Dia 8_IAP_Introdu磯 ao Estudo da AP.pptx

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Instituto Superior de Relações Internacionais
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Curso de Licenciatura em Administração Pública
Introdução à Administração Pública
Pedro João Pereira Lopes, MPP
Aula 8:
Introdução ao estudo da Administração Pública.
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Objectivos da aula 
Pretende-se que ao fim desta unidade temática o estudante seja capaz de:
Descrever a evolução da Administração Pública;
Definir a Administração Pública;
Conhecer as diversas abordagens de estudo da Administração Pública.
A AP como objecto de estudo
A AP não reúne consenso quanto à orientação teórica de que se deve auxiliar:
A Perspectiva Jurídica, que decorre da disciplina de Direito Administrativo (lei como objecto de estudo);
A Perspectiva Política, que decorre da ciência política (estudo do Estado e dos fenómenos do poder, governação);
A Perspectiva gestionária, que decorre da Teoria organizacional:
Perspectiva Técnica, preocupada com a alocação de recursos e eficiência organizacional;
Perspectiva Política, interessada na estrutura organizacional, nas relações formais e obrigações legais dos membros;
Perspectiva Crítica, domínio de factores de produção.
Woodrow Wilson é considerado o fundador dos estudos da Administração Pública (nos EUA, seu 28º presidente);
Wilson era académico (Ph.D. em Ciência Política) e defendia que a “AP era o governo em acção”.
Frank Goodnow – outro importante precursor da Teoria da Administração Pública (primeiro presidente da Associação de Ciência Política), defendia que, no estudo da AP, dever-se-ia considerar a orientação jurídica, política e gestionária. 
Disciplina ou nicho de disciplina dentro da gestão?
Administração Pública como ciência
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Afinal a AP não é nova. Antigamente, os faraós, reis e imperadores tinham empregados, tesoureiros e colectores de impostos para administrar os negócios do governo.
Primeira referência à AP: Estados Esclavagistas – existência de autoridade política: governantes e governados.
Estado Grego: constituição de Cidades-Estado, nomeadamente, Esparta (poder político-administrativo nas mãos duma casta dirigente) e Atenas (poder político-administrativo nas mãos dos cidadãos);
Estado Romano: Monarquia, República e Império (não democráticos). 
História da Administração Pública
Até antes de século 19, o corpo administrativo de quase a maioria da AP era caracterizado por nepotismo, favoritismo e apadrinhamento.
A Administração Liberal surgiu depois da Revolução Francesa de 1789, que declinou o princípio do direito divino dos reis.
Depois da II Grande Guerra até meados dos anos 70
A AP expandiu-se e passou a incluir o policy-making e a análise de políticas. Depois o factor humano tornou-se o assunto mais predominante.
Anos 80 e 90
A Nova Administração Pública, proposta por David Osborne e Ted Gaebler advoga o uso dos moldes da sector privado, as ideias organizacionais e seus valores para alavancar a eficiência. 
História da Administração Pública – 2 
Finais de 90 – 2000 
Um novo modelo é proposto como resposta à Nova Administração Pública – a Era da Governação Digital, que foca em temas como a reintegração das responsabilidades do governo, holismo na satisfação das necessidades públicas e digitalização (uso de TIC’s).
História da Administração Pública – 3
A AP sofre de uma “crise de identidade” e ainda não encontrou uma definição universal;
A AP não tem uma definição aceite por todos, porque o escopo da disciplina é tão amplo e muito discutido;
É mais fácil explicar do que definir. 
É uma disciplina científica que prepara os servidores públicos para o trabalho. 
A AP envolve a implementação das políticas do governo.
Administração Pública: conceito – 1 
“A administração dos programas públicos”;
“Tradução de políticas em realidades que os cidadãos vêm todos dos dias”:
Envolve a recolha de lixo, a limpeza das estradas, a gestão dos aeroportos, a recolha de impostos, a defesa nacional, a ordem e segurança pública, serviços de imigração, edução, saúde, cultura, etc. 
A AP compreende o estabelecimento de actividades de natureza governamental. 
Administração Pública: conceito – 2 
Tavares (1991:27) vê a “Administração Pública como o conjunto de pessoas colectivas públicas, seus órgãos e serviços que desenvolvem a actividade ou função administrativa”.
Marcelo Caetano (1991:5) define AP como o conjunto de decisões e operações mediante as quais o Estado e outras entidades públicas procuram, dentro das orientações gerais traçadas pela política e directamente ou mediante estímulos, coordenação e orientação das actividades privadas assegurar a satisfação regular das necessidades colectivas de segurança e de bem-estar dos indivíduos, obtendo e empregando racionalmente para esse efeito os recursos adequados.
Conceitos académicos – 1 
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Segundo Freitas do Amaral, a Administração Pública é “o sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas colectivas públicas, que asseguram, em nome da colectividade a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas de segurança, cultura e bem-estar”.
Para Waldo, a AP (i) são a organização e a gerência de homens e materiais para o alcance dos objectivos de um governo; (ii) são a arte e a ciência das gerências aplicadas aos negócios do Estado. 
Conceitos académicos – 2
O campo da AP consiste num número de subcampos:
Administração de Recursos Humanos: assegura que os serviços públicos sejam estruturados sem preconceitos, respeitando a ética e bons valores. Envolve funções como contratação, benefícios dos trabalhadores, cuidados de saúde, compensação, etc.
Teoria Organizacional: é o estudo da estrutura das entidades governamentais e os demais particulares neles inculcados.
Ética: serve como uma abordagem normativa à tomada de decisão.
Abordagens para o estudo da AP – 1 
Análise de Políticas Públicas: serve como uma abordagem empírica à tomada de decisão.
Orçamentação Pública: é a actividade em que o governo procura alocar recursos (escassos) às demandas ilimitadas.
Abordagens para o estudo da AP – 2 
Obrigado pela atenção!
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