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LEI DE GAUSS, POTENCIAL ELÉTRICO E ENERGIA ELETROSTÁTICA Hugo de León Carvalho Cedro Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 2 Olá aluno (a) Unifacear! Seja bem-vindo (a) à aula LEI DE GAUSS, POTENCIAL ELÉTRICO E ENERGIA ELETROSTÁTICA. Nesta aula vamos realizar uma abordagem diferente para calcular o campo elétrico quando estamos lidando com situações nas quais a distribuição das cargas permite utilizar uma abordagem chamada criada por Gauss e que leva seu nome. Posteriormente vamos entender o que é o potencial elétrico, como ele se relaciona com a distribuição de cargas no espaço e qual a sua relação com a energia, chamada energia eletrostática. INTRODUÇÃO De acordo com a apresentação da distribuição das cargas elétricas (unidimensional, bidimensional ou tridimensional), diferentes efeitos dessa distribuição podem ser observados, assim como diferentes maneiras podem ser utilizadas para determinar a intensidade das forças atuantes em determinado ponto. Vamos iniciar esta aula com uma abordagem diferente para o cálculo do campo elétrico, agora, baseado na distribuição contínua de cargas utilizando os conceitos de densidade de carga elétrica em função do tipo de distribuição, linear, superficial ou volumétrica. Em seguida vamos determinar o que é o potencial elétrico e como ele se relaciona com a energia envolvida nos problemas eletrostáticos, chamada energia eletrostática. Assim, será possível determinar em diversos pontos do espaço o potencial elétrico envolvido em função de uma distribuição de cargas elétricas. LEI DE GAUSS As linhas de campo elétrico são um indicativo da intensidade desse campo em determinada região do espaço, mas também indicam a direção e sentido do campo elétrico, assim, podemos pensar que existe uma “quantidade” de campo elétrico que atravessa uma superfície delimitada, através desse conceito vamos iniciar nossa discussão da lei de Gauss. Se pensarmos em uma superfície, de forma qualquer, poderíamos calcular a área dessa superfície utilizando o cálculo integral, e para isso chamamos cada elemento de Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 3 área de dA. Podemos ainda pensar que essas áreas de superfície estão orientadas em função de um vetor unitário que é ortogonal a essa superfície. Para tal, imagine a folha de um caderno, se atravessamos um lápis de forma ortogonal a folha, esse lápis seria o vetor unitário e a ponta dele mostra a direção e o sentido dessa área. Esse conceito é importante para calcularmos a quantidade de campo elétrico que atravessa uma superfície, visto que essa travessia ocorre em função de uma direção e sentido. De modo análogo a quantidade de fluido que passa por uma superfície, podemos entender essa quantidade de campo elétrico que atravessa a superfície como o fluxo de campo elétrico. O fluxo de campo elétrico é dado pela multiplicação do vetor campo elétrico pela área, então quando o vetor campo elétrico e o vetor ortogonal associado a superfície são paralelos, temos: 𝜙 = 𝐸. 𝐴 (3. 1) Onde 𝜙 representa o fluxo elétrico, E o campo elétrico e A a área associada. Quando a superfície que estamos analisando está inclinada em relação a horizontal, temos uma situação na qual o fluxo de campo elétrico não é o mesmo visto que o vetor unitário associado é ortogonal. Assim precisamos encontrar uma expressão que forneça esse fluxo de modo semelhante, e vamos realizar esse cálculo através do somatório das contribuições do campo elétrico que se encontram paralelas ao vetor área dA. Assim, temos: 𝑑𝜙 = �⃗� . 𝑑𝐴 (3. 2) 𝜙 = |�⃗� |. 𝑐𝑜𝑠𝜃. 𝑑𝐴 (3. 3) O que nos leva a integral de superfície: 𝜙 = ∫ �⃗� . 𝑑𝐴 (3. 4) É importante perceber que a expressão que fornece o fluxo de campo elétrico através de uma superfície é dada por um produto escalar entre o vetor área e o vetor campo elétrico, dessa forma o valor do fluxo depende da direção desses vetores, como exemplo, vamos calcular o fluxo elétrico quando o vetor campo elétrico é E= (10 i+ 50 j) e o vetor área é da forma dA j. 𝜙 = ∫ �⃗� . 𝑑𝐴 Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 4 𝜙 = ∫(10𝑖 + 50𝑗). 𝑑𝐴𝑗 𝜙 = ∫(0𝑖 + 50𝑑𝐴𝑗) 𝜙 = ∫(50𝑑𝐴𝑗) 𝜙 = 50𝐴 (Nm²/C) Se a área dessa face possui 2 m², o valor do fluxo é: 𝜙 = 100 (Nm²/C) Agora vamos imaginar uma superfície fechada na qual identificamos determinado fluxo elétrico, um cubo pode ser um exemplo de superfície fechada, vamos imaginar que o cubo está alinhado a uma página de livro, então a página e duas das faces do cubo são paralelas, visto que uma face está na mesma posição da página, a nossa vista, e a outra não está visível, visto que a primeira face esconde a segunda. Com isso imagine um fluxo elétrico que entra de forma ortogonal à página desse livro, então esse fluxo entra no cubo pela face que estamos vendo e sai pela face oposta (que não vemos). Partindo dos vetores (vetor área e vetor campo elétrico), podemos medir o ângulo entre eles, com esse ângulo será possível calcular o fluxo elétrico através dessa superfície. A partir do ângulo podemos definir o valor do fluxo elétrico e o seu sinal, em função do valor do cosseno do ângulo entre os dois vetores. Em geral, o vetor área aponta de forma positiva para fora da superfície fechada, assim, quando o vetor área e o vetor campo elétrico apontam em direções diferentes, sendo que o vetor campo elétrico aponta para dentro da superfície e o vetor área para fora, vemos que o ângulo entre eles é de 180°, calculando o cosseno de esse ângulo temos o valor de -1, assim o valor do fluxo elétrico é negativo. Quando os vetores apontam na mesma direção, ou fazem um ângulo menor que 90° entre si, vemos que o valor do cosseno desse ângulo é positivo, com isso, temos um valor positivo. Assim, vemos que quando os vetores possuem a mesma direção e sentido, ou ângulo menor que 90° o fluxo elétrico que passa pela superfície é positivo. Quando os vetores possuem mesma direção e sentidos opostos, ou ângulo maior que 90°, temos um fluxo elétrico negativo. Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 5 Caso o ângulo seja de 90°, ou algum múltiplo de 90°, situação que não está incluída na discussão acima, temos que op valor do cosseno desse ângulo é 0, assim vemos que não existe fluxo elétrico através dessa superfície. É fácil perceber que se o fluxo está tangenciando uma superfície do cubo, ou se esse fluxo passa através de uma face de forma paralela, não existe um fluxo elétrico efetivo através a superfície, de forma matemática, temos esta situação dada pelo cosseno de 90°, que vale 0, consequentemente o valor do fluxo é nulo. Ainda utilizando esse cubo, vamos analisar o fluxo elétrico através de suas faces, quando analisamos as faces superior, inferior, direita e esquerda, pela discussão realizada, lembrando que o fluxo está na direção ortogonal à folha de leitura e entrando nela, vemos que o vetor área é ortogonal a todas essas faces, quanto ao vetor campo elétrico, este é paralelo a todas as faces, consequentemente, ele é ortogonal aos vetores campo elétrico, o que nos permite identificar que o ângulo entre eles é 90°. Se o ângulo entre os vetores é 90°, o valor do cosseno é 0, consequentemente o fluxo é nulo. Agora, analisando a face por onde o fluxo entra no cubo, percebemos que o ângulo entre eles é de 180° visto que cada vetor aponta em um sentido na mesma direção, portanto, o valor desse fluxo é negativo. Para o fluxo da face oposta, que não podemos ver, o fluxo sairá, visto que entrou por uma face e segue a mesma direção e sentido, consequentementesai na outra face. Como o fluxo elétrico sai na outra face, ele possui a mesma direção e sentido do vetor área, que também aponta para fora, assim, o fluxo elétrico é positivo. Para determinar o fluxo elétrico total através da superfície do cubo, precisamos somar as contribuições em todas as suas faces, temos que 4 faces possuem valor nulo, as outras duas possuem o valor EA e -EA. Assim, o fluxo total é nulo, como segue: Equação somando todas as contribuições A partir de agora, podemos efetivamente falar sobre a lei de Gauss, para isso vamos precisar do conceito de fluxo elétrico, carga envolvida e superfície gaussiana. Uma superfície gaussiana é uma superfície fechada que envolve uma distribuição de cargas, assim, ela pode assumir algumas formas, quanto maior a simetria dessa forma, mais simples será a resolução do problema. A carga envolvida, é aquela que está contida dentro da superfície gaussiana. A lei de Gauss tem como fundamento relacionar o fluxo elétrico com a carga envolvida pela superfície, assim podemos escrever que: Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 6 0 ∮�⃗� . 𝑑𝐴 = 𝑞 (3. 5) Que pode ser escrito na forma: ∮�⃗� . 𝑑𝐴 = 𝑞 0 (3. 6) Ainda, sobre a carga envolvida, vemos que ela é a soma de todas as cargas, dessa forma pode assumir diferentes valores, e esses valores estão diretamente relacionados ao fluxo elétrico, se o somatório é positivo, temos um fluxo elétrico para fora da superfície, caso seja negativo, temos um fluxo elétrico que aponta para dentro da superfície, por fim, se esse somatório é nulo, não há fluxo elétrico. Algumas simetrias podem ser utilizadas para realizar o cálculo do campo elétrico quando conhecemos a carga envolvida na situação. Se temos uma única carga elétrica puntiforme, para calcular o campo elétrico em determinado ponto, basta conhecer o valor dessa carga a distância desse ponto. Podemos para esta situação utilizar uma superfície gaussiana esférica, visto que temos uma carga puntiforme e a simetria da esfera nos permite realizar essa relação. Para que esta situação possua simetria vamos considerar que a carga está localizada exatamente no centro dessa esfera, assim o campo elétrico gerado é simétrico em qualquer posição da esfera. Lembrando que essa esfera é uma superfície fechada que representa a superfície gaussiana, assim, através dela podemos calcular o campo elétrico gerado pelas cargas envolvidas no problema como segue: ∮ �⃗� . 𝑑𝐴 = ∮(�⃗� 1 + �⃗� 2 + �⃗� 3 + ⋯+ �⃗� 𝑛). �̂�𝑑𝐴 (3. 7) ∮(�⃗� 1 + �⃗� 2 + �⃗� 3 + ⋯+ �⃗� 𝑛). �̂�𝑑𝐴 = 𝑞1 + 𝑞2 + 𝑞3 + ⋯+ 𝑞𝑛 0 (3. 8) Assim, temos que esse somatório está relacionado a diversas cargas puntiformes, de modo geral temos: ∮ �⃗� . 𝑑𝐴 = 𝑞𝑒𝑛𝑣 0 (3. 9) Que relaciona toda a carga envolvida na situação ao campo elétrico. Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 7 Analisando a questão da área envolvida e do campo elétrico, vemos que a área da superfície gaussiana será dada pela área de uma esfera, tomando o módulo do campo elétrico, sabemos que este não varia ao longo da simetria dessa esfera, então temos: ∮ �⃗� . 𝑑𝐴 = 𝐸 ∮𝑑𝐴 = 𝐸(4𝜋𝑟2) (3. 10) 𝐸(4𝜋𝑟2) = 𝑞𝑒𝑛𝑣 0 (3. 11) 𝐸 = 𝑞𝑒𝑛𝑣 4𝜋0𝑟2 (3. 12) Assim, percebemos que encontramos a mesma expressão para o campo elétrico que foi identificada anteriormente, mas agora conseguimos essa relação através da lei de Gauss com uma superfície gaussiana de simetria esférica. Vamos analisar a seguinte situação, temos uma partícula com carga elétrica de 5𝑒𝜋0, queremos identificar o módulo do campo elétrico gerado por essa partícula a uma distância r=10 m. Utilizando a lei de Gauss com simetria esférica facilmente identicamos que: 𝐸 = 𝑞𝑒𝑛𝑣 4𝜋0𝑟2 = 5𝑒𝜋0 4𝜋010² = 5𝑒 400 𝐸 = 𝑒 80 𝑁/𝐶 Agora, vamos supor que uma casca carregada com −155𝑒𝜋0 distante de 9m da partícula central, especificada no exemplo anterior, envolve esta carga, queremos identificar o campo elétrico a uma distância de 10 m da partícula central. O primeiro passo é identificar a carga envolvida, que é dada pela soma de todas as cargas (com sinal): 𝑞𝑒𝑛𝑣 = 5𝑒𝜋0 − 155𝑒𝜋0 = −150𝑒𝜋0 𝐸 = 𝑞𝑒𝑛𝑣 4𝜋0𝑟2 = −150𝑒𝜋0 4𝜋010² = −150𝑒 400 𝐸 = − 3𝑒 4 𝑁/𝐶 Ainda, pode ser necessário utilizar os conceitos de densidade de carga para calcular a carga envolvida na situação e para isso, vamos reforçar as densidades de carga. Temos: A densidade volumétrica de carga: Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 8 𝑑𝑞 𝑑𝑉 = 𝜌 → 𝜌 = 𝑞 𝑉 Quando distribuída sobre uma superfície, a densidade superficial de carga: 𝑑𝑞 𝑑𝐴 = 𝜎 → 𝜎 = 𝑞 𝐴 A densidade linear de carga: 𝑑𝑞 𝑑𝑙 = 𝛾 → 𝛾 = 𝑞 𝑙 As relações acima podem ser utilizadas para identificar o valor da carga envolvida no problema. POTENCIAL ELÉTRICO E ENERGIA ELETROSTÁTICA De forma semelhante a energia potencial gravitacional, existe uma energia potencial elétrica que pode ser associada a força elétrica, deste modo, as forças elétricas são forças conservativas. É possível definir o potencial elétrico como a energia por unidade de carga, dada da seguinte forma: 𝑉 = 𝑈 𝑞 (3. 13) Onde V é o potencial elétrico e U a energia potencial elétrica. Analisando as unidades, percebemos que o potencial elétrico é dado em J/C, mas também é possível escrever esse potencial com a unidades V, onde V representa Volt. Então, identicamos que 1 J/C é igual a 1 V. Quando pensamos em energia potencial, é interessante analisar a diferença entre essas energias em relação a dois pontos, ou a diferença de potenciais, pois em geral o que nos interessa é o valor dessa diferença. Se temos uma diferença de potencial dada pelas energias, vemos que: 𝑉1 = 𝑈1 𝑞 ; 𝑉2 = 𝑈2 𝑞 Assim: ∆𝑉 = 𝑉2 − 𝑉1 (3. 14) ∆𝑉 = 𝑈2 𝑞 − 𝑈1 𝑞 (3. 15) Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 9 Que pode ser escrito como: ∆𝑉 = ∆𝑈 𝑞 (3. 16) Quando analisamos a diferença de potencial, é possível identificar que essa diferença é igual ao negativo do trabalho. Temos: ∆𝑈 = −𝑊 (3. 17) Onde W representa o trabalho. Assim, a diferença entre as energias potenciais final e inicial, nos leva a seguinte definição: ∆𝑉 = 𝑉2 − 𝑉1 = ∆𝑈 𝑞 = − 𝑊 𝑞 (3. 18) Desta forma, a diferença de potencial é igual ao negativo do trabalho que a força elétrica realiza para deslocar uma partícula de um ponto A para um ponto B, dividido pela carga. Da relação acima, conseguimos identificar que a energia potencial envolvida no problema é dada por: ∆𝑈 𝑞 = ∆𝑉 = 𝑉2 − 𝑉1 (3. 19) ∆𝑈 = 𝑞∆𝑉 = 𝑞(𝑉2 − 𝑉1) (3. 20) Agora, vamos observar algumas relações que podem ser identificadas entre a força elétrica, o trabalho, a energia potencial elétrica e o potencial elétrico. Se considerarmos um campo elétrico que aponta para o centro da terra, ou seja, possui direção e sentido para o centro de uma esfera (aproximadamente), podemos calcular a variação da energia potencial e o potencial elétrico. Se o módulo do campo elétrico é de 100 N/C, podemos calcular a variação dessa energia que é necessária para que um elétron se mova por 200m na direção desse campo. Observe que o trabalho é dado pela relação do produto escalar entre os vetores força e distância como segue: 𝑊 = 𝐹 . 𝑑 (3. 21) Como a força é elétrica, sabemos que: 𝐹 = 𝑞. �⃗� (3. 22) Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 10 Assim, o trabalho é dado por: 𝑊 = 𝑞. 𝐸. 𝑑. 𝑐𝑜𝑠𝜃 (3. 23) Para resolução desta situação, precisamos conhecer a direção na qual o elétron se move, visto que o ângulo envolvido é aquele formadoentre o campo elétrico e o deslocamento. Como o elétron se move no sentido oposto ao do campo elétrico, vemos que o ângulo formado entre os vetores é de 180°, assim: 𝑊 = −𝑒. 100.200. cos (180) 𝑊 = −𝑒. 20000. (−1) 𝑊 = 20000𝑒 Considerando e como 1,602. 10-19, temos: 𝑊 = 20000.1,602. 10−19 𝑊 = 3,204. 10−15 𝐽 Da relação ∆𝑈 = −𝑊, podemos calcular a energia potencial envolvida, como segue: ∆𝑈 = −𝑊 = −3,204. 10−15 𝐽 Para calcular o potencial elétrico, utilizamos: ∆𝑉 = ∆𝑈 𝑞 = −3,204. 10−15 𝐽 −1,602. 10−19 ∆𝑉 = 20000 𝑉 ∆𝑉 = 20 𝑘𝑉 Para finalizar, existe uma expressão semelhante a do campo elétrico e da força elétrica utilizada para calcular o potencial de uma distribuição discreta de partículas, expressão que será apresentada sem demonstração, mas que pode ser deduzida facilmente pela integração da combinação das equações 3.16, 3.17 e 3.23. O que nos leva a um valor escalar, que é o potencial elétrico que pode ser calculado através da expressão: 𝑉(𝑟) = 1 4𝜋0 𝑞 𝑟 (3. 24) Através dessa expressão é possível calcular o potencial elétrico em ponto do espaço para diversas cargas. É válido lembrar que o potencial elétrico é um escalar, não um vetor como o campo elétrico e a força elétrica, para uma distribuição discreta de Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 11 cargas é possível realizar a soma dos valores (escalares) do modo tradicional, para isto a expressão acima pode ser escrita como: 𝑉(𝑟) = ∑ 1 4𝜋0 𝑞𝑘 𝑟𝑘 𝑁 𝑘=1 (3. 25) RESUMO O primeiro objetivo desta aula foi descrever de um modo mais simples como é possível calcular o campo elétrico utilizando uma expressão baseada em simetrias, conhecida como lei de Gauss que utiliza superfícies fechadas chamadas de superfícies gaussianas. ∮�⃗� . 𝑑𝐴 = 𝑞 0 Em seguida identificamos o que era o potencial elétrico e como ele se relaciona com a energia potencial elétrica, de forma matemática definimos esse potencial como: 𝑉 = 𝑈 𝑞 Por fim, nosso objetivo final foi descrever o potencial elétrico para uma distribuição de cargas, no caso de distribuições discretas podemos expressar esse potencial como: 𝑉(𝑟) = 1 4𝜋0 𝑞 𝑟 Lei De Gauss, Potencial Elétrico E Energia Eletrostática 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FERREIRA, F. 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