Prévia do material em texto
O IMPACTO DA INTERCULTURALIDADE NO ENSINO DE INGLÊS NA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Introdução A crescente globalização e os avanços na comunicação têm diminuído as barreiras culturais e linguísticas entre diferentes povos, tornando o aprendizado de idiomas, em especial o inglês, essencial nas sociedades atuais. No cenário da educação básica brasileira, o ensino da língua inglesa precisa ir além da simples memorização de regras gramaticais, focando no desenvolvimento de habilidades comunicativas e culturais. Nesse contexto, a interculturalidade surge como uma abordagem pedagógica que valoriza a diversidade e promove o respeito pelas várias identidades culturais (Silva, 2019). RESUMO EXPANDIDO POR APENAS - 40 R$ PAGUE SÓ DEPOIS DE RECEBER CLICE NO LINK https://wa.me/554491477569 OU Contudo, muitas práticas de ensino ainda se limitam a traduções literais e à memorização de vocabulário, ignorando o aspecto sociocultural da língua. Esse tipo de abordagem reforça estereótipos, marginaliza culturas menos representadas e prejudica o desenvolvimento crítico dos alunos. A falta de uma perspectiva intercultural impede que os estudantes tenham uma visão mais ampla e mais inclusiva do mundo, que favoreça o diálogo, a empatia e o entendimento das diferenças. Dessa forma, é urgente repensar as metodologias de ensino de línguas estrangeiras, especialmente o inglês, com base na interculturalidade. Este trabalho tem como objetivo examinar o papel da interculturalidade no ensino de inglês na educação básica, refletindo sobre os desafios e as oportunidades dessa abordagem. Para isso, a análise parte de uma fundamentação teórica que considera a linguagem como uma prática social e a aprendizagem de idiomas como um processo influenciado por valores culturais. O intuito é contribuir para uma prática pedagógica mais crítica, inclusiva e voltada para o diálogo, ampliando os horizontes educacionais dos alunos por meio da língua. RESUMO EXPANDIDO POR APENAS - 40 R$ PAGUE SÓ DEPOIS DE RECEBER CLICE NO LINK https://wa.me/554491477569 OU (44) 91477569 PROFESSOR ORLANDO 2. Desenvolvimento O ensino de línguas estrangeiras nos dias atuais exige uma abordagem que leve em consideração não apenas os aspectos linguísticos, mas também os culturais presentes no uso do idioma. A interculturalidade, nesse sentido, emerge como um elemento central para o desenvolvimento de habilidades que vão além da simples memorização gramatical. Segundo Silva (2019), a compreensão das culturas alheias é essencial para que a comunicação no ensino de línguas se torne mais significativa. Quando se adota práticas pedagógicas com foco na interculturalidade, o professor oferece aos alunos experiências que os incentivam a refletir sobre suas próprias identidades culturais em relação a outras culturas. Souza e Aranha (2016) afirmam que o contato com diferentes formas de viver e pensar desperta o senso crítico nos alunos, ampliando sua visão de mundo e preparando-os para interações globais. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reforça a importância do conhecimento cultural no processo de aprendizagem de inglês, propondo que o ensino da língua seja orientado para uma perspectiva comunicativa e intercultural, como parte de um processo formativo que visa formar cidadãos capazes de interagir com a diversidade (Gonçalles, 2025). No entanto, muitos professores ainda enfrentam dificuldades em conectar o conteúdo curricular com práticas que efetivamente promovam a competência intercultural dos alunos. Isso se deve, em parte, à formação inicial inadequada, que tende a focar mais nos aspectos gramaticais e menos em práticas comunicativas mais abrangentes. A falta de uma preparação adequada reflete-se na prática pedagógica dos docentes em sala de aula (Andrade e Andrade, 2025, p. 04). Além disso, é crucial refletir sobre o material didático utilizado no ensino de inglês. Muitos livros didáticos não abordam adequadamente as questões interculturais, perpetuando estereótipos culturais que não capturam a complexidade das diferentes realidades sociais. De acordo com Resende e Macedo (2018), os recursos pedagógicos ainda carecem de uma abordagem crítica e pluralista na representação das culturas. O desenvolvimento de uma postura crítica em relação à cultura do outro não ocorre de maneira natural, sendo necessário utilizar estratégias de ensino que incluam situações reais de uso da língua e a análise crítica de discursos. Souza e Aranha (2016) destacam que a interculturalidade precisa ser vista como uma prática contínua e intencional, mediada por escolhas pedagógicas que incentivem o diálogo e a escuta ativa. Ademais, a interculturalidade no ensino de inglês ajuda a perceber que as línguas são fenômenos dinâmicos, imbuídos de ideologias que moldam as interações entre os sujeitos. Silva (2019) enfatiza que a língua não é neutra, ela carrega visões de mundo que influenciam diretamente a forma como as pessoas se relacionam entre si. O papel do professor, nesse sentido, é criar espaços de aprendizagem que desafiem essas construções simbólicas. A sala de aula, por sua vez, se configura como um espaço privilegiado para a prática da cidadania crítica, permitindo que os alunos interajam com diferentes repertórios culturais. Segundo Gonçalles (2025), a valorização da diversidade cultural no ambiente escolar contribui para a construção de uma consciência intercultural, fundamental no contexto globalizado atual. Portanto, o ensino de inglês na educação básica não deve se limitar a uma aprendizagem técnica do idioma, mas também incluir reflexões sobre identidade, diferenças culturais e pertencimento. Para Andrade e Andrade (2025), essas discussões são essenciais para a formação de indivíduos éticos, sensíveis às diversidades e capazes de atuar em sociedades pluralistas. Porém, implementar uma abordagem intercultural exige investimentos na formação continuada dos professores e o apoio de políticas públicas que incentivem práticas pedagógicas inovadoras e inclusivas. Resende e Macedo (2018) defendem que, com o suporte institucional e epistemológico adequados, é possível transformar a prática docente em uma verdadeira ação intercultural. Finalmente, é importante ressaltar que a interculturalidade deve ser entendida como um princípio orientador no ensino de línguas, e não como um conteúdo isolado. Souza e Aranha (2016) argumentam que é fundamental integrar essa perspectiva em todas as fases do processo educativo, promovendo uma formação que respeite as múltiplas formas de ser, viver e comunicar. 3. Conclusão A interculturalidade no ensino de inglês na educação básica representa um valioso instrumento para a formação de indivíduos críticos, capazes de se relacionar com diferentes culturas e realidades. Ao tratar a língua como uma prática social, o ensino-aprendizagem se expande, deixando de ser apenas técnico ou instrumental para adquirir uma dimensão formativa mais profunda, conectada com a diversidade cultural e a cidadania global. A análise realizada neste estudo mostrou que, embora a interculturalidade esteja prevista nos documentos curriculares, como a BNCC, ainda existem muitos desafios para sua implementação efetiva nas escolas. Dentre esses desafios, destacam-se a formação docente inadequada, a falta de materiais didáticos apropriados e a persistência de métodos tradicionais centrados na memorização de estruturas gramaticais. Esses fatores limitam o desenvolvimento pleno da competência intercultural dos alunos e restringem o impacto transformador do ensino de línguas. Diante desse cenário, é essencial investir na formação inicial e contínua dos professores e promover políticas públicas e práticas pedagógicas que integrem a interculturalidade de maneira eficaz no ensino de línguas. Além disso, novas pesquisas podem contribuir para aprofundar a compreensão sobre os efeitos dessa abordagem na formação dos estudantes, abrindo caminhos para um ensino mais inclusivo, crítico e comprometido com as questões sociais. 4. Referências Bibliográficas ANDRADE, Ana Maria Lourenço de; ANDRADE,Luiz Henrique Santos de. O caráter sociopolítico da língua inglesa: a interculturalidade e suas implicações na formação identitária dos alunos. Revista Principia, [S. l.], v. 62, 2025. Disponível em: https://periodicos.ifpb.edu.br/index.php/principia/article/view/8181. Acesso em: 4 jul. 2025. GONÇALLES, Mariana Cristine. O ensino de língua inglesa previsto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Fundamental II e o eixo “Dimensão Intercultural”. Revista Letras Escreve, [S. l.], v. 14, n. 3, p. 223–240, 2025. Disponível em: https://periodicos.unifap.br/letrasescreve/article/view/357. Acesso em: 6 jul. 2025. RESENDE, Simone; MACEDO, Cristiane Resende Silva. Interculturalidade no ensino de língua inglesa: uma perspectiva baseada nos estudos da tradução. Revista Humanidades e Inovação, v. 5, n. 7, 2018. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/335665452_Interculturalidade_no_Ensino_de_Lingua_Inglesa_-_uma_perspectiva_baseada_nos_Estudos_da_Traducao. Acesso em: 6 jul. 2025. SILVA, Flavia Matias. O ensino de língua inglesa sob uma perspectiva intercultural: caminhos e desafios. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 58, n. 1, p. 158–176, jan./abr. 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132019000100158&tlng=pt. Acesso em: 6 jul. 2025. SOUZA, Fábio Marques de; ARANHA, Simone Dália de Gusmão (orgs.). Interculturalidade, linguagens e formação de professores. Campina Grande: Editora da Universidade Estadual da Paraíba – EDUEPB, 2016. Disponível em: doi:10.7476/9788578793470. Acesso em: 6 jul. 2025. image1.png image2.png