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Concurso de pessoas
É a colaboração empreendida por duas ou mais pessoas para realização de um crime ou de uma contravenção penal.
O concurso de pessoas depende de cinco requisitos: pluralidade de agentes culpáveis, relevância causal das condutas para a produção do resultado, vínculo subjetivo, unidade de infração penal para todos os agentes, existência de fato punível.
O concurso de pessoas depende de pelo menos duas pessoas, e conseqüentemente, de ao menos duas condutas penalmente relevantes. Essas condutas podem ser principais no caso da coautoria, ou então uma principal e outra acessória, praticadas pelo autor e pelo partícipe, respectivamente. Os coautores e partícipes devem ser dotados de culpabilidade.
Crimes unissubjetivos ou de concurso eventual são aqueles em regra cometidos por uma única pessoa, mas que admitem o concurso de agentes. Nesses delitos, a culpabilidade dos envolvidos é fundamental, sob pena de caracterização de autoria mediata, que é quando o mandante (maior de 18 anos e autor mediato) utiliza-se da não culpabilidade de menor de 18 anos para cometer crime. O menor de 18 anos não é culpável portanto não é caracterizado como coautor e sim como autor imediato.
 Nos crimes plurissubjetivos, plurilaterais, ou de concurso necessário, é quando o tipo penal exige a realização da conduta por dois ou mais agentes, a culpabilidade de todos os coautores ou partícipes é desnecessária. O crime poderá se caracterizar quando existir entre os envolvidos, pessoas sem culpabilidade, desde que haja alguém culpável. 
 Nos crimes eventualmente plurissubjetivos, aqueles geralmente praticados por uma única pessoa, têm a pena aumentada quando praticados em concurso, a capacidade de culpa de um dos envolvidos é dispensável. 
Coautor e partícipe devem assumir em relação à infração penal uma atitude positiva, devem dar causa ao crime, realizando-se assim a relevância causal da conduta sem a qual o resultado não teria sido verificado. Essa relevância causal depende de uma contribuição prévia ou concomitante à execução, isto é, anterior à consumação. A concorrência posterior configura crime autônomo, mas não concurso de pessoas. Em tema de concurso de pessoas, a contribuição para a obtenção de um resultado pretendido pode até ser concretizada após a consumação, desde que tenha sido ajustada anteriormente.
 O concurso de pessoas impõe que todos os agentes estejam ligados entre si por um vínculo de ordem subjetiva, pois caso contrário não haverá crime praticado em concurso. Para a caracterização do vínculo subjetivo é suficiente a atuação consciente do partícipe no sentido de contribuir para a conduta do autor,ainda que o autor desconheça a colaboração.Ou seja, não é necessário prévio ajuste.
De acordo com o requisito de unidade de infração penal para todos os agentes, o código penal adota a teoria unitária, monística, que diz que todos os coautores e participes se sujeitam a único tipo penal: há um único crime com diversos agentes. Porém, excepcionalmente o CP abre espaço para a teoria pluralística, pela qual se separam as condutas, com a criação de tipos penais diversos para os agentes que buscam um mesmo resultado. É o que se dá por exemplo, no seguinte crime: aborto provocado por terceiro com o consentimento da gestante: ao terceiro executor imputa-se o crime tipificado no art.106,enquanto para a gestante incide o crime previsto no art.124,CP.
 O concurso de pessoas depende da punibilidade de um crime, a qual requer, em seu limite mínimo, o início da execução. Tal circunstância constitui o princípio da exterioridade. Assim, para que um crime seja punível é necessária no mínimo que ele seja tentado.
Autoria
Existem diversas teorias que buscam fornecer o conceito de autor.
Teoria subjetiva ou unitária: Não diferencia autor de partícipe, autor é aquele que de qualquer modo contribuir para a produção de um resultado penalmente relevante.
Teoria extensiva: Não distingue autor de partícipe, porém admite diversos graus de autoria e assim admite causas de diminuição de pena.
Teoria objetiva ou dualista: opera nítida distinção entre autor e partícipe. Essa teoria subdivide-se em outras três.
.Teoria objetivo-formal: autor é quem realiza o núcleo do tipo penal. Partícipe é quem de qualquer modo concorre para o crime, sem praticar o núcleo do tipo. Nesse contexto, o autor intelectual (aquele que planeja mentalmente a conduta criminosa), é partícipe, e não autor, pois ele não executa o núcleo do tipo penal. Essa doutrina é a preferida pela doutrina nacional e é a adotada pelo CP. Porém deve ser complementada pela teoria da autoria mediata.
.Teoria objetivo-material: autor é quem presta a contribuição objetiva mais importante para a produção do resultado, e partícipe é quem concorre de forma menos relevante, ainda que mediante realização do núcleo do tipo.
.Teoria do domínio do fato: autor é quem possui controle sobre o domínio final do fato, domina finalisticamente o trâmite do crime e decide acerca da sua prática, suspensão, interrupção e condições. Ou seja, é o senhor do fato, não precisa necessariamente realizar o núcleo do tipo penal. Para esta teoria diferentemente da teoria objetivo-formal, o autor intelectual é autor e não partícipe, pois, tem poderes para controlar a prática do fato punível. Partícipe, no campo desta teoria é quem de qualquer modo concorre para o crime, desde que não realize o núcleo do tipo penal nem possua o controle final do fato. Nos delitos imprudentes é autor todo aquele que contribui para a produção do resultado com uma conduta que não responde ao cuidado objetivamente devido.
Punibilidade no concurso de pessoas
As penas devem ser individualizadas no caso concreto. O fator decisivo para tanto é o caso concreto, levando-se em conta a culpabilidade de cada agente.
Exemplo disto: O autor intelectual, além de responder pelo mesmo crime imputado ao autor, tem contra si,por mandamento legal, uma agravante genérica.
Cooperação dolosamente distinta
Também chamado de desvios subjetivos entre os agentes ou participação em crime menos grave, está descrita pelo art.29§2, do CP: “Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-à aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até a ½ (metade), na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
A interpretação a ser dada é a seguinte: dois ou mais agentes cometeram dois ou mais crimes. Em relação a algum deles – o mais grave-, entretanto, não estavam ligados pelo vínculo subjetivo, isto é, não tinham unidade de propósitos quanto à produção do resultado.
Se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, diz a lei penal, é porque em relação a ele não há concurso de pessoas. O vínculo subjetivo existia somente no tocante ao crime menos grave.
Modalidades de concurso de pessoas: coautoria e participação.
Coautoria-Existência de dois ou mais autores de um crime.Art. 157, § 2°, I e II.
A coautoria pode ser ParcialouDireta.
Coautoria Parcial, ou Funcional - É aquela que independe do que os autores do crime estão fazendo vão resultar no fim almejado. Ex: “A” e segurado por “x” e “y” esfaqueia a vitima, produzindo sua morte. 
Coautoria Direta ou Material - já nesse caso todos fazem as mesmas condutas. Ex: “X” e “Y” esfaqueiam conjuntamente “A”, matando-o.
Coautoria crimes próprios e crimes de mão própria.
Crimes Próprios ou Especiais é a ação ou omissão de determinadas pessoas especificadas legalmente, sendo assim apenas quem reúne as condições especiais previstas na lei pode pratica-lo. E o caso do peculatoCrime do desvio de verba, do furto de dinheiro ou bem móvel apreciável por parte de funcionário público, em proveito próprio ou de terceiros; abuso de confiança pública. Art. 312 CP. E infanticídioMorte do filho provocada pela mãe, durante o parto ou o estado puerperal.Art. 123 CP.
Crimes de Mão Própria, de Atuação Pessoal ou de Conduta Infungível é o crime que exige a atuação pessoal do sujeito ativo. (ex.: falso testemunho). A conduta infungível - trata-sede sinônimo do crime de mãoprópria, ou seja, delito de conduta infungível é aquele que exige qualidade especial do agente e não aceita delegação de conduta. Vale dizer, é impossível a coautoria em crimes dessa classificação.
Crimes próprios podem ser praticados em coautoria?.Simex: e o caso de dois funcionários públicos se junta para subtrair bens da administração publica onde eles têm livre acesso. Mas não é só“A” funcionário publico convida “B” particular, a lhe ajudar a subtrair algo da repartição publica que trabalha. “B”, ciente da condição de funcionário publico de “A” ajuda-o e guarda os bens subtraído em sua casa, “A” e “B” responderam por peculato.
Crimes de mão própria, por sua vez como já foi dito anteriormente não se fala em coautoria. Com Exceção no Art. 342 CP. Na hipótese em que dois peritos subscrevem dolosamente o mesmo laudo falso.
O executor de reserva
Executor de reserva é o agente que presencia a execução material da infração penal, permanecendo na expectativa de eventual intervenção.Ex: “Y” com uma faca “X” com um revolver, fica de tocaia esperando “A” passar pelo local esperado “Y” vai a sua direção caso se preciso for “X” atuara fazendo lhe os disparos. Se “X” agir será coautoria se não agir será participe.
Coautoria sucessiva
Coautoria sucessiva é se antes do encerramento, alguém aderir sucessivamente (deve ocorrer até a consumação); se o crime estiver consumado, não se fala mais em coautoria sucessiva, pois adesão posterior ao delito consumado não gera concurso de agentes.Ex: quando já iniciada a prática de uma lesão corporal “X” contra “Y”, um terceiro “C” que assistia à agressão resolve aderir aos golpes contra a vítima “Y”.
Coautoria em crimes omissivos
Como pode ser visto existem 2 (duas) posições uma que diz ser possível e outra que diz não haver possibilidade de coautoria por omissão sendo assim observaremos:
É cabível a participação em crime omissivo próprio. Ex: "A" induz "B" a não pagar pensão alimentícia. "A" será partícipe de "B", no crime de abandono material (artigo 244 do CP). 
Com relação à coautoria em crime omissivo próprio, parte da doutrina entende que não (Juarez Taveres, verbi gratia), pois cada um responde isoladamente, não sendo o caso de concurso de agentes. É o exemplo clássico em que "A" e "B" omitem socorro a "C", sendo que cada um deles poderia socorrer, sem risco pessoal. 
Contudo, Cezar Roberto Bitencourt (Manual de Direito Penal, Parte Geral, p. 445) entende "ser perfeitamente possível a coautoria em crime omissivo próprio". No mesmo sentido é a posição de Rogério Greco (Curso de Direito Penal, Parte Geral, p. 476). 
A doutrina manifesta pela possibilidade de participação em crime omissivo impróprio. Ex: "A" instiga "B", que ele não conhece, a não alimentar o filho. "B" cometerá o crime de homicídio por omissão, já que "B" tem o dever jurídico de evitar o resultado. "A" será partícipe. 
No mesmo sentido é acerca do cabimento da coautoria em crime omissivo impróprio. Ex: "A" e "B", em comum acordo, deixa de alimentar seu filho, vindo este a falecer. O casal é coautor de homicídio. 
Não obstante posição minoritária, Juarez Tavares (As controvérsias em torno dos crimes omissivos, p. 85-86) defende que nos crimes omissivos nunca haverá concurso de pessoas (coautoria e participação). No mesmo sentido é a doutrina de Nilo Batista (Concurso de agentes, p. 65). 
Compulsando a literatura jurídica, vimos que Rogério Greco e Cezar Roberto Bitencourt admitem a coautoria e a participação. Fernando Capez, Damásio Evangelista de Jesus, Celso Delmanto, Mirabete e Alberto Silva Franco, por sua vez, admitem tão somente a participação. Diversamente, Luiz Régis Prado e Heleno Fragoso não admitem a coautoria nem a participação.
A autoria mediata
Ocorre autoria mediata quando o autor domina a vontade alheia e, desse modo, se serve de outra pessoa que atua como instrumento. Exemplo: médico quer matar inimigo que está hospitalizado e se serve da enfermeira para ministrar injeção letal no paciente. Há dois sujeitos nessa relação: (1) Autor Mediato: quem ordena a pratica do crime; e (2)Autor Imediato: aquele que executa a conduta criminosa. Quando o autor imediato for inimputável ou menor de idade não se fala em concurso de pessoas, pois foi apenas instrumento no crime.
O código penalpossui cinco situações em que pode ocorre a autoria mediata:
Inimputabilidade penal do executor por menoridade penal, embriaguez ou doença mental (CP, art. 62, III);
Coação moral irresistível (CP, art. 22);
Obediência hierárquica (CP, art. 22);
Erro de tipo escusável, provocado por terceiro (CP, art. § 2°);
Erro de proibição escusável, provocado por terceiro (CP, art. 21, caput).
Autoria Mediata e Crimes Culposos
A autoria mediata e incompatível com os crimes culposos, por uma razão bastante simples: não se pode conceber a utilização de um inculpável ou de pessoa sem dolo ou culpa para funcionar como instrumento de um crime cujo resultado o agente não que nem assume o risco de produzir.
E da essência da autoria mediata, portanto a pratica de um crime doloso.
Autoria mediata, crimes próprios e de mão próprias.
Não admite coautoria. EX: peculato, e infanticídio.
Todavia, prevalece o entendimento de que a autoria mediata é incompatível com os crimes de mão própria, porque a conduta somente pode ser praticada pela pessoa diretamente indicada pelo tipo penal. No exemplo do falso testemunho, uma pessoa não poderia colocar terceira pessoa para negar a verdade em seu lugar. Com exceção de se for coagida, irresistivelmente.
Autoria por determinação
Não se trata de autoria, direta ou indireta, ou mesmo de participação, mas decorre da leitura do artigo 29 do CP que é permitido punir o agente pelo fato de ter determinado a prática da infração penal:
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 1º. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
§ 2º. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
O exemplo trazido é o da mulher que ministra sonífero à amiga e hipnotiza o amigo, ordenando-lhe que mantenha conjunção carnal com aquela amiga durante o transe. O hipnotizado não realiza conduta, a violência é presumida pela impossibilidade de oferecer resistência. O crime é de estupro, mas não há conduta e a mulher que deu causa a isso tudo não pode ser co-autora em crime de mão própria (só o homem pode estuprar) nem partícipe para os que adotam a teoria da acessoriedade limitada da participação (para que haja participação o autor deve praticar fato típico e ilícito). A mulher então ficaria impune?
Não. Pela figura do autor de determinação, ela não será punida pelo crime de estupro, mas lhe será imposta a mesma pena cominada ao mesmo por haver cometido o delito de determinar para o estupro.
Autoria de escritório
Para Zaffaroni e Pierangeli, seria uma nova modalidade de autoria.Entretanto, o fato de alguém cumprir as ordens e passível de ser substituída a qualquer momento por outra pessoa, de um grupo criminoso extremamente organizado não o reduz à condição de mero instrumento, tal como se pode dizer em casos de autoria mediata. Ex: o líder do PCC manda da as ordens a serem seguidas por seus comandantes. É ele o autor do escritório, com poder hierárquico sobre seus “soldados”.
Participação 
O sujeito não realiza diretamente o núcleo do tipo penal, mas de qualquer modo concorre para o crime. Tipo colabora para que venha acontecer a conduta criminosa. EX: “X” que matar alguém e pedi uma arma emprestada a “y” este sabendo do proposito criminoso do autor, colabora emprestando a arma municiada. 
Sendo assim observado 2 (dois) requisitos: 
- Proposito de colaborar pra a conduta do autor (principal);
- Colaboração efetiva.
Inicialmente a participação pode ser Moral ou Material.Moral - é aquela em que a conduta do agente restringe-se a induzir ou instigar terceira pessoa a cometer uma infração penal. 
Induzir- é fazer surgir na mente de outrem a vontade criminosa, ate então inexistente. Ex: “A” fala pra“B” de sua inimizade com “C”, criando em razão de uma rivalidade esportiva antiga. “B” o induz a matar seu desafeto, dizendo ser o único meio adequado para se livra desse problema.
Instigar-é reforça a vontade criminosa que já existe na mente de outrem. Ex: “A” diz a “B” que deseja matar “C”, sendo por ele estimulado a prosseguir sem eu intento.
O induzimento e a instigação devem ser relacionados a pratica de crimes determinado e direcionados a pessoa ou pessoas deter.
Punição do participe; teorias da acessoriedade.
A conduta do participe tem natureza acessória, pois não realizaria o núcleo do tipo penal. Sem a conduta principal, praticada pelo autor, a atuação do participe, em regra, é irrelevante. Exemplificativamente, não há crime na simples conduta de mandar matar alguém, se a ordem não for cumprida pelo seu destinatário.
Fato típico + ilícito+ agente culpável + punição efetiva do agente no caso concreto
Fato típico
Fato típico + ilícito
Fato típico + ilícito + praticado por agente culpável
Hiperacessoriedade
Acessoriedade limitada
Acessoriedade máxima
Acessoriedade mínima
Teorias sobre a acessoriedade da conduta do participe	
Teoria adotada -O código penal não adotou expressamente nenhuma dessas teorias.
Participação de menor importância- ou mínima, é a de reduzida eficiência causal.
Participação inócua é aquela que em nada contribuiu para o resultado. É penalmente irrelevante, pois se não deu causa ao crime é porque a ele não concorreu. Ex: “A” em presta uma faca para “B” matar “C”. precavido, contudo, “B” compra uma arma de fogo e, no dia do crime, sequer leva consigo a faca emprestada por “A”, cuja participação foi, assim, inócua.
Participação impunível -“O ajuste, a determinação ou instigação e o auxilio, salvo disposição expressa em contrario, não são puníveis, se o crime não chegar, pelo menos, a ser tentado”.
Participação por omissão -é quando se tem, o dever de agir para evitar o resultado.
Convivência -é a participação que ocorre nas situações em que o sujeito não esta vinculada á conduta criminosa e não possui o dever agir para impedir o resultado. Ex: “A” assiste ao roubo de uma pessoa desconhecida e nada faz.
Participação sucessiva -é quando duas pessoas induzem a terceira a fazer sem que ela saiba que tenha a mesma vontade.
Participação em cadeia ou participação da participação -verifica-se nos casos em que alguém induz ou instiga uma pessoa para que esta posteriormente induza, instigue ou auxilie outro individuo a cometer um crime determinado. Ex: “A””B””C” respondem pelo homicídio, na condição de participe, pois concorreram para o crime que teve “D” como seu autor.
Participação em ação alheia - Não e concurso de pessoas - peculato culposo, quando um funcionário deixa a porta de seus estabelecimento de trabalho aberta e passa uma pessoa e ver e entra e subtrai as coisas que lá existem.
Circunstancias incomunicáveis: o art.30 do código penal.
Circunstancia incomunicáveis -são as que não se entendem, isso é não se transmitem aos coautores ou participes de uma infração penal, pois se referem exclusivamente a determinado agente, incidindo apenas em relação a ele.
	
Distinção entre elementares e circunstancias
Elementares são os dados fundamentais de uma conduta criminosa.
Circunstancias são os fatores que se agregam ao tipo fundamental, para o fim de aumentar ou diminuir a pena.
Espécies de elementares e de circunstancias
Subjetivas, ou de caráter pessoal são as que se relacionam a pessoa do agente, e não ao fato por ele praticado.
Objetivas, ou de caráter real são as elementares e circunstancia que dizem respeito ao fato, á infração penal cometida e não ao agente.
Condições de caráter pessoal “qualquer conduta” 
As regras do art. 30 do código penal é possível extrair 3 (três) regras do CP. 
As circunstancias e condições de caráter pessoal, ou subjetivas, não se comunicam: 
Comunicam-se as circunstancias de caráter real, ou objetivo:
Comunicam-se as elementares, sejam objetivas ou subjetivas:
Elementares personalíssimas e a questão do estado puerperal no infanticídio.elementares personalíssimas _--> não são aceita no nosso ordenamento.
O excesso no mandato criminal: o mandato guarda intima relação com a figura do autor intelectual, em que alguém (participe) delibera sobre a pratica de uma infração penal e transmite e outrem (autor) a tarefa de executa-lo.
Autoria Colateral (Coautoria imprória, autoria aparelha): 
Ocorre quando duas ou mais pessoas intervêm na execução de um crime, mas não tem nem uma ligação. Não há concurso de pessoas, pois estava ausente o vínculo subjetivo entre as duas partes (que tentaram o crime). Portanto, cada um dos agentes responde pelo crime a que deu causa.
Ex: Se duas pessoas disparam contra “A” ao mesmo tempo, mas por perícia descobre-se que foi os desparos de “determinada” arma quem o matou, o dono daquela arma responderá por homicídio e o outro responderá por tentativa de homicídio.
Autoria incerta:
Surge no campo da autoria colateral, quando mais de uma pessoa é indicada como autora do crime, mas não se apura com precisão qual foi a conduta que efetivamente produziu o resultado. Como não se apurou quem causou a morte, não se pode imputar o resultado naturalistico para “A” e “B”, um deles matou, mas o outro não. E como não há concurso de pessoas, ambos devem responder por tentativa de homicídio.
Autoria Desconhecida:
Ocorre quando um crime foi cometido, mas não se sabe quem foi seu autor.
Concurso de pessoas e crimes multitudinários:
Fala-se então do fenômeno conhecido como a multidão criminosa que constitui uma espécie de alma nova dos movimentos de massa que em momentos de grande excitação anulam ou restringem sensivelmente o autocrontole e a capacidade individual de se govrnar segundo padrões éticos ou sociais.
O art. 65, III “e” diz que a pena será atenuada em relação ao agente que cometeu o crime sob influência da multidão em tumulto, se não o provocou.
Já o art. 62, I, uma agravante genérica para o sujeito que promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes.
Concurso de pessoas e crimes culposos
- Coautoria e crimes culposos: É quando duas ou mais pessoas, conjuntamente, agindo por imprudência, negligência ou imperícia, violam o dever objetivo de cuidado a todos impostos, produzindo um resultado naturalístico.
- Participação e crimes culposos: Nele se encaixa todo o comportamento que viola o dever objetivo de cuidado. Por colário, é autor todo aquele que, desrespeitando esse dever, contribui para a produção do resultado naturalístico. Para Damásio de Jesus: “Toda classe de causação do resultado típico culposo é autoria”.
PENA: ASPECTOS GERAIS
Sanção Penal: É a resposta estatal ao responsável pela prática de um crime ou de uma contravenção penal. Divide-se em duas espécies:Penas e medidas de segurança.
As penas têm como pressuposto a culpabilidade. Destinam-se aos imputáveis e aos semi-imputáveis não perigosos.
A medida de segurança é a modalidade de sanção penal com finalidade preventiva, destinada a tratar inimputáveis e semi-imputáveis. Com o objetivo de evitar futuras infrações penais.
Pena é a espécie de sansação penal consistente na privação ou restrição de determinados bem juridicos do condenado, aplicada pelo Estado em decorrência do cometimento de uma infração penal, com as finalidades de castigar seu responsável, readaptá-lo ao convívio social e evitar a prática de novos crimes ou contravenções penais.
Principios;
Principio da reserva legal ou da estrita legalidade: Somente a lei pode cominar a pena.
Princípio da anterioridade: A lei deve ser prévia a ato praticado.
Princípio da personalidade, intrnsmissibilidade, intranscendência ou responsábilidade pessoal: A pena nãopode, em hipótese alguma, ultrapassar a pessoa do condenado. É possível, porém, que a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens, compreendidos como efeitos da condenação, sejam, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas até o limite do valor do patrimônio transferido. A pena de multa não poderá ser cobrada dos sucessores do condenado.
Principio da inderrogabilidade ou inevitabilidade: A pena, se presentes os requisitos necessários para a condenação, não pode deixar de ser aplicada e integralmente cumprida.
Princípio da intervenção mínima:
Princípio da humanidade ou humanização das penas: A pena deve respeitar os direitos fundamentais do condenado enquanto ser humano.
Principio da proporcionalidade: A resposta penal deve ser justa e suficiente para cumprir o papel de reprovação do ilícito.
Principio da individualização: A individualização da pena tem o significado de eleger a justa e adequada sanção penal, quanto ao montante, ao perfil e aos efeitos pendentes sobre o sentenciado, tornando-o único e distindo dos demais infratores, ainda que coautores do mesmo corréu.
No prisma legislativo, o legislador descreve o tipo penal e estabelece sanções adequadas, indicando precisamente os seus limites e também as circunstâncias aptas a aumentar ou diminuir as reprimendas cabíveis.
De acordo com o Judicial é fetivada pelo juiz quando aplica a pena utilizando-se de todos os instrumentos fornecidos pelos autos da ação penal.
A individualização administrativa é efetuada durante a execução da pena, quando o Estado deve zelar por cada condenado de forma singular, mediante tratamento penitenciário ou sistema alternativo no qual se afigure a integral realização das finalidades da pena.
Teorias e finalidades;
Teoria absoluta e finalidade retributiva: A pena desponta como a retribuição estatal justa ao mal injusto provocado pelo condenado. Não tem finalidade prática, pois não se preocupa com a readaptação social do infrator da lei penal.
Teoria relativa e finalidades preventivas: Para essa variante, a finalidade da pena consiste em prevenir, isto é, evitar a prática de novas infrações penais. A pena não está destinada a realização da justiça sobre a terra, servindo apenas para a proteção da sociedade.
A prevenção geral: (Sociedade), é destinada ao controle da violência, na medida em que busca diminuí-la e evitá-la. Pode ser negativa ou positiva. 
Prevenção geral negativa: Busca intimidar os membros da coletividade acerca da gravidade e da inperatividade da pena, retirando-lhes eventual incentivo quanto à prática de infrações penais.
Prevenção geral positiva: O aspecto positivo da prevenção geral repousa na conservação e no reforço da confiança na firmeza e poder de execução do ordenamento jurídico. A pena tem a missão de demonstrar a inviolabilidade do Direito diante da comunidade jurídica e reforçar a confiança jurídica do povo.
Prevenção especial negativa: Intimidar o condenado para vitar a reincidênca.
Prevenção especial positiva: Retornar ao convívio social preparado para respeitar as regras a todos impostos pelo Direito. A pena é legítima somente quando é capaz de promover a ressocialização do criminoso.
Teoria Mista, unificadora e dupla finalidade: Retribuição e prevenção:
A pena deve, simultaneamente, castigar o condenado pelo mal praticado e evitar a prática de novos crimes, tanto em relação ao criminoso no tocante à sociedade. Foi a teoria acolhida pelo art. 59 do CP.
Fundamentos da pena:
Fundamentos, estes dizem respeito ao objetivo que se busca alcançar com sua aplicação. Apontam-se seis principais fundamentos da pena:
Retribuição: Confere-se ao condenado uma pena proporcional e correspondente à infração penal na qual ele se envolveu.
Reparação: Assistencia a vítima e a reparação do dano, como forma de recompor o mal social causado pela infração penal.
Denúncia: É a reprovação social a prática do crime ou da contravenção penal.
Incapacitação: Priva-se a liberdade do condenado, retirando-o do convívio social.
Reabilitação: A pena precisa restaurar o criminoso.
Dissuasão: Busca convencer as pessoas em geral, e também o condenado, de que o crime é uma tarefa desvantajosa e inadequada.
Cominação das penas;
Em nosso sistema penal as penas podem ser cominadas em abstrato por diversas modalidades:
Isoladamente: Cuida-se da cominação única de uma pena. Ex: pena de reclusão.
Cumulativamente: O tipo penal prevê, em conjunto, duas espécies de penas. Ex: Penas de reclusão e multa.
Paralelamente: Cominan-se alternativamente, duas modalidades de penas. Ex: Pena de reclusão ou detenção.
Alternativamente: Aplicação única de duas espécies de pena. Há duas opções, mas o julgador somente pode aplicar uma delas. Ex: Pena de detenção OU multa.
Classificação das penas;
Quanto ao bem jurídico do condenado atingido pela pena: 
Pena privativa de liberdade: Retira do condenado o seu direito de locomoção, em razão da prisão por tempo determinado. Não se admite a privação perpétua da liberdade, mas somente a de natureza temporária, pelo período máximo de 30 anos para crimes e 5 anos para contravenções penais.
Pena restritiva de direitos: Limita um ou mais direitos do condenado. Art. 43.
Pena de multa: Incide sobre o patrimônio do condenado.
Pena restritiva de liberdade: Restringe o direito de locomoção do condenado, sem priva-lo da liberdade. Ex: Proibir o condenado por crime sexual de aproximar-se da residência da vítima.
Pena corporal: Viola a integridade física do condenado, tal como ocorre nas penas de açoite, de mutilações e de marcas de ferro quente.

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