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Câncer Bucal Neoplasia Proliferação celular anormal, descontrolada, autônoma, com perda ou diminuição da capacidade de diferenciação celular. Neo (novo) + Plasia (formação) Neoplasia �Neoplasia Benigna �Neoplasia Maligna Características Benignas Malignas Taxa de crescimento Baixa Alta Figuras de Mitose Raras Freqüentes Grau de Diferenciação Bem Diferenciadas Variável Atipias Celulares Raras Freqüentes Degeneração / Necrose Ausentes Presentes Tipo de crescimento Expansivo Infiltrativo Cápsula Presente Geral/e Ausente Limites Definidos Imprecisos Efeitos Locais e Sistêmicos Geralmente Inexpressivos Importantes Letais Recidiva Geralmente ausente Presente Metástases Ausentes Presentes Fonte: http://vsites.unb.br/fm/patger5.htm Sinônimo de neoplasia maligna Câncer DNA � cromossomos passam as informações para o funcionamento da célula. Alterações nos genes � mutação genética Material genético alterado � instruções erradas para as suas atividades Alterações em genes especiais - protooncogenes (inativos em células normais) Ativados transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais (células cancerosas) Classificação dos cânceres • Carcinoma: Células epiteliais • Sarcoma: células de origem mesodermica (osso, cartilagem, tecido adiposo, tecido muscular, células endoteliais) • Leucemia: Células sanguíneas no sangue e/ou medula óssea • Linfoma: Linfócitos. � Câncer da cavidade oral Câncer Bucal � Câncer labial 90-95% Carcinoma Espinocelular (CEC) Câncer Bucal Outros: Linfomas, tumores de glândulas salivares, sarcoma, melanoma, tumores odontogênicos, tumores metastáticos. 90-95% Carcinoma Espinocelular (CEC) Câncer Bucal Sinônimos: • Carcinoma de Células Escamosas • Carcinoma Escamocelular • Carcinoma Epidermoide Estatísticas do Câncer Bucal E.U.A. • 3% de todos os cânceres • 6º mais prevalente em homens • 12º mais prevalente em mulheres Índia • É o câncer mais comum! http://www.inca.gov.br/estimativa/2012/tabelaestados.asp?UF=BR Brasil 7º câncer que mais mata homens http://mortalidade.inca.gov.br/Mortalidade 14º câncer que mais mata mulheres http://mortalidade.inca.gov.br/Mortalidade Brasil Estatísticas do Câncer Bucal 3:1 1. Ferida persistente na boca Sintomatologia Sintomatologia 2. Manchas avermelhadas ou esbranquiçadas; 3. Dificuldade para falar, mastigar, deglutir; 4. Emagrecimento excessivo; 5. Linfadenomegalia cervical. Aspecto clínico � Leucoplasia � Eritroplasia � Leucoeritroplasia � Úlcera (bordos elevados, base endurecida) � Massa exofítica � Crescimento papilomatoso � Endurecimento e fixação � Mobilidade dentária � Parestesia Localização Anatômica Percentuais estimados de ocorrência de Câncer Bucal Lábio inferior 35% Lingua (bordo lateral/ventre) 25% Assoalho de boca 20% Palato mole 15% Gengiva/rebordo alveolar 4% Mucosa jugal 1% RARO em palato duro e região posterior do dorso da língua http://pamodules.mc.duke.edu/Oral_Health Aspectos histopatológicos Aspectos histopatológicos Classificação Histológica: • Bem diferenciado • Moderadamente diferenciado • Pouco diferenciado Baseia-se no grau de similaridade ao tecido normal Fatores de Risco • Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos • Atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células • O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. • Risco de desenvolver câncer de pulmão � diretamente proporcional ao número de cigarros fumados/dia e ao número de anos que vem fumando Fatores de Risco Principais: �TABACO �ALCOOL Outros (Genéticos, Imunológicos, Infecciosos): � INFECÇÕES VIRAIS: HPV �DESORDENS GENÉTICAS: Oncogenes e mutações em genes supressores de tumor �PERDA DA VIGILÂNCIA IMUNE �CANDIDÍASE (nitrosaminas) • Biópsia incisional É a retirada de uma amostra da lesão Escolher área representativa Evitar área de necrose Diagnóstico • Biópsia excisional É a ressecção ampla da lesão com tecido normal em toda a circunjacência (Margens de segurança radial e profunda). Pode corresponder ao tratamento do tumor primário. Diagnóstico � Via vasos linfáticos • Palpação de cadeias ganglionares cervical e submandibular. • Linfonodos aumentados, firmes e fixos à palpação � Metástases distantes: • pulmão, fígado, cérebro, ossos, etc. Metástase do CEC Oral Classificação do estágio de disseminação do câncer. Baseia-se na constatação de que as taxas de sobrevida são diferentes quando a doença está restrita ao órgão de origem ou quando ela se estende a outros órgãos. Estadiamento • Sistema TNM de estadiamento dos tumores malignos Sistema TNM • T = Tumor • N = Nódulo (Linfonodo) • M = Metástase O estadiamento pode ser clínico e patológico. • Clínico � estabelecido a partir dos dados do exame físico e dos exames complementares. • O estadiamento patológico baseia-se nos achados cirúrgicos e no exame anátomopatológico da peça operatória. Sistema TNM Sistema TNM CEC Oral T (Tamanho do Tumor) N (envolvimento de Linfonodos) M (Metátases) T0 Não detectado N0 Sem envolvimento M0 ausente T IS In situ N1 Único, Ipsilateral, até 3cm M1 presente T1 Até 2 cm N2 Único (N2a) ou múltiplo (N2b), ipsilateral, até 6 cm T2 2-4 cm N3 Contralateral ou Bilateral ou Ipsilateral > 6cm T3 >4cm T4 Estruturas adjacentes ESTADIAMENTO TNM T (TUMOR PRIMÁRIO) PL TX Tumor primário não pode ser avaliado T0 Não há evidência de tumor primário Tis Carcinoma in situ T1 Tumor de até 2 cm em seu maior diâmetro T2 Tumor maior que 2 cm mas menor que 4 cm em seu maior diâmetro T3 Tumor maior que 4 cm em seu maior diâmetro T4 Tumor maior que 4 cm com invasão de estruturas adjacentes ESTADIAMENTO TNM N (ENVOLVIMENTO NODAL) PL NX Linfonodos regionais não podem ser avaliados N0 Ausência de metástases regionais N1 Metástase em linfonodo único, menor ou igual a 3cm em seu maior diâmetro N2a Metástase em linfonodo único, maior que 3cm, mas menor que 6cm em seu maior diâmetro N2b Metástase em linfonodos múltiplos, nenhum maior que 6 cm em seu maior diâmetro N3c Metástase em linfonodos bilaterais ou contralaterais, nenhum maior que 6 cm em seu maior diâmetro N3 Metástase em linfonodo maior que 6 cm em seu maior diâmetro ESTADIAMENTO TNM M (METÁSTASE À DISTÂNCIA) PL Mx Metástase à distância não podem ser avaliadas M0 Ausência de metástases à distância M1 Presença de metástases à distância Indicações de esvaziamento cervical em câncer de boca PL PARISE Jr, 2000 Sobrevida em relação ao estadiamento Sítio primário Sobrevida em cinco anos Percentual / Estádio I II III IV Língua oral 35-85 26-77 10-50 0-26 Assoalho da boca 58-75 40-64 21-43 0-15 Rebordo gengival 73 41 17 0-10 Mucosa jugal 77-83 44-65 20-27 0-18 Área retromolar 70 57,8 46,5 0-10 Palato duro 60-80 40-60 20-40 0-30 FATORES CLÍNICOS • IDADE – 40 anos -> defeito genético importante, pois mesmo com tempo curto de exposição ao carcinógeno desenvolveu neoplasia – Envelhecimento do tecidos a alteração do equilíbrio metabólico hormonal e neural do indivíduo iniciação tumoral e falha na defesa. PL FATORES CLÍNICOS • FUMANTES – Pior prognóstico • TEMPO DE QUEIXA – Maior tempo pior prognóstico – Tempo real de aparecimento • Descaso do paciente • Responsabilidade do dentista PL FATORES CLÍNICOS ASPECTO CLÍNICO DA LESÃO • TUMORES VEGETANTES comportamento biológico mais favorável – Quantomais exofítica melhor PL FATORES CLÍNICOS ASPECTO CLÍNICO DA LESÃO • TUMORES INFILTRATIVOS pior prognóstico PL FATORES CLÍNICOS LOCALIZAÇÃO DA LESÃO • Língua e assoalho de boca pior prognóstico metástase • Posteriores e assintomáticos • Língua agressiva PL Prevenção do Câncer de Boca • Sem fumo • Sem álcool • Protetor solar • Alimentação rica em anti-oxidantes 10 DICAS PARA PREVENIR O CÂNCER 1. Pare de fumar! Esta é a regra mais importante para prevenir o câncer. 2. Uma alimentação saudável pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 40%. Coma mais frutas, legumes, verduras, cereais e menos alimentos gordurosos, salgados e enlatados. Sua dieta deveria conter diariamente, pelo menos, cinco porções de frutas, verduras e legumes. Dê preferência às gorduras de origem vegetal como o azeite extra virgem, óleo de soja e de girassol, entre outros, lembrando sempre que não devem ser expostas a altas temperaturas. Evite gorduras de origem animal (leite e derivados, carne de porco, carne vermelha, pele de frango etc) e algumas gorduras vegetais como margarinas e gordura vegetal hidrogenada. 3. Evite ou limite a ingestão de bebidas alcoólicas. Os homens não devem tomar mais do que dois drinques por dia. As mulheres devem se limitar a um drinque. 4. É aconselhável que homens, entre 50 e 70 anos, na oportunidade de uma consulta médica, orientem-se sobre a necessidade de investigação do câncer da próstata. Os homens com histórico familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos devem realizar consulta médica para investigação da doença a partir dos 45 anos. 5. Pratique atividades físicas moderadamente durante pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana. 6. As mulheres, com 40 anos ou mais, devem realizar o exame clínico das mamas anualmente. Além disto, toda mulher, entre 50 e 69 anos, deve fazer uma mamografia a cada dois anos. As mulheres com caso de câncer de mama na família (mãe, irmã, filha etc, diagnosticados antes dos 50 anos), ou aquelas que tiverem câncer de ovário ou câncer em uma das mamas, em qualquer idade, devem realizar o exame clínico e mamografia, a partir dos 35 anos de idade, anualmente. 7. As mulheres com idade entre 25 e 64 anos devem realizar o preventivo ginecológico periodicamente. Após dois exames com resultado normal com intervalo de um ano, o preventivo pode ser feito a cada três anos. Para os exames alterados, deve-se seguir as orientações médicas. 8. É recomendável que mulheres e homens com 50 anos ou mais realizem exame de sangue oculto nas fezes, a cada ano (preferencialmente), ou a cada dois anos. 9. Evite exposição prolongada ao sol, entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar. Se você se expõe ao sol durante a jornada de trabalho, procure usar chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida. 10. Realize diariamente a higiene oral (escovação) e consulte o dentista regularmente. http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=22 Tratamento • Cirurgia • Radioterapia • Cirurgia + Radioterapia • Quimioterapia adjuvante • Cuidados Paliativos Tratamento - RADIOTERAPIA Tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos no tratamento dos tumores. Tratamento – QUIMIOTERAPIA Tratamento que utiliza medicamentos para combater o câncer. Eles são aplicados, em sua maioria, na veia, podendo também ser dados por via oral, intramuscular, subcutânea, tópica. Os medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo. Tratamento – TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA Tratamento para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula. Tratamento O tamanho e a localização da lesão são importantes. - Lesões extensas: quimioterapia adjuvante - CEC de orofaringe: radioterapia Tratamento CEC lábio inferior: • 95-100% de sobrevida apenas com CIRURGIA. • Somente 8% de recorrência.
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