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Mecanismos de defesa e doença 
Conceito: 
O diabetes mellitus: passar muito, urinar excessivamente e mellitus: doce= urinar muito + doce 
privilégio imunológico = é a capacidade que nossas células têm de reconhecer células que fazem 
parte do nosso organismo, evitando que o sistema imunológico ataque células saudáveis de nosso 
próprio corpo 
A hiperglicemia na ausência do tratamento é o que une todas as DM 
➢ células beta deles secretam insulina e amilina 
Pâncreas: 
Pâncreas é o protagonistas da diabetes tipo I, mas não necessariamente do tipo II 
Órgão essencial para a vida, mas e se retirar? 
• Ablação seletiva de células B (e.g: quimioterapia estreptozotocina feito para matar 
células beta, mas pode acabar estando presente em alguns medicamentos e matar 
células beta sem o paciente precisar daquilo, como no exemplo da quimioterapia 
• Estreptozotocina, pentamidina (tripanocida) 
➢ Pancreatectomia (Total ou parcial) 
• Total: insulina, monitoração da glicemia e uso de enzimas pancreáticas pelo resto 
da vida 
• Imediatamente após a retirada do pâncreas existe um alto nível de ácidos graxos 
livres 
• 75% dos pacientes sobrevivem até o 78 anos 
• Parcial: Observação. Insulina e enzimas podem ser necessárias no início ou pelo 
resto da vida. 
Insulina: 
Meia vida de 5 a 6 minutos 
➢ Degradada pelo fígado (50%), rins e músculos 
Secreção de insulina é diretamente proporcional a secreção de peptídeo C 
➢ Peptídeo C possui meia vida de 30 minutos-35 e pela menor capitação pelo fígado 
➢ Marcador de secreção de insulina mais estável do que a própria insulina 
Pode ter alta degradação de insulina pelo fígado por conta do estado prandial, por isso não se mede 
a insulina, mas sim os peptídeos C que também são liberados quando gera insulina, ele é muito mais 
estável por ser menos captado no fígado e ter meia vida maior 
Secreção e função: 
➢ A Glut 1 e 2 não dependem da insulina para captar glicose 
➢ a glicose é absorvida e se transforma em ATP, canais de potássio fecham e ele acumula, 
gera despolarização do canal de cálcio que irá gerar a exocitose da insulina 
➢ a insulina é necessária no tecido cardiovascular, adipócitos e músculo pois ativa o substrato 
no receptor de insulina, que ativa a proteína quinase C e gera translocação, expõe o glut 4 
na membrana da célula 
➢ Junto com a insulina, nós secretamos a amilina 
➢ o que une a secreção e insulina e glucagon é a secreção de cálcio pq precisa dele 
➢ existem coisas que inibem a liberação de glucagon= glp, gpe, agem fazendo feedback 
negativo, somatostatina também ele é um hormônio que para tudo 
➢ a função do glucagon é mobilizar as reservas para serem consumidas, ele tem queda 
drástica depois da alimentação junto com o aumento da insulina 
➢ alzheimer é tipo 3 de DM? ele promove a resistência a absorção de insulina no cérebro 
Glucagon: 
➢ hormônio catabólico 
➢ a queda de glicose estimula a secreção de glucagon 
➢ os receptores atuam em feedback negativo com o glucagon 
➢ no momento pós prandial, ocorre grande quantidade de glucagon pois estimula as reservas 
a serem consumidas 
➢ após a refeição ocorre uma queda drástica no glucagon, aumento de glicose que estimula 
liberação de insulina 
➢ Precisa de cálcio para a exocitose 
➢ No equilíbrio, faz o trabalho oposto da insulina 
➢ Estimulador de insulina= glucagon 
DM 1: 
Pode ocorrer em qualquer idade, mas há dois picos de incidência: 
➢ 5-9 anos 
➢ 10-14 anos 
Condição autoimune, geralmente com um fator genético e determinado pelo ambiente, que leva a 
destruição das células pancreáticas 
➢ Resposta imune (humoral e celular) contra componentes das células beta 
• Ac anti-insulina, anti-GAD, anti-ilhota, anti-zinc transporter 8, anti-
insulinomaassociated prot 2 
▪ Embora presentes, acredita-se que a resposta humoral não é suficiente 
para destruir as céls beta 
• Linfócitos T (ex: CD8+TCR+, CD4+) 
➢ Virus? Parasitas? Antígenos liberados depois de um estresse mecânico? 
• Fator/suscetibilidade genética : HLAs DR3, DR4, DQ8... 
• Observem que todos Os HLAs DRs e DQ são MHC-II 
➢ Para que a DM-I ocorra, os mecanismos de auto tolerância precisam falhar 
No tipo temos cofator de transcrição chamado air, ele tem a capacidade de apresentar todas as 
proteínas do nosso genoma para essas células, ele mostra para as novas células saberem o que é 
normal, se a célula nova não reconhecer é morta, se reconhecer e não tiver atividade ele passou 
no teste e segue para ser usada 
Fisiopatologia do diabetes tipo I: 
Sua principal ocorrência é devido à uma reação autoimune, gerada pela produção equivocada de 
anticorpos que “atacam” as células beta pancreáticas descontrolando, assim, a secreção de insulina 
e, consequentemente, a absorção de glicose pelas células, gerando a hiperglicemia. 
Tríade clássica da diabetes: 
4 P´s = pera de peso, poliuria, polifagia, polidipsia 
Polifagia- ausência de insulina, estado catabólico, aumentando a captação energética (paciente come 
bastante) 
➢ polifagia+ emagrecimento: alerta GRITANTE para diabetes 
Poliuria- é causada pela glicosúria, eliminação de energia- emagrecimento (paciente faz xixi muitas 
vezes) 
Polidipsia- paciente sente muita sede 
Sinais e sintomas DM1: 
 
 
 
 
Através da insulina exógena reproduz o que a gente faz no nosso corpo, então usa antes de se 
alimentar 
Recomendações: 
Na suspeita de DM1 o tratamento com insulina deve ser iniciado imediatamente, independentemente 
da confirmação laboratorial do diagnóstico 
➢ Em situações de deficiência absoluta de insulina, como o DM1, a CAD pode se instalar de 
maneira rápida, especialmente na vigência de processos infecciosos, e o óbito pode ocorrer 
em poucas horas, mesmo após a admissão hospitalar. Portanto, visando à prevenção da 
CAD (deficiência de insulina), a insulinoterapia deve ser instituída o mais rapidamente 
possível após o diagnóstico de DM1. Se a CAD já estiver instalada, a insulinoterapia deverá 
seguir um protocolo que priorize a correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásico 
Para a maioria dos indivíduos com DM1, É RECOMENDADO o uso de análogos de insulina de ação 
rápida ou ultrarrápida no esquema basal-bolus para reduzir o risco de hipoglicemia. 
Perguntas: 
Insulina e o glucagon são hormônios peptídicos, ou seja, são proteínas. Você esperaria encontrar os 
seus receptores na superfície da célula, no citoplasma ou no núcleo das células-alvo? 
Dica: "Similia similibus solventur" 
• Resposta: Moléculas sinalizadoras lipofílicas possuem receptores intracelulares. Moléculas 
lipofóbicas possuem receptores de membrana. Proteínas são lipofóbicas (hidrofilicas) e, portanto, 
hormônios proteicos, como a insulina, possuem receptores de membrana. 
DM 2: 
Diferente da DM-1, a DM-II é mais comum em adultos (idosos e obesos), mas com incidência 
crescente entre crianças e jovens 
Hiperglicemia caracterizada pela resistência e/ou deficiência na produção de insulina 
➢ Hiperinsulinemia é um achado comum (grande quantidade de insulina e de peptideo C) 
90% a 95% dos casos de DM 
Geralmente, não precisam de suplemento de insulina 
síndrome metabólica é o maior fator de risco (obesidade abdominal, triglicerídeos acima de 50 e 
colesterol hdl maior que 50, glicemia em jejum acima de 110 ou hipertensão arterial ); 
Fatores de risco: 
➢ Síndrome metabólica 
➢ Obesidade/excesso de peso especialmente excesso de adiposidade visceral 
➢ Excesso de glicocorticoides (síndrome de Cushing ou terapia com esteroides) 
➢ Excesso de GH 
➢ Gestação (diabetes gestacional) 
➢ Doença do ovário policístico 
➢ Lipodistrofia ladquirida riqu donética, associada a Autoanticorpos ao receptor de insulina 
➢ Mutações do receptor de insulina 
➢ Mutações do receptor y ativador do proliferador de peroxissoma (PPARy) 
➢ Mutações que causam obesidade genética (p. ex., mutações no receptor de melanocortina) 
➢ Hemocromatose (uma doença hereditária que causa acúmulo de ferro tecidual 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pergunta: 
Em qual tipo dediabetes é mais provável de haver defeito na via de sinalização para a insulina? 
Resposta: A insulina é um hormônio peptídico que utiliza receptores de membrana ligados a segundos 
mensageiros para transmitir o seu sinal às células. Pessoas com diabetes tipo 1 não têm insulina; 
pessoas com diabetes tipo 2 têm níveis de insulina normais a elevados. Níveis altos ou normais de 
insulina sugerem que o problema não é com a quantidade de insulina, mas sim com a ação da insulina 
na célula. O problema no diabetes tipo 2 pode ser um defeito no mecanismo de transdução de sinal. 
Tratamento: 
DM II não tem cura, mas é possível reverter a gravidade a condição com mudanças de hábitos 
➢ Atividade física 
➢ Acompanhamento nutricional 
➢ Perda de massa gorda 
Monitorização da glicose 
Uso de antidiabéticos (metmorfina)- biguanidas- inibe a formação de glicose a partir do fígado (reduz 
a glicose plasmática por diminuir a gliconeogênese hepática) 
Complicações metabólicas agudas: 
Cetoacidose diabética (CAD) caracterizada por: 
➢ 1. hiperglicemia → leva a uma diurese que leva a hipercalemia e desidratação 
➢ 2. hipercetonemia 
➢ 3. acidose metabólica = diminui o ph e compensa liberando mais co2 na hiperventilação 
• ph baixo 
• hiperventilação 
Sintomas iniciais: 
➢ sede, poliúria, hiperglicemia, aumento de corpos cetônicos na urina 
sintomas tardios: 
➢ cansaço, pele ressecada, náuseas, vômitos, dificuldade respiratória 
 
Fisiopatologia da CAD: 
caracteriza-se por uma deficiência de insulina profunda, a qual pode ser absoluta e relativa. 
Associadamente há o aumento de hormônios contrarreguladores como glucagon, cortisol e 
catecolaminas. Nesse contexto, há um desarranjo metabólico no qual os tecidos sensíveis à insulina 
passam a metabolizar gorduras em vez de carboidratos, e uma vez que a insulina é um hormônio 
anabólico, processos catabólicos como a proteólise, glicogenólise e a lipólise são estimulados. Assim, 
há aumento da produção de ácidos graxos livres, a partir da metabolização lipídica decorrente da 
insulinopenia e consequente aumento de glucagon, que adicionalmente, inibe a enzima malonil 
coenzima A, responsável por inibir a atividade da carnitina palmitil-transferase que transporta 
ácidos graxos para as mitocôndrias hepáticas. 
Diagnóstico: 
Ph: 
➢ ph do sangue tinha que estar entre 7,35 a 7,45 (pH menor que 7,30 pode indicar que o 
paciente está em coma) 
➢ corrigir hipocalemia antes de dar insulina sempre que dar insulina ocorre uma queda de 
potássio, por isso deve corrigir antes 
➢ ages acumulam e formam placas nas arteríolas da retina e são responsáveis por micro 
aneurismas que causam a retinopatia diabética 
 
Complicações crônicas do DM tipo I e II: 
AG- Gli → aterosclerose 
➢ retinopatia (angiopatia, microaneurisma) 
➢ infarto do miocárdio 
➢ AVC isquêmico 
protgli → ateriosclerose hialina 
➢ Glomerulosclerose 
➢ doença renal diabética 
Se acumular soorbitol ela gera a lise e gera neuropatia diabética, células e shaw foram atingidas e 
perde a formação de bainha de mielina, bexiga neurogênica, perde capacidade gástrica, hipotensão 
ortostática por conta da perda de tensão, paciente não sente dor por isso o lance do pé diabético 
Acúmulo de soorbitol é o maior motivo dos problemas diabéticos= neuropatia diabetica, retinopatia, 
complicações cardiovasculares, complicações de origem metabólica etc. 
 
 
 
 
DM gestacional: 
Ocorre entre 2-6% das gestações no Brasil 
Após a 20º semana e piora com o decorrer da gravidez e de acordo com o desenvolvimento da 
placenta 
➢ Placenta produz hormônios que inibem a ação da insulina (Cortisol, estrogênio e lactogenio 
placentário humano), nisso pâncreas produz mais insulina para suprir isso e gera a DM

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