante do investimento decorrente de aquisição de controladas deve ser 
registrado nas demonstrações contábeis individuais da adquirente de forma segregada, para fins de controle e 
evidenciação, entre o valor do investimento proporcional ao percentual de participação sobre o patrimônio líquido 
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ajustado conforme item anterior, e o ágio por expectativa de resultado futuro (goodwill), no grupo de Investimentos do 
ativo não circulante da seguinte maneira: 
 
(a) o valor representado pela aplicação da percentagem de participação adquirida aplicada sobre o patrimônio líquido da 
adquirida ajustado pelas práticas contábeis da investidora e com ativos e passivos a seus valores justos (inclusive ativos 
anteriormente não reconhecidos e passivos contingentes que tenham influenciado no preço da operação, conforme item 
anterior). Considerando-se que, como regra, nos registros contábeis originais da entidade adquirida os ativos e passivos 
permanecem registrados pelos valores contábeis originais da adquirida, sem que sejam refletidos os ajustes pelo valor 
justo apurados na combinação de negócios, a entidade adquirente deve identificar todos os itens que resultem em 
diferenças entre os valores contábeis e os valores justos dos ativos e passivos da adquirida para fins de controle de sua 
realização por amortização, depreciação, exaustão, venda, liquidação, alteração no valor contabilizado, baixa, 
impairment ou qualquer outra mutação nos registros contábeis desses ativos e passivos. Quando realizadas essas 
diferenças entre valor contábil e valor justo de ativos e passivos da adquirida, deve a entidade adquirente realizar sua 
parte quando do reconhecimento do resultado de equivalência patrimonial. Afinal, o resultado da adquirida terá sido 
produzido com base nos valores históricos nela registrados, mas para a adquirente esses ativos e passivos terão sido 
adquiridos por valores justos da data da obtenção do controle. Esse investimento mensurado pela parte da controladora 
no valor justo dos ativos líquidos da adquirida, por consequência, deve ser subdividido para fins de controle, na entidade 
adquirente, em: 
 
(i) parcela relativa à equivalência patrimonial sobre o patrimônio líquido contábil da adquirida; e 
 
(ii) parcela relativa à diferença entre (i) e a parte da adquirente no valor justo dos ativos líquidos da adquirida, 
mensurados de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 15, na data da obtenção do controle. Essa parcela 
representa a mais valia derivada da diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos da 
adquirida. 
 
(b) O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), representado pela diferença positiva entre o 
valor pago (ou valores a pagar) e o montante líquido proporcional adquirido do valor justo dos ativos e passivos 
da entidade adquirida. Notar que esse ágio só é classificado no subgrupo de Intangíveis no balanço consolidado, 
conforme CPC 04 – Ativo Intangível, nunca no balanço individual, onde permanece no subgrupo de Investimentos; 
afinal, o goodwill é da adquirida (a capacidade de geração de rentabilidade futura é da adquirida), pago pela adquirente; 
para esta, individualmente, representa parte do custo de seu investimento, mesmo que sujeito a impairment e, 
eventualmente, a amortização. Há situações especiais nas hipóteses de aquisição de controle em que o Pronunciamento 
Técnico CPC 15 - Combinação de Negócios dispõe de forma diferente. 
 
No balanço consolidado, o ágio (goodwill) fica registrado no subgrupo do Ativo Intangível por se referir à 
expectativa de rentabilidade da controlada adquirida, cujos ativos e passivos estão consolidados nos da controladora. Já 
no balanço individual da controladora, esse ágio fica no seu subgrupo de Investimentos, do mesmo grupo de Ativos Não 
Circulantes, porque, para a investidora, faz parte do seu investimento na aquisição da controlada, não sendo ativo 
intangível seu (como dito atrás, a expectativa de rentabilidade futura – o genuíno intangível – é da controlada). O 
processo de reconhecimento de impairment, por outro lado, se aplica igualmente à conta de ágio (goodwill) no balanço 
consolidado e à subconta também de ágio (goodwill) no balanço individual. 
 
A conta de Investimento deve ser detalhada em notas explicativas quanto aos seus três componentes (se existirem): 
valor patrimonial da participação da controladora no valor contábil do patrimônio líquido da controlada adquirida, valor 
da mais valia dos ativos líquidos adquiridos atribuída à controladora e ágio por rentabilidade futura (goodwill) atribuído 
à controladora. 
 
No caso de aplicação da equivalência patrimonial em coligadas ou controladas em conjunto, o ágio por expectativa 
de rentabilidade futura (goodwill), no balanço da entidade investidora, permanece registrado dentro do subgrupo 
Investimento no Ativo Não Circulante, não podendo ser apresentado no subgrupo dos Ativos Intangíveis. 
 
5.7.2.1 – Deságio 
 
Na eventualidade de apuração de ganho por compra vantajosa, o registro contábil deve ser feito conforme previsto 
no Pronunciamento CPC 15 – Combinação de Negócios, o que redundará em reconhecimento de ganho na entidade 
adquirente. 
 
5.7.3 – Realização do Ágio 
 
A realização da Mais-valia registrada na investidora deverá ser efetuada: 
 
a) na proporção em que o ativo for sendo realizado na investida por depreciação, amortização ou exaustão; ou 
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b) em caso de alienação, baixa ou perecimento do investimento. 
 
A realização do Ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), não será amortizado e sofrerá os efeitos 
do teste de recuperabilidade (impairment) conforme CPC 01, ou, ainda, por alienação ou perecimento do investimento. 
 
Em função de o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill), integrar o valor contábil do investimento na 
coligada (não é reconhecido separadamente), ele não é testado separadamente em relação ao seu valor recuperável. Em 
vez disso, o valor contábil total do investimento é que é testado como um único ativo, em conformidade com o disposto 
no Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, pela comparação de seu valor contábil 
com seu valor recuperável (valor de venda líquido dos custos para vender ou valor em uso, dos dois o maior). 
 
5.8 – Investidas com Patrimônio Líquido Negativo 
 
Quando a investida incorre em prejuízos nas suas operações, seu patrimônio líquido diminui e a investidora deve ajustar 
negativamente o valor de seu investimento, conforme já explicado anteriormente. Se os prejuízos ocorrerem em 
exercícios sucessivos, poderá ocorrer a anulação do patrimônio líquido da investida, provocando igual situação no valor 
contábil da participação societária de propriedade da investidora. 
 
Pode acontecer, também, que os sucessivos prejuízos provoquem patrimônio líquido negativo na investida, ou seja, 
situação de Passivo a Descoberto (obrigações para com terceiros em montante maior que os seus bens e direitos). Nesse 
caso, no exercício em que se der esse fato, a investidora deve reconhecer como resultado negativo da equivalência 
apenas a parcela de sua participação no prejuízo que anule o valor contábil do seu investimento. 
 
Após reduzir a zero o saldo contábilda participação do investidor, perdas adicionais são consideradas, e um 
passivo é reconhecido somente na extensão em que o investidor tenha incorrido em obrigações legais ou construtivas 
(não formalizadas) de fazer pagamentos por conta da coligada. Se a coligada subsequentemente apurar lucros, o 
investidor retoma o reconhecimento de sua parte nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe cabe nesses 
lucros posteriores se igualar à sua parte nas perdas não reconhecidas. 
 
Atividades Teóricas - MEP 
 
2. Classifique as afirmativas em verdadeiras ou falsas: 
2.1. ( ) Ao apurar Lucro no final de um exercício, a coligada ou controlada não poderá distribuir parte deles como 
dividendos, para não atrapalhar a aplicação do MEP pela investidora. 
2.2. ( ) Pelo Método do Custo, as investidoras somente reconhecerão a receitas de participação societária, no 
momento em que ocorrer a distribuição e ou recebimento dos dividendos. 
2.3. ( ) Pelo MEP, as investidoras reconhecem os lucros ou os prejuízos apurados por suas investidas, no exercício da 
competência de tais resultados. 
2.4. ( ) Somente as sociedades anônimas devem aplicar o MEP em seus investimentos. 
2.5. ( ) Todas as pessoas jurídicas que possuírem investimentos em controladas, coligadas e ou equiparadas a 
coligadas, deverão aplicar o MEP para avaliar esses investimentos, conforme estabelece o RIR/99. 
2.6. ( ) O período de abrangência das demonstrações contábeis da coligada e controlada deverá ser idêntico ao da 
investidora, independentemente das respectivas datas de encerramento. 
2.7. ( ) Não se admite a utilização de períodos não idênticos, ainda que esse fato represente melhoria na qualidade da 
informação. 
2.8. ( ) Quando forem utilizados períodos não idênticos entre os balanços da investidora e investida, o fato deverá ser 
informado em notas explicativas. 
2.9. ( ) Quando o aumento do investimento tiver como origem o Lucro Líquido apurado pela investida, será 
contabilizado como Receita Operacional na investidora. 
2.10. ( ) Quando a redução do investimento tiver como origem o Prejuízo apurado pela investida, será contabilizado na 
investidora como Despesa Operacional. 
2.11. ( ) Quando o aumento do investimento decorrer de constituição de Reserva de capital na investida, será 
contabilizado como Receita não operacional na investidora. 
2.12. ( ) Quando o aumento do investimento decorrer de constituição de reserva de reavaliação na investida, será 
contabilizado como Receita Operacional na investidora. 
2.13. ( ) Lucros não realizados correspondem aos lucros obtidos pela investida em transações com a investidora, 
quando os referidos bens adquiridos da investida permanecerem no Ativo da investidora por ocasião da 
apuração dos resultados. 
2.14. ( ) Os lucros não realizados auferidos pela investidora, nas vendas de bens para a investida, transações descentes 
(downstream), não serão excluídos para fins de aplicação do MEP. 
2.15 ( ) Os resultados decorrentes de transações ascendentes (upstream) e descendentes (downstream) entre o investidor 
(incluindo suas controladas consolidadas) e a coligada ou o empreendimento controlado em conjunto devem 
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ser reconhecidos nas demonstrações contábeis do investidor somente na extensão da participação de outros 
investidores sobre essa coligada ou empreendimento controlado em conjunto, desde que esses outros 
investidores sejam partes independentes do grupo econômico a que pertence a investidora 
2.16. ( ) Os lucros decorrentes de vendas de mercadorias efetuadas pela investida para a investidora, somente serão 
considerados realizados quando a investidora revender tais mercadorias para terceiros. 
2.17. ( ) Os lucros decorrentes de transações entre a investida e a investidora, transações ascendentes (upstream) 
deverão ser excluídos para fins de aplicação do MEP, uma vez que fazem parte dos resultados da investida, 
porém, integram o custo de bens do Ativo da investida, não gerando recursos externos para o conjunto. 
2.18. ( ) Os lucros não realizados decorrentes de vendas de bens do Ativo Imobilizado, sujeitos à depreciação, serão 
realizados quando ocorrer na investidora, depreciação ou baixa dos referidos bens. 
 
3. Escolha a alternativa correta: 
 
3.1. Pelo MEP, os Investimentos têm seus valores atualizados, para mais ou para menos, em decorrência de: 
a. Variação ocorrida no Custo de aquisição em relação ao valor de mercado. 
b. Variações para mais ou para menos no Patrimônio Líquido das investidas. 
c. Variações para menos no valor patrimonial da ação da investidora. 
d. Lucros apurados pelas investidoras, somente. 
e. Prejuízos apurados pelas investidas. 
 
3.2. O MEP visa: 
a. Atualizar os investimentos para evitar defasagem entre o Ativo Circulante da investidora e o Patrimônio Líquido da 
investida. 
b. O conhecimento da diferença entre o valor de mercado e o valor do Patrimônio Líquido. 
c. Manter o valor do investimento equivalente ao percentual de participação da investidora no valor do Patrimônio 
Líquido de sua investida. 
d. Atualizar o valor das ações representativas do capital da investidora. 
e. O equilíbrio entre o Resultado do Exercício da investidora com o resultado do exercício da investida. 
 
3.3. Participação na Controlada B 
 Receitas Operacionais. 
 a Receitas de Participações Societárias. 
 
 Esse lançamento registra: 
a. O acréscimo no valor do investimento, decorrente de aumento de capital ocorrido na coligada. 
b. A redução ocorrida no Patrimônio Líquido da investida. 
c. O aumento ocorrido no PL da investida em função da criação de reserva de reavaliação. 
d. O aumento ocorrido no PL da investida em decorrência de lucros por ela apurados. 
e. O Ágio amortizado pela investidora. 
 
3.4. Despesas Operacionais 
 Despesas de Participações Societárias 
 a Participação na Coligada B 
 
Esse lançamento registra: 
a. O lucro auferido pela investida. 
b. A diminuição do Ativo Circulante da Investidora. 
c. O Prejuízo apurado pela investida em decorrência de aumento de capital. 
d. O Prejuízo auferido pela investida em decorrência de redução do Capital. 
e. A redução ocorrida no PL da investida em decorrência de prejuízos por ela apurados. 
 
3.5. No exercício seguinte, ocasião em que a investidora receber em cheque os dividendos, devidamente contabilizados 
como acréscimo da conta que registra o investimento no final do exercício anterior, o correto será debitar a conta Caixa 
ou Bancos conta Movimento e creditar a conta: 
a. Que registra o respectivo investimento. 
b. Dividendos a Receber. 
c. Receitas de Participações Societárias. 
d. Ganhos em contas do Ativo Permanente. 
e. Reserva de Capital. 
 
3.6. A controlada B apurou lucro líquido, no final de X1, no valor de $500 e contabilizou $200 como dividendos a pagar 
para sua controladora A, permanecendo o restante no PL. 
Em relação a esse lucro de $500, a investidora: 
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a. Obrigatoriamente debitará $200 na conta Dividendos a Receber e $300 na conta que registra o investimento; 
b. Poderá optar em debitar $500 na conta que registra o investimento ou $200 em Dividendos a Receber e $300 na conta 
que registra o investimento. 
c. Creditar $200 em Dividendos a Pagar e $300 no PL. 
d. Creditar $200 em Dividendos a Receber e debitar $300 em Receita de Participação. 
e. Debitar $500 como Receita Operacional e $300 como Dividendos a Receber. 
 
3.7. A investidora A proprietária de 4% das ações representativas do capital da sociedade Z, avaliou tal investimento 
pelo MEP, observandorigorosamente as disposições contidas na Instrução CVM n.º 247/1996. O procedimento da 
investidora está: 
a. Correto, uma vez que o investimento é relevante. 
b. Correto uma vez que controla a sociedade Z. 
c. Errado, uma vez que o percentual de 4% na participação do Capital de outra empresa, não caracteriza a existência de 
coligada nem de controlada. 
d. Errado, uma vez que em empresa equiparada à coligada, não deve ser aplicado o MEP. 
e. Correto, tendo em vista que assim determina a Lei n.º 6.4074/1976. 
 
3.8. Quando a investidora participa com 10% ou mais do capital social da investida, dizemos que a investidora tem uma: 
a. Coligada. 
b. Equiparada à coligada. 
c. Controlada. 
d. Subsidiária. 
e. Controlada indireta. 
 
3.9. Consideram-se equiparadas a coligadas, quando: 
a. A investidora participa com 10% ou mais do capital da investida, porém sem controlá-la. 
b. A investidora mantém o controle acionário direto da investida. 
c. A investida mantém reciprocamente participação na investidora. 
d. A investidora participa indiretamente do capital da investida 
e. A investidora estiver estabelecida no exterior. 
 
3.10. Quando a investidora, diretamente ou indiretamente, for titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo 
permanente, o poder de eleger ou destituir a maioria dos administradores, dizemos que a investidora têm uma empresa: 
a. Coligada. b. Equiparada à coligada. c. Controlada. 
d. Coligada ou controlada, indiferentemente. e. N.D.A. 
 
3.11. São considerados relevantes os investimentos em coligadas, quando o valor contábil do investimento for igual ou 
superior a 10% do valor do: 
a. Patrimônio Líquido da coligada. b. Capital da investidora. c. Grupo Investimentos da investidora. 
d. Patrimônio Líquido da investidora. e. N.D.A. 
 
3.12. O custo de aquisição do investimento, avaliado pela equivalência patrimonial adicionado do Ágio não amortizado, 
deduzido do Deságio não amortizado e da provisão para perdas, denomina-se: 
a. Valor patrimonial do investimento. b. Valor contábil da ação. c. Custo de aquisição do investimento. 
d. Acréscimo ao PL da investida. e. Valor contábil do investimento. 
 
3.13. Estão sujeitos à avaliação pelo MEP, os seguintes investimentos: 
a. Em coligadas, suas equiparadas e em controladas. 
b Somente em coligadas e em controladas, somente quando relevantes. 
c. Em controladas, em coligadas e nas equiparadas à coligadas, somente quando relevantes. 
d. Em controladas (todos), em coligadas e em suas equiparadas quando forem considerados relevantes, além disso, é 
preciso que a investidora tenha influência na administração ou quando a porcentagem de participação, direta ou indireta 
da investidora, represente 20% (vinte por cento) ou mais do capital social da coligada. 
e. Das coligadas e de suas equiparadas (todos) e das controladas, somente quando houver realmente controle acionário. 
 
3.14. Entende-se por lucros não realizados, para fins do MEP: 
a. Aqueles decorrentes de negócios com a investidora ou com outras coligadas e controladas, quando o lucro estiver 
incluído no resultado de uma coligada e controlada e correspondido, por inclusão, no custo de aquisição de ativos de 
qualquer natureza no Balanço Patrimonial da investidora. 
b. Aqueles que integram o resultado da investidora e figurem embutidos no custo de bens do Ativo Permanente das 
investidas, coligadas e investidoras. 
c. Somente os decorrentes de vendas a prazo. 
d. Todos aqueles resultantes de resultados não-operacionais. 
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e. N.D.A. 
 
3.15. Os prejuízos decorrentes de transações com a investidora, coligadas e controladas: 
a. Não devem ser eliminados no cálculo da equivalência patrimonial. 
b. Devem ser eliminados no cálculo da equivalência patrimonial. 
c. Deverão ser adicionados ao total do PL para cálculo. 
d. Não ocorrerão, uma vez que o MEP não trata desse assunto. 
e. N.D.A. 
 
3.17. A diferença para mais ou para menos, respectivamente, entre o custo de aquisição do investimento e a equivalência 
patrimonial denomina-se: 
a. Ágio. b. Deságio. c. Ágio ou deságio. d. Valor Contábil não realizado. e. N.D.A. 
 
3.18. O Ágio ou o Deságio deve ser contabilizado: 
a. Segregadamente da conta que registra o custo do investimento. 
b. Incluso na conta que registra o investimento. 
c. Em conta de Despesa ou de Receita Operacional. 
d. Em conta de Receita ou Despesa Não-Operacional. 
e. Todas alternativas estão erradas. 
 
3.20. É fundamento econômico do Ágio: 
a. Diferença entre o valor contábil e o valor de mercado. 
b. Expectativa de rentabilidade futura (Goodwill). 
c. Existência de PL positivo na investida. 
d. Somente a "a" está correta. 
e. As alternativas "a" e "b" estão corretas. 
 
3.21. A amortização do Ágio, gera para a investidora, uma Despesa Operacional enquanto a amortização do Deságio: 
a. Gera também Despesa Operacional. b. Gera Receita Operacional. 
c. Gera Receita Não-Operacional. d. Gera redução do Investimento. e. Todas estão erradas. 
 
3.22. As investidoras deverão constituir provisão para perdas efetivas e para perdas potenciais previstas no patrimônio 
da investida, desde que essas perdas: 
a. Não estejam previstas na contabilidade da investidora. 
b. Não tenham sido reconhecidas contabilmente pelas investidas. 
c. O Patrimônio Líquido da investidora comporte. 
d. Somente a "a" está correta. 
e. N.D.A. 
 
3.23 São exemplos de empreendimento controlado em conjunto, exceto: 
 
a) Fundos mútuos controlados em conjunto 
b) Operações controladas em conjunto 
c) Ativos controlados em conjunto 
d) Entidades controladas em conjunto 
e) Operações em entidades controladas em conjunto 
 
3.24 É considerada como uma característica comum a todas as formas de empreendimento controlado em conjunto: 
 
a) Criação de uma nova entidade 
b) Aplicação do consolidação proporcional 
c) Uso do método da equivalência patrimonial 
d) Controle individual dos ativos 
e) Acordo contratual 
 
3.25 Nas operações controladas em conjunto, o empreendedor NÃO deve reconhecer em suas demonstrações contábeis: 
 
a) Os ativos por ele controlados 
b) Os passivos por ele incorridos 
c) Os ajustes oriundos dos procedimentos de consolidação 
d) As despesas por ele incorridas 
e) Sua parte nas receitas geradas com as vendas 
 
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3.25 Quando será necessário empregar a consolidação proporcional: 
 
a) Somente nos casos de operações controladas em conjunto 
b) Somente nos casos de ativos controlados em conjunto 
c) Nos casos de operações e ativos controlados em conjunto 
d) Somente nos casos de entidades controladas em conjunto 
e) Não se deve empregar a consolidação proporcional, pois somente o uso do método da equivalência patrimonial é 
suficiente. 
 
Atividades Práticas 
 
PRÁTICA 1 - Com base nas informações a seguir, identifique se o investimento na coligada Capitão Cafu S/A é 
considerado relevante para fins de aplicação do MEP. 
 No Balanço Patrimonial da Investidora A, constam: 
 
 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
. Promissórias a Receber da Coligada Capitão Cafu S/A 20.000 
 
 ATIVO PERMANENTE 
 INVESTIMENTOS 
 Participaçãona Coligada Capitão Cafu S/A ................................................................................. 50.000 
(+) Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura ........................................................................ 10.000 
 . (-) Provisão para Perdas ............................................................................................................ (5.000) 
Total ............................................................................................................................................ 55.000 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 . Capital .................................................................................................................................... 500.000 
 . Reservas de Lucros ................................................................................................................... 25.000 
 . Lucros Acumulados .................................................................................................................. 65.000 
 Total ......................................................................................................................................... 590.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PRÁTICA 2 - Com base nos dados e informações a seguir, proceda a contabilização para atualizar o valor do 
investimento pelo MEP: 
1. Ativo Permanente da investidora em 31.12.X9: 
 INVESTIMENTOS 
 AVALIADO PELA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 
 Participação na Controlada C ...................................................................................................... 70.000 
 2. Patrimônio Líquido da Controlada C, em 31.12.X9: 
Capital ....................................................................................................................................... 100.000 
 3. Patrimônio Líquido da controlada C, em 31.12.X10: 
 Capital ...................................................................................................................................... 100.000 
 Lucros Acumulados .................................................................................................................... 50.000 
 Total ......................................................................................................................................... 150.000 
 
 . Informações complementares: 
 a. a participação da investidora na controlada equivale a 70% do capital da investida. 
 b. Expurgar do PL da investida, Lucro não-realizado no valor de $10.000, decorrente de Lucro auferido pela investida 
em vendas para a investidora. 
 
 
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2.3 A Cia. Investidora adquiriu por $ 72.000, em 31-12-X9, 60% das ações da Cia. Investida, cujo patrimônio 
líquido nessa data era de $ 120.000. Em 31-12-X10, a Cia. Investida apurou um lucro líquido de $ 15.000, do qual a 
administração propõe a distribuição de $ 5.000 de dividendos. Assumindo que o investimento seja relevante, efetue na 
Cia. Investidora a contabilização de compra, da avaliação do investimento e dos dividendos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 A Cia. A, em 31-12-X1, possuía participação (relevante) de 80% na Cia. B, registrada por $ 200.000. No 
exercício encerrado em 31-12-X2, a Cia. B apurou um prejuízo líquido de $ 40.000. Efetue, na Cia. A, o lançamento da 
avaliação do investimento na Cia. B. 
 
 
 
 
 
 
2.5 A Cia. A, em 31-12-X10, possuía participação (relevante) de 70% na Cia. B, registrada por $ 140.000. Em 30-
3-X11, a Cia. B deliberou distribuir $ 10.000 da conta de lucros acumulados e aumentar seu capital com a 
utilização de reservas no montante de $ 30.000. Em função do aumento de capital, a Cia. B emitiu 30.000 ações e as 
distribuiu a seus acionistas. Efetue, na Cia. A, o(s) lançamento(s) correspondente(s) à distribuição de lucros e à 
capitalização de reserva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.6 A Investidora possui 30% das ações da Investida avaliadas pelo método da equivalência patrimonial em $ 
9.000. No encerramento do exercício, a Cia. Investidora mantém em estoque mercadorias adquiridas da Investida por $ 
10.000. A Investida havia adquirido essas mercadorias de terceiros por $ 8.000. 
No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de $ 5.000. Qual o resultado da equivalência? 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Consolidação das Demonstrações Contábeis 
 
No IASB: IAS 27 – Consolidated Financial Statements 
 
Regulamentação: CPC 36 aprovado pela Deliberação CVM nº 608 de 26/11/2009 
 
A Consolidação das Demonstrações Contábeis é uma técnica contábil que consiste na unificação das 
demonstrações contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação econômica e 
financeira de todo o grupo como se fosse uma única empresa. Ela tem por objetivo possibilitar a análise precisa de todo 
o grupo econômico. 
 
As Demonstrações Contábeis que devem ser consolidadas são: O Balanço Patrimonial, a Demonstração do 
Resultado do Exercício, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado. 
 
6.1 – Aspectos Legais da Consolidação das Demonstrações Contábeis 
 
 Art. 249 e 250 da Lei 6.404/76, com alterações da Lei 11.638/2007 
 
Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu patrimônio líquido representado 
por investimentos em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações 
financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do artigo 250. 
 
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir normas sobre as sociedades cujas demonstrações 
devam ser abrangidas na consolidação, e: 
 
a) determinar a inclusão de sociedades que, embora não controladas, sejam financeira ou administrativamente 
dependentes da companhia; 
 
b) autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais sociedades controladas. 
 
 Art. 1 e 3 do CPC 36 / Deliberação CVM nº 608/2009 
 
1 - Este Pronunciamento deve ser aplicado na elaboração e apresentação de demonstrações contábeis consolidadas de 
grupo econômico de entidades sob o controle de controladora. 
 
3 - Este Pronunciamento também deve ser aplicado na contabilização de investimentos em controladas, entidades 
controladas em conjunto e coligadas, quando o investidor opta ou é exigido por regulamentação local, a apresentar as 
demonstrações contábeis separadas. 
 
7.1.1 – Dispensa de Apresentação 
 
A controladora pode deixar de apresentar as demonstrações contábeis consolidadas, somente se, além de permitido 
legalmente: 
 
(a) a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, em conjunto com os 
demais proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, foram consultados e não fizeram objeção quanto à não 
apresentação das demonstrações contábeis consolidadas pela controladora; 
 
(b) os instrumentos de dívida ou patrimoniais da controladora não são negociados em mercado aberto (bolsas de valores 
no País ou no exterior ou mercado de balcão – mercado descentralizado de títulos não listados em bolsa de valores ou 
cujas negociações ocorrem diretamente entre as partes, incluindo mercados locais e regionais); 
 
(c) a controladora não registrou e não está em processo de registro de suas demonstrações contábeis na Comissão de 
Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, visando a emissão de algum tipo ou classe de instrumento em mercado 
aberto; e 
 
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(d) a controladora final (ou intermediária) da controladora disponibiliza ao público suas demonstrações contábeis 
consolidadas em conformidade com os Pronunciamentos Técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 
 
7.2 – Definições de Termos 
 
O entendimento dos termos abaixo se faz necessário para o entendimento deste assunto, além dos apresentados no 
capítulo anterior. 
 
2.2.1 - Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um conjunto de entidades (grupo econômico), 
apresentadas como se fossem as de uma única entidade econômica. 
 
2.2.2 - Participação de Não Controlador é a parte do patrimônio líquido da controlada não atribuível, direta ou 
indiretamente, à controladora. 
 
2.2.3 - Demonstrações separadas são aquelas apresentadas por controladora, investidor em coligada ou empreendedor 
em entidade controlada em conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com base no valor do interesse 
direto no patrimônio (direct equity interest) das investidas, em vez de nos resultados divulgados e nos valores contábeis 
dos ativos líquidos das investidas. Não se confundem com as demonstrações individuais. (Consultar Pronunciamento 
Técnico CPC 35 – Demonstrações Separadas). 
 
7.3 - Procedimentos de consolidação 
 
Regra geral, as normas da CVM e do CFC relativas à Consolidação das demonstrações contábeis já estavam 
adequadas às normas internacionais. Portanto, a convergência das normas brasileiras para as normas internacionais de 
contabilidade não provocou alterações significativas. 
 
Na elaboração de demonstrações contábeis consolidadas, a entidade controladora combina suas demonstrações 
contábeis com as de suas controladas, linha a linha, ou seja, somando os saldos de itens de mesma natureza: ativos, 
passivos, receitas e despesas. Para que as demonstrações contábeis consolidadas apresentem informações sobre o grupo 
econômico como uma única entidade econômica, os seguintes procedimentos devem ser adotados: 
 
(a) o valor contábil do investimento da controladora em cada controlada e a parte dessa controladora no patrimônio 
líquido das controladas devem ser eliminados; 
(b) identificar a participação dos não controladores no resultado das controladas consolidadas para o período de 
apresentação das demonstrações contábeis; e 
(c) identificar a participação dos não controladores nos ativos líquidos das controladas consolidadas, separadamente da 
parte pertencente à controladora. A participação dos não controladores nos ativos líquidos é composta: 
 
(i) do montante da participação dos não controladores na data da combinação inicial; e 
(ii) da participação dos não controladores nas variações patrimoniais das controladas consolidadas desde a data da 
combinação. 
 
Os saldos, transações, receitas e despesas intragrupo (entre as entidades do grupo econômico), devem ser 
eliminados. Os saldos de balanços e transações intragrupo, incluindo receitas, despesas e dividendos são eliminados. A 
participação dos não controladores deve ser apresentada no balanço patrimonial consolidado dentro do patrimônio 
líquido, separadamente do patrimônio líquido dos proprietários da controladora. 
 
O resultado do período e cada componente dos outros resultados abrangentes são atribuídos aos proprietários da 
controladora e à participação dos não controladores. O resultado abrangente total é atribuído aos proprietários da 
controladora e à participação dos não controladores, independentemente desses resultados tornarem negativa a 
participação dos não controladores. 
 
7.3.1 – Lucros Não Realizados 
 
Os resultados decorrentes das transações intragrupo que estiverem reconhecidos nos ativos, tais como estoque ou 
ativo imobilizado, devem ser eliminados. As perdas intragrupo podem indicar redução no valor recuperável dos ativos 
correspondentes que precisa ser reconhecida nas demonstrações contábeis consolidadas. 
 
Os impostos e contribuições decorrentes das diferenças temporárias pela eliminação de resultados não realizados 
nas transações intragrupo devem ser reconhecidos no ativo ou passivo como tributos diferidos. 
 
7.3.2 – Data das Demonstrações Contábeis 
 
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As demonstrações contábeis da controladora e de suas controladas utilizadas na elaboração das demonstrações 
contábeis consolidadas devem ser de mesma data. Quando a data de encerramento da controladora for diferente da data 
da controlada, esta última deve elaborar, para fins de consolidação, demonstração contábil adicional na mesma data das 
demonstrações da controladora, a menos que isso seja impraticável. 
 
Quando as demonstrações contábeis da controlada, utilizadas para fins de consolidação, forem de data diferente da 
data de encerramento das demonstrações da controladora, devem ser feitos os ajustes necessários em razão dos efeitos 
de eventos ou transações relevantes que ocorrerem entre aquela data e a data das demonstrações contábeis da 
controladora. Independentemente disso, a defasagem máxima entre as datas de encerramento das demonstrações da 
controlada e da controladora é de até dois meses. 
 
7.4 – Perda de Controle 
 
Se a controladora perde o controle da controlada, ela deve: 
 
(a) Não reconhecer os ativos (incluindo o ágio por rentabilidade futura – goodwill) e os passivos da controlada pelos 
seus valores contábeis na data em que o controle for perdido; 
(b) Não reconhecer o valor contábil de qualquer participação de não controladores na ex-controlada na data em que o 
controle for perdido (incluindo quaisquer componentes de outros resultados abrangentes reconhecidos diretamente no 
patrimônio líquido e atribuíveis aos não controladores); 
 
(c) Reconhecer: 
 
(i) o valor justo da compensação recebida em troca, se houver, proveniente da transação, evento ou circunstância que 
resultou na perda do controle; e 
(ii) se a transação que resultou na perda do controle envolver a distribuição de ações da controlada aos sócios, na 
qualidade de proprietários, essa distribuição; quando houver aumento de capital na controlada e a controladora não 
exercer o seu direito na compra de ações adicionais, pode haver a diluição da participação relativa da controladora. Se 
essa mudança é suficiente para ela perder o controle, essa perda pela diluição de sua participação deve ser considerada 
nesse item; 
 
(d) Reconhecer o investimento remanescente na ex-controlada, se houver, ao seu valor justo na data em que o controle 
foi perdido; 
(e) Reclassificar para o resultado do período ou transferir diretamente para lucros acumulados, quando couber, os 
valores identificados no item 35; e 
(f) Reconhecer a diferença resultante como ganho ou perda no resultado do período atribuível à controladora. 
 
Atividade Teórica 
 
1. O que você entende por Consolidação de Demonstrações Contábeis? 
 
 
 
 
2. Cite as demonstrações contábeis sujeitas a consolidação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Cite os principais documentos que tratam da Consolidação das demonstrações contábeis. 
 
 
 
3.1 Entende-se por consolidação de balanços: 
a) a união de duas ou mais companhias para formar uma nova sociedade; 
b) o agrupamento de demonstrações contábeis de duas ou mais sociedades como se fossem uma única empresa; 
c) a absorção (ou incorporação) de uma empresa por outra; 
d) transferência de parcela do patrimônio de uma companhia para outra sociedade. 
 
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3.2 Classificação da participação dos acionistas não controladores no balanço patrimonial consolidado: 
a) apóso Patrimônio Líquido; 
b) entre o Passivo Circulante e o Exigível a Longo Prazo; 
c) como uma Conta Retificadora do Ativo Permanente; 
d) após o Exigível a Longo Prazo e antes do Patrimônio Líquido. 
 
3.3 O ágio incorrido na aquisição de um investimento e fundamentado no valor de mercado das máquinas da sociedade 
investida é classificado no seguinte grupo de contas do balanço patrimonial consolidado: 
a) investimento, como adição às contas do respectivo investimento; 
b) ativo imobilizado, como adição às contas das máquinas; 
c) ativo diferido; 
d) participação minoritária; 
e) nenhuma das anteriores. 
 
3.4 Classificação no consolidado do deságio baseado em valor de mercado de bens do ativo imobilizado da sociedade 
controlada: 
a) resultado de exercícios futuros; 
b) patrimônio líquido; 
c) decréscimo do ativo imobilizado; 
d) acréscimo ao ativo diferido. 
 
3.5 Classificação no consolidado do ágio baseado na expectativa de lucros futuros: 
a) ativo permanente; 
b) ativo circulante; 
c) ativo realizável a longo prazo; 
d) resultado de exercícios futuros; 
e) patrimônio líquido. 
 
3.6 Classificação no consolidado do deságio baseado na expectativa de lucros futuros: 
a) ativo imobilizado; 
b) ativo diferido; 
c) investimentos; 
d) patrimônio líquido; 
e) resultado de exercícios futuros. 
 
3.7 Assinale a(s) afirmativa(s) falsa(s): 
a) o processo de consolidação de balanços implica necessidade de efetuar lançamentos contábeis na “contabilidade 
oficial” da investidora; 
b) somente as investidoras de capital aberto estão obrigadas a elaborar as demonstrações contábeis consolidadas; 
c) as demonstrações consolidadas devem ser auditadas e, por isso, há necessidade da elaboração de papéis de trabalho 
para os testes e revisões dos auditores; 
d) para a contabilidade gerencial, o processo de consolidação das de-monstrações contábeis não tem qualquer utilidade; 
e) para as finalidades de concessão de financiamentos bancários para a controladora de um grupo econômico, não há 
sentido em solicitar as demonstrações consolidadas do grupo de empresas, visto que tais demonstrações não são oficiais, 
ou seja, não têm qualquer utilidade para efeito de análises bancárias; 
f) as demonstrações consolidadas não têm efeitos fiscais e societários, porque os tributos e os dividendos só podem ser 
calculados sobre as demonstrações contábeis de cada uma das empresas do grupo; 
g) quando houver diferença entre o patrimônio líquido da contro-ladora e o consolidado deverá ser apresentada em nota 
explicativa a conciliação dessas diferenças. 
 
3.8 As demonstrações que devem ser consolidadas ao final de cada exercício social são: 
a) o balanço patrimonial e a demonstração de resultado; 
b) o balanço patrimonial, a demonstração do resultado e DFC e DVA; 
c) todas as demonstrações citadas anteriormente mais as notas explicativas e outros quadros analíticos. 
 
3.9 Poderão ser excluídas das demonstrações contábeis consolidadas, sem prévia autorização da CVM, as sociedades: 
a) controladas com efetivas e claras evidências de perda de continuidade e cujo patrimônio seja avaliado a valores de 
liquidação; 
b) controladas que apresentem prejuízo durante três exercícios seguidos; 
c) controladas em conjunto, conhecidas como joint ventures. 
 
3.10 Com relação aos encargos de tributos correspondentes aos lucros não realizados: 
a) não há necessidade de efetuar qualquer eliminação ou ajuste para a consolidação das demonstrações contábeis; 
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b) devem ser apresentados no Ativo Circulante ou realizável a longo prazo no balanço consolidado; 
c) devem ser apresentados no Passivo Circulante ou exigível a longo prazo no balanço consolidado; 
d) devem ser apresentados no Passivo, no grupo de resultados de exercícios futuros, no balanço consolidado. 
 
3.11 Não devem integrar os demonstrativos consolidados os patrimônios de empresas controladas nas quais: 
a) o controle seja apenas temporário; 
b) ocorra total dependência tecnológica; 
c) ocorra dependência financeira integral; 
d) o controle seja permanente e total. 
 
3.12 Para que os procedimentos de consolidação das demonstrações contábeis dos conglomerados reflitam 
tecnicamente a relação do grupo para com terceiros, é importante que seja mantida a uniformidade: 
a) de políticas de captação de recursos, de formação dos estoques e mantidos os mesmos credores; 
b) de fornecedores, de estocagem de produtos e utilizem os mesmos órgãos financiadores; 
c) de políticas de compra e venda de produtos, de estocagem de produ-tos e mantidos os mesmos credores; 
d) diretiva em todas as empresas do conglomerado com os mesmos diretores nas empresas; 
e) de critérios e procedimentos contábeis entre as empresas consolidadas. 
Nesse sentido, as Normas anexas às Instruções da CVM são claras ao determinar que “no balanço patrimonial ou no 
balancete de verificação da controlada deverá ser observado pela investidora que os critérios contábeis adotados foram 
idênticos nas empresas cujas demonstrações estão sendo objetos de consolidação”. 
 
3.13 Leia as afirmações a seguir: 
 
I - As demonstrações contábeis consolidadas apresentam informações contábeis sobre o grupo como uma única entidade 
econômica. 
II - Na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, a entidade deve combinar as suas demonstrações 
contábeis com as das controladas linha a linha, somando itens como ativos, passivos, patrimônio líquido, receita e 
despesa e não precisa eliminar o valor contabilizado de investimento da controladora em cada controlada e a 
participação da controladora no patrimônio líquido de cada controlada. 
III - Não há a necessidade de mensurar e apresentar a participação dos acionistas ou sócios não controladores. 
 
Diante dessas afirmações, pode-se considerar que: 
 
a) somente a afirmação I está correta 
b) as afirmações I e II estão corretas 
c) as três afirmações estão corretas 
d) somente a afirmação II está errada 
e) todas as afirmações estão erradas 
 
 
3.14 Uma investidora que tenha investimentos feitos em entidades controladas fica obrigada a apresentar: 
 
I - Demonstrações contábeis consolidadas 
II - Demonstrações contábeis separadas 
III - Demonstrações contábeis combinadas 
 
Indique a resposta correta: 
 
a) as três afirmações estão corretas 
b) as três afirmações estão erradas 
c) as afirmações I e II estão corretas 
d) as afirmações II e III estão corretas 
e) somente a afirmação I está correta 
 
 
3.15 A investidora Cia LSV possui 55% das ações com direito a voto na Cia ABC. A Cia XYZ possui os demais 45% 
das ações com direito a voto da Cia. ABC. Adicionalmente, a Cia. XYZ possui instrumentos de dívidas emitidas pela 
Cia. ABC que podem, sem restrições quanto a data ou eventos futuros, ser convertidos em ações ordinárias. Se a 
conversão ocorrer, a Cia. XYZ passará a ter 60% das ações com direito a voto, reduzindo proporcionalmente a 
participação da Cia LSV. Para exercer o direito à conversão dos títulos em ações ordinárias, a Cia XYZ terá de 
desembolsar um valor substancial, montante de que ela não dispõe no momento. 
 
Nesse caso... 
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a) a Cia ABC não deverá ser consolidada por nenhuma das empresas investidoras; 
b) a Cia. ABC somente deverá ser consolidada pela Cia. XYZ se ela comprovar que tem recursos necessários para 
converter os títulos em ações; 
c) a Cia. XYZ deverá consolidar a Cia. ABC, independente de sua restrição financeira para exercer o direito à conversão 
dos títulos; 
d) a Cia. ABC deverá ser consolidada pelasinvestidoras Cia. LSV e Cia. XYZ proporcionalmente às suas participações; 
e) a Cia. XYZ deverá consolidar a Cia. ABC usando o percentual potencial de participação, ou seja, 60%. 
 
 
3.16 A Cia. BrB possui 55% das ações com direito a voto da Cia. Caracas, uma empresa estrangeira exploradora de 
recursos minerais localizada na República da Vlatava. Devido a uma série de problemas políticos naquele país, o 
governo local restringiu a transferência de recursos em 10% do lucro anual para a Cia. BrB. O procedimento a ser 
adotado pela Cia. BrB será: 
 
a) adotar a norma de instrumentos financeiros, pois o investimento se classifica como mantido para venda; 
b) não consolidar a Cia Caracas em função da restrição imposta pelo governo da República da Vlatava; 
c) consolidar a Cia Caracas usando a participação correspondente aos recursos a serem recebidos, ou seja, 10%; 
d) consolidar normalmente a Cia Caracas, pois a transferência de recursos não a desobriga da consolidação; 
e) nenhuma das alternativas anteriores. 
 
 
3.17 QUESTÃO C ou E (com fundamento): Parte I 
 
Marque C quando a afirmativa estiver CORRETA ou E quando estiver ERRADA. O candidato deve fundamentar suas 
escolhas. 
 
a) ( ) Um investimento em controlada deve ser sempre consolidado pela empresa controladora. 
b) ( ) O que determina o controle é o percentual de participação no capital votante. Assim, uma investidora somente irá 
consolidar uma investida quando detiver mais de 50% do seu capital votante. 
c) ( ) As transações entre empresas do mesmo grupo podem gerar lucros não realizados no estoque, no ativo imobilizado 
ou no ativo intangível. Os valores desses lucros devem ser eliminados no processo de consolidação das demonstrações 
contábeis. 
d) ( ) A sede da Cia. América é nos Estados Unidos e suas ações são negociadas na Bolsa de Nova York. As políticas 
contábeis da Cia. América estão de acordo com o USGAAP. A empresa possui uma controlada aqui no Brasil, que tem 
adotado os pronunciamentos contábeis do CPC (alinhado ao IFRS do IASB). Em função do avanço da contabilidade no 
Brasil a Cia. América pode consolidar as demonstrações contábeis da sua controlada brasileira sem realizar ajustes de 
políticas contábeis. 
 
 
a) E - Quando existe a intenção de venda do investimento em controlada ele não deve ser consolidado 
b) E - O que determina o controle é o poder de governar políticas operacionais e financeiras da investida (isso também 
pode ocorrer via acordo de acionistas, empréstimos relevantes etc.) 
c) C - Lucros não realizados entre empresas que irão consolidar suas demonstrações contábeis devem ser sempre 
eliminados quando da consolidação 
d) E - Não, pois o grupo deve adotar políticas contábeis uniformes e sua controlada no Brasil deve aplicar as políticas 
contábeis do USGAAP quando for reportar suas demonstrações contábeis para fins de consolidação nos EUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atividade Prática 
 
3.18. As Cia. X cujas ações são negociáveis na bolsa de valores, têm 70% de participação acionária da Cia. Y. Nesse 
sentido proceda a consolidação de balanço das Cias, conforme Papel de Trabalho abaixo: 
 
Papel de Trabalho para fins de Consolidação
Cia X Cia Y
R$ R$ Débito Crédito
Circulante
Caixa e Bancos 500,00 240,00 740,00 
Estoque 760,00 1.320,00 2.080,00 
Duplicatas a Receber 1.080,00 610,00 1.690,00 
Débitos de Controladas 950,00 950,00 
Não Circulante - 
Investimento - 
Ações de Controladas 1.470,00 1.470,00 
Imobilizado 2.900,00 1.900,00 4.800,00 
Total do Ativo 7.660,00 4.070,00 11.730,00 
Cia X Cia Y
R$ R$
Circulante
Duplicatas a Pagar 1.860,00 1.020,00 2.880,00 
Créditos de Controladas 950,00 950,00 
Acionistas Não Controladores
Patrimônio Líquido - 
Capital Realizado 4.300,00 1.400,00 5.700,00 
Reserva de Lucros 1.500,00 700,00 2.200,00 
Total do Passivo 7.660,00 4.070,00 11.730,00 
Ativo
Totais
Eliminações
Consolidado
Passivo
Totais
 
 
 
Os exercícios de números 3.19 a 3.24 devem ser resolvidos com base nas informações a seguir: 
A Empresa LM era subsidiária integral da Cia. ABC, que também possuía 60% do capital da Cia. XY. Em 31-12-X1, os 
balanços patrimoniais da Cia. ABC e de suas controladas eram os seguintes: 
 
Contas 
Controladora 
ABC 
Controlada 
LM 
Controlada 
XY 
Ativo circulante 
Disponibilidades 
Valores a receber 
Estoques 
 
1.000 
25.000 
45.000 
 
15.000 
5.000 
— 
 
22.000 
34.000 
20.000 
Ativo Não Circulante 
Investimentos 
Participações societárias Cia. LM 
Participações societárias Cia. XY 
Imobilizado líquido 
 
 
20.000 
60.000 
100.000 
 
 
 
 
10.000 
 
 
 
 
54.000 
Total do ativo 251.000 30.000 130.000 
 
Passivo Circulante 
Valores a pagar 
 
16.000 
 
 
 
5.000 
Passivo Não Circulante 
Empréstimos bancários 
 
35.000 
 
10.000 
 
25.000 
Patrimônio líquido 
Capital social 
 
200.000 
 
20.000 
 
100.000 
Total do passivo 251.000 30.000 130.000 
 
Outras informações: 
 
- saldo da conta valores a pagar da Cia. XY correspondia a operações de repasses financeiros realizadas com a 
controladora; 
 
- em 31-12-X1. a Cia. LM tinha a receber $ 2.000 de sua controladora. 
 
 
 
 
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3.19 O valor apurado na consolidação dos demonstrativos para as participações minoritárias é: 
a) $ 80.000; b) $ 200.000; c) $ 100.000; d) $ 40.000; e) $ 120.000. 
 
 
3.20 Em 31-12-X1, o grupo tinha a receber de terceiros: 
a) $ 57.000; b) $ 64.000; c) $ 34.000; d) $ 5.000; e) $ 25.000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.21 O valor consolidado do capital social do grupo era: 
a) $ 320.000; 
b) $ 200.000; 
c) $ 300.000; 
d) $ 220.000; 
e) $ 100.000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.22 Em 31-12-X1, as obrigações totais do grupo eram: 
 a) $ 14.000; 
 b) $ 70.000; 
 c) $ 84.000; 
 d) $ 16.000; 
 e) $ 51.000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.23 O valor do Ativo Permanente Consolidado em 31-12-X1 era: 
a) $ 244.000; b) $ 224.000; c) $ 234.000; d) $ 164.000; e) $ 184.000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.24 O valor do Patrimônio Líquido Consolidado é: 
a) $ 200.000; 
b) $ 240.000; 
c) $ 300.000; 
d) $ 220.000; 
e) $ 120.000. 
 
3.25 Os lucros não realizados que devem ser ajustados para fins de consolidação das demonstrações contábeis são 
decorrentes de transações comerciais entre (pode haver mais de uma alternativa): 
a) a controladora e qualquer das controladas; 
b) as controladas e a controladora; 
c) as coligadas; 
d) a controladora e qualquer das coligadas; 
e) as controladas e as coligadas; 
f) as controladas. 
 
3.26 Utilize as informações a seguir para responder às questões 1 a 8, fazendo-se os papéis de trabalho: 
 
Balanço Patrimonial (BP) 
Ativo A B D C Consolidado 
Disponível 95.000,00 125.000,00 - - 220.000,00 
Contas a Receber 120.000,00 - - - 120.000,00 
Contas a Receber entre 
as companhias- 140.000,00 - 140.000,00(1) 0,00 
Estoques 70.000,00 20.000,00 - 20.000,00(2) 70.000,00 
Investimentos em B 125.000,00 - - 125.000,00(3) 0,00 
Imobilizado 350.000,00 35.000,00 - - 385.000,00 
Total 760.000,00 320.000,00 - 285.000,00 795.000,00 
 
Passivo A B D C Consolidado 
Fornecedores 50.000,00 120.000,00 - - 170.000,00 
Fornecedores (entre 
as companhias) 
140.000,00 - 140.000,00(1) - 0,00 
Contas a Pagar 40.000,00 55.000,00 - - 95.000,00 
Capital 500.00,00 125.000,00 125.000,00(3) - 500.000,00 
Lucros Acumulados 30.000,00 20.000,00 20.000,00(2) - 30.000,00 
Total 760.000,00 320.000,00 285.000,00 - 795.000,00 
 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
Vendas 80.000,00 140.000,00 140.000,00(4) - 80.000,00 
Custo das Vendas (70.000,00) (100.000,00) 120.000,00(4) (50.000,00) 
Lucro Bruto 10.000,00 40.000,00 140.000,00 120.000,00 30.000,00 
Equivalência 20.000,00 - 0,00 
Lucro Líquido 30.000,00 40.000,00 20.000,00 30.000,00 
 
Outras informações adicionais: 
 A controladora A constituiu a controlada B da qual tem 100% do capital. 
 A controlada B vendeu para controladora A, por R$ 140.000, mercadorias que lhe custaram R$ 100.000. 
 A Controladora A vendeu metade dos estoques comprados da controlada B pelo preço de R$ 80.000. 
 No período foram distribuídos dividendos, pela controlada B, na ordem de R$ 20.000. 
 
Lançamentos na consolidação: 
 
(1) Fornecedores 
 a Contas a Receber 
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 pela eliminação dos saldos entre companhias 140.000,00 
 
(2) Lucros Acumulados 
 a Estoques 
 pela eliminação do lucro intercompanhias não realizado 20.000,00 
 
(3) Capital 
 a Investimento em B 
 pela eliminação do investimento de A em B 125.000,00 
 
(4) Vendas 140.000,00 
 a Custo de Vendas 
 pela eliminação da venda intercompanhia 120.000,00 
 
 (*) a diferença de R$ 20.000,00 no débito em relação ao crédito corresponde ao valor excluído do 
estoque no balanço pelo lançamento (2). 
 
(5) Receita da Equivalência 
 pela eliminação do investimento 20.000,00 
 
 (*) a contrapartida 
credora de R$ 20.000,00 corresponde à parcela do investimento em B de R$ 125.000,00, que foi 
aumentado pela equivalência e eliminado no lançamento (3). 
 
Logo: 
 
1. Após a consolidação dos balanços, o valor total das contas a receber é (em R$): 
a) 260.000; 
b) 140.000; 
c) 80.000; 
d) 120.000; 
e) 20.000 
 
2. Após a consolidação dos balanços, o valor total das exigibilidades é (em R$): 
a) 295.000; b) 265.000; c) 255.000; d) 170.000; e) 95.000 
 
 
3. Após a consolidação dos balanços, o valor total dos lucros acumulados é (em R$) 
a) 40.000; b) 30.000; c) 50.000; d) 80.000; e) 140.000 
 
4. Após a consolidação dos balanços, o valor total do ativo é (em R$) 
a) 720.000; b) 815.000; c) 1.080.000; d) 795.000; e) 700.000 
 
5. Após a consolidação dos balanços, o valor do lucro não realizado é (em R$) 
a) 50.000; b) 40.000; c) 30.000; d) 10.000; e) 20.000 
 
6. O valor das receitas de vendas consolidadas é (em R$) 
a) 50.000; b) 80.000; c) 120.000; d) 140.000; e) 220.000 
 
7. O valor do custo das vendas consolidado é (em R$) 
a) 30.000; b) 70.000; c) 50.000; d) 100.000; e) 170.000 
 
8. O valor do lucro bruto consolidado é (em R$) 
a) 50.000; b) 30.000; c) 120.000; d) 140.000; e) 220.000 
 
 
 
O CASO da CIA. X 
 
 A Cia. X detém: 100% da Cia. A; 60 % da Cia B e 30% da Cia. C 
 Nas contas a receber da Cia. X existem: R$ 20.000,00 da Cia. A; R$ 10.000,00 da Cia. B e R$ 5.000,00 da Cia. C 
 Nas receitas financeiras da Cia. X existem: R$ 2.000,00 da Cia. A; R$ 1.000,00 da Cia. B e R$ 500,00 da Cia. C 
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 A Cia. X comprou produtos de suas investidas: R$ 90.000,00 da Cia. A; R$ 60.000,00 da Cia B e R$ 40.000,00 da 
Cia. C 
 Todos os produtos comprados das investidas já foram vendidos para terceiros 
 
 
 
 
 
 
 
Pede-se: Prepare as demonstrações contábeis consolidadas (Balanço Patrimonial e DRE) da Cia X. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7.5 Ajuste da avaliação patrimonial 
O ajuste da avaliação patrimonial é uma correção do valor apresentado no balanço patrimonial, por um ativo ou passivo, 
em relação ao seu valor justo. Esta correção busca expressar a realidade patrimonial de uma empresa; e como é um 
ajuste o valor da conta pode ser para mais ou para menos. 
O ajuste da avaliação patrimonial não é reserva, pois não passou pelo resultado e não é sinônimo de reavaliação de 
ativos, pois não está relacionado com o mercado, mas sim como um valor justo. Diferente da reserva de reavaliação, a 
conta ajuste da avaliação patrimonial poderá ter natureza credora ou devedora, neste caso, redutora do patrimônio 
líquido. 
Foi à lei 11.638/07 que incluiu como subgrupo do patrimônio líquido a conta ajuste da avaliação patrimonial. A referida 
lei destaca que serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do 
exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a 
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. 
 
Segundo entendimento da CVM este grupo servirá essencialmente para abrigar a contrapartida de determinadas 
avaliações de ativos a valor justo, especialmente a avaliação de certos instrumentos financeiros e, ainda, os ajustes de 
conversão em função da variação cambial de investimentos societários no exterior. A lei 6.404 estabelece que as 
aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo 
circulante ou no realizável a longo prazo serão avaliadas pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à 
negociação ou disponíveis para venda. 
 
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Também serão registrados no PL da investidora, na conta ajuste de avaliação patrimonial, os valores que representam a 
diferença entre o valor contábil e o valor justo nas operações de fusão, cisão ou incorporação entre partes independentes 
com a trasnferência de controle. 
 
É importante destacar que as contas do ativo e do passivo continuam sendo registradas pelo seu valor original de 
entrada. Contudo, quando ocorrer mudança no seu valor justo, para mais ou para menos, o saldo contábil da conta 
deverá ser atualizado para expressar corretamente o seu valor. A contrapartida do aumento ou diminuição do ativo ou do 
passivo será a conta ajuste de avaliação patrimonial no PL. 
 
Para entender quais ativos e passivo podemser avaliados e terem sua contapartida no ajuste, é importante saber o que é 
“Valor Justo” ou “Fair Value”. A lei 6.404 apresenta o seguinte conceito: 
 
Considera-se valor justo: 
a. Das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no 
mercado; 
b. Dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzido os 
impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro; 
c. Dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros. 
d. Dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não 
compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado 
instrumento financeiro: (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007) 
1) O valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, 
prazo e risco similares; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
2) O valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco 
similares; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
3) O valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros. 
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da resolução 1.142 de 2008 estabelece que Valor justo é o valor pelo 
qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e 
independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem 
uma transação compulsória. 
 
Em regra serão avaliados ao valor justo e reconhecidos na conta ajuste de avaliação patrimonial os seguintes itens: 
 
a. Instrumentos financeiros destinados a venda futura, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo; 
b. Passivos financeiros que atendam as classificações do mercado; 
c. Ativos e passivos resultantes de reorganização societária – Fusão, Cisão e Incorporação; 
d. Variações cambiais de investimentos no exterior. 
 
 
 
Atr. 182 
 
Parágrafo 3º. ; Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do 
exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valores atribuídos 
a elementos do ativo (parágrafo 5º. Art. 177, inciso I do caput do art. 183 e parágrafo 3º. Do art. 226 desta Lei) e do 
passivo, em decorrência de sua avaliação a preço de mercado. 
 
Critérios de Avaliação do Ativo. 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios 
 
I – as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de Créditos, classificados no 
ativo circulante ou no realizável a longo prazo: 
 
a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponível 
para venda., e 
 
 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado 
ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de 
créditos. 
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(...) 
 
V – os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de 
depreciação, amortização ou exaustão. 
 
(...) 
 
Parágrafo 3º. A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperabilidade dos valores 
registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam: 
 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou 
atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para 
recuperação desse valor, ou 
 
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da 
depreciação, exaustão e amortização. 
 
Portanto, o Ajuste de Avaliação Patrimonial é aplicado apenas no inciso I (aplicações em instrumentos 
financeiros). 
 
O imobilizado fica registrado pelo custo de aquisição, e seu valor deve ser ajustado no caso do teste de recuperabilidade 
indicar valor menor que o valor contábil. (o que está plenamente de acordo com a evolução do conceito de ativo). 
 
Quanto à reavaliação, segundo o FIPECAFI: “Desaparece a opção da reavaliação espontânea de bens que antes existia. 
(....) Ou seja, não se pode mais efetuar reavaliações do imobilizado e tangível, sendo que mesmo as empresas que a 
isso estavam obrigadas a fazê-la, pelo menos a cada quatro anos, não só estão desobrigadas disso, como também 
impedidas de aplicá-las daqui para frente”. 
 
Fipecafi, “Manual de Contabilidade das Sociedade por Ações – Suplemento “, pg. 20. 
 
O imobilizado fica registrado ao custo, diminuído da depreciação, OU pelo valor indicado no teste de 
recuperabilidade, dos dois o menor. 
 
Exercícios: 
 
Questão 1: Faça os lançamentos contábeis dos fatos abaixo: 
 
a) Em julho de 2008 a empresa investe em instrumentos financeiros que serão revendidos em 2010. O valor do 
investimento é de $1.000.000,00 e foi pago a vista. 
 
 
 
b) No dia 31/12/08 a empresa avalia o valor do investimento em relação ao seu valor justo, para fins de divulgação no 
balanço patrimonial em $ 1.200.000,00 
 
 
 
c) Em 31/12/09 a empresa avalia o investimento em relação ao seu valor justo em $1.150.000,00 (note que o valor justo 
diminuiu) 
 
 
 
 
d) Em 2010 a empresa resgata o investimento por $ 1.150.000,00 
 
 
 
e) Neste momento o valor registrado como ajuste da avaliação patrimonial será reconhecido como receita na DRE 
 
 
 
 
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QUESTÃO 2: Uma determinada empresa adquiriu um edifício em 1.1.2003 por R$ 800.000,00. 
 
Em 1.1.2008 a empresa, através de um laudo oficial, teve o valor de mercado do bem alterado para R$ 1.700.000,00. 
Sabendo que a empresa já depreciou 5 anos dos 25 anos permitidos, o valor de Ajuste de Avaliação Patrimonial de 
Imóveis é: 
 
A) R$ 640.000,00. 
B) R$ 1.060.000,00. 
C) R$ 1.540.000,00. 
D) R$ 1.700.000,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.6 Redução ao valor recuperável de ativos: Dano Econômico (Impairment) 
 
Normas Contábeis: 
 
No IASB: IAS 36 – Impairment of Assets 
 
 No CPC: CPC 01 (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos 
 
Fundamentação no Brasil: 
 
 Quem já aprovou o CPC 01 (R1)? 
 CVM: Deliberação CVM nº 639/10 
 CFC: Resolução nº 1.292/10 
 CMN: Resolução nº 3.566/08 
 ANS: Instrução Normativa Nº 37/09 
 SUSEP: Circular SUSEP nº 424/11 
 
Objetivo da norma contábil sobre redução ao valor recuperável de ativos: Impairment 
 
Estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos não estejam registrados 
contabilmente por um valor superior àquele passível de ser recuperado por uso ou por venda. 
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Ativos sujeitos ao impairment 
 
Aplica-se o teste de impairment a todos os ativos ou conjunto de ativos relevantes relacionados às atividades 
industriais, comerciais, agropecuárias, minerais, financeiras, de serviços e outras. Nocaso de CPC específico que trate 
da matéria para alguma classe de ativos em particular, prevalecerá o CPC específico. 
 
O CPC 01 (R1) não se aplica a: 
 
• Estoques – CPC 16 (R1) 
• Ativos advindos de contratos de construção – CPC 17 
• Ativos fiscais diferidos – CPC 32 
• Ativos advindos de planos de benefícios a empregados – CPC 33 
• Ativo não circulante mantido para venda e operação descontinuada – CPC 31 
• Ativos financeiros tratados nas normas que disciplinam instrumentos financeiros – CPC 38 
• Propriedade para investimento mensurada ao valor justo – CPC 28 
• Ativos biológicos mensurados ao valor justo – CPC 29 
• Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos contratuais de companhia de seguros contidos 
em contrato de seguro – CPC 11 
 
Indícios da necessidade de redução ao valor recuperável de ativos: impairment 
 
- Fontes Externas: 
 
• O valor de mercado do ativo diminuiu sensivelmente. 
• Mudanças significativas no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no 
mercado para o qual o ativo é utilizado. 
 
- Fontes Externas: 
• Aumento das taxas de juros de mercado, afetando a taxa de desconto do valor em uso do ativo e diminuindo o seu 
valor recuperável. 
• Valor contábil do Patrimônio Líquido da entidade maior do que o valor de suas ações no mercado. 
 
- Fontes Internas: 
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• Evidência disponível de obsolescência ou de dano físico. 
• Mudanças significativas no modo como o ativo é ou será utilizado. 
• Relatórios internos indicando que o desempenho econômico de um ativo é, ou será, pior do que o esperado. 
 
Unidade Geradora de Caixa: 
 
- Definição: É o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte 
independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos 
 
- Identificação: 
 
- Sua identificação envolve julgamento. 
- Se o valor recuperável não puder ser determinado para um ativo individual, a entidade deve identificar o menor 
agregado de ativos que gera entradas de caixa em grande parte independentes. 
 
Identificação: Parte 
 
- A entidade deve considerar vários fatores, incluindo a maneira como a administração monitora as operações da 
entidade. 
- Tais como: por linhas de produto, linhas de negócios, localidades individuais, áreas distritais ou regionais). 
 
Cálculo do valor recuperável: 
 
- A norma define valor recuperável como o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda (ou valor 
líquido de venda) de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor em uso. 
 
 Caso um desses valores exceda o valor contábil do ativo, não haverá desvalorização nem necessidade de calcular o 
outro valor. 
 
Valor justo líquido de despesas de venda: 
 
 A melhor evidência do valor justo líquido de despesas de venda de um ativo é o preço de contrato de venda entre 
partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas adicionais que seriam diretamente atribuíveis à venda do 
ativo. 
 Se não houver contrato, mas se o ativo for negociado em mercado ativo, o valor justo líquido de despesas de venda 
é o preço de mercado do ativo menos as despesas com a venda. 
 Se não houver contrato e nem mercado ativo para um ativo, o valor justo líquido de despesas de venda deve ser 
baseado na melhor informação disponível que reflita o valor a ser obtido na venda do ativo. 
 
Valor em uso: 
 
Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do ativo: 
 
a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo; 
b) expectativas acerca de possíveis variações no montante ou no período de ocorrência desses fluxos de caixa futuros; 
c) valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco; 
 
Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do ativo: 
 
a) preço pela assunção da incerteza inerente ao ativo (prêmio); e 
b) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado iriam considerar ao precificar os fluxos de 
caixa futuros esperados da entidade, advindos do ativo. 
 
A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos: 
 
a) Estimar futuras entradas e saídas de caixa derivadas do uso contínuo do ativo e de sua baixa final; e 
b) Aplicar a taxa de desconto apropriada a esses fluxos de caixa futuros. 
 
Taxa de desconto: 
 
A taxa de desconto deve ser a taxa antes dos impostos, que reflita as avaliações atuais de mercado acerca: 
 
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a) Do valor do dinheiro no tempo; e 
b) Dos riscos específicos do ativo para os quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas. 
 
 A taxa de desconto é estimada a partir de taxas implícitas em transações correntes de mercado para ativos 
semelhantes, ou ainda do custo médio ponderado de capital de companhia aberta listada em bolsa que tenha um 
ativo único (ou carteira de ativos) semelhante em termos de potencial de serviço e riscos. 
 Quando uma taxa específica de um ativo não estiver diretamente disponível no mercado, a entidade deve usar 
substitutos para estimar a taxa de desconto. 
 
- Contabilização: 
 
Constituição da provisão de perda por desvalorização: 
 
Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve 
ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo e o lançamento 
contábil será: 
 
D- Despesa com provisão de perda por desvalorização (DRE) 
C- Provisão de perda por desvalorização (conta redutora do ativo) 
 
- Reversão da provisão de perda por desvalorização: 
 
Uma provisão de perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores deve ser revertida se, e somente se, 
tiver havido mudança nas estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por 
desvalorização que foi reconhecida. 
 
Assim, o lançamento contábil é o inverso: 
 
D- Provisão de perda por desvalorização (conta redutora do ativo) 
C- Reversão da provisão de perda por desvalorização (DRE) 
 
- Divulgação em notas explicativas: 
 
 A entidade deve divulgar em notas explicativa as informações previstas no CPC 01 (R1), assim resumidas: 
 
a) O valor da perda (reversão de perda) com desvalorizações reconhecidas no período, e eventuais reflexos em reservas 
de reavaliações; 
b) Os eventos e circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou reversão da desvalorização; 
c) Relação dos itens que compõem a unidade geradora de caixa e uma descrição das razões que justifiquem a maneira 
como foi identificada a unidade geradora de caixa; e 
d) Se o valor recuperável é o valor líquido de venda , divulgar a base usada para determinar esse valor e, se o valor 
recuperável é o valor do ativo em uso, a taxa de desconto usada nessa estimativa. 
 
Atividades práticas 
 
1. Identificação da unidade geradora de caixa à qual um ativo pertence: 
 
Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular para dar suporte às suas atividades de mineração. Essa 
estrada pode ser vendida somente pelo valor de sucata e ela não gera entradas de caixa que são, em grande parte, 
independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos da mina. 
 
* Como proceder? 
 
 
 
 
2. Uma entidade opera uma mina em um país cuja legislação exige que o proprietário restaure o local em que é 
desenvolvida a atividade exploratória, quando do término das atividades.O custo de restauração inclui a reposição da 
superfície ambiental que precisou ser removida antes que as operações da mina se iniciassem. A provisão para os custos 
de reposição da superfície ambiental foi reconhecida assim que ela foi removida. Esse valor foi reconhecido como parte 
do custo da mina e está sendo exaurido ao longo da sua vida útil. 
 
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O valor contábil da provisão para os custos de restauração é de $500, que é igual ao valor presente desses custos de 
restauração. 
 
A entidade está testando a mina para fins de perda por desvalorização. A unidade geradora de caixa da mina é ela como 
um todo. A entidade recebeu várias ofertas de compra da mina a um preço em torno de $800. Esse preço considera o 
fato de que o comprador assumirá a obrigação de restaurar o que for necessário. As despesas de venda da mina são 
desprezíveis. O valor em uso da mina é de aproximadamente $1.200, excluindo os custos de restauração. O valor 
contábil da mina é $1.000. 
 
Como proceder? 
 
 
 
 
 
 
3 O valor recuperável de um ativo representa: 
 
a) o valor a ser obtido com sua venda; 
b) a diferença entre o valor contábil e o valor a ser obtido com sua venda; 
c) o maior valor entre o valor em uso e o valor justo líquido de despesas de venda; 
d) o menor entre o valor justo líquido de despesas de venda e o valor em uso; 
e) o maior entre o valor em uso e o valor contábil líquido da depreciação. 
 
 
4 A perda por impairment representa o excesso do: 
 
a) valor contábil sobre o valor recuperável; 
b) valor em uso sobre o valor contábil; 
c) valor recuperável sobre o valor em uso; 
d) valor em uso sobre o valor líquido de venda; 
e) valor líquido de venda sobre o valor em uso. 
 
 
5 A IAS 36 (ou CPC 01), que trata do teste de impairment, se aplica a todos os ativos a seguir, exceto a: 
 
a) imobilizado; 
b) ativos intangíveis; 
c) investimentos em coligadas; 
d) estoques; 
e) goodwill. 
 
 
6 O goodwill deverá ser testado por impairment: 
 
a) quando existirem evidências internas ou externas de perdas; 
b) a cada cinco anos; 
c) anualmente; 
d) na data da combinação de negócios; 
e) sempre que os sócios solicitarem. 
 
 
7 Unidade geradora de caixa é: 
 
a) qualquer grupo de ativos que gera fluxos de caixa; 
b) o menor segmento operacional da empresa; 
c) uma unidade lucrativa da empresa; 
d) ativos agregados das filiais da empresa; 
e) o menor grupo de ativos que gera fluxos de caixa independentemente de outros ativos. 
 
 
8 Quando a entidade realiza o teste de impairment, os ativos corporativos deverão: 
 
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a) ser testados individualmente; 
b) ser alocados às unidades geradoras de caixa sob uma base razoável e consistente; 
c) não ser alocados às unidades geradoras de caixa; 
d) ser todos agrupados de forma a constituir uma única unidade geradora de caixa; 
e) nenhuma das alternativas anteriores. 
 
 
9 Na contabilização da perda por impairment de uma unidade geradora de caixa com goodwill alocado, o primeiro ativo 
reduzido será: 
 
a) caixa; 
b) goodwill; 
c) intangível com vida útil definida; 
d) não há prioridade e todos ativos da unidade são reduzidos proporcionalmente a sua participação na unidade; 
e) intangível com vida útil indefinida. 
 
 
10 Valor em uso de um ativo é o: 
 
a) valor em um mercado ativo; 
b) valor da aquisição menos depreciação acumulada; 
c) maior entre o valor justo e seu valor de mercado; 
d) valor presente descontado dos fluxos de caixa futuros esperados com o uso e a alienação do ativo; 
e) valor justo menos os custos da venda. 
 
 
11 Ao calcular o valor presente dos fluxos de caixa futuros, a entidade não deve levar em conta: 
a) uma taxa antes do Imposto de Renda; 
b) o valor do dinheiro no tempo; 
c) os riscos associados ao ativo que não foram considerados no ajuste dos fluxos de caixa; 
d) uma taxa implícita do mercado para ativos similares; 
e) os riscos relacionados ao ativo já utilizados nos ajustes das estimativas dos fluxos de caixa. 
 
 
12 As projeções dos fluxos de caixa futuro, normalmente, não poderão ultrapassar o período de: 
 
a) cinco anos; 
b) três anos; 
c) dez anos; 
d) 15 anos; 
e) Não há limite 
 
 
 
7.7 Ajuste a valor presente e mensuração ao valor justo 
 
Assuntos abordados nesse tópico: 
 
- Ajuste a valor presente: Fundamentação 
 
 Ajuste a valor presente: CPC 12 
 Mensuração ao valor justo X Ajuste a valor presente 
 Exemplos práticos 
 
 Ajuste a valor presente: Fundamentação 
 A Lei 11.638/07 passou a exigir o ajuste a valor presente nos realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de 
efeito relevante, também nos de curto prazo. 
 As Normas Internacionais (IAS e IFRS) tratam desse assunto em inúmeros documentos. Não existe uma norma 
específica. 
 No Brasil, existe uma norma específica, o CPC 12, que tem como base uma pesquisa feita junto a todas as normas 
internacionais. 
 
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Ajuste a valor presente: CPC 12 
 
 - Objetivo do CPC 12: 
 
Estabelecer os requisitos básicos a serem observados quando da apuração do Ajuste a Valor Presente de elementos 
do ativo e do passivo, especificando procedimentos para cálculo desses ajustes a valor presente no momento inicial 
em que tais ativos e passivos são reconhecidos, bem como nos balanços subsequentes. 
 
- Quem já aprovou o CPC 12? 
 
 CVM: Deliberação CVM nº 564/08 
 CFC: Resolução nº 1.151/09 
 ANEEL: Despacho nº 4.722/09 
 ANS: Instrução Normativa Nº 37/09 
 ANTT: Comunicado SUREG nº 1/09 
 SUSEP: Circular SUSEP nº 424/11 
 
- Valor do dinheiro no tempo: 
 
 Ao se aplicar o conceito de valor presente, deve-se associar tal procedimento à mensuração de ativos e passivos 
levando-se em consideração o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados. 
 Deve-se aplicar a lógica da matemática financeira. 
 
 - Taxas de desconto: 
 
 Deve-se empregar taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro 
no tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo em suas datas originais. 
 Calcular riscos não é simples, mas a teoria de finanças oferece modelos que podem ser utilizados para tal fim. 
 
- Ajuste a valor presente: CPC 12 
 
Como deve ser definida a taxa de desconto no cálculo do valor presente? 
 
 Há operações cuja taxa é explícita (por exemplo, descrita e conhecida no contrato da operação) ou implícita (por 
exemplo, desconhecida, mas embutida na precificação inicial da operação pela entidade no ato da compra ou da 
venda). 
 Em ambos os casos, com taxa explícita ou implícita, é necessário utilizar uma taxa de desconto que reflita juros 
compatíveis com a natureza, o prazo e os riscos relacionados à transação, levando-se em consideração, ainda, as 
taxas de mercado praticadas na data inicial da transação entre partes conhecedoras do negócio, que tenham a 
intenção de efetuar a transação e em condições usuais de mercado. 
 
- Mensuração, contabilização e reversão: 
 
 A quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base exponencial "pro rata die", a partir da origem 
da transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas a que se vinculam. Veja exemplos... 
 As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários qualificáveis devem ser apropriadas 
como receitas ou despesas financeiras. Veja exemplos... 
 
- Passivosnão contratuais: 
 
 Os passivos não contratuais, como as provisões espontâneas para futuros reparos relativos a meio ambiente quando 
cessarem as atividades da empresa, também precisam ser ajustadas a valor presente. 
 Nesse caso, a taxa de desconto só considera o fator tempo e o risco (“juro real”), e 
 não a inflação estimada futura. 
 
- Efeitos fiscais: 
 
 A taxa de desconto a ser aplicada não deve ser líquida de efeitos fiscais, e, sim, antes dos impostos. 
 No tocante às diferenças temporárias observadas entre a base contábil e fiscal de ativos e passivos ajustados a valor 
presente, deve-se seguir o CPC 32 – Tributos sobre o lucro. 
 Não é permitido efetuar descontos a valor presente para saldos de imposto de renda contribuição social diferidos. 
 
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- Divulgação: 
 
 Em se tratando de evidenciação em nota explicativa, devem ser prestadas informações mínimas que permitam que 
os usuários das demonstrações contábeis obtenham entendimento inequívoco das mensurações a valor presente 
levadas a efeito para ativos e passivos, compreendendo o seguinte: ... 
 
Ajuste a valor presente: CPC 12 
 
a) Descrição pormenorizada do item objeto da mensuração a valor presente, natureza de seus fluxos de caixa 
(contratuais ou não) e, se aplicável, o seu valor de entrada cotado a mercado. 
b) Premissas utilizadas pela administração, taxas de juros decompostas por prêmios incorporados e por fatores de risco, 
montantes dos fluxos de caixa estimados ou séries de montantes dos fluxos de caixa estimados, horizonte temporal 
estimado ou esperado, expectativas em termos de montante e temporalidade. 
c) Modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos. 
d) Breve descrição do método de alocação dos descontos e do procedimento adotado para acomodar mudanças de 
premissas da administração. 
e) Propósito da mensuração a valor presente, se para reconhecimento inicial ou nova medição e motivação da 
administração para levar a efeito tal procedimento. 
 
Mensuração ao valor justo X Ajuste a valor presente 
 
 Valor justo (fair value) - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes 
interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a 
liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 
 Valor presente (present value) - é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso normal das 
operações da entidade. 
 
Observação: Em algumas circunstâncias o valor justo e o valor presente podem coincidir. Contudo, valor justo e valor 
presente não são sinônimos. 
 
 
 
 
 
Atividades práticas 
 
“Ajuste a valor presente e mensuração ao valor justo” 
 
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1 Um entidade efetua uma venda a prazo no valor de R$ 26.620,00 para receber o valor em parcela única, com 
vencimento em 3 anos. Caso a venda fosse efetuada à vista, de acordo com opção disponível, o valor da venda teria sido 
de R$ 20.000,00, o que equivale a um custo financeiro anual de 10%. Verifica-se que essa taxa é igual à taxa de 
mercado, na data da transação. 
 
No primeiro momento, a transação deve ser contabilizada considerando o seu valor presente, cujo montante de R$ 
20.000,00 deverá ser refletido no contas a receber e nas receitas de vendas (veja a contabilização da transação). 
 
Nota-se que, nesse momento, o valor presente da transação é equivalente a seu valor de mercado ou valor justo (fair 
value). 
 
No caso de aplicação da técnica de ajuste a valor presente, passado o primeiro ano, o reconhecimento da receita 
financeira deve respeitar a taxa de juros da transação na data de sua origem (ou seja, 10% ao ano), independentemente 
da taxa de juros de mercado em períodos subseqüentes. 
 
Assim, depois de um ano, o saldo das contas a receber será de R$ 22.000,00, independentemente de variações da taxa de 
juros no mercado (veja a contabilização da transação). 
 
Ao fim de cada um dos três exercícios, a contabilidade deverá refletir os seguintes efeitos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilização no momento da venda: 
Pela transação de venda: 
 
 
 
 
Pelo registro do ajuste a valor presente no momento em que é realizada a venda: 
 
 
 
 
 
 
Contabilização nos anos 1 e 2: 
 
Reconhecimento da receita financeira no ano 1: 
 
 
 
 
Reconhecimento da receita financeira no ano 2: 
 
 
 
 
- Contabilização no ano 3: 
 
Reconhecimento da receita financeira no ano 3: 
 
 
 
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Recebimento da venda no ano 3: 
 
 
 
 
2 O ajuste dos elementos do ativo, decorrentes de operações de longo prazo, a seu valor presente. Para se calcular o 
valor presente de um ativo é necessário multiplicar o valor contabilizado (preço de mercado ou custo de aquisição) por 
um fator de valor atual representado pela expressão 1/ (1 + i)n ou a expressão matemática VP = VF/ (1 + i)n, onde i 
representa a taxa de juros de mercado, n representa o prazo, VP valor presente e VF valor futuro. Quando se tratar de 
anuidades deverá utilizar a expressão matemática abaixo: 
 
 
Séries de pagamentos ou recebimentos uniformes 
 
 
 
 
 
2 Valor contabilizado de um ativo de 5 anos ..................................... R$ 200.000,00 
Taxa anual de juros de mercado .......................................................... 6% 
Valor presente do ativo = R$ 200.000,00/ (1 + 0,06)5 
 
Recorrendo-se a uma calculadora financeira ou tabela financeira, obtém-se que 1/ (1 + 0,06)5 é igual a 0,74726. Logo, o 
valor presente do ativo será: 
R$ 200.000,00 x 0,74726 = R$ 149.452,00 
 
A contabilização deverá ser feita com a criação de uma conta redutora do ativo, denominada Ajuste a Valor 
Presente (credora), sendo que a contrapartida será uma conta devedora de resultado, cujo nome poderia ser 
Resultado de Ajustes a Valor Presente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
i
n


i1-1
PMT PV
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3 Faça o lançamento contábil da operação: 
Valor do instrumento financeiro antes da Lei ................................. R$ 100.000,00 
Valor de Mercado .......................................................................... R$ 105.000,00 
Ajuste de avaliação do valor patrimonial (credor) ......................... R$ 5.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Combinação de Negócios 
 
Normas Contábeis: 
 
No IASB: IFRS 3 – Business Combinations 
 
No CPC: CPC 15 (R1) – Combinação de Negócios 
 
Fundamentação no Brasil: 
 
 Quem já aprovou o CPC 15 (R1)? 
 
 CVM: Deliberação CVM nº 665/11 
 
 CFC: Resolução nº 1.350/11 
 
 ANEEL: Despacho nº 4.722/09 
 
 ANS: Instrução Normativa nº 37/09 
 
 SUSEP: Circular SUSEP nº 424/11 
 
Regulamentação: CPC 15 aprovado pela Deliberação CVM nº 580 de 31/07/2009 
 
As reestruturações societárias, dependendo do instrumento obrigacional, podem alterar ou não a personalidade 
jurídica das empresas envolvidas na operação. As concentrações nas quais a personalidade jurídica se mantém são 
aquelas em que é estabelecido um vínculo de dependência econômica entreas empresas, em função da aquisição do 
controle acionário ou através de contratos de associação. Já as concentrações nas quais a personalidade jurídica é afetada 
são as que visam ao desmembramento (cisão parcial), à extinção de uma das empresas (incorporação) ou à extinção de 
ambas as empresas (cisão plena e fusão). 
 
A Fusão e a Incorporação representam negócios jurídicos de natureza associativa, ou seja, tanto a fusão quanto a 
incorporação têm por objetivo a integração de patrimônios, tratando-se, então, de espécies do mesmo gênero, que 
extinguem e criam novas sociedades. 
 
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O principal efeito da fusão, da incorporação e da cisão total é a sucessão universal de todos os direitos e obrigações 
anteriormente assumidos pelas sociedades que estão sendo extintas. Já no caso da cisão parcial, a sucessão poderá ser 
subsidiariamente convencionada, nos limites do parágrafo único do art. 233 da Lei das Sociedades por Ações. 
 
8.1 – Aspectos Legais dos Processos de Reestruturação Societária 
 
 Art.182 da Lei 6.404/76, com alterações da Lei 11.638/2007 
 
§ 3º Serão classificadas como Ajustes de Avaliação Patrimonial, enquanto não computadas no resultado em obediência 
ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 5º 
do art.177, inciso I do caput do art.183 e § 3º do art.226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço 
de mercado.” 
 
 Art. 220 da Lei 6.404/76, com alterações da Lei 11.638/2007 
 
Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de 
um tipo para outro. 
 
Parágrafo único. A transformação obedecerá aos preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado 
pela sociedade. 
 
8.2 – INCORPORAÇÃO 
 
É a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e 
obrigações (Lei nº 6.404, art. 227), devendo sua realização obedecer às formalidades gerais já expostas (arts. 223 a 226) 
e às específicas do instituto, que adiante serão discutidas. 
 
Na incorporação as sociedades incorporadas deixam de existir, mas a empresa incorporadora será a sucessora de 
suas personalidades jurídicas, assim como de seus direitos e obrigações. 
 
A assembléia geral da companhia incorporadora, se aprovar o protocolo da operação, deverá autorizar o aumento 
de capital a ser subscrito e realizado pela incorporada mediante versão do seu patrimônio líquido e nomear os peritos 
que o avaliarão. 
 
A assembléia geral da sociedade a ser incorporada, se aprovar o protocolo da operação, autorizará seus 
administradores a praticarem os atos necessários à incorporação, inclusive a subscrição do aumento de capital da 
incorporadora. 
 
Aprovados pela assembléia geral da incorporadora o laudo de avaliação e a incorporação, extingue-se a 
incorporada, competindo à primeira promover o arquivamento e a publicação dos atos da incorporação. 
 
8.2 – FUSÃO 
 
É a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos 
os direitos e obrigações (Lei nº 6.404/76, art. 228). 
 
A assembléia geral de cada companhia, se aprovar o protocolo de fusão, deverá nomear os peritos que avaliarão os 
patrimônios líquidos das demais sociedades. 
 
Apresentados os laudos, os administradores convocarão os sócios ou acionistas das sociedades para uma 
assembléia geral, que deles tomará conhecimento e resolverá sobre a constituição definitiva da nova sociedade, sendo 
vedado aos sócios ou acionistas votar o laudo de avaliação do patrimônio líquido da sociedade de que fazem parte. 
 
Constituída a nova companhia, incumbirá aos primeiros administradores promover o arquivamento e a publicação 
dos atos da fusão. 
 
8.3 – CISÃO 
 
De acordo com o art. 229 da Lei nº 6.404/76, é a operação pela qual a sociedade transfere parcelas do patrimônio 
para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver 
versão de todo o seu patrimônio (cisão total), ou dividindo-se seu capital, no caso de cisão parcial. 
 
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Admitem-se, pois, duas formas de cisão: total e parcial, ou seja, com a versão de todo o patrimônio da sociedade 
cindida ou apenas com sua divisão. No primeiro caso, a sociedade extingue-se e, no outro, subsiste, com redução do 
capital, importando, pois, em reforma estatutária. 
 
A sociedade que absorver parcela do patrimônio da companhia cindida parcialmente sucede a esta nos direitos e 
obrigações relacionados no ato da cisão. Em caso de cisão total, as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio 
da companhia cindida sucederão a esta, na proporção dos patrimônios líquidos transferidos, nos direitos e obrigações 
não relacionados. 
 
Na cisão com versão de parcela do patrimônio em sociedade nova, a operação será deliberada pela assembléia geral 
da companhia à vista de justificação. Caso aprove a operação, a assembléia nomeará os peritos que avaliarão a parcela 
do patrimônio a ser transferida e funcionará como assembléia de constituição da nova companhia. 
 
A cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade já existente obedecerá às disposições legais sobre 
incorporação. 
 
Efetivada a cisão com extinção da companhia cindida, caberá aos administradores das sociedades que tiverem 
absorvido parcelas do seu patrimônio promover o arquivamento e a publicação dos atos da operação. 
 
Na cisão com versão parcial do patrimônio, esse dever caberá aos administradores da companhia cindida e da que 
absorver parcela do seu patrimônio. 
 
As ações integralizadas com parcelas de patrimônio da companhia cindida serão atribuídas a seus titulares, em 
substituição às extintas, na proporção das que possuíam; a atribuição em proporção diferente requer aprovação de todos 
os titulares, inclusive das ações sem direito a voto. 
 
Essência da Combinação de Negócios: 
 
A combinação de negócios surge por meio da união de entidades ou negócios que estavam separados e passam a atuar 
em uma única entidade. O resultado esperado do processo de combinações de negócios é que uma entidade, denominada 
de adquirente, obtém o controle de uma ou mais entidades ou negócios, a(s) adquirida(s). 
 
Essência da Combinação de Negócios: 
 
Logo, uma combinação de negócios pode ser entendida como uma operação ou evento em que o adquirente obtém o 
controle de um ou mais negócios, sendo que a data na qual a adquirente efetivamente obtém o controle da adquirida é 
chamada de data de aquisição. 
 
8.4.1 – Definição e Objetivos 
 
O CPC 15 define Combinação de Negócios (Business Combination) como sendo a união de entidades ou negócios 
separados em uma única entidade econômica, e pode ser através de uma das formas seguintes. 
 
 Criação de uma nova entidade, que exercerá o controle sobre as entidades que se unem; 
 Transferência do patrimônio líquido de uma ou mais entidades que se unem para outra entidade; e 
 Dissolução de uma ou mais das sociedades que se combinam. 
 
Não serão reconhecidas como Business Combination: 
 
 Transações entre entidades sob controle comum; e 
 Participações em Joint Ventures. 
 
87.4.2 – Métodos de Contabilização 
 
Purchase Method (Método de Aquisição)  Neste método sempre existe uma adquirente definida, ou seja, uma das 
entidades assume o controle sobre as demais. Esse método tem como principal característica o pagamento pela aquisição 
de uma empresa em moeda corrente, podendotambém ser efetuado com a emissão de ações ou títulos de dívida. O 
parâmetro básico para o reconhecimento dos ativos líquidos da sociedade investida é o fair value (valor de mercado) dos 
ativos e passivos, pois representa o preço efetivo pago (medido individualmente) pelo ativo adquirido ou passivo 
assumido. 
 
A aplicação do método de aquisição exige: 
 
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a) identificação do adquirente; 
b) determinação da data de aquisição; 
c) reconhecimento e mensuração dos ativos identificáveis adquiridos, dos passivos assumidos e das participações 
societárias de não controladores na adquirida; e 
d) reconhecimento e mensuração do ágio por rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho proveniente de compra 
vantajosa. 
 
8.4.3 – Identificação da Adquirente 
 
Para cada combinação de negócios, uma das entidades envolvidas na combinação deve ser identificada como o 
adquirente. 
 
As indicações para identificação de uma entidade adquirente são: 
 
 Valor justo significativamente mais alto; 
 Entidade que efetua pagamento em dinheiro; e 
 Administração é capaz de dominar a escolha da equipe de gestão da entidade combinada. 
 
8.4.4 – Data da Aquisição 
 
De acordo com o CPC 15, o custo de uma Combinação de Negócios é mensurado na data da aquisição, ou seja, 
quando o comprador obtém o controle da adquirida. No caso de múltiplas transações para efetuar a Combinação de 
Entidades, será considerada a data de troca de cada transação. 
 
8.4.5 – Custo de uma Combinação de Negócios 
 
De acordo com esta norma, para realização de uma operação de Combinação de Negócios são necessários alguns 
gastos além do custo dos ativos líquidos. São exemplos: 
 
 Custos de reestruturação gerados pela Business Combination.  São gastos despendidos pelas empresas para 
realização da operação de Combinação de entidades, como por exemplo, custo do pessoal envolvido no processo 
burocrático. Devem ser tratados como Despesas do Período e lançados na Demonstração do resultado do exercício. 
 
Ressalta-se que os valores gastos com planos de reestruturação não devem ser considerados como custo da 
aquisição, por não haver uma forma confiável de se atribuir tais gastos a nova entidade. 
 
 Obrigações contingentes condicionadas a Business Combination.  São obrigações decorrentes do desta transação 
e previamente combinadas quando da realização da operação. Como exemplo pode-se citar uma obrigação assumida 
com os funcionários da adquirida decorrente da decisão da compradora de reestruturar os departamentos, demitindo 
parte do pessoal. 
 Ativos Intangíveis  O custo dos ativos intangíveis de uma Business Combination devem ser reconhecidos 
separadamente do Goodwill quando estes satisfazem os seguintes critérios de reconhecimento: são prováveis os 
benefícios econômicos futuros provenientes do ativo para que a entidade e o valor do ativo possam ser mensurados 
confiavelmente. 
 
O uso de especialistas, embora se refira a um custo de reestruturação originado de uma Business Combination, não 
recebe tratamento específico na norma. 
 
8.4.6 – Participações Minoritárias – Acionistas não Controladores 
 
As participações minoritárias devem ser apresentadas com base na proporção minoritária, no valor justo dos ativos 
e passivos identificáveis reconhecidos. Portanto não é relevante se a entidade adquirente tenha comprado o total ou uma 
parte do capital da outra entidade ou tenha adquirido os ativos diretamente. 
 
8.4.7 – Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura 
 
O adquirente deve reconhecer o ágio por rentabilidade futura (goodwill), na data da aquisição, mensurado como o 
valor em que (a) exceder (b) abaixo: 
 
(a) a soma: 
 
(i) da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida, mensurada de acordo com o Pronunciamento 15, 
para a qual geralmente se exige o valor justo na data da aquisição; 
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(ii) do valor das participações de não controladores na adquirida, mensuradas de acordo com o Pronunciamento 15; e 
(iii) no caso de combinação de negócios realizada em estágios, o valor justo, na data da aquisição, da participação do 
adquirente na adquirida imediatamente antes da combinação; 
 
(b) o valor líquido, na data da aquisição, dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos, mensurados de 
acordo com o Pronunciamento 15. 
 
Em uma Combinação de Negócios em que a adquirente e a adquirida (ou seus ex-proprietários) trocam somente 
participações societárias, o valor justo, na data da aquisição, da participação na adquirida pode ser mensurado com 
maior confiabilidade que o valor justo da participação societária no adquirente. Se for esse o caso, o adquirente deve 
determinar o valor do ágio por rentabilidade futura (goodwill) utilizando o valor justo, na data da aquisição, da 
participação de capital obtida na adquirida em vez do valor justo da participação de capital transferida. Para determinar 
o valor do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de negócios onde nenhuma 
contraprestação é efetuada para obter o controle da adquirida, no lugar da contraprestação o adquirente deve utilizar o 
valor justo, na data da aquisição, da participação do adquirente na adquirida, empregando para tanto técnica de 
avaliação. 
 
8.4.8 – Ganho por Compra Vantajosa 
 
Ocasionalmente, um adquirente pode realizar uma compra vantajosa, assim entendida uma combinação de 
negócios cujo valor determinado pelo item 32(b) é maior que a soma dos valores especificados no item 32(a) do item 
7.4.7. Caso esse excesso de valor permaneça após a aplicação das exigências contidas no item em referência, o 
adquirente deve reconhecer o ganho resultante no resultado do período, na data da aquisição. O ganho deve ser atribuído 
ao adquirente. 
 
Antes de reconhecer o ganho decorrente de compra vantajosa, o adquirente deve promover uma revisão para se 
certificar de que todos os ativos adquiridos e todos os passivos assumidos foram corretamente identificados e, portanto, 
reconhecer quaisquer ativos ou passivos adicionais identificados na revisão. O adquirente também deve rever os 
procedimentos utilizados para mensurar os valores a serem reconhecidos na data da aquisição, como exigido pelo 
Pronunciamento, para todos os itens abaixo: 
 
(a) ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos; 
(b) participação de não controladores na adquirida, se houver; 
(c) no caso de combinação realizada em estágios, qualquer participação societária anterior do adquirente na adquirida; e 
(d) a contraprestação transferida para obtenção do controle da adquirida. 
 
O objetivo da revisão é garantir que as mensurações reflitam adequadamente todas as informações disponíveis na 
data da aquisição. 
 
8.4.8 - Contraprestação transferida em troca do controle da adquirida 
 
A contraprestação transferida em troca do controle da adquirida em combinação de negócios deve ser mensurada 
pelo seu valor justo na data da operação, o qual deve ser calculado pela soma dos valores justos: a) dos ativos 
transferidos pelo adquirente; b) dos passivos incorridos pelo adquirente junto aos ex-proprietários da adquirida; e c) das 
participações societárias emitidas pelo adquirente. Exemplos de formas potenciais de contraprestação transferida 
incluem dinheiro, outros ativos, um negócio ou uma controlada do adquirente, uma contraprestação contingente, ações 
ordinárias, ações preferenciais, quotas de capital, opções, warrants, bônus de subscrição e participações em entidades de 
mútuo (fundos mútuos, cooperativas, etc.). 
 
A contraprestaçãopode incluir itens de ativo ou passivo do adquirente cujos valores contábeis são diferentes de 
seus valores justos na data da aquisição (por exemplo, ativo não-monetário ou um negócio do adquirente). Nesse caso, o 
adquirente deve remensurar, na data da aquisição, os ativos ou os passivos transferidos pelos respectivos valores justos e 
reconhecer o ganho ou a perda resultante, se houver, no resultado do período. Contudo, quando os ativos e os passivos 
transferidos permanecem dentro da entidade combinada após a combinação de negócios (por exemplo, porque ativos ou 
passivos são transferidos para a adquirida e, não, para seus ex-proprietários), o adquirente permanece no controle dos 
mesmos. Nessa situação, o adquirente deve mensurar tais ativos e passivos pelos seus respectivos valores contábeis 
imediatamente antes da data da aquisição. Não se deve reconhecer ganho ou perda sobre ativos ou passivos que o 
adquirente já controlava antes e continua a controlar após a combinação de negócios. 
 
Questões Discursivas 
 
Estudo de Caso - Cia. Blue West - A Cia. Blue West adquiriu 100% das quotas do capital da Big East Ltda., que 
pertenciam ao Sr. John Wilkinson. Nessa operação, a Blue West pagou $150.000 em dinheiro e emitiu o valor 
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equivalente a $90.000 em ações de seu capital em favor do Sr. John Wilkinson. Durante o período de mensuração, a 
Blue West identificou ativos tangíveis da Big East no valor justo de $210.000, passivos assumidos a valor justo que 
totalizavam $60.000 e ativos intangíveis com valor justo no montante de $40.000. Qual foi o custo da combinação? 
 
Avalie se a combinação gerou ágio ou deságio e apure o seu valor. 
 
Proposta de solução: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proposta de solução: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo de Caso: Cia. Catanduvas - A Cia. Catanduvas adquiriu 100% das ações da Cia. Caracas no início de janeiro de 
2008. O valor justo da aquisição correspondeu à emissão de 20 milhões de ações a $ 1 cada da Cia. Catanduvas e o valor 
justo dos ativos líquidos adquiridos eram de $ 14 milhões. Tais valores (da aquisição e dos ativos líquidos) foram 
determinados provisoriamente na data da aquisição. Em novembro de 2008, os valores da aquisição e dos ativos 
líquidos foram finalmente determinados, respectivamente, em $ 22 milhões e $ 15 milhões. Contudo, em dezembro de 
2008, o Valor da Cia. Caracas reduziu-se fortemente e os diretores da Cia. Catanduvas solicitaram ao contador reduzir o 
valor da aquisição para $ 18 milhões. 
 
Com base nestas informações, defina quais valores deverão ser considerados no final de 2008 referentes: 
 
a) ao valor pago 
b) aos ativos líquidos 
c) ao goodwill 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões Obejtivas: 
 
1 De acordo com o IFRS 3 e o CPC 15, o método a ser adotado em toda combinação de negócios é: 
 
a) método de combinação proporcional; 
b) método de união de interesses; 
c) método de equivalência patrimonial; 
d) método de custo; 
e) método de aquisição. 
 
 
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2 O goodwill originário de uma combinação de negócios deverá ser: 
 
a) reconhecido como ativo intangível e testado por impairment anualmente ou em períodos menores, se houver 
evidências de perda; 
b) reconhecido como receita na data da aquisição; 
c) reconhecido como despesa na data da aquisição; 
d) reconhecido como um ativo intangível e amortizado de acordo com o período de expectativa de lucros da adquirente; 
e) Não deve ser reconhecido, mas divulgado em notas explicativas. 
 
 
QUESTÃO 03: 
3 O excesso do valor justo dos ativos líquidos da empresa adquirida sobre o valor pago pela adquirente numa 
combinação de negócios (também denominado de goodwill negativo), após a confirmação dos valores mensurados, 
deverá ser: 
a) deduzido do saldo da conta de Investimentos; 
b) reconhecido como passivo e mantido até a baixa do investimento; 
c) reconhecido no grupo de Investimentos e amortizado de acordo com a expectativa de 
acordo com a expectativa de prejuízos da adquirente; 
d) baixado imediatamente contra resultados; 
e) reconhecido no grupo de Investimentos e testado por impairment anualmente. 
 
 
4 A Cia. Barata adquire 70% das ações ordinárias da Cia. Mosca em 30/11/2007. As demonstrações contábeis da Cia. 
Barata são encerradas em 31/12 de cada ano. Quanto à combinação, a Cia. Barata poderá, exceto: 
a) reconhecer valores provisórios; 
b) ajustar os valores de ativos e passivos reconhecidos até novembro; 
c) ajustar os valores de ativos e passivos até o período de um ano da data da aquisição com a contrapartida em resultado; 
d) reconhecer ativos e passivos adicionais até novembro; 
e) ajustas pagamentos contingentes, desde que não resultantes de eventos ocorridos após a 
data da aquisição 
 
 
 
2. Classifique em falsa ou verdadeira. 
 
1. ( ) Nos processos de transformação, incorporação, fusão e cisão, no momento do encerramento contábil dos livros, 
obrigatoriamente, o Patrimônio Líquido será revertido aos sócios. 
2. ( ) Nos processos de transformação, incorporação, fusão e cisão, no momento do encerramento contábil dos livros, 
o Patrimônio Líquido poderá ser revertido aos sócios, ou transferido diretamente para a nova sociedade. 
3. ( ) Contabilmente, no encerramento das atividades de uma empresa, procede-se transferindo o ativo e o passivo 
para a sociedade sucessora ou para a sociedade em liquidação. 
4. ( ) A paralisação definitiva das atividades de uma empresa pode ocorrer por incorporação, fusão e cisão, porém, 
não ocorre quando houver transformação. 
5. ( ) A cessação definitiva das atividades de uma empresa poderá ocorrer por transformação, incorporação, fusão, 
cisão ou pela partilha dos haveres após a sua liquidação. 
6. ( ) Nos casos de transformação, incorporação, fusão, cisão e liquidação, os sócios que não concordarem e, por esse 
motivo, se retirarem da empresa, perderão seus direitos societários. 
7. ( ) A Lei n.º 6.404/1976 assegura ao acionista dissidente, nos casos de incorporação, fusão ou cisão, o direito de 
retirar-se da companhia, mediante o reembolso do valor de suas ações. 
8. ( ) Se, porventura, houver admissão de novos sócios na transformação, incorporação, fusão ou cisão, procede-se 
aos lançamentos normais de aumento de capital com subscrição e realização, observando-se as peculiaridades da 
forma jurídica da empresa. 
9. ( ) Se a incorporação, fusão ou cisão envolverem companhia aberta, as sociedades que a sucederem serão também 
abertas. 
 
3. Escolha a alternativa correta: 
 
1. O encerramento das atividades das empresas se dá pela paralisação definitiva das suas atividades, que pode ocorrer 
por: 
a. transformação, incorporação e partilha dos saldos remanescentes. 
b. cisão e transformação. 
c. transformação, cisão, liquidação. 
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d. transformação em outro tipo de empresa, incorporação por outra empresa, fusão com outras empresas, cisão total, 
encerramento da liquidação. 
e. N.D.A. 
 
2. Nos casos de transformação, incorporação, fusão e cisão, o patrimônio deverá ser avaliado: 
a. pelo valor contábil, obrigatoriamente. 
b. pelo valor de mercado, obrigatoriamente. 
c. pelo valor contábil ou pelo valor de mercado, conforme conste do laudo elaborado por peritos e com aprovação da 
assembléia geral. 
d. pelo valor de realização conforme estabelece a Lei n.º 6.404/1976. 
e. pelo valor contábil, independente do que constar do laudo e avaliaçãodos peritos. 
 
3. A incorporação, fusão e cisão deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou 
contratos sociais: 
a. Podendo ser operadas entre sociedades de tipos iguais ou diferentes. 
b. Somente podendo ser operadas entre empresas de tipos iguais. 
c. Não podendo ser operadas entre empresas de tipos diferentes. 
d. Podendo ser operadas entre empresas de tipos diferentes. 
e. As alternativas "a" e "d" estão corretas. 
 
4. Dissolução, liquidação e extinção, são etapas da: 
a. Transformação. 
b. Incorporação. 
c. Fusão. 
d. Cisão. 
e. Paralisação definitiva das atividades de uma empresa que não seja transformada, incorporada, fusionada ou cindida. 
 
5. O ato por meio do qual, o titular (empresa individual) ou os sócios (empresa societária) decidem pela paralisação total 
das atividades da empresa, denomina-se: 
a. Dissolução. 
b. Liquidação. 
c. Extinção. 
d. Fusão. 
e. Cisão. 
 
6. Ao conjunto de atos destinados a realizar o ativo, pagar o passivo e partilhar o saldo remanescente entre os sócios, 
denominamos: 
a. Dissolução. 
b. Liquidação. 
c. Extinção. 
d. Fusão. 
e. Cisão. 
 
7. A extinção de uma empresa ocorre no momento da conclusão de sua liquidação. A conclusão da liquidação se dá: 
a. com a transferência do Ativo e Passivo para a nova sociedade. 
b. com a partilha dos saldos remanescentes entre os sócios.c. com a conclusão do laudo de avaliação por perito nomeado 
em assembléia. 
d. com a partilha dos bens e venda do Ativo. 
e. Todas alternativas estão erradas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. Matriz e Filiais 
 
MATRIZ E FILIAIS - ASPECTOS CONTÁBEIS 
 
 CONCEITOS 
 
Matriz - Representa o estabelecimento sede ou principal, ou seja, aquele que tem primazia na direção e a que estão 
subordinados todos os demais, chamados de filiais, sucursais ou agências. 
 
A matriz também costuma ser denominada de sede, ou seja, aquele que representa o estabelecimento principal ou único 
da empresa. 
 
Filial - Qualquer estabelecimento mercantil, industrial ou civil, dependente ou ligado a outro que tem ou detém o poder 
de comando sobre ele. 
A filial pratica atos que têm validade no campo jurídico e obrigam a organização como um todo, porque este 
estabelecimento possui poder de representação ou mandato da matriz: por isso, a filial deve adotar a mesma firma ou 
denominação do estabelecimento principal. 
Sua criação e extinção somente é realizada através de alteração contratual ou estatutária, registrada no órgão 
competente. 
 
Sucursal - Estabelecimento comercial que opera na dependência da matriz. Como regra geral, a filial se encontra em 
dependência mais direta da sede (matriz), enquanto que a sucursal é tida como estabelecimento com maior autonomia 
administrativa, apesar de ligada à orientação e direção da matriz. Em sentido mercantil, procura-se distinguir a filial da 
sucursal, embora, legalmente, ambas possuam idêntica significação, ou seja, a de estabelecimento dependente ou ligado 
à matriz. 
 
Agência - Estabelecimento comercial localizado fora da sede (matriz) e a esta subordinada, com o fim de promover a 
intermediação de negócios. Tem o mesmo significado de filial ou sucursal. 
 
Estabelecimento - Unidade imóvel, autônoma, em que a pessoa jurídica exerça, em caráter permanente, atividade 
econômica ou social. No estabelecimento estão compreendidas as dependências internas, galpões e áreas contíguas, em 
que sejam, normalmente, executadas operações industriais, comerciais ou de outra natureza. 
As filiais, agências ou sucursais constituem extensão da personalidade jurídica da matriz. 
A empresa, pessoa jurídica, pode ter mais de um estabelecimento, representando, cada um, uma unidade econômica. 
Embora as filiais, agências ou sucursais sejam subordinadas à matriz, o estabelecimento onde estão sediadas pode ser 
considerado autônomo para fins de cumprimento da obrigação tributária. 
 
Subsidiária Integral - A subsidiária integral é uma companhia constituída mediante escritura pública, tendo como único 
acionista uma outra sociedade. 
Ao contrário das sucursais, filiais e agências, a subsidiária integral tem personalidade jurídica distinta da sociedade que 
detém 100% do seu capital. 
 
Regional - Estabelecimento comercial que opera na dependência da sede e que pode controlar as operações 
desenvolvidas pelas demais filiais numa região determinada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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n.º 11.638, de 28 de dezembro de 2007. São Paulo: Atlas, 2008. 
 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Manual prático de interpretação contábil da lei societária. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
 
Equipe Atlas. Regulamento do imposto de renda e proventos de qualquer natureza: decreto n.º 
3.000, de 26 de março de 1999. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/ USP. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 
2010; 
 
FABRETTI, Láudio Camargo. Direito de empresa no novo código civil. 2. ed. São Paulo: Atlas, 
2004. 
______ Contabilidade Tributária. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2005 
 
FIPECAFI. Manual de Contabilidade Societária. Aplicável a todas as sociedades de acordo com 
as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
HIGUCHI, Hiromi ; HIGUCHI, Fábio Hiroshi. Imposto de Renda das empresas: interpretação e 
prática. Atualizado até a Lei n.º 9.532/97. 23. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. FARIA, Ana Cristina de. Introdução à teoria da 
contabilidade para o nível de graduação. Com alterações da lei n.º 11.638/2007. 5 ed. São Paulo: 
Atlas, 2009. 
 
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
NEVES, Silvério das. VICENCONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade Básica: atualizado pela 
convergência internacional às normas de contabilidade no Brasil através das Leis n.º 11.638/2007 
e 11.941/2009 e seus reflexos tributários. 14 ed. São Paulo: Frase Saraiva, 2009. 
 
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista 44 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Intermediária. São Paulo: Saraiva, 2005. 
 
RUSSO, Francisco; OLIVEIRA, Nelson de. Manual prático de constituição de empresas. 11. ed. 
São Paulo: Atlas, 2004. 
 
SANTOS, José Luiz dos. SCHMIDT, Paulo. Contabilidade societária. Atualizada pela Lei n.º 
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Atlas, 2009. 
 
Viceconti, Paulo Eduardo; NEVES, Silvério das. Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Financeiras. 16ª 
Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2012. 
 
Sites Pesquisados: 
 
http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?file=%5Cinst%5Cinst247consolid.htm 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1152_2009.htm 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3000.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9249.htm 
http://www.revistajuridica.com.br/content/lista_legislacao.asp?pagina=1 
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