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RELATÓRIO TÉCNICO DE APOIO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Nome da unidade de conservação: Parque Natural Municipal Augusto Ruschi Estado: São Paulo Bairro: Santa Cruz da Boa Vista Cidade: São José dos Campos/SP. Coordenada geográfica: 23°10′44" S, 45°53′13" O. Representante legal Nome: Secretária de Urbanismo e Sustentabilidade- SEURBS – Prefeitura de São José dos Campos / SP. O Parque Natural Municipal Augusto Ruschi é a primeira Unidade de Conservação de Proteção Integral de São José dos Campos, criada em 17 de setembro de 2010 pela Lei Municipal nº 8.195, na área do antigo Horto Florestal, localizado no bairro Santa Cruz da Boa Vista, na zona norte. O Parque faz parte da APA Federal Mananciais do Rio Paraíba do Sul e representa um dos principais fragmentos florestais do município, com 2 milhões de metros quadrados de mata atlântica preservada onde vivem diversas espécies de animais silvestres entre mamíferos, aves, répteis e anfíbios, tais como lobo-guará, sagui-da-serra-escuro, jaguatirica, onça-parda, lontra, veado mateiro, serpentes e gavião-pega-macaco, esta última ameaçada de extinção. Imagem 1 – Acesso ao Parque Augusto Ruschi Imagem 2 – Trilhas do Parque Augusto Ruschi Fonte: Prefeitura Municipal São José dos Campos Fonte: Prefeitura Municipal São José dos Campos I. INFORMAÇÕES SOBRE A UNIDADE DE CONSERVAÇÃO II. CARACTERÍSTICAS GERAIS O parque além e possuir diversas opções de trilhas para visitação, algumas sinalizadas e outras com visitas guiadas oferece também, oportunidades para turismo ecológico, educação ambiental, realização de pesquisas científicas e contemplação da natureza. Além disso, abriga um patrimônio histórico preservado que inclui o primeiro sistema de captação, tratamento e abastecimento público de água do município. O Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Augusto Ruschi (PNMAR) em São José dos Campos foi elaborado em 2014 e aprovado pela Portaria SEMEA nº 001/2015, de 11 de junho de 2015 visando a gestão integrada da área, com foco na conservação da biodiversidade, pesquisa científica, educação ambiental e turismo ecológico segundo a Prefeitura. O plano estabelece diretrizes e normas para atividades no parque, incluindo a zona de amortecimento, a fim de minimizar impactos negativos à unidade de conservação. Ainda em referência ao Plano de Manejo foi definida também a zona de amortecimento (ZA), que é a área imediatamente contígua aos limites do Parque, onde as atividades estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a UC (Lei no 9.985/2000 Art. 2. Inciso XVIII). Para a definição da ZA do PNMAR foram empregados critérios de inclusão como áreas de recarga de aquíferos, áreas sujeitas a processos de erosão, microbacias dos rios que fluem para a UC, áreas naturais preservadas com potencial de conectividade com a UC, remanescentes de ambientes naturais próximos à UC, áreas com risco de expansão urbana, aspectos cênicos próximos à UC e sítios histórico-culturais e arqueológicos, dentre outros e critérios para não inclusão como a existência de áreas urbanas já estabelecidas ou citadas pelo Plano Diretor como áreas de expansão ou com assentamentos consolidados. A ZA envolve o entorno do território do PNMAR e engloba o Setor de Conservação, com os remanescentes de vegetação maiores de 3 hectares e contíguos ao Parque, sendo 25 polígonos somando 1.199,91 hectares e o Setor de Recuperação e Uso Sustentável, que totaliza 2.784,53 hectares. Para promover o uso sustentável e equilibrar a natureza além de melhorar a infraestrutura do parque, serão plantadas mudas de árvores nativas e criado jardins de chuva ao redor do parque priorizando a conservação e preservação da biodiversidade existente visando assegurar atividades de visitação, lazer e pesquisa sem causar degradação do local permitindo o convívio entre o homem e a natureza. O EAD em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEURBS) do município de São José dos Campos por meio do projeta “EAD REFLORA” promoverá e incentivará o plantio de mudas nativas visando a regeneração da vegetação e a preservação da flora local que é fundamental garantir que as atividades de visitação e pesquisa não comprometam a integridade do ecossistema. com o intuito em promover palestras de educação ambiental em instituições públicas e privadas, especialmente próximas a nascentes, para conscientizar a população circunvizinhas e os frequentadores do parque sobre a importância de um comportamento responsável ao usufruir da beleza natural do local. As mudas de árvores nativas, são oriundas de um viveiro que abriga diversas espécies nativas da região, como o cedro-rosa, a copaíba, o ipê, entre outras que na unidade de conservação criada e mantida pelo munícipio em parceria com EAD de forma colaborativa, incentivar os participantes envolvidos no plantio a acompanhar o crescimento dessas mudas até a geração futura através do manejo de plantio localizado, como nas trilhas e ao entorno dos parques da unidade para que os envolvidos acompanhem a evolução dessas ao longo dos anos fatores estes que contribuirão para proteção integral, o que significa que a preservação dos seus atributos naturais é prioridade, com atividades limitadas à pesquisa científica, preservação, educação ambiental e turismo ecológico. Ao acessar o parque durante as caminhadas nas trilhas , os frequentadores de áreas verdes terão através de placas informativas contendo um breve relato sobre a história a fauna e a flora ali existente com temas pertinentes a educação ambiental para que tenham uma melhor relação com a natureza, principalmente com os espécies de animais que mais se aproximam das pessoas para que se crie uma intimidade com estes sem interferir e invadir seu habitat , evitando dar restos de alimentos trazidos ,saber se aproximar dos animais sem assustá-los evitando o estresse e acidentes ambas as partes, sendo assim para criar uma proposta de educação todos os visitantes terão instruções coordenadas e ministradas por orientadores do EAD com os guias da floresta e ,voluntários e trabalhadores da UC. III. PROPOSTA PARA MELHORIAS NA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO (ANÁLISE CRÍTICA) Caracterizar a unidade como uma referência na área de educação ambiental, através de projetos criados fora e dentro da unidade em parceria com EAD, promovendo palestra de educação ambiental com duração de máximo uma hora nas escolas ao entorno da unidade, em empresas públicas e privadas com temas relevantes a educação ambiental , desenvolvimento sustentável com temas consumo consciente e resíduos fauna silvestre ,sustentabilidade ,abordar também assuntos relacionados áreas verde e mudança climática, para o público infantil contação de história visando à sensibilização sobre questões ambientais, as atividades ocorrerão de preferência no casarão da UC. Um outro ponto de suma importância na primeira fase proposta no projeto são as melhorias na infraestrutura, incluindo as inspeções elétrica e hidráulica, a reforma dos sanitários e a instalação de lixeiras coloridas para coleta seletiva, instalação de câmeras de monitoramento, fixação de cartazes, folders e distribuição de cartilhas instrutivas sobre o histórico da UC através de seus colaboradores que estarão divulgando e distribuindo o material ao longo das trilhas além de um biodigestor para geração de energia sendo estas principais ações positivas que promovem e asseguram a sustentabilidade e por fim a prefeitura encarregada da coleta e distinção do resíduos gerados no parque. Após Consolidada uma proposta de melhoria na UC será implementado um plano de resíduo solido com auxílio do EAD. O Plano de Resíduos Sólidos do Parque Natural Municipal Augusto Ruschi em São José dos Campos é parte do Planode Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) que é um plano municipal que estabelece diretrizes, estratégias, metas, programas e ações para a gestão de resíduos sólidos em São José dos Campos, com foco na produção e consumo conscientes, melhoria da reciclagem, gestão sustentável dos resíduos da construção civil, promoção social dos catadores, geração de emprego e renda, aplicação da logística reversa e uso de soluções tecnológicas para o tratamento de resíduos. O PMGIRS foi baseado na Lei Federal nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esta lei estabelece as diretrizes para a gestão ambientalmente responsável dos resíduos sólidos e pela lei estadual 12.300/2006, que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e por fim seguindo as diretrizes da Lei nº 11.445/2007, conhecida como Lei de Saneamento Básico, determina a obrigatoriedade de todos os municípios brasileiros elaborarem um Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). sendo construído de forma transparente e participativa, com participação da população em audiências públicas, debates, seminários e oficinas. Através dos objetivos do plano são apresentadas a elaboração de forma detalhada: Proteção e Preservação: O PNMAR, como UC de Proteção Integral, tem como principal objetivo preservar o ecossistema natural, incluindo a vegetação nativa, fauna silvestre e seus habitats, com o mínimo de alterações. Pesquisa Científica: O parque é considerado um laboratório vivo para pesquisas, aproveitando a sua riqueza biológica e fácil acesso. Educação Ambiental: A educação ambiental é um ponto importante para sensibilizar sobre a importância da conservação da natureza e promover a interação dos visitantes com o ambiente natural. Turismo Ecológico: O parque oferece oportunidades para o turismo ecológico, incentivando a visitação monitorada e atividades de interpretação ambiental, permitindo que os visitantes vivenciem a natureza e aprendam sobre ela. Serviços Ambientais: O parque presta serviços ambientais, como proteção do ecossistema, recursos hídricos, áreas de risco de erosão, regulação microclimática e controle de cheias, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos moradores e visitantes. História e Patrimônio Cultural: O PNMAR também abriga parte da história do município, incluindo o antigo reservatório de água e a estrutura do primeiro sistema de captação de água, que são patrimônios históricos. DESENVOVIMENTO Fase de sensibilização dos usuários sobre a importância da ação e sobre a responsabilidade e envolvimento de cada um no processo, enfatizando o papel educativo a ser replicado para outros ambientes da convivência dos envolvidos. I - PLANEJAMENTO DAS AÇÕES Etapa para definição dos procedimentos que serão adotados no gerenciamento dos resíduos desde a unidade geradora até sua destinação final. Foi definida a realização da coleta diferenciada dos resíduos sólidos gerados na UC com base em cinco categorias, diferenciadas por cores, sendo: a – Resíduos secos recicláveis = cor verde. b – Resíduos úmidos e orgânicos não recicláveis = cor marrom. c – Resíduos úmidos e orgânicos para compostagem = cor cinza. d – Resíduos tóxicos ou perigosos = cor vermelha. e – Orgânicos provenientes de podas e varrições s/ coletor. II - FASE PRÉ EXECUTIVA DO PROJETO Produção e distribuição de informativos com os procedimentos detalhados sobre a separação dos resíduos na fonte geradora. III - FASE EXECUTIVA/IMPLANTAÇÃO DO PROJETO. Separação, limpeza e acondicionamento com base nas categorias de resíduos (cores verde, marrom, cinza, vermelho e preto). IV - MANUTENÇÃO Monitoramento, controle, diálogo com usuários e divulgação dos resultados. RESULTADOS A implementação do plano de resíduos sólidos no Parque Natural Municipal Augusto Ruschi além da redução de custos com transporte trouxe diversas melhorias, incluindo a instalação de um biodigestor para transformar resíduos orgânicos e a melhoria do saneamento dos sanitários, que estavam fechados devido a obras de reforma. Além disso, o parque também passou por melhorias na acessibilidade. Referencias: BRASIL, https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/ lei/l11445.htm. BRASIL, https://www.planalto.gov.br/ccivil_03 /_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm BRASIL, https://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l9985.htm SÃO PAULO, https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2006/lei-12300-16.03.2006.html SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, https://servicos.sjc.sp.gov.br/Legislacao/Arquivos/Leis/2010/LE_2010_00008195.pdf. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, https://servicos.sjc.sp.gov.br/Legislacao/Arquivos/Leis/2015/LE_SEMEA_2015.