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REVISÃO LITERARIA PÓS - COLHEITA DE GRÃOS E SEMENTES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI 
CAMPUS PROF.ª CINOBELINA ELVAS - CPCE 
CURSO: ENGENHARIA AGRONÔMICA 
DISCIPLINA: FIS. E MANEJO PÓS - COLHEITA 
PROF.ª DANIELA VIEIRA CHAVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÓS - COLHEITA DE GRÃOS E SEMENTES 
 
 
 
 
 
Celiomar Matos de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOM JESUS-PI, 17 DE DEZEMBRO DE 2014 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI 
CAMPUS PROF.ª CINOBELINA ELVAS - CPCE 
CURSO: ENGENHARIA AGRONÔMICA 
DISCIPLINA: FIS. E MANEJO PÓS - COLHEITA 
PROF.ª DANIELA VIEIRA CHAVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÓS - COLHEITA DE GRÃOS E SEMENTES 
 
 
 
 
 
Celiomar Matos de Oliveira 
2013 906354 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOM JESUS-PI, 17 DE DEZEMBRO DE 2014 
 
 
SUMÁRIO 
1-INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4 
2-PRODUÇÃO BRASILEIRA DE GRÃOS E SEMENTES ...................................................................... 5 
3-ESTRUTURA BRASILEIRA DE ARMAZENAGEM ............................................................................ 6 
4-INDICADORES DE QUALIDADE DOS GRÃOS ARMAZENADOS E SEMENTES ............................... 9 
4.I-UMIDADE RELATIVA E TEMPERATURA AMBIENTE .............................................................. 9 
4.II-RESPIRAÇÃO DO GRÃO ..................................................................................................... 10 
4.III-TEOR DE UMIDADE NO GRÃO (%b.u.) ............................................................................. 10 
4.IV-GRÃOS QUEBRADOS ........................................................................................................ 10 
4.V-IMPUREZAS NOS GRÃOS ................................................................................................... 11 
5-AQUECIMENTO E RESFRIAMENTO DO AR DE SECAGEM ......................................................... 12 
5.I-Secagem a Baixa Temperatura........................................................................................... 12 
5.II-Secagem a Alta Temperatura ............................................................................................ 12 
6-CÁLCULO DA UMIDADE DOS GRÃOS E SEMENTES (BASE SECA E BASE ÚMIDA) ................ 14 
7-MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DE GRÃOS E SEMENTES .................................. 15 
7.I-MÉTODOS DIRETOS ............................................................................................................ 15 
7.I.I-Método da estufa ......................................................................................................... 15 
7.II-MÉTODOS INDIRETOS ....................................................................................................... 16 
7.II.I-CONTEÚDO DE UMIDADE ........................................................................................... 16 
7.II.II-MUDANÇA DE BASE ................................................................................................... 16 
8-UMIDADE DE EQUILIBRIO DE GRÃOS ....................................................................................... 17 
9-SECAGEM NATURAL DE GRÃOS E SEMENTES .......................................................................... 19 
10-SECAGEM ARTIFICIAL DE GRÃOS E SEMENTES ...................................................................... 20 
10.I-VENTILAÇÃO NATURAL .................................................................................................... 20 
10.II-VENTILAÇÃO FORÇADA ................................................................................................... 20 
11-TIPOS DE SECADORES............................................................................................................. 21 
11.I-SECADORES DE LEITO FIXO .............................................................................................. 21 
11.II-Secadores de Fluxos Cruzados ........................................................................................ 21 
11.III-Secador de Fluxos Contracorrentes ............................................................................... 22 
11.IV-Secador de Fluxos Concorrentes ................................................................................... 22 
11.V-Secador de fluxos mistos ou secador do tipo Cascata .................................................... 22 
12-SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO .......................................................................................... 24 
13-CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 26 
14-REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS E CONSULTADAS .................................................................. 27 
 
4 
 
 
1-INTRODUÇÃO 
 
A agricultura moderna brasileira tem demandado a utilização de 
tecnologias que resultem em produtividades adequadas e sustentáveis com 
mínimo impacto no ambiente para viabilizar o empreendimento agrícola. Dentre 
essas tecnologias, a utilização de ementes de alta qualidade tem destaque por 
influenciar diretamente a alta produtividade de grãos, haja vista que dela 
depende a maximização da ação dos demais insumos. O sucesso do 
empreendimento começa pela variedade a ser cultivada e de que forma essas 
sementes foram tratada desde seu plantio até a sua venda. O sucesso do 
produtor depende diretamente desde a forma a qual essa semente foi 
armazenada, o tipo de secagem, o teor de humidade, qualidade genética, 
qualidade física, qualidade fisiológica e qualidade sanitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2-PRODUÇÃO BRASILEIRA DE GRÃOS E SEMENTES 
 
O Brasil atualmente se destaca entre os maiores produtores de grãos do 
mundo, produzindo cerca de 150.8 milhões de toneladas de grãos por ano, 
esta alta produção demanda de uma grande área para cultivo. Em 2010 o 
Brasil utilizava em volta de 47.5 milhões de hectares para cultivo de grãos, 
chegando a uma média de 3,173 toneladas por hectare. 
 Uma estimativa feita pelo Ministério da Agricultura indica que o Brasil 
atinja uma produção de 175,8 milhões de toneladas até 2021, e umas das 
principais causas desse aumento é a demanda e a abertura de novas áreas 
para cultivo. Uma das principais regiões que contribuirá com essa produção é a 
região do MAPITOBA, área que abrange o Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, 
que será responsável pela produção de 16,7 milhões de tonelada até 2021. 
 A produção de sementes vem relacionada diretamente com este 
aumento de produção, pois a qualidade da semente reflete diretamente no 
rendimento da produção. As áreas utilizadas para a produção de sementes são 
conduzidas de forma semelhante àquelas para produção de grãos, diferindo, 
no entanto, em determinadas práticas culturais e legais que requerem cuidados 
especiais, e novas praticas para melhorar a qualidade do produto. Uma das 
formas de melhoramento e a utilização de transgênicos. Outra forma de 
melhorar a qualidade do produto é com a utilização de práticas adequada de 
armazenagem e secagem das sementes, para uma maior duração das 
mesmas e um melhor rendimento para o produtor. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3-ESTRUTURA BRASILEIRA DE ARMAZENAGEM 
 
Quando se analisa a questão de logística, percebe-se que a capacidade 
de expansão da agricultura brasileira está próxima do seu limite, pela falta de 
infraestrutura para escoar a produção e pela incapacidade de armazenar de 
forma adequada a safra nacional. 
A infraestrutura de armazenagem deve ter a capacidade de receber toda 
a produção agrícola nacionale ainda, disponibilizar espaços para eventuais 
produtos importados para atender satisfatoriamente a demanda interna. 
A infraestrutura de armazenagem do Brasil não tem acompanhado o 
ritmo de crescimento da produção agrícola e é importante identificar as regiões 
críticas para melhor adequação e expansão da rede de armazenagem. 
A demanda de armazenagem, representada pela produção e importação 
de grãos, incluindo café e cana-de-açúcar, supera a oferta de 104 milhões de 
toneladas de capacidade estática. 
A capacidade estática para estocagem de grãos do Brasil, aferida pela 
Companhia Nacional de Abastecimento - Conab é de 104.208 milhões de 
toneladas, sendo 75% para armazenagem a granel e 25% para produto 
ensacado. 
O crescimento dos investimentos e a tendência atual para a maior 
utilização de graneleiros encontra justificativa no próprio mercado, pois mais de 
85% da produção nacional é estocada a granel. 
Os interesses privados em investir em estruturas de armazenagem veio 
á partir do entusiasmo proporcionado com a produção de soja, dada a alta 
rentabilidade para exportação. Mesmo assim, em termos gerais, os 
investimentos na infraestrutura de armazenagem não foram proporcionais ao 
crescimento e ao potencial agrícola brasileiro. Constata-se um déficit de 
armazenagem real próximo de 7% em todo o País. 
Dos 27 Estados da Federação, somente Alagoas, Pernambuco, Espírito 
Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul têm capacidade estática 
 
7 
 
superior à produção estadual. Entretanto, não quer dizer que a situação nesses 
Estados esteja adequada, porque nem todas as unidades armazenadoras são 
compatíveis com a demanda existente para a guarda e conservação de 
produtos agrícolas. Algumas regiões, dotadas de estruturas convencionais, 
carecem de armazéns graneleiros, dada as características de sua produção. 
A situação do Rio Grande do Sul merece maiores esclarecimentos visto 
que, historicamente, esse Estado é deficitário em estruturas armazenadoras. 
As adversidades climáticas que provocaram a redução da produção nos 
últimos anos gerou essa situação de superávit. 
As maiores necessidades de expansão estão concentradas nas regiões 
de incorporação mais recente do processo produtivo (Centro-Oeste e Norte-
Nordeste), enquanto no Sul-Sudeste a necessidade está mais voltada para a 
adequação das unidades para a armazenagem de granéis, o que não descarta 
a possibilidade de novas unidades, também nessas regiões. 
O retrato da situação vigente no Brasil demonstra que das 14.571 
unidades armazenadoras existentes, 18,4% estão situadas em fazendas, o que 
representa somente 11,3% da capacidade estática nacional. 
Comparativamente a outros países, como os Estados Unidos que possui 
65% de capacidade estática em relação à sua produção, a Europa 50%, a 
Argentina 40% e o Canadá que é superior a 80%, a capacidade disponível nas 
propriedade rurais no Brasil é pequena. 
Armazéns em áreas rurais, mas fora das fazendas, próximos das 
rodovias que são considerados importantes para o escoamento da safra, 
representam 31,3% da capacidade estática brasileira. Nas áreas portuárias 
estão localizados os armazéns que representam 4,9% da capacidade nacional, 
sendo nas regiões urbanas a concentração maior da capacidade com 52,3%. 
Em suma, 88% da capacidade estática do Brasil está além da porteira, o 
que fornece suporte à argumentação de que parcela significativa da perda da 
rentabilidade do produtor tem origem nesse fato. 
 
8 
 
No Brasil, ainda existem 7.175 armazéns do tipo convencional com 
capacidade para guardar quase 26 milhões de toneladas de produtos agrícolas 
ensacados. Essas estruturas apesar de serem consideradas inadequadas, 
sobretudo sob o ponto de vista econômico, com custos operacionais mais 
elevados, ainda são necessárias para estocagem de determinados produtos, 
tais como sementes e outros produtos industrializados. 
A maior concentração da capacidade estática de armazenagem nacional 
está relacionada às instalações de propriedade do setor privado com 73,6 
milhões toneladas em 11.198 unidades, representando 71% do total nacional. 
Contudo, um dos maiores gargalos existentes está relacionado com a 
capacidade de estocagem das Cooperativas. O segmento cooperativista com 
2.756 unidades e capacidade de armazenagem para 24,3 milhões de toneladas 
representa 23% da capacidade nacional que é insuficiente para armazenar 
toda a produção de seus cooperados. 
A cada ano o setor é compelido a utilizar espaços de terceiros para 
acomodar mais de 40% da produção nacional de acordo com a Organização 
das Cooperativas Nacionais 
A preocupação governamental está voltada para as condições da sua 
estrutura de armazenagem que atualmente representa somente 6% da 
capacidade brasileira com 617 armazéns, e uma capacidade estática de 6,3 
milhões de toneladas. Mas, sobretudo, com a qualidade do armazenamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
4-INDICADORES DE QUALIDADE DOS GRÃOS ARMAZENADOS 
E SEMENTES 
 
A qualidade de um produto depende no uso final do produto que, por sua 
vez, dirá qual a característica necessária da qualidade que deverá ser 
conservada. Assim, é o critério de conservação de qualidade. 
O principal desafio do armazenamento de grãos e sementes é manter 
suas qualidades após a colheita. Os principais indicadores de qualidade dos 
grãos e sementes armazenados são: umidade relativa e temperatura, 
respiração do grão umidade relativa e temperatura ambiente, teor de umidade 
no grão (%b.u.), grãos quebrados, impurezas nos grãos. 
 
4.I-UMIDADE RELATIVA E TEMPERATURA AMBIENTE 
 
Temperatura em que é armazenado acima de 18ºC (temperatura 
atingida pela massa de grãos), sempre há riscos de má conservação. O grão 
com alto teor de umidade corre o risco de ser afetado pelo desenvolvimento de 
fungos e de perder seu poder germinativo; o grão relativamente seco (teor de 
água inferior a 14%) está sujeito ao ataque de insetos. Quando, na prática, o 
grão se apresenta com aproximadamente 15% de teor de água, é interessante 
manter a temperatura em torno de 18ºC ou abaixo. 
Os grãos são materiais higroscópicos, isto é, tem capacidade de ceder 
ou absorver a umidade do ar que os envolve. Para cada espécie de grão existe 
um equilíbrio higroscópico, que depende da temperatura e do estado 
higrométrico do meio ambiente. 
Equilíbrio higroscópico significa um balanceamento entre a umidade do 
grão e a umidade relativa do ar; em qualquer par de temperaturas iguais, 
ocorre uma igualdade de tensões entre a percentagem de umidade dos grãos e 
a umidade relativa do ar; no momento em que há equivalência no 
deslocamento da umidade, ocorre então o equilíbrio higroscópico. 
 
10 
 
4.II-RESPIRAÇÃO DO GRÃO 
 
O grão respira ao longo de sua fase de repouso: absorve oxigênio, ao 
mesmo tempo em que libera calor, umidade e anídrico carbônico, sendo este 
processo acompanhado de uma perda de substância. Esta respiração não 
aumenta apenas a perda de substância, mas conduz ainda, pela elevação da 
temperatura da massa de grãos, as ações microbianas que podem provocar 
danos muito graves e irreversíveis. 
Convém salientar que a respiração é um processo que se acelera por si 
próprio. A umidade produzida pode elevar o conteúdo de água do grão, 
provocando um aumento de intensidade da respiração. A umidade e o calor 
resultantes deste processo criarão condições favoráveis ao crescimento de 
mofos e a deterioração poderá iniciar – se em poucas horas. Este problema 
será controlado pela ventilação dos grãos, através do método chamado de 
aeração. 
4.III-TEOR DE UMIDADE NO GRÃO (%b.u.) 
 
O teor de água (ou umidade,em linguagem corrente) é definido como 
produto de massa de água contida no grão (matéria seca + água = substância 
úmida). A relação percentual entre o conteúdo de água e a matéria seca do 
grão se exprime em percentagem (% b.u.). 
4.IV-GRÃOS QUEBRADOS 
 
Os grãos quebrados e trincados contribuem de modo altamente 
significativo para a deterioração do produto armazenado, pois oferecem 
condições para acelerar o aquecimento da massa armazenada. 
O produto quebrado amplia a deterioração da matéria graxa, pelo 
aumento da superfície exposta á deterioração. Outros sim, apresenta 
condições mais favoráveis ao ataque e desenvolvimento de fungos, insetos e 
gorgulhos. 
 
 
11 
 
4.V-IMPUREZAS NOS GRÃOS 
 
As impurezas presentes na massa de grãos tendem a se separar e 
formar diferentes concentrações na seção dos silos ou graneleiros. Isto ocorre 
devido à própria descarga do produto em um local apenas do depósito, onde 
frequentemente se inicia a deterioração, criando caminhos preferenciais ao ar 
da aeração e reduzindo a eficiência da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
5-AQUECIMENTO E RESFRIAMENTO DO AR DE SECAGEM 
 
Em função da temperatura do ar de secagem, a secagem artificial é 
subdividida em: secagem a baixa temperatura, e secagem a alta temperatura. 
5.I-Secagem a Baixa Temperatura 
 
Nesta modalidade, o ar de secagem é aquecido em no máximo 10°C 
acima da temperatura ambiente. O que em determinadas regiões é dispensado 
devido ao potencial de secagem do ar ambiente. Devido a temperaturas 
próximas a 30°C e umidade relativa do ar abaixo de 60%. 
Estruturalmente, os secadores dessa modalidade configuram como silos, 
que possuem as seguintes características: fundo perfurado; capacidade 
estática máxima de 300 toneladas (5.000 sacas); e altura de cilindro máxima de 
6 metros. 
Quanto aos parâmetros de secagem: o fluxo de ar deve estar entre 1,0 e 
10 m³/min por tonelada de produto, o silo deve possuir área de suspiros 
equivalente a 1,0 m² para cada 300 m³/min de ar insuflado e o enchimento do 
silo pode ser feito por etapas ou em uma única vez. 
A secagem neste tipo de secador pode durar de 15 a 30 dias e depende 
da temperatura, da umidade relativa e vazão do ar de secagem. O importante é 
que estes três parâmetros sejam definidos corretamente. Isto para que a 
secagem seja completada, sem a ocorrência de deterioração do produto. 
Essa modalidade é altamente recomendada para a secagem de arroz, 
tendo em vista a alta susceptibilidade deste produto a trincas devido aos 
choques térmicos. 
 5.II-Secagem a Alta Temperatura 
 
Os secadores desta modalidade operam com temperaturas do ar de 
secagem superiores em mais 10°C a temperatura ambiente. E estes são 
classificados segundo dois critérios. 
 
13 
 
Primeiro, quanto aos sentidos dos fluxos do ar de secagem e da massa 
de grãos, os secadores podem ser de: leito fixo, fluxos cruzados, fluxos 
contracorrentes, fluxos concorrentes e fluxos mistos - secador tipo cascata. E 
segundo, quanto à forma de funcionamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
6-CÁLCULO DA UMIDADE DOS GRÃOS E SEMENTES 
(BASE SECA E BASE ÚMIDA) 
 
O conteúdo de umidade de um produto é a proporção direta entre a 
massa de água presente no material e a massa de matéria seca. O conteúdo 
de umidade é a quantidade de água, que pode ser removida do material sem 
alteração da estrutura molecular do sólido, e pode ser expressa de duas 
maneiras: 
 Base Seca (X bs)– Em relação à massa seca do produto. 
X bs= Mw/Mms, onde Mw é a massa de água 
 Base Úmida (X bu) - Em relação à massa total do produto. 
X bs= 100.Mw/Mt 
A determinação da umidade dos grãos (deterioráveis) pelo método de estufa é 
baseado na secagem de uma massa conhecida de grãos, calculando-se o teor 
de umidade mensurando a massa de água perdida no processo. (ASAE, 1991). 
Para frutas e hortaliças (perecíveis) utilizam-se estufas a vácuo. A alta 
temperatura acelera uma série de reações químicas nas frutas e hortaliças que 
podem alterar a massa seca do produto, ou, que podem reter a umidade no 
produto, mascarando o conteúdo de umidade no produto. (AOAC, 1990). 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
7-MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DE GRÃOS E 
SEMENTES 
 
Os métodos de determinação de umidade podem ser classificados em 
diretos e indiretos (WEBER, 1995). Nos métodos diretos, a umidade de uma 
amostra é removida e a determinação é feita pela pesagem. Nos métodos 
indiretos, as determinações são feitas mensurando características físicas do 
material relacionadas ao teor de umidade. Por exemplo, medidores de umidade 
que medem a resistência elétrica do produto e a relaciona com o teor de 
umidade do produto. Os métodos indiretos devem ser calibrados por um 
método direto oficial. 
7.I-MÉTODOS DIRETOS 
 
Nos métodos diretos a água é retirada do produto, geralmente por 
processo de aquecimento, e o teor de umidade é calculado pela diferença de 
peso das amostras no início e no final do processo. 
Devido a sua maior confiabilidade, os métodos diretos são empregados 
como padrão para a aferição de outros procedimentos. Por exigir um tempo 
relativamente longo para sua execução, às vezes representa uma 
desvantagem do método, por exemplo, quando se necessita de resposta 
imediata no controle de uma determinada operação. 
Como métodos diretos têm-se: Estufa, Destilação e Infravermelho. 
7.I.I-Método da estufa 
 
Neste método, a umidade corresponde à perda de peso sofrida pelo 
produto quando aquecido em condições nas quais a água é removida. O 
aquecimento direto da amostra a 105ºC é o processo mais usual. 
No caso de amostra de alimento que se decompõe, ou sofre 
transformações a esta temperatura, devem ser aquecidas em estufas a vácuo, 
onde se reduz a pressão atmosférica e se mantém a temperatura de 70ºC. 
 
16 
 
7.II-MÉTODOS INDIRETOS 
 
Nestes métodos o teor de umidade é estimado em função das 
propriedades elétricas do produto em uma determinada condição. Os dois 
princípios empregados são o da resistência elétrica e o da medida da constante 
dielétrica (capacitância). 
7.II.I-CONTEÚDO DE UMIDADE 
 
O conteúdo de umidade de um produto é a proporção direta entre a 
massa de água presente no material e a massa de matéria seca. O conteúdo 
de umidade é a quantidade de água, que pode ser removida do material sem 
alteração da estrutura molecular do sólido, e pode ser expressa de duas 
maneiras: Base seca e base úmida. 
7.II.II-MUDANÇA DE BASE 
 
Mudança de base é quando a taxa de base seca do grão se converte em 
base úmida, podendo assim também ocorrer o inverso, onde a base húmida se 
converte em base seca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
8-UMIDADE DE EQUILIBRIO DE GRÃOS 
 
Uma massa de grãos depositada em um silo apresenta normalmente, 
desníveis de temperatura. As camadas de grãos que se encontram próximas 
das paredes dos silos e na superfície adquirem uma temperatura mais alta ou 
mais baixa, pois, as estruturas de armazenamento, concreto ou metálica, são 
afetadas pela temperatura externa. 
O ar intergranular de uma massa de grãos não é estática, encontra-se 
em um continuo movimento através de correntes de convecção, causadas pela 
diferença de densidade do ar quente e frio. Quando o ar intergranular se move 
das regiões mais quentes para as partes mais frias, o ar quente, arrefecendo 
na região mais fria, apresenta maior aumento de umidade relativa e o ar cede 
parte da umidade para os grãos,até atingir o equilíbrio higroscópico. Este 
fenômeno é denominado migração da umidade, em razão dos desníveis do 
teor de umidade dos grãos, apesar de que, inicialmente, a massa era 
constituída, unicamente, de grãos que apresentavam o mesmo nível de 
umidade. 
A migração da umidade ocorrerá se a pressão de vapor parcial sobre o 
grão (Ps) for maior do que a pressão do ar (Pa), causando a dessecação 
(dessorção da umidade) da grão. Por outro lado, o efeito reverso é obtido 
quando Pa > Ps, causando a condensação-absorção da umidade. Se Ps = Pa, 
surge o equilíbrio dinâmico, caracterizado pelo equilíbrio da umidade. 
Em suma, os gradientes de temperatura no interior de silos causam 
correntes convectivas de ar que transferem umidade de uma parte do silo a 
outra. 
Durante os períodos frios a umidade é deslocada dos grãos quentes, 
localizados no centro do silo, para a superfície onde os grãos estão a 
temperaturas mais baixas. 
Durante os períodos quentes há uma inversão do processo e a região 
mais crítica passa a ser o fundo do silo. Esta movimentação de umidade pode 
ocorrer mesmo que o grão tenha sido armazenado com teor de umidade 
 
18 
 
adequado, conforme observado com grãos de soja armazenados com 12 a 
13% de umidade em silos de 70 m3 de capacidade. Este fenômeno, devido ao 
gradiente de temperatura, pode também ocorrer por difusão de vapor d'água. 
Estes acúmulos localizados de umidade podem proporcionar condições 
favoráveis para o desenvolvimento de organismos responsáveis por 
deterioração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
9-SECAGEM NATURAL DE GRÃOS E SEMENTES 
 
A secagem natural é um método amplamente utilizado em regiões 
tropicais subdesenvolvidas e/ou em desenvolvimento. Várias razões justificam 
essa utilização, como o desconhecimento de técnicas mais modernas pela 
maioria dos agricultores. Normalmente, as condições climáticas nestas regiões 
permitem a secagem natural, além disso, os investimentos para realizá-las são 
mínimos. 
O início do processo de secagem ocorre logo após a maturação 
fisiológica do produto, quando este apresenta elevado teor de umidade. A 
movimentação do ar é feita pela ação do vento e a energia para a evaporação 
de umidade provém do potencial de secagem do ar e da incidência direta da 
energia solar. 
Embora, com o passar do tempo, alcance em teor de umidade adequado 
para armazenagem, o produto fica sujeito ao ataque de pragas, ao tombamento 
de plantas e às intempéries, que contribuem para acarretar grandes perdas e 
qualidade do produto. Uma grande desvantagem da secagem natural no 
campo é que o este fica ocupado por muito tempo, retardando as operações de 
preparo do solo par novo cultivo. No caso de culturas perenes como o café, o 
retardamento da colheita provoca um ciclo bianual de produtividade. Além de 
facilitar o desenvolvimento e ataque de pragas, o trabalho de colheita fica 
dificultado, e, no caso de colheita e a debulha, apareçam grandes quantidades 
de danos mecânicos e perdas no campo. 
Como não é técnica aconselhável e pouco utilizada na produção 
comercial da maioria dos grãos. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
10-SECAGEM ARTIFICIAL DE GRÃOS E SEMENTES 
 
Na secagem artificial existe a interferência do homem, acelerando e 
melhorando o processo. Ela pode ser feita com ventilação natural, ventilação 
artificial forçada e convecção natural. 
10.I-VENTILAÇÃO NATURAL 
 
Secagem em terreiros: a diferença da secagem natural e pelo fato de o 
produto ser retirado da planta e espalhado em camadas de espessuras 
inferiores a 5 cm em um pátio previamente separado, que pode ser de 
concreto, asfalto, alvenaria ou de terra batida. 
10.II-VENTILAÇÃO FORÇADA 
 
É a secagem de grãos em silos com ventilação forçada utilizando 
apenas ar natural ou com baixa temperatura, é um processo lento. É 
recomendado utilizar um ventilador com fluxo de ar de acordo com o teor de 
umidade inicial dos grãos. 
A forma de enchimento desse silo pode ser: por uma etapa, onde o silo 
em até cinco dias é cheio, demorando em média 25 dias para o termino da 
secagem; enchimento por camadas, onde o uma nova camada só é adicionada 
se a última camada já estiver parcialmente seca; camada única, onde o silo é 
carregado com camada única de até 1 m de espessura e realizar a secagem, 
após a secagem esta camada é retirada e adicionada outra. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
11-TIPOS DE SECADORES 
 
Vários tipos de secadores são utilizados de pendendo da demanda e do 
produto específico a ser processado. Os principais e mais utilizados. 
11.I-SECADORES DE LEITO FIXO 
 
A camada de grãos nestes secadores permanece estática durante a secagem. 
O modelo dispõe de fornalha a lenha, ventilador e câmara de secagem com 
capacidade estática em torno de 5,0 toneladas. O tempo de secagem por carga 
é estimado em 5 horas. O fluxo de ar empregado varia de 1 a 10 m³/min.m² de 
área da câmara de secagem. A temperatura do ar de secagem varia de 40 a 
55°C. 
Pelo fato do produto permanecer estático é recomendado o revolvimento a 
cada três horas. Assim, a secagem do produto dar-se-á uniformemente. Alguns 
fabricantes comercializam estes secadores com sistemas mecânicos para o 
revolvimento. Assim é dispensada a interrupção do processo de secagem. 
O secador de leito fixo tem sido empregado na secagem de milho em espiga, 
feijão em ramas, café e arroz. O formato da câmara de secagem pode ser 
variado e esta pode ter o fundo inclinado para propiciar a descarga por 
gravidade. 
Recentemente, foi introduzida no mercado brasileiro, uma outra configuração 
de secador de leito fixo. Esta consiste no emprego de um silo com 
características semelhantes ao apresentado anteriormente. No entanto, a 
temperatura do ar de secagem é de 60°C. Este sistema conta com um conjunto 
de roscas-sem-fim, que promovem o revolvimento da massa de grãos durante 
a secagem. Ao final desta, o produto pode ser armazenado no próprio silo, ou 
então transferido para outro e assim armazenado. 
11.II-Secadores de Fluxos Cruzados 
 
Conforme a denominação, os fluxos de grãos e ar de secagem cruzam sob um 
ângulo de 90° na câmara de secagem. Este tipo de secador é o mais difundido 
 
22 
 
mundialmente, devido à facilidade de construção. Ele apresenta duas câmaras 
de secagem. Na primeira, a superior, há um ventilador axial e na segunda 
apresenta dois ventiladores. Junto aos ventiladores existem os queimadores de 
gás. 
11.III-Secador de Fluxos Contracorrentes 
 
Nestes secadores os fluxos de grãos e ar de secagem ocorrem em sentidos 
contrários. Sendo que o fluxo de grãos ocorre no sentido da gravidade e o fluxo 
de ar em sentido ascendente. 
Este secador conta com um silo dotado de: fundo perfurado, sistema de 
aquecimento, ventilador e sistema de movimentação de grãos. Em seu 
funcionamento, a frente de secagem permanece sempre junto ao fundo. À 
medida que ocorre a secagem, a camada de grãos seca é transportada para 
silos armazenadores ou então, é depositada na parte superior da massa de 
grãos. 
Para tanto, o sistema de movimentação de grãos é acionado por um termostato 
que monitora o avanço da frente de secagem. Quando o termostato detecta 
temperatura próxima a 70°C, é acionado o sistema de movimentação de grãos. 
11.IV-Secador de Fluxos Concorrentes 
 
São secadores em que os fluxos de ar de secagem e grãos têm o mesmo 
sentido de deslocamento. As configurações comerciais possuem grandes 
alturas e vários estágios de secagem e descanso e circuitos de 
reaproveitamento do ar de secagem. 
11.V-Secador de fluxos mistos ou secador do tipoCascata 
 
Este é o modelo de secador e o mais utilizado pelas unidades armazenadoras 
brasileiras, disponibilizado com capacidades horárias de secagem de 15 a 250 
t/horas. Estruturalmente, esses secadores possuem uma torre central montada 
pela superposição vertical de caixa dutos. Uma caixa duto é formada por dutos 
montados em uma fileira horizontal. Um secador de 40 t/h possui em sua torre 
 
23 
 
cerca de setenta caixas dutos. O nome cascata é definido devido à 
característica do movimento da massa de grãos por entre os dutos. 
Em relação à torre, 2/3 de sua altura correspondem à câmara de secagem, 
pelo lado esquerdo entra o ar de secagem com temperaturas entre 80 a 100°C, 
e do lado direito é procedida a sucção do ar exausto, que geralmente possui 
temperatura entorno de 7°C acima da temperatura ambiente. 
O 1/3 inferior da altura da torre é destinado à câmara de resfriamento. Cujo 
objetivo é retirar calor da massa de grãos, deixando-a com temperatura 
próxima a ideal para a armazenagem. Para o secador esquematizado, ocorre o 
reaproveitamento do ar que sai da seção de resfriamento. Assim, ao invés de 
lançá-lo ao ambiente, este é misturado ao ar de secagem, melhorando o 
rendimento do secador. Este conceito passou a ser empregado a partir dos 
anos 90. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
12-SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO 
 
A logística no ramo agroindustrial está diretamente ligada ao armazenamento. 
Geralmente, os produtos devem ser armazenados em momentos específicos 
durante os processos logísticos. Um exemplo dado por Bowersox e Closs 
(2001), adaptado por Azevedo et al. (2008), é o caso dos grãos, que, na pós-
colheita, por insuficiência do sistema de armazenagem ou pela má 
conservação das estradas e inadequação dos transportes, sofrem grandes 
perdas pela falta de planejamento logístico. 
No processo de produção agrícola, a armazenagem está diretamente agregada 
ao sistema logístico, e, segundo Azevedo et al. (2008), com os avanços 
tecnológicos, os processos de armazenagem devem contribuir com a 
sustentação da qualidade dos grãos, aumento da velocidade do fluxo dos 
produtos e redução de custos, atendendo às exigências do mercado. 
O armazenamento constitui uma rede indispensável no setor agrícola, já que é 
responsável por receber a produção, conservá-la em condições físicas, 
químicas e biológicas ideais para, então, redistribuí-la posteriormente ao 
consumidor. A produção de grãos é periódica, enquanto que a necessidade de 
alimentação e a demanda das agroindústrias são ininterruptas (PUZZI, 2000). 
Sendo assim, o armazenamento designa-se como uma etapa essencial na 
uniformidade de abastecimento e distribuição de alimentos, já que estoca as 
produções em épocas de safra e entressafra, quando não se produz mais 
grãos. Com isso, essa atividade permite suprir as demandas durante o ano 
todo. 
Quando convenientemente localizado e projetado, o armazém possibilita ainda 
a diminuição de custos de transporte, uma vez que em seu processo elimina 
impurezas e teores inadequados de umidade dos grãos, promovendo maior 
rendimento destes no carregamento e embarque, e evitando a formação de 
filas de caminhões nas unidades coletoras ou de transbordo. 
Ademais, a importância dos armazéns se dá por constituírem o fator 
intermediário entre oferta e demanda e por estarem diretamente envolvidos 
com a logística do produto: servem como ponto de estocagem de matérias-
 
25 
 
primas, materiais em processos e produtos acabados. Devem ser planejados 
tecnicamente de modo que estudos devem ser realizados antes da implantação 
da estrutura correta de armazenamento nos determinados contextos, visto que 
a infraestrutura e a localização do armazém são fatores essenciais, entre 
outros, na maximização da utilização do equipamento. 
A produção de grãos tem crescido em taxas anuais acentuadas, e o sistema de 
armazenagem não vem acompanhando paralelamente. Os produtores obtêm 
recordes de produção a cada safra, mas, nas operações pós-colheita, os 
investimentos têm sido escassos. 
Em paralelo às dificuldades com a infraestrutura de transportes e 
armazenagem. Grande parcela destas perdas, tanto quantitativas como 
qualitativas, ocorrem no processo de escoamento de grãos. 
Conforme dados da Conab (2013), para a safra 2012/13 de grãos, no que se 
diz respeito à soja, milho, amendoim, feijão, sorgo e triticale, a capacidade 
estática brasileira de armazenagem totalizou em 145.485 milhões de toneladas. 
A produção, entretanto, foi de 187.093 milhões de toneladas. O patamar ideal 
para a capacidade estática brasileira, segundo Amaral (2007), adaptado por 
Azevedo et al. (2008), é que seja pelo menos 20% superior à produção do país. 
Subtraindo-se a produção da capacidade estática obtemos um déficit de 
armazenagem de quase 42 milhões de toneladas de grãos para a última safra. 
Além disso, observa-se que o ideal para a capacidade de armazenagem teria 
sido de 224.512 milhões de toneladas, ou seja, 79 milhões de toneladas a mais 
do que a quantidade disposta a ser armazenada na safra 2012/13. 
O estabelecimento das redes armazenadoras é, portanto, um dos processos de 
comercialização que vem gerando discussões primordiais no agronegócio, já 
que é visto como uma medida que gera grande possibilidade no aumento da 
produção de grãos, bem como sua distribuição e estabilidade no mercado. 
 
 
 
 
26 
 
13-CONCLUSÕES 
 
 O Brasil tem um grande desafio pela frente, pois se tornando um dos 
principais produtores de grãos do Mundo, enfrenta dificuldades na pós-colheita 
dos mesmos. Sua crescente demanda por melhorias na infraestrutura de 
armazenagem e escoamento dos produtos necessita de melhores 
investimentos por parte de órgãos públicos e privados. 
 O sistema de beneficiamento dos grãos e sementes também necessita 
de novas técnicas e novas tecnologias para manter o Brasil neste ritmo de 
crescimento exponencial, aumentando a qualidade e a competitividade dos 
grãos brasileiros em todo o Mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
14-REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS E CONSULTADAS 
 
AZEVEDO, L.F.; OLIVEIRA, T.P.; PORTO, A.G.; SILVA, F.S. A capacidade 
estática de armazenamento de grãos no Brasil. Rio de Janeiro-RJ, 2008. 
BRASIL, Ministério da Agricultura. Regras para Análise de Sementes. S.I. 
AGIPLAN,1976. 188P. 
ELIAS, M. C. Armazenamento e conservação de grãos. Universidade Federal 
de Pelotas. Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial. Pelotas-RS, 
2003. 
LEITE, G.L.D. Capacidade de armazenamento e escoamento de grãos do 
estado do Mato Grosso. Trabalho de conclusão de curso. Universidade de 
Brasília. Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. Brasília-DF, 2013. 
MESQUITA, J.L.; MACEDO, M.A.S.; BARBOSA, A.C.T. Avaliação do sistema 
brasileiro de armazenagem convencional e a granel: um estudo apoiado em 
Análise Envoltória de Dados (DEA). Sober – Sociedade Brasileira de 
Economia, Administração e Sociologia Rural. Londrina-PR, 2007. 
PUZZI, D. Abastecimento e Armazenagem de Grãos. Campinas-SP, 2000. 
SILVA, L.C. Estruturas para armazenagem a granel. Universidade Federal do 
Espírito Santo. Departamento de Engenharia Rural. 2010. 
SILVA, L.C. Unidades armazenadoras: Planejamento e Gerenciamento 
Otimizado. Universidade Federal do Espírito Santo. Departamento de 
Engenharia Rural. 2006. 
SOUSA E SILVA, J. de & CARVALHO, G.R. Amostragem e determinação de 
umidade de grãos. Viçosa, UFV CENTREINAR, 1980. 
WEBER, E. A., Armazenagem Agrícola. Editora. Livraria e Editora 
Agropecuária, Guaíba: RS. 2001. 396 p. 
WEBER, E.A. Armazenagem Agrícola,Porto Alegre: Kleper Weber Industrial, 
1995. 400 p. 
 
28 
 
CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. Disponível em: 
<www.conab.gov.br>. Acesso em 16/12/2014, as 16h e 12min.. 
www.agricultura.gov.br. Acesso em 16/12/2014, as 14 h e 35min. 
sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Acesso em 15/12/2014, as 10h e 43 
min. 
www.ebah.com.br. Acesso em 15/12/2014, as 10h e 20 min.

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