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Relatório de Paleontologia II- Bacias de Resende e Taubaté

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UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
FGEL- Faculdade de geologia
 Relatório do trabalho de campo de Paleontologia II
 Trabalho de campo: Bacias de Taubaté, Resende e Volta Redonda
Geologia - Graduação
Alunos: 
Gabriel Francisco Rodriguez Reis
 Mikael Kenzo T. Ribeiro
 Lauren B. da Fonseca
Professor: 
Herminio Ismael
Luzia Antonioli
Rio de Janeiro 2018
SUMÁRIO 
Introdução……………..…………………………………………..................1
Objetivos……………………………………………………………………..1
Contexto geológico………………………………………………………….2-4 III.1) Origem e formação das bacias……...……………………………..............2
 III.2) Área de estudo: Bacia de Resende e bacia de Taubaté …………...3-4
 III.2.1) Bacia de Resende..…………..................................................3
 III.2.2) bacia de Taubaté……………………………………………...4
IV) Pontos………………………………………………………………...5-15
 IV.1) Ponto 1……………………………………………………….5
 IV.2) Ponto 2……………………………………………………...6-7
 IV.3) Ponto 3………………………………………………………8
 IV.4) Ponto 4………………………………………………………9
 IV.5) Ponto 5…………………………………………………......10-11
 IV.6) Ponto 6………………………………………………………12
 IV.7) Ponto 7………………………………………………………13
 IV.8) Ponto 8………………………………………………………14
 IV.9) Ponto 9………………………………………………………15
Conclusão…………………………………………………………………16
Referências Bibliográficas………………………………………...............17
INTRODUÇÃO
Nos dias 29, 30 e 31 de Outubro de 2018 os alunos do curso de graduação em Geologia realizaram o trabalho de campo da disciplina de Paleontologia II na região Sul do Rio de Janeiro e Vale da Paraíba de São Paulo, que proporcionou um contato mais inclusivo com o conteúdo visto em sala de aula e presença de alto material interdisciplinar com sedimentologia e em conteúdos práticos, de como procurar, escolher e armazenar conteúdos fósseis.
O trabalho foi ministrado pelos professores Hermínio Ismael e Luzia Antonioli com foco na história geológica das bacias de Taubaté e Resende, além da dinâmica sedimentar e da análise de fósseis e icnofósseis que haviam em cada localidade, buscando entender o Paleoambiente das formações observadas. Um dos pontos teve um enfoque na coleta de fósseis e icnofósseis em folhelhos da formação Tremembé, onde os fósseis em melhores condições foram doados ao Museu Nacional vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) devido ao acidente ocorrido em 02 de Setembro de 2018. 
OBJETIVOS
O presente trabalho teve como objetivo o estudo de formações sedimentares, entendimento de como os fósseis ajudam a demarcar biozonas para a reconstrução de paleoambientes, reconhecimento de fácies sedimentares e icnofácies, aprendizado de como se faz uma coleta de dados de forma correta e reconhecimento de áreas propícias ou não para a coleta de fósseis, assim como locais onde diferentes fósseis ocorrem.
	
CONTEXTO GEOLÓGICO
III.1) Origem e formação das Bacias
	De acordo com Zalan & Oliveira (2005) “A série de grabens de idade cenozóica que ocorre no Sudeste do Brasil, desde o Paraná até o norte do Rio de Janeiro, tem sido bastante estudada por pesquisadores de áreas múltiplas das Geociências. Denominações diversas têm sido utilizadas para nomeá-las coletivamente: Sistema de Rifts da Serra do Mar (Almeida, 1976),Sistema de bacias tafrogênicas do Sudeste Brasileiro (Melo et al. 1985) e Rift Continental do Sudeste do Brasil (Riccomini, 1991). Sua área de ocorrência coincide totalmente com a extensão da Serra do Mar e, em parte, com a da Serra da Mantiqueira”. Nos eventos tectônicos “o movimento de blocos foi claramente diferencial. Alguns não se abateram muito e permaneceram em situações elevadas (casos das Serras do Mar e Geral). O abatimento de blocos ao longo da separação do Gondwana formou desníveis geográficos, propiciando os processos de denudação desses maciços. Outro fator para o surgimento desses desníveis é o fluxo isostático da região, culminando na exposição de formações muito antigas que, antes, encontrava-se em profundidade.	
Parafraseando Riccomini, Et.al(2004), Durante o Neógeno, o segmento central do Rift Continental do Sudeste Brasileiro (RCSB)esteve sob a ação de um regime transcorrente,com distensão NW-SE e compressão localizada, também em NW-SE. Altos estruturais relacionados à transpressão causaram a segmentação da depressão original do rift. Bacias de afastamento relacionadas à transtração ou ao relaxamento final dos esforços compressivos instalaram-se no alto estrutural que separa as bacias de São Paulo e Taubaté, acompanhadas de uma deposição de arenitos com estratificação cruzada e conglomerados de sistema fluvial entrelaçado. Este evento foi seguido pela deposição de conglomerados, arenitos, siltitos e argilitos de sistema fluvial meandrante na Bacia de Taubaté.
Figura 1-Perfil esquemático mostrando os falhamentos escalonados e basculamento de blocos resultantes do tectonismo cenozóico que atingiu o Sudeste do Brasil (modificado de Asmus& Ferrari, 1978).
III.2) Área de Estudo: Bacia de Resende e Bacia de Taubaté
	
A área de estudo do presente relatório de campo compreende as Bacias de Resende e de Taubaté. Como apresentado no contexto geológico, essas bacias caracterizam zonas deprimidas geradas pela tectônica do Mesozoico-Cenozoico.
III.2.1) Bacia de Resende
De acordo com Lima & Melo (2013), “a Bacia de Resende é uma depressão tectônica de idade terciária situada no médio curso do rio Paraíba do Sul, no extremo oeste do Estado do Rio de Janeiro. Apresenta forma alongada na direção N75E, com cerca de 50 quilômetros de comprimento e 5 a 6 quilômetros de largura, perfazendo área de 240 quilômetros quadrados de exposição de sedimentos terciários e quaternários. A espessura máxima dos sedimentos é hoje de cerca de 200 metros.” “Os primeiros estudos detalhados sobre o preenchimento sedimentar da Bacia de Resende foram realizados por AMADOR (1975), que definiu as formações Resende (Mioceno/Plioceno) e Floriano (Pleistoceno), ambas constituídas por depósitos continentais, fluviais ou de cones aluviais coalescentes. A Formação Resende foi então subdividida em uma 6 porção basal, arenosa a síltico-arenosa, de planície fluvial de rios anastomosados em clima semi-árido, e uma porção superior, rudácea, formada por corridas de lama sob clima mais úmido. Esta porção foi denominada “membro rudáceo da Formação Resende” (AMADOR 1975, p. 190), ocorrendo no flanco sul do maciço alcalino do Itatiaia.”
Segundo Ramos et. al (2006), “Riccomini (1989) realizou uma nova revisão estratigráfica no Rift Continental do Sudeste do Brasil, tendo formalizado o Grupo Taubaté, que agrupou as formações Resende, Tremembé e São Paulo, além das rochas vulcânicas ultrabásicas alcalinas presentes no registro da Bacia de Volta Redonda. Especificamente na Bacia de Resende, reconheceu depósitos de um sistema fluvial meandrante que relacionou à Formação. 
Figura 2 - Mapa de localização da Bacia de Resende. Fonte: RAMOS et.al, 2006.
III.2.2) Bacia de Taubaté
	A Bacia de Taubaté constitui-se numa bacia do tipo rift, apresentando uma sedimentação tipicamente continental. A sedimentação é sintectônica, com depósitos sedimentares de granulometria grossa nas bordas falhadas da bacia, além de depósitos arenosos e argilosos, na parte central da bacia, ligados a ambientes de sedimentação flúvio-lacustres (Appi et al., 1986; Chang et al., 1989; Riccomini, 1989). A estruturação interna da bacia é caracterizada por grabens assimétricos, limitados por falhas e que, ao longo da bacia, mudam de vergência formando um padrão alternado (Fernandes, 1993).
 Depositado durante o Paleógeno (Eo-Terciário), o Grupo Taubaté é subdividido nas formações Resende, Tremembé e São Paulo. A Formação Tremembé, que ocorre na área de estudo, é formada por depósitos lacustres do tipo playa-lake, interdigita-se lateral e verticalmente comos depósitos da Formação Resende, e constitui a unidade mais significativa da porção central da bacia. Segundo Riccomini (1989), a Formação Tremembé apresenta 5 fácies principais: 1) fácies argilito verde maciço; 2) dolomitos tabulares, restritos à porção central da bacia; 3) ritmitos formados pela alternância de folhelhos e margas; 4) arenitos com estratificação cruzada sigmoidal e granodecrescência de areia média até silte bem desenvolvida na borda norte da bacia; 5) arenitos grossos, arcoseanos, intercalados nos argilitos verdes maciços na porção central da Bacia de Taubaté.
 Sobreposto ao Grupo Taubaté ocorrem os sedimentos da Formação Pindamonhangaba. Depositados no neo terciário esta formação corresponde aos depósitos de sistema fluvial meandrante, bem desenvolvidos na porção central da Bacia de Taubaté, em faixa situada ao sul do Rio Paraíba do Sul.
 Por fim, ocorrem os sedimentos aluviais e coluviais quaternários posicionados ao longo das drenagens principais dos rios da região. 
Figura 3- Mapa de localização da área de estudo com destaque para a localização da Bacia de Taubaté no Estado de São Paulo. Fonte: Carvalho et al.(2011)
IV) PONTOS
IV. 1) Ponto 1
	Localização: Via Dutra, Km 314, Sentido Rio de Janeiro - São Paulo próximo a Resende, na Latitude 22°27’23”S e Longitude 44°28’7”W. Cerca de 400 m acima do nível do mar.
	O afloramento deste ponto permite uma observação sucinta dos presentes ciclos fluviais e variações de regimes Nivais.
Figura 4 - Pontos observados no afloramento
Ponto 1- Foram encontrados níveis arenosos e pelíticos de coloração branca, de fácies sedimentares descritas como Sp.
Ponto 2- Foram encontrados níveis pelíticos de coloração cinza, com gretas de ressecamento, fácies descritas como Fl. Acima encontra-se um nível paraconglomerático descritos por como fácies Gt com um baixo teor de oxidação em certos níveis mais alinhados verticalmente e uma leve estratificação cruzada.
Ponto 3– Encontra-se a mesma facies Gt vista no ponto 2, com níveis de Oxidação mais bem representados.
 O critério de fácies sedimentares utilizado foi o de Miall (1977).
 Nesse afloramento temos a consistência de conglomerados, arenitos e pelitos característicos de um ambiente fluvial entrelaçado, comprovado pela presença de níveis de oxidação e uma alta diferença nos níveis de energia para depósitos variados e a estratificação cruzada reforça a teoria da diferença na superfície de reativação em diferentes momentos. Apesar dos níveis apresentarem sedimentos de mudanças abruptas, a granulometria não é tão variada, composta de seixos, areias médias e lamitos, que podem muito bem representar diferentes regiões de um mesmo ambiente fluvial. 
IV. 2) Ponto 2.1
 Localização: RJ 163, sentido Penedo-Visconde de Mauá, Itatiaia. Latitude 22°26’19’’S e Longitude 44°30’34’’ W. Cerca de 440 m acima do nível do mar.
Este afloramento nos permite ver a borda da bacia, que tem material oriundo da Serra da Mantiqueira, por isso continua sendo Formação Resende. Ao observarmos vemos uma sedimentação mais grossa e a presença de clastos de gnaisse bem angulosos, o que nos permite dizer que esse afloramento se encontra bem mais próximo da área fonte.
 Por ser a borda da bacia, temos uma presença mais intensa da ação do intemperismo, que pode ser visto nas cores avermelhadas e alaranjadas do afloramento. Em partes temos níveis de argila que ao nos aproximarmos podemos ver marcas mais claras que são icnofósseis de aracnídeos e insetos, que nos permite descobrir como era o ambiente em que viviam.
Figura 5- Afloramento do ponto 2.1 
Figura 6- Clasto gnaissico 
IV. 2.2) Ponto 2.2
Este ponto encontra-se pouco mais acima na mesma estrada do ponto anterior. Vemos neste ponto outra camada de icnofósseis, que seria uma camada acima se fizéssemos o perfil. Da base ao topo vemos que, se comparada com o ponto anterior, as granulometrias vão afinando. Como este ponto é mais novo que o 2, vemos que houve uma diminuição da energia; isso ocorre pelo fato das bordas da bacia estarem afinando. No local também foi feito um pequeno estudo sobre o entendimento de Paleossolos, sobre como são e como identificar, pela presença do mesmo em locais pontuais do afloramento.
Figura 8- Afloramento do ponto 2.1 
IV. 3) Ponto 3
 	Localização: Rua Pinheiro – Lote 19/Vila Pinheiro – Itatiaia. Latitude 22°29´15´´ S e Longitude 44°34’33’’ W. Cerca de 420 m acima do nível do mar. Este afloramento do Membro Itatiaia da Formação Resende foi responsável por datar a Bacia de Resende com sendo eocênica. Nele podemos ver níveis conglomeráticos que representam os fluxos gravitacionais ali predominantes, e o posterior retrabalhamento deles com os níveis que se encontram acima. Em níveis mais verticais superiores é possível a visualização de embricamento de seixos, que indicam uma posição de leito de sedimentos inclinados onde é possível visualizar a direção da corrente, tendo em vista que os seixos são rotacionados até a posição mais propícia onde o mesmo: Está preso no substrato e deixa a corrente percorrer por ele.
 Paleontologicamente é uma área muito pouco propensa de se encontrar fósseis devido ao fato de não apresentar grandes camadas pelíticas. 
Figura 9- Afloramento do Ponto 3 
IV.4) Ponto 4
Localização: Município de Resende – BR 116 – Km 303/ Via Dutra-RJ, na Latitude 22°27’33’’ S e Longitude 44°25’55’’ W. Cerca de 410 m acima do nível do mar. No ponto 4 vemos pacotes do Mioceno em contato com pacotes do Quaternário; a sedimentação vista é caracterizada por ser mais cascalhosa, em um contexto de um fluvial pouco entrelaçado. De tal modo, foi possível ver grandes pacotes de conglomerados mais especificamente ortoconglomerados.
Logo abaixo havia uma camada de areia fina e argila, com coloração avermelhada, apresentando em alguns locais, laminações. A coloração é um indicativo de uma possível ação do intemperismo químico no local. Foi observado também um contato erosivo entre as duas camadas (Paraconformidade), gerada pela mudança para meandro.
Figura 10- Vista proximal do Ponto 4 
IV. 5) Ponto 5
Localização: sítio geológico/paleontológico “Fazenda Santa Fé”, que pertence à Extrativa Santa Fé, na Formação Tremembé, bairro do Padre Eterno, Bacia de Taubaté. Latitude 22°56’72’’S e longitude 45°32’99’’W. Cerca de 590 m acima do nível do mar.A Bacia de Taubaté está localizada entre a Serra do Mar e da Mantiqueira e apresenta forma elíptica, e tem aproximadamente 180 Km de comprimento e 60 Km de largura. É uma das bacias com maior registro fossilífero do Brasil, mais especificamente do Terciário Inferior, o que permitiu a coleta pelos grupos.
Os sedimentos da bacia são oriundos do intemperismo, erosão e transporte da Serra da Mantiqueira. Os argilitos e folhelhos encontrados representam um momento lacustre da Bacia de Taubaté, há também depósitos mais grossos em condição de turbidez no ambiente lacustre (turbiditos lacustres). Esse afloramento da Formação de Tremembé é datado como pertencendo ao Oligoceno. As fácies vistas são argilas esverdeadas, que são sobrepostas por folhelhos típicos da Formação Tremembé e, logo acima, níveis mais alaranjados que geraram sedimentação fluvial discordante sobre os folhelhos.
A Pedreira visitada explora Bentonita, uma argila formada por material vulcanoclástico, principalmente cinzas vulcânicas, juntamente com argila de sedimentação lacustre. A Bentonita é utilizada para produção de rejunte de piso, para amadurecimento de tinta e na indústria de cosméticos.
 
Figura 11- Afloramento do Ponto 5. Fonte: FAPESP. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/pesquisadores-fazem-inventario-geologico-de-sao-paulo-/24980/>
Figura 12- Fóssil de peixe encontrado 
IV.6) Ponto 6
Este ponto é marcado pelo museu natural de Taubaté, local onde há diversas salas mostrando a vida animal, desde o seu início até os dias atuais. A coleçãodo museu conta com peças de diversos pontos do mundo e devido a isso, possui uma grande variedade de espécies, uma vez que não só eles recebem espécimes como também enviam para outros locais com a finalidade de aprofundar os estudos sobre espécimes em conjunto com taxidermistas, paleoartistas e em geral estudantes de paleontologia, buscando recriar a história paleontológica do Brasil.
Figura 13- Museu Natural de Taubaté. Fonte: Museu de História Natural de Taubaté. Disponível em: <http://www.museuhistorianatural.com/>
Figura 14- Mapa interno do Museu. Fonte: Museu de História Natural de Taubaté. Disponível em: <http://www.museuhistorianatural.com/>
IV.7) Ponto 7
Localização: Município Porto Real, estrada secundária que dá acesso ao bom retiro. Latitude 22°25’16’’S e longitude 44°23’18’’W. Cerca de 420 m acima do nível do mar.
Neste ponto podemos ver um afloramento de rochas de um ambiente fluvial entrelaçado parecidos com o Ponto 1 (Fluvial entrelaçado). Vimos uma grande quantidade de arenito com grãos de subarredondados a arredondados e angulosos a subangulosos. Mineralogia com grandes porcentagens de quartzo e álcali-feldspato devido ao alto nível de areia. Possui a estratificação cruzada parecida com a do Ponto 1 porém não há presença de níveis argilosos. Presença de camadas mais inclinadas possuindo também falhas e uma discordância angular nas camadas e no solo entre elas. Possui também duas cores, uma mais avermelhada devido a oxidação do ferro no solo e outra mais esbranquiçada devido a maior quantidade de sedimentos siliciclásticos não ferrosos. Alto nível de intemperismo no local, ao que tudo indica, devido a lixiviação.
Figura 15- Afloramento do Ponto 7
IV.8) Ponto 8
Localização: Estrada em direção a Pedra Selada. Latitude 22°26’49’’S e Longitude 44°26’30’’O. 450 m acima do nível do mar
Um dos poucos afloramentos que revelam o mioceno brasileiro foi visto nesse ponto que, por muitos dados, se remete a um paleoambiente de rio meandrante. Esse ponto é bastante importante para a bacia, pois o alto preservamento de icnofósseis ajuda bastante na estratigrafia, na caracterização de fácies litoestratigráficas, posicionando-as bem na cronologia da bacia.
	O ponto conta com a presença de: Skolithos do tipo Fodinichinia e Cubichnia e Planolites. Uma alta preservação é indicada pela laminação plano paralela das argilas arenosas que se encontram. A forma da deposição no local indica um ambiente de planície de inundação por traços da: Laminação plano paralela de argilas seguidas de camadas arenosas (que indicam a quebra do Levee do rio meandrante), gerando uma gradação inversa, comum em tal ambiente, a presença de Planolites bem preservados nas argilas indicam que o substrato era acessível a seres vivos endobentônicos de sedimentos menos duros, e a presença de Skolithos nas camadas arenosas mais finas, indicando a presença de artrópodes nesses sedimentos enquanto ainda eram úmidos, pois a água é um fator importante para a fixação destes no substrato de forma vertical.
Figura 16- Afloramento do Ponto 8
IV.9) Ponto 9
Localização: Estrada que dá acesso a cidade de Bulhões, município de Porto Real. Latitude 22°27’20’’S e Longitude 44°18’36’’O. 430m acima do nível do mar.
Neste ponto podemos ver um possível vestígio de um rio entrelaçado o qual o rio se movia lentamente possuindo várias camadas diferentes. Temos, de baixo para cima, primeiro uma camada de arenito com granulometria fina a muito fina, em seguida temos um argilito arenoso, logo após temos um arenito médio com clastos angulosos, e na quarta camada podia ser observado uma associação de arenito argiloso e argilito arenoso. No topo, era visto um arenito argiloso, seguido de um arenito conglomerático. Isso explica-se no paleoambiente de rio entrelaçado, onde nos seus ciclos de energia poderia existir essa diferença enorme, para possibilitar a contínua deposição de areias com grandes clastos seguidos de areias com sedimentos finos, por conta da contínua quebra das barras arenosas com o passar do tempo geológico. 
Figura 16- Afloramento do Ponto 
V) CONCLUSÃO 
	O trabalho de campo contou com a didática de um grande espectro de matérias: O contato dos alunos com o conteúdo visto em sala de aula, Sedimentologia, Estratigrafia, Paleontologia e assuntos que se submetem aos mesmos como Icnofácies, Fácies sedimentares, estudo de ambientes de deposição, estudo de paleoambientes, retrabalhamento de sedimentos, interpretação. Todos foram muito bem vistos e explicados pelos Mestres e Doutores que participaram desse trabalho de campo. Podemos concluir que foi um trabalho muito proveitoso tanto para a acumulação de conhecimento geológico em geral, assim como para sedimentologia e paleontologia. O aprendizado adquirido neste campo será uma grande base para outras disciplinas durante o curso de graduação 
VI) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ZALAN, P. V. & OLIVEIRA, J. A. B., 2005, Origem e evolução estrutural do Sistema de Riftes Cenozóicos do Sudeste do Brasil. Boletim de Geociências da Petrobrás, 13 (2), p. 269-300. “
LIMA, M. R. & MELO, M. S., 2013, Palinologia de depósitos rudáceos da Região de Itatiaia, Bacia de Resende – RJ. In Revista Geonomos, UFMG, Belo Horizonte, v.2, n.1.
RAMOS, R. R. C., MELLO, C. L., SANSON, M. S. R., 2006, Revisão estratigráfica da Bacia de Resende, rift continental do Sudeste do Brasil, estado do Rio de Janeiro. In São Paulo, UNESP, Geociências, v. 25, n. 1, p. 59-69.
UNITAU. 2005 Análise de Vunerabilidade das terras da bacia de Taubaté. Disponível em: < http://www.agro.unitau.br/una/una_status_18.html>. Acessado em:08/12/2018
Chang, H. K., Appi, C. J., Riccomini, C., Castro, J. C., Arai, M., Freitas, E. L. & Santod Neto, F. V. Geologia da Bacia de Taubaté. Simp. Geol Sudeste, 1., Bol. Res., Rio de Janeiro, SBG p.10., 1989. Fernandes, F. L. Compartimentação Tectônica e Evolução da Bacia de Taubaté. Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto. 145 p., 1993.
Miall, A. D. , 1973 , Markov chain analysis applied to an ancient alluvial plain succession: Sedimentology, v. 20, p. 347-364.
 Miall, A.D. 1977, A review of the braided river depositional environment: Earth Sci. Revs., v. 13, p. 1-62.

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