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Câncer de boca - Carcinoma de células escamosas

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Larissa Neves de Angeli
ODONTOLOGIA UFES 2018/2 
CÂNCER DE BOCA
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS> MAIS COMUM. 
· De 90 a 95% de câncer de boca é o carcinoma de células escamosas.
· Importância do diagnóstico: quanto antes diagnosticar, melhor prognóstico.
· É uma doença que muitas vezes leva à morte.
· Em fase avançada, possui apenas 30% de sobrevida em 5 anos. Esse tempo é o indicativo médio para considerar o paciente curado. Ou seja, em 5 anos apenas 30% dos pacientes sobrevivem. Além disso, possui alta taxa de recidiva.
· A causa do câncer de boca é multifatorial. Fatores extrínsecos (tabaco, álcool etc) e intrínsecos (estados sistêmicos ou generalizados).
· A hereditariedade não desempenha papel principal na causalidade do carcinoma oral.
· Muitos dos carcinomas de células escamosas orais tem sido precedidos por uma lesão pré-cancerosa, especialmente a leucoplasia.
Caso clínico da aula: placa branca, bordas definidas, superfície irregular com áreas verrucosas, papilomatosas e ulceradas. Lesão de 2 cm. Suspeita: desordem com potencial de malignização (leucoplasia). Tirou-se parte da lesão (assim como todas as dpm, pois o cirurgião precisa ter margem). No diagnóstico, o resultado foi carcinoma de células escamosas. Foi removido, mas após alguns meses apresentou uma nova placa branca, que pode sinalizar leucoplasia (homogênea – que tem baixa chance de malignizar, mas como o paciente já teve câncer, deve-se acompanhar). O mesmo paciente (branco) apresentou queiliteactínica com uma superfície ulcerada. 
· Característica mais marcante do carcinoma de células escamosas: lesão ulcerada. “ÚLCERA DE BORDAS ELEVADAS, ENDURECIDO, FUNDO NECRÓTICO...”
· Lesão inicial: até 2cm, sem acometimento de linfonodos. No estagio inicial, o prognóstico muito melhor. Não possui dor, mas sente incômodo na palpação.
· 2/3 dos pacientes com cances de boca são tabagistas e etilistas.
· Basta ter um linfonodo acometido, já está em estágio avançado
em estágio avançado, no exame observa-se os tecidos adjacentes endurecidos, o que caracteriza infiltração.
· “lesões sincrônicas” – tumores que acontecem ao mesmo tempo.
· “lesões metacrônicas” – acontecem em tempo diferente.
NEOPLASIAS MALIGNAS:
Carcinoma de células escamosas (carcinoma verrucoso – mais comum e com o curso mais benigno, carcinoma de células fuiformes, carcinoma escamoidebasaloide), carcinoma basocelular, melanoma, osteossarcoma, fibrossarcoma, tumores metastáticos, linfomas.
A mucosa da boca está revestido por epitélio escamoso, assim, ele está mais sujeito aos fatores carcinogênicos, por isso é o mais comum.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS:
A maioria dos pacientes são homens idosos. Existe DOR MÍNIMA na fase inicial do crescimento e isso pode explicar a demora na procura dos cuidados profissionais.
Apresentação clinica:
· Exofítica (aumento de volume; papilar, verrucoso) – superfície frequentemente ulcerado e tumor duro à palpação.
· Endofitica (invasiva, escavada, ulcerada) – área deprimida com “borda em rolete” que resulta da invasão do tumor para o interior do tecido.
· Leucoplasica (mancha branca)
· Eritroplásica (mancha vermelha)
· Eritroleucoplásica (áreas vermelhas e brancas)
Leuco e eritro principalmente em fases iniciais.
Quando há destruição do osso, pode ser completamente indolor ou doloroso, apresentando-se na radiografia como uma radiolucidez “roído em traça” – semelhante a OSTEOMIELITE.
INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE BOCA:
· 11º tumor mais comum no mundo
· 2/3 dos casos ocorres em países em desenvolvimento. 
O carcinoma de células escamosas também pode ser chamado de carcinoma espinocelular ou carcinoma epidermoide;
Neoplasia epitelial maligna com variação da diferenciação escamosa e propensão precoce a metástase para linfonodos, ocorrendo predominantemente em adultos tabagistas e etilistas, entre a quinta e sexta décadas de vida.
FATORES DE RISCO:
Tabaco e álcool, (quando associados, possuem o efeito sinérgico – não soma, multiplica), envelhecimento, radiação solar, alterações genéticas, fatores biológicos (candidíase, hpv), dieta (alimentos artificiais, embutidos, industrializados). Higiene oral deficiente, próteses mal-ajustadas, trauma, chimarrão etc são fatores associados, não são as principais.
Principais fatores:
· TABACO
· ÁLCOOL
· BAIXA INGESTÃO DE FRUTAS E VEGETAIS
Estudo de 1976, Petit et al. – perfil da população de alto risco:Homens acima de 40 anos de idade, baixa classe socioeconômica, fumantes e etilistas, e com higiene bucal deficiente.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS GERAIS:
Lábio inferior – radiação solar
Soalho de boca, lateral de língua e palato mole – tabagismo e etilismo.
ESTADIAMENTO:
O tamanho do tumor e a extensão da disseminação metastática do carcinoma de células escamosas oral são os melhores indicadores de prognóstico do paciente. O processo de quantificar esses parâmetros clínicos é denominado estadiar a doença.
· TNM 
T – tamanho da lesão (cm)
N – envolvimento de linfonodo
M – metástase a distancia
LÁBIO – vermelhão do lábio inferior (90%), exposição crônica a radiação solar, 70% dos afetados trabalham ao ar livre, leucodermas, queiliteactínicas.
LÍNGUA – mais comum. Lateral e ventre de língua, 50% dos casos, úlceras de bordos elevados e endurecidos e assintomáticos.
ASSOALHO – 35% dos casos. É osegundo local mais comum. Normalmente na linha média, geralmente é precedido por lesões epiteliais precursoras pré-existentes.
REBORDO GENGIVAL – menos acometido, assintomático, região posterior inferior, propensão de imitar alterações inflamatórias benignas. Em geral, invadem o ligamento periodontal, destruindo o osso adjacente e causando mobilidade dos dentes.
· LOCAIS DE RISCO: faz o “U”, ou ferradura. Soalho, borda de língua e palato mole. Nesses locais, ficamos mais atentos.
METÁSTASE: geralmente do mesmo lado da lesão. Linfonodos cervicais do mesmo lado, um linfonodo que contenha um depósito metastático de carcinoma , geralmente são linfonodos duros e firmes a palpação, indolores, imóveis e aumentados de tamanho.
À distância: apenas 2%. Acomete principalmente pulmões, fígado e ossos. Quando tem metástase a distancia, o paciente é considerado inoperável.
CONDUTA: biópsia, descrever as características clinicas, exame física extraoral (palpação da cadeia de linfonodos), aconselhar a mudança de hábitos.
***biópsia sempre da área mais alterada. BIÓPSIA INCISIONAL. 
Diante de um câncer de boca: encaminhamento ao cirurgião de cabeça e pescoço ou oncologista.
CLASSIFICAÇÃO DA OMS PARA DIFERENCIAÇÃO DAS CÉLULAS:
Bem diferenciado – se assemelha, então é muito diferenciado. Bem especializado. 
Pouco diferenciado – mínima ceratinizaçao, perde toda sua especialização. Parte para uma indiferenciação, passa a fazer outras coisas que ela não era destinada a fazer.
ATIPIA: células atípicas. Hipercromáticos, pleomorfismo, angiogênese, alteração cirrótica, relação núcleo-citoplasma aumentada, pérolas de ceratina, etc. Caracterizam a malignidade.
A OMS diz que outros parâmetros devem ser avaliados. Exemplo: padrão de invasão, invasão perineural (ao redor do nervo), invasão vascular, espessura do tumor (>5mm) e profundidade de invasão. 
Procedimentos relevantes para o diagnóstico:
· Inspeção visual e palpação de toda a mucosa.
· Palpação bimanual do soalho de boa
· Palpação da cadeia de linfonodos
· O diagnostico é confirmado por biopsia
· Adequado diagnostico –> terapia adequada e maior sobrevida.
PROGNÓSTICO: depende do subtipo histológico e do estadiamento clínico. Outros fatores: idade, gênero, saúde geral, estado imune e atitude mental.
COMPLICAÇÕES BUCAIS: mutilações, mucosite, hipossalivação, carie por radiação, perda do paladar, trismo, necrose do tecido mole, osteoradionecrose.
PAPEL DO CD: prevenção, conscientização dos fatores de risco, detecção precoce. O CD pode modificar os danos estatísticos, diminuindo a taxa de incidência, morbidade e mortalidade, além de valorizarmos o CD junto à saúde da população.
Quando em fase inical, tem tratamento e cura.

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