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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO I DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
ANA CAROLINA MELO DOS SANTOS 
RILLARY DA SILVA FERREIRA 
SAMARA DO NASCIMENTO MARTINS 
SILVANE DE JESUS LOPES RAMOS 
VIRGINIA DA GAMA SILVA DA SILVA 
 
 
 
 
 
ANANINDEUA 
2025 
2 
 
 
 
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
ANA CAROLINA MELO DOS SANTOS 
RILLARY DA SILVA FERREIRA 
SAMARA DO NASCIMENTO MARTINS 
SILVANE DE JESUS LOPES RAMOS 
VIRGINIA DA GAMA SILVA DA SILVA 
 
 
 
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO l DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA 
 
 
Relatório de estágio apresentado ao Curso de 
Enfermagem da Universidade da Amazônia, 
como requisito parcial para aprovação na 
disciplina de Estágio Supervisionado I. 
Prof.: Walter Lopes. 
 
 
 
 
ANANINDEUA 
2025 
3 
 
 
 
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
Alunas: ANA CAROLINA MELO DOS SANTOS - 04094236 
 RILLARY DA SILVA FERREIRA - 04099125 
 SAMARA DO NASCIMENTO MARTINS - 04088438 
 SILVANE DE JESUS LOPES RAMOS - 04084962 
 VIRGINIA DA GAMA SILVA DA SILVA - 04102742 
Área do estágio: Unidade Básica de Saúde (Atenção Primária) 
Local: UBS Águas Lindas - Bairro Águas Lindas, Ananindeua – PA 
Período: 07/04/2025 à 27/06/2025 
Carga horária: 400 horas 
Orientador/Preceptor: Enf. Danielle Cristina 
Docente da disciplina estágio supervisionado: Walter Lopes Neto 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANANINDEUA 
2025 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
APRESENTAÇÃO 
 
A Unidade Básica de Saúde configura-se como uma relevante política pública 
no âmbito da Atenção Primária à Saúde, fundamentada nos princípios da prevenção 
de agravos, promoção da saúde e recuperação da integridade física e emocional dos 
indivíduos, priorizando a integralidade do cuidado e a continuidade da assistência. 
Diante disso, o presente relatório tem por objetivo descrever as atividades 
práticas desenvolvidas no contexto da disciplina Estágio Supervisionado I, realizadas 
na Unidade Básica de Saúde (UBS) Águas Lindas, localizada na Rua Osvaldo Cruz, 
n.º 350, bairro Águas Lindas, no município de Ananindeua–PA, no período de 07 de 
abril a 27 de junho de 2025, com carga horária diária de seis horas. 
Além disso, o presente relatório tem como propósito destacar a relevância das 
atividades práticas desenvolvidas pelos discentes durante o Estágio Supervisionado, 
bem como descrever a vivência cotidiana no âmbito da Atenção Primária à Saúde, 
abrangendo aspectos como o fluxo de atendimentos, a territorialização e a gestão dos 
serviços. Essa experiência contribui não apenas para o processo de formação dos 
estagiários, mas também para a efetivação de uma assistência qualificada à 
comunidade, por meio do cuidado, do tratamento dos usuários e, sobretudo, da 
aplicação das ações de prevenção, elemento essencial da atuação na APS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7 
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 9 
2.1 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA UNIDADE ............................................... 9 
2.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .......................................................................... 10 
2.2.1 Consultas de enfermagem .............................................................................. 11 
2.2.1.1 consulta de assistência ao pré-natal ............................................................... 12 
2.2.1.2 consultas de puericultura ................................................................................ 13 
2.2.1.3 consultas de hiperdia ...................................................................................... 14 
2.2.1.4 demandas espontâneas ................................................................................. 14 
2.2.2 Realizações do Exame Preventivo do Colo do Útero (PCCU) ..................... 15 
2.2.3 Sala de vacina ................................................................................................... 16 
2.2.4 Sala de curativo ................................................................................................ 18 
2.2.5 Educação em saúde ......................................................................................... 20 
2.2.6 Busca ativa e Visitas domiciliares ................................................................. 21 
3 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 25 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
A Atenção Primária à Saúde (APS) constitui-se como a principal porta de 
entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo responsável por organizar e 
coordenar a atenção em todos os níveis do cuidado. Fundamentada nos princípios da 
universalidade, equidade, integralidade e na responsabilização sanitária territorial, a 
APS tem como objetivo a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico 
precoce e o acompanhamento contínuo da população adscrita (BRASIL, 2022). 
Durante o Estágio Supervisionado I, foi possível vivenciar, na prática, a 
operacionalização de diversas estratégias e programas essenciais no contexto da 
APS, dentre as estratégias que consolidam a atuação da Atenção Primária à Saúde, 
destacam-se programas essenciais que integram ações de prevenção, promoção e 
acompanhamento contínuo da saúde da população. 
O acompanhamento pré-natal, por exemplo, é uma das principais atividades da 
APS no cuidado à mulher, e tem por objetivo assegurar uma gestação saudável, 
identificando precocemente possíveis riscos maternos e fetais. A Atenção Básica deve 
garantir, conforme preconiza o Ministério da Saúde (2021), no mínimo seis consultas 
de pré-natal, com início ainda no primeiro trimestre, visando à redução da 
morbimortalidade materna e infantil. Paralelamente, a puericultura desempenha papel 
central no monitoramento do crescimento e desenvolvimento da criança, assegurando 
o acompanhamento contínuo e integral nos primeiros anos de vida, com atenção 
especial à vacinação, à alimentação, à estimulação neuropsicomotora e à prevenção 
de agravos à saúde infantil (BRASIL, 2022). 
Outro componente fundamental da APS é o programa Hiperdia, voltado à 
identificação, cadastro, acompanhamento e controle de pessoas com hipertensão 
arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus, condições crônicas com alta prevalência na 
população brasileira e que representam significativos fatores de risco cardiovascular. 
Através do Hiperdia, os usuários recebem acompanhamento regular por meio 
de consultas médicas e de enfermagem, aferições de pressão arterial e glicemia, 
educação em saúde e incentivo à adesão terapêutica (BRASIL, 2023). 
Além disso, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) constitui-se como uma 
das iniciativas mais exitosas da saúde pública brasileira, sendo responsável pela 
organização, distribuição e aplicação de imunobiológicos em todas as fases da vida, 
com impacto direto na redução da incidência e mortalidade por doenças 
8 
 
imunopreveníveis. Instituído em 1973, o PNI alcançou reconhecimento internacional 
por sua abrangência e efetividade, sendo um componente obrigatório da rotina de 
cuidados ofertados nas Unidades Básicas de Saúde (BRASIL, 2023). 
Esses programas, quando implementados de forma articulada pelas equipes 
da Estratégia Saúde da Família, fortalecem a vigilância em saúde, aumentam a 
resolutividade da APS e contribuem de forma expressiva para a melhoria dos 
indicadores de saúde pública,promovendo o cuidado integral, contínuo e humanizado 
junto à população adscrita. 
Dessa forma, o presente relatório tem como objetivo descrever as atividades 
desenvolvidas no cenário da APS, evidenciando a importância do estágio 
supervisionado como ferramenta formativa para o desenvolvimento de competências 
profissionais voltadas ao cuidado integral, humanizado e resolutivo, conforme as 
diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA UNIDADE 
No dia 07 de abril de 2025, iniciamos o Estágio Supervisionado I, desenvolvido 
na Unidade Básica de Saúde Águas Lindas, com término previsto para o dia 27 de 
junho de 2025. No primeiro dia de atividades, a equipe de estagiários foi acolhida pela 
preceptora e enfermeira da unidade, Danielle Cristina, que nos conduziu em uma visita 
orientada pelas dependências físicas da instituição. 
Durante esse momento de integração, foi possível conhecer a estrutura 
organizacional da unidade que está organizada de modo a garantir o funcionamento 
adequado dos serviços e a fluidez no atendimento à população. Composta por 
recepção, setor de triagem de enfermagem, sala de vacinação, sala de curativos, sala 
destinada aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), dois consultórios médicos, 
consultório destinado à realização de exames preventivos de câncer do colo do útero 
(PCCU); consultório odontológico, além de espaços voltados para serviços de limpeza 
e organização de arquivos clínicos e prontuários. 
A recepção é o espaço de acolhimento inicial dos usuários, onde são realizados 
o agendamento de consultas, o cadastramento e a organização da demanda 
espontânea. Em seguida, os pacientes são encaminhados para a sala de triagem de 
enfermagem, ambiente em que se realizam aferições de sinais vitais, classificação de 
risco e orientações iniciais, permitindo a priorização de casos conforme a gravidade. 
A sala de vacinação é responsável pela administração de imunobiológicos 
conforme o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI), sendo essencial 
para o controle de doenças imunopreveníveis. A sala de curativos oferece suporte ao 
tratamento de lesões, feridas e realização de pequenos procedimentos, sob 
supervisão da equipe de enfermagem. A sala dos Agentes Comunitários de Saúde 
(ACS) é destinada à organização das atividades de campo, planejamento das visitas 
domiciliares e registro das informações coletadas nas áreas adstritas. 
A unidade dispõe ainda de dois consultórios médicos, onde são realizados 
atendimentos clínicos, acompanhamento de condições crônicas, puericultura e pré-
natal, e de um consultório odontológico, voltado para a promoção e recuperação da 
saúde bucal. Além dessas áreas assistenciais, a UBS conta com ambientes 
administrativos e de apoio, como os setores de limpeza e arquivamento de 
10 
 
prontuários, que asseguram o funcionamento operacional e a manutenção adequada 
das informações clínicas dos usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
Algumas salas da UBS Imagem Autoral. 
Equipe de estágio na entrada da UBS Águas Lindas. Imagem Autoral. 
11 
 
 2.2.1 Consultas de enfermagem 
Durante o período de estágio na unidade, tivemos a oportunidade de vivenciar, 
acompanhar e participar ativamente das consultas de enfermagem, sendo instruídos 
de forma clara, ética e didática por nossa preceptora. Fomos orientados sobre cada 
etapa que compõe o atendimento, desde a acolhida do usuário até a realização da 
anamnese, do exame físico e do registro adequado em prontuário. Esse processo de 
ensino nos permitiu compreender, na prática, os princípios da integralidade do 
cuidado, da escuta qualificada e da atuação clínica e educativa do enfermeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As consultas eram realizadas de forma sistematizada, com base na 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), iniciando-se pela anamnese, 
seguida de exame físico, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação 
e avaliação do cuidado. Essa prática reforçou o papel autônomo do enfermeiro na 
atenção primária, conforme estabelecido na Lei do Exercício Profissional da 
Enfermagem (Lei n.º 7.498/1986), que reconhece a consulta de enfermagem como 
uma atribuição privativa desse profissional. Em todas as consultas, o profissional 
também realizava registros nos sistemas de informação e garantia da continuidade do 
cuidado. 
Essa vivência prática reforçou o entendimento da consulta de enfermagem 
como uma ferramenta fundamental na promoção da saúde, prevenção de agravos e 
acompanhamento contínuo da população, sendo essencial para o fortalecimento da 
atenção primária e da longitudinalidade do cuidado. Conforme aponta a Política 
Nacional de Atenção Básica, o enfermeiro deve exercer suas atividades com base na 
escuta qualificada, na responsabilização pelo usuário e na construção de vínculos, 
Momento de orientação prática com a preceptora sobre as etapas da 
consulta de enfermagem. Imagem Autoral. 
12 
 
contribuindo para uma assistência resolutiva, humanizada e centrada nas 
necessidades dos indivíduos e da comunidade. A experiência consolidou não apenas 
o conhecimento técnico-científico, mas também a importância do olhar ético e 
empático na prática profissional (BRASIL, 2017). 
 2.2.1.1 consulta de assistência ao pré-natal 
Sob a supervisão da preceptora enfermeira Danielle Cristina e dos demais 
profissionais da equipe, tivemos a oportunidade de acompanhar e realizar atividades 
relacionadas às consultas de pré-natal, vivenciando a prática da assistência à saúde 
da gestante conforme os protocolos da Atenção Primária. As ações desenvolvidas 
incluíam anamnese clínica e obstétrica, ausculta dos batimentos cardíacos fetais 
(BCF), medição da altura uterina, realização das manobras de Leopold, verificação da 
caderneta da gestante e orientações de educação em saúde, proporcionando um 
atendimento integral, acolhedor e humanizado (NICOLOTTI et al., 2024). 
Ao chegar à unidade, cada gestante era identificada no sistema eletrônico e 
confirmada sua presença para a consulta de pré-natal. A partir disso, iniciava-se a 
anamnese, com questionamentos sobre o bem-estar desde a última consulta, 
presença de queixas, alterações no apetite, padrão de sono, ocorrência de náuseas 
ou outros sintomas comuns na gestação. 
A consulta prosseguia com a verificação da caderneta da gestante, atualização 
de registros e agendamento da próxima visita. Em seguida, realizavam-se os exames 
físicos obstétricos, como a medição da altura uterina, a manobra de Leopold, utilizada 
para avaliar a posição e apresentação fetal, além da ausculta dos BCF com o sonar 
fetal. Observava-se também o estado das mamas, momento no qual a enfermeira 
orientava quanto aos cuidados com a amamentação, reforçando a importância do 
aleitamento materno desde a gestação (GOMES et al., 2019). 
Após a coleta de dados e realização dos procedimentos, o atendimento era 
finalizado com um momento dedicado à educação em saúde, no qual orientávamos 
as gestantes sobre temas essenciais, como a importância de uma alimentação 
balanceada, atualização do esquema vacinal, uso correto de medicações prescritas, 
sinais e sintomas de risco gestacional e a importância de buscar atendimento em caso 
de intercorrências. Este espaço também era utilizado para esclarecer dúvidas, 
proporcionando segurança e vínculo com a gestante (CAMILLO et al., 2015). 
13 
 
Diante dessa experiência, podemos compreender com maior profundidade que 
a consulta de enfermagem no pré-natal é uma ferramenta indispensável para a 
promoção da saúde materno-fetal, pois permite não apenas o monitoramento clínico 
da gestação, mas também o fortalecimento da autonomia da gestante por meio da 
informação e do cuidadohumanizado (SEHNEM et al., 2019). 
Para nós, enquanto acadêmicos, essa vivência possibilitou o desenvolvimento 
de habilidades técnicas e relacionais, além do aprimoramento do conhecimento sobre 
a atuação do enfermeiro na saúde da mulher e no ciclo gravídico-puerperal 
(FERREIRA, 2021). 
 
 2.2.1.2 consultas de puericultura 
Durante o período foi possível acompanhar e participar de consultas de 
puericultura, voltadas ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. 
As consultas ocorreram de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, 
contemplando a avaliação integral da criança desde o nascimento até os primeiros 
anos de vida. Sob a orientação da enfermeira responsável, realizamos a coleta de 
dados na anamnese, aferição de peso e estatura, cálculo do índice de massa corporal 
(IMC), avaliação do perímetro cefálico, verificação da caderneta da criança e 
observação de marcos importantes do desenvolvimento neuropsicomotor. 
Durante a consulta, também foi feita a verificação do estado vacinal da criança, 
com base no Calendário Nacional de Vacinação, além da orientação às mães e 
responsáveis quanto à importância de manter as vacinas atualizadas. Realizávamos 
ainda a triagem de sinais e sintomas que pudessem indicar agravos ou atrasos no 
desenvolvimento, como alterações no comportamento, alimentação, sono ou 
comunicação. As orientações fornecidas incluíam aleitamento materno exclusivo até 
os seis meses, introdução alimentar adequada, cuidados com higiene, prevenção de 
acidentes domésticos, sinais de alarme e estímulos adequados à faixa etária. Em 
alguns casos, identificamos a necessidade de encaminhamentos à equipe médica ou 
multiprofissional, reforçando a atuação do enfermeiro como ponto de apoio na 
vigilância do crescimento infantil. 
A puericultura é uma estratégia fundamental para a promoção da saúde infantil 
e prevenção de agravos, contribuindo diretamente para a redução da 
morbimortalidade infantil. Conforme preconiza o Ministério da Saúde, a atenção à 
14 
 
saúde da criança deve ser contínua, integral e centrada na família, valorizando o 
vínculo, a escuta qualificada e o fortalecimento da parentalidade (SILVA et al., 2024). 
A experiência nas consultas de puericultura permitiu compreender a 
importância da atuação do enfermeiro como educador em saúde e facilitador no 
processo de cuidado com a criança (VASCONCELOS et al., 2012). 
 
 2.2.1.3 consultas de Hiperdia 
Tivemos também a oportunidade de acompanhar consultas de enfermagem 
voltadas para o acompanhamento de pacientes com hipertensão arterial sistêmica 
(HAS) e diabetes mellitus (DM), vinculados ao Programa Nacional de Hipertensão e 
Diabetes, Hiperdia. Essas consultas ocorrem de forma periódica e são fundamentais 
para o controle clínico, prevenção de complicações e educação em saúde da 
população com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), conforme preconizado 
pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2013). 
Durante as consultas realizávamos anamnese detalhada, aferição da pressão 
arterial, verificação da glicemia capilar, avaliação antropométrica (peso, altura, IMC) e 
observação de sinais e sintomas de descompensação. Também acompanhávamos o 
uso correto das medicações prescritas, a adesão ao tratamento, a regularidade das 
consultas e exames laboratoriais. A consulta era um momento propício para a 
orientação sobre alimentação saudável, prática de atividades físicas, cessação do 
tabagismo, uso racional de medicamentos e prevenção de complicações, como 
insuficiência renal, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e doenças cardiovasculares. 
O enfermeiro, além de realizar o monitoramento clínico, também é responsável 
pelo registro das informações no Sistema de Informação da Atenção Básica (e-SUS 
AB) e pelo planejamento de ações de educação em saúde em grupos operativos, 
conforme a realidade da comunidade. As consultas do Hiperdia reforçam o princípio 
da longitudinalidade do cuidado na Atenção Primária à Saúde e contribuem 
significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com condições 
crônicas (SANTOS et al., 2023) 
 2.2.1.4 demanda espontânea 
15 
 
Com o estágio supervisionado UBS, foi possível vivenciar a dinâmica da 
demanda espontânea, caracterizada pelo atendimento de usuários que procuram a 
unidade sem agendamento prévio, geralmente em busca de cuidados imediatos. 
Esses atendimentos envolviam, em sua maioria, queixas de baixa complexidade. 
Sob orientação da equipe de enfermagem, realizamos acolhimento, anamnese 
breve, aferição de sinais vitais e avaliação da necessidade de atendimento prioritário, 
conforme critérios de risco. A atuação do enfermeiro nesse contexto é fundamental 
para o acolhimento humanizado, o manejo inicial dos sintomas e, quando necessário, 
o encaminhamento para o atendimento médico ou outros serviços da rede como 
destaca Merhy (2002), ao abordar a centralidade do cuidado e da escuta qualificada 
nas práticas de saúde. 
A demanda espontânea também exigia do profissional habilidades para escuta 
qualificada e resolução rápida de problemas, considerando os princípios da 
acessibilidade, equidade e integralidade que regem a Atenção Primária à Saúde. 
Observamos que o enfermeiro não apenas atua na assistência imediata, mas também 
identifica oportunidades de intervenção educativa e de prevenção, orientando o 
usuário sobre o uso racional dos serviços, sinais de alerta e medidas de autocuidado. 
Essa experiência permitiu aos acadêmicos compreenderem que, mesmo em 
situações de urgência leve, o atendimento deve ser realizado com base em critérios 
técnicos (MENDES, 2011), com registros adequados nos sistemas de informação e 
com garantia de continuidade do cuidado, quando necessário, por meio de 
encaminhamentos ou agendamentos futuros. 
 2.2.2 Realização do Exame Preventivo do Colo do Útero (PCCU) 
Nas segundas-feiras, a UBS realiza a coleta do exame preventivo do câncer do 
colo do útero, também conhecido como Papanicolau ou colpocitologia oncótica. Trata-
se de um exame ginecológico de rastreamento, cujo objetivo é identificar 
precocemente alterações celulares no colo uterino, permitindo a prevenção e o 
diagnóstico precoce de lesões precursoras do câncer (INCA, 2023). 
Durante essa atividade, tivemos uma experiência enriquecedora para nossa 
formação profissional, sob a supervisão da enfermeira responsável pelo setor. Embora 
algumas pacientes não tenham autorizado a participação direta de estagiários na 
realização do procedimento, tivemos a oportunidade de acompanhar o exame e, em 
16 
 
alguns casos, realizar a coleta do material em mulheres que buscaram atendimento 
espontâneo na unidade. 
Além da demanda espontânea, a unidade também realiza busca ativa por meio 
de visitas domiciliares, com foco em mulheres com idade entre 25 e 64 anos que 
possuem vida sexual ativa, conforme diretrizes do Ministério da Saúde nessas 
abordagens, é enfatizada a importância do exame para a detecção precoce de lesões 
precursoras e para a redução da mortalidade por câncer cervical (BRASIL, 2016). 
Para o registro dos dados, utilizamos a ficha padronizada do Sistema de 
Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO), vinculado ao Sistema de Câncer 
(SISCAN), que organiza e monitora as informações referentes aos exames de 
rastreamento realizados na atenção básica. 
Durante o procedimento, o profissional deve estar devidamente paramentado 
com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), garantindo a segurança do 
paciente e do profissional (VOLK DO BRASIL, 2023). 
O exame é iniciado com a paciente em posição ginecológica. Após 
apresentação do material, devidamente esterilizado e lacrado, é escolhido o espéculo 
de tamanho adequado, o qual é introduzido de forma cuidadosa, visando minimizar 
desconfortos. Com o espéculo posicionado, realiza-se a coleta do material: a primeira 
amostra é obtida da endocérvice com aescova cervical (espiral) e transferida para a 
parte superior da lâmina; a segunda é coletada da ectocérvice com a espátula de Ayre, 
sendo fixada na parte inferior da mesma lâmina (BRASIL, 2011). 
A lâmina deve estar corretamente identificada com os dados completos da 
paciente, garantindo a rastreabilidade e a validade do exame. Após a coleta, as 
informações são lançadas no SISCOLO, sistema responsável pelo controle e 
acompanhamento dos exames citopatológicos no âmbito do Programa Nacional de 
Controle do Câncer do Colo do Útero (BRASIL, 2013). 
 2.2.3 Sala de vacina 
No que se refere às atividades desenvolvidas na sala de vacinação, observou-
se que a Unidade possui infraestrutura adequada, com equipamentos e insumos 
essenciais para a conservação e administração de imunobiológicos, tais como 
refrigerador específico para vacinas, caixas térmicas, recipientes para descarte de 
materiais perfurocortantes e itens destinados à assepsia e biossegurança. 
17 
 
O ambiente encontra-se organizado e sinalizado com cartazes atualizados do 
Calendário Nacional de Vacinação, o que contribui para a educação em saúde e 
orientação da população. 
Durante o estágio, foi possível participar ativamente da rotina do setor, 
realizando aplicações de vacinas sob supervisão da enfermeira responsável, bem 
como o registro das doses administradas nos sistemas oficiais, como o e-SUS AB e o 
Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). 
Além disso, orientamos os usuários sobre possíveis reações adversas, 
cuidados pós-vacina, datas das próximas doses e realizamos o preenchimento correto 
das cadernetas de vacinação, assegurando a rastreabilidade e continuidade do 
cuidado. 
Foi possível constatar que o enfermeiro da sala de vacinação exerce um papel 
estratégico, sendo responsável pela gestão do estoque, controle de validade dos 
imunobiológicos, supervisão da equipe técnica, bem como pela capacitação dos 
profissionais envolvidos e pelo planejamento de ações de imunização conforme a 
demanda local e os grupos prioritários (CERQUEIRA; RODRIGUES, 2016). 
O Programa Nacional de Imunizações (PNI), instituído em 1973, representa 
uma das mais relevantes estratégias de saúde pública no Brasil. Seu principal objetivo 
é garantir à população o acesso universal e gratuito a vacinas seguras e eficazes, 
promovendo a prevenção de doenças imunopreveníveis, além de contribuir 
significativamente para a redução da morbimortalidade e para o controle de surtos, 
epidemias e erradicação de enfermidades (BRASIL, 2023). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2.2.4 Sala de curativos 
Sob supervisão da preceptora, a equipe de estagiários foi direcionada à sala 
de curativos, onde, inicialmente, acompanhou a atuação do profissional responsável 
pelo setor, o qual apresentou o funcionamento do ambiente destinado ao tratamento 
de feridas e lesões cutâneas, além de explicar os procedimentos realizados na prática 
assistencial. Durante esse período de aprendizado, foi possível participar de diversas 
atividades, como a limpeza e desinfecção de lesões, a troca de curativos e o 
acompanhamento do processo de cicatrização, com o objetivo de promover a 
recuperação tecidual, prevenir infecções e evitar complicações futuras. 
As práticas desenvolvidas reforçaram a importância da higienização das mãos, 
conforme preconizado na Meta Internacional de Segurança do Paciente nº 5 e nos 
cinco momentos da higienização das mãos estabelecidos pela Organização Mundial 
da Saúde (OMS), além de destacar a necessidade de manter o ambiente limpo, 
organizado e devidamente abastecido com os insumos essenciais, como luvas 
(estéreis e não estéreis), gazes, antissépticos, entre outros. 
Sala de Vacina. Imagem Autoral. 
19 
 
Nos dias subsequentes, com orientação adequada, a equipe pôde realizar 
avaliações de feridas, classificando-as quanto ao tipo, extensão, presença de 
exsudato, sinais de infecção e estágio da cicatrização. 
Esse processo contribuiu para a fixação dos conhecimentos sobre os tipos de 
tecidos observáveis no leito das feridas, como o tecido de granulação (indicativo de 
cicatrização saudável), fibrina, necrose e a presença de exsudato purulento, que 
podem indicar processos infecciosos ou inflamatórios. 
Além disso, a enfermeira responsável enfatizou, ao longo do estágio, a 
obrigatoriedade do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em todos os 
procedimentos, visando à biossegurança da equipe e dos pacientes. 
Também nos foi apresentado o conjunto de materiais e insumos disponíveis 
para uso diário na unidade, como luvas estéreis e não estéreis, tesouras e pinças 
estéreis, bandejas, cuba rim, soluções antissépticas (clorexidina, PVPI, soro 
fisiológico), além de produtos que auxiliam na regeneração tecidual, como óleo de 
girassol e pomadas cicatrizantes, destacando-se a colagenase, amplamente utilizada 
na revitalização de tecidos necróticos ou desvitalizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outra atividade observada e desenvolvida foi a passagem de sonda vesical de 
demora, sob a supervisão da enfermeira, onde foi possível compreender a importância 
Materiais e Insumos da sala de curativo. Imagem Autoral. 
20 
 
da preparação do ambiente, comunicação clara com o paciente e técnicas para evitar 
lesões e infecções. Os materiais são: sonda Foley, sistema de drenagem fechado, 
luvas estéreis, seringas, água destilada, lidocaína em gel, gases estéreis, solução 
antisséptica (como clorexidina aquosa) e campo estéril. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vivência na sala de curativos possibilitou à equipe compreender o papel 
fundamental do enfermeiro na avaliação, tratamento e cuidado de feridas, atuando de 
forma crítica, técnica e humanizada, com impacto direto na qualidade do cuidado, 
recuperação clínica e bem-estar do paciente (SILVA et al., 2023). 
 
 2.2.5 Educação em saúde 
A educação em saúde é um componente essencial da Atenção Primária à 
Saúde, visando capacitar os indivíduos, famílias e a comunidade por meio de 
abordagens dialogadas. Utilizamos materiais informativos atualizados e adaptados à 
realidade local para orientar sobre temas como alimentação saudável, prevenção de 
doenças transmissíveis e crônicas, vacinação, higiene, entre outros. Essa prática 
educativa, pautada no respeito às diversidades culturais e sociais, contribui para o 
empoderamento da população, promovendo mudanças positivas nos hábitos e no 
estilo de vida (NARVAI, 2022). 
Materiais da passagem de sonda vesical de demora. Imagem Autoral. 
21 
 
Além disso, a educação em saúde desempenha um papel estratégico na 
construção do vínculo entre profissionais e usuários, favorecendo a adesão ao 
tratamento e o acompanhamento contínuo. Conforme preconiza o Ministério da 
Saúde, a educação em saúde deve ser realizada de forma participativa e 
contextualizada, valorizando o protagonismo dos sujeitos e estimulando práticas 
coletivas que favoreçam a promoção da saúde e a prevenção de agravos. Assim, a 
atuação educativa da equipe de enfermagem se apresenta como ferramenta 
indispensável para o fortalecimento da Atenção Primária e para a melhoria dos 
indicadores de saúde da comunidade assistida (BRASIL, 2017). 
 
 2.2.6 Busca ativa e Visitas domiciliares 
A visita domiciliar estabelece-se como uma estratégia fundamental no contexto 
da APS, pois permite a ampliação do olhar do profissional para além dos limites da 
unidade de saúde, possibilitando uma compreensão integral das condições de vida, 
ambiente e necessidades dos indivíduos e famílias. Essa prática favorece a 
construção do vínculo entre a equipe de saúde e a comunidade, facilitando a 
identificação precoce de agravos, o acompanhamento contínuo e a promoção do 
cuidado personalizado, alinhado aos princípios da integralidade e longitudinalidade doSUS (MERHY, 2022; MENDES, 2011). 
Durante nosso período de estágio foram realizadas as visitas domiciliares, 
juntamente com a equipe dos ACS (Agente comunitário de saúde), foram realizadas 
verificação dos sinais vitais dos pacientes, realizadas solicitações de exames, receita 
médica e curativo. 
Em nossas visitas tivemos conhecimento de alguns casos que aqui citaremos 
como da paciente Maria Lopes, 98 anos, paciente acamada, emagrecida, vígil, 
mantendo alimentação liquidificada através de seringa. Mantendo lesão em MMII e 
lpp em região sacra apresentando fragilidade capilar e skin tears nos MMII e MMSS 
sendo cuidada por suas sobrinhas, pois ela não havia filhos. 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paciente Fortunato Miranda dos santos - 70 anos tinha como profissão ser 
padeiro e após um acidente de bicicleta apresentou problemas neurológicos, sendo 
diagnosticado com demência temporal frontal. Hoje em dia é acompanhado pelo 
neurologista e faz uso de medicações controladas. Nega ser hipertenso e diabético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paciente Euciene Saraiva – 39 anos realiza acompanhamento na UBS, mas 
também no Hospital Jean Bitar, onde faz o tratamento para lúpus, devido a doença 
teve o MIE amputado em 04/02/2025. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria de Lourdes Chavier - 86 anos, cadeirante, teve CA de mama a uns 9 anos 
atrás, realizou quimioterapia e a cirurgia de retirada total da mama do lado esquerdo. 
Visita domiciliar a paciente acamada. Imagem Autoral. 
Visita domiciliar. Imagem Autoral. 
Visita domiciliar a paciente amputada. Imagem Autoral. 
23 
 
Relatou que era hipertensa e nega diabetes. Hoje em dia faz apenas exames de 
controle sem recidiva da doença. Ela relata que apesar da sua comorbidade, realiza 
suas atividades de casa claro que com algumas limitações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jose Milton Rodrigues – 64 anos diabético e hipertenso, relatou para equipe de 
enfermagem que começou com uma ferida pequena no mie onde não deu 
importância, onde desenvolveu uma lesão maior comprometendo a vascularização do 
membro tendo que realizar a amputação. Foram realizados a limpeza do local 
utilizando soro fisiológico 0,9%, gases, acolchoado e o uso de pomada kollagenase e 
óleo de girassol. Os curativos eram realizados diariamente pela equipe e nesta 
imagem foi quando a equipe de enfermagem começou a acompanhar o processo de 
cicatrização da ferida operatória, onde se encontrava com odor fétido, com presença 
de esfacelo e sensibilidade no local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visita domiciliar a paciente cadeirante. Imagem Autoral. 
MIE amputado. Imagem Autoral. 
24 
 
Nesta imagem abaixo temos a evolução da ferida operatória mais limpa com presença 
de tecido em processo de granulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intervenção da equipe de enfermagem. Imagem Autoral. 
25 
 
3 CONCLUSÃO 
A vivência proporcionada pelo Estágio Supervisionado 1 na Unidade Básica de 
Saúde Águas Lindas foi de grande relevância para nossa formação acadêmica e 
profissional. Durante esse período, tivemos a oportunidade de integrar teoria e prática 
de forma concreta, vivenciando o dia a dia da Atenção Primária à Saúde e 
compreendendo, de forma mais profunda, a importância da atuação da equipe de 
enfermagem no cuidado integral aos usuários do Sistema Único de Saúde. 
Em cada setor por onde passamos, seja na sala de vacinação, nas consultas 
de enfermagem, nas visitas domiciliares ou nos atendimentos de demanda 
espontânea, exercitamos a empatia, a responsabilidade ética, o compromisso com o 
cuidado e o olhar ampliado sobre o ser humano e suas múltiplas necessidades. 
Com o estágio aprendemos também que o cuidado vai além da técnica: envolve 
escuta, acolhimento e vínculo. Participar das consultas de pré-natal, puericultura, 
atendimento a pacientes do programa Hiperdia e ações de educação em saúde nos 
permitiu compreender o valor do enfermeiro como agente de transformação social. 
Tivemos a oportunidade de desenvolver habilidades comunicacionais, observar 
a gestão dos processos de trabalho na unidade e refletir sobre o impacto das práticas 
de enfermagem na vida das pessoas. Percebemos que cada visita domiciliar 
realizada, cada orientação oferecida e cada gesto de cuidado prestado contribuíram 
não apenas para o bem-estar dos usuários, mas também para a construção da nossa 
identidade como futuros profissionais da saúde. 
Encerramos este estágio com a certeza de que a Atenção Primária à Saúde é 
um espaço privilegiado de aprendizado e de construção coletiva. Essa experiência 
nos ensinou que o trabalho em equipe, o respeito às diversidades e o compromisso 
com a equidade são pilares fundamentais para a consolidação de um cuidado ético, 
humanizado e resolutivo. Levamos conosco não apenas novos conhecimentos e 
habilidades, mas, sobretudo, a sensibilidade e a responsabilidade de fazer parte de 
um sistema de saúde público que valoriza a vida em sua totalidade. 
Diante disso, conclui-se que o estágio não apenas consolidou nossos 
conhecimentos técnicos e científicos, mas também fortaleceu o compromisso ético e 
social da futura atuação profissional na área da enfermagem. 
 
26 
 
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