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Aluno: . + Top 10 da (Questões de Autor: Mateus Germano da Silva Instagram: @mateus.germano.2001 Concursos Militares abordados: EsPCEx Sumário • Conteúdo Programático da EsPCEx--------------------------------------------------------- 4 • Relação de questões da EsPCEx em cada assunto ---------------------------------------- 5 • Top 10 de História da EsPCEx ---------------------------------------------------------------- 5 Idade Média ------------------------------------------------------------------------ 6 • Alta Idade Média – A Sociedade Feudal ---------------------------------------------------- 6 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 12 • Baixa Idade Média e a Crise do Feudalismo ---------------------------------------------- 13 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 22 Idade Moderna ------------------------------------------------------------------- 23 • Renascimento Cultural e Humanismo ----------------------------------------------------- 23 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 27 • Reforma Protestante e a Contrarreforma ------------------------------------------------- 28 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 34 • Absolutismo e Mercantilismo ---------------------------------------------------------------- 35 ➢ Estados Nacionais Europeus e Absolutismo --------------------------------------------- 35 ➢ Mercantilismo -------------------------------------------------------------------------------- 41 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 44 • Colonização Europeia na América --------------------------------------------------------- 45 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 53 • As Revoluções Inglesas e a Revolução Industrial ---------------------------------------- 54 ➢ Revoluções Inglesas (Século XVII) ------------------------------------------------------- 54 ➢ Revolução Industrial (Século XVIII) ----------------------------------------------------- 61 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 65 • Iluminismo e Despotismo Esclarecido ----------------------------------------------------- 66 ➢ Iluminismo ----------------------------------------------------------------------------------- 66 ➢ Despotismo Esclarecido -------------------------------------------------------------------- 71 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 72 • A Independência das 13 Colônias (EUA) -------------------------------------------------- 73 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 80 Idade Contemporânea ---------------------------------------------------------- 81 • A Revolução Francesa e a Restauração ---------------------------------------------------- 81 ➢ Revolução Francesa ------------------------------------------------------------------------- 81 ➢ Era Napoleônica ----------------------------------------------------------------------------- 86 ➢ A Restauração -------------------------------------------------------------------------------- 89 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 91 • O Pensamento e a Ideologia no Século XIX ----------------------------------------------- 92 ➢ Gabarito --------------------------------------------------------------------------------------- 95 • O Mundo na Época da Primeira Guerra Mundial -------------------------------------- 96 ➢ Imperialismo e a Partilha da África e da Ásia ------------------------------------------- 96 ➢ Primeira Guerra Mundial ----------------------------------------------------------------- 100 ➢ Gabarito ------------------------------------------------------------------------------------- 105 • Período entre Guerras ----------------------------------------------------------------------- 106 ➢ A Grande de Depressão (Crise de 29) --------------------------------------------------- 106 ➢ Ascensão do Nazifascismo Alemão e Italiano ----------------------------------------- 109 ➢ Gabarito ------------------------------------------------------------------------------------- 113 • Segunda Guerra Mundial ------------------------------------------------------------------- 114 ➢ Gabarito ------------------------------------------------------------------------------------- 121 • O Mundo na Guerra Fria ------------------------------------------------------------------- 122 ➢ Bloco Capitalista × Bloco Socialista ---------------------------------------------------- 122 ➢ Revoluções Socialistas -------------------------------------------------------------------- 127 ➢ Os Principais Conflitos da Guerra Fria ------------------------------------------------- 131 ➢ A Descolonização da África e da Ásia -------------------------------------------------- 134 ➢ Gabarito ------------------------------------------------------------------------------------- 139 • O Mundo no Final do Século XX e Início do Século XXI ----------------------------- 140 ➢ Fragmentação da URSS e a Queda do Socialismo ------------------------------------ 140 ➢ Conflitos do Final do Século XX e Início do Século XXI --------------------------- 144 ➢ Gabarito ------------------------------------------------------------------------------------- 146 Conteúdo Programático da EsPCEx • A Sociedade Feudal (séculos V a XV). • O Renascimento Comercial e Urbano. • Os Estados Nacionais Europeus da Idade Moderna, o Absolutismo e o Mercantilismo. • O Renascimento Cultural, o Humanismo e as Reformas Religiosas. • A montagem da Colonização Europeia na América: os Sistemas Coloniais espanhol, francês, inglês e dos Países Baixos. • O Iluminismo e o Despotismo Esclarecido. • As Revoluções Inglesas (século XVII) e a Revolução Industrial (séculos XVIII a XX). • A Independência dos Estados Unidos da América. • A Revolução Francesa e a Restauração: o Congresso de Viena e a Santa Aliança. • O Pensamento e a Ideologia no Século XIX: o Idealismo Romântico; o Socialismo Utópico e o Socialismo Científico; o Cartismo; a Doutrina Social da Igreja; o Liberalismo e o Anarquismo; o Evolucionismo e o Positivismo. • O Mundo à Época da Primeira Guerra Mundial: o imperialismo e os antecedentes da Primeira Guerra Mundial; a Primeira Guerra Mundial; consequências da Primeira Guerra Mundial. • O Mundo à Época da Segunda Guerra Mundial: o período entreguerras; a Segunda Guerra Mundial. • O Mundo no Auge da Guerra Fria: a reconstrução da Europa e do Japão e o surgimento do mundo bipolar; os principais conflitos da Guerra Fria — a Guerra da Coreia (1950-1953); a Guerra do Vietnã (1961-1975);, os conflitos árabe-israelenses (1948-1974); a descolonização da África e da Ásia. • O Mundo no Final do Século XX e Início do Século XXI: declínio e queda do Socialismo nos países europeus (Alemanha; Polônia; Hungria; ex-Tchecoslováquia; Romênia; Bulgária; Albânia; ex-Iugoslávia) e ex-União Soviética; os conflitos do final do Século XX — a Guerra das Malvinas (1982); a Guerra Irã-Iraque (1980-1989), a Guerra do Afeganistão (1979-1989), a Guerra Civil no Afeganistão (1989-2001); a Guerra do Golfo (1991); a Guerra do Chifre da África (1977-1988); a Guerra Civil na Somália (1991); o 11 de Setembro de 2001 e a nova Guerra no Afeganistão. • Obs: esse material não contém questões de Revoluções Liberais e Europa no Século XIX, Guerra de Secessão, Revolução Russa e Revoluçõesa série de conflitos conhecida como Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Entre franceses e ingleses, essa guerra se iniciou no século XIV, perdurando até o século XV, e contribuiu para a formação dos Estados Nacionais inglês e francês. 37) (MACKENZIE 1996) Sobre a Carta Magna inglesa de 1215,é correto afirmar que: a) foi assinada pelo rei João Sem Terra, consolidando a separação entre a Inglaterra e o Papa, tornando-o chefe da Igreja. b) determinou que os bens da Igreja passariam às mão da nobreza inglesa que apoiava o rei João Sem Terra, instituindo a monarquia constitucional. 18 c) proclamou o rei João Sem Terra, Lorde Protetor da Inglaterra, Escócia e Irlanda, desencadeando uma onda de nacionalismo extremado. d) foi imposta pela nobreza inglesa ao rei João Sem Terra, limitando o poder real e obrigando-o a respeitar os direitos tradicionais de seus vassalos. e) criou o Parlamento inglês bicameral constituído pelas câmaras dos lordes e dos comuns, impondo ao rei João Sem Terra a declaração de Direitos 'Bill of Rights'. 38) (FUVEST 1999) A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis e terríveis do que se conhece como a crise do século XIV. Como consequência dessa crise, ocorrida na Baixa Idade Média, a) o movimento de reforma do cristianismo foi interrompido por mais de um século, antes de reaparecer com Lutero e iniciar a modernidade; b) o campesinato, que estava em vias de conquistar a liberdade, voltou novamente a cair, por mais de um século, na servidão feudal; c) o processo de centralização e concentração do poder político intensificou-se até se tornar absoluto, no início da modernidade; d) o feudalismo entrou em colapso no campo, mas manteve sua dominação sobre a economia urbana até o fim do Antigo Regime; e) entre as classes sociais, a nobreza foi a menos prejudicada pela crise, ao contrário do que ocorreu com a burguesia. 39) (UFRGS 2012) Diversos fatores motivaram a denominada "Crise do século XIV", ocorrida na Europa da Baixa Idade Média. Dentre esses fatores, pode-se citar corretamente a) a disseminação das guerras pelo continente europeu, a quebra da produção de alimentos e a mortandade causada pela peste bubônica. b) a efervescência religiosa das Cruzadas, a eclosão da Revolução dos Trinta Anos e o despovoamento do Sacro Império. c) a eclosão da Guerra dos Sete Anos, a conquista da França pelos muçulmanos e a epidemia de varíola. d) a deflagração da Guerra da Sucessão Espanhola, a dissolução da Liga Hanseática e a decadência das comunas. e) o advento da Reforma Protestante, o abandono dos arroteamentos e a eclosão de guerras entre as cidades italianas. 40) (FGV 2013) Guerra dos Cem Anos - Denominação dada a uma série de conflitos ocorridos entre a França e a Inglaterra no período 1337-1475. O termo, que vem sendo considerado impróprio, é uma criação moderna dos historiadores do século XIX, introduzido nos manuais escolares. (...) Alguns historiadores têm mesmo proposto que seja utilizada a expressão "cem anos de guerra" e não a tradicional. (Antônio Carlos do Amaral Azevedo. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos apud Luiz Koshiba, História: origens, estruturas e processos) Sobre essa guerra, é correto afirmar que a) decorreu diretamente da chamada Crise do Século XIV, pois a Inglaterra e a França tinham leituras divergentes da paralisia econômica que atingiu a Europa ocidental desde os primeiros anos desse século. b) resultou da imediata reação da França, aliada dos reinos de Castela e Aragão, à aliança econômica e militar entre a Inglaterra e Portugal, iniciando o mais sangrento conflito bélico da Europa moderna. c) desenrolou-se quase toda em território francês, com batalhas entremeadas por tréguas e períodos de paz, e as suas origens se ligam à sucessão do trono francês, também disputado pela Inglaterra. d) derivou da disputa por territórios recém-descobertos por franceses no norte da África, mas que eram estratégicos para a expansão da economia inglesa, já produtora de manufaturados. e) desenvolveu-se no contexto das reformas religiosas, obrigando cada nação europeia a se posicionar na defesa ou não do papado, fator principal do conflito bélico entre franceses e ingleses. 41) (IMED 2016) A crise do Sistema Feudal, que marcou a Baixa Idade Média, se manifestou através: I. Da Guerra dos Cem Anos. II. Das revoltas camponesas. III. Do enfraquecimento do exército nacional. IV. Do fortalecimento das relações servis. Quais estão corretas? a) Apenas I e II. b) Apenas III e IV. c) Apenas I, II e III. d) Apenas II, III e IV. e) I, II, III e IV. 42) (UFSJ 2013) A partir do século XI, os povoados denominados burgos começaram a crescer pelo desenvolvimento do comércio. Artigos manufaturados, como tecidos, eram produzidos, fazendo com que novas cidades surgissem e as mais antigas se desenvolvessem. Esses artesãos começaram a se organizar em Corporações de Ofício estruturadas em associações de a) artesãos que reuniam todos aqueles que se dedicavam ao mesmo ofício. b) associações de artesãos dos mais diversos ofícios que se uniam com o objetivo de atuar no livre mercado. c) artesãos de diversos ofícios e trabalhadores assalariados que se uniam com o objetivo de atuar no livre mercado. d) camponeses que se reuniam para reivindicar maior participação política nas cidades. 43) (ESPM 2011) A antiga Flandres situava-se no nordeste da França, ocupando também uma parte da Bélgica e constituía-se num ponto central e de fácil acesso no Ocidente da Europa. (Raymundo Campos. História Geral) Sobre a importância da Flandres na Baixa Idade Média é correto assinalar que: a) era uma região sob domínio dos muçulmanos, desde quando estes invadiram a Europa no século VIII; b) era uma região banhada pelo Mar Báltico e importante centro de produtos como mel, peixe salgado, cereais, madeiras; c) foi o berço de uma gigantesca associação de comerciantes denominada Liga Hanseática, conhecida ainda como Hansa Teotônica; d) era uma região em que se realizavam feiras, que após o século XIII tornaram-se as mais procuradas do continente, famosas por seus tecidos de lã de carneiro; 19 e) era uma região cortada pelos varegues, comerciantes nórdicos, conhecidos pelo controle sobre o comércio de produtos orientais. 44) (CESMAC 2015) As Feiras Medievais foram os núcleos iniciais de um movimento reconhecido historicamente como Renascimento Comercial e Urbano que se alastrou pela Europa, do século XII ao XV. Relacionados a esse movimento estão: 1) as Guildas e as Corporações de Ofício. 2) o surgimento dos feudos e a extinção do trabalho servil. 3) o trabalho fabril e novas formas de troca de mercadorias. 4) as migrações rurais e o surgimento de novas rotas comerciais. 5) a criação de novas ordens monásticas e instituições financeiras. Estão corretas apenas a) 2, 4 e 5 b) 1, 2 e 3 c) 1, 2 e 4 d) 2, 3 e 4 e) 1, 3 e 4 45) (CONSUPLAN 2015) “Classe social que surgiu nos últimos séculos da Idade Média (por volta do século XII e XIII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava‐se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, joias etc) e prestação de serviços (atividades financeiras). Habitavam os burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem‐vistas pelos integrantes do clero católico.” Essa classe ficou conhecida como: a) Dalits. b) Nobreza. c) Burguesia. d) Camponeses. 46) (UEPB 2011) Analise as proposições a seguir: I - O chamado renascimento urbano, entre os séculos XI e XIII, deve ser analisado como um processo que atingiu a minoria da população europeia. Mais de 80% das pessoas continuavam a viver no campo. II - As cidades também eram fonte de renda para os senhores,pois elas se localizavam dentro dos domínios feudais e eram obrigadas a pagar taxas aos senhores. III - A cidade medieval era bastante penetrada pelo campo. Os citadinos levavam uma vida semirrural no interior das muralhas que abrigavam vinhas, jardins e mesmos prados e campos, gado, estrume e excrementos. Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões): a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) II, apenas. e) III, apenas. 47) (UNEAL 2013) As cidades europeias receberam um contingente cada vez maior de pessoas que migravam dos campos para as cidades em busca de melhores condições de vida. As cidades, durante a Baixa Idade Média, formavam “ilhas de liberdade” nas quais os antigos servos se libertavam das obrigações pactuadas com os senhores feudais. Esse processo migratório para as cidades, intensificando a vida urbana, ao mesmo tempo em que contribuiu para as transformações do sistema feudal, também foi marcado por problemas sociais capazes de configurar um cenário apocalíptico na sociedade europeia. Sobre o renascimento urbano na Europa durante a Baixa Idade Média, é correto afirmar: a) como resultado da ampliação das atividades comerciais e nascimento do sistema capitalista durante a Baixa Idade Média, podemos afirmar que houve nas cidades a composição de novas classes sociais como artesãos, bancários e comerciantes, transformando, assim, as relações sociais e produtivas. b) o Renascimento urbano durante a Baixa Idade Média provocou revoltas burguesas à medida que cidades europeias sofreram com a Peste Negra, a fome e as guerras. Todas provocaram grande mortalidade de pessoas, diminuindo o contingente de mão de obra e enfraquecimento do comércio. Os servos, ao comporem a classe social mais rica, eram indiferentes aos problemas sociais, pois viviam exclusivamente nos seus feudos, estando imunes à Peste Negra e à violência da burguesia. c) A Peste Negra foi responsável pela mortandade de 1/3 da população europeia durante o início da Idade Média. Nesse cenário, o misticismo popular via nesta doença uma punição divina contra o pecado humano. A burguesia, sendo submissa aos seus servos, era a mais atingida pela doença. d) Entre as várias funções das cidades medievais, podemos identificá-la como um centro produtor de gêneros agrários, de modo a alimentar todo seu contingente populacional. A produção de manufaturas ocorria exclusivamente em ambientes rurais. e) Os senhores feudais exerciam grande influência econômica e política nas cidades. Desse modo, o renascimento urbano não era visto como uma ameaça ao seu poder exercido nos feudos, contribuindo para a continuidade de uma descentralização do poder político. 48) (PUC-RS 2010) Dentre os fatores responsáveis pelo chamado Renascimento Comercial e Urbano, que ocorre a partir do século XI na Europa Ocidental, NÃO se pode referir a) a diminuição de epidemias e pestes. b) o término das grandes invasões. c) a amenização dos costumes guerreiros da nobreza. d) o desaparecimento das corporações de ofício nas cidades. e) a queda da mortalidade e o aumento da natalidade na população. 20 49) (UECE 2013) A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis daquela que ficou conhecida como a crise do século XIV, na Europa. Como consequência dessa crise ocorrida na Baixa Idade Média, a) o movimento de renascimento urbano foi iniciado e depois interrompido por mais de três séculos, reaparecendo somente na Revolução Industrial do século XVIII. b) os camponeses, que estavam em via de conquistar a liberdade, voltaram a apoiar o sistema feudal por mais alguns séculos, como forma de superar a crise. c) o processo de centralização e concentração do poder político nas mãos dos reis, com o apoio da burguesia, intensificou-se até se tornar absoluto no início da modernidade. d) entre as classes sociais, a nobreza foi a menos prejudicada pela crise, ao contrário do que ocorreu com a burguesia. 21 Gabarito 1) A 2) B 3) A 4) C 5) E 6) E 7) B 8) A 9) B 10) E 11) C 12) A 13) C 14) A 15) C 16) D 17) E 18) A 19) E 20) C 21) B 22) A 23) E 24) E 25) D 26) A 27) E 28) C 29) C 30) E 31) C 32) B 33) E 34) B 35) D 36) E 37) D 38) C 39) A 40) C 41) A 42) A 43) D 44) E 45) C 46) A 47) A 48) D 49) C 22 Renascimento Cultural e Humanismo 1) (EsPCEx 2002) Leia os textos abaixo e responda o item a seguir: “Há muitas maravilhas mas nenhuma é tão maravilhosa quanto o homem ... homem de engenho e artes inesgotáveis ... soube aprender sozinho a usar a fala e o pensamento mais veloz que o vento ... sagaz de certo modo na inventiva além do que seria de esperar e na destreza, que o desvia às vezes para a maldade, às vezes para o bem ...” (SÓFOCLES, Antígona. Grécia, século V a.C.). “Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio, tão vário na capacidade; em forma o movimento, tão preciso e admirável; na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo, o exemplo dos animais.” (SHAKESPEARE, Hamlet. Inglaterra, século XVI). Muitas relações podem ser estabelecidas entre os textos. Uma delas refere-se ao fato de a) o hedonismo ser um valor aceito tanto na cultura greco- romana clássica quanto na Europa Barroca. b) o primeiro texto reforçar a teoria teocêntrica e o segundo valorizar o antropocentrismo. c) ambos os textos serem racionalistas, mas apenas o segundo ser fruto de uma reflexão científica desenvolvida. d) assinalar a influência que a cultura clássica exerceu sobre o pensamento renascentista. e) serem trechos de duas obras de arte, peças de teatro, sem grandes preocupações de cunho filosófico ou ideológico. 2) (EsPCEx 2003) “Toda vez que a Águia Inglaterra sai para caçar, deixando o seu ninho desguarnecido, a fuinha Escócia vem rastejando para comer os seus principescos ovos; na ausência do gato, o rato faz bagunça, rompendo e destruindo mais do que pode comer.” Personagem Westmoreland. Cena 2, Ato I de Henrique V. (SHAKESPEARE, William. The Complete Works. New York, Gramercy, 1975.) Como pode ser percebido no texto, uma das características das peças históricas de Shakespeare é a exaltação nacionalista. Contudo, a produção do grande dramaturgo possui também características marcantes do movimento artístico-cultural conhecido como a) Arcadismo. b) Gótico. c) Romantismo. d) Renascimento. e) Naturalismo. 3) (EsPCEx 2007) Durante o renascimento cultural na Europa, surgiu um grupo de pessoas conhecidas como mecenas. Tal grupo a) perambulava pelos burgos pregando a palavra de Deus. b) pregava uma nova ordem política e social. c) patrocinava e protegia os artistas. d) defendia os interesses dos operários industriais. e) constituía-se na camada mais pobre da sociedade européia. 4) (EsPCEx 2010) As transformações culturais ocorridas na Europa dos séculos XIV a XVI ficaram conhecidas como Renascimento. Foram características deste movimento: a) Misticismo e tentativas de reinterpretar o cristianismo. b) Teocentrismo e recuperação de línguas clássicas (latim e grego). c) Individualismo e utilização de novos recursos como a perspectiva no desenho e na pintura. d) Racionalismo e críticas ao período conhecido como Antiguidade Clássica. e) Antropocentrismo e rejeição de temas religiosas nas produções artísticas. 5) (EsPCEx 2013) “A partir do século XI, a Europa Ocidental foi palco de uma série de mudanças: crescimento da população, avanço técnico, aumento da produtividade agrícola, intensificação do comércio entre o Ocidente e o Oriente e ascensão da burguesia (mercadores, armadores,banqueiros). Todas essas mudanças inspiraram uma nova visão do mundo, da arte e do conhecimento, impulsionando, assim, um movimento de grande renovação cultural, único na história do Ocidente: o Renascimento.” (BOULOS JR, 2011) São características do Renascimento: a) antropocentrismo e misticismo. b) hedonismo e antropocentrismo. c) teocentrismo e individualismo. d) teocentrismo e nacionalismo. e) misticismo e hedonismo. 6) (EsPCEx 2018) No período do Renascimento, ocorreram mudanças significativas na produção cultural europeia. Considerando: I- o desenvolvimento da Teoria do Heliocentrismo II- o desenvolvimento da imprensa III- a estratificação da sociedade IV- a ação dos mecenas Assinale abaixo o item que apresenta os aspectos que influenciaram o aumento da produção cultural renascentista, assim como da sua qualidade. a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV 7) (EsPCEx 2020) No período do Renascimento, durante os séculos XV e XVI, ocorreram mudanças na qualidade e na quantidade da produção cultural. Dentre os fatores que influenciaram essas mudanças, destacam-se o/a: I – Absolutismo monárquico. II – Desenvolvimento da imprensa. III – Advento do “Século das Luzes”. IV – Ação dos Mecenas. V – Empirismo e liberalismo político de John Locke. Assinale a alternativa que apresenta todos os fatores corretos, dentre os listados acima. a) Somente a I. b) I e III. c) II e IV. d) Somente a III. e) III e V. 8) (EsPCEx 2022) O Renascimento ou Renascença, movimento de inspiração humanista que se desenvolveu entre os séculos XV e XVI, surgiu na Itália e expandiu-se por várias partes da Europa. Assim como nas artes, a ciência europeia passou por um impulso inovador nesse período. Refutando a Teoria Geocêntrica, surgiu o 23 Heliocentrismo, teoria desenvolvida pelo sacerdote católico e astrônomo a) Leonardo da Vinci. b) Galileu Galilei. c) Johan Kepler. d) Nostradamus. e) Nicolau Copérnico. 9) (EsFCEx 2020) Os humanistas, num gesto ousado, tendiam a considerar como mais perfeita e mais expressiva a cultura que havia surgido e se desenvolvido no seio do paganismo, antes do advento de Cristo. A Igreja, portanto, para quem a história humana só atingiria a culminância na Era Cristã, não poderia ver com bons olhos essa atitude. Não quer isso dizer que os humanistas fossem ateus […]. Muito longe disso, o ceticismo toma corpo na Europa somente a partir dos séculos XVII e XVIII. (Nicolau Sevcenko, O renascimento) Segundo Sevcenko, os humanistas a) eram cristãos e pretendiam reinterpretar a mensagem do Evangelho à luz da experiência e dos valores da Antiguidade, como a exaltação ao indivíduo e à sua participação na vida das cidades. b) mantinham-se formalmente religiosos, porque entendiam a importância em preservar a chamada verdade revelada, em contraposição ao princípio racionalista, que defendia a verdade da ciência. c) respeitavam as tradições da Igreja Católica, construídas ao longo da Idade Média, mas discordavam com veemência das teorias que justificavam a infabilidade papal para questões doutrinárias. d) renovaram os estudos nas universidades europeias, antes dominados pelo amálgama entre a fé e a ciência, e desenvolveram o curso de teologia moral, voltado a condenar as práticas comerciais. e) afrontavam a hierarquia da Igreja Católica ao defenderem a volta de práticas originárias no paganismo, situação que os aproximava das tradições mais populares dos camponeses europeus. 10) (EsFCEx 2018) O Renascimento, movimento que floresceu entre a desestruturação do mundo Medieval e o surgimento da Era Moderna e que teve dimensões políticas, culturais e econômicas é, segundo o historiado Nicolau Sevcenko, “um desses momentos particularmente interessantes da História, em que o homem aparece transtornado, atônito, sufocado pelo peso da própria liberdade. (...) O Renascimento constitui, por isso, uma das mais fascinantes aventuras intelectuais da humanidade.” (SEVCENKO, Nicolau, 1984.p.4) Sobre as mudanças na ordem social que gerou as características e as condições para o surgimento do homem renascentista, analise os enunciados abaixo e utilize “V”, quando for verdadeiro e “F” quando for falsa, e assinale a alternativa correta. ( ) O comércio e os saberes se desenvolviam de modo mútuo. A inventividade técnica era incitada pelo comércio e vice-versa. Técnicas foram inventadas para melhoria das necessidades cotidianas do mundo europeu, como a agricultura, a mineração, a metalurgia, a construção naval e os armamentos de guerra. ( ) O êxito do indivíduo na nova ordem social dependia, segundo Maquiavel do acaso, do engenho, da astúcia e riqueza. ( ) A quebra dos antigos laços sociais de dependência como a servidão possibilitou a liberação do indivíduo e o impulsionou para a concorrência com os demais sujeitos, estimulando sua criatividade. a) V - V - V. b) V - F - V. c) F - V - V. d) F - F - V. e) F - F - F. 11) (EsFCEx 2018) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo. Iniciou-se assim o/ (a) _______________ , cujo objetivo era atualizar, dinamizar, revitalizar os estudos tradicionais, baseado no programa de _______________ , que incluíam a poesia, a filosofia, a história, a matemática e a eloquência, disciplina esta resultante da fusão entre a retórica e a filosofia. Assim, num sentido estrito, os _______________ eram, por definição, os homens empenhados nessa reforma educacional. ( ...) Os estudos deviam ser centrados exclusivamente sobre os textos dos autores da _______________ , (....). Significava, pois, um desafio para a cultura dominante e uma tentativa de abolir a tradição intelectual medieval. Adaptado (SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual; Campinas. Editora da Unicamp, 1984, p. 15). a) reforma - estudos teológicos - iluministas - cristandade. b) movimento - estudos teológicos - iluministas - antiguidade clássica. c) movimento - estudos humanistas - iluministas - antiguidade clássica. d) movimento -estudos humanistas - renascentista - antiguidade clássica. e) movimento - estudos humanistas - humanistas - antiguidade clássica. 12) (FEPESE 2019) Analise as afirmativas abaixo acerca das características significativas da cultura renascentista. 1. A razão e a ciência são os únicos caminhos para se chegar ao conhecimento. 2. Todo conhecimento deve ser demonstrado através da experiência científica. 3. O direito coletivo está acima de todo direito individual ou particular. 4. O ser humano é a suprema criação de Deus e centro do universo. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) É correta apenas a afirmativa 4. b) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4. c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3. d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4. e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4. 13) (NUCEPE 2019) Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça. (Leonardo da Vinci) (Disponível em http://www.fernandomachado.blog.br.Acesso 10/11/2019) Entre as características do Renascimento Cultural, a frase de Leonardo da Vinci suscita a) o antropocentrismo, definindo a valorização do homem como ser racional e como a mais bela e perfeita obra da natureza. 24 b) o hedonismo, compreendido como valorização dos prazeres sensoriais, carnais e materiais, contrapondo-se a ideia medieval de sofrimento e resignação. c) o evolucionismo, que valoriza a razão humana como base do conhecimento e o saber como fruto da observação e da experiência das leis que governam o mundo; d) o humanismo, que enfatizou a dignidade e independência do espírito humano, como resultado de uma ordem previamente estabelecida pela ancestralidade. e)o universalismo, que prega o conhecimento sobre todas as coisas e explica o surgimento de artistas que também eram cientistas e filósofos 14) (IDHTEC 2019) Com relação ao Humanismo, é correto dizer que: I. As propostas de mudança tinham como objetivo deixar de lado a antiga tradição intelectual medieval, baseada somente nos ensinamentos da Igreja. II. As universidades laicas não priorizavam a leitura dos textos clássicos da Antiguidade. III. O Renascimento alcançou seu maior esplendor em algumas cidades da península Itálica (como Florença), na região dos Países Baixos e no território hoje conhecido como Alemanha. IV. Os humanistas, ao ensinar disciplinas voltadas para os estudos humanos como Filosofia, Gramática, História e Matemática, formariam profissionais capazes de cuidar dos novos negócios em expansão nas cidades. a) Estão corretas apenas as afirmativas I e II. b) Estão corretas apenas as afirmativas I, III e IV. c) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e III. d) Estão corretas apenas as afirmativas II e IV. e) Todas as afirmativas estão corretas. 15) (FEPESE 2019) Identifique abaixo características do movimento renascentista. 1. O elemento central do Renascimento foi o humanismo. 2. O neoplatonismo renascentista aconselhava uma aproximação com Deus. 3. No período renascentista valorizava-se o homem como ser racional. 4. O naturalismo renascentista pregava a volta à natureza. 5. O hedonismo renascentista considerava o prazer individual um mal degradante. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3. b) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4. d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3, 4 e 5. e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5. 16) (CEV-URCA 2021) "Nós temos no Renascimento um desses momentos particularmente interessantes da História, em que o homem aparece transtornado, atônito, sufocado pelo peso da própria liberdade. Nessas condições podemos tentar fazer uma avaliação desse homem preso na solidão de ser livre e temos uma situação estratégica para verificar a dimensão de sua coragem, de seus desejos e de seus pavores."Sevcenko, Nicolau. O renascimento. São Paulo: Atual; Campinas, SP, 1994. (Adaptado) Considerando o conjunto de concepções e ideias que marcam o Renascimento, marque a opção correta: a) As ideias renascentistas passam a circular com grande intensidade, tendo grande repercussão no seio da classe operária, podendo assim ser entendida como uma das principais formulações para os partidos socialistas; b) O Renascimento constituiu na principal base de organização do poder e da riqueza dos senhores feudais, oferecendo ideias para melhor exploração sobre os servos e absorção do poder dos reis que ia sendo deslocado para os nobres; c) Com o Renascimento foi encerrado o poder e a influência das cidades-estados italianas, sobretudo com o fim do controle sobre as rotas comerciais através do Mediterrâneo que passam gradativamente para o controle dos Ibéricos - Portugal e Espanha; d) O Renascimento fortaleceu os valores humanistas na Europa, ao tempo em que introduziu, dentre outras, concepções sobre o heliocentrismo, operações matemáticas decimais, anatomia humana e a reprodução de textos em larga escala; e) Com o Renascimento e o consequente fortalecimento do humanismo na Europa, os novos padrões de cientificidade promoveram as Reformas Religiosas, dando origem ao Protestantismo, que afirmou o poder do Papa. 17) (CEPESE/ CEBRASPE 2011) A imagem acima é um fragmento da pintura do teto da Capela Sistina, pintada por Michelângelo, entre 1508 e 1512. Esse pintor, juntamente com outros artistas e pensadores, faz parte de um período a que a História chamou Humanismo. De acordo com a imagem e as características do Humanismo, é correto concluir que a) o homem é entendido como ser especial da criação divina, que age e reflete sobre sua existência, mas sob os desígnios da divindade. b) a igreja católica entrou em decadência, em razão da dificuldade de ceder às exigências dos segmentos laicos em favor de uma postura mais caritativa. c) a concorrência entre a religião católica e a protestante levou a igreja de Roma a decorar seus templos com figuras humanas apelativas para atrair mais fiéis. d) o homem passou a ocupar o centro das atenções, movimento conhecido como antropocentrismo, negando-se Deus e a religião. 18) (FUNCAB 2013) “A reflexão humanista colocou o homem no centro do mundo e, como ele passou a ter consciência de seus feitos no mundo, era necessário que esses feitos no mundo, era necessário que esses feitos fossem relatados como realizações humanas.” (COLLINGWOOD. R. G. A ideia de história . Lisboa: Presença, [s.d.], p. 98.) A partir da citação acima, com relação ao humanismo e ao renascimento, é correto dizer que: 25 a) a inspiração na cultura medieval permitiu que os humanistas valorizassem o homem e as suas ações. b) as ações humanas eram expressões únicas da vontade divina, daí o seu caráter teocêntrico. c) a valorização do teocentrismo existiu como forma de oposição ao antropocentrismo medieval. d) as ideias socialistas desse movimento cultural inspiramos movimentos sociais da modernidade. e) a inspiração em ideais humanistas clássicos revalorizava a condição humana. 19) (Instituto AOCP 2020) Considere as características do Renascimento (surgido na Itália, entre os séculos XIV e XVII) listadas a seguir e assinale a alternativa correta. 1. Antropocentrismo. 2. Teocentrismo. 3. Misticismo. 4. Individualismo. 5. Humanismo. 6. Coletivismo. 7. Racionalismo. 8. Naturalismo a) 1, 4 e 7 são características da chamada Idade das Trevas, quando prevaleceu o repúdio à ciência. b) 1, 4 e 7 são características que geralmente são associadas ao Renascimento. c) 2, 6 e 8 são características do período histórico anterior em que se desenvolveu o Renascimento. d) 2, 3 e 5 são características do período anterior, então questionadas pelos renascentistas e) 5, 6 e 8 são características do período anterior ao Renascimento. 26 Gabarito 1) D 2) D 3) C 4) C 5) B 6) D 7) C 8) E 9) A 10) A 11) E 12) D 13) A 14) B 15) C 16) D 17) A 18) E 19) B 27 Reforma Protestante e a Contrarreforma 1) (EsPCEx 2001) O ano de 2000 se foi, o século XX terminou e o mundo não acabou, contrariando pessoas e seitas que acreditavam no “fim dos tempos”. Contudo, esses aspectos milenaristas e messiânicos não foram privilégios de tempos recentes. Pelo contrário, eles são recorrentes na história da humanidade. Esses movimentos, que se traduziram por vezes em levantes que ameaçavam o status quo vigente, foram sempre vistos com desconfiança e duramente reprimidos. Um teólogo no século XVI, Martinho Lutero, assim se expressava sobre uma dessas revoltas então em curso: “Este é o tempo do gládio, da cólera e não o tempo da graça. Assim, caros senhores, livrai-nos; extermineis e aqueles que tem poder ajam (...). Ferir, estrangular, secreta ou publicamente, e fazê-los lembrar-se de que não há nada mais virulento, daninho e diabólico do que um homem revoltado.” Martinho Lutero se referia aos a) Taboristas. b) Nestorianos. c) Arianistas. d) Nicolaístas. e) Anabatistas. 2) (EsPCEx 2004) Leia com atenção o texto abaixo: “A fé depende da vontade de Deus, Deus terrível, incompreensível ao homem. Deus é soberano, portanto o homem não é livre. Deus concede a quem lhe apraz a graça de crer em Cristo. Aqueles a quem recusa esta graça não acreditam e caem em danação. Tal destino foi fixado por Deus, para toda a eternidade.” A transição da Idade Média para a Moderna também trouxe mudanças importantes na esfera religiosa. E foia partir dos escritos de vários teólogos que elas ocorreram. O trecho acima reflete uma das idéias fundamentais do pensamento de a) Martinho Lutero. b) São Tomas de Aquino. c) Joaquim del Fiori. d) Jan Huss. e) John Wycliff. 3) (EsPCEx 2006) No século XVI, o papa Paulo IV investiu contra as obras cientificas. Com a função de selecionar os livros que os cristãos poderiam ler ou não, estabeleceu o (a): a) Instituição da Religião Cristã. b) Exercício espiritual. c) Ato de Supremacia. d) Congregação do Index. e) Tribunal do Santo Oficio. 4) (EsPCEx 2006) A livre interpretação da Bíblia levou o movimento reformista a tomar diferentes tendências na Europa. No movimento reformista surgiu uma doutrina cujos valores eram úteis a burguesia nascente, pois admitia o lucro ou a acumulação de capital, a prática da usura e o trabalho no comércio. Esses valores eram admitidos, prioritariamente, pelos a) Luteranos. b) Calvinistas. c) Anabatistas. d) Anglicanos. e) Batistas. 5) (EsPCEx 2008) Leia atentamente os itens abaixo. I– crise moral da Igreja Católica II– desenvolvimento dos Estados Nacionais III– conflito social entre a burguesia e a religião protestante IV– progresso do capitalismo comercial V– surgimento do humanismo Assinale a única alternativa em que todos os itens listam causas da Reforma Protestante. a) I, II e III. b) II, III e IV. c) III, IV e V. d) II, III e V. e) I, II e IV. 6) (EsPCEx 2010) A Reforma foi um movimento religioso ocorrido no século XVI, marcado pelo surgimento de novas religiões cristãs. Dentre suas consequências, observamos a) uma grande ruptura na Igreja Católica, levando ao retrocesso de práticas, como a usura e os juros nas regiões onde foi adotado o luteranismo. b) o aumento da interferência da Igreja Católica em questões políticas, nos países que se tornaram calvinistas. c) o surgimento da Igreja Anglicana na Inglaterra, que adotou o calvinismo e criou um novo papa, para se tornar o chefe da nova igreja. d) a reação da Igreja Católica, para tentar acabar com o avanço do movimento, promovendo guerras religiosas contra os países protestantes e revendo alguns de seus dogmas. e) a tentativa da Igreja Católica de se fortalecer novamente, promovendo uma reorganização da Instituição e reafirmando princípios tradicionais. 7) (EsPCEx 2012) A Reforma protestante foi um movimento ocorrido no século XVI que causou uma grande ruptura no mundo cristão e deu origem a novas doutrinas religiosas. Dentre os fatores que levaram a esse movimento, está (estão) o (a) (s): a) apoio da Igreja católica à prática da usura e ao lucro. b) críticas de alguns membros da Igreja a práticas promovidas pela instituição, como a venda de indulgências (perdão dos pecados). c) reação à decisão da Igreja de restabelecer e reorganizar a Inquisição. d) valorização do racionalismo e do cientificismo, além dos ideais iluministas. e) estímulo à leitura e à livre interpretação da Bíblia, promovido pelo Vaticano. 8) (EsPCEx 2015) Com relação às Reformas Religiosas ocorridas na Europa no século XVI, podemos afirmar que a) foram reflexo de disputas políticas entre os jesuítas e o papa. b) tinham o objetivo de estabelecer a venda de indulgências para os pecadores. c) permitiram à Igreja Católica uma total hegemonia religiosa na Alemanha. d) só foram possíveis graças às decisões adotadas no Concílio de Trento. e) na Inglaterra foram promovidas pelo rei Henrique VIII. 9) (EsPCEx 2016) As reformas religiosas ocorridas na Europa no século XVI devem ser analisadas como parte integrante 28 do processo de transição do feudalismo para o capitalismo. Desta forma, implicaram conflitos entre a doutrina religiosa que vigorava e as novas práticas relacionadas à nova ordem econômica. Assinale a alternativa que se refere aos conflitos apresentados. a) Tomismo b) Teologia Agostiniana c) Ato de Supremacia d) Predestinação Absoluta e) Prática da usura 10) (EsPCEx 2017) No início da Era Moderna, a Igreja Católica foi abalada por uma série de acontecimentos que levaram a significativas mudanças internas e ao surgimento de novas religiões na Europa. Entre as ideias dos principais reformadores e contra – reformadores, podemos encontrar a(o): I- Criação do Index. II- Predestinação. III- Criação da Companhia de Jesus. IV- Uso da língua inglesa. V- A Bíblia como fonte de fé e livre exame. VI- Extinção da hierarquia eclesiástica. Assinale, abaixo, a alternativa que apresenta ideias relacionadas com a Igreja Calvinista. a) III, V e VI. b) I, II e VI. c) II, V e VI. d) I, II e V. e) II, IV e V. 11) (EsPCEx 2019) No começo do século XVI, interessado em construir a basílica de São Pedro, em Roma, o Papa Leão X negociou com o banqueiro Jacob Függer a venda das indulgências, que garantiriam o perdão dos pecados àqueles fiéis que as comprassem. Esse abuso do poder exercido pelo Papa causou profunda revolta em um monge do Sacro Império Romano-Germânico chamado: a) Erasmo de Roterdã b) Thomas Morus c) Pieter Bruegel d) Martinho Lutero e) Nicolau Copérnico 12) (EsPCEx 2020) Alguns humanistas cristãos, a partir do século XI, condenaram o distanciamento do clero católico do que chamavam de “espírito do Evangelho”. Qual o nome do francês que criou uma vertente do Protestantismo que foi adotada na França, na Suíça, na Inglaterra, na Escócia e nos Países Baixos? a) Martinho Lutero. b) Rei Henrique VIII. c) Zwinglio. d) Calvino. e) Pedro Valdo. 13) (Mackenzie 1997) O Rei Henrique VIII, aclamado defensor da fé pela Igreja Católica, rompeu com o Papa Clemente VII em 1534, por a) opor-se ao Ato de Supremacia que submetia a Igreja Anglicana a autoridade do Papa. b) rever todos os dogmas da Igreja Católica, incluindo a indissolubilidade do sagrado matrimônio, através do Ato dos Seis Artigos. c) aceitar as 95 teses de Martinho Lutero, que denunciavam as irregularidades da Igreja Católica. d) ambicionar assumir as terras e as riquezas da Igreja Católica e enfraquecer sua influência na Inglaterra. e) defender que o trabalho e a acumulação de capital são manifestações da predestinação a salvação eterna como professava Santo Agostinho. 14) (EsFCEx 2010) Sobre o contexto da Reforma Protestante, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta. I. A centralização monárquica tensionou o relacionamento entre os reis e a Igreja, uma vez que esta, além de ter o domínio espiritual sobre a população, também exercia poder temporal, sobre tudo, através da cobrança de tributos feudais, oriundos das suas vastas extensões de terras. II. As correntes teológicas do "tomismo" e a "agostiniana" consideravam que a salvação estava no livre arbítrio e nas boas obras, o que incentivou o discurso protestante dentro da própria Igreja. III. A Paz de Algsburgo estabelecia o princípio de que cada governante do Sacro Império Romano-Germânico poderia escolher sua religião e a de seus súditos. IV. Os "anabatistas", camponeses liderados por Thomas Münzer, viram na subordinação da Igreja ao Estado a possibilidade de romper com a estrutura feudal e passaram a confiscar terras, inclusive da nobreza. V. O Calvinismo, modelo religioso defendido por João Calvino, expandiu-se mais rapidamente que o Luteranismo, e seus seguidores foram chamados de presbiterianos - na Escócia; huguenotes - na França; e puritanos na Inglaterra. a) Somente I e IV estão corretas. b) Somente II, e V estão corretas. c) Somente II, III, e V estão corretas. d) Somente I, II, III e IV estão corretas. e) Somente I, III, IV e V estão corretas. 15) (FUMARC 2014) A reação ao movimento transgressor veio com as seguintes medidas: 1ª) O latim continuou sendo a língua oficial; 2ª) Criação de catecismose seminários para a formação de sacerdotes; 3ª) As doutrinas, os dogmas e os ritos contestados foram rigorosamente mantidos e reafirmados; 4ª) Criação da Companhia de Jesus; 5ª) Índex Librorum Proibitorum ou Índex; 6ª) Inquisição. Essas medidas foram produzidas ao longo do século XVI e tiveram um grande impacto no mundo religioso europeu. Os seis itens acima são frutos da a) Contrarreforma. b) Reforma Luterana. c) Reforma Calvinista. d) Reforma Anglicana. 16) (VUNESP 2014) As palavras de Lutero não foram ao encontro apenas das angústias espirituais de uma Alemanha dividida mas, também, revelaram-se interessantes às controvérsias humanas. Cavaleiros, nobres, mercadores, muitos nutriam desconfianças por Roma, e, ao mesmo tempo, mostravam-se ávidos por incorporarem suas riquezas. A defesa que Lutero fazia da dependência exclusiva de Deus atraiu esses indivíduos. (Patrícia Woolley, Um destino. Revista de História da Biblioteca Nacional, 08.01.2013. Adaptado) 29 Entre outros fatores, as desconfianças de que trata o texto estavam relacionadas a) às críticas feitas pelos protestantes à aproximação dos católicos com os pobres. b) ao excessivo poder eclesiástico e ao vasto patrimônio territorial da Igreja. c) ao discurso da Igreja que questionava a escravidão e a exploração do trabalho. d) ao questionamento que os católicos faziam ao modo de vida da nobreza. e) à oposição de Roma ao movimento anabatista, ala radical dos reformadores. 17) (UEPA 2012) As 95 teses do Padre Martinho Lutero, fixadas na porta da Catedral de Wittenberg em 1517, demarcaram a transição para uma nova fase da história do cristianismo. Dentre sua repercussão mais destacada está: a) a defesa da Bíblia escrita em latim como única fonte para a fé. b) a crítica da doutrina da infalibilidade dos santos cristãos. c) a condenação do comércio de indulgências católicas como meio de salvação. d) o reforço da liturgia romana como guia para a comunicação com Deus. e) o anúncio de novas doutrinas cristãs para além daquelas das Escrituras Sagradas. 18) (UEPA 2012) O Concílio de Trento, ocorrido entre 1545 e 1563, foi o cerne da reação da Igreja Católica à expansão protestante durante a Reforma. Dentre as medidas de reforço do poder espiritual católico em fins da Idade Média estava(m): a) as reformas liberalizantes da Igreja Católica, que permitiram a aproximação entre católicos e protestantes. b) a extinção da Companhia de Jesus e o estabelecimento da missão de conversão dos indígenas do Novo Mundo. c) a condenação das heresias, em particular do Arianismo, doutrina que defendia a única natureza humana de Jesus Cristo. d) a ênfase na ação do Tribunal do Santo Ofício como executor da Santa Inquisição, o que significou perseguição sistemática às heresias. e) a especificação das doutrinas católicas da salvação, dos sete sacramentos, do cânone bíblico, unificação do ritual da missa baseada no rito romano. 19) (IFC 2010) De acordo com seus conhecimentos a respeito da Reforma Protestante, ocorrida na Europa durante o século XVI, relacione a COLUNA A com a COLUNA B e, em seguida, marque a alternativa correta, de cima para baixo. COLUNA A 1 – Henrique VIII 2 – João Calvino 3 – Martinho Lutero COLUNA B ( ) Criou uma igreja inicialmente sem grandes modificações em termos de doutrina e culto comparativamente à católica, mas a idéia de igreja nacional e de catolicismo sem Roma teve em sua ação maior expressão que nos demais países – tornou-se chefe supremo desta igreja através da aprovação pelo Parlamento do “Ato de Supremacia” (1534). ( ) Condenou a venda de indulgências (perdão dos pecados), pois acreditava que a salvação da alma resultava da fé e que as boas obras em nada influíam para a salvação. ( ) Pregava o rigor da disciplina, a valorização moral do trabalho e da poupança, oferecendo aos setores burgueses uma justificativa religiosa sólida a suas atividades. ( ) Negou o ato da transubstanciação (transformação do pão e do vinho em corpo e sangue de Cristo), sugerindo que a mesma fosse vista apenas como a bênção sagrada do pão e do vinho, que ele chamou de consubstanciação. ( ) Se mostrou favorável a livre interpretação da Bíblia, a uma igreja nacional livre da hierarquia romana, o celibato dos padres desapareceria, haveria apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. a) 2, 3, 2, 1, 3 b) 2, 1, 3, 2, 1 c) 3, 2, 1, 1, 2 d) 1, 3, 2, 3, 3 e) 1, 3, 1, 2, 3 20) (NUCEPE 2015) De forma contraditória, a Reforma Católica do século XVI teve entre seus líderes muitos cardeais humanistas que sustentavam ideais progressistas em relação aos problemas enfrentados pela Igreja, ideais estes sufocados durante o Concílio de Trento. Acerca da Reforma Católica ou Contrarreforma Protestante, é CORRETO afirmar: a) Com a Reforma Católica, a Igreja passou a adotar uma postura mais próxima aos ideais renascentistas, com atitudes mais tolerantes com os fiéis, e dessa forma, procurava atrair de volta aqueles que haviam aderido ao protestantismo. b) Iniciada a Reforma Católica pelo Papa Paulo III, a Igreja Católica procurou a reconciliação com o luteranismo e a adoção de alguns de seus princípios como forma de enfraquecer o protestantismo. c) O dogmatismo e a intolerância religiosa foram fortemente criticados e combatidos pela Reforma Católica, demonstrados pela extinção do Tribunal do Santo Ofício. d) O Concílio de Trento criou uma Igreja mais rígida e que reafirmou seus dogmas, negados pelo protestantismo. e) Com a introdução do Index, a Igreja Católica procurava aproximar-se das proposições protestantes, ao direcionar as leituras de seus seguidores. 21) (NUCEPE 2018) Sobre a Contra-Reforma é CORRETO afirmar: I - O movimento não teve o apoio do papa e dos bispos católicos, pois acreditavam que não havia nada o que fazer para evitar o avanço do protestantismo na Europa. II - Conseguiu eliminar todas as religiões protestantes já no século XVI. III - Provocou guerras religiosas na Europa, suscitando um clima de perseguições e conflito religioso. IV - O movimento promoveu o retorno do Tribunal do Santo Oficio, determinou a catequização de indígenas nas terras descobertas e criou o Índice de Livros Proibidos. a) Todas estão corretas. b) Apenas I, II. c) Apenas I, III. d) Apenas II, IV. e) Apenas III, IV. 30 22) (FEPESE 2019) Analise as afirmativas abaixo: sobre o reformador Martinho Lutero. 1. Afirmava que o Papado de Roma não possuía autoridade Divina. 2. Pregava que Deus julga as pessoas pelos pecados, pelas obras e pela fé. 3. Defendia que as Escrituras Sagradas são inteligíveis a todos os fiéis. 4. Considerava a autoridade eclesiástica necessária para o perdão dos pecados. 5. Criticava os sacramentos como meios de imposição da autoridade dos sacerdotes. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 5. b) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. c) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5. d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4. e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5. 23) (UFRGS 2019) A coluna da esquerda abaixo lista eventos que relacionam política e religião no contexto das reformas religiosas; a da direita, descrições desses eventos. Associe adequadamente a coluna da direita à da esquerda. (1) Noite de São Bartolomeu (2) Concílio de Trento (3) Paz de Augsburgo (4) Companhia de Jesus ( ) Definição da liberdade religiosa para os príncipes do Império Romano-Germânico. ( ) Atuação na difusão do cristianismo e na recuperação de fiéis para a Igreja católica. ( ) Conflito violento ocorrido entre católicos e calvinistas na cidade de Paris. ( ) Rigorismo dos tribunais da Inquisição e criaçãodo Index: lista de livros proibidos para os fiéis. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) 1 - 2 - 4 - 3. b) 2 - 4 - 3 - 1. c) 2 - 3 - 1 - 4. d) 3 - 4 - 1 - 2. e) 4 - 1 - 2 - 3. 24) (Prefeitura de Xanxerê-SC 2021) Mediante as reformas religiosas assinale a alternativa que apresenta alguns princípios teológicos da reforma Calvinista: a) Rigidez moral e disciplina rigorosa: condenação das diversões, obediência aos governantes, crítica a idolatria, proibição do culto e do uso de imagens e ídolos tanto em templo quanto no lar. b) Preservação de elementos da tradição romana: liturgia, sacramentos e episcopado, permanência de dois sacramentos: Batismo e Eucaristia. c) Estímulo à congregações independentes, reguladas pela nova igreja, defendiam que o batismo poderia ser feito exclusivamente aos 21 anos e abrangência social das reformas. d) Nenhuma das alternativas. 25) (UFRGS 2017) Em setembro de 1555, foi assinada a chamada “Paz de Augsburgo”, tratado que deu um fim momentâneo às guerras de religião entre católicos e protestantes no Sacro Império Romano Germânico. Assinale a alternativa que contém uma das principais cláusulas desse tratado. a) A expulsão completa de luteranos e calvinistas de todos os territórios do Sacro Império Romano Germânico. b) A imposição do absolutismo ao Império por Carlos V, imperador calvinista hostil ao catolicismo. c) A divisão do Império em territórios católicos e luteranos, a partir do princípio cuius regio, eius religio. d) A incorporação formal dos territórios católicos do Sacro Império Romano Germânico ao Império Espanhol. e) A proibição total da profissão de fé católica em todos os Estados do Sacro Império Romano Germânico. 26) (ACAFE 2017) “Erram os pregadores de indulgências quando dizem que pelas indulgências do papa o homem fica livre de todo pecado e que está salvo”. Este é um dos pontos das 95 teses divulgadas por Martinho Lutero na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, em 1517, que está completando 500 anos em 2017. Acerca do contexto da reforma protestante, da atuação de Lutero e do avanço do movimento reformista na igreja europeia é correto afirmar, exceto: a) Henrique VIII, rei da Inglaterra, rompeu com o catolicismo publicando o Ato de supremacia, documento em que se tornava o chefe da Igreja da Inglaterra, posteriormente denominada Anglicana. b) Lutero e o teólogo Felipe Melanchton escreveram a Confissão de Augsburgo, fundamentando a doutrina luterana. Um dos pontos desta obra determinava a substituição do latim pela língua nacional nos cultos religiosos. c) As ideias protestantes influenciaram a revolta camponesa sob a liderança de Thomas Münzer na Turíngia, que pregava o fim do Estado e da propriedade privada. d) Calvino condenava a usura e a doutrina da predestinação, sendo apoiado por integrantes do clero secular e da própria burguesia estabelecida na Suíça. 27) (ACAFE 2017) Em 2017 completam-se os 500 anos da Reforma Protestante. Iniciada em 1517, promoveu transformações religiosas e políticas na Europa moderna. Sobre os eventos que têm relação com a Reforma Protestante é correto afirmar, exceto: a) A doutrina calvinista aceitava o mundo dependente da vontade de Deus, estando todos os homens sujeitos à predestinação. b) Na Dieta de Worms, convocada pelo monarca Carlos V, o luteranismo foi oficializado como religião do Sacro Império e difundiu-se rapidamente na Península Ibérica. c) A supressão do celibato e a condenação da simonia também caracterizaram princípios defendidos pelo protestantismo. d) O sistema clerical dominante foi criticado por Lutero através das 95 teses fixadas na porta da igreja do castelo de Wittenberg. 31 28) (UNESP 2016) As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores, reagiam contra a) a venda de indulgências e a autoridade do Papa, líder supremo da Igreja Católica. b) a valorização, pela Igreja Católica, das atividades mercantis, do lucro e da ascensão da burguesia. c) o pensamento humanista e permitiram uma ampla revisão administrativa e doutrinária da Igreja Católica. d) as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja Católica na América e na Ásia. e) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica 29) (FGV 2005) É comum referir-se ao calvinismo como a religião do capitalismo, pois essa crença a) defendia que o trabalho deveria ser valorizado, que o comércio não deveria ser condenado, além de concordar com a cobrança de juros. b) acreditava que o comércio das coisas sagradas, como os cargos eclesiásticos e as indulgências, traria benefícios para os fiéis e para a sociedade. c) apresentava doutrina que relacionava a salvação eterna do fiel com a frequência aos cultos, com a presença da fé e das obras de caridade. d) preconizava o comércio como uma atividade voltada para o sagrado; assim, grande parte do lucro obtido deveria ser doado para os templos religiosos. e) praticava a cobrança de todos os sacramentos, especialmente do batismo e da confissão, além do pagamento do dízimo eclesiástico. 30) (FGV 2009) A ligação entre os reformadores com o poder político pode ser verificada por meio: a) da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero e da adesão dos príncipes alemães às teses luteranas. b) da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, funda a igreja nacional na Inglaterra, mas ainda ligada a Roma. c) do decisivo apoio político de Martinho Lutero e dos seus seguidores à revolta dos camponeses alemães, em 1524. d) da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a monarquia francesa, ambos interessados em reforçar o poder da Igreja católica. e) da interferência da nobreza alemã para que os luteranos e calvinistas se mantivessem fiéis ao papa. 31) (UFPR 2006) A Reforma protestante e a Contra-Reforma envolveram aspectos ligados a doutrina da religião cristã e a forma como se organizava a Igreja Católica com sede em Roma. No contexto desses movimentos, considere as afirmativas a seguir I. Os protestantes eram contrários à autoridade do Papa e à intermediação dos padres na leitura da Bíblia. II. Os protestantes eram contrários ao casamento dos padres e ao sacramento da confissão. III. As ideias protestantes tiveram grande aceitação por parte dos monarcas portugueses, espanhóis e ingleses. IV. Os jesuítas foram designados para a ação missionária nas terras da América, Asia e Africa, a fim de garantir a expansão da fé católica. V. O Concílio de Trento definiu algumas ações para reagir à expansão do protestantismo, como o fortalecimento dos sacramentos e uma melhor formação do clero para o atendimento dos fiéis. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras. d) Somente a afirmativa IV é verdadeira. e) Somente as afirmativas III e V são verdadeiras. 32) (Instituto AOCP 2020) Assinale a alternativa correta referente à Reforma e à Contrarreforma religiosa na Europa. a) Thomas Münzer comandou massas camponesas contra sacerdotes ricos e grandes proprietários, sendo que Lutero, mesmo inicialmente apoiando os camponeses, depois, concordou com o massacre dessa revolta, recebendo em troca novas adesões por parte das camadas mais abastadas em relação à Reforma Protestante. b) No Concílio de Trento, em 1545, o Papa Paulo III convocou reuniões entre católicos e protestantes, apresentando uma proposta de reconciliação entre as partes através da popularização da Bíblia. c) O tribunal da Inquisição foi criado em 1231, mas, com o avanço do movimento da Reforma Protestante e o inícioda Revolução da Imprensa que divulgou as Sagradas Escrituras, suas atividades foram desativadas. d) A Contrarreforma é o nome dado ao movimento que foi criado pela Igreja Católica a partir de 1545, e teria sido uma resposta à Henrique VIII da Inglaterra, quando este buscou a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. e) A Igreja Católica, no movimento de Contrarreforma, cria a Ordem dos Jesuítas, que se consideravam soldados da igreja e possuíam uma estrutura militar, tendo por função reconhecer e defender o avanço protestante. 33) (PUC-RS 2016) O Parlamento Inglês, ao promulgar o chamado Ato de Supremacia (Act of Supremacy), em 1534, subordinou as leis da Igreja à soberania jurídica das leis civis, concedendo ao Rei Henrique VIII o poder de “único chefe supremo da Igreja”. O resultado do Ato de Supremacia foi/foram: a) a difusão do protestantismo calvinista, principalmente pela Escócia. b) o início do expansionismo inglês, constituindo as bases do seu império colonial. c) a centralização de poder, que esteve na base da reforma anglicana. d) a implantação do catolicismo, que gerou repressão tanto dos reformistas quanto do parlamento inglês. e) os conflitos entre o Rei e o Parlamento, pois o primeiro buscava restaurar antigos direitos feudais retirados da Magna Carta de 1215. 34) (UFMG 2008) Leia estes trechos: l - "Assim vemos que a fé basta a um cristão. Eie não precisa de nenhuma obra para se justificar" II - "O rei é o chefe supremo da Igreja [..] Nesta qualidade, o rei tem todo o poder de examinar, reprimir, corrigir [..] a fim de conservar a paz, a unidade e a tranquilidade do reino..." III - "Por decreto de Deus, para manifestação de sua 32 glória, alguns homens são predestinados à vida eterna e outros são predestinados à morte eterna." A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que as concepções expressas nos trechos I, II e III fazem referência, respectivamente, às doutrinas a) católica, anglicana e ortodoxa. b) luterana. anglicana e calvinista. c) ortodoxa, luterana e católica. d) ortodoxa, presbiteriana e escolástica. 33 Gabarito 1) E 2) A 3) D 4) B 5) E 6) E 7) B 8) E 9) E 10) C 11) D 12) D 13) D 14) E 15) A 16) B 17) C 18) D 19) D 20) D 21) E 22) A 23) D 24) A 25) C 26) D 27) B 28) A 29) A 30) A 31) C 32) A 33) C 34) B 34 Absolutismo e Mercantilismo Estados Nacionais Europeus e Absolutismo 1) (ESPCEx 2005) Durante quase três séculos, a Europa viveu sob o regime absolutista, que possuía uma série de características particulares. A respeito do Absolutismo e seus antecedentes, é correto afirmar que a) a Espanha foi pioneira ao realizar a centralização monárquica, sob o reinado de Carlos V, unindo as coroas de Castela e Aragão. b) Portugal foi pioneiro na expansão colonial com a descoberta da América, em 1492, por Cristóvão Colombo. c) a Guerra dos Condottieri permitiu que os Estados italianos fossem unificados brevemente durante o papado de Júlio II. d) a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) favoreceu o fortalecimento da monarquia francesa. e) a Guerra das Duas Rosas (1455-1485) provocou o enfraquecimento da monarquia inglesa. 2) (EsPCEx 2006) Dentre os diversos processos de centralização do poder pelos reis na Europa ocidental, destaca-se o da França. O fato que a consolidou foi: a) A vitória francesa na Guerra dos Cem Anos. b) A tomada de Flandres pelos franceses. c) A execução de Joana D'Arc. d) A imposição da Magna Carta. e) As Jacqueries. 3) (EsPCEx 2006) A justificativa do poder ilimitado dos reis propiciou o surgimento de inúmeras obras. Um importante teórico, Thomas Hobbes, escreveu em seu ensaio, Leviatã, que: Antes de surgir o Estado, os indivíduos eram livres e iguais, mas viviam em uma situação de guerra permanente de todos contra todos. Era o Estado da natureza, no qual não havia governo. O homem era como “um lobo para o homem”. A obra citada foi justificativa para o poder a) democrático. b) absolutista. c) liberal. d) socialista utópico. e) do despotismo esclarecido. 4) (EsPCEx 2007) Na Europa, a justificativa para o poder soberano dos reis propiciou o aparecimento de inúmeras obras literárias que se dividiram em duas grandes correntes: a Teoria do Direito Divino dos Reis e a Teoria do Contrato Social. (BERUTTI, 2004, p. 161, modificado) A Teoria do Direito Divino dos Reis afirmava que a) o chefe do Governo atuava apenas como senhor feudal. b) ser chefe de Estado dependia exclusivamente do parlamento. c) os súditos não deviam obediência ao rei. d) o imperador era apenas o chefe do Poder Executivo. e) quem era contra o rei era contra Deus. 5) (EsPCEx 2009) “O reinado de Luís XIV (1661-1715) marcou o apogeu do Absolutismo na França” (ARRUDA & PILETTI, 2007) Durante seu governo, em 1685, aboliu o Édito de Nantes, o que provocou a) um cisma com a Igreja Católica, que não concordava com os termos do documento. b) grande entrada de divisas que vieram com os protestantes expulsos da Espanha. c) um equilíbrio maior na balança do poder, pois o Édito limitava a atuação do Conselho de Estado. d) grande evasão de capitais, levados por protestantes que deixaram o País. e) um período de liberdade religiosa na França. 6) (EsPCEx 2014) O absolutismo desenvolveu-se no ocidente europeu durante a Idade Moderna (séculos XV ao XVIII), favorecido, principalmente, pela(o)(s): a) falta de freio nas concepções morais e nos costumes da época. b) fortalecimento da Igreja Católica e pelos lucros auferidos pelas vitórias dos cruzados. c) formação dos estados nacionais e transferência do eixo econômico do Oceano Atlântico para o Mar Mediterrâneo. d) riquezas obtidas pelos reis europeus na América, África e Ásia. e) reforma protestante e transferência do eixo econômico do Oceano Atlântico para o Mar Mediterrâneo. 7) (EsPCEx 2018) Durante a Idade Moderna, ocorreu o fortalecimento gradual dos governos das monarquias nacionais em grande parte da Europa. Desse processo resultou o absolutismo monárquico. Dentre os argumentos usados para se justificar tal condição, havia um que definia o poder absoluto como condição necessária para a manutenção da paz e do progresso. Assinale a alternativa abaixo que apresenta o responsável por tal pensamento. a) Thomas Hobbes b) Immanuel Kant c) John Locke d) Jean Le Rond D’ Alembert e) Jacques Bossuet 8) (EsPCEx 2019) Que monarca francês representou o ponto culminante do Absolutismo em seu país e cujo ministro, Colbert, lançou as bases do Mercantilismo, no período de 1643 a 1715? a) Cardeal Richelieu b) Henrique VIII c) Luís XVI d) Felipe II e) Luís XIV 9) (EsPCEx 2020) A formação dos Estados modernos fez desaparecer os laços de suserania e vassalagem e, com isso, foram formados(as), na Europa, a) os exércitos nacionais. b) os burgos. c) as Cruzadas. d) os Cavaleiros da Luz. e) as Capitanias Hereditárias. 10) (CESGRANRIO 2010) “Em consequência do processo de centralização do poder real e de unificação territorial, a maior parte destes Estados evoluiu no sentido da monarquia absoluta. Este é o regime em que o rei, encarnando o ideal nacional, possui, além disso, de direito e de fato, os atributos da soberania: poder de decretar leis, de prestar justiça, de arrecadar impostos, de manter um exército permanente, de nomear funcionários (...).” MOUSNIER, R. Os séculos XVI e XVII, 1o vol., In: História Geral das Civilizações, tomo IV. DIFEL, p. 105 e 108. 35 Nos séculos XVI e XVII, multiplicaram-se os principais autores de doutrinas que justificam o Estado autoritário e o absolutismo dos monarcas. Essas teorias, fundamentando-se ou não na religião, tiveram como umdos representantes das concepções leigas a) Thomas Hobbes, inglês e autor de “Leviatã”. b) Jean Bodin, francês e autor de “República”. c) Jacques Bossuet, preceptor de Luís XIV, autor da obra “Política Segundo a Sagrada Escritura”. d) Montesquieu, de grande importância por suas ideias a respeito da Teoria do Estado. e) Rousseau, que diferenciava Estado de governo. 11) (CEPERJ 2013) O Absolutismo tem origens remotas que remontam, pelo menos, à Idade Média. Mas, nos séculos XVI e XVII, multiplicaram-se os principais autores de doutrinas justificando o poder absoluto dos monarcas. Entre as justificativas filosóficas do Absolutismo, podemos destacar aquelas ligadas à obra conhecida como O Príncipe, de Maquiavel. A alternativa que expressa possíveis justificativas do poder absoluto dos reis presentes em O Príncipe é: a) No texto de O Príncipe, Maquiavel expõe a doutrina da origem divina da autoridade do Rei, afirmando que o monarca tem o poder supremo sobre cidadãos e súditos, sem restrições determinadas pela lei b) Em O Príncipe, Maquiavel demonstra que não há poder público sem a vontade de Deus; todo governo, seja qual for sua origem, justo ou injusto, pacífico ou violento, é legítimo; todo depositário da autoridade, é sagrado; revoltar-se contra o governo, é sacrilégio. c) Maquiavel afirma, em O Príncipe, que os homens viviam inicialmente em estado natural, obedecendo apenas a interesses individuais, sendo vítimas de danos e invasões de uns contra os outros. Assim, mediante a adoção de um contrato social, abriram mão de todos os direitos em favor da autoridade ilimitada de um soberano d) Em O Príncipe, Maquiavel expressava seu desprezo pelo conceito medieval de uma lei moral limitando a autoridade do governante e argumentava que a suprema obrigação do governante é manter o poder e a segurança do país que governa, adotando todos os meios que o capacitem a realizar essa obrigação e) O Príncipe é a obra na qual Maquiavel expressa o dever de todo soberano de combater o obscurantismo medieval representado pela Igreja; o rei absoluto deve enfrentar, com mão de ferro, o poder temporal do clero católico, assumindo o seu lugar no comando dos corpos e das almas dos homens 12) (FCC 2019) O absolutismo, como o próprio termo sugere, tem como base o poder absoluto do governante, que dessa forma a) age como déspota ou tirano, obedecendo a seus caprichos e interesses, sem a preocupação de justificar seu poder, expor sua imagem ou estabelecer alianças. b) centraliza o governo em suas mãos, exercendo, para isso, uma estratégia populista de comunicação para conquistar a aprovação dos setores emergentes da sociedade, como a burguesia. c) se torna o grande líder espiritual e religioso de seus país, fundando uma igreja baseada no culto personalista de sua figura e em regras por ele inventadas. d) assume o comando das Forças Armadas e passa a instituir um regime militar autoritário, com a finalidade de transferir gradativamente seus poderes para uma instituição estatal considerada sólida, absoluta e impessoal. e) exerce o poder amparado pela tese de que sua autoridade tem origem divina, e que a monarquia é o regime ideal de governo, capaz de assegurar vitórias militares, prosperidade e o sentimento de unidade em torno da figura de um soberano. 13) (CEV-URCA 2021) "No século XVI, os Estados afirmam- se como grandes coletores e redistribuidores de rendimentos; apoderam-se, e por meio do imposto, da venda de cargos, das rendas, dos confiscos e de uma enorme parte dos diversos ’produtos nacionais’. Esta múltipla penhora é eficaz dado que os orçamentos flutuam por junto sobre a conjuntura e seguem a maré dos preços. O desenvolvimento dos Estados está assim diretamente ligado à vida econômica [...] Querendo-o ou não, são os maiores empreendedores do século."Braudel, Fernand. O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrânico na época de Felipe II. Lisboa, Martins Fontes, 1983. (Adaptado). Sobre a formação e desenvolvimento dos Estados Nacionais Modernos é correto afirmar: a) Com a formação e consolidação dos Estados Absolutistas na Europa Moderna é processado o rompimento do isolamento das comunidades locais para marcos sócio geográficos maiores, com os reis eliminando ou enfraquecendo os poderes locais e o poder supranacional da Igreja Católica; b) Com a crescente necessidade dos Estados e das Monarquias em organizar a circulação de dinheiro, a cobrança de impostos, construções e guerras, os Reis recorreram ao apoio dos aristocratas. Essa classe nobre estava acostumada tradicionalmente com o trabalho, a produção, a administração de negócios e com a organização da produção; c) Os Estados Nacionais Modernos e o poder dos Monarcas Absolutistas foram desenvolvidos a partir das ações do Universalismo da Igreja Católica e do Sacro Império que, com seu poder ideológico e político do Direito Divino dos Reis, produzia as condições da cristandade ocidental unificada; d) O processo de formação e desenvolvimento das Monarquias Nacionais Absolutistas foi organizado com a expansão e a afirmação do domínio árabe muçulmano desde o controle sobre o Mar Mediterrâneo e a Península Ibérica; e) As políticas nacionalistas empreendidas pelas monarquias absolutistas desde o século XIV e XV se desenvolveram objetivando o controle sobre o operariado com ideias socialistas e a expansão das políticas liberais industriais. 14) (FCC 2016) A centralização do poder pelos reis, uma das características do Antigo Regime na Europa, deve ser compreendida levando-se em conta alguns fatores históricos importantes, entre os quais, a) a profusão de guerras na região, acompanhada do fortalecimento dos exércitos e armadas dos reinos, e a centralização administrativa por meio de novas instituições jurídicas, como leis e impostos que atendiam ao desenvolvimento econômico. 36 b) as ideias que legitimavam o absolutismo, como a teoria da origem divina do poder monárquico, cunhada por Nicolau Maquiavel, e a derrota dos interesses das burguesias ante o fortalecimento das alianças entre nobrezas e reis. c) a ausência de conflitos religiosos significativos, após a conturbada “idade das trevas”, garantindo certa estabilidade política aos monarcas, e o fim dos privilégios nobiliárquicos que resultou em menor influência desse setor nos assuntos do rei e do Estado. d) o prestígio da concepção de que deveria vigorar o “despotismo esclarecido” entre os governantes, na Europa, e a forçosa submissão do papado romano a determinados reis que aderiram à Reforma Protestante e se sobrepuseram ao poder da Igreja. e) a crise econômica decorrente das epidemias que assolaram a Europa na Idade Média, contribuindo para a demanda popular por um “salvador”, e o impacto da Guerra dos Cem Anos, ao arrasar as tradicionais monarquias francesa e inglesa. 15) (UNIOESTE 2007) O bispo Jacques Bossuet, grande teórico do absolutismo monárquico, afirmou: "Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e que atacá-lo é sacrilégio. O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém." (In: Coletânea de Documentos Históricos para o 1º grau. São Paulo, SE/CENP, 1978, p. 79). Assinale a alternativa que NÃO CARACTERIZA o regime absolutista de poder: a) A justificativa do poder real pela teoria do direito divino. b) A personificação do Estado na figura do rei. c) A junção, na figura do rei, dos poderes de legislar, executar e julgar. d) A centralização administrativa. e) A noção de representatividade, por delegação através do voto. 16) (UFPR 2012) Tenho insistido também que a monarquia deve ser atribuída exclusivamente aos varões, já que a ginecocracia vai contra a leinatural; esta deu aos homens a força, a prudência, as armas, o poder. A lei de Deus ordena explicitamente que a mulher se submeta ao homem, não só no governo de reinos e impérios, mas também na família. (...) Também a lei civil proíbe à mulher os cargos e ofícios próprios ao homem. (...) É extremamente perigoso que uma mulher ostente a soberania. (...) No caso de uma rainha que não contraia o matrimônio – caso de uma verdadeira ginecocracia –, o Estado está exposto a graves perigos procedentes tanto dos estrangeiros como dos súditos, pois caso seja um povo generoso e de bom ânimo suportará mal que uma mulher exerça o poder. (Jean Bodin, Los seis libros de la republica. Edição espanhola de 1973, p. 224.) A citação extraída do livro do jurista francês Jean Bodin (1530-1596), publicado em 1576, refere-se ao exercício do poder soberano por mulheres, algo que seria contrário às leis da natureza, à lei de Deus e às leis civis, de acordo com o pensamento político da época. Contudo, uma importante monarca contemporânea a Bodin, Elizabeth Tudor, exerceu o poder político em condições adversas e muitas vezes ameaçadoras à sua integridade física, e seu longo reinado foi considerado pelos historiadores como a “época dourada” da Inglaterra. Sobre a monarquia e o exercício do poder soberano, é correto afirmar: a) Durante o século XVI, o poder soberano das monarquias europeias foi enfraquecido, devido ao renascimento dos impérios e do papado. b) A lei sálica, presente nas constituições de alguns reinos europeus, permitia que as mulheres exercessem o poder soberano, e é contra essa lei que se coloca Jean Bodin. c) O conceito de poder soberano foi determinante para o exercício da tirania dos reis absolutistas no século XVI, que governaram sozinhos ao fechar os parlamentos. d) Elizabeth exerceu o poder soberano por tanto tempo porque aceitou dividi-lo com a Igreja Anglicana. e) O poder soberano de monarcas como Elizabeth se fundamentava no princípio de não reconhecer poder superior ao do rei, a não ser o poder divino. 17) (UNIFESP 2009) "O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o dominio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela misera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visivel capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza.” (Thomas Hobbes (1588-1679). 'Leviatã'. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.) "O principe não precisa ser piedoso, fiel, humano, integro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O principe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário." (Nicolau Maquiavel (1469-1527). 'O Príncipe'. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.) Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que: a) Ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder. b) Hobbes defende o absolutismo, por torná-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade. c) Ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade. d) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa. e) Ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da 37 sociedade participar diretamente das decisões do soberano. 18) (UEMG 2013) O Absolutismo como forma de governo esteve presente na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado as maiores economias de seu tempo. Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram: a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam que o Rei era um representante divino. b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam a subordinação do indivíduo ao Estado. c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo como senhor de seus direitos. d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, que defendeu a primazia da esfera governamental. 19) (UEPB 2014) A frase no quadro abaixo teria sido dita por Luís XIV e muitojá se discutiu se o "Rei-Sol" francês a teria realmente pronunciado, em que pese ela simbolizar o espírito do absolutismo, em que a glória do rei e o bem do Estado eram princípios inseparáveis. Analise as assertivas abaixo: I. O reinado de Luís XIV durou mais de 50 anos, fundado no absolutismo monárquico. O rei controlava a política e os assuntos do Estado, a economia, a sociedade e até mesmo o modo da nobreza se vestir. Ele incentivava as artes, pois as considerava, também, assunto de Estado. II. O poder absoluto e a centralização administrativa eram objetivos de Luís XIV. Ele fez o Estado francês se tomar ateu e Laico. A ideia era acabar com a influência que a Igreja Católica tinha no meio da nobreza para que o rei não tivesse que perder fatias de seu próprio poder. III. Luís XIV seguia a tradição da dinastia capetiana adepta da ideia do "rei que faz alguma coisa" (para não dizer do rei que faz tudo!). Após a coroação, ele anunciou que comandaria o Estado por si mesmo e que solicitaria a opinião de seus ministros apenas quando julgasse necessário. IV. Luís XIV fez uma reorganização administrativa, econômica, política e militar e se dedicou a coisas como a fortificação das regiões fronteiriças, o fortalecimento da marinha de guerra, a criação de academias e a elaboração do primeiro mapa da França. A construção do Palácio de Versalhes, uma vitrine cultural, científica e política da França, foi por ele acompanhada de perto. Assinale a alternativa correta: a) I e II corretas, enquanto III e IV incorretas. b) II e III corretas, enquanto I e IV incorretas. c) I, III e IV corretas, enquanto II incorreta. d) II, III e IV corretas, enquanto I incorreta. e) III e IV corretas, enquanto I e II incorretas. 20) (FGV 1996) Acerca do Absolutismo na Inglaterra, NÃO é possível afirmar que: a) Fortaleceu-se com a criação da Igreja Anglicana. b) Foi iniciado por Henrique VIII, da dinastia Tudor, e consolidado no longo reinado de sua filha Elizabeth I. c) A política mercantilista intervencionista foi fundamental para a sua solidificação. d) Foi consequência da Guerra das Duas Rosas, que eliminou milhares de nobres e facilitou a consolidação da monarquia centralizada. e) O rei reinava mas não governava, a exemplo do que ocorreu durante toda a modernidade. 21) (ESPM 2014) A França no século XVI viveu mergulhada em uma instabilidade que envolvia aspectos políticos e religiosos, como foi exemplo o infame massacre da NoiteSocialistas durante a Guerra Fria. Pois esses assuntos não estão explícitos no edital e por não conterem questões relacionadas especificamente a eles. 4 Relação de questões por provas em cada assunto Assuntos EsPCEx Diversos Total Alta Idade Média – A Sociedade Feudal 11 21 32 Baixa Idade Média e A Crise do Feudalismo 19 30 49 Renascimento Cultural e Humanismo 9 11 20 Reforma Protestante e a Contrarreforma 12 22 34 Absolutismo e Mercantilismo 15 31 46 Colonização Europeia na América 13 26 39 As Revoluções Inglesas e a Revolução Industrial 18 41 59 Iluminismo e Despotismo Esclarecido 15 20 35 A Independência das 13 Colônias (EUA) 10 23 33 A Revolução Francesa e a Restauração 15 31 46 O Pensamento e a Ideologia no Século XIX 5 12 17 O Mundo na Época da Primeira Guerra Mundial 9 40 49 Período entre Guerras 5 30 35 Segunda Guerra Mundial 3 28 31 O Mundo na Guerra Fria 16 58 74 O Mundo no Final do Século XX e Início do Século XXI 6 21 27 Total de questões 180 445 625 Número de provas analisadas 24 ??? 24 Obs: Os exercícios “diversos” são questões de vestibulares e até mesmo de concursos militares que não estejam dentro das últimas 15 provas de cada concurso abordado. Top 10 Top História Geral História Geral + História do Brasil História do Brasil 1 Baixa Idade Média e A Crise do Feudalismo Baixa Idade Média e A Crise do Feudalismo Expansão Marítima Europeia 2 As Revoluções Inglesas e a Revolução Industrial Expansão Marítima Europeia (18) Segundo Reinado (1840 – 1889) 3 O Mundo na Guerra Fria As Revoluções Inglesas e a Revolução Industrial Período Regencial (1831 – 1840) 4 A Revolução Francesa e a Restauração O Mundo na Guerra Fria Revoltas Coloniais 5 Iluminismo e Despotismo Esclarecido Segundo Reinado (1840 – 1889) República Oligárquica (1894 – 1930) 6 Absolutismo e Mercantilismo A Revolução Francesa e a Restauração Nova República (1985 – atual) 7 Colonização Europeia na América Iluminismo e Despotismo Esclarecido Era Vargas (1930 – 1945) 8 Reforma Protestante e a Contrarreforma Absolutismo e Mercantilismo Período Joanino (1808 – 1821) e a Independência do Brasil 9 Alta Idade Média – A Sociedade Feudal Colonização Europeia na América Os outros assuntos têm uma incidência muito pequena para aparecer em um Top 10 10 A Independência das 13 Colônias Reforma Protestante e a Contrarreforma 5 Alta Idade Média – A Sociedade Feudal 1) (EsPCEx 2007) “A mobilidade social era rara. Quem nascia servo continuava servo para sempre, trabalhando nas terras do senhor. Quem nascia nobre morria nobre, sempre lutando pela defesa e ampliação de suas propriedades.” (ARRUDA; PILETTI, 2002, p. 108) As relações descritas acima eram típicas da sociedade a) Renascentista. b) Capitalista. c) Feudal. d) Mercantilista. e) Humanista. 2) (EsPCEx 2008) A sociedade feudal pode ser caracterizada como uma sociedade a) de castas, com grupos rigidamente separados, sem nenhuma mobilidade social. b) estamental, com grupos sociais bem definidos, como o clero, a nobreza e os escravos. c) de classes, com relativa mobilidade social, e a coexistência entre grandes proprietários de terra e pequenos produtores. d) estamental, com grupos sociais bem definidos, como o clero e a nobreza, e os camponeses, em regime de servidão, presos à terra. e) comunista primitiva, de caráter teocrático, com o clero exercendo poder religioso e político. 3) (EsPCEx 2009) Leia atentamente os itens abaixo. I – Crescimento das unidades rurais como fornecedoras de insumos industriais. II – Ruralização incentivada pelas invasões germânicas. III – Poder político descentralizado e relações entre a nobreza marcadas pelos laços de suserania e vassalagem. IV – Direitos, deveres e privilégios iguais entre pares e entre esses e os demais membros da sociedade. V – Desenvolvimento da escolástica, conjunto de teorias teológico-filosóficas que dominavam o conhecimento. Assinale a única alternativa em que todos os itens listam fatos referentes ao feudalismo. a) I, II e III b) II, III e IV c) III, IV e V d) II, III e V e) I, II e IV 4) (EsPCEx 2010) Durante o feudalismo na Europa Ocidental, uma série de obrigações submetia servos e vilões aos seus senhores. Uma delas era a banalidade, que consistia na(o) a) prestação de serviços gratuitos no campo do senhor em alguns dias da semana. b) entrega de parte da produção agrícola ou do rebanho do servo ao senhor. c) pagamento de taxas ao senhor pelo uso de instalações do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, bem como outras instalações. d) pagamento de tributo pela família de um servo morto para que seus herdeiros mantivessem a posse da terra. e) pagamento de uma taxa ao senhor, correspondente ao número de pessoas que o servo mantinha sob sua responsabilidade. 5) (EsPCEx 2012) O período conhecido por Idade Média prevaleceu na Europa desde a queda do Império Romano ocidental (Séc.V) até a queda de Constantinopla (Séc . XV). Nesse período, o sistema vigente era o feudal. Leia atentamente os itens abaixo: I – fortalecimento do poder real e enfraquecimento dos poderes locais; II – declínio das atividades comerciais urbanas e fortalecimento da vida rural; III – uso generalizado de trabalho escravo no campo; IV – os nobres estavam obrigados a pagarem aos seus servos uma pequena indenização, que passou a ser conhecida por banalidade; V – existência de vínculos pessoais entre os nobres mais poderosos e os nobres mais fracos (suserania e vassalagem). Assinale a única alternativa que apresenta todos os itens com características desse período. a) I e II b) II e IV c) III e V d) I e IV e) II e V 6) (EsPCEx 2013) “O feudalismo foi a forma de organização política, social e econômica dominante na Europa Ocidental durante a Idade Média.” (AZEVEDO & SERIACOPI, 2007) Abaixo estão redigidas algumas afirmações: I - Os servos da gleba viviam sob o domínio dos senhores feudais. II - Declínio das atividades rurais e fortalecimento das atividades comerciais urbanas. III - Sociedade rigidamente hierarquizada, mas com grande mobilidade entre as classes. IV - Poder político fragmentado entre senhores feudais e o rei. V - Grandes senhores de terras e alto clero ocupavam o topo da sociedade. Assinale a alternativa que lista unicamente características do feudalismo. a) I, II e III. b) II, III e V. c) I, IV e V. d) III, IV e V. e) I, III e V 7) (EsPCEx 2014) Uma das características que podemos reconhecer no sistema feudal europeu a) é a organização da sociedade feudal em dois grupos bem definidos: os senhores e os escravos. b) são os ideais de honra e fidelidade oriundos da sociedade islâmica. c) é a obrigação anual de corveia e o pagamento da talha e banalidades como obrigações de servos aos senhores feudais. d) é o dinamismo econômico, voltado para o comércio entre feudos vizinhos. e) são as relações escravocratas de produção. 6 8) (EsPCEx 2015) Os fragmentos de texto abaixo foram extraídos de VICENTINO e DORIGO (2011) e se referem à Igreja Medieval. I - Pouco a pouco, a Igreja foi “se transformando na maior proprietária de terras da Idade Média e construindo fortes vínculos com a estrutura feudal" . II - Viviam afastados das tentações do mundo por meio do isolamento em abadias e de votos de castidade, pobreza e silêncio. Com o tempo, num mundo em que uma restrita minoria era alfabetizada, as igrejas, os mosteiros e as abadias converteram-se nos principais centros da cultura letrada. III - Viviam apegados aos bens materiais e em contacto com a sociedade, a terra, a administração e a exploração das riquezas. IV - A proibição de casamento rigorosamente aplicada a partir do Século XI liberava os padres dos compromissos conjugais e contribuía, além disso,de São Bartolomeu, em 1572. Com a intenção de pacificar o país, o rei Henrique IV promulgou o Edito de Nantes pelo qual: a) foi concedida liberdade de culto aos protestantes, bem como o direito de conservar algumas praças de guerra para sua defesa. b) o rei renunciou ao protestantismo e se fez batizar católico. c) revogou a liberdade de culto permitida aos franceses e impôs o catolicismo. d) o rei obteve o direito de nomear bispos e cardeais o que permitiu que a dinastia Bourbon pudesse exercer influência sobre a Igreja Católica. e) foi criada a Igreja Anglicana, separada da Igreja Católica Romana, subordinada ao poder do rei. 22) (UFAL 1999) Algumas das principais características do reinado de Luis XIV, o Rei Sol, foram: a) ampliação dos privilégios concedidos à alta hierarquia eclesiástica, suspensão dos acordos diplomáticas firmados com a Inglaterra e desenvolvimento de um política cultural voltada para o entretenimento da população pobre das cidades. b) livre manifestação das ideias religiosas e dos interesses econômicos, convocação sistemática da representação política dos estamentos e agressividade militar frente aos demais Estados Nacionais da Europa Ocidental. c) descentralização econômica do Reino mediante a criação dos cargos de síndico e prefeito, diminuição da venda de cargos públicos e liberdade religiosa. d) estímulo à diversificação das atividades econômicas do Reino, regulamentação do processo de arrendamento das terras improdutivas pelo campesinato pobre e concessão de representação política aos setores ligados à nascente manufatura. e) intervenção direta do monarca nas questões da justiça, criação dos intendentes reais nas províncias e dos magistrados reais nas cidades. 38 23) (FGV 2012) Leia o fragmento. (...) entre os séculos XVII e XVIII ocorreram fatos na França que é preciso recordar. Entre 1660-1680, os poderes comunais são desmantelados; as prerrogativas militares, judiciais e fiscais são revogadas; os privilégios provinciais reduzidos. Durante a época do Cardeal Richelieu (1585- 1642) aparece a expressão “razão de Estado”: o Estado tem suas razões próprias, seus objetivos, seus motivos específicos. A monarquia francesa é absoluta, ou pretende sê-lo. Sua autoridade legislativa e executiva e seus poderes impositivos, quase ilimitados, de uma forma geral são aceitos em todo o país. No entanto... sempre há um “no entanto”. Na prática, a monarquia está limitada pelas imunidades, então intocáveis, de que gozam certas classes, corporações e indivíduos; e pela falta de uma fiscalização central dos amplos e heterogêneos corpos de funcionários. Leon Pomer, O surgimento das nações. Apud Adhemar Marques et al, História Moderna através de textos. No contexto apresentado, entre as “imunidades de que gozam certas classes”, é correto considerar a) os camponeses e os pequenos proprietários urbanos eram isentos do pagamento de impostos em épocas de secas ou de guerras de grande porte. b) a burguesia ligada às transações financeiras com os espaços coloniais franceses não estava sujeita ao controle do Estado francês, pois atuava fora da Europa. c) a nobreza das províncias mais distantes de Paris estava desobrigada de defender militarmente a França em conflitos fora do território nacional. d) os grandes banqueiros e comerciantes não precisavam pagar os impostos devido a uma tradição relacionada à formação do Estado francês. e) o privilégio da nobreza que não pagava tributos ao Estado francês, condição que contribuiu para o agravamento das finanças do país na segunda metade do século XVIII. 24) (UFJF 2017) Leia o texto a seguir e observe com atenção a imagem da pintura a óleo de um rei francês em um campo de batalha. Os dois estão relacionados ao período dos Estados Absolutistas Modernos: “Como é importante que o público seja governado por um só, também importa que quem cumpre essa função esteja de tal forma elevado acima dos outros que ninguém se possa confundir ou se comparar com ele; não se pode retirar do seu chefe a mínima marca da superioridade que o distingue...”. RIBEIRO, R. J. A ética no Antigo Regime. São Paulo: Moderna, 1999. p. 54. Sobre os Estados Absolutistas, assinale a alternativa CORRETA: a) a formação de exércitos permanentes, profissionais e centralizados era o objetivo militar de Estados Absolutistas que pretendiam defender suas fronteiras estabelecidas. b) os exemplos mais característicos de Estados Absolutistas, nos quais o poder do monarca era concentrado efetivamente na Europa, eram a Itália e a Alemanha. c) a política econômica dos Estados Absolutistas combatia as propostas que defendiam a unificação de impostos, moedas, pesos e medidas em todo seu território. d) diferentes representações artísticas traziam a imagem idealizada de monarcas dos Estados Absolutistas, caracterizando-os como indivíduos semelhantes aos seus súditos. e) a justificativa do poder exercido pela nobreza nos Estados Absolutistas buscava se afastar do princípio da origem divina que lhe conferiria um caráter ilimitado. 25) (FGV 2003) "Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas(...)." (MAQUIAVEL, N., "O Príncipe". 2a ed., Trad., Mira- Sintra - Mem Martins, Ed. Europa-América, 1976, p.89.) A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto afirmar: a) Mantinha uma nítida vinculação entre a política e os princípios morais do cristianismo. b) Apresentava uma clara defesa da representação popular e dos ideais democráticos. c) Servia de base para a ofensiva da Igreja em confronto com os poderes civis na Itália. d) Sustentava que o objetivo de um governante era a conquista e a manutenção do poder. e) Censurava qualquer tipo de ação violenta por parte dos governantes contra seus súditos. 26) (PUC-CAMPINAS) Leia o texto de um clássico da teoria política. "Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas." No texto estão explícitas algumas ideias presentes no período de formação do Estado Moderno. O autor escreve numa região convulsionada por crises políticas, ameaças externas e ausência de unidade nacional. O autor, a obra, o país e o tipo de Estado, que o mesmo defendia, são, respectivamente: a) Jacques Bossuet, POLÍTICA, França e o Estado Liberal. b) Thomas Hobbes, LEVIATÃ, Inglaterra e o Estado Mercantil. c) Tomás Morus, A Utopia, Alemanha e o Estado Socialista. d) Nicolau Maquiavel, O PRÍNCIPE, Itália e o Estado Absolutista. e) Jean Bodin, A REPÚBLICA, Bélgica e o Estado Democrático. 39 27) (UNIOESTE 2012) "Três razões fazem ver que este governo é o melhor. A primeira, é que é o mais natural e se perpetua por si próprio... A segunda razão... é que esse governo é o que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem: o principe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para os seus filhos... A terceira razão tira-se da dignidade das casas reais... O trono real não é trono de um homem, mas o trono de Deus... O rei vê mais longe e de mais alto... e deve-se obedecer-se-lhe sem murmura, pois o murmúrio é uma disposição para sedição". BOSSUET, Jaques-Benigne. Política Tirada da Sagrada Escritura. In: FREITAS, Gustavo de. 900 Textos e Documentos de História. Lisboa, Plátano Editora, s/d. p.201. No trecho acima, Bossuet justificou uma forma de organização do Estado europeu na Idade Moderna, em relação a qual é correto afirmar que a) se tratava do EstadoModerno, caracterizado pela centralização do poder nas mãos do rei, cuja legitimidade seria conferida por Deus. b) o Estado Absolutista foi constituído sob a influência das ideias iluministas, um movimento filosófico e político que fundou as bases do Estado Absolutista. c) a formação do Estado Moderno estava apoiada em termos filosóficos no pensamento teocêntrico e, em termos políticos, na fragmentação política. d) o Estado Moderno se sustentava na tradição democrática herdada da antiguidade clássica. e) Bossuet representa uma corrente de filósofos que justificava o poder soberano dos reis através da teoria do contrato social. 28) (UNAERP 1996) A política externa de Luís XIV, o Rei Sol, teve como principal característica: a) A ruína da economia francesa em decorrência das sucessivas guerras que a França travou contra outros países para preservar sua supremacia na Europa, juntamente com os gastos vultosos para manutenção da corte. b) A consolidação do absolutismo monárquico através da redução dos poderes da alta burguesia. c) Concentração da autoridade política na pessoa do rei. d) Por ter reduzido seus ministros à condição de meros funcionários, passar a fiscalizar, pessoalmente, todos os negócios do Estado. e) A autossuficiência do país com a regulamentação da produção, a criação de manufaturas do Estado e o incremento do comércio exterior. 29) (UEG 2004) Os Estados modernos, característicos da Europa Ocidental entre os séculos XV e XVII, tinham no absolutismo e no mercantilismo elementos interdependentes que, juntos, visavam garantir o seu fortalecimento político. Acerca dos processos e formação dos Estados modernos, é CORRETO afirmar: a) A constituição dos Estados modernos está ligada a um processo geral de transformações que promoveram a ascensão da burguesia industrial ao controle efetivo dos governos absolutistas. b) A reordenação do exército e da burocracia visava, respectivamente, à garantia do monopólio da força e à ampliação da arrecadação de impostos, condições essenciais para a estabilidade do Estado moderno. c) O despreparo intelectual da nobreza, face as renovações tecnológicas ocorridas entre os séculos XV e XVIII, implicou a anulação do poder dessa ordem no Estado moderno. d) O absolutismo, como sistema político, caracterizou-se pela substituição das práticas mercantilistas pelos princípios liberais, consolidando o poder político e social da burguesia. e) A colonização inglesa na América se distanciou das práticas mercantilistas em função da similitude climática e cultural entre a colônia e a metrópole. 40 Mercantilismo 30) (EsPCEx 2003) Durante o período conhecido como Iluminismo, intelectuais dirigiram duras críticas à política de monopólios e privilégios mercantilistas, ao poder absoluto dos reis e ao conhecimento baseado na fé. Abaixo estão listadas proposições básicas de alguns desses pensadores. I – “Penso, logo existo” (René Descartes). II – “O Tribunal da Inquisição é, como se sabe, uma invenção ‘maravilhosa’, pois torna o papa e os monges mais poderosos e torna hipócrita uma nação inteira” (Voltaire). III – “Se o governo eleito pela maioria não a estiver representando, o povo não só pode, como deve substituí-lo” (Rousseau). IV – “...deixai fazer, deixai passar, que o mundo caminha por si mesmo...” (Gournay). Características das doutrinas político-econômicas vigentes à época que estão associadas às proposições I, II, III e IV são, respectivamente, a) racionalismo, metalismo, antiabsolutismo, anticlericalismo. b) etnocentrismo, antimercantilismo, protecionismo, antiabsolutismo. c) absolutismo, anticolonialismo, protecionismo, racionalismo. d) antiabsolutismo, anticlericalismo, antimercantilismo, teocentrismo. e) racionalismo, anticlericalismo, antiabsolutismo, antimercantilismo. 31) (EsPCEx 2004) O Mercantilismo europeu fundamentou-se, de maneira geral, em dois princípios: a) inversão dos excedentes nas colônias e livre cambismo. b) bulionismo e livre comércio. c) colbertismo e capitalismo manufatureiro. d) liberdade comercial e de produção. e) metalismo e balança comercial favorável. 32) (EsPCEx 2009) Leia atentamente os itens abaixo. I – Formação de companhias de comércio, como a Companhia das Índias Ocidentais. II – Prioridade máxima às políticas de povoamento das colônias, para fortalecimento das trocas comerciais com a metrópole. III – Obtenção de metais, por meio da exploração colonial. IV – Incentivo à produção manufatureira nas colônias. V – Estocagem de lingotes de ouro e prata. Assinale a única alternativa em que todos os itens listam características do mercantilismo espanhol (bulionismo). a) I e II b) I e IV c) III e IV d) II e V e) III e V 33) (EsPCEx 2010) Uma das práticas mercantilistas europeias implicava na proibição de se exportar certas matérias- primas que poderiam favorecer o crescimento industrial em outros países, a fim de evitar possíveis concorrências. Tal prática ficou conhecida por a) balança comercial favorável. b) intervencionismo estatal. c) metalismo. d) colbertismo. e) protecionismo. 34) (EsPCEx 2011) Durante o mercantilismo, todos os produtos que chegavam à colônia ou saíam dela tinham que passar pela metrópole, caracterizando assim a) o pacto colonial. b) os Atos de Navegação. c) a corveia. d) o liberalismo econômico. e) a balança comercial favorável. 35) (EsPCEx 2012) “Se por um lado o mundo medieval se encerrou em meio à crise, por outro, com o início da expansão marítima e o declínio do feudalismo, afirmou-se um nova tendência: o capitalismo comercial.” (VICENTINO, 2007) Sobre capitalismo comercial, tendência econômica adotada por alguns Estados Nacionais Europeus da Idade Moderna, pode-se afirmar que a) provocou o êxodo urbano, especialmente na Inglaterra. b) subordinou, definitivamente, a economia urbana aos interesses agrários. c) forçou o surgimento de legislação destinada a organizar e proteger o trabalhador rural. d) monopolizou, já no século XV, nas mãos de empresários, as atividades produtivas urbanas, fazendo desaparecer o artesanato, praticado em oficinas. e) evoluiu para uma crescente separação entre capital e trabalho. 36) (UNIMONTES 2015) Em relação ao Mercantilismo (conjunto de ideias e práticas de intervenção do Estado na economia), marque com a letra C (CORRETA) ou com a letra I (INCORRETA) cada uma das afirmativas. ( ) Qualquer política econômica caracterizada pela intervenção estatal deve ser classificada como mercantilismo, independentemente da época de sua efetivação. ( ) Os Estados Nacionais que emergiram na Europa, na Idade Moderna, implementaram práticas mercantilistas para garantirem o fortalecimento de suas economias. ( ) Na época do mercantilismo, a concepção dominante de riqueza era a de que a agricultura constituía a principal fonte da riqueza nacional. ( ) O metalismo e a busca pela balança comercial favorável, além da obsessão por colônias, são características da política mercantilista. A sequência CORRETA é a) C, C, I, I. b) C, I, C, I. c) I, I, C, C. d) I, C, I, C. 37) (UPE 2011) Sobre a política mercantilista desenvolvida no período colonial pelas monarquias nacionais europeias, assinale a alternativa CORRETA. a) A colonização das monarquias europeias concentrava- se, apenas, nas trocas e no lucro comercial, estimulando o livre comércio entre suas colônias. b) O Colbertismo francês baseava-se no incentivo à navegação marítima, na produção agrícola de subsistência e no incentivo às importações de produtos manufaturados. c) O bulionismo definiu-se como umsistema tributário, adotado na Inglaterra, por meio de reformas monetárias. 41 d) Para evitar a saída e favorecer a entrada de metais preciosos, o país deveria exportar mais e importar o menos possível. Esse princípio diz respeito à prática mercantilista na defesa de uma balança comercial favorável. e) As Nações colonialistas europeias, por intermédio do Sistema Colonial, visavam à não intervenção do Estado na economia e ao incentivo às atividades naturais. 38) (FAAP) O mercantilismo, política econômica praticada pelos monarcas europeus, na época moderna, teve como característica a(o): a) Liberdade do comércio colonial. b) Estímulo às importações de manufaturados. c) Manutenção da balança comercial favorável. d) Estímulo à agricultura. e) Combate à escravidão. 39) (UFT 2014) “O Mercantilismo resulta numa exaltação do espírito de empresa e trabalho criador. Realiza assim, em relação aos ideais pregados pela cultura medieval, uma verdadeira subversão das hierarquias e dos valores. É levado a lutar contra os preconceitos nobiliários, a ociosidade, o gosto da função pública, mantido pela venalidade e hereditariedade dos ofícios”. FONTE: DEYON, Pierre. O Mercantilismo. SP: Perspectiva, 1992, p. 54. O Mercantilismo tinha como princípio básico: a) o desenvolvimento do exército para resguardar o Estado. b) o estímulo ao consumo de bens e produtos importados. c) o princípio de autonomia entre a metrópole e a colônia. d) o aumento das taxas sobre produtos de exportação. e) o enriquecimento e fortalecimento do Estado. 40) (UNIMONTES 2015) O mercantilismo pode ser considerado um conjunto de ideias e práticas econômicas que predominaram na política da maior parte dos Estados Nacionais europeus, entre os séculos XV e XVIII. NÃO é característica do mercantilismo: a) O predomínio da produção artesanal sobre o capital mercantil, pois a acumulação primitiva de capital provinha do artesanato. b) A concentração da maior parte do lucro nas mãos de comerciantes e intermediários e não na mão dos produtores. c) A existência dos monopólios concedidos pelos reis a certas companhias de comércio e grupos privilegiados. d) A forte intervenção das monarquias na economia, através de medidas protecionistas, visando à balança comercial favorável. 41) (UFLA 2012) Com relação ao mercantilismo, assinale a alternativa CORRETA. a) A Espanha é o melhor exemplo da prática do mercantilismo metalista, pois desde o século XVI já controlava as minas de prata na América. b) A França exercia a prática do colbertismo, isto é, a busca do enriquecimento do Estado por meio do acúmulo de metais preciosos. c) A Coroa Portuguesa, sem o controle das rotas de especiarias do Oriente, jamais adotou o mercantilismo como política econômica de seu Estado Nacional. d) A Inglaterra implantou o escravismo dentro do sistema de “plantation”, em todas as suas Treze Colônias da América do Norte, sem qualquer distinção entre elas. 42) (UFJF 2014) Leia o seguinte texto: O mercantilismo envolve um conjunto de práticas e teorias econômicas desenvolvidas ao longo da Idade Moderna. Nesse contexto histórico, observamos a relevante associação entre os Estados nacionais, que buscavam meios de fortalecer seu poder político, e a classe burguesa, que era responsável pelo empreendimento das atividades comerciais. Essa experiência de longo prazo teve grande importância para a acumulação primitiva de capitais. Sobre o mercantilismo, assinale a alternativa INCORRETA. a) O termo “mercantilismo” se refere a um conjunto de práticas econômicas marcadas pelo controle do Estado. b) O mercantilismo era a política econômica típica dos Estados no Antigo Regime, que também foram marcados pelo Absolutismo e pela sociedade estamental. c) Uma das características desse período é a adoção de padrões comuns de comércio, como a criação de tributos, moedas, pesos e medidas compartilhados, o que facilitava o controle centralizado. d) O colonialismo era um de seus elementos fundamentais, pois, com o monopólio comercial as colônias mantinham- se em situação periférica e complementar à Metrópole. e) A teoria da balança comercial favorável defendia uma maior entrada de produtos importados, de forma a fomentar o comércio e aumentar o acúmulo de capitais. 43) (CESGRANRIO) A característica mais conhecida do chamado “mercantilismo francês” é: a) a importância atribuída à expansão colonial; b) o industrialismo estritamente regulamentado; c) a grande importância dada ao tráfico de escravos; d) a política anti-inglesa; e) o amparo à agricultura. 44) (UFU 2000) O Mercantilismo foi um conjunto de doutrinas e práticas econômicas, que vigoraram na Europa desde a metade do século XV até meados do século XVIII, sendo vital para a acumulação capitalista. A respeito deste contexto, podemos afirmar que a) Inglaterra e França foram as nações pioneiras nas grandes navegações, impulsionadas pelas novas descobertas científicas e pela centralização administrativa, proporcionada pelo Estado absolutista, responsável pelo combate aos contrabandistas e aos piratas espanhóis e portugueses. b) através da produção de artigos manufaturados, Portugal se firmou como a maior potência do final do século XVII, enquanto a Inglaterra, restrita à acumulação de ouro e prata extraídos de suas colônias, ficou dependente da importação de manufaturados. c) a colonização, sustentada pela grande utilização de trabalho escravo de índios e negros nas chamadas colônias de povoamento, foi vital para o acúmulo de capitais naquele momento, quando Portugal e Espanha incentivaram a produção manufatureira e o comércio interno. d) com o intervencionismo estatal e o protecionismo, o Estado moderno estimulava o progresso burguês e evitava a concorrência comercial de países vizinhos, fixando tarifas alfandegárias, controlando preços e dificultando a importação de produtos concorrentes. 42 45) (UEFS 2015) A íntima relação observada entre o Estado Absolutista e a teoria e prática do mercantilismo, nos séculos XVII e XVIII, indica a) o crescente fortalecimento da classe dos mercadores, tornando-se uma força política hostil à concentração do poder na figura dos monarcas. b) a expansão do colonialismo e a crescente perda do poder do Estado no controle das populações coloniais. c) o financiamento do Estado à burguesia comercial para a expansão marítima, sem o que seria impossível a organização das expedições. d) a permanência da ideologia religiosa que apoiava as atividades lucrativas, se fossem orientadas pela Igreja e pelo Estado. e) a intervenção do Estado nas práticas econômicas, como instrumento para o fortalecimento do próprio Estado. 46) (UFMA 1999) Preencha os parênteses que se seguem de acordo com o número correspondente. (1) Expansionismo ultramarino. (2) Mercantilismo. (3) Monopólio comercial. (4) Pacto colonial. (5) Protecionismo estatal. (___) Determinação de que as colônias comercializassem apenas com suas metrópoles. (___) Política de proteção aos produtos nacionais, mediante a cobrança de altas taxas alfandegárias sobre os produtos importados. (___) Processo de descoberta e conquista de novas áreas, realizado pelos europeus, entre os séculos XV e XVII, visando à ampliação do comércio. (___) Conjunto de ideias e práticas econômicas que valorizavam a expansão comercial, a busca de riqueza e a descoberta de novas terras. (___) Conjunto de medidas que regulamentavam as relações entre a metrópole e sua colônia. A ordem correta é a seguinte: a) 4 3 2 5 1. b) 5 2 1 3 4. c) 2 3 4 1 5. d) 3 5 1 2 4 e) 3 4 1 2 5 43 Gabarito Estados Nacionais Europeus e Absolutismo 1) D 2) A 3) B 4) E 5) D 6) D 7) A 8) E 9) A 10) A 11) D 12) E 13) A 14) A 15) E 16) E 17) A 18) A 19) C20) E 21) A 22) E 23) E 24) A 25) D 26) D 27) A 28) A 29) B Mercantilismo 30) E 31) E 32) E 33) E 34) A 35) E 36) D 37) D 38) C 39) E 40) A 41) A 42) E 43) B 44) D 45) E 46) D 44 Colonização Europeia Americana 1) (EsPCEx 2000) O sistema administrativo colonial espanhol possuía grandes semelhanças com o sistema português na América Latina. No Brasil Colonial, as câmaras municipais receberam o nome de “câmaras dos homens-bons”. As instituições semelhantes, na América Colonial Espanhola, receberam o nome de a) “ayuntamientos”. b) “alcaidarias” c) “audiencias” d) “adelantados” e) “intendencias”. 2) (EsPCEx 2002) Leia com atenção o texto a seguir: “A presença inglesa na América do Norte data de 1585, quando sir Walter Raleigh fundou Virgínia. Porém, a efetiva ocupação do território ocorreu nas primeiras décadas do século XVII. Os ingleses fundaram na costa atlântica, dos séculos XVII a XVIII, três grupos de colônias: as do Norte ou Nova Inglaterra (New Hampshire, Massachussets, Connecticut e Rhode Island), colônias do Centro (Nova Iorque, Pensilvânia, Nova Jérsei e Delaware) e as do Sul (Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia).” FONTE: KOSHIBA, Luiz. História: origens, estruturas e processos. São Paulo: Atual, 2000. Pág. 348 A citação acima demonstra como as Treze Colônias Inglesas da América do Norte estavam divididas em três grupos básicos. Tal divisão deveu-se à diversidade político- administrativa e às diferenças sócio-econômicas, entre outros fatores. Sobre esta colonização é possível afirmar que: a) as colônias do Sul, por terem um clima mais quente e úmido, foram utilizadas exclusivamente para se construir um novo lar, constituindo-se em colônias de povoamento. b) as regiões do Centro foram utilizadas como colônias de exploração, uma vez que as suas condições geográficas favoreciam a implantação de uma economia do tipo plantation. c) nas regiões Norte e Centro a colonização foi efetuada, principalmente, por pessoas refugiadas de conflitos político-religiosos, que criaram comunidades preocupadas com sua própria subsistência. d) o Sul caracterizou-se por possuir uma colonização baseada no predomínio da pequena propriedade monocultora e escravista, destinada à exportação, constituindo-se em colônias de exploração. e) a região Norte caracterizou-se por constituir-se na principal área das colônias de exploração, tendo como principais produtos de exportação para a Metrópole o algodão e o rum. 3) (EsPCEx 2003) Analisando-se alguns dos sistemas coloniais implantados na América, pode-se afirmar que a) as treze colônias inglesas da América do Norte foram classificadas em colônias de exploração, ao norte de Maryland, e colônias de povoamento, ao sul da Pensilvânia. b) a administração real espanhola, por meio do Conselho das Índias, dividiu as possessões americanas em 5 vice- reinos e 3 capitanias gerais. c) a França obteve grandes territórios no Novo Mundo, vindo a possuir, no século XVIII, a maior extensão de terras na América, depois da Inglaterra. d) a França, a Holanda e a Inglaterra buscaram estabelecer colônias em áreas sob controle português, obtendo sucesso permanente nesse intento. e) um traço comum aos sistemas coloniais espanhol, francês e inglês foi o emprego do latifúndio monocultor e escravista em algumas de suas colônias. 4) (EsPCEx 2004) O texto abaixo refere-se à colonização inglesa na América. “Famílias inteiras se estabeleceram em grande número no norte e centro da colônia, organizando seu modo de vida em comunidades religiosas baseadas na pequena propriedade, na manufatura, na pecuária e na pequena lavoura policultora. A maioria dos produtos agrícolas coloniais eram semelhantes aos da Europa, por isso não interessava a metrópole comercializar com as colônias do Centro e do Norte. Isso deu maior independência aos colonos para estabelecerem um comércio interno próprio. A mão-de-obra era essencialmente familiar, mas em algumas propriedades também existiam trabalhadores contratados na Europa. Seus contratos estabeleciam que, para pagar as despesas de viagem da Europa a América, os trabalhadores deveriam permanecer nas propriedades de cinco a sete anos; era uma espécie de servidão temporária. Após obter a liberdade, eles partiam em busca de suas próprias terras, geralmente para o Oeste”, (MORAES, José Geraldo Vinci de. Caminhos das Civilizações - História Integrada: Geral e Brasil, São Paulo: Atual, 1998. p. 237.) A esse tipo de processo de colonização autônomo em relação a metrópole damos o nome de a) Modo de produção asiático. b) Colônias de exploração. c) Servidão temporária. d) Modo de produção feudal. e) Colônias de povoamento. 5) (EsPCEx 2004) “A colonização espanhola se baseou fundamentalmente na extração de ouro e prata no México, no Peru e na atual Bolívia. Nessas regiões, as atividades agrícolas e pecuárias eram apenas subsidiárias, mas no Caribe, em certas regiões da América Central (realizadas nas haciendas) e na bacia do Prata (organizadas nas estâncias), elas foram muito importantes. As riquezas minerais da América deram a Espanha muito poder, tornando-a um dos países mais fortes da Europa no século XVI. A mão-de-obra utilizada na América espanhola teve uma característica muito especial. Ela se baseou principalmente na exploração do trabalho compulsório do indígena. O trabalho escravo de negros africanos foi mais utilizado nas Antilhas e em regiões das atuais Colômbia e Venezuela.” (Moraes, José Geraldo Vinci de. Caminhos das Civilizações - História Integrada: Geral e Brasil, São Paulo: Atual, 1998. pg 176.) Dentre as formas de exploração do trabalho na América Latina, temos a mita que pode ser caracterizada por (pela) a) uma prática de escravizar os índios capturados nas chamadas “Guerras Justas” travadas entre os colonos espanhóis e os silvícolas que atacavam seus engenhos de açúcar. 45 b) uma espécie de concessão dada pela Coroa espanhola a uma pessoa para explorar e distribuir o trabalho indígena, a qual, em troca, deveria catequizar os índios. c) uma forma de trabalho que procurava recrutar e distribuir a mão-de-obra indígena de acordo com as necessidades da produção, das cidades e da administração colonial. d) aquisição de mão-de-obra de índios capturados por bandeirantes nas missões jesuítas das regiões do Tape, Guaira e Itatim. e) uma prática, em que alguns indígenas eram escolhidos por sorteio, em suas comunidades, para realizar trabalho forçado nas minas e nas propriedades. 6) (EsPCEx 2005) Durante os séculos XVI e XVII, a Inglaterra foi sacudida por lutas entre diferentes facções religiosas oriundas da Reforma Protestante. Ao mesmo tempo, a agricultura e a pecuária destinavam-se ao mercado, resultando em uma concentração de rendas e propriedades. Desse modo, os pequenos proprietários não tinham alternativas de sobrevivência. Assim, a emigração para as terras do Novo Mundo foi a saída encontrada por algumas daquelas facções religiosas, que fundaram núcleos populacionais que deram origem as Treze Colônias da América do Norte. Com o tempo, os colonos norte-americanos passaram a atuar no mercado externo criando o chamado comércio triangular. Esse comércio articulava as Colônias inglesas das Antilhas a) (produtoras de açúcar e melaço), as Colônias espanholas da América do Sul (produtoras de gado) e a Ásia (produtora de cereais e chá). b) (fornecedoras de escravos), a África (fornecedora de peles e manufaturados, principalmente a cachaça) e o Brasil (produtor de açúcar, metais e pedras preciosas). c) (produtoras de manufaturados, principalmente tecidos), a Inglaterra (fornecedora de máquinas e equipamentos agrícolas) e a África (fornecedora de escravos).d) (produtoras de açúcar, metais e pedras preciosas), o Brasil (produtor de açúcar e gado) e a África (produtora de cereais, madeira, peles, peixe seco e manufaturados, principalmente o rum). e) (produtoras de açúcar e melaço), a África (fornecedora de escravos) e a América do Norte (produtora de cereais, madeira, peles, peixe seco e manufaturados, principalmente o rum). 7) (EsPCEx 2006) "Sobre esses cordeiros dóceis [...] os espanhóis se arremessaram no mesmo instante em que os conheceram; e como lobos, como leões e tigres [...] não fazem ali sendo despedaçar, matar [...] destruir esse povo por estranhas crueldades [...] de tal sorte que, de três milhões de almas que havia na Ilha Espanhola e que nós vimos, não há hoje de seus naturais habitantes nem duzentas pessoas [...]. A causa, pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas, foi unicamente não terem como finalidade última senão o ouro, para enriquecer em pouco tempo”. (LAS CASAS, Frei Bartolomeu de. O Paraíso Destruído. Porto Alegre: L Diante da apresentação desses dados, podemos afirmar que algumas centenas de espanhóis conseguiram subjugar e aniquilar milhões de índios em função do (a): a) emprego de animais selvagens contra aqueles povos dóceis e religiosos, que identificavam nos animais “deuses” que não podiam ser combatidos. b) enorme poder das armas de fogo; fator surpresa pelo emprego de cavalos, desconhecidos dos nativos; e mitos religiosos que previam a volta de “deuses”, identificados com os espanhóis. c) misticismo religioso que existia entre os povos pré- colombianos e os proibia de reagir militarmente contra qualquer ação bélica de além-mar. d) poderio naval dos conquistadores que bombardeavam com seus navios as fortificações dos povos americanos. e) aliança entre os conquistadores espanhóis e os povos de nações indígenas localizadas na selva amazônicas, tradicionais inimigos dos habitantes do restante da América Espanhola. 8) (EsPCEx 2007) Quanto à colonização realizada nos Estados Unidos da América do Norte, ela foi dividida em colônias do norte e do sul. Predominantemente nas colônias do norte, essa ocupação se diferenciou da ocorrida no sul, onde o clima favorecia a cultura de produtos tropicais de grande valor na Europa, como o tabaco e o algodão. A colonização, no norte, foi realizada predominantemente por a) franceses. b) ingleses. c) portugueses. d) espanhóis. e) holandeses. 9) (EsPCEx 2008) “A sociedade colonial, na América espanhola, era organizada com base na exploração estabelecida pelo mercantilismo metropolitano” (VICENTINO, 2007). Nessa sociedade, os “chapetones” eram a) espanhóis da metrópole que ocupavam altos postos militares e civis. b) descendentes de pais e mães espanhóis nascidos na América, que possuíam grandes propriedades ou estabelecimentos comerciais. c) filhos de espanhóis com indígenas que desempenhavam, em geral, as funções de capatazes, artesãos ou administradores. d) escravos negros, numericamente insignificantes, exceto nas Antilhas. e) nativos da América do Sul, submetidos à mita e à encomienda. 10) (EsPCEx 2010) Leia atentamente os itens abaixo. I - O grande motivo da ida de ingleses para a América do Norte foram as perseguições religiosas e políticas. II - Ao contrário do que ocorreu na América espanhola e na América portuguesa, a Coroa inglesa foi a grande articuladora da colonização na América do Norte. III - Ao longo do Século XVI, os franceses estiveram na América, mas não como uma atitude sistemática e coerente da Coroa. Eram, na maioria das vezes, os corsários e uns poucos indivíduos que atuavam. IV - A mita era um sistema de divisão da produção agrícola entre os donos das “haciendas” (fazendas) e os “miteiros” (arrendatários), adotado pelos espanhóis para colonizar a América. V - Para operar seu imenso comércio mundial, os holandeses criaram grandes empresas mercantis e de 46 navegação, como a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. Assinale a única alternativa em que todos os itens listam características corretas da Colonização Europeia na América. a) I, II e III b) I, III e V c) II, IV e V d) II, III e IV e) I, III e IV 11) (EsPCEx 2015) Leia as afirmações abaixo referentes à colonização das Américas e assinale a única alternativa correta. I – Os primeiros colonos tinham diversas origens e condições sociais: degredados, mulheres para serem leiloadas como esposas, órfãos, camponeses sem terra, grupos religiosos fugidos da perseguição de que eram vítimas na Europa. II – O modelo de colonização consistia em conceder a um colono o direito de escravizar certo número de indígenas para fazê-los trabalhar na exploração de ouro, na agricultura ou em serviços domésticos. III – Houve preferência, desde cedo, à produção agrícola de larga aceitação na Europa, como o fumo, o algodão e o anil, em grandes propriedades monocultoras e com utilização de mão de obra escrava. IV – Era ideia entre boa parte dos colonos a visão de Calvino, para quem o ócio é pecado e enriquecer trabalhando é indício de que o indivíduo seria salvo. V – Nos primeiros contatos, os astecas pensaram que os colonizadores eram deuses e os presentearam com ouro. VI – Os colonos viam o trabalho como coisa para etnias consideradas inferiores. Pode-se afirmar que a) I, III e V referem-se à colonização inglesa na América do Norte. b) II caracteriza a colonização portuguesa na América do Sul e as de números IV e VI, a colonização inglesa na América do Norte. c) I caracteriza a diversidade de colonos que chegaram às 13 Colônias após o desembarque do navio Mayflower; a de número III, a colonização portuguesa no extremo sul do Brasil; e a de número V descreve a forma como foram recebidos os colonizadores espanhóis ao chegar ao Peru. d) II foi adotada pelos espanhóis nas Américas; a de número III era uma forma comum de produção nas colônias do Sul dos Estados Unidos; e a de número VI era a visão de boa parte dos colonizadores que chegaram ao Brasil a partir do Século XVI. e) I descreve claramente a variedade de colonos portugueses que aportaram no Brasil; a de número IV era a visão da maior parte dos colonizadores espanhóis nas Américas; e a de número V caracteriza a forma como foram recebidos os ingleses nas Antilhas. 12) (EsPCEx 2020) Alguns historiadores distinguem dois modelos de colonização inglesa adotados na América do Norte. Qual conjunto de colônias inglesas assemelhava-se ao modelo de colonização português no Brasil – produção agrícola dedicada à exportação e realizada em grandes propriedades rurais? a) Não houve semelhança. b) O conjunto de colônias do Pacífico. c) O conjunto de colônias do Norte. d) O conjunto de colônias do Sul. e) O conjunto de colônias do Centro-Sul. 13) (EsPCEx 2023) Diversos grupos étnicos ocupavam a América à época do descobrimento, por vezes verdadeiras civilizações, desenvolvidas durante séculos. A chegada dos conquistadores espanhóis, submetendo os nativos e explorando seu trabalho, levou ao extermínio de grande parte da população encontrada e ao declínio desses povos. Foram alvo da exploração colonial espanhola os povos a) astecas, maias e incas. b) astecas e maias. c) maias e incas. d) astecas e incas. e) guaranis e tamoios. 14) (PUC-PR) O mapa mostra as Treze colônias inglesas na América do Norte, normalmente divididas entre Norte, de Massachusetts até a Pensilvânia, e sul, a partir de Maryland até a Geórgia. Colonização de iniciativa particular no século XVI, as Treze colônias inglesas mantinham grandes diferenças entre si, sendo as principais entre o Norte e o Sul. Dentre elas, podemos citar a) O norte foi caracterizado por receber um grande fluxo de imigrantes ingleses, estimulados pelos cercamentose pelas perseguições religiosas sofridas na Inglaterra, vieram para colônia e montaram grandes fazendas de açúcar, tabaco e algodão, voltadas à exportação para a Europa. b) As colônias do sul eram voltadas à exploração, possuíam um sistema de produção baseado no plantation, portanto, com trabalho escravo, monocultura e exportação. c) O sul abrigou colônias de povoamento, onde a pequena propriedade para subsistência e o trabalho livre foram predominantes. d) A coroa inglesa se manteve presente nas Treze colônias, cobrando impostos e fundando a Companhia Geral do Comércio, órgão cuja competência era fiscalizar e manter o monopólio inglês sobre os produtos exportados pela colônia. e) As colônias ao norte foram conhecidas pela exploração de matéria-prima que abastecia as manufaturas inglesas, contudo, a partir das revoltas de escravos e o início do trabalho assalariado, o valor das transações aumenta muito, tornando inviável para a Inglaterra continuar ligada às colônias. 47 15) (UNESP 2002) Na Idade Moderna, o processo de colonização europeia das regiões do continente americano não foi uniforme. Pode-se distingui-Ias em áreas de a) colônia de povoamento, ocupada por contingentes de escravos africanos, e de colônia de exploração indígena. b) colônia de exploração, baseada na escravidão e na grande propriedade agrícola, e de colônia de povoamento. c) produção e de exportação de mercadorias manufaturadas e de importação de matérias-primas europeias. d) domínios políticos, com a submissão da população local, e de domínios econômicos, sendo garantida a liberdade indígena. e) exploração econômica de recursos naturais e de catequese das populações nativas por missionários cristãos. 16) (FGV 2004) A conquista colonial inglesa resultou no estabelecimento de três áreas com características diversas na América do Norte. Com relação às chamadas "colônias do sul" é correto afirmar a) Baseava-se, sobretudo, na economia familiar e desenvolveu uma ampla rede de relações comerciais com as colônias do Norte e com o Caribe. b) Baseava-se numa forma de servidão temporária que submetia os colonos pobres a um conjunto de obrigações em relação aos grandes proprietários de terras. c) Baseava-se numa economia escravista voltada principalmente para o mercado externo de produtos, como o tabaco e o algodão. d) Consolidou-se como o primeiro grande polo industrial da América com a transferência de diversos produtores de tecidos vindos da região de Manchester. e) Caracterizou-se pelo emprego de mão de obra assalariada e pela presença da grande propriedade agrícola monocultora. 17) (CFTCE 2005) Sobre a colonização inglesa nas colônias da América do Norte, é correto afirmar que: a) no conjunto das treze colônias, o modelo de colonização baseava-se na produção tropical voltado para a exportação b) as colônias do norte produziam artigos tropicais, utilizavam a mão de obra escrava e, por isso, são identificadas como colônias de exploração c) as colônias do sul, por apresentarem um clima semelhante ao europeu, produziam gêneros de subsistência em pequenas propriedades e utilizavam mão de obra livre d) as colônias de povoamento foram colonizadas por europeus que fugiam das perseguições religiosas em busca de uma nova pátria e) tanto as colônias do sul, quanto as do norte, tinham a mesma estrutura econômica, política e social 18) (UEL 2001) Durante a colonização, subjugados os nativos, os europeus montaram estruturas de dominação e exploração nas Américas Hispânica, Portuguesa e Inglesa, que em muitos aspectos apresentavam diferenças entre si. Sobre o tema, é correto afirmar a) Nas Colônias Inglesas do Norte estabeleceu-se uma economia fundada em três pilares: a monocultura, a grande propriedade rural e a mão de obra escrava. b) A dominação inglesa, embora tenha elementos semelhantes aos da dominação portuguesa (a "plantation" de algodão no sul), possibilitou que famílias imigrassem em massa para a América em face dos problemas políticos e religiosos na metrópole. c) A Inglaterra utilizou os princípios do liberalismo político e econômico para governar as Treze Colônias americanas. d) A dominação espanhola implantou-se a partir de grandes unidades agrícolas de exportação. e) A colonização portuguesa teve como base pequenas unidades de produção diversificadas. 19) (MACKENZIE 1997) São características das Colônias de Povoamento implantadas no Continente Americano a partir do século XVII: a) trabalho compulsório, mercado interno, plantações de subsistência e Pacto Colonial. b) pequena propriedade familiar, manufaturas, policultura, autonomia econômica e mão de obra livre. c) grandes propriedades de terras, ação colonizadora decorrente de conflitos religiosos na Metrópole, monocultura e trabalho escravo. d) trabalho escravo, produção voltada para a exportação, economia limitada pelo Exclusivo Colonial e Iatifúndio monocultor. e) pequenas plantações de subsistência, monocultura, ação colonizadora baseada nas propostas mercantilistas e mão de obra livre. 20) (FATEC 2003) A colonização inglesa começou tardiamente, por causa dos problemas políticos internos, mas vários fatores impulsionaram a ocupação da América do Norte, entre os quais a) o controle total da colonização pelo Estado, que criou, para isso, as Companhias de Londres e Plymouth. b) o desenvolvimento de grandes propriedades de produtos tropicais, tabaco e arroz. no norte, e de pequenas propriedades dirigidas pelos 'encomenderos', no sul. c) a administração colonial a cargo dos vice-reis, que tinham na escravidão por contrato a principal fonte de trabalho. d) certo grau de liberdade que gozavam as colônias dentro do monopólio mercantilista, liberdade essa que começou a sofrer restrições com os Atos de Navegação. e) o estabelecimento de colônias no Caribe, além das Treze Colônias, e a ocupação de posições importantes no Oriente. 21) (UFMG 2007) Observe o mapa, em que estão representados os intercâmbios comerciais das Colônias Inglesas da América do Norte: 48 Considerando-se as informações desse mapa e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que a) as Antilhas Britânicas, com uma economia basicamente extrativista, ocupavam um papel secundário tanto para os interesses metropolitanos, quanto nos intercâmbios comerciais das Colônias Inglesas da América do Norte. b) as Colônias Inglesas do norte e do centro desenvolveram um intenso comércio intercontinental com as Antilhas, a África e a Europa, em detrimento das Colônias Inglesas do sul, que estavam isoladas. c) o comércio intercolonial e intercontinental se desenvolveu nas Colônias Inglesas da América do Norte, apesar das tentativas, ineficazes, de aplicação das Leis de Navegação por parte da Metrópole. d) os comerciantes metropolitanos compravam diversos produtos manufaturados da América Inglesa, onde a atividade fabril era intensa, em razão da abundância de matérias-primas e de mão de obra barata. 22) (FATEC 1998) "São os portugueses que antes de quaisquer outros se ocuparão do assunto. Os espanhóis, embora tivessem concorrido com eles nas primeiras viagens de exploração, abandonarão o campo em respeito ao Tratado de Tordesilhas (1494) e à bula papal que dividira o mundo a se descobrir por linhas imaginária entre as coroas portuguesa e espanhola. O litoral brasileiro ficava na parte lusitana, e os espanhóis respeitavam seus direitos. O mesmo não se deu com os franceses, cujo rei (Francisco I ) afirmaria desconhecer a cláusula do testamento de Adão que reservava o mundo unicamente a portugueses e espanhóis. Assim eles virão também, e a concorrência só resolveria pelas armas". (PRADO Jr, Caio. HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL. São Paulo, Brasiliense, 1967.) Segundo o texto, é correto afirmarque a) espanhóis e portugueses resolveriam a posse das terras da América pela força das armas. b) a concorrência entre Portugal e Espanha serviu de pretexto para que o rei da França reservasse a si o direito de atacar a Península Ibérica e resolver o impasse pela força das armas. c) os franceses não reconheceram o Tratado de Tordesilhas e, por isso, não respeitaram a posse de terras pertencentes a Portugal ou Espanha. d) lançando mão da "cláusula de Adão", o rei da França fundamentava a tese de que o Papa tinha todo o direito de dispor do mundo, uma vez que era descendente direto de Adão. e) para os franceses, os espanhóis não respeitavam o litoral brasileiro e assolavam-no constantemente porque não reconheciam, em nenhum documento, que Portugal detinha a posse das terras brasileiras. 23) (UEG 2011) “Brigam Espanha e Holanda Pelos direitos do mar O mar é das gaivotas Que nele sabem voar O mar é das gaivotas E de quem sabe navegar Brigam Espanha e Holanda Pelos direitos do mar Brigam Espanha e Holanda Porque não sabem que o mar É de quem o sabe amar” DINIZ, Leila. Leila Diniz. São Paulo: Editora Brasiliense,1983 A final da Copa do Mundo de 2010 reproduziu de modo simbólico um conflito que tem origens históricas: a disputa entre Espanha e Holanda pela hegemonia do comércio marítimo mundial no século XVII. Um evento diretamente relacionado a essa disputa pelo domínio marítimo foi a) a criação da Companhia das Índias Ocidentais, pela Holanda, com o objetivo de explorar as colônias e possessões espanholas. b) a Guerra dos Trinta Anos, motivada pelos interesses ingleses e holandeses em estabelecer colônias no continente africano. c) a tomada do Cabo da Boa Esperança em 1650 pelas tropas portuguesas, que criam na região a Cidade do Cabo. d) a Guerra dos Emboabas, motivada pelo controle do comércio escravista nas regiões mineradoras brasileiras. 24) (FUVEST 2020) As tentativas holandesas de conquista dos territórios portugueses na América tinham por objetivo central a) a apropriação do complexo açucareiro escravista do Atlântico Sul, então monopolizado pelos portugueses. b) a formação de núcleos de povoamento para absorverem a crescente população protestante dos Países Baixos. c) a exploração das minas de ouro recém‐descobertas no interior, somente acessíveis pelo controle de portos no Atlântico. d) a ocupação de áreas até então pouco exploradas pelos portugueses, como o Maranhão e o Vale Amazônico. e) a criação de uma base para a ocupação definitiva das áreas de mineração da América espanhola. 25) (FUVEST 2011) Quando os Holandeses passaram à ofensiva na sua Guerra dos Oitenta Anos pela independência contra a Espanha, no fim do século XVI, foi contra as possessões coloniais portuguesas, mais do que contra as espanholas, que os seus ataques mais fortes e mais persistentes se dirigiram. Uma vez que as possessões ibéricas estavam espalhadas por todo o mundo, a luta subsequente foi travada em quatro continentes e em sete mares e esta luta seiscentista merece muito mais ser chamada a Primeira Guerra Mundial do que o holocausto de 1914-1918, a que geralmente se atribui essa honra duvidosa. Como é evidente, as baixas provocadas pelo conflito ibero-holandês foram em muito menor escala, mas a população mundial era muito menor nessa altura e a luta indubitavelmente mundial. Charles Boxer, O império marítimo português, 1415-1825. Lisboa: Edições 70, s.d., p.115. Podem-se citar, como episódios centrais dessa “luta seiscentista”, a a) conquista espanhola do México, a fundação de Salvador pelos portugueses e a colonização holandesa da Indonésia. b) invasão holandesa de Pernambuco, a fundação de Nova Amsterdã (futura Nova York) pelos holandeses e a perda das Molucas pelos portugueses. c) presença holandesa no litoral oriental da África, a fundação de Olinda pelos portugueses e a colonização espanhola do Japão. 49 d) expulsão dos holandeses da Espanha, a fundação da Colônia do Sacramento pelos portugueses e a perda espanhola do controle do Cabo da Boa Esperança. e) conquista holandesa de Angola e Guiné, a fundação de Buenos Aires pelos espanhóis e a expulsão dos judeus de Portugal. 26) (FATEC 2007) Organizada com base na exploração estabelecida pelo mercantilismo metropolitano espanhol, a sociedade colonial apresentava, no topo da escala hierárquica a) os criollos, grandes proprietários e comerciantes que, por constituírem a elite colonial, participavam das câmaras municipais. b) os chapetones, que ocupavam altos postos militares e civis. c) os calpulletes, que ocupavam altos cargos administrativos dos chamados ayuntamientos. d) os mestiços, que, por serem filhos de espanhóis, podiam estar à frente dos cargos político-administrativos. e) os curacas, donos de grande quantidade de terra, que administravam os cabildos. 27) (ENEM 2012) Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade. Carta de Colombo aos reis da Espanha,juIho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado). O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na a) expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico. b) promoção das guerras justas para conquistar o território. c) imposição da catequese para explorar o trabalho africano. d) opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico. e) fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas. 28) (UECE 2010) O processo de colonização da América Espanhola foi intenso e violento. Os espanhóis utilizaram largamente de agressividade, superioridade técnica militar, assim como de diferentes formas de exploração do trabalho indígena, sendo a encomienda a mais comum. Sobre a encomienda assinale o correto. a) Constituía-se em forma de trabalho remunerado com algumas moedas de prata, proposta pelo rei da Espanha para a população indígena. b) Era o direito de capturar indígenas, dado pelo rei aos encomienderos que, em troca, deveriam proporcionar aos nativos educação cristã. c) Constituía-se em trabalho compulsório temporário no qual o indígena trabalhava por um período e depois podia livremente deixar de prestar serviços para a coroa espanhola. d) Era um acordo firmado entre espanhóis e líderes indígenas para fornecimento de mão de obra nas minas de prata. 29) (UFC 2009) Sobre a conquista da América, é verdade dizer que astecas, incas e maias foram subjugados pelos espanhóis, embora houvesse superioridade numérica de índios. Para isso contribuíram o uso de armas de fogo, os conflitos internos entre os nativos e as doenças transmitidas pelos conquistadores. Sobre a conquista dos incas, assinale a alternativa correta. a) Os incas foram derrotados porque acreditaram que os conquistadores eram deuses de volta aos Andes e se sacrificaram em frente deles. b) A conquista do vasto território inca foi se consolidando sem resistência por parte dos indígenas, sobretudo dos quéchuas, que foram exterminados. c) O aventureiro Fernão Cortez cruzou o Panamá, chegou ao Pacífico e comandou a conquista dos incas, aproveitando-se das lutas internas que enfraqueciam o Império. d) Atahualpa consultou os sacerdotes adivinhos para que explicassem a invasão dos conquistadores. Por não obter resposta, o rei os matou e dessa forma o Império teocrático colapsou. e) O conquistador espanhol, após ter tido contato diretocom Atahualpa, armou-lhe uma cilada e o fez prisioneiro; pediu resgate em ouro, mas, mesmo assim, o matou. Sem o rei, o Império desestabilizou-se e caiu. 30) (UNESP 2018) Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização. A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana. (Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.) “A instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones” contribuiu para a dominação espanhola e portuguesa da América, uma vez que os religiosos a) mediaram os conflitos entre grupos indígenas rivais e asseguraram o estabelecimento de relações amistosas destes com os colonizadores. b) aceitaram a imposição de tributos às comunidades indígenas, mas impediram a utilização de nativos na agricultura e na mineração. c) toleraram as religiosidades dos povos nativos e assim conseguiram convencê-los a colaborar com o avanço da colonização. d) rejeitaram os regimes de trabalho compulsório, mas estimularam o emprego de mão de obra indígena em obras públicas. 50 e) desenvolveram missões de cristianização dos nativos e facilitaram o emprego de mão de obra indígena na empresa colonial. 31) (UNICENTRO 2007) Sobre a colonização do continente americano pelos ingleses, franceses, portugueses e espanhóis, é correto afirmar: a) Estimulou a prática do trabalho assalariado, atendendo aos objetivos da política mercantilista. b) Garantiu a formação de impérios coloniais, excluindo a possibilidade de ações bélicas entre as metrópoles européias. c) Assegurou o caráter monopolista da expansão ultramarina a partir da desobediência às imposições do Pacto Colonial. d) Ampliou o caráter autônomo das atividades produtivas nas colônias de exploração e o caráter dependente nas colônias de ocupação. e) Originou dois tipos básicos de ocupação territorial e aproveitamento econômico: as colônias de povoamento e as colônias de exploração. 32) (UFU 2000) Sobre as civilizações pré-colombianas dos Astecas, Maias e Incas é correto afirmar que I- a base econômica dessas sociedades era a agricultura, sendo a terra pertencente à comunidade ou ao Estado e trabalhada coletivamente. II- enquanto os Incas e os Astecas desenvolveram um avançado sistema de escrita, registrando a história coletiva, os Maias se dedicaram a representar cenas do cotidiano em objetos cerâmicos, sem desenvolver a escrita. III- para os Astecas, a guerra de conquista tinha um duplo objetivo: obrigar as tribos subjugadas a pagarem tributos e obter prisioneiros para os sacrifícios nos rituais religiosos. IV- enquanto na sociedade asteca a escravidão era a base das relações de trabalho, os Maias e os Incas adotavam o trabalho coletivo livre, em sociedades igualitárias, sem hierarquias sociais. Assinale a alternativa correta. a) Apenas II e IV. b) Apenas I e III. c) Apenas I e IV. d) Apenas III e IV. 33) (UFU 2002) “Um mistério continua ligado à conquista (da América); trata-se do resultado do combate. Por que esta vitória fulgurante, se os habitantes da América são tão superiores em número a seus adversários, e lutam em seu próprio solo?” TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1983, p. 51. Para responder a esta pergunta, os historiadores têm apontado vários elementos que, em conjunto, podem explicar a vitória dos espanhóis sobre as populações ameríndias na conquista da América. Assinale a alternativa que NÃO pode ser considerada explicação para a derrota das populações ameríndias. a) As doenças que os conquistadores espalharam pela América transformaram-se em uma verdadeira “arma” para a conquista; estas provocaram uma catástrofe demográfica, desorganizando as sociedades nativas e minando sua resistência. b) Os povos ameríndios eram, segundo Cristóvão Colombo, “gentes muito pacíficas e medrosas, nuas, sem armas e sem leis”, o que explica porque foram dominados e conquistados pelos espanhóis, sem oferecerem resistência. c) A utilização, pelos espanhóis, de armas de fogo, espadas de metal, cavalos e cachorros tornou-se um diferencial importante que contribuiu para dar a eles uma relativa superioridade bélica, nos combates contra os amerindíos. d) Aproveitando-se das dissensões internas, os espanhóis fizeram alianças com populações ameríndias inimigas dos grupos que detinham o poder; puderam contar, então, com milhares de soldados ameríndios, que foram vitais para suas conquistas. 34) (UNIMONTES 2018) Leia o texto a seguir: “As temperaturas glaciais do campo aberto alternavam-se com os calores infernais do fundo da montanha. Os índios entravam nas profundidades, e ordinariamente eram retirados mortos ou com cabeças e pernas quebradas, e nos engenhos todo o dia se machucam. Os mitayos retiravam o minério com a ponta de uma barra e o carregavam nas costas, por escadas, à luz de uma vela [...]. A mita era uma máquina de triturar índios. O emprego do mercúrio para a extração de prata por amálgama envenenava tanto ou mais do que os gases tóxicos do ventre da terra. Fazia cair o cabelo, os dentes e provocava tremores incontroláveis.” Fonte: GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. RJ: Paz e Terra, 1989, p. 52. Sobre o trabalho compulsório na América Espanhola, pode-se afirmar que: a) A mita era uma forma de trabalho trazida exclusivamente pelos espanhóis, tornando-se um modelo de trabalho escravo que passou a ser amplamente utilizado por outras metrópoles em suas respectivas colônias. b) A mita era uma forma de exploração empregada na América Espanhola e consistia no direito da Coroa de utilizar o trabalho forçado dos nativos e, em troca, os espanhóis deveriam proporcionar uma educação cristã aos indígenas. c) A mita era um trabalho compulsório realizado próximo às comunidades indígenas, logo, apesar de ser um trabalho extremamente insalubre, proporcionou forte integração entre colonizados e colonizadores. d) A mita, também conhecida como repartimiento, era um regime de trabalho forçado no qual os nativos recebiam baixa remuneração, que os obrigava a permanecer nas minas, apesar das péssimas condições de trabalho. 35) (UFSJ 2005) “Como há quinhentos anos, a pirâmide das vítimas está formada pelos pobres: no ápice, os pobres brancos; depois os animais de trabalho chamados há quinhentos anos de “negros” e, ao pé da pirâmide, os animais de trabalho chamados há quinhentos anos de “índios”. (Heinz Dieterich Steffan, cientista social alemão) A colonização das Américas espanhola e portuguesa implicou determinadas formas de exploração de trabalhadores nativos e apresados pelo tráfico humano. Nesse sentido, é CORRETO afirmar que a) na América portuguesa predominou a exploração das comunidades indígenas nativas nas missões jesuíticas e pelos fazendeiros catequistas, com a divisão dos lucros com os aldeados e a preservação da sua cultura original; na América espanhola predominou a escravidãode negros africanos em minas de ouro, prata e diamantes. b) nas Américas espanhola e portuguesa a escravidão negra e a exploração das comunidades nativas, por meio 51 da encomienda e da mita, não se revelaram eficazes para a obtenção de lucros para os colonizadores; já a partir do século XVI, os trabalhadores nativos e negros começaram a ser substituídos por imigrantes europeus assalariados. c) nas Américas espanhola, portuguesa e inglesa, predominou a integração da exploração das comunidades nativas, da escravidão de negros africanos e de imigrantes sob servidão temporária; com o desenvolvimento da indústria têxtil (séc. XVII), as três Américas iniciaram um vigoroso processo de assalariamento de negros, índios e europeus. d) na América espanhola predominou a exploração das comunidades indígenas nativas, com a encomienda, e o trabalho compulsório com pequena remuneração nas minas de metais preciosos, com a mita; na América portuguesa, e em ilhas do mar do Caribe, predominou a escravidão de negros africanos, na plantation tropical e na mineração. 36) (FUVEST 2015) Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas de colonização ibérica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII, a) a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi assalariada. b) a liberdade foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola e da América portuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi. c) a escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América espanhola, esteve mais generalizada na América portuguesa. d) não houve escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes dispunham de farta oferta de mão de obra indígena. e) o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil. 37) (FUVEST 2013) Quando Bernal Díaz avistou pela primeira vez a capital asteca, ficou sem palavras. Anos mais tarde, as palavras viriam: ele escreveu um alentado relato de suas experiências como membro da expedição espanhola liderada por Hernán Cortés rumo ao Império Asteca. Naquela tarde de novembro de 1519, porém, quando Díaz e seus companheiros de conquista emergiram do desfiladeiro e depararam-se pela primeira vez com o Vale do México lá embaixo, viram um cenário que, anos depois, assim descreveram: “vislumbramos tamanhas maravilhas que não sabíamos o que dizer, nem se o que se nos apresentava diante dos olhos era real”. Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado. O texto mostra um aspecto importante da conquista da América pelos espanhóis, a saber, a) a superioridade cultural dos nativos americanos em relação aos europeus. b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da posterior convivência entre conquistadores e conquistados. c) a surpresa dos conquistadores diante de manifestações culturais dos nativos americanos. d) o reconhecimento, pelos nativos, da importância dos contatos culturais e comerciais com os europeus. e) a rápida desaparição das culturas nativas da América Espanhola. 38) (FUVEST 2008) "Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas..." Bartolomé de Las Casas, 1474 - 1566. "A espada, a cruz e a fome iam dizimando a familia selvagem." Pablo Neruda, 1904 - 1973. As duas frases lidas colocam como causa da dizimação das populações indígenas a ação violenta dos espanhóis durante a conquista da América. Pesquisas históricas recentes apontam outra causa, além da já indicada, que foi a) a incapacidade das populações indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do colonizador. b) o conflito entre populações indígenas rivais, estimulado pelos colonizadores. c) a passividade completa das populações indígenas, decorrente de suas crenças religiosas. d) a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos problemas ambientais. e) a série de doenças trazidas pelos espanhóis (varíola, tifo e gripe), para as quais as populações indígenas não possuíam anticorpos. 39) (ENEM 2016) Quando surgiram as primeiras notícias sobre a presença de seres estranhos, chegados em barcos grandes como montanhas, que montavam numa espécie de veados enormes, tinham cães grandes e ferozes e possuíam instrumentos lançadores de fogo, Montezuma e seus conselheiros ficaram pensando: de um lado, talvez Quetzalcóatl houvesse regressado, mas, de outro, não tinham essa confirmação. PINSKY, J. et.al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado). A dúvida apresentada inseria-se no contexto da chegada dos primeiros europeus à América, e sua origem estava relacionada ao a) domínio da religião e do mito. b) exercício do poder e da política. c) controle da guerra e da conquista. d) nascimento da filosofia e da razão. e) desenvolvimento da ciência e da técnica. 52 Gabarito 1) A 2) C 3) E 4) E 5) E 6) E 7) B 8) B 9) A 10) B 11) D 12) D 13) D 14) A 15) B 16) C 17) D 18) B 19) B 20) D 21) C 22) C 23) A 24) A 25) B 26) B 27) E 28) B 29) E 30) E 31) E 32) B 33) B 34) D 35) D 36) C 37) C 38) E 39) A 53 As Revoluções Inglesas e a Revolução Industrial Revoluções Inglesas (Século XVII) 1) (EsPCEx 2001) Em uma das questões desta prova, está sendo citado o nome de um conjunto de rock inglês, o “New Model Army” (Novo Modelo de Exército). O surgimento do “New Model Army” (o Exército, não o conjunto de rock) teve importância fundamental na composição das forças terrestres modernas, estendendo sua influência até os dias de hoje. E ele está relacionado a um dos conflitos ocorridos na Inglaterra. Falamos da a) Revolução Gloriosa. b) Guerra Civil. c) Invencível Armada. d) Guerra das Duas Rosas. e) Guerra da Restauração. 2) (EsPCEx 2003) “Toda vez que a Águia Inglaterra sai para caçar, deixando o seu ninho desguarnecido, a fuinha Escócia vem rastejando para comer os seus principescos ovos; na ausência do gato, o rato faz bagunça, rompendo e destruindo mais do que pode comer.” Personagem Westmoreland. Cena 2, Ato I de Henrique V. (SHAKESPEARE, William. The Complete Works. New York, Gramercy, 1975.) No período histérico em que a peça citada foi escrita, a Inglaterra estava sendo regida politicamente pelo(a) a) Absolutismo Monárquico. b) Despotismo Esclarecido. c) Parlamentarismo Republicano. d) Soberania Parlamentarista. e) Imperialismo Constitucional. 3) (EsPCEx 2003) “Em 1685, com a morte de Carlos II, subiu ao trono seu irmão Jaime II. Católico fervoroso, o novo rei procurou restaurar o absolutismo e o catolicismo, punindo os revoltosos, aos quais negava o direito de habeas-corpus. Esse direito era uma conquista estabelecida pela Carta Magna. Por ele, ninguém poderia ser preso sem culpa formada. O Parlamento já não era o mesmo dos tempos de Cromwell. Mesmo assim, não podia tolerar essas medidas. Por isso, em repúdio ao rei, convocou Maria Stuart, filha de Jaime II e mulher de Guilherme de Orange, governador das Províncias Unidas, para ocupar o trono (...). Jaime II refugiou-se na França e um novo Parlamento proclamou Guilherme e Maria rei e rainha da Inglaterra. Triunfava assim a Revolução Gloriosa.” (ARRUDA, José Jobson & PILETTI, Nelson. Toda a História: História Geral e História do Brasil. São Paulo: Ática, 2002.) Nos anos de 1688 e 1689, ocorreu, na Inglaterra, a chamada “Revolução Gloriosa”. Foi por meio dela que Guilherme de Orange ascendeu ao trono inglês com o nome de GuilhermeIII, tendo, porém, que se submeter à Declaração dos Direitos (Bill of Rights), que a) restringia a liberdade de imprensa, a liberdade individual e a liberdade de propriedade. b) obrigava o rei a submeter-se à vontade do Parlamento, limitando, portanto, o poder monárquico. c) definia o catolicismo como religião oficial da Inglaterra, restringindo a liberdade de culto. d) estabelecia o ministério vitalício de base aristocrática, sem a participação da classe burguesa. e) substituía a monarquia constitucional pelo absolutismo, fortalecendo o Poder Executivo. 4) (EsPCEx 2004) Na Inglaterra, o apogeu do absolutismo ocorreu no reinado da Dinastia Tudor (1485 – 1603). Acerca desse regime absoluto é correto afirmar que a) surgiu em consequência da Guerra das Duas Rosas, que dizimou a nobreza, facilitando a centralização do poder. b) o rei estava sujeito ao Parlamento. c) fortaleceu a aliança com a Igreja Católica. d) o liberalismo econômico foi fundamental para a sua consolidação. e) foi iniciado por Elisabeth I e consolidado por Jaime II. 5) (EsPCEx 2004) A Revolução Gloriosa de 1688, na Inglaterra, assinala o (a) a) predomínio do poder real sobre as conquistas da burguesia agrária. b) proibição do poder da nobreza sobre o Terceiro Estado. c) vitória da política de conciliação entre as classes, proposta por Cromwel. d) proibição ao rei de lançar impostos sem a permissão do parlamento. e) restabelecimento da liberdade religiosa para os católicos. 6) (EsPCEx 2004) Como condição para o advento do capitalismo industrial na Inglaterra no século XVIII, a Revolução Inglesa do século XVII é importante porque a) estabeleceu o princípio de que o “rei reina, mas não governa” com a criação da dinastia dos Lancasters, sob a direção do Lorde Fairfax. b) consolidou uma poderosa classe de pequenos proprietários rurais, os “Yeomen”, ao realizar uma reforma agrária radical. c) eliminou as últimas barreiras feudais e fez triunfar o capitalismo agrário. d) derrubou o absolutismo Tudor, sendo a revolução liderada pelos “landlordes” (os nobres do campo). e) possibilitou o triunfo do Parlamento, cujos membros, em sua maioria, eram radicais religiosos como os “Levellers” (Niveladores), os “Ranters” (Blasfemadores) e os “Diggers” (Cavadores). 7) (EsPCEx 2006) Durante o governo de Cromwell, a Inglaterra foi adquirindo os contornos de potência mundial que a caracterizariam nos séculos seguintes. Decretaram-se leis que protegiam os mercadores ingleses e priorizavam o desenvolvimento da indústria naval. Esses decretos ficaram conhecidos como: a) Leis do Teste. b) Atos de Exclusão. c) Editos de Nantes. d) Atos de Navegação. e) Atos de Supremacia. 8) (EsPCEx 2007) Na Inglaterra, durante o Século XVII, ocorreu a Revolução Gloriosa (1688-1689), que a) optou pela restauração da dinastia Stuart. b) implantou o regime republicano na Inglaterra. c) foi um golpe do Parlamento contra Jaime II, colocando no poder Guilherme de Orange. d) restaurou o poder do catolicismo na Inglaterra. e) implantou um regime ditatorial, denominado protetorado. 54 9) (EsPCEx 2008) Politicamente, a Revolução Gloriosa teve um papel importante para a ocorrência da Revolução Industrial na Inglaterra, pois a) restaurou o poder absoluto do monarca, possibilitando a criação de decretos-leis que impulsionavam a atividade industrial, sem a interferência de terceiros. b) abriu o mercado britânico para a entrada de capitais estrangeiros, além de ter criado leis que regulavam o trabalho industrial. c) possibilitou o surgimento de sindicatos de operários que visavam aumentar a produção industrial, sem abandonar as conquistas sociais. d) estabeleceu a supremacia do Parlamento, criando pré- requisito para a plenitude capitalista burguesa que se instalaria com as maquinofaturas. e) levou ao poder novos líderes oriundos das camadas mais pobres e desfavorecidas da sociedade inglesa. 10) (EsPCEx 2022) A tentativa do rei Jaime II (1685-1689) de impor o catolicismo aos ingleses, contrariando o Parlamento, de maioria protestante, levou este último a convidar o príncipe holandês Guilherme de Orange, casado com a filha protestante de Jaime II, a ocupar o trono inglês. Guilherme, então, entrou na Inglaterra com seu exército e destronou o sogro, no movimento que ficou conhecido como Revolução Gloriosa. Relativamente a esse momento histórico, analise as assertivas abaixo. I – Guilherme de Orange jurou obedecer à Declaração de Direitos (Bill of Rights), que passou a vigorar na Inglaterra desde então. II – O processo revolucionário inglês foi inspirado nas ideias do pensador político Maquiavel. III – A Revolução, de inspiração liberal, favoreceu o desenvolvimento do capitalismo e expansão dos negócios da burguesia manufatureira e mercantil, colaborando para o pioneirismo inglês na vindoura Revolução Industrial. IV – A partir da Revolução Gloriosa, tornou-se comum dizer que, na Inglaterra, “o rei reina, mas quem governa é o Parlamento”. Assinale a alternativa que apresenta somente assertivas corretas. a) I, II, III e IV. b) I, II e III. c) I, III e IV. d) II, III e IV. e) Nenhumas das opções apresentadas. 11) (UFRGS) O “Bill of Rights” (Declaração de Direitos) resultou de um processo histórico que apresentou importantes desdobramentos políticos na Inglaterra do século XVII e que se caracterizou: a) pelo conflito político-militar que opôs a burguesia manufatureira à nobreza de cercamentos. b) pela consolidação de uma república social que estendeu aos “niveladores” e “cavadores” os privilégios da aristocracia proprietária. c) pelo confronto entre o absolutismo da dinastia Stuart e as ideias do Parlamento, concluído com a execução de Henrique VIII. d) pela aproximação econômica entre a burguesia comercial-manufatureira e a nobreza dos cercamentos configurada na Revolução Gloriosa. e) pelo avanço dos setores católicos na economia industrial, em detrimento dos puritanos, mantenedores da ordem feudal. 12) (Fgv 2017) Os chamados Atos de Navegação, instituídos na Inglaterra em 1651, a) eram recomendações teóricas que buscavam estimular o livre comércio internacional. b) constituíram-se como um instrumento jurídico que proibia o tráfico de escravos para a América inglesa. c) foram uma forma de articulação entre a Inglaterra e o poderio naval holandês frente ao poderio ibérico. d) estabeleceram regras para a navegação marítima visando combater as práticas de pirataria. e) eram um conjunto de leis que ampliavam o controle metropolitano inglês sobre as suas colônias. 13) (UDESC) Assinale a alternativa correta em relação à Revolução Inglesa, conhecida também por Revolução Gloriosa. a) O Liberalismo inglês foi derrotado, e os burgueses, contrários a ele, foram chamados a participar do governo. b) Os ingleses, depois de muitas lutas, conseguiram fazer um Monarca se submeter a uma Carta de Princípios elaborada pelo Parlamento. c) O Absolutismo inglês, muito mais antigo e vigoroso que o francês, fortaleceu-se ainda mais após a Revolução. d) A glória da Revolução consistia em produzir um novo regime de forma pacífica, sem mortes, quando os problemas sociais há muito já tinham sido resolvidos. e) A industrialização depois da Revolução foi lenta e tardia. 14) (UFJF) A Revolução Gloriosa de 1688 foi, segundo Hannah Arendt, o acontecimento no qual o termo Revolução "encontrou guarida definitiva na linguagem histórica e política", embora seu significado ainda não fosse aquele que veio a ter depois da Revolução Francesa (1789). Sobre a Revolução Gloriosa é CORRETO afirmar que: a) Significou a união dos Whigs e Tories simplesmente para combater as pretensões de Jaime II de restabelecer o puritanismo; b) Diferentemente dos "revolucionários"para a mautenção do patrimônio eclesiástico feudal, ao evitar a divisão entre possíveis herdeiros dos membros do clero. Os fragmentos I, II, III e IV referem-se, respectivamente, ao a) poder temporal, clero secular, clero regular e celibato clerical. b) celibato clerical, clero regular, clero secular e poder temporal. c) clero secular, celibato clerical, poder temporal e clero regular. d) poder temporal, clero regular, clero secular e celibato clerical. e) clero regular, clero secular, poder temporal e celibato clerical. 9) (EsPCEx 2016) O século X é caracterizado, na Europa, pela desestruturação do Império Carolíngio e pelas invasões de outros povos. Esta situação acabou intensificando um processo de ruralização já em andamento e a procura da proteção militar oferecida pelos nobres e guerreiros, por parte das pessoas pobres ou com menos recursos. Era o início do que ficou conhecido como feudalismo. As instituições feudais se originaram de elementos romanos e germânicos. São elementos germânicos: a) economia agropastoril, comitatus, beneficiun. b) comitatus, fragmentação do poder político, beneficiun. c) colonato, comitatus, fragmentação do poder político. d) comitatus, beneficiun, colonato. e) fragmentação do poder político, economia agropastoril, beneficiun. 10) (EsPCEx 2019) O Mundo Feudal baseava-se em uma sociedade rigidamente hierarquizada, na qual os indivíduos encontravam-se subordinados uns aos outros por laços de dependência pessoal. Havia uma grande massa de camponeses presos à terra, que viviam sob o domínio dos senhores feudais e que se dividiam em dois grupos com características particulares: a) Suseranos e vassalos b) Cavaleiros e soldados c) Servos e baixo clero d) Servos e vilões e) Vilões e salteadores 11) (EsPCEx 2022) “O feudalismo termina quando os mortos, que a Igreja havia colocado no centro do espaço social, são reconduzidos para fora das cidades e aldeias”. Com essa metáfora, Jérôme Baschet (A Civilização Feudal: do ano 1000 à Colonização da América. São Paulo: Globo, 2006. P. 281) quis destacar a) que, no final da Idade Média, como medida sanitária, ocorreu uma exumação generalizada de restos mortais nos cemitérios urbanos. b) a modificação dos cortejos fúnebres, que passaram a percorrer itinerários fora dos centros urbanos. c) a proibição da construção de cemitérios em áreas urbanas. d) a proibição do sepultamento de suicidas em solo santo. e) que a presença dos cemitérios no centro das cidades e aldeias, em torno de lugares de culto religioso, pode ser considerada um elemento marcante da sociedade feudal. 12) (UNESP 2013) “Servir” ou, como também se dizia, “auxiliar”, – “proteger”: era nestes termos tão simples que os textos mais antigos resumiam as obrigações recíprocas do fel armado e do seu chefe.” (Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.) O mais importante dos deveres que, na sociedade feudal, o vassalo tinha em relação ao seu senhor era: a) o respeito à hierarquia e à unicidade de homenagens, que determinava que cada vassalo só podia ter um senhor. b) o auxílio na guerra, participando pessoalmente, montado e armado, nas ações militares desenvolvidas pelo senhor. c) a proteção policial das aldeias e cidades existentes nos arredores do castelo de seu senhor. d) a participação nos torneios e festejos locais, sem que o vassalo jamais levantasse suas armas contra seu senhor. e) a servidão, trabalhando no cultivo das terras do senhor e pagando os tributos e encargos que lhe eram devidos. 13) (FATEC-SP) Uma das características a ser reconhecida no feudalismo europeu é: a) A sociedade feudal era semelhante ao sistema de castas. b) Os ideais de honra e fidelidade vieram das instituições dos hunos. c) Vilões e servos estavam presos a várias obrigações, entre elas, o pagamento anual de capitação, talha e banalidades. d) A economia do feudo era dinâmica, estando voltada para o comércio dos feudos vizinhos. e) As relações de produção eram escravocratas. 14) (FASP) Podemos definir o feudalismo, do ponto de vista econômico, como um sistema baseado na produção, tendente à autossuficiência, sendo a agricultura seu principal setor. Politicamente o feudalismo caracterizava-se pela: a) existência de legislação específica a reger a vida de cada feudo. b) atribuição do poder executivo à igreja. c) relação direta entre posse e soberania dos feudos, fragmentando assim o poder central. d) absoluta descentralização administrativa. 7 15) (ENEM 2015) A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto… Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz. ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981. A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um objetivo de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente, em: a) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas. b) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica. c) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas. d) Controlar a exploração econômica / unificação monetária. e) Questionar a ordem divina / Reforma Católica. 16) (UFPA) Nas relações de suserania e vassalagem dominantes durante o feudalismo europeu, é possível observar que: a) a servidão representou, sobretudo na França e na Península Ibérica, um verdadeiro renascimento da escravidão conforme existia na Roma Imperial. b) os suseranos leigos, formados pela grande nobreza fundiária, distinguiam juridicamente os servos que trabalhavam nos campos dos que produziam nas cidades. c) mesmo dispondo de grandes propriedades territoriais, os suseranos eclesiásticos não mantinham a servidão nos seus domínios, mas sim o trabalho livre. d) o sistema de impostos incidia de forma pesada sobre os servos. O imposto da mão morta, por exemplo, era pago pelos herdeiros de um servo que morria para que continuassem nas terras pertencentes ao suserano. e) as principais instituições sociais que sustentavam as relações entre senhores e servos eram de origem muçulmana, oriundos da longa presença árabe na Europa Ocidental. 17) (UFJF-MG) Os versos abaixo demonstram como a sociedade feudal era estruturada a partir de relações de dependência pessoal. Leia-os com atenção. “Se o meu senhor for morto, eu quero que me matem, Se ele for enforcado, enforcai-me com ele, Se ele for posto na fogueira, quero ser queimado, E, se ele se afogar, lançai-me à água com ele.” Citado em BLOCH, M. A sociedade feudal. Lisboa: Setenta, 1989. A respeito desta sociedade, é INCORRETO afirmar que: a) o rei mantinha um papel predominantemente simbólico, mas, na verdade, exercia o seu poder de fato como senhor feudal de suas próprias terras. b) os servos, que recebiam de seus senhores os lotes de terra para produzirem, estavam, em contrapartida, submetidos a uma série de taxas como a talha e as banalidades. c) os suseranos e os vassalos estavam ligados entre si por uma relação de dependência e de obrigações mútuas a serem cumpridas. d) a sociedade se dividia, basicamente, em duas ordens (estados) dependentes entre si: uma reunia os indivíduos descendentes dos romanos e a outra os dos germânicos. 18) (FGV 2008) "A palavra 'servo' vem de 'servus' (latim), que significa 'escravo'. No período medieval, esse termo adquiriu um novo sentido, passando a designar a categoria social dos homens não livres, ou seja, dependentes de um senhor. (...) A condição servil era marcada por um conjuntofranceses, os "revolucionários" ingleses conseguiram, de fato, abolir a monarquia e proclamar a república; c) Mesmo não tendo desencadeado tanto derramamento de sangue quanto a Revolução Francesa, a Revolução Gloriosa abriu espaço para a participação popular, ao reinstituir a cooperação entre Coroa e Parlamento; d) Apesar de se autodenominar Revolução, o movimento inglês era claramente restauracionista, ou seja, visava a restituir o poder aos protestantes; e) O movimento visava a restaurar na Inglaterra a república, seguindo o modelo de Oliver Cromwell. 15) (Unesp-SP) ... o período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um tipo de Estado e a introdução de uma nova estrutura política dentro da qual o capitalismo podia desenvolver-se livremente. HILL, Christopher. A Revolução Inglesa de 1640. Lisboa, Presença, 1981. O autor do texto está se referindo: a) À força da marinha inglesa, maior potência naval da Época Moderna. 55 b) Ao controle pela coroa inglesa de extensão de áreas coloniais. c) Ao fim da monarquia absolutista, com a crescente supremacia política do parlamento. d) Ao desenvolvimento da indústria têxtil, especialmente dos produtos de lã. e) Às disputas entre burguesia comercial e agrária, que caracterizavam o período. 16) (FATEC) Guilherme de Orange foi proclamado rei com o nome de Guilherme III, depois de ter assinado o Bill Of Rights, com as limitações impostas pelo Parlamento à monarquia Sobre essas limitações é correto dizer que: a) Instituíam um ministério composto pela nobreza latifundiária e a burguesia urbana. b) Instituíam o anglicanismo como religião oficial da Inglaterra e a tolerância a todos os cultos, o que foi confirmado pelo rei, apesar de ele ser católico extremado. c) Combatiam a liberdade de imprensa, a liberdade individual e a propriedade privada. d) Dispensavam a aprovação das Câmaras para o aumento de impostos. e) Configuraram um conjunto de medidas que acabou por substituir a monarquia absoluta vigente por uma monarquia constitucional. 17) (UFRN) “Os Cabeças Redondas (round-heads) receberam esse nome pelo corte de cabelo que usavam: curto, de forma arredondada, desprezando a moda corrente dos cabelos longos entre os membros da corte... A partir das vitórias militares sobre os Cavaleiros, conseguiram a rendição do rei em 1646. Entretanto, Carlos I reorganizou seus soldados e recomeçou a guerra, sendo derrotado definitivamente pelos Cabeças Redondas de Cromwell. Preso, Carlos I foi julgado pela Alta Corte de Justiça a mando do Parlamento, sendo condenado à morte. Em janeiro de 1649 o rei foi decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em Londres.” HILL, C. O eleito de Deus: Oliver Cromwell e a Revolução Inglesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 179. a) O Parlamento, ao executar o rei, atacava um princípio central do Estado Absolutista, que era a ideia da origem divina do poder real e de sua incontestável autoridade. b) Os Cabeças Redondas defendiam não apenas a extinção do regime monárquico como também a luta armada contra nações que tivessem esse regime. c) A Revolução Inglesa questionava a legitimidade do Antigo Regime Monárquico e desencadeou uma série de revoluções, pondo fim ao Estado Moderno na Europa. d) A Revolução Inglesa estava afinada com os interesses da nascente burguesia, mantendo alguns privilégios da nobreza, ligada à Igreja Anglicana. 18) (UNESP) A Revolução Puritana (1640) e a Revolução Gloriosa (1688) transformaram a Inglaterra do século XVII. Sobre o conjunto de suas realizações, pode-se dizer que a) Determinaram o declínio da hegemonia inglesa no comércio marítimo, pois os conflitos internos provocaram forte redução da produção e exportação de manufaturados. b) Resultaram na vitória política dos projetos populares e radicais dos cavadores e dos niveladores, que defendiam o fim da monarquia e dos privilégios dos nobres. c) Envolveram conflitos religiosos que, juntamente com as disputas políticas e sociais, desembocaram na retomada do poder pelos católicos e em perseguições contra protestantes. d) Geraram um Estado monárquico em que o poder real devia se submeter aos limites estabelecidos pela legislação e respeitar as decisões tomadas pelo Parlamento. e) Precederam as revoluções sociais que, nos dois séculos seguintes, abalaram França, Portugal e as colônias na América, provocando a ascensão política do proletariado industrial. 19) (NUCEPE 2010) “Se você observar a Inglaterra no século XVI, verá que é uma potência de segunda classe (...). Mas já no começo do século XVIII a Inglaterra é a maior potência do mundo. Logo, alguma coisa aconteceu no meio disso. E eu creio que o que houve no meio foi a Guerra Civil e a Revolução, que tiveram efeitos fundamentais”. (HILL, Christopher. O caráter da Revolução Inglesa. Folha de São Paulo. 10 ago. 1988, p. E-14). Segundo Christopher Hill, a Revolução Inglesa teve efeitos fundamentais sobre o desenvolvimento político-econômico inglês. Sobre as Revoluções Inglesas do século XVII, podemos afirmar CORRETAMENTE: a) O sucesso econômico inglês é resultado do “Ato de Navegação”, estabelecido por Carlos II, que buscava o fortalecimento da marinha e do comércio da Inglaterra. b) A coroação de Carlos I, em 1645, no Parlamento inglês, significou o estabelecimento da democracia na Inglaterra e a criação das condições políticas necessárias ao desenvolvimento do capitalismo inglês. c) A última reação do Absolutismo na Inglaterra ocorreu com a negativa de Guilherme de Orange, em 1688, em assinar a Declaração dos Direitos, resultando em sua imediata deposição pelo parlamento. d) As Revoluções Inglesas resultaram da aliança entre os reis da dinastia Stuart e o Parlamento inglês, contrários ao Despotismo Esclarecido, proposto pelos nobres ingleses. e) A Revolução Gloriosa, de 1688, extinguiu o Absolutismo na Inglaterra e instaurou a Monarquia Parlamentar, a partir de então dominada pelos interesses e pela ação da burguesia. 20) (PUC-RJ 2006) Em 1688-1689, a sociedade inglesa vivenciou o episódio então denominado de Revolução Gloriosa. Entre suas características, destaca-se a promulgação do "Bill of Rights", uma espécie de declaração de direitos que passava a regulamentar os poderes do monarca e do Parlamento. Sobre a importância e os significados do "Bill of Rights", assinale a única afirmativa CORRETA. a) Houve o fortalecimento das atribuições do Parlamento frente ao poder decisório do monarca, instaurando um conjunto de leis que regulavam, inclusive, a atuação do soberano. b) Houve a deposição de Guilherme III, sob a acusação de ter elevado impostos sem o consentimento prévio do Parlamento, como era previsto pelo "Bill of Rights". c) Instituiu-se a tolerância religiosa, estabelecendo severas punições para qualquer tipo de discriminação ou 56 perseguição, em especial com relação aos que professassem a religião católica. d) Houve a ascensão política da burguesia comercial, destituindo progressivamente dos cargos ministeriais os representantes dos 'landlords' e demais grupos aristocráticos. e) Instituiu-se o direito de propriedade e, de forma complementar, promulgaram-se leis que garantiram a defesa do trabalho livre e dos pequenos proprietários frente a ameaças tais como a servidão por dívidas. 21) (UFRGS 2015) Durante o século XVII, a Inglaterra experimentou um período de profundas e violentas transformações políticas, desde a eclosão da Guerra Civil Inglesa (1642-1651) até a Revolução Gloriosa (1688). Entre as principais consequências desse processo, podem ser enumeradas a) a transição do absolutismo para uma monarquia constitucional e a limitação dos poderes políticos do monarca. b) a abolição da propriedade privada e a adoção de um sistema de terras comunais em todoo país. c) a independência das treze colônias inglesas da América do Norte e a abertura dos portos ingleses aos navios estrangeiros. d) a derrota militar das forças reformistas e a consolidação do absolutismo monárquico nas mãos de Oliver Cromwell. e) a abolição do anglicanismo e a afirmação do calvinismo como religião oficial da Inglaterra. 22) (UFRGS 2008) Ao longo da Revolução Inglesa, ocorrida no século XVII, emergiu um regime republicano, que durou cerca de uma década, sob o comando de Oliver Cromwell, o "Lord Protector" da Inglaterra. Sobre esse período republicano, é correto afirmar que a) a Inglaterra, enfraquecida pela transição de regime, ficou a mercê das demais potências europeias, às quais foi obrigada a conceder uma série de vantagens comerciais. b) Cromwell, no intuito de proteger a economia interna, elaborou diversas restrições comerciais que o colocaram em conflito direto com os holandeses. c) a morosidade com que Cromwell implantou sua política econômica contribuiu para a curta duração de seu governo. d) ele teve como particularidade o retrocesso do puritanismo religioso, característica marcante nos tempos do monarca Carlos I. e) ele representou uma fase de distensão entre a Inglaterra e as oposições irlandesas e escocesas. 23) (ESPM 2005) "O Ato de Navegação de 1651 originou um conflito contra a supremacia naval holandesa. A guerra entre a Commonwealth e a Holanda nasceu de um determinado número de incidentes provocados pela rivalidade entre as duas comunidades marítimas, não podendo ser atribuida a nenhuma causa isolada". (Fonte: G. M. Trevelyan. 'História Concisa da Inglaterra') O texto faz referência ao Ato de Navegação e a guerra entre Inglaterra e Holanda que ocorreram: a) Sob o governo da rainha Elisabeth I, que consolidou a hegemonia naval inglesa; b) Sob o governo de Carlos II. rei da dinastia Stuart restaurada após a morte de CromweII; c) Sob o governo da monarquia parlamentarista instituído após a Revolução Gloriosa; d) Sob o governo de Henrique VIII, rei que ao vencer este conflito implantou o absolutismo na Inglaterra; e) Sob o governo republicano estabelecido por CromweII. que a partir de 1653 tornou-se o Lorde Protetor da Inglaterra. 24) (UNIMONTES 2013) Acerca das consequências da Revolução Gloriosa de 1688, na Inglaterra, marque com a letra C (CORRETA) ou com a letra I (INCORRETA) cada uma das afirmativas. ( ) Politicamente essa revolução derrubou o absolutismo, estabelecendo uma monarquia parlamentar que inseriu a burguesia na participação das decisões políticas. ( ) A Revolução Gloriosa de 1688 e considerada um modelo de Revolução burguesa, pois, além de acabar com o feudalismo, retirou completamente a nobreza e a gentry do Parlamento. ( ) A Revolução Gloriosa eliminou monopólios e privilégios mercantis, impulsionando o livre comércio e estabelecendo condições para o futuro desencadeamento da Revolução Industrial Inglesa. A sequência CORRETA é a) C, C e C. b) I, I e I. c) I, C e I. d) C, I e C. 25) (UFV 2010) Em 1653, Oliver Cromwell depôs o Parlamento e tomou o controle do Estado na Inglaterra, assumindo o título de Lorde Protetor, em um episódio central das chamadas Revoluções Inglesas do século XVII. Tendo em vista esse fato, é CORRETO afirmar que o governo de Cromwell foi caracterizado: a) pelo apoio às práticas mercantilistas, privilegiadas por meio dos Atos de Navegação. b) pela preocupação em satisfazer os interesses tanto dos burgueses quanto dos camponeses. c) pela perseguição aos puritanos e pelo acúmulo de poder nas mãos da Igreja Católica. d) pelo intransigente ataque a todas as instituições e práticas absolutistas. 26) (IDIB 2020) A Revolução Puritana aconteceu na Inglaterra no século XVII durante a Guerra Civil (1640-1648) quando o rei e o parlamento se enfrentaram. Assinale a alternativa que corresponde às características desta revolução. a) Era uma insurreição religiosa, política, social e econômica. Estavam em guerra interesses de parlamentares, monarquistas e representantes de diversos grupos protestantes da Inglaterra dentre eles os menos favorecidos. b) É um efeito indireto da Reforma Protestante. Se refere às necessidades da burguesia e à aristocracia rural, que passaram por intenso desenvolvimento comercial. c) Representou um desafio à monarquia e à teoria do direito divino. Esta dizia que o poder do rei era transmitido por Deus e assim ele tinha a legitimidade para governar seus súditos. d) Tinha motivação apenas econômica. A monarquia considerava que o desenvolvimento econômico aspirado pelos burgueses seria um entrave para o seu governo, mas também de caráter religioso - em decorrência da aceitação do catolicismo aspirada pelo rei, que era 57 católico, enquanto a maior parte da Inglaterra era anglicana e o parlamento, por sua vez, era presbiteriano. 27) (IDECAN 2019) Sobre a Revolução Puritana na Inglaterra, é correto afirmar que a) caracterizou-se pela revolta dos camponeses contra os senhores, com a invasão de propriedades, queima de documentos de servidão e assassinatos. b) estabeleceu o fim do absolutismo monárquico na Inglaterra e o surgimento do primeiro Estado burguês, sob a forma de uma monarquia parlamentar. c) extinguiu os privilégios feudais através da Constituição, garantindo-se a igualdade civil e nacionalização dos bens da igreja. d) garantiu a supremacia da burguesia, através do controle do Parlamento e restringiu o direito ao voto em virtude de seu caráter censitário. e) marcou, pela primeira vez, a execução de um monarca por ordem do Parlamento, colocando em xeque o princípio político da origem divina do poder do rei. 28) (FUNRIO 2008) “Podemos ser algo simplistas e dizer que houve duas revoluções na Inglaterra dos meados do século XVII. Uma, a que venceu, estabeleceu os sagrados direitos da propriedade (abolição dos títulos feudais sobre a terra, o fim da taxação arbitrária), conferiu poder político aos proprietários (soberania do Parlamento e da common law, supressão dos tribunais que funcionavam com base na prerrogativa) e removeu tudo o que impedia o triunfo da ideologia dos homens com propriedades – ou seja, a ética protestante. Houve, porém, outra revolução, que nunca chegou a se concretizar, embora de tempos em tempos ameaçasse acontecer. Ela poderia haver estabelecido um sistema comunal de propriedade e uma democracia muito mais ampla nas instituições legais e políticas; poderia, também, haver retirado da Igreja Anglicana o seu caráter oficial e repudiado a ética protestante”. HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça: idéias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640. São Paulo: Cia das Letras, 1987, p. 32. Considerando o processo revolucionário inglês no século XVII, assinale a alternativa correta que identifica respectivamente a fase da revolução e/ou projeto político que “conferiu poder político aos proprietários” e aquele que “poderia haver estabelecido um sistema comunal da propriedade”: a) A Revolução Gloriosa / Os Projetos Radicais de cavadores e niveladores. b) O Protetorado de Oliver Cromwell / A Guerra Civil. c) A Restauração Monárquica / O Exército do Novo Tipo. d) A Revolução Puritana / A Grande Rebelião. e) A Primeira Monarquia Stuart / A Grande Rebelião. 29) (FGV 2019) Após a Restauração, em 1660, o líder da Revolução Puritana, Oliver Cromwell (1599-1658), teve seu corpo exumado e publicamente enforcado. Simultaneamente amado e odiado, Cromwell foi visto, por alguns, como figura revolucionária, libertador do absolutismo de Carlos I Stuart, e, por outros, como um fanático religioso, um regicida signatário da sentença de morte do rei e, por isso, a encarnação do próprio "diabo", como representado na imagem a seguir. A demonização de Cromwell e da República,feita pela nobreza inglesa do período da Restauração, visava criticar a) o aumento dos impostos sobre os puritanos instituído pelo Parlamento republicano. b) o retrocesso dos direitos econômicos da burguesia durante o comando de Cromwell. c) a instauração do sufrágio universal para eleição do Parlamento e dos ministros no período republicano. d) o uso da religião como instrumento de defesa e/ou de perseguição de lideranças políticas. e) a aliança com outras repúblicas concorrentes, como Veneza e Holanda, durante o governo Cromwell. 30) (UPF 2012) A Revolução Inglesa de fins do século XVII pode ser considerada como a primeira revolução burguesa no continente Europeu. Sobre esta revolução é correto afirmar a) O Parlamento e os monarcas tinham a mesma posição em relação à necessidade de impostos para a manutenção do Estado e a confiança de que o rei decidia sobre essa questão. b) Jaime I e Carlos I reorganizaram o Estado com seu comando forte e centralizador, deixando o legado da eficiência para os próximos monarcas. c) As condições econômicas e políticas estiveram estáveis durante o período pré-revolucionário. d) A Carta dos Direitos sagrou-se como documento de valor constitucional e foi aceita pelo casal Guilherme e Maria, novos monarcas por declaração do Parlamento. e) As divergências entre anglicanos e calvinistas foram um elemento essencial do processo revolucionário, que findou com a aceitação da mesma religião por todos. 31) (UFV 2010) Sobre as Revoluções Inglesas do século XVII, é CORRETO afirmar que: a) Oliver Cromwell evitou a centralização do poder quando se tornou o Lorde Protetor da Inglaterra em 1653, pois repudiava o poder absolutista. b) após a guerra civil da década de 1640. O rei Carlos I foi executado e a República na Inglaterra foi estabelecida temporariamente. c) Guilherme de Orange, um dos líderes do Exército Revolucionário que lutou na década de 1640 contra o poder absolutista do rei Carlos I, foi coroado como o novo rei inglês. d) a Revolução Gloriosa (1688) representou a ascensão ao poder dos grupos sociais mais radicais que aboliram a propriedade privada. 58 32) (CESGRANRIO 1999) "...o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou a sua execução é ilegal... o pretenso direito da autoridade real de se dispensar das leis ou da sua execução é ilegal..." (DECLARAÇÃO DE DIREITOS, 1689) A Revolução Gloriosa, ocorrida na Inglaterra entre 1688 e 1689, cujos pressupostos podem ser ilustrados pelo trecho anterior, assumiu um importante significado no conjunto das transformações da sociedade inglesa manifestadas historicamente ao longo do século XVII porque provocou a: a) vitória do projeto liberal dos segmentos burgueses e urbanos liderados por Oliver Cromwell, que proclamaram a República Puritana na Inglaterra. b) substituição do Absolutismo Monárquico por um regime de governo monárquico que submetia o soberano inglês ao Parlamento. c) supremacia política e administrativa da aristocracia senhorial e feudal inglesa no controle econômico do país e de suas possessões territoriais fora da Europa. d) extinção da organização política do Estado senhorial inglês baseada nas divisões de poderes judiciário e legislativo, a qual vigorava na Inglaterra desde a instituição da Magna Carta. e) consolidação da nobreza fundiária na liderança da Inglaterra através de sua aliança política com os segmentos de comerciantes que controlavam o comércio internacional e colonial inglês. 33) (UFT 2011) [...] no início do século XVI a Coroa parecia proteger a burguesia, isso era feito para conseguir reforço contra as casas feudais ainda existentes, o que explica o acordo inicial entre a Coroa e o Parlamento – que representava principalmente os comerciantes e grandes proprietários de terra. Havia ainda os inimigos externos, principalmente a Espanha. Pouco a pouco, contudo, todos eles foram sendo exterminados – interna e externamente – e a lua-de-mel entre a monarquia e o Parlamento, que sob os Tudor raramente se reunia, aprovando sempre a política real, chegou ao fim. Os interesses opostos das duas partes vieram à tona e, quando teve início o reinado da dinastia Stuart, Jaime I (1603-1625) e Carlos I (1625-1649) tiveram de enfrentar a forte oposição do Parlamento. MICELI, Paulo. As revoluções burguesas. São Paulo: Atual, 1987, p. 25 e 26. A oposição descrita no texto, que culminou na Revolução Puritana (1642-1651), decorreu da insatisfação do Parlamento quanto às seguintes medidas adotadas pela monarquia: a) Imposição do monopólio sobre a indústria de tecidos, imposição do anglicanismo aos escoceses, arrecadação de impostos nas cidades litorâneas, invasão do Parlamento por Carlos I e prisão de líderes oposicionistas. b) Expropriação maciça dos camponeses, a aceleração da arrecadação imperialista diante da nascente produção industrial e o partidarismo de Carlos II ao catolicismo. c) Aumento das despesas do Estado monárquico para suprir os gastos oriundos da guerra de independência dos Estados Unidos e a “subvenção territorial”, igualando os impostos de proprietários, nobres e camponeses. d) Nomeação, por Jaime I, de um Conselho de Estado que deveria ser responsável por ações governamentais e responder pela Câmara dos Lordes. e) Estabelecimento de acordos entre a monarquia e grupos religiosos compostos pelos radicais presbiterianos e pelos moderados puritanos (levellers e diggers). 34) (UFMG) Durante a Revolução Inglesa, no século XVII, foi formado o Exército de Novo Tipo, liderado por Oliver Cromwell, de que participavam, além da classe mercantil, da gentry, dos pequenos proprietários camponeses e de trabalhadores urbanos, segmentos mais radicais, que defendiam reformas profundas no Estado inglês. É CORRETO afirmar que esses segmentos eram constituídos: a) pelos tories, que visavam ao fechamento do Parlamento e à instituição de um governo popular, e pelos whigs, defensores da abolição da propriedade privada. b) pelos levellers, que reivindicavam a democratização, a extensão do sufrágio e uma maior igualdade perante a lei, e pelos diggers, defensores da posse comum das terras. c) pelos landlords, que buscavam a implantação do sufrágio universal e a extensão do voto às mulheres, e pelos warlordists, que pregavam a luta armada do povo contra o Parlamento. d) pelos saint-simonistas, que defendiam o fim do sistema monárquico, e pelos owenistas, defensores da abolição da Câmara dos Lordes 35) (FATEC) Guilherme de Orange foi proclamado rei com o nome de Guilherme III, depois de ter assinado o Bill Of Rights, com as limitações impostas pelo Parlamento à monarquia. Sobre essas limitações é correto dizer que: a) instituíam um ministério composto pela nobreza latifundiária e a burguesia urbana. b) instituíam o anglicanismo como religião oficial da Inglaterra e a tolerância a todos os cultos, o que foi confirmado pelo rei, apesar de ele ser católico extremado. c) combatiam a liberdade de imprensa, a liberdade individual e a propriedade privada. d) dispensavam a aprovação das Câmaras para o aumento de impostos. e) configuraram um conjunto de medidas que acabou por substituir a monarquia absoluta vigente por uma monarquia constitucional. 36) (MACKENZIE 2014) A Revolução Gloriosa, na Inglaterra (1688-1689), marcou o início de uma época de grande prosperidade para o país, lançando as bases para o desenvolvimento capitalista, e permitiu que o país fosse o pioneiro na Revolução Industrial do século XVIII. Podemos estabelecer uma relação entre os dois eventos porque a) o governo passou a impor a religião anglicana, dando fim aos conflitos religiosos e aos massacres entre católicos e protestantes, liberando mão de obra para as novas técnicas de produção. b) o poder real, com a retomada do absolutismo,não encontra empecilhos para dar fim ao sistema feudal e incentivar a prática capitalista para aumentar os recursos do Tesouro Nacional. c) o país, com o advento do Parlamentarismo, passou por transformações, como o acordo político e econômico 59 entre a burguesia e a nobreza rural que, juntas, promoveram o desenvolvimento econômico. d) tanto a tolerância religiosa quanto uma maior liberdade de expressão política por parte da sociedade civil, características do despotismo esclarecido, incentivaram o desenvolvimento econômico. e) o desenvolvimento de uma monarquia, com características de um Estado liberal, permitiu a união de todas as classes sociais na Inglaterra, o que permitiu a modificação das relações trabalhistas no campo. 37) (UFV 2010) A Revolução Inglesa de 1640 foi também chamada de “Revolução Puritana”. Durante os séculos XVI e XVII, o termo “puritano” emergiu na Inglaterra como uma palavra que remetia a certas características religiosas, políticas e morais de seus membros. Os puritanos foram identificados como grupo que: a) apoiou a Igreja Anglicana em seu combate ao poder católico e ao alinhamento com a nobreza e o poder real, cuja pretensão era manter seus privilégios políticos. b) era composto por comerciantes e industriais poderosos da cidade de Londres, interessados na expansão do comércio colonial. c) foi dissidente religioso radical da Revolução Inglesa, e tinha por objetivo a instalação de uma república democrática e a abolição da servidão da gleba. d) se aliou ao parlamento em sua luta contra a prerrogativa real, e criticou a organização do culto pela Igreja Anglicana, cujas bases foram inspiradas no Catolicismo. 38) (UFRGS 2004) Em meados do século XVII, a Inglaterra mergulhou em uma guerra civil conhecida como Revolução Inglesa de 1640. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO está relacionada com esse contexto histórico. a) No ápice da Revolução, o rei Carlos I foi executado, e a República proclamada. Oliver Cromwell tornou-se o dirigente máximo da Inglaterra. Com o fim da guerra civil, Cromwell instituiu um governo democrático, supervisionado pelo conjunto do Parlamento, no qual os direitos humanos passaram a ser respeitados e as classes populares encontraram voz ativa. b) Os puritanos, grupo político que desejava recuperar os valores do cristianismo primitivo e que recusava a autoridade do rei em matéria de fé, constituíram-se nos principais adversários das ideias absolutistas. c) Após a morte de Elisabeth Tudor em 1603, ascendeu ao trono da Inglaterra a dinastia escocesa dos Stuart, os quais careceram da habilidade política necessária para negociar com o Parlamento inglês. d) Uma das medidas da Revolução foi o estabelecimento do Ato de Navegação de 1651, que se tornou uma das bases da prosperidade comercial da Inglaterra. O Ato pretendeu obter para os navios ingleses o comércio de transportes da Europa e excluir do comércio com as colônias inglesas todos os rivais. e) A queda da monarquia inglesa abriu caminho para o surgimento de reivindicações radicais, como a dos niveladores, que defendiam a abertura do Parlamento às classes populares, ou a dos escavadores, que aspiravam a uma redistribuição de terras que contemplasse os pequenos produtores. 39) (UDESC 2016) “Podemos ser algo simplistas e dizer que houve duas revoluções na Inglaterra dos meados do século XVII. Uma, a que venceu, estabeleceu os sagrados direitos de propriedade (abolição dos títulos feudais sobre a terra, o fim da taxação arbitrária), conferiu poder político aos proprietários (soberania do Parlamento e da common law, supressão dos tribunais que funcionavam com base na prerrogativa e removeu tudo que impedia o triunfo da ideologia dos homens com propriedades — ou seja, da ética protestante. Houve, porém, outra revolução, que nunca chegou a se concretizar, embora de tempos em tempos ameaçasse acontecer. Ela poderia haver estabelecido um sistema comunal de propriedade e uma democracia muito mais ampla nas instituições legais e políticas; poderia, também, haver retirado da Igreja Anglicana o seu caráter oficial e repudiado a ética protestante. O objeto deste livro está em examinar essa revolta no interior da Revolução e a fascinante torrente de ideias radicais que ela desencadeou.” (Hill, p. 32). Por radicais, o autor entende grupos que elaboraram projetos de mudança drástica no sistema político, social e religioso da Inglaterra. Assinale a opção correta acerca de dois grupos de atuação na Revolução Inglesa, cujas projetos estão inseridos nessa “outra revolução” protagonizada por movimentos radicais mencionados pelo historiador Christopher Hill. a) anglicanos e anabatistas b) tory e Whigs c) diggers e quakers d) luteranos e levellers e) socialista utópicos e anarquistas 60 Revolução Industrial (XVIII) 40) (EsPCEx 2000) Estas estrofes da música “Steeltown” (Cidade de Aço - 1984), do grupo de rock escocês Big Country, foram feitas em homenagem às gerações de trabalhadores britânicos que enfrentaram as consequências da Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do século XVIII. “Eu venho aqui com meus amigos Deixando para trás o peso dos anos Deixando nós mesmos num rio de lágrimas Numa cena que nunca acaba. Toda a paisagem era uma fábrica Horrível como a morte com um coração Perdido como o inferno com um rio de corpos Que escoa com o sino Aqui era o futuro para as mãos da caveira. Em uma cidade de aço Só existe calor Eu quero ir embora E o calor toma conta de mim.” (Letra de Stuart Adamson) Com relação aos aspectos sócio-econômicos da Revolução Industrial, pode-se afirmar, com base na letra da música e em seus conhecimentos sobre aquele movimento inglês do século XVIII, que a) as cidades industriais eram cortadas por muitos rios caudalosos. b) os operários possuíam excelentes condições de trabalho. c) houve uma acentuada redução da temperatura média comum das localidades industriais. d) ocorreu grande contaminação radioativa devido ao aumento da produção química. e) a maioria dos trabalhadores de fábrica, os operários, eram originalmente moradores urbanos. 41) (EsPCEx 2002) Leia com atenção o trecho a seguir: “As transformações levadas a efeito pela Revolução Industrial inglesa foram muito mais sociais que técnicas, tendo em vista que é nessa fase que se consubstancia a diferença crescente entre pobres e ricos”. Fonte: HOBSBAWN, Eric J. As origens da Revolução Industrial. São Paulo, Global, 1979. Dentre as conseqüências sociais forjadas pela Revolução Industrial pode-se mencionar a) uma intensificação da miséria e da pobreza com o surgimento de um grande número de indigentes. b) a melhoria das condições de habitação e sobrevivência para o operariado, proporcionada pelo surto de desenvolvimento econômico. c) a ascensão social dos artesãos que reuniram seus capitais e suas ferramentas em oficinas ou domicílios rurais dispersos, aumentando os núcleos domésticos de produção. d) a criação do Banco da Inglaterra, com o objetivo de financiar a monarquia e ser, também, uma instituição geradora de empregos. e) o desenvolvimento de indústrias petroquímicas favorecendo a organização do mercado de trabalho, de maneira a assegurar emprego a todos os assalariados. 42) (EsPCEx 2003) “A Revolução Industrial correspondeu à revolução do processo produtivo, pois deixou-se de produzir através da manufatura e passou-se para a mecanização ou, mais especificamente, para a maquinofatura.” (IANONE, Roberto Antonio. A Revolução Industrial. São Paulo: Moderna, 1995.) O texto refere-se a profundas transformações ocorridas no século XVIII, século que reuniu as condições favoráveis para a 1ª Revolução Industrial (1760-1850). Foram inovações técnicasdesse período a a) máquina a vapor e o tear mecânico. b) lançadeira volante e o telefone. c) lâmpada elétrica e o fonógrafo. d) locomotiva e a bússola. e) máquina de escrever e a imprensa. 43) (EsPCEx 2005) Durante a Primeira Revolução Industrial (século XVIII), os setores da economia que mais sofreram modificações e que incorporaram mais invenções tecnológicas foram os a) metalúrgico e químico. b) têxtil e de transportes. c) siderúrgico e cibernético. d) elétrico e de carvão. e) petrolífero e alimentício. 44) (EsPCEx 2009) As condições de trabalho nas indústrias inglesas do século XVIII “eram precárias e punham em risco a vida e a saúde do trabalhador” (ARRUDA & PILETTI, p.322), o que produziu rebeliões e movimentos operários. Na década de 1830, ganhou importância o cartismo, que a) se caracterizava pela destruição das máquinas industriais pelos trabalhadores. b) reivindicava o voto universal masculino para todos os ingleses. c) reivindicava a manutenção do trabalho infantil. d) visava obter recursos para pagar o enterro de trabalhadores. e) objetivava ampliar a jornada de trabalho para quarenta horas semanais. 45) (EsPCEx 2014) “O acúmulo de capitais, a modernização da agricultura, a disponibilidade de mão de obra e de recursos naturais e a força do puritanismo ajudam a explicar o pioneirismo da ____________ na Revolução Industrial”.(BOULOS Jr, p.421) Das opções abaixo listadas, o país que melhor preenche o espaço acima é: a) Alemanha b) Holanda c) Itália d) Inglaterra e) Espanha 46) (EsPCEx 2016) A Revolução Industrial, que teve lugar na Inglaterra do século XVIII, pode ser definida como uma transformação sem precedentes no modo da produção manufatureira que trouxe profundas mudanças na estrutura social e econômica da sociedade. Teve papel preponderante na sua ocorrência a) o Cartismo. b) o Ludismo. c) uma ampla geração de energia elétrica. 61 d) a obtenção de empréstimos financeiros obtidos da França. e) a Revolução Gloriosa que favoreceu o capitalismo. 47) (EsFCEx 2011) Com base nos estudos sobre a Revolução Industrial, é correto afirmar que: a) o desenvolvimento da indústria têxtil deveu-se à vasta área de plantio de algodão, cultura já praticada pelos camponeses ingleses. b) o pioneirismo britânico explica-se pela sua superioridade tecnológica e científica, evidenciada antes mesmo do apagar das luzes do século XVII. c) a Revolução Industrial abriu as portas para a ascensão social, tanto dos trabalhadores urbanos quanto dos rurais, que passaram a vender sua mão de obra nas fábricas. d) os mais atingidos pelos impactos da Revolução Industrial foram os pequenos comerciantes e a pequena burguesia, pois a mão de obra de que dispunham passou a ser empregada nas fábricas. e) um dos aspectos que ajudou a criar o ambiente necessário para a Revolução Industrial foi a aceitação do lucro privado e do desenvolvimento econômico como soberanos objetivos da política governamental. 48) (EsPCEx 2022) A Revolução Industrial pode ser definida como uma transformação sem precedentes no modo de produzir mercadorias, de viver e de pensar, que impressionou muito os homens e as mulheres que a vivenciaram. O país pioneiro na industrialização foi a) EUA. b) Alemanha. c) França. d) Inglaterra. e) Japão. 49) (Vunesp 2013) Sob qualquer aspecto, a revolução industrial foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental. Qualquer que tenha sido a razão do avanço britânico, ele não se deveu à superioridade tecnológica e científica. (HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998, p. 45) Entre as razões para o pioneirismo britânico, é possível citar a) a importância que o despotismo esclarecido teve na Inglaterra para a modernização da produção e para o estímulo à industrialização. b) a presença de trabalhadores negros escravizados nas cidades industriais inglesas, o que ampliava a margem de lucro dos capitalistas. c) a inexistência de colônias inglesas na América, diferentemente de Portugal, França e Espanha, o que incentivou o empreendedorismo inglês. d) o cercamento de terras, que levou muitos camponeses a perderem suas terras e os transformou em trabalhadores industriais em potencial. e) a irrelevância da produção têxtil inglesa devido à competição que sofria da produção francesa, o que levou a Inglaterra a diversificar a produção. 50) (CONSESP 2017) A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam na miséria. Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco; a jornada de trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia para as crianças. É possível afirmar que a classe que mais se favoreceu com a Revolução Industrial foi a burguesia, tão logo as classes populares se revoltaram e organizaram alguns movimentos contra a situação em que viviam. Nesse contexto se insere o ludismo, que significou: a) um movimento político, presente na história ocidental do século XIX e da primeira metade do XX, que sustenta a ideia de que a sociedade existe de forma independente e antagônica ao poder exercido pelo Estado, sendo este considerado dispensável e até mesmo nocivo ao estabelecimento de uma autêntica comunidade humana. b) um movimento ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1811 e 1812, que reuniu alguns trabalhadores das indústrias contrários aos avanços tecnológicos em curso, proporcionadas pelo advento da primeira revolução industrial. Os ludistas protestavam contra a substituição da mão de obra humana por máquinas. c) o primeiro movimento de massa das classes operárias da Inglaterra, ocorrido entre as décadas de 30 e 40 do século XIX, e que basicamente exigia melhores condições para os trabalhadores na indústria. d) a doutrina social, segundo a qual se pode e deve “restabelecer” o que se chama “estado natural”, em que todos teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada. Nos séculos XIX e XX, o termo foi usado para qualificar um movimento político. 51) (FCC 2018) O movimento ludista que agitou o meio operário e fabril da Inglaterra foi caracterizado por um conjunto de ações de contestação, entre as quais se destaca a) a organização de ocupações de fábricas, visando expropriá-las dos capitalistas proprietários. b) a deflagração de greves e motins em aliança com os camponeses, contra a monarquia. c) o incêndio sistemático às fábricas, consideradas obsoletas e responsáveis pelos acidentes de trabalho. d) a formação de um partido operário para lutar pelo direito de voto nas eleições parlamentares. e) a destruição de máquinas fabris, consideradas responsáveis pelo desemprego dos trabalhadores manuais. 52) (PUC-PR 2017) As primeiras formas de oposição organizadas dos trabalhadores à exploração capitalista surgiram bem antes de 1830. Foram manifestações espontâneas que podem ser mencionadas como parte do processo de resistência e luta social. Entre essas formas de lutas que antecedem a gênese da “questão social”, merece destaque o movimento de trabalhadores que tinha como alvo a destruição das máquinas. Esse movimento denomina-se a) Cartista ou cartismo. b) Ludita ou ludismo. c) Liga dos comunistas ou dos justos. d) Trade unios ou união de todos. e) Spinning janny. 62 53) (INAZ do Pará 2016) “Qualquer que tenha sido a razão do avanço britânico, ele não se deveu à superioridade tecnológica e científica. Nas ciências naturais os franceses estavam seguramente à frente dos ingleses, vantagem que a Revolução Francesa veio acentuar de forma marcante, pelomenos na matemática e na física, pois ela incentivou as ciências na França enquanto que a reação suspeitava delas na Inglaterra. Até mesmo nas ciências sociais os britânicos ainda estavam muito longe daquela superioridade que fez - e em grande parte ainda faz - da economia um assunto eminentemente anglo-saxão; mas a revolução industrial colocou-os em um inquestionável primeiro lugar.” (HOBSBAWM, Eric. Era das Revoluções (1789 – 1848) São Paulo, Companhia das Letras,) O grande destaque dos britânicos no processo conhecido classicamente como Revolução Industrial é inegável, como afirma o consagrado Eric Hobsbawm, e ocorreu devido: a) A Grandes investimentos implementados pelo governo britânico, no intuito de promover melhoria das tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo duráveis. b) Ao forte desempenho de uma indústria algodoeira, que não exigia uma tecnologia tão apurada, contando com máquinas rudimentares, nem mesmo com a qualificação da mão-de-obra, sendo executada até por crianças. c) À eficiente política de deslocamento da população do campo para a cidade, que buscava atender as necessidades das mais diversas indústrias, com o fomento de trabalhadores capacitados. d) À aplicação de capitais que foram acumulados durante o período da Expansão Marítima e Comercial europeia, aliada a uma forte legislação trabalhista, que proporcionava a qualificação do proletariado britânico. e) Ao esforço da classe burguesa e do estado inglês em alinhar suas ideologias para apoiar a indústria têxtil, que contava, por sua vez, com um operariado bastante organizado (trade unions) e consciente. 54) (UNESP 2010) Este considerável aumento de produção que, devido a divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes: primeiro, ao aumento da destreza de cada trabalhador; segundo, a economia de tempo, que antes era perdido ao passar de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande número de máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável para o realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos. (Adam Smith. 'Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações (1776)'. In: Adam Smith/Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.) O texto, publicado originalmente em 1776, destaca três características da organização do trabalho no contexto da Revolução Industrial: a) a introdução de máquinas, a valorização do artesanato e o aparecimento da figura do patrão. b) o aumento do mercado consumidor, a liberdade no emprego do tempo e a diminuição na exigência de mão de obra. c) a escassez de mão de obra qualificada, o esforço de importação e a disciplinarização do trabalhador. d) o controle rigoroso de qualidade, a introdução do relógio de ponto e a melhoria do sistema de distribuição de mercadorias. e) a especialização do trabalhador, o parcelamento de tarefas e a maquinização da produção. 55) (UDESC 2013) Segundo o historiador Eric Hobsbawn, a Revolução Industrial "sob qualquer aspecto [este] foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã- Bretanha". HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções - 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 45. Com relação ao excerto acima, assinale a alternativa incorreta. a) Não ocorreram movimentos de resistência dos trabalhadores às novas formas de trabalho estabelecidas pela Revolução Industrial. b) A Revolução Industrial propiciou o surgimento de novas formas de organização da produção de bens, sendo que o sistema de fábricas tornou-se o preponderante, difundindo-se para outros países e continentes, no decorrer dos séculos XIX e XX. c) Possibilitou o estabelecimento de uma nova forma de controle do tempo, que passou a ser marcado pelo relógio e não mais pela natureza. d) O sistema de fábricas, no qual os trabalhadores estão concentrados em um mesmo espaço, possibilitou que o dono da fábrica controlasse também a mão de obra, além da matéria-prima. e) Entre as principais inovações tecnológicas advindas com a Revolução Industrial, pode-se citar a substituição das máquinas movidas a tração animal ou à força da água pelas máquinas a vapor. 56) (UFSM 2007) "Todas as relações imutáveis e esclerosadas, com o seu cortejo de representações e de concepções vetustas e veneráveis dissolvem -se; as recém-constituídas corrompem-se antes de tomarem consistência. Tudo o que era estável e sólido desmancha no ar; (...)" IN: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. 'Manifesto do partido comunista' (1 a ed. 1848). Porto Alegre: L &PM,2001. p. 29. Nesse pequeno trecho, Marx e Engels sugerem o caráter transformador e transitório do capitalismo Industrial. Sobre esse processo histórico, que se iniciou com a 1ª Revolução Industrial, pode-se afirmar I. A Inglaterra foi pioneira, a partir da 2 a metade do século dezoito e seu crescimento industrial baseou-se na fabricação de mercadorias de consumo de massas, como os têxteis. II. Industrialização e trabalho escravo nem sempre foram incompatíveis, visto que a produção de algodão no sul dos EUA, com mão de obra escrava, fornecia matéria-prima para a indústria britânica. III. A industrialização acelerou a urbanização e o desenvolvimento tecnológico, excluindo grande parte dos trabalhadores da produção e provocando, na 1 a metade do século dezenove, o enfraquecimento do movimento operário, como demonstram o Iudismo e o cartismo. Está(ão) correta(s) a) apenas I. 63 b) apenas II. c) apenas I e II. d) apenas II e III. e) I, II e III. 57) (UNESP 2013) Leia. Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução lndustrial, mas sim o próprio trabalho. (Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.) O texto afirma que a Revolução Industrial a) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário criar mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores. b) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população. c) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-os num duro processo de produção. d) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem. e) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e facilitou o alastramento de epidemias. 58) (UFV 2004) A transição do sistema de produção doméstico para o fabril foi característico do processo histórico conhecido como Revolução Industrial. Ele se deu, primeiramente, na Inglaterra, durante a segunda metade do século XVIII, e foi marcado por uma série de transformações econômicas, sociais, culturais, técnicas e tecnológicas. Entre essas transformações, destacam-se: I. o aumento da produção de bens de consumo, especialmente têxteis, devido a substituiçãoda energia humana e hidráulica pela energia a vapor e a invenção do tear mecânico e da máquina de fiar. II. a diminuição da divisão social do trabalho e o surgimento de uma nova concepção de tempo, associada à regularidade do padrão de trabalho doméstico. III. o desenvolvimento do sistema de produção doméstico, devido ao desemprego e ao aumento do controle dos trabalhadores sobre os resultados do seu trabalho. IV. a aceleração do processo de urbanização e o aumento do poderio naval britânico, contribuindo para a conquista de novos mercados em outras regiões do mundo. V. a expropriação dos trabalhadores de seus meios de produção e a divisão das terras comunais, o que beneficiou principalmente os grandes proprietários rurais. Está CORRETO o que é dito apenas em: a) I, III e IV. b) I, II e III. c) I, IV e V. d) II, III e V. e) II, IV e V. 59) (UFPI 2007) Leia a frase a seguir sobre a Revolução Industrial. "Suas mais sérias consequências foram sociais: a transição da nova economia criou a miséria e o descontentamento, os ingredientes da revolução social". (Eric J. Hobsbawm. 'A Era das Revoluções - 1789-1848'. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000, p.55) Assinale a alternativa correta sobre os movimentos de trabalhadores, na Inglaterra, que manifestaram seu descontentamento com os efeitos da revolução industrial no século XIX. a) O ludismo foi uma organização que visava reunir os trabalhadores em sociedades de socorro mútuo. b) O socialismo utópico propunha a destruição das máquinas e fábricas e o retorno a uma economia rural. c) Os niveladores defendiam a instalação de uma república que garantisse a existência de direitos iguais para todos. d) O cartismo foi um movimento importante na década de 1830 e reivindicava o direito de voto para os trabalhadores. e) O jacobinismo propunha uma aliança de classes e a colaboração entre o proletariado e a burguesia como forma de solução para os problemas. 64 Gabarito Revoluções Inglesas (Século XVII) 1) B 2) A 3) B 4) A 5) D 6) C 7) D 8) C 9) D 10) C 11) D 12) E 13) B 14) D 15) C 16) E 17) A 18) D 19) E 20) A 21) A 22) B 23) E 24) D 25) A 26) C 27) E 28) A 29) D 30) D 31) B 32) B 33) A 34) B 35) E 36) C 37) D 38) A 39) C Revolução Industrial (Século XVIII) 40) E 41) A 42) A 43) B 44) B 45) D 46) E 47) E 48) D 49) D 50) B 51) E 52) B 53) B 54) E 55) A 56) C 57) C 58) C 59) D 65 Iluminismo e Despotismo Esclarecido Iluminismo 1) (EsPCEx 2004) O século XVIII, também conhecido como o “Século das Luzes”, marcou o florescimento do Iluminismo, em sua oposição ao misticismo e ao absolutismo monárquico, entre outros aspectos, sendo que esse movimento foi caracterizado pelas idéias de vários pensadores europeus. Assim, podemos afirmar que a) Adam Smith ajudou a propagar o ideário bulionista, através de sua frase “laissez faire, laissez passer”. b) Voltaire criticava o absolutismo, a Igreja e o clero, bem como menosprezava a população mais pobre. c) Rousseau, como os demais iluministas, era um defensor incondicional do racionalismo e da propriedade privada. d) Montesquieu, de origem humilde, escreveu “O Espirito das Leis”, onde consagrou a divisão quadripartite dos poderes. e) a Enciclopédia, editada por Descartes e Pascal, foi um importante veículo divulgador dos conceitos filosóficos e científicos da época. 2) (EsPCEx 2005) “É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder.” (Montesquieu, “O Espírito das Leis”, 1748). As idéias contidas no texto estão relacionadas ao pensamento a) renascentista clássico. b) do Direito Divino dos Reis. c) filosófico do Absolutismo. d) político do Iluminismo. e) fisiocrata do Mercantilismo. 3) (EsPCEx 2006) Em fins do século XVII, na Inglaterra, teve início um movimento intelectual que ficou conhecido como Iluminismo ou Ilustração. Esse movimento alcançou sua maior expressão na França, durante o século XVIII. Dentre os principais conceitos preconizados pelos iluministas, podemos destacar a) uma proposta de ampliação do poder real, tendo como princípio o direito divino dos reis. b) uma proposta de fortalecimento dos mecanismos de controle social e eliminação da autonomia dos poderes locais. c) a crítica ao Estado absolutista, propondo a limitação do poder real. d) uma proposta de poder ilimitado do governante, fruto do consentimento espontâneo dos súditos. e) a crítica a liberdade de pensamento e a participação política dos cidadãos. 4) (EsPCEx 2008) Na Europa do Século XVII, o movimento que teve René Descartes (1596 – 1650) e Isaac Newton (1642 – 1727) como precursores e consolidado por nomes como Rousseau, Voltaire e Montesquieu dentre outros, foi denominado de a) Positivismo. b) Iluminismo. c) Renascimento. d) Absolutismo. e) Liberalismo Econômico. 5) (EsPCEx 2009) No séc. XVIII, alguns governantes de países europeus, como Frederico II, rei da Prússia, e José II, imperador austríaco, tentaram aplicar princípios do Iluminismo, como a tolerância religiosa, o desenvolvimento da ciência e educação e o fim da tortura, mas sem abrir mão do governo absolutista. Estes governantes ficaram conhecidos como a) reis filósofos. b) déspotas esclarecidos. c) reis iluminados. d) déspotas progressistas. e) reis sábios. 6) (EsPCEx 2011) Leia as afirmações abaixo, referentes a fatos ocorridos e ideias desenvolvidas na Europa, e responda ao que se pede. I – “Representou, na verdade, o momento culminante de um processo que começou no Renascimento, de afirmação da razão como base do conhecimento” (ARRUDA & PILETTI, 2007) II – De acordo com Rosseau o “povo (...) é o verdadeiro soberano (...) Sua forma de expressão (...) deveria se manifestar por meio da maioria de votos da população em assembléias nas quais ele exerceria diretamente (...) o poder de decidir sobre os rumos a dar à sociedade”. (AZEVEDO & SERIACOPI, 2007) III – Provocaram transformações, dentre outras: proletarização definitiva dos produtores diretos; decadência da indústria doméstica rural; crescente divisão internacional do trabalho; aceleração do êxodo rural, antagonismo entre o proletariado nascente e a burguesia proprietária dos meios de produção. IV – Irromperam movimentos sociais e políticos como o ludismo e o movimento cartista. V – São algumas de suas idéias: críticas ao Estado absolutista, propondo a limitação do poder real; defesa da não-intervenção do Estado no campo econômico; e defesa de um sistema constitucional. Os números a) I, II e V referem- se ao pensamento socialista; e os números III e IV são consequências e ideias positivistas. b) I e III referem-se ao Macartismo, e os números II, IV e V referem-se ao Comunismo. c) I, III e IV são ideias e consequências do Iluminismo; os números II e V são ideias e consequências das ideias bulionistas. d) III e V são ideias e consequências dos ideais anarquistas; os números I, II e IV são ideias positivistas e algumas de suas consequências. e) I, II e V referem-se a ideias e ao pensamento iluminista; os números III e IV ocorreram como consequência da Revolução Industrial. 7) (EsPCEx 2015) O movimento intelectual conhecido como Iluminismo ocorreu no século XVIII. Leia as informações abaixo. I- O pensamento político e econômico dos iluministas correspondia aos anseios da burguesia e ambos se opunham ao Positivismo. II- O período ficou conhecido como o Século das Luzes. III- O Iluminismo combateu o absolutismo monárquico, o mercantilismo e o poder da Igreja. IV- O Iluminismo encontrou forte resistência entre os adeptos do liberalismo. 66Estão corretas a) as afirmativas I, II, III, IV. b) apenas as afirmativas I e II. c) apenas as afirmativas III e IV. d) apenas as afirmativas I e IV. e) apenas as afirmativas II e III. 8) (EsPCEx 2019) Assim como os fenômenos físicos – diziam os iluministas -, as relações entre os indivíduos são regidas pelas leis da natureza. Os pensadores iluministas podem ser divididos em dois grupos: os filósofos e os economistas. Respectivamente, são representantes desses dois grupos: a) Voltaire e Adam Smith. b) Diderot e Montesquieu. c) Piaget e François Quesnay. d) Vincent de Gournay e Voltaire. e) François Quesnay e Sartre. 9) (EsPCEx 2020) Na Inglaterra do final do século XVIII, com relação à divisão social do trabalho, as mudanças advindas da Revolução Industrial nos meios de produção foram analisadas e publicadas sob o título “A Riqueza das Nações”, cujo autor foi a) Thomas Morus. b) Adam Smith. c) John Locke. d) Peter Burke. e) Marc Bloch. 10) (EsPCEx 2021) A principal característica do Iluminismo, “movimento de ideias” que se desenvolveu na Europa Ocidental entre o final do século XVII e o final do século XVIII, é a crença na razão humana e no seu potencial. A “Enciclopédia”, obra que começou a ser publicada na França, em 1751, foi organizada pelo matemático Jean D’Alembert e pelo filósofo a) Aristóteles. b) Jean Paul Sartre. c) Denis Diderot. d) Platão. e) Jacques-Yves Cousteau. 11) (CESGRANRIO) Assinale a alternativa incorreta: Ao criticar o mercantilismo, os fisiocratas visavam: a) eliminar o mercantilismo do Estado na vida econômica; b) abolir os monopólios e privilégios; c) permitir a livre circulação monetária; d) desenvolver as colônias; e) dar ênfase à agricultura como principal setor da atividade econômica. 12) (PUC-RS 2013) Associe os autores iluministas franceses (coluna A) a suas respectivas obras (coluna B). Coluna A 1. Barão de Montesquieu 2. Voltaire 3. Jean-Jacques Rousseau Coluna B ( ) Contrato Social ( ) O Espírito das Leis ( ) Cartas Persas ( ) Cândido ( ) Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens A numeração correta da Coluna B, de cima para baixo, é a) 3 – 1 – 1 – 2 – 3 b) 1 – 2 – 3 – 1 – 2 c) 3 – 2 – 1 – 2 – 3 d) 2 – 3 – 2 – 2 – 1 e) 3 – 1 – 1 – 2 – 2 13) (FUNDEP 2016) Leia o trecho a seguir. ”Os filósofos do século XVIII só concordavam em um único ponto: podiam discordar publicamente, usando a razão.” ELIAS, Rodrigo, Dossiê Iluminismo. Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 9. Nº 104, maio 2014. p. 17. Durante o século XVIII, conhecido como Século das Luzes, desenvolveu-se um movimento intelectual denominado Iluminismo, que buscou combater práticas até então aceitas. São práticas combatidas pelo movimento Iluminista, EXCETO: a) O absolutismo monárquico, que protegia a nobreza e mantinha seus privilégios b) O mercantilismo baseado na intervenção do Estado na economia. c) A liberdade de expressão, que desarticularia a política nacional. d) O poder da Igreja detentora de poder através das verdades reveladas pela fé. 14) (VUNESP 2015) A fórmula utilizada por letrados europeus da primeira metade do século XVIII não era nova. A dualidade do Iluminismo está na própria raiz do Renascimento moderno, entre os séculos XV e XVI, sobretudo em sua crítica à Europa da Idade Média. (Rodrigo Elias, Os filósofos do século XVIII. Disponível em: . Adaptado) Em relação às aproximações entre o Renascimento e o Iluminismo, é correto destacar: a) o pensamento metafísico como nova forma de conceber o mundo e a oposição entre o “humano" e o “divino". b) a razão econômica como nova maneira de organizar a sociedade e a oposição entre o “material" e o “espiritual". c) o pensamento religioso como novo meio de afirmação de princípios incontestáveis e a oposição entre o “transcendente" e o “imanente". d) a razão científica como nova atitude em relação ao conhecimento e a oposição entre a “luz" e as “trevas". e) o pensamento escolástico como novo modo de compreender a filosofia e a oposição entre a “crença" e a “razão". 15) (UPENET/ IAUPE 2017) O Iluminismo foi um movimento de ideais, que se desenvolveu no continente europeu entre os séculos XVII e XVIII, cujo valor supremo era a Razão. Para os ilustrados, ou iluministas, só por meio da razão, ou seja, do ato de pensar, é que a humanidade alcançaria o esclarecimento. Assinale a alternativa CORRETA quanto a Rousseau e Montesquieu. a) Charles-Louis de Secondat, Barão de Montesquieu, escreveu “Cartas Inglesas”, obra na qual defendia os direitos naturais do homem: direito à vida, à liberdade e à propriedade. O suíço Jean-Jaques Rousseau tem como uma de suas principais obras “O contrato Social”, na qual defende a ideia de que o povo é soberano e que deve prevalecer a vontade geral. b) A partir de 1751, foi publicada, na França, a “Enciclopédia”, cujo coordenador foi o suíço Jean-Jaques Rousseau. Para ele, o principal objetivo da sua obra era o de tornar os homens mais instruídos. Montesquieu tem 67 como uma de suas principais obras “O contrato Social”, na qual defende a ideia de que o povo é soberano e que deve prevalecer a vontade geral. c) O suíço Jean-Jaques Rousseau escreveu “Cartas Inglesas”, obra na qual elogia a Inglaterra por ser um país onde havia liberdade de expressão, de religião, e o poder do rei era limitado. Charles-Louis de Secondat, Barão de Montesquieu, autor do “Espírito das Leis”, dizia que “qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele”. Por isso, era necessário evitar que ele se concentrasse nas mãos de uma mesma pessoa ou grupo de notáveis. d) A partir de 1751, foi publicada, na França, a “Enciclopédia” cujo coordenador foi Charles-Louis de Secondat, Barão de Montesquieu. Para ele, o principal objetivo da sua obra era o de tornar os homens mais instruídos. O suíço Jean-Jaques Rousseau escreveu “Cartas Inglesas”, obra na qual elogia a Inglaterra por ser um país onde havia liberdade de expressão, de religião, e o poder do rei era limitado. e) Charles-Louis de Secondat, Barão de Montesquieu, autor do “Espírito das Leis”, dizia que “qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele”. Por isso, era necessário evitar que ele se concentrasse nas mãos de uma mesma pessoa ou grupo de notáveis. O suíço Jean-Jaques Rousseau tem como uma de suas principais obras “O Contrato Social”, na qual defende a ideia de que o povo é soberano e que deve prevalecer a vontade geral. 16) (GUALIMP 2019) Na economia, o pensamento iluminista tomou forma por meio da teoria liberal, ou liberalismo econômico. Em linhas gerais pode ser definido: a) A auto regulação dos preços, conduzido pela mão invisível do mercado, determinados pela lei de oferta e procura, livre da intervenção do Estado na economia. b) O valor dos produtos é resultado da venda da força de trabalho do trabalhador, que deve, portanto, se apropriar os meios de produção e gerir a economia coletivamente. c) A riqueza de uma nação é medida pela quantidade de produtos exportados, pela acumulação de metais preciosos e pela regulação dos produtos estrangeiros por meio de impostos e taxas. d) O Estado deve regular a economia, dada as grandes diferenças e desigualdades sociais é necessário que haja regulação dos preços, serviços e bem essenciais a sobrevivência da população. 17) (IDHTEC 2019) Durante o século XVIII, as ideias do Iluminismo desenvolveram-se na França, tendo como ponto central a Grande Enciclopédia. Entre as ideias dos enciclopedistas franceses estavam, principalmente, EXCETO: a) O culto à razão e à ciência. b) As críticas ao Cristianismo e especialmente à Igreja Católica. c) Visão de que o governo deriva de um Contrato d) Críticas ao absolutismo de direito divino e aparecimentode novas formas de regimes políticos tais como: Despotismo Esclarecido, Liberalismo e Democracia. e) Críticas aos privilégios do Clero. 18) (IF Sul Rio-Grandense 2021) O pensamento iluminista, embora não tenha sido homogêneo, disseminou-se por toda a Europa e atingiu seu apogeu no século XVIII. Nesse período, o absolutismo francês já estava em decadência e era contestado por diversos intelectuais ligados às diferentes áreas do conhecimento humano, como a filosofia, a economia, a arte, a educação, a ciência em geral. Sobre os intelectuais iluministas, afirma-se que a) René Descartes, em: O Espírito das Leis, compara diferentes formas de governo para chegar à conclusão de que a melhor delas era a monarquia constitucional inglesa. b) Antoine Lavoisier, em: Principia, afirma que a razão poderia questionar a tradição, de maneira a promover uma nova maneira de encarar a ciência. c) Thomas Hobbes, em: O Leviatã, considera que os seres humanos são, em princípio, egoístas, e afirma que numa sociedade sem Estado impera a barbárie. d) Adam Smith, em: A Riqueza das Nações, defendeu a modificação na organização das formas de trabalho, no intuito de melhorar a produtividade dos trabalhadores. 19) (PUC-MG 2010) O pensamento fisiocrático na França pretendia: a) a concessão de plena liberdade para o exercício de atividades econômicas, resumida na expressão "Iaissez faire". b) a manutenção das condições econômicas e políticas estabelecidas na França no período mercantilista. c) a instituição do liberalismo político, combinado com a fixação, pelo Estado, de rígidas regras para as atividades econômicas. d) o fim do socialismo utópico de Fourier e formação do proletariado de Karl Marx na Inglaterra do século XIX. 20) (UNIFAL-MG 2008) Sobre o Iluminismo, movimento intelectual que floresceu na França no século XVIII e alastrou-se pelo Ocidente, assinale a alternativa correta. a) A filosofia iluminista voltou-se para o estudo da natureza e da sociedade. O uso da razão era considerado indispensável à compreensão dos fenômenos naturais e sociais. b) Voltaire e Rousseau, dois dos expoentes do Iluminismo, não tinham discordâncias sobre as formas de exercício do poder do Estado, pois ambos eram Republicanos. c) Na obra O Contrato Social, Rousseau prescreveu regras jurídicas que serviram de base para a constituição das modernas empresas comerciais e industriais, bem como para as relações contratuais entre o capital e o trabalho. d) Uma característica comum aos pensadores iluministas era a conjugação de um republicanismo radical com o mercantilismo econômico. e) Em razão do predomínio do despotismo esclarecido no mundo lusófono, o pensamento iluminista não exerceu qualquer influência no Brasil. 21) (PUC-PR 2009) “Hobbes pretende que o homem é naturalmente intrépido e não procura senão atacar e combater. Um filósofo ilustre pensa o contrário, e Cumberland e Pufendorf asseguram também que nenhum ser é tão tímido quanto o homem em estado de natureza...” Fonte: ROUSSEAU. J-J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. É correto afirmar que para Rousseau: a) O homem natural vivia em um estado constante de guerra contra todos os homens. b) O homem natural viva com medo constante da morte violenta. c) O homem natural era um ser que agia espontaneamente, e as suas ações exteriores sempre representavam as suas verdadeiras intenções. 68 d) O homem natural era moralmente igual ao homem social, sempre guiou as suas ações pelo egoísmo e pelas normas da aparência. e) O homem é o lobo do homem. 22) (UPF 2013) O movimento iluminista teve maior desenvolvimento na França. Entre os intelectuais que se destacaram naquele contexto estão Voltaire, Rousseau e o nobre Charles de Montesquieu, cuja obra de maior repercussão foi Do espirito das leis, publicação na qual defendia um fracionamento dos poderes, como se lê na seguinte passagem: "Não há liberdade se o poder Judiciário não está separado do Legislativo e do Executivo... Se o Judiciário se unisse com o Executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor" (Charles de Montesquieu, Do espirito das leis, 1748). Sobre o pensamento e o constante nas obras de Montesquieu é correto afirmar que: a) os poderes Legislativo, Executivo e Federativo, independentes um do outro, são a melhor garantia contra a opressão dos governantes. b) cada governo deve ser eleito por sufrágio universal, válido para todos os que tiverem renda econômica igual ou superior a três salários mínimos. c) a infelicidade humana deriva de liberdade, pois essa leva à anarquia. d) o Legislativo, o Executivo e o Judiciário devem ser independentes e fiscalizar um ao outro, reciprocamente. e) as alternativas 'b' e 'd' estão corretas. 23) (UFU 2014) Jean-Jacques Rousseau analisou a concepção de “estado de natureza humana” e chegou a conclusão bem diferente de seus antecessores, conforme se observa no trecho abaixo. Outros poderão, desembaraçadamente, ir mais longe na mesma direção, sem que para ninguém seja fácil chegar ao término, pois não constitui empreendimento trivial separar o que há de original e de artificial na natureza atual do homem, e conhecer com exatidão um estado que não mais existe, que talvez nunca tenha existido, que provavelmente jamais existirá, e sobre o qual se tem, contudo, a necessidade de alcançar noções exatas para bem julgar de nosso estado presente”. ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Coleção Os Pensadores. Trad. Lourdes Santos Machado. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 234. Com base no trecho acima e em seus conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que, para Rousseau, a) a natureza humana é inexistente, tudo o que somos deriva da educação. b) refletir sobre o estado de natureza permite compreender a vida política. c) é impossível distinguir o que há de original e artificial no ser humano. d) raciocinar a respeito do estado de natureza humana é uma tarefa inútil. 24) (UFMG 1997) A concepção de trabalho de Adam Smith, teórico iluminista, pode ser sintetizada na frase: a) A divisão do trabalho deve ser controlada pelo Estado, de forma a garantir a estabilidade na oferta de empregos. b) A maior produtividade pressupõe a especialização do trabalho, a divisão entre vários homens daquilo que anteriormente era produzido por um só. c) Os parasitas, aqueles que não trabalham, não podem participar e nem se beneficiar da riqueza produzida pela coletividade. d) Uma maior colaboração entre produtores diretos garante uma maior socialização das riquezas e o Estado do Bem-Estar Social. 25) (UFPA 2011) O texto abaixo recupera uma obra iluminista dirigida por Denis Diderot e Jean Le Rond d' Alembert em 1772 na França intitulada de Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. No texto afirma- se que: na Enciclopédia não havia área do engenho humano que não tivesse sido coberta. Ali se observava a confiança de que os homens eram, ou poderiam ser em breve, senhores de seu próprio destino, que poderiam moldar o mundo e a sociedade de acordo com as suas conveniências e vantagens. Era o poder da razão. Por isso mesmo a Enciclopédia não foi universalmente aceita. Poderes absolutistas civis e religiosos foram seus combatentes. (DENT, N. J. H.. Dicionário de Rousseau. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 125. Texto adaptado). A Enciclopédia proposta por homens iluministas como Diderot e D'Alembert foi criticada no contexto francês do final do século XVIII, porque nesse momento o absolutismo e razão significavam a) modos de viver compatíveis, nos quais as novas e modernas ideias iluministas eram absorvidas pelos reis absolutistas, que percebiam nelas as vantagens de se moldar o mundo à sua forma e maneira,tal qual Diderot em sua Enciclopédia, o que possibilitou o advento da monarquia constitucional. b) maneiras de fazer política muito diversas. Para os racionalistas, a política absolutista deveria ser reestruturada ou revolucionada, pois os novos saberes deveriam vir das experiências e das novas ciências e não de Deus e seus emissários. c) formas incompatíveis de fazer política, pois o povo francês era governado por um velho monarca autoritário que se mantinha no poder devido à ignorância do povo. Já livros como a Enciclopédia seriam a base da nova sociedade revolucionária e anarquista proposta por Diderot. d) formas de governo inconciliáveis, pois o absolutismo era autoritário e ultrapassado. Já os enciclopedistas, como Diderot e D'Alembert, desejavam a derrubada do Rei pelos revolucionários comunistas, formadores de ideias socialistas vinculadas ao marxismo contemporâneo. e) maneiras de governar muito distintas, pois os enciclopedistas eram homens de letras, que iniciavam carreira política nas fileiras dos liberais exaltados, e o monarca absolutista era do partido conservador francês. 26) (UEPB 2014) O século XVIII europeu foi marcado pela crise do Antigo Regime” e pelo advento do Iluminismo - um movimento intelectual e político favorável ao uso da razão como forma de se alcançar a liberdade, a felicidade e o bem-estar social. Analise as assertivas abaixo: I. Enquanto movimento intelectual, o Iluminismo pretendia divulgar o conhecimento até então produzido pela humanidade. Foi por isso que se produziu, entre 1751 e 1780, uma Enciclopédia (composta de 35 volumes). A ideia dos enciclopedistas era travar uma batalha permanente contra a ignorância e a favor da educação popular. lI. A base ideológica do Antigo Regime, assim chamado por se inspirar na elaboração aristotélica, era a crítica ao poder absolutista e a defesa da soberania popular. 69 Filosoficamente, se filiava à elaboração de enciclopedistas como Voltaire, d’Alembert, Montesquieu e Rousseau. III. As sociedades europeias do Antigo Regime eram estamentais e o poder político e econômico estava nas mãos da nobreza e da Igreja. Mas a educação ficava a cargo dos enciclopedistas, que fundaram universidades para lecionar aos filhos da elite um tipo de conhecimento laico, científico e comprometido com a reestruturação social. IV. Enquanto movimento político, o Iluminismo criticava as sociedades estamentais baseadas no Antigo Regime. Os “homens da ilustração” questionavam a influência política e cultural da Igreja, os privilégios da nobreza, a servidão no campo e a censura às chamadas ideias perigosas”. Assinale a alternativa correta: a) I, II e III corretas, enquanto IV incorreta. b) IV correta, enquanto I, II e III incorretas. c) II e III corretas, enquanto I e IV incorretas. d) II correta, enquanto I, II e IV incorretas. e) I e IV corretas, enquanto II e III incorretas. 27) (FATEC 2006) Adam Smith, teórico do liberalismo econômico, cuja obra, "Riqueza das Nações", constitui o baluarte, a cartilha do capitalismo liberal, considerava a) a política protecionista e manufatureira como elemento básico para desenvolver a riqueza da nação. b) necessária a abolição das aduanas internas, das regulamentações e das corporações então existentes nos países. c) a propriedade privada como a raiz das infelicidades humanas, daí toda a economia ter de ser controlada pelo Estado. d) a terra como fonte de toda a riqueza, enquanto a indústria e o comércio apenas transformavam ou faziam circular a riqueza natural. e) o trabalho como fonte de toda a riqueza, dizendo que, com a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio, a harmonia e a justiça social seriam alcançadas. 28) (UFU 2009) Na Filosofia Política de Jean-Jacques Rousseau, para que o Contrato Social se concretize, uma das condições necessárias é a de que cada um aceite ceder todos os seus direitos em favor do Soberano. A partir da afirmação acima, marque a alternativa incorreta. a) Isso significa que o Soberano, que é necessariamente o Rei, terá direito a qualquer ação, pois não é limitado por nenhum contrato. b) Apesar de cederem todos os seus direitos, os homens não são prejudicados, pois todos devem ceder seus direitos igualmente. c) Os homens, apesar de se submeterem ao Soberano, são livres, pois são partícipes da autoridade Soberana. d) Os homens, ao obedecerem as leis, são livres, porque obedecem a si mesmos. 29) (UPE 2010) As ideias liberais refizeram reflexões e anunciaram novas perspectivas sociais. Um dos seus pensadores mais famosos, Locke, defendia o(a) a) fim da propriedade privada e da escravidão, com a queda da sociedade colonial e o fim do mercantilismo. b) consolidação da monarquia constitucional, destacando a universalidade do conhecimento e as possibilidades de massificação da cultura. c) pensamento de Descartes e o fim do idealismo, ressaltando o valor de democracia e da igualdade social na Europa do século XVII. d) liberdade natural dos humanos, afirmando a necessidade da propriedade privada e combatendo o absolutismo. e) crescimento do capitalismo, sem afetar a força política da nobreza e dos poderes dos monarcas absolutistas da época. 70 Despotismo Esclarecido 30) (EsPCEx 2002) Na segunda metade do século XVIII, basicamente, alguns dos grandes países da Europa eram governados pelos seguintes reis: Carlos III (Espanha), Catarina II (Rússia), Frederico II (Prússia), José I (Portugal) e José II (Áustria). Existe um ponto em comum entre eles. Assinale a frase que melhor expressa esse ponto. a) “O Estado sou Eu”. b) “Não há Rei sem Bispo”. c) “Tudo pelo povo, sem o povo”. d) “O Rei reina, o Parlamento governa”. e) “Deixa fazer, deixa passar, o mundo gira por si mesmo” 31) (EsPCEx 2006) O clima criado pelos iluministas tornou-se tão forte e difundido, que vários governantes procuraram colocar em pauta suas idéias. Sem abandonar o poder absoluto, procuraram governar conforme a razão e os interesses do povo. Essa aliança de princípios filosóficos e poder monárquico deu origem ao regime de governo, típico do século XVIII, conhecido como a) fisiocratismo. b) tiranismo absolutista. c) positivismo. d) absolutismo teocrático. e) despotismo esclarecido. 32) (EsPCEx 2007) Na Europa, o despotismo esclarecido surgiu no século XVIII, tendo como representantes mais destacados: Frederico II da Prússia; Catarina II da Rússia; José II da Áustria; Sebastião José de Carvalho, marquês de Pombal, ministro de Portugal; e Pedro Pablo Abarca y Boela, conde de Aranda, ministro da Espanha. Tais governantes, a) sem abandonar o poder absoluto, procuraram governar conforme a razão e os interesses do povo. b) tiveram atitudes diversas, entretanto todos governaram com o auxílio de um parlamento. c) seguindo idéias iluministas e democráticas, abandonaram a idéia de poder absoluto do governante. d) aumentaram a participação popular no governo, no entanto ignoraram as idéias iluministas ligadas ao desenvolvimento e à tecnologia. e) ampliaram os direitos individuais e políticos dos cidadãos, no entanto não tiveram preocupação com o desenvolvimento agrícola e industrial. 33) (EsPCEx 2013) O século XVIII registrou profundas transformações na maneira de governar de diversos dirigentes. – Frederico II, da Prússia, “aboliu as torturas aplicadas aos presos em seu país […] incentivou as letras, as artes e as ciências […] e dirigiu pessoalmente a reforma de Berlim, capital da Prússia na época”. (BOULOS JR, 2011) – O Marquês de Pombal, “principal ministro do rei D. José I […] valendo-se de seu enorme poder, decretou a emancipação dos indígenas na América portuguesa, a abolição da escravidão africana e ade direitos senhoriais ou, do ponto de vista dos servos, de obrigações servis." (Luiz Koshiba, "História: origens, estruturas e processos") Assinale a alternativa que caracterize corretamente uma dessas obrigações servis. a) Dízimo era um imposto pago por todos os servos para o senhor feudal custear as despesas de proteção do feudo. b) Talha era a cobrança pelo uso da terra e dos equipamentos do feudo e não podia ser paga com mercadorias e sim com moeda. c) Mão morta era um tributo anual e per capita, que recaía apenas sobre o baixo clero, os vilões e os cavaleiros. d) Corveia foi um tributo aplicado apenas no período decadente do feudalismo e que recaia sobre os servos mais velhos. e) Banalidades eram o pagamento de taxas pelo uso das instalações pertencentes ao senhor feudal, como o moinho e o forno. 19) (UEL 2000) Nos domínios senhoriais, durante o período feudal, podia-se distinguir: I. a reserva senhorial, cuja produção realizada pelos camponeses, em regime de corveia, era toda do senhor. II. os mansos servis, trabalhados pelos camponeses, cuja produção era parte do senhor e parte do camponês. III. as terras coletivas, exploradas pelos vilões em sistema de cooperativa. IV. o moinho, que era utilizado pelos camponeses desde que pagassem tributo ao senhor. V. os bosques e pastos utilizados somente pelo senhor. Pode-se afirmar que estão corretas a) somente I, II e IV b) somente I, IV e V c) somente I, II, III e V d) somente II, III, IV e V e) I, II, III, IV e V 20) (PUC-RS 2013) O feudalismo europeu foi resultante de uma lenta e complexa integração de estruturas sociais romanas com estruturas dos povos conhecidos como germanos, ocorrida entre os séculos V e IX. Uma das principais estruturas germânicas que compuseram o feudalismo foi a) a vila, grande latifúndio que tendia à autossuficiência econômica. b) o colonato, sistema de trabalho que vinculava o camponês a terra. c) o burgo, cidade fortificada onde se concentravam atividades artesanais. d) o comitatus, relação de fidelidade militar entre guerreiros e seu chefe. e) o direito codificado, reunião simplificada de leis escritas. 8 21) (UNESP 2014) O cavaleiro é um dos principais personagens nas narrativas difundidas durante a Idade Média. Esse cavaleiro é principalmente um a) camponês, que usa sua montaria no trabalho cotidiano e participa de combates e guerras. b) nobre, que conta com equipamentos adequados à montaria e participa de treinamentos militares, torneios e jogos. c) camponês, que consegue obter ascensão social por meio da demonstração de coragem e valentia nas guerras. d) nobre, que ocupa todo seu tempo com a preparação militar para as Cruzadas contra os mouros. e) nobre, que conquista novas terras por meio de sua ação em torneios e jogos contra outros nobres. 22) (UCS 2015) A Idade Média, na Europa, foi caracterizada pelo aparecimento, apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo. Assinale a alternativa que apresenta de forma correta características do sistema feudal. a) As terras dividiam-se em reservas senhoris e mansos servis. A sociedade era estamental, sem mobilidade social. b) A política feudal não proporcionava autonomia aos feudos, sendo, portanto, centralizada. c) A cultura feudal foi antropocêntrica, ou seja, baseada na visão do homem como centro do Universo. d) A principal forma de trabalho foi a escravidão, pois os trabalhadores rurais eram tratados como mercadorias. e) O feudalismo apresentou características semelhantes em todo território europeu, sendo a Inglaterra o modelo mais exemplar. 23) (UPF 2015) Leia o fragmento a seguir, que trata da sociedade feudal. “No cruzamento do material e do simbólico, o corpo fornece ao historiador da cultura medieval um lugar de observação privilegiado neste mundo em que os gestos litúrgicos e o ascetismo, a força física e o aspecto corporal, a comunicação oral e a lenta valorização do trabalho contavam tanto, era importante conferir valor, além do escrito, à palavra e aos gestos.” (LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2005, p. 14) Era característica da sociedade feudal: a) Tinha grande mobilidade social, apesar das rígidas tradições e dos vínculos jurídicos que determinavam a posição social de cada indivíduo. b) A honra e a palavra empenhada tinham importância fundamental, sendo os senhores feudais ligados entre si por um complexo sistema de obrigações e tradições. c) A maior parcela da população era constituída pelos vilões, que procuravam por outros senhores mais poderosos, jurando-lhes fidelidade e obediência. d) Os suseranos deviam várias obrigações aos seus vassalos, por exemplo, o pagamento das banalidades e a prestação do serviço militar. e) Os servos, como os escravos, não tinham direito à própria vida, vivendo presos à terra, sendo vendidos para membros do clero e senhores feudais. 24) (UNESP 2000) "'Reconheço ter prendido mercadores de Langres que passavam pelo meu domínio. Arrebatei-Ihes as mercadorias e guardei-as até o dia em que o bispo de Langres e o abade de Cluny vieram procurar-me para exigir reparações." (CASTELÃO DO SECULO XI.) O texto apresentado permite afirmar que, na Idade Média, a) o poder da Igreja era, além de religioso, também temporal. b) os senhores feudais eram mais poderosos do que a Igreja. c) o clero era responsável pela distribuição das mercadorias. d) o conflito entre Igreja e nobreza aproximou o clero dos comerciantes. e) o poder do papa era limitado pelos sacerdotes. 25) (UFRGS 1996) Em relação à Igreja Católica durante o período feudal, NÃO se pode afirmar que: a) assumiu as críticas ao sistema de poder feudal, preocupada com a situação de penúria da maior parte dos servos. b) foi a principal instituição com a função de veicular a ideologia das classes dominantes, no caso, os senhores feudais. c) estava diretamente interessada na defesa das relações servis, na qualidade de grande proprietária de terras na Europa Ocidental. d) apregoava ser a distinção entre senhores e servos absolutamente normal dentro de uma sociedade cristã. e) freou os movimentos contrários às classes dominantes e combateu as heresias através da Inquisição. 26) (UFAC 2008) Considerando as heranças germânicas para a formação do Feudalismo, marque a alternativa correta. a) O trabalho compulsório e a mercantilização da mão- de-obra foram as principais contribuições dos bárbaros para a sociedade feudal. b) Entre os bárbaros, a terra era objeto de apropriação privada. Proibindo o uso comum da terra, eles gradativamente criaram as condições para que houvesse uma enorme concentração fundiária, como a que caracterizou o Feudalismo. c) As relações de suserania e vassalagem, características do sistema feudal, têm uma de suas origens nos bandos guerreiros germânicos denominados comitatus. Neles praticava-se o juramento de fidelidade entre os guerreiros e os chefes. d) A proibição ao trabalho feminino na produção agrícola, que existia entre os germânicos, ficou mantida nos séculos seguintes, em toda Europa ocidental. e) Na sociedade feudal assim como na germânica, o trabalho artesanal era considerado a única fonte geradora de riquezas. Por isso, em ambas as sociedades, os artesãos eram valorizados como classe dominante. 27) (UEL 2011) "Tem-se como absolutamente certo que, a partir do fim do século VIII, a Europa Ocidental regrediu ao estado de região exclusivamente agrícola. É a terra a única fonte de subsistência e a única condição de riqueza. Todas as classes da população, desde o imperador, que não possuía outras rendas além das de suas terras, até o mais humilde dos servos, todos viviam direta ou 9 indiretamente, dos produtos do solo, fossem eles fruto defundação da Imprensa Régia, em Portugal” (BOULOS JR, 2011). – José II, da Áustria, adotou a tolerância religiosa, mas manteve intocados o militarismo e a servidão. – Catarina II, da Rússia, “mandou construir escolas, fundou hospitais, dirigiu a reforma da capital (São Petersburgo) e combateu a corrupção nos meios civis e religiosos”. (BOULOS JR, 2011) Sobre os dirigentes acima mencionados e seus governos, pode-se afirmar que a) todos foram provavelmente inspirados por ideias iluministas, e o tipo de governo adotado por eles foi chamado pelos historiadores do Século XIX de despotismo esclarecido. b) somente Frederico II e Catarina II foram inspirados por ideias iluministas, e o tipo de governo adotado por eles foi chamado de socialismo. c) todos foram provavelmente inspirados pelo filósofo Jean-Jacques Rosseau, e o tipo de governo adotado por eles foi chamado de democracia. d) Frederico II e o Marquês de Pombal militarizaram seus países e adotaram governos comunistas. e) fundamentaram-se em correntes filosóficas diferentes, mas todos adotaram governos liberais. 34) (Prefeitura de Arapiraca 2018) O Antigo Regime fora criticado pelo Iluminismo, entretanto surgiu, em alguns governos, a figura do déspota esclarecido como forma de modernizar os países europeus considerados arcaicos por sua política absolutista. Sobre o despotismo esclarecido, assinale a alternativa CORRETA. a) A autoridade do rei era defendida através da participação do povo nas decisões políticas. b) A figura do rei se confunde com o estado, possuindo esse a autoridade máxima do regime. c) O governante se define como representante do Estado, devendo promover o bem-estar geral. d) O Estado deveria incentivar à burguesia para a realização de reformas direcionadas à economia. e) As reformas sociais, inspiradas no Iluminismo, tinham como objetivo destituir os governos conservadores. 35) (Mackenzie 1997) O Despotismo Esclarecido, regime de governo adotado em alguns países da Europa no século XVIII, caracterizava-se por: a) equilibrar o poder da burguesia financeira com a nobreza feudal. b) impor o poder parlamentar sobre o poder monárquico. c) tentar conciliar os princípios do absolutismo com as ideias iluministas. d) difundir monarquias constitucionais em todos os reinos europeus, segundo os princípios liberais. e) atribuir ao povo a participação no poder político. 71 Gabarito Iluminismo 1) B 2) D 3) C 4) B 5) B 6) E 7) E 8) A 9) B 10) C 11) D 12) A 13) C 14) D 15) E 16) A 17) E 18) D 19) A 20) A 21) C 22) D 23) B 24) B 25) B 26) E 27) E 28) A 29) D Despotismo Esclarecido 30) C 31) E 32) A 33) A 34) B 35) C 72 A Independência das 13 Colônias (EUA) 1) (EsPCEx 2002) Observe a tabela a seguir: A tabela acima mostra a correlação de forças produtivas entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos da América, em 1860, quando teve início a Guerra de Secessão. Um dos fatores que causaram o conflito foi a questão da escravidão. Porém podemos identificar outras origens para a guerra, tais como o (a): a) desejo dos nortistas de estabelecer tarifas protecionistas sobre as importações, enquanto os estados do Sul se opunham completamente a elas. b) pedido da Califórnia para ser incorporada como novo estado escravista à União, rompendo o equilíbrio de forças entre o Norte e o Sul. c) vitória de Abraham Lincoln, candidato do Partido Democrata e adepto de idéias abolicionistas, nas eleições de 1860. d) criação do novo Partido Republicano, em 1854, que apresentou como candidato à presidência o nortista Jefferson Davis. e) estabelecimento do Compromisso do Missouri, que autorizava a escravidão nos novos estados situados ao norte do paralelo 36°30’. 2) (EsPCEx 2002) Leia o texto a seguir: “O confronto direto entre Inglaterra e França, denominado Guerra dos Sete Anos, começou em 1756 na América, em virtude da disputa pela posse do vale do Ohio. A França aliou-se à Espanha e à Áustria; a Inglaterra contou com o apoio da Prússia. Os ingleses saíram vitoriosos do conflito, (...). Entretanto, apesar da vitória, a Inglaterra entrou em uma fase de dificuldades econômicas, devido ao esgotamento do tesouro pelos gastos militares na guerra. Para reequilibrar seu orçamento, a monarquia inglesa lançou mão de pesados impostos sobre as colônias americanas, que haviam se aproveitado da guerra para aumentar seu comércio com os franceses no Canadá e nas Antilhas.” FONTE: PAZZINATO, Alceu L. & SENISE, Maria Helena V. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Ática, 2002. Pág. 116. O texto acima refere-se a um fato político, a decisão inglesa de “lançar mão de pesados impostos sobre as Colônias Americanas”. Tal fato gerou graves conseqüências para a economia das Treze Colônias, causando principalmente a supressão da liberdade de comércio. Analisando tal contexto, é correto afirmar que a(s) Lei(s) a) do açúcar era uma taxação sobre toda a importação de açúcar que não fosse originária das Antilhas Francesas. b) do Chá concedia o monopólio do comércio do chá indiano à Companhia das Índias Ocidentais. c) Intoleráveis previam, entre outros aspectos, a manutenção e aquartelamento de tropas britânicas pelos colonos. d) do Selo previa a obrigatoriedade do uso de selos, exclusivamente, em documentos considerados legais. e) ou Atos Townshend taxavam a importação de artigos como navios, manufaturas e produtos agrícolas. 3) (EsPCEx 2005) “... conclamou todos os americanos a pegarem em armas contra a Inglaterra e aprovou, em 04 de julho de 1776, a declaração de Independência, cujo principal autor foi Thomas Jefferson.” (BOULOS JR, Alfredo. História Geral: Moderna e Contemporânea. SP, FTD, 1997.) O texto acima refere-se ao a) Segundo Congresso Continental. b) Primeiro Tratado de Utrecht. c) Encontro de Nova Amsterdã. d) Massacre de Boston. e) Tratado de San Quentin. 4) (EsPCEx 2010) A independência dos Estados Unidos da América foi o primeiro grande indicador histórico da ruína do Antigo Regime. Durante esse processo de independência, a) a criação da Lei do Selo foi uma consequência do esforço inglês em fortalecer o pacto colonial e levou os colonos americanos a efetuar um boicote comercial à Inglaterra. b) a “marcha para o oeste” despertou os sentimentos expansionistas e nacionalistas dos colonos americanos, incentivando os movimentos de independência. c) o Primeiro e o Segundo Congresso Continental da Filadélfia resultaram na suspensão dos tributos impostos por Townshend, exceto o que se referia ao comércio do chá. d) os colonos americanos receberam apoio militar da Holanda e da Espanha nas lutas pela emancipação. e) Thomas Jefferson exerceu um papel importante, tendo sido nomeado comandante das tropas americanas na guerra e se tornado o primeiro presidente americano. 5) (EsPCEx 2011) Durante a colonização inglesa na América, as colônias do norte tiveram uma flexibilização política ao monopólio, pois, durante algum tempo, permitiram o comércio entre as colônias e com as Antilhas francesas e espanholas, além de a metrópole não reprimir o contrabando. Tal fato sucedeu-se devido a estas colônias a) terem como características o trabalho livre e a grande propriedade. b) estarem localizadas em área de clima temperado, que não favorecia o cultivo da cana-de-açúcar, tabaco e algodão, por isto não produziam produtos tropicais que interessavam à Inglaterra. c) terem sido formadas por pessoas da nobreza parasitária, que desejavam manter o “status quo”. d) serem de origem holandesa, colônia fundada por Giovanni Caboto, italiano radicado em Amsterdã. e) estarem numa posição geográfica próximas às Antilhas; além disso, a Inglaterra encontrava-seem guerra com a França e por isso sofriam com a escassez de mão-de- obra especializada. 6) (EsPCEx 2014) Leia as afirmações abaixo. I- Permitiu o acesso à cidadania a todos os norte- americanos. II- Abalou o prestígio do rei na Inglaterra e provou que era possível fazer valer a soberania popular. III- Trouxe prejuízos aos povos indígenas, pois suas terras, localizadas em sua maior parte a oeste do Mississipi, 73 passaram a ser atacadas pelos proprietários de terra e comerciantes de peles de origem europeia. IV- Propiciou a abolição da escravidão nos Estados Unidos. São repercussões imediatas da independência norte- americana a) as afirmações I, II, III e IV. b) apenas as afirmações I e II. c) apenas as afirmações II e III. d) apenas as afirmações II e IV. e) apenas as afirmações III e IV. 7) (EsPCEx 2016) Em 1781, o general inglês Cornwallis rendeu-se aos revoltosos norte-americanos, na batalha de Yorktown, dando início às negociações que levaram a Inglaterra a reconhecer os Estados Unidos da América como nação livre. Na formação desse novo estado pode-se destacar a) um poder central forte e nenhuma autonomia política e administrativa aos estados membros. b) a adoção do sistema parlamentarista. c) a participação política dos indígenas e negros. d) um poder central muito fraco e estados membros com muita autonomia política e administrativa. e) a formação de um estado com base em ideias oriundas do Iluminismo. 8) (EsPCEx 2018) Durante a Idade Moderna, ocorreu o fortalecimento gradual dos governos das monarquias nacionais em grande parte da Europa. Desse processo resultou o absolutismo monárquico. Dentre os argumentos usados para se justificar tal condição, havia um que definia o poder absoluto como condição necessária para a manutenção da paz e do progresso. Assinale a alternativa abaixo que apresenta o responsável por tal pensamento. a) Leis Intoleráveis b) Lei do Chá c) Lei dos Alojamentos d) Lei do Selo e) Lei do Açúcar 9) (EsPCEx 2019) Embora estivessem subordinadas às leis inglesas, as Treze Colônias norte-americanas gozavam de certa autonomia no que dizia respeito aos assuntos internos. No século XVIII, as relações entre as Colônias e Londres se deterioraram pouco a pouco. Os conflitos se acirraram em 1773, levando o Parlamento britânico a aprovar medidas restritivas em relação à Assembleia de Massachusetts, nas Treze Colônias, que foram denominadas como: a) Atos de Navegação de Cromwell. b) Pacto do Mayflower. c) Leis Intoleráveis. d) Primeiro Congresso Continental. e) Leis Townshend. 10) (EsPCEx 2021) Relativamente ao processo de Independência dos Estados Unidos da América, é correto afirmar que a) as revoluções inglesas no Séc. XVII e o envolvimento inglês em guerras na Europa contribuíram para o fortalecimento do fiscalismo estabelecido pela metrópole. b) os progressos da Revolução Industrial durante o Séc. XVIII levaram o reino inglês a lançar-se em busca de novos mercados consumidores, o que não incluía as Treze Colônias na América. c) para justificar um aumento na cobrança de impostos das Treze Colônias, os ingleses argumentaram que a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), contra a França, desenrolara-se parcialmente em território norte- americano e, desse modo, em defesa da América inglesa. d) o Sugar Act (Lei do Açúcar), em 1764, e o Stamp Act (Lei do Selo), em 1765, não chegaram a prejudicar os interesses dos colonos, por deixar de fora as Treze Colônias. e) o Tea Act (Lei do Chá), em 1773, acabou com o monopólio desse produto pela Companhia das Índias Orientais, sediada em Londres, o que foi festejado pelos colonos no episódio conhecido como Boston Tea Party (Festa do Chá de Boston). 11) (UFRJ) “As correntes radicais que se pudessem encontrar na Revolução Americana foram, na sua maioria, incapazes de surgir à superfície. O seu principal efeito foi o de promover a unificação das colônias numa única unidade política e a separação dessa unidade da Inglaterra.” (MOORE Jr, Barrington. As Origens Sociais da Ditadura e da Democracia. Lisboa: Martins Fontes, 1975. p. 143.) A insurreição das treze colônias americanas ao domínio britânico, em 1775, iniciou o processo que culminaria na independência dos Estados Unidos. A Declaração de Independência de 4 de julho de 1776 continha os ideais de organização de uma nação livre. Dentre os fatores que favoreceram a independência americana, estão: a) a exploração do trabalho escravo nas plantations de algodão e a ausência de liberdade de imprensa. b) a interferência inglesa no comércio e na indústria e a cobrança de impostos considerados injustos. c) a proibição de abertura de indústrias e a proibição de ocupação das novas terras do oeste. d) a imposição de taxas sobre a exportação do café e do tabaco e a interdição do livre comércio. e) o imposto do selo que incidia sobre os produtos importados e o bloqueio aos produtos da colônia americana. 12) (Unirio) “Em dezembro de 1773, cerca de vinte colonos disfarçados de índios, portando plumas coloridas e pintados nos rostos e braços, atacaram e ocuparam três navios britânicos no porto de Boston, atirando ao mar o carregamento de chá. Era um ultraje à autoridade de Sua Majestade Jorge III, o que deixou os ingleses indignados. Em resposta a esse incidente, o Parlamento inglês determinou uma série de medidas coercitivas sobre a colônia, chamadas pelos colonos de Leis Intoleráveis.” (VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo: Ed. Scipione,1997. p. 244.) Entre as várias medidas coercitivas decorrentes das Leis Intoleráveis, podemos apontar a(o): a) eliminação do Comércio Triangular entre as colônias no norte e a Europa ou entre a América e a Ásia, empobrecendo os colonos envolvidos. b) controle das terras do Centro-Oeste em mãos do governador inglês de Quebec, para impedir a expansão territorial dos colonos, garantindo o comércio de peles realizado entre ingleses e índios. c) Sugar Act (Lei do Açúcar), segundo o qual o açúcar que não fosse proveniente das Antilhas britânicas sofreria uma alta taxação. 74 d) Tea Act (Lei do Chá), pesado tributo que, sob a garantia do monopólio da Companhia das Índias Orientais, sediada em Londres, promovia a acumulação de capital. e) Stamp Act (Lei do Selo), pelo qual todos os documentos, livros e jornais publicados na colônia teriam de receber um selo da Metrópole, cujo valor era incorporado ao seu preço. 13) (UFMG) Em 1776, após uma série de conflitos, uma parcela expressiva das sociedades das Treze Colônias se articulou no sentido de romper com o domínio inglês. Considerando-se esse processo, bem como seus desdobramentos, é CORRETO afirmar que ele se: a) notabilizou pela consolidação do latifúndio, o que atendia aos interesses das elites religiosas, que se apropriaram de grandes glebas de terras. b) caracterizou, desde o início, pela intransigente defesa da escravidão por parte dos americanos, no que eram contraditados pelos interesses ingleses. c) configurou como uma primeira tentativa de instalação de um regime socialista anticolonial, o que contrariava seriamente os interesses dos comerciantes. d) destacou pela repercussão internacional alcançada, tornando-se uma referência, na prática, para outras colônias americanas. 14) (Mackenzie-SP 2010) O processo de emancipação das Treze Colônias Inglesas da América do Norte, na segunda metade do século XVIII, é denominado de Revolução Americana, pois: a) representou o fim do pacto colonial naquela parte do continente americano, servindo de modelo para os demais processos emancipatórios americanos. b) rompeu o pacto colonial mercantilista e criou uma sociedade liberal e democrática para todos os setores sociais. c) foi a primeira etapa das revoluções liberais, que, a partir deentão, iriam propagar-se somente na Europa. d) assinalou o início de uma sociedade capitalista, baseada no trabalho assalariado, livre das instituições feudais. e) a ideologia de seus grandes líderes era a mesma que caracterizaria, pouco tempo depois, a Revolução Inglesa. 15) (FGV-SP 2008) São verdades incontestáveis para nós: que todos os homens nascem iguais; que lhes conferiu o Criador certos direitos inalienáveis, entre os quais o de “vida, o de liberdade e o de buscar a felicidade. DECLARAÇÃO de Independência, 4 jul. 1776. Acerca da Independência das Treze Colônias, é CORRETO afirmar que: a) a ruptura com a metrópole foi efetivada pelas classes sociais dominantes coloniais, o que fez com que as demandas dos mais pobres fossem barradas e que não houvesse solução imediata para a questão escravista. b) comandada pelos setores mais radicais da pequena burguesia, os colonos criaram uma república federativa, considerando, como pilares fundamentais da nova ordem institucional, as igualdades política e social. c) sua efetivação só foi possível devido à fragilidade econômica e militar da Inglaterra, envolvida com a Guerra dos Sete Anos com a França, além da aliança militar dos colonos ingleses com a forte Marinha de guerra da Espanha. d) o desejo por parte dos colonos de emancipar-se da metrópole Inglaterra nasceu em uma conjuntura de abertura da política colonial, na qual, a partir de 1770, as Treze Colônias foram autorizadas a comerciarem com as Antilhas. e) o processo de ruptura colonial foi facilitado em decorrência das identidades econômicas e políticas entre as colônias do norte e as do sul, praticantes de uma economia de mercado, com o uso da mão de obra livre. 16) (IHDTEC 2019) Considere V para afirmativa verdadeira e F para falsa quanto ao Iluminismo e a Independência: ( ) A Guerra dos Sete Anos foi um conflito que teve a participação de diversos Estados europeus. Ao final, com o Tratado de Paris, os franceses perderam o Canadá para a Inglaterra e renunciaram a seu domínio sobre a Índia. ( ) Até o final do século XVII, as colônias norte- americanas gozavam de relativa autonomia administrativa em relação à Inglaterra. ( ) Em 1764, a Lei do Açúcar impediu que esse produto fosse comercializado diretamente entre as colônias, dificultando o comércio triangular. ( ) Em 1773, a Inglaterra criou a Lei do Selo, que concedia o monopólio sobre o comércio do chá à Companhia das Índias Orientais. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) F – V – F – V b) F – V – V – V c) V – F – V – V d) V – V – V – F e) V – F – F – V 17) (Unesp 2016) Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para assegurar esses direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam seus justos poderes do consentimento dos governados. Sempre que uma forma de governo se dispõe a destruir essas finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la, e instituir um novo governo, assentando seu fundamento sobre tais princípios e organizando seus poderes de tal forma que a ele pareça ter maior probabilidade de alcançar-lhe a segurança e a felicidade. (Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: Harold Syrett (org.). Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.) O documento expõe o vínculo da luta pela independência das treze colônias com os princípios a) liberais, que defendem a necessidade de impor regras rígidas de protecionismo fiscal. b) mercantilistas, que determinam os interesses de expansão do comércio externo. c) iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de rebelião contra governos tirânicos. d) luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar pela própria salvação. e) católicos, que justificam a ação humana apenas em função da vontade e do direito divinos. 18) (Ufpi 2007) Com relação à Independência dos Estados Unidos, em 1776, é correto afirmar que: a) a primeira constituição dos Estados Unidos adotou a república federalista e presidencial como modelo de governo. 75 b) a Declaração de Independência defendeu a implantação de uma monarquia constitucional para dirigir politicamente a futura nação. c) a França negou ajuda aos norte-americanos, visto que pretendia manter sua parceria com a Inglaterra na exploração comercial da América do Norte. d) a Espanha negou ajuda aos norte-americanos, dado que com a derrota da Holanda poderia intensificar seus acordos comerciais com os colonos do sul. e) a luta dos norte-americanos divulgou a perspectiva de se construir a unidade continental americana, baseada no ideal iluminista de liberdade e igualdade social. 19) (Uel 2007) Leia o texto a seguir: "[...] A independência e a construção do novo regime republicano foi um projeto levado adiante pelas elites das colônias. Escravos, mulheres e pobres não são os líderes desse movimento. A independência norte-americana (EUA) é um fenômeno branco, predominantemente masculino e latifundiário ou comerciante. [...]" Fonte: KARNAL, L. "Estados Unidos: da colônia à independência". São Paulo: contexto, 1990. (coleção repensando a história). P. 67. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o processo de independência dos Estados Unidos, é correto afirmar que: a) O movimento de independência da América do Norte não representou a união das treze colônias por um sentimento único de nação, mas sim, um movimento contra o domínio da Inglaterra, potencializado pelo sentimento antibritânico. b) A América do Norte independente, com as reformas de caráter democrático, aboliu as diferenças entre os habitantes da colônia, instituindo a prática da inclusão por meio de uma Constituição Liberal. c) A colonização da América do Norte pela Inglaterra diferenciou-se daquela feita na América do Sul pelos espanhóis e portugueses porque contou com a organização e assistência da metrópole nesse empreendimento de conquista e exploração. d) A força do catolicismo foi preponderante no processo de emancipação, pois incentivava o crescimento espiritual da população, libertação dos escravos e a expansão territorial - crescimento que só seria possível cortando os laços com a metrópole. e) Um dos problemas apresentados no período de lutas pela independência dos EUA foi a falta de um projeto comum entre as colônias do norte e as colônias do sul que não se harmonizavam quanto a um acordo na forma de promulgar a Constituição estadunidense do norte e do sul. 20) (Puc-camp 2005) As treze colônias assinaladas no mapa travaram uma guerra por sua independência, que foi deflagrada após certas determinações tomadas pela Inglaterra, dentre as quais pode-se citar a) o estabelecimento do monopólio comercial da Inglaterra, que até então permitira o livre comércio. b) a implantação de leis que impunham taxas e restrições à comercialização dos produtos coloniais. c) a abolição da escravidão nas colônias do norte, a fim de assegurar o aumento do mercado consumidor. d) a proibição de comércio com as colônias inglesas do sul, produtoras de tabaco e algodão. e) a extinção da Companhia das Índias Orientais, como forma de combater o contrabando. 21) (PUC-RJ 2014) Os parágrafos que se seguem foram extraídos do documento "Declaração de Independência dos Estados Unidos", assinado pela unanimidade dos representantes políticos das Treze Colônias, no Segundo Congresso Continental no ano de 1776. "Quando no decurso da História do Homem se torna necessário um povo quebrar os elos politicos que o ligavam a outro e assumir, de entre os poderes terrenos, um estatuto de diferenciação e igualdade ao qual as Leis da Natureza e do Deus da Natureza lhe conferem o direito, o respeito que é devidoperante as opiniões da Humanidade exige que esse povo declare as razões que o impelem à separação. (...) (...) o Povo tem direito a (...) instituir um novo governo, assentando os seus fundamentos nesses principios e organizando os seus poderes do modo que lhe pareça mais adequado à promoção de sua Segurança (...)." http://www. infopedia.pt/SdecIaracao-de-independencia - dos-estados Assinale a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao conjunto de ideias e ideais relacionados à época histórica tratada pelo documento. a) O liberalismo enquanto doutrina defendia a menor intervenção possível do Estado na condução política da sociedade. b) O racionalismo científico renascentista atribuía ao homem o poder de conhecimento e intervenção tanto na natureza como na condução política das sociedades. c) O nacionalismo partia do pressuposto de que a lealdade do indivíduo ao Estado-nação deveria estar acima dos interesses pessoais ou dos interesses de determinados grupos. d) O Iluminismo defendia, de modo geral, a ideia de que o Estado deveria assegurar ao Homem o direito de expressar sua consciência de forma autônoma, bem como os direitos inalienáveis à vida e à busca da felicidade. e) As doutrinas sociais emergentes do contexto da sociedade industrial pregavam a ampliação da participação política à classe operária, além de melhores condições de vida para a mesma. 22) (PUC-PR 2009) O chá veio da China e atingiu a Europa no início do século XVII, com o primeiro carregamento chegando a Amsterdã em 1609. A partir do século XVIII, a Inglaterra torna-se o principal importador de chá da Europa. Nesse mesmo período, o chá consistiu em importante bebida da população dos Estados Unidos da América, ainda colônia inglesa. A partir desse contexto, marque a alternativa CORRETA: a) Esse período é marcado pela questão dos impostos, especialmente a aprovação, em 1773, do imposto inglês 76 sobre o chá, produto importado e muito consumido pelos colonos. b) Em meados do século XVIII, fortaleceram-se as relações entre colonos norte-americanos e a sua metrópole inglesa, especialmente com o apoio dos colonos contra os invasores espanhóis. c) Além do imposto sobre o chá, o Parlamento inglês aprovou também o imposto sobre o açúcar. No entanto, essa lei não foi tão grave, pois esse produto não era importante para os Estados Unidos, que, nessa época, quase não consumiam açúcar. d) A Lei do Chá está relacionada ao episódio em que colonos ingleses, vestidos de índios, jogaram um carregamento de chá no mar, no porto de Boston. Esse incidente radical levou a Inglaterra a reconhecer a independência dos Estados Unidos. e) Os conflitos entre Inglaterra e França (Guerra dos Sete Anos - 1756-1763) estão relacionados diretamente à "Guerra de Secessão" norte-americana. 23) (UNEMAT 2010) Sobre o processo de Independência das Treze Colônias, atualmente, Estados Unidos da América, é incorreto afirmar. a) A Lei do Chá (1773), que obrigava os colonos a adquirirem este produto somente da Inglaterra, foi um dos motivos que levaram as Treze Colônias a lutar pela independência. b) A Declaração de Independência dos Estados Unidos da América foi assinada, no ano de 1776, pelos representantes das Treze Colônias. c) A Constituição dos Estados Unidos, proclamada em 1787, adotou para o país o voto censitário e masculino. d) O reconhecimento da Independência dos Estados Unidos da América, pela Inglaterra, ocorreu em 1783. e) A França e a Espanha apoiaram a Inglaterra na luta contra as Treze Colônias porque temiam que suas colônias na América também se sublevassem. 24) (FGV 2014) (...) Nós temos essas verdades como evidentes por si mesmas: que todos os homens nascem iguais; que o seu Criador os dotou de certos direitos inalienáveis, entre os quais a Vida, a Liberdade e a procura da Felicidade; que para garantir esses direitos, os homens instituem entre eles Governos, cujo justo poder emana do consentimento dos governados; que, se um governo, seja qual for a sua forma, chega a não reconhecer esses fins, o povo tem o direito de modificá-lo ou de aboli-lo e de instituir um novo governo, que fundará sobre tais princípios e de que ele organizará os poderes segundo as formas que lhe parecem mais próprias para garantir a sua Segurança e a sua Felicidade. (Declaração de Independência dos Estados Unidos da América do Norte, 04 de julho de 1776 apud Gustavo de Freitas, 900 textos de História. p. 60) Segundo o documento, é correto afirmar que a) a separação das 13 colônias inglesas da metrópole foi ilegítima, uma vez que os sagrados laços coloniais não foram rompidos, isto é, o Antigo Sistema Colonial assimilou os princípios iluministas. b) o rompimento dos laços políticos e econômicos com a metrópole baseou-se nos princípios iluministas e deu às ex-colônias o direito de serem Estados livres, com o consentimento dos governados. c) a quebra das relações entre as 13 colônias e a metrópole tem a sua legitimidade baseada nos princípios do Antigo Sistema Colonial, isto é, na Igualdade, na Liberdade e na Felicidade. d) os princípios iluministas fundados na Vida, Liberdade e procura da Felicidade sustentam os novos Estados livres e independentes com o consentimento da elite da metrópole. e) os direitos inalienáveis como a Vida, a Liberdade e a procura da Felicidade referem-se tanto ao povo das colônias como ao povo da metrópole, preservando assim os sagrados vínculos coloniais. 25) (NUCEPE 2014) Influenciados pelos ideais do Iluminismo, as Treze Colônias americanas que eram colonizadas pela Inglaterra iniciaram um processo de emancipação política que ficou conhecido como “Revolução Americana”. Sobre esse assunto, é correto afirmar que: a) as Colônias do Norte eram praticamente inabitadas. A pequena parcela da população existente era de judeus e católicos refugiados da Inglaterra. b) durante a Guerra dos Trinta Anos, as relações entre as colônias norte-americanas e a metrópole inglesa se modificaram, pois a Inglaterra passou a exigir recursos financeiros dos colonos. c) o episódio conhecido como a Festa do Chá de Boston é o maior exemplo da ostentação do luxo dos ingleses. Os impostos pagos pelos colonos para bancar os festejos influenciaram diretamente no início dos conflitos. d) a Declaração de Independência dos Estados Unidos aboliu definitivamente a escravidão no território norte- americano. e) no Sul, a colonização foi essencialmente exploratória, com a presença da mão de obra escrava. O cultivo era voltado aos produtos pouco produzidos na Europa. 26) (UFES 1999) A Declaração de Independência das 13 Colônias Inglesas da América do Norte, em 4 de julho de 1776, da qual Thomas Jefferson foi relator, consagrou, em seu texto, o princípio do (a): a) direito de reação à tirania, inspirado em Locke. b) negação do contrato social, nos termos expostos por Rousseau. c) separação da Igreja do Estado, conforme o pensamento de Mably. d) ilustração monárquica, defendido por Diderot. e) utilitarismo, preconizado por Benthan, Mill e William James. 27) (UEA 2002) “...Todos os homens foram criados iguais; são dotados por seu Criador com certos direitos inalienáveis...: a vida, a liberdade e a busca da felicidade.” A guerra da independência iria durar seis anos. Os americanos se beneficiaram de uma aliança com a França e, depois, com a Espanha. Assinale a alternativa que explica a participação francesa e espanhola na Guerra da Independência dos Estados Unidos. a) Acima dos interesses econômicos próprios, os países europeus envolvidos na guerra de independência buscavam manter os americanos nos limites da obediência, porque a insubordinação colonial era uma ameaça a todas as potências mercantilistas. b) A Declaração da Independência foi largamente influenciada pelas idéias dosfilósofos iluministas europeus, as idéias francesas – como as de Locke, dos direitos naturais, e as de Rousseau, da soberania popular – , facilitando a atração do apoio francês ao movimento americano. 77 c) A aliança da França e da Espanha com os Estados Unidos na guerra de independência deveu-se à expectativa de enfraquecimento do concorrente comum e da recuperação de colônias perdidas com a Guerra dos Sete Anos. d) A participação francesa e espanhola na guerra de independência deveu-se apenas a um desejo de vingança pela derrota na Guerra dos Sete Anos – tão expressiva que abalou o absolutismo em ambos os países –, que ofendera fortemente o orgulho nacional. e) O objetivo franco-espanhol no apoio aos Estados Unidos na guerra de independência foi devido à concorrência entre países que realizavam as suas revoluções industriais. 28) (FUVEST 1999) Pode-se dizer que o ponto de partida do conflito entre as colônias inglesas da América do Norte e a Inglaterra, que levou à criação dos Estados Unidos em 1776, girou em torno da reivindicação de um princípio e de uma prática que tinham uma longa tradição no Parlamento britânico. Trata-se do princípio e da prática conhecidos como a) Declaração dos Direitos (Bill of Rights). b) equilíbrio entre os poderes (checks and balances). c) liberdade de religião e de culto (freedom of religion and worship). d) nenhuma tributação sem representação (no taxation without representation). e) um homem, um voto (one man, one vote). 29) (MACKENZIE 2004) Assim como nos governos absolutos o rei é a lei, nos países livres, a lei deve ser o rei; e não existirá outro. (Thomas Paine). Considero o povo que constitui a sociedade ou nação como a fonte de toda autoridade (...) sendo livre para conduzir seus interesses comuns através de quaisquer órgãos que julgue adequados (...) (Thomas Jefferson). A Independência das Treze Colônias Inglesas da América significou: a) o primeiro grande indicador histórico da ruína do Antigo Regime. b) o fim da Era das Revoluções. c) a superação do capitalismo monopolista. d) a consolidação econômica da política mercantilista. e) o desdobramento natural da Doutrina Monroe e do Destino Manifesto. 30) (CESGRANRIO 2004) No século XVIII, a revogação da Lei do Selo causou grande tristeza aos políticos ingleses, o que, entretanto, contrastava com a alegre movimentação dos trabalhadores na beira do cais, em decorrência da reabertura dos armazéns de manufaturados e da partida para a América de inúmeros navios carregados de mercadorias. Assinale a opção que explica corretamente a "tristeza" dos políticos com a revogação da Lei do Selo. a) A revogação da Lei do Selo representou um golpe nas pretensões inglesas de arrecadação, mediante impostos, nas colônias americanas. b) A revogação da Lei do Selo significou a vitória dos norte-americanos que, assim, não mais precisariam pagar impostos sobre o chá, o ferro e o açúcar. c) A pressão popular sobre o Parlamento aumentou, já que, com a revogação da Lei do Selo, do Chá e do Açúcar, os membros das Câmaras dos Lordes e dos Comuns voltaram a ficar submetidos ao rei inglês. d) Em meados do século XVIII, a metrópole inglesa perdeu cerca da metade de seu mercado consumidor de manufaturas, face ao crescimento da produção colonial. e) As Treze Colônias criaram impedimentos à atuação inglesa no continente americano, delimitando a ação da metrópole exclusivamente as áreas de plantation do sul. 31) (UFRGS 2012) Considere o enunciado abaixo e as três propostas para completá-lo. A independência das treze colônias inglesas na costa leste da América está inserida na conjuntura das revoluções atlânticas. A declaração da independência dessas colônias sustentava que 1. todos os homens nascem iguais, sendo dotados de direitos inalienáveis, como a vida, a liberdade e a aspiração a felicidade. 2. a origem de todo o poder reside no povo, cabendo a ele a organização de seu próprio governo. 3. os direitos inalienáveis deveriam ser estendidos a toda população, extinguindo-se a escravidão e o extermínio dos índios. Quais propostas estão corretas? a) Apenas 1. b) Apenas 2. c) Apenas 3. d) Apenas 1 e 2. e) 1, 2 e 3. 32) (ESPM 2012) Em 1773, procurando aliviar as dificuldades financeiras da Companhia das Índias Orientais, o governo britânico concedeu-lhe o monopólio do chá nas colônias. Os colonos reagiram e disfarçados de índios, patriotas de Boston, abordaram navios que transportavam chá, lançando a mercadoria nas águas do porto. (H. C. Allen. História dos Estados Unidos da América) A ação descrita pelo texto levou o parlamento britânico a promulgar, em 1774, as Leis Coercitivas ou, como foram chamadas pelos colonos, Intoleráveis. Tais leis: a) lançavam impostos sobre vidro e corantes; b) interditavam o porto de Boston até que fosse pago o prejuízo causado pelos colonos; c) proibiam a emissão de papéis de crédito na colônia que, até então, eram usados como moeda; d) impunham aos colonos os custos do alojamento e fornecimento de víveres para as tropas britânicas enviadas para a colônia; e) enfraqueceram a autoridade do governador de Massachusetts. 33) (PUC-PR 1998) Leia o texto a seguir e extraia a ideia central: "São verdades incontestáveis para nós: todos os homens nascem iguais; o Criador lhes conferiu certos direitos inalienáveis, entre os quais os de vida, o de liberdade e o de buscar a felicidade; para assegurar esses direitos se constituíram homens-governo cujos poderes justos emanam do consentimento dos governados; sempre que qualquer forma de governo tenda a destruir esses fins, assiste ao povo o direito de mudá-la ou aboli-la, instituindo um novo governo cujos princípios básicos e organização de poderes obedeçam às normas que lhes pareçam mais próprias para promover a segurança e a felicidade gerais." 78 (Trecho da "Declaração de Independência dos Estados Unidos da América", Ministro das Relações Exteriores, EUA.) A ideia central do texto é: a) A forma de governo estabelecida pelo povo deve ser preservada a qualquer preço. b) A realização dos direitos naturais independem da forma, dos princípios e da organização do governo. c) Cabe ao povo determinar as regras sob as quais será governado. d) Todos os homens têm direitos e deveres. e) Cabe aos homens-governo estabelecer as regras para o povo. 79 Gabarito 1) A 2) C 3) A 4) A 5) B 6) C 7) E 8) A 9) C 10) C 11) B 12) B 13) D 14) A 15) A 16) D 17) C 18) A 19) A 20) B 21) D 22) A 23) E 24) B 25) E 26) A 27) C 28) D 29) A 30) A 31) D 32) B 33) C 80 A Revolução Francesa e a Restauração Revolução Francesa 1) (EsPCEx 2000) Pouco antes da eclosão da Revolução Francesa (1789), encontramos a sociedade da França estruturada com uma divisão em três estados ou ordens. O segmento que integrava o Primeiro Estado nesta estrutura foi o(a) a) burguesia. b) clero. c) povo. d) nobreza. e) rei. 2) (EsPCEx 2000) Podemos afirmar que a Revolução Francesa representou a crise final do Antigo Regime, que ocorreu em três níveis: o econômico, o social e o político. Do ponto de vista econômico, um dos fatores que contribuiu para a revolta dos camponeses foi a(o) a) abertura do mercado francês à mão-de-obra estrangeira, o que diminuiu a oferta de emprego. b) superprodução agrícola de cereais, que gerou uma redução de pregos, ocasionando uma desastrosa queda de salários. c) aumento das exportações de tecidos finos para países como a Inglaterra, tradicional inimiga da França d) fome e a miséria geradas pela crise de subprodução agrícola, base da economia francesa, agravada por problemas climáticos. e) crescimento populacional, gerando uma oferta crescente de empregos, refletindo na absorção de mão-de-obracamponesa, que se retirou do processo revolucionário. 3) (EsPCEx 2005) “... A Revolução Francesa foi a culminância de vários processos revolucionários e também a mais importante revolução ocorrida em toda a história mundial contemporânea, com exceção da Revolução Russa (1917). ... Ela representou uma ruptura estrutural. A burguesia, alijada do poder político pela aristocracia, se insurgiu, tornando-se senhora do Estado.” (PEDRO, Antônio. História Geral. SP, FTD, 1995. p. 203) Durante a Revolução Francesa, houve um período que foi o mais radical da revolução (1793-94). Cerca de quarenta e duas mil pessoas acusadas de “alta traição” foram guilhotinadas a mando de Robespierre. Este episódio faz alusão ao período do (da) a) Grupo de Direita. b) Diretório. c) Terror. d) Consulado. e) Santa Aliança. 4) (EsPCEx 2009) A Revolução Francesa é um processo social e político complexo, sendo dividido em períodos, como os períodos da Assembleia Nacional, Convenção, Diretório e o Consulado. Assinale a alternativa em que todos os fatos citados são características do período conhecido como o “Terror”. a) Levantes camponeses na área rural, com saques de castelos e queima de cartórios; proclamação da Declaração dos direitos do homem e do cidadão; predomínio político do grupo dos jacobinos, chefiados por Robespierre. b) Fechamento dos clubes jacobinos; predomínio político dos girondinos; fim da escravidão nas colônias; tabelamento de preços de gêneros alimentícios. c) Predomínio político do grupo dos jacobinos, chefiados por Robespierre; instituição de um Tribunal Revolucionário e comitês revolucionários; tabelamento de preços de gêneros alimentícios; fim da escravidão nas colônias . d) Invasão da França por exércitos da Áustria e Prússia; fim dos direitos feudais; confisco de bens da Igreja; elaboração da constituição. e) Predomínio político de Napoleão Bonaparte; expulsão dos exércitos estrangeiros da França; campanha do Egito; reintrodução da escravidão nas colônias. 5) (EsPCEx 2011) “A execução de Luís XVI, em janeiro de 1793, abalou a nobreza européia. No interior da França, eclodiram revoltas (...). No exterior, formou-se a Primeira Coligação européia (...). A França foi novamente invadida. (...) Teve início então, o Período do Terror, que se estenderia até julho de 1794.” O Período do Terror, caracterizado pela radicalização do processo revolucionário, ocorreu durante a fase da (o) a) Monarquia Constitucional e era chefiado por jacobinos. b) Diretório e era dirigido por girondinos. c) Assembleia Legislativa e era comandado por “sans – culottes”. d) Assembléia Nacional Constituinte e era orientado por girondinos. e) Convenção Nacional e era liderado por jacobinos. 6) (EsPCEx 2013) “Em fins do Século XVIII, enquanto a Inglaterra se industrializava rapidamente, a França era ainda um país agrário.[...] Enquanto isso na França, vigorava ainda uma organização social baseada em estamentos – chamados estados, ou ordens -, herdada da Idade Média.“ (ARRUDA & PILETTI, 2007) Sobre o tema, leia as afirmações abaixo. I- O primeiro estado era constituído pela nobreza. II- O clero estava subdividido em alto clero e baixo clero. III- O terceiro estado lutava pela abolição dos privilégios e por igualdade de tratamento em relação à nobreza e clero. IV- Os sans-cullottes eram os pobres que não tinham os privilégios da nobreza. V- A Assembleia Nacional era composta por representantes dos três Estados, que possuíam igualdade de votos. Assinale a única alternativa em que todos os itens estão corretos. a) I, II e III b) II, III e IV c) I, III e V d) I, IV e V e) II, IV e V 7) (EsPCEx 2014) A Revolução Francesa teve início em 1789. Neste processo a(o) a) Assembleia Nacional Constituinte, representando interesses das classes populares, foi responsável por abolir a escravidão, por acabar com os privilégios do clero e da nobreza e por instituir o voto universal. b) partir de 1792, os girondinos deram início ao Período do Terror, executando milhares de pessoas acusadas de serem contrarrevolucionários. 81 c) Diretório foi um governo que conseguiu conciliar diferentes interesses, obtendo o apoio dos jacobinos, através de medidas populares como o tabelamento de preços de alimentos, e da alta burguesia, estimulando o desenvolvimento da indústria de algodão. d) 18 Brumário foi um golpe de estado que recebeu o apoio de um grupo político-militar e foi responsável por consolidar os interesses burgueses na França. e) Convenção Nacional teve início com a tomada da Bastilha, símbolo da arbitrariedade do poder real e pôs fim ao absolutismo francês, limitando o poder do rei com a instauração de uma monarquia constitucional. 8) (EsPCEx 2016) Leia as afirmações abaixo referentes à Revolução Francesa. I - Sua principal função social era defender a nação. II - Fase da Revolução Francesa que durou de 1794 até 1799. III- Revoltas camponesas comuns na França na década de 1780. IV- Defendiam um governo central forte, o voto universal e a participação popular na direção do processo revolucionário. Os fragmentos I,II,III e IV referem-se, respectivamente, ao, a(s) a) jacobinos, diretório, nobreza, jaqueries. b) nobreza, diretório, jaqueries, jacobinos. c) diretório, jaqueries, jacobinos, nobreza. d) nobreza, jaqueries, diretório, jacobinos. e) jaqueries, jacobinos, nobreza, diretório. 9) (EsPCEx 2017) O barrete frígio ou barrete da liberdade, constante da imagem ao lado, é uma espécie de touca ou carapuça, originariamente utilizada pelos moradores da Frígia (antiga região da Ásia Menor, onde hoje está situada a Turquia). Foi adotado, na cor vermelha, pelos republicanos franceses que lutaram pela tomada e queda da Bastilha em 1789, que culminou com a instalação da Primeira República Francesa em 1793. As ideias a seguir também estão relacionadas com a Revolução Francesa. I - Período do Terror II - Segundo Estado III - Primeiro Estado IV - Jacobinos V - Girondinos VI - Comitê de Salvação Pública Assinale a alternativa que apresenta as ideias relacionadas à Revolução Francesa e que estejam ligadas à imagem acima. a) I, II e IV. b) II, IV e V. c) IV, V e VI. d) I, IV e VI. e) II, III e VI 10) (Enem 2007) Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profundamente subversivas para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos governados. Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789, na França. Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar. Revolução Chinesa. São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações). Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção correta. a) A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto histórico, mas se baseavam em princípios e ideais opostos. b) O processo revolucionário francês identificou-se com o movimento de independência norte-americana no apoio ao absolutismo esclarecido. c) Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento dos direitos considerados essenciais à dignidade humana. d) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu forte influência no desencadeamento da independência norte-americana. e) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa abriu o caminho para as independênciasdas colônias ibéricas situadas na América. 11) (Enem 2010) Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem. HUNT, L. Revolução Francesae Vida Privada, in: PERROT, M. (Org). História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol.4. São Paulo: Companhia das Letras,1991(adaptado). O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa? a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante. b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia. c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente. d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês. 82 e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos políticos. 12) (Enem 2011) Atualmente, a noção de que o bandido não está protegido pela lei tende a ser aceita pelo senso comum. Urge mobilizar todas as forças da sociedade para reverter essa noção letal para o Estado Democrático de Direito, pois, como dizia o grande Rui Barbosa, “A lei que não protege o meu inimigo, não me serve”. SAMPAIO, P A. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. In.: Os Direitos Humanos desafiando o século XXI. Brasília: OAB; Conselho Federal; Comissão Nacional de Direitos Humanos, 2010. No texto, o autor estabelece uma relação entre democracia e direito que remete a um dos mais valiosos princípios da Revolução Francesa: a lei deve ser igual para todos. A inobservância desse princípio é uma ameaça à democracia, porque a) resulta em uma situação em que algumas pessoas possuem mais direitos do que outras. b) diminui o poder de contestação dos movimentos sociais organizados. c) favorece a impunidade e a corrupção por meio dos privilégios de nascimento. d) consagra a ideia de que as diferenças devem se basear na capacidade de cada um. e) restringe o direito de voto a apenas uma parcela da sociedade civil. 13) (Enem 2021) Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão -1789 Os representantes do povo francês, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral. Disponível em: www.direitoshumanosusp.br. Acesso em: 7 jun. 2018 (adaptado) Esse documento, elaborado no contexto da Revolução Francesa, reflete uma profunda mudança social ao estabelecer a a) manutenção das terras comunais. b) supressão do poder constituinte. c) falência da sociedade burguesa. d) paridade do tratamento jurídico. e) abolição dos partidos políticos. 14) (EsFCEx 2020) No contexto da Revolução Francesa (1789- 1799), a Conspiração pela Igualdade, ou Conjuração dos Iguais, segundo a obra de Albert Soboul, A Revolução Francesa, a) preconizava o direito à cidadania plena aos sujeitos que efetivamente produzissem mercadorias para o consumo popular. b) defendia a igualdade dos usufrutos, e para isto ocorrer, a propriedade privada deveria ser suprimida. c) considerava que uma verdadeira república necessitava da existência, majoritária, de pequenas propriedades. d) apoiava o controle do Estado sobre os preços de mercadorias e salários nos espaços urbano e rural. e) aclamava que os lucros deveriam ser limitados entre os grandes proprietários e livre entre os pequenos produtores. 15) (PM-SP 2012) A crise da monarquia absolutista na França, às vésperas da Revolução Francesa, esteve relacionada a) às lutas de camponeses e trabalhadores contra o Terceiro Estado. b) à crítica iluminista, que defendia a manutenção do poder do monarca. c) às intenções da burguesia de usufruir dos mesmos privilégios que a nobreza. d) à proposta da monarquia francesa de ampliar os privilégios da nobreza. e) à tentativa da monarquia de propor a cobrança de impostos à nobreza e ao clero 16) (PM-PR 2015) Considere os seguintes excertos produzidos no contexto da Revolução Francesa (1789-1799): Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (26 de agosto de 1789) Art. 1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum. Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. Art. 13. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, é indispensável uma contribuição comum, que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades. Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã (setembro de 1791)* Art. 1º. A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do homem. As distinções sociais só podem ser baseadas no interesse comum. Art. 2º. O objeto de toda associação política é a conservação dos direitos imprescritíveis da mulher e do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e, sobretudo, a resistência à opressão. Art. 13. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, as contribuições da mulher e do homem serão iguais; ela participa de todos os trabalhos ingratos, de todas as fadigas, deve então participar também da distribuição dos postos, dos empregos, dos cargos, das dignidades e da indústria. * Essa declaração, escrita e proposta pela francesa Olympe de Gouges, não foi aprovada pela Assembleia Nacional; Olympe foi guilhotinada por ordem de Robespierre em 1793. Compare as duas declarações e assinale a alternativa que identifica a principal diferença entre o texto de 1789 e o de 1791. a) O texto de 1791 estabelece direitos e obrigações detalhados e separados para homens e mulheres na política e nos negócios, conforme o projeto burguês de sociedade, enquanto o texto de 1789 defende um ideal universalista, sem distinção social. b) O texto de 1789 defende direitos universais, sem explicitar a questão de gênero, enquanto o texto de 1791 defende a igualdade de direitos entre os gêneros, 83 reivindicando a atuação feminina em assuntos considerados masculinos, como a política e os negócios. c) O texto de 1791 defende a luta contra a opressão das mulheres após séculos de dominação monárquica na França, enquanto o texto de 1789 é contra a opressão masculina causada pela predominância do clero e da nobreza sobre o terceiro estado. d) O texto de 1789 utiliza o termo “homem" para designar a todo o conjunto de cidadãos, sem distinção de classe e origem, enquanto o texto de 1791 substitui “homem" por “mulher", a fim de reivindicar direitos exclusivos para as cidadãs da classe burguesa. e) O texto de 1789 defende que nenhum direito é válidose não incluir todos os cidadãos, enquanto o texto de 1791 contradiz esse princípio ao privilegiar as mulheres, que reivindicavam maior espaço na sociedade após a morte da Rainha Maria Antonieta. 17) (NUCEPE 2010) “O que é o Terceiro Estado? Tudo. O que tem sido até na ordem política? Nada. Que deseja? Vir a ser alguma coisa”. (SIEYÈS, Emmanuel Joseph. Qu'est-ce que le Tiers-État. 1789). A Revolução Francesa apresentou diversas fases cujos resultados foram também diversos. No campo, onde se concentrava a maior parcela do Terceiro Estado, a Revolução trouxe importantes transformações, entre as quais podemos destacar CORRETAMENTE: a) Extinção das pequenas propriedades rurais, que passaram a ser agrupadas em fazendas coletivas. b) Eliminação da condição de servidão sob a qual era mantida parte da população camponesa. c) Transformação de todos os tributos feudais em um imposto único, pago ao Estado anualmente em forma de produtos ou serviço militar. d) Expropriação dos pequenos lotes de terras e sua venda a quem os pudesse pagar, como forma de sustentar o governo jacobino. e) Transformação dos senhorios feudais em empresas agrícolas estatais no governo Diretório Girondino. 18) (PM-RO 2018) Em 14 de julho de 1789, com a tomada da Bastilha, que é até hoje o símbolo maior da Revolução Francesa, em 27 de agosto de 1789 foi declarada a “Declaração Francesa dos Direitos do Homem e dos Povos”, que consagram direitos inatos a todos os indivíduos. O Lema dos revolucionários, de clareza evidente, era: a) Solidariedade, Igualdade e Fraternidade. b) Fraternidade, Igualdade e Unidade c) Liberdade, Igualdade e Fraternidade d) Liberdade, Igualdade e Unidade e) Imunidade, Igualdade e Igualdade 19) (PUC-PR 2016) A Revolução Francesa foi um dos momentos mais importantes no processo de formação do mundo contemporâneo. Foi um movimento violento que sepultou o absolutismo na cena política e o mercantilismo na economia, tendo um papel de grande destaque a burguesia, interessada em instituir um regime que atendesse aos seus interesses. Durante a revolução tomou forma um corpo legislativo denominado Assembleia Nacional, que tomou parte central na consolidação das reformas objetivadas pela revolução. Dentre as principais reformas realizadas na fase moderada da Revolução Francesa (1789- 1791), pela Assembleia Nacional, podemos citar CORRETAMENTE: a) Abolição dos privilégios especiais do clero e da nobreza; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; subordinação da Igreja ao Estado; elaboração de uma constituição para a França; reformas administrativas e judiciárias; e ajuda à economia francesa. b) Declaração Universal dos Direitos Humanos; elaboração do Edito de Nantes, que dava liberdade religiosa para os não católicos; criação do Banco da França; legalização da anexação dos territórios da margem esquerda do Reno; elaboração do Código Civil Francês. c) Criação do Código Civil Francês; criação do Banco da França; elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; elaboração das primeiras leis trabalhistas que proibiam o trabalho infantil; concessão do direito ao voto às mulheres. d) Direito de voto para todos os homens, independente da renda; favorecimento de legislação que incentivava o capitalismo comercial; reforma do sistema educacional com a criação dos liceus clássicos e de ofícios; maior autonomia para as províncias históricas da França; criação de uma estrutura descentralizada de governo na França. e) Regulamentação das leis trabalhistas na França; extensão do direito de voto para todos os homens e mulheres maiores de 18 anos; reconhecimento do direito de minorias; criação do Código Civil; a França se tornou uma confederação descentralizada, dividida em cantões com alto grau de autonomia política; elaboração da Constituição Civil do Clero. 20) (UFMG 2002) "Santa Guilhotina, protetora dos patriotas, rogai por nós; Santa Guilhotina, terror dos aristocratas, protegei-nos. Máquina adorável, tende piedade de nós. Máquina admirável, tende piedade de nós. Santa Guilhotina, livrai-nos de nossos inimigos. (Com a melodia da Marselhesa) Ó celeste Guilhotina, Você abrevia rainhas e reis, Por tua influência divina Reconquistamos nossos direitos.(bis) Sustenta as leis da pátria E que teu soberbo instrumento Torne-se sempre permanente Para destruir uma seita ímpia. Afia tua lâmina para Pitt e seus agentes, Enriquece tua bagagem com cabeças de tirano!" Citado por ARASSE, Daniel. A guilhotina e o imaginário do Terror. São Paulo: Ática, 1989. p. 106-107. Os versos acima eram cantados na França, durante a fase do Terror, ocorrida entre junho de 1793 e julho de 1794, e permitem inferir que a) a difusão da ideia de uma “pátria em perigo” ficou sem efeito prático, limitada ao discurso político. b) a guilhotina foi utilizada como um instrumento capaz de representar o ato de justiça do povo. c) a ordem interna francesa, na fase do Terror, se enfraqueceu devido às ações do exército de Napoleão. 84 d) o ardor contra-revolucionário, expresso no louvor à guilhotina, era endereçado aos seguidores de Bonaparte. e) em poucos momentos a Revolução Francesa foi marcada por atos de violência. 21) (PUC-RS 2001) Sobre os acontecimentos que marcaram o período da Revolução Francesa conhecido como Convenção Nacional (1792-1794), é correto afirmar que: a) em fins do ano de 1793, os jacobinos formaram um governo apoiado pelos sans coulottes, os quais defendiam os interesses dos pobres, por meio de uma tributação progressiva e de um teto máximo para preços e salários. b) entre setembro 1792 e junho de 1793, estabeleceu-se a República Girondina, criando-se o tribunal revolucionário encarregado de descobrir os suspeitos de traição. c) a Constituição do Ano I, elaborada pela República Jacobina, estabeleceu o sufrágio censitário. d) caracterizou-se como uma fase de vitórias externas, especialmente contra as coligações anti- França lideradas pela Áustria e pela Espanha. e) foi criado, pelos Girondinos, um Comitê de Segurança Geral, com o objetivo de confiscar os bens do Clero. 22) (PUC-RJ 2013) “A Revolução Francesa constitui um dos capítulos mais importantes da longa e descontínua passagem histórica do feudalismo ao capitalismo. Com a Revolução (científica) do século XVII e a Revolução Industrial do século XVIII na Inglaterra, e ainda com a Revolução Americana de 1776, a Grande Révolution lança os fundamentos da História contemporânea”. [Mota, C. G. A Revolução Francesa]. Entre as transformações promovidas pela Revolução na França, iniciada em 1789, é CORRETO afirmar que: a) os privilégios feudais e o regime de servidão foram abolidos destruindo a base social que sustentava o Antigo Regime absolutista francês. b) a Revolução aboliu o trabalho servil e fortaleceu o clero católico instituindo uma série de medidas de caráter humanista. c) os revolucionários derrubaram o rei e proclamaram uma República fundamentada no igualitarismo radical na qual a propriedade privada foi abolida. d) a Revolução rompeu os laços com a Igreja católica iniciando uma reforma de cunho protestante que se aproximava dos ideais da ética do capitalismo moderno. e) a Revolução, mesmo em seu momento mais radical, não foi capaz de romper com as formas de propriedade e trabalho vigentes no antigo regime. 23) (IDIB 2020) A classe burguesia buscava o capitalismo e, embora fosse economicamente a classe dominante, era subordinada politicamente e juridicamente à monarquia e à igreja. Com a perda do absolutismo foram responsáveis por algumas revoluções. Sobre o assunto, correlacione as colunas abaixo. I Revolução Puritana II Revolução Gloriosa III Revolução Francesa ( ) Ocorreu na Inglaterra no século XVII no decorrer da Guerra Civil (1640-1648)onde o rei e o parlamento se enfrentaram. O conflito deu iniciou quando o parlamento impôs ao rei Carlos I a petição dos direitos onde dizia que problemas com impostos, prisões, julgamentos e convocações do exército só seriam possíveis com autorização do parlamento. ( ) Foi um acontecimento político ocorrido entre 1688 e 1689 na Inglaterra. A Inglaterra era um reino protestante, que desde 1685 tinha como monarca um rei católico, Jaime II da dinastia Stuart, que adquiriu políticas a favor de sua religião em detrimento do protestantismo. ( ) Essa revolução foi um marco na história da humanidade, porque inaugurou um processo que levou à universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais a partir da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa revolução também abriu caminho para a consolidação de um sistema republicano pautado pela representatividade popular, hoje chamado de democracia representativa. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. a) II – III – I b) III – II – I c) I – II – III d) II – I – III 24) (ESPM 2012) Que o preço de todos os gêneros de primeira necessidade seja fixado invariavelmente sobre os dos ditos antigos, depois de 1789 até, inclusive, o ano 90, proporcionalmente às suas qualidades diversas; que as matérias-primas sejam também tabeladas, de maneira que os lucros da indústria, os salários do trabalho e os benefícios do comércio possam facultar ao homem industrioso, ao agricultor, ao comerciante, adquirir a coisas necessárias e indispensáveis à subsistência, e ainda tudo quanto possa contribuir para o bem-estar. (Albert Soboul. História da Revolução Francesa) A medida tratada no texto e colocada em vigor durante a Revolução Francesa pelo Comitê de Salvação Pública foi: a) a Lei do Máximo; b) a Lei dos Suspeitos; c) a redação dos cadernos de queixas; d) a abolição dos direitos feudais; e) a abolição das corporações de ofício. 85 Era Napoleônica 25) (Enem 2021) DAVID, J-L. A coroação de Napoleão (detalhe). Óleo sobre tela, 621 x 979 cm. Louvre, França, 1807. Disponível em: http://theweddingtiara.com. Acesso em: 8 abr. 2015. O gesto representado no quadro simboliza uma diferença entre o império napoleônico e a monarquia absolutista, por a) reduzir a autoridade do clero. b) instaurar a censura da imprensa. c) controlar a organização judiciária. d) suspender as pensões da nobreza. e) desrespeitar a propriedade privada. 26) (NUCEPE 2010) “Eu aterrei o abismo anárquico e pus ordem no caos. Eu limpei a Revolução (...). E depois sobre que poderiam atacar-me de que um historiador não pudesse defender-me?” (BONAPARTE, Napoleão. O processo Napoleão. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. v.III. Lisboa: Plátano, 1976, p.124). Na França à época da Revolução, Napoleão despontou para o cenário político por meio do Golpe de 18 de Brumário. Sobre o significado histórico do Golpe 18 de Brumário, podemos afirmar: a) Destituiu a Convenção, liderada pelos girondinos, e abriu caminho para a radicalização do movimento por meio do Terror. b) Também conhecido como Convenção, marca o início da corrida imperialista francesa e a difusão de seu ideário revolucionário. c) Instalou a Ditadura Montanhesa sob a liderança de Napoleão, responsável pelo soerguimento da econômica francesa por meio do Bloqueio Continental, que isolou a Inglaterra. d) Consolidou a revolução burguesa na França, através da contenção dos inimigos internos (monarquistas e jacobinos) e externos, e sua expansão para o restante da Europa. e) Marca o início do Diretório, com Napoleão como Primeiro Cônsul, condição que permitiu a aprovação da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. 27) (Comado do 2º Distrito Naval 2019) Segundo Vidigal (2006), qual foi a causa determinante para a invasão francesa em Portugal? a) A vitória da Marinha Francesa sobre a Inglaterra na Batalha de Trafalgar b) A recusa de Portugal em aderir ao "bloqueio continental" imposto por Napoleão. c) A fragilidade do Exército Português diante do poderio da França. d) A derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo, na Inglaterra. e) O “bloqueio continental" imposto pela Inglaterra à França. 28) (UNESP 2011) Artigo 5.° - O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa. (...) Artigo 7.° - Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, sera' recebida em porto algum. Artigo 8.° - Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa. (Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963), 1977.) Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806. permitem notar a disposição francesa de a) estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a depender mais de seu comércio interno. b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o comércio na Europa e nas áreas coloniais. c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da Península Ibérica. d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos mares europeus. e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa. 29) (PUC-RJ 2008) Como general, cônsul e, depois, imperador, Napoleão Bonaparte transformou a França de um país sitiado numa potência expansionista com influência em todo o continente europeu. No entanto, a expansão francesa com seus ideais burgueses encontrou muitas resistências principalmente entre as nações dominadas por setores aristocráticos. Assinale a opção que identifica corretamente uma ação implementada pelo governo napoleônico. a) O estabelecimento do catolicismo cristão e romano como religião de estado. b) A descentralização das atividades econômicas, o que permitia que as economias locais prosperassem sem o pagamento de impostos. 86 c) A adoção do Código Civil que garantia a liberdade individual, a igualdade perante a lei e o direito à propriedade privada. d) O estímulo, por parte das leis francesas, à criação de sindicatos de trabalhadores, livres da influência do Estado. e) A estatização de toda a propriedade agrícola, comercial e industrial nas regiões dominadas pelo exército napoleônico. 30) (UFC 2006) Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma realização de Napoleão Bonaparte, que representou uma consolidação das ideias da Revolução Francesa. a) O impedimento do retorno do uso de títulos de nobreza, reivindicado pelos seus generais e pela burguesia francesa que desejava tornar-se a nova elite do país. b) A criação do Código Civil, inspirado no direito romano e nas leis do período revolucionário, que, na sua essência, vigora até hoje na França. c) A abolição da escravidão nas colônias francesas, reafirmando o princípio da liberdade presente na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. d) A realização de uma reforma agrária, prometida, mas não efetivada, pelos jacobinos, o que garantiu a popularidade de Napoleão entre os camponeses. e) A criação da Constituição Civil do Clero, que proibiu toda forma de culto religioso no território francês. 31) (UFMG) Antes, Napoleão havia levado o Grande Exército à conquista da Europa.Se nada sobrou do império continental que ele sonhou fundar, todavia ele aniquilou o Antigo Regime, por toda parte onde encontrou tempo para fazê-lo; por isso também, seu reinado prolongou a Revolução, e ele foi o soldado desta, como seus inimigos jamais cessaram de proclamar. LE FEBVRE, Georges.A Revolução Francesa.São Paulo: IBRASA, 1966. p. 573. Tendo-se em vista a expansão dos ideais revolucionários proporcionada pelas guerras conduzidas por Bonaparte, pode-se inferir que: a) os governos sob influência ou domínio de Napoleão Bonaparte investiram no fortalecimento e consolidação das corporações de ofício e dos monopólios. b) as transformações provocadas pelas conquistas alcançadas pelo exército de Napoleão implicaram o fortalecimento das formas de trabalho compulsório. c) Napoleão, em todas as regiões e países conquistados durante seu império, acabou por derrubar sistema monárquico absolutista e implantou repúblicas. d) o domínio napoleônico causou uma redefinição do mapa europeu, pois fundiu pequenos territórios, antes autônomos, e criou, assim, Estados maiores. e) Napoleão Bonaparte, depois do insucesso durante as tentativas de invasão da Península Ibérica, norteou suas ações em direção ao território russo. 32) (UFRGS 2002) Considere as afirmações a seguir, referentes ao período napoleônico. I - Um dos objetivos do Bloqueio Continental era anular a defasagem industrial da França em relação à Inglaterra. II - As Guerras Napoleônicas produziram desdobramentos de cunho político na América do Sul. III - A expansão napoleônica debilitou os fundamentos do Antigo Regime europeu e estimulou o surgimento dos nacionalismos. IV - O Bloqueio Continental possibilitou a hegemonia do capitalismo industrial francês em toda a Europa. V - O Congresso de Viena confirmou, na Europa, os avanços sociais e políticos conquistados durante a Revolução Francesa. Quais estão corretas? a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas I, II e III. d) Apenas III, IV e V. e) I, II, III, IV e V. 33) (PUC-MG 2000) A ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder na França representou: a) a adoção de uma política de reconciliação, assegurando a paz interna e canalizando o furor revolucionário para as campanhas externas. b) o estabelecimento de um governo popular, garantindo a efetiva participação das massas na condução das coisas públicas. c) a busca de um equilíbrio de poder no continente europeu, através da celebração de uma série de alianças com as principais potências. d) o fim da política isolacionista até então mantida pelo governo francês, que possa a interferir diretamente nas questões europeias. e) a reação da sociedade francesa ao avanço das forças capitalistas de produção e a valorização das estruturas produtivas tradicionais. 34) (Mackenzie 2019) O quadro acima, “Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808”, de Francisco Goya, retrata um episódio da violenta repressão francesa à resistência popular espanhola, durante a invasão napoleônica no país, entre 1807-1808. Assinale qual afirmativa abaixo relaciona corretamente esse fato com o processo de independência na América espanhola. a) O enfraquecimento da metrópole espanhola, com a intervenção napoleônica, além das renúncias dos reis espanhóis e a coroação de José Bonaparte como imperador da Espanha, impulsionou o movimento por emancipação, liderado pelos criollos. b) Com a ocupação do território espanhol por tropas francesas, foram organizadas nas colônias as juntas governativas e os cabildos com o intuito de lutarem a favor da invasão napoleônica, com a finalidade de defenderem os princípios iluministas praticados por Bonaparte. 87 c) Com a restauração da dinastia Bourbon na Espanha, em 1814, e o retorno ao regime absolutista, aumentaram os movimentos separatistas nas colônias, impulsionados pelas ideias iluministas defendidas por Napoleão Bonaparte. d) Apesar da ocupação do território espanhol por tropas francesas e o uso da violência contra as classes populares, a elite criolla ainda assim apoiou o governante francês, pois lucravam com o monopólio comercial e defendiam a permanência dessa estrutura de exploração. e) A elite criolla perdeu a liderança do movimento a favor da independência das colônias latino-americanas, para líderes populares, pois não se manifestaram contra a onda de massacres instaurada pelas tropas napoleônicas na Espanha. 35) (UNIMOVE 2015) Observe a charge, que representa o primeiro-ministro britânico e Napoleão Bonaparte. A situação representada na charge resultou a) nos movimentos de emancipação na América Espanhola e na instalação da corte portuguesa no Brasil, o que singularizou nossa independência. b) no início da Revolução Industrial inglesa e no sucesso do movimento de independência norte-americano, que teve o apoio militar da França. c) na invasão inglesa à zona açucareira de Pernambuco e no surgimento do caudilhismo na América Espanhola, que acabou com as disputas locais. d) na fuga das famílias reais ibéricas para a América e na Guerra de Secessão nos Estados Unidos, o que resolveu as divergências no país. e) no apoio espanhol a Napoleão como imperador e na organização da Inconfidência Mineira, que seguiu os ideais liberais anglo-franceses. 88 Restauração 36) (EsPCEx 2003) Após a derrota de Napoleão, em 1815, as grandes potências européias reuniram-se no Congresso de Viena, com o propósito de reformular o mapa político europeu e tirar o máximo proveito do desmoronamento do Império Napoleônico. Para evitar que a França fosse prejudicada pelas decisões desse congresso, Talleyrand defendeu o Princípio da Legitimidade, segundo o qual a) Napoleão continuaria como imperador da França, porém se comprometia a devolver os territórios conquistados a seus legítimos detentores. b) cada país europeu deveria voltar a ser governado pela dinastia que ocupava o trono antes de 1789 e recuperar os mesmos domínios que possuía à época. c) seria formada uma aliança militar com o direito de intervir em qualquer país onde ocorressem movimentos de caráter liberal e nacionalista. d) os estados italianos seriam unificados, formando um Estado único sob o governo de um rei legitimamente escolhido pelos italianos. e) o absolutismo seria banido definitivamente dos países europeus, dando lugar a monarquias constitucionais legítimas. 37) (EsPCEx 2004) A derrota de Napoleão marcou o início da ação restauradora implementada pelo Congresso de Viena e pela Santa Aliança, cuja ação estendeu-se por vários anos e sobre diversas regiões geográficas. Sobre as ações e reagões relacionadas ao período de vigência do ideário do Congresso de Viena e da Santa Aliança, é correto afirmar que a: a) Revolta Dekabrista, ocorrida na Hungria em 1825, visava alcançar a autonomia húngara frente ao Império Austríaco. b) Revolução Pernambucana, ocorrida no nordeste brasileiro em 1817, filiava-se a corrente do socialismo cientifico. c) Revolta de Cadiz, ocorrida em 1820, buscou derrubar a constituição espanhola. d) Revolução Liberal do Porto, ocorrida em 1820, visou elaborar uma constituição para Portugal. e) Revolta dos Carbonários, ocorrida em 1822, pretendia conquistar a autonomia dos Estados Pontifícios. 38) (EsPCEx 2006) Dois eventos histéricos podem ser diretamente relacionados com a derrota de Napoleão Bonaparte em 1815: o Congresso de Viena e a Santa Aliança. Esses eventos acarretaram consequências na conjuntura mundial, principalmente na Europa do pós- guerra napoleônico. Essas consequências acabaram favorecendo a: a) implantação do catolicismo na Rússia Czarista. b) libertação das colônias ibéricas e inglesas. c) difusão dos princípios liberais franceses. d) criação de um novo Império Napoleônico. e) restauração das monarquias na Europa.seu trabalho, ou consistissem, apenas, no ato de colhê-los e consumi-los. [...] Toda a existência social funda-se na propriedade ou na posse da terra." (PIRENNE, H. "História econômica e social da Idade Média". São Paulo: Mestre Jou, 1968. p.13.) De acordo com os conhecimentos sobre o tema e a sociedade feudal européia, considera-se: a) que as terras comunais, pastagens naturais, pântanos e florestas eram consideradas propriedade legítima dos camponeses. b) que o rei, considerado soberano absoluto, tinha o poder de administrar os feudos de seus súditos. c) que os servos eram obrigados a prestar serviços nas terras do manso senhorial para o sustento do senhor feudal. d) que os laços de vassalagem também se realizavam entre os senhores feudais, pois garantia uma igualitária divisão de rendas. e) que os mansos servis eram áreas de produção apenas agrícolas, deixando outras atividades produtivas para as reservas senhoriais. 28) (UFV 2012) As relações sociais e políticas na época medieval eram caracterizadas por uma ordem social fundamentada por critérios de nascimento e em três funções específicas: os que oram (clero) – oratores, os que guerreiam (nobreza) – bellatores e os que trabalham (servos) – laboratores. Com relação às características da nobreza feudal, analise as afirmativas abaixo: I. Era composta por guerreiros e detentores de terras, com poderes políticos e jurídicos. II. Eram todos “verdadeiros nobres” e não havia divisões entre os guerreiros. III. Atribuía grande valor à coragem de defender terras e pessoas sobre seu domínio feudal. IV. Envolvia-se em atividades militares, sem a preocupação de preservar a fé cristã. Está CORRETO o que se afirma em: a) I, II, III e IV. b) I e III, apenas c) II, apenas d) II e IV, apenas. 29) (UNCISAL 2011) Chamamos de feudalismo ao sistema social que se desenvolveu na Europa medieval, cuja característica básica foi a dominação e exploração dos camponeses pela nobreza por meio da servidão. Luiz Koshiba, História: origens, estruturas e processos. No contexto da Europa medieval, essa relação de trabalho a) colocava o servo em posição de dependência de um senhor feudal, a quem devia um conjunto de obrigações servis, com a corveia e a talha. b) exigia que o servo jurasse fidelidade ao senhor feudal, que tinha o direito de convocar todos os seus servos para a defesa militar do feudo. c) resumia-se na contratação dos trabalhadores rurais como meeiros dos senhores feudais, que recebiam parte da produção agrícola obtida pelos servos. d) permitia que os servos escolhessem o feudo que lhes interessasse explorar, ao mesmo tempo em que os senhores feudais garantiam proteção militar aos seus servos. e) determinava absoluta fidelidade do servo ao senhor feudal, mas também garantia ao servo liberdade de deixar o feudo após 7 anos de trabalho. 30) (UNICENTRO 2010) Assinale a alternativa INCORRETA para características das relações de trabalho na sociedade feudal (séculos IX – XII), na Europa. a) A relação de trabalho predominante era a servidão, na qual um homem (servo) devia obrigações a outro (senhor). b) “Corvéia”, “talha” e “banalidades” eram alguns dos impostos pagos pelos servos aos senhores feudais. c) A sociedade era dividida em três ordens: clero, nobreza e servos. d) A escravidão também era praticada na sociedade feudal européia e nela um homem podia ser vendido ou comprado. e) O artesão era o profissional livre que morava no feudo, prestava serviços ao senhor, mas cumpria jornada de trabalho assalariado na indústria do povoado mais próximo ao feudo. 31) (UNISC 2014) Nas afirmativas a seguir, que tratam do feudalismo na Europa Ocidental, marque (V) para Verdadeiro ou (F) para Falso. ( ) O sistema feudal caracterizava-se pela propriedade senhorial da terra, regime de trabalho servil e bases essencialmente agrárias. ( ) O dízimo era um imposto pago por todos os servos para o senhor feudal custear as despesas de proteção do feudo. ( ) O poder de justiça, na inexistência de um Estado forte, era realizado pela Igreja Católica. ( ) Talha, corveia, banalidades e mão-morta eram mecanismos de extração de sobre trabalho dos camponeses. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) F – V – V – V b) V – F – V – F c) F – V – V – F d) V – F – V – V e) V – F – F – V 32) (Instituto Consulplan 2020) O Feudalismo foi um modo de organização social e político que surgiu na Europa, após a queda do Império Romano do Ocidente, permanecendo durante toda a Idade Média (século X ao século XV da História). Em relação às características do Feudalismo, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) O clero era responsável por rezar e exercia uma grande influência política sobre as pessoas daquela época. Os nobres também eram chamados de senhores feudais; eles negociavam com o rei (trabalhavam no exército em troca de terras). ( ) O comércio era forte, sendo a base da economia feudal. As indústrias estavam em expansão, tornando a mão de obra agrária cada vez mais escassa. ( ) O feudo se dividia em três partes: a propriedade individual do senhor, o manso servil e o manso comunal. ( ) Eram considerados alguns dos principais tributos e impostos da época: capitação (pagamento por cada 10 membro da família), dízimo e corveia (trabalho nas terras dos senhores durante alguns dias na semana). A sequência está correta em a) V, F, V, V. b) F, F, F, V. c) V, F, V, F. d) V, V, F, F. 11 Gabarito 1) C 2) D 3) D 4) C 5) E 6) C 7) C 8) D 9) A 10) D 11) E 12) B 13) C 14) C 15) A 16) D 17) D 18) E 19) A 20) D 21) B 22) A 23) B 24) A 25) A 26) C 27) C 28) B 29) A 30) E 31) E 32) A 12 Baixa Idade Média e a Crise do Feudalismo 1) (EsPCEx 2000) Com o brado de “Deus o quer!”, dado em Clermont-Ferrand (França), em 1095, inicia-se um dos movimentos mais singulares da história: as Cruzadas. Movimento inicialmente religioso-militar, as cruzadas tiveram várias consequências, como o restabelecimento do comércio europeu com o Oriente. Outra(s) consequência(s) foi(foram) a) o desenvolvimento da atividade artesanal e ascensão da burguesia. b) o fortalecimento da agricultura e do sistema feudal vigente na Europa. c) fazer os europeus terem contato, pela primeira vez, com as “especiarias”. d) o desenvolvimento do trabalho servil e do poder descentralizado feudal. e) o crescimento do poder e influência da Igreja, resultando no “cesaropapismo”. 2) (EsPCEx 2000) O século XI marca o declínio dos ataques e invasões de povos bárbaros à Europa Ocidental. À partir de então, os núcleos urbanos passaram por uma aceleração de suas atividades. Assim, o Renascimento Urbano ocorreu a) a partir do desmembramento do Sacro-Império Romano Germânico. b) em função do desenvolvimento comercial na Baixa Idade Média. c) a partir do desmembramento do Império Carolingio. d) em função da disputa entre o Papado e o Império. e) a partir da criação das Universidades, na Alta Idade Média. 3) (EsPCEx 2001) Leia o texto a seguir: Combater, combater as hordas sarracenas Nós servimos ao rei guerreiro Em frente, cavalguem para frente em direção à luta Carregamos o sinal da cruz Senhores da guerra da Inglaterra, cavaleiros do Reino Derramando seu sangue na areia Cruzado, Cruzado, a lenda nasce O futuro glorificará seus feitos Este trecho da letra da música Crusader, do grupo de rock inglês Saxon, reporta-se diretamente ao episódio da História conhecido como “as Cruzadas”, expedições militares contra os inimigos dos cristãos, legitimadas pela Igreja Católica, entre os anos de 1096 e 1270. A estrofe acima fala de um importante rei inglês, Ricardo39) (EsPCEx 2008) Após a derrota de Napoleão, as grandes nações européias realizaram o Congresso de Viena. Desse Congresso surgiu a Santa Aliança, cujo objetivo era o de a) defender o princípio de não-intervenção. b) opor-se a qualquer tentativa recolonizadora das nações americanas. c) solucionar os graves problemas sociais que os países europeus apresentavam. d) estabelecer governos liberais nos países pertencentes à Santa Aliança. e) lutar contra as manifestações nacionalistas e liberais. 40) (EsPCEx 2018) Procurando colocar em prática a politica de solidariedade esboçada no Congresso de Viena, Alexandre I propôs, em 1815, a criação de uma organização militarizada, denominada Santa Aliança entre as monarquias europeias tradicionais e cristãs. Participaram da Santa Aliança o a) Reino da Prússia, Império Francês e Império Britânico. b) Império Austríaco, Império Britânico e Reino da Prússia. c) Império da Rússia, Império Austríaco e Reino da Prússia. d) Império da Rússia, Império Francês e Império Britânico. e) Império Britânico, Império Austríaco e Império Francês 41) (EsPCEx 2021) No Congresso de Viena, em 1815, ficou decidida a restauração da monarquia absolutista. Essa volta ao poder das monarquias absolutistas provocou explosões revolucionárias em boa parte da Europa no decorrer do século XIX, dentre as quais pode-se citar a a) Revolução Francesa. b) Unificação Italiana. c) Revolta dos Sipais. d) Guerra do Ópio. e) Conferência de Berlim. 42) (CS-UFG 2014) Leia o texto a seguir: Napoleão voltara, e nenhuma notícia jamais deixara os governos da Europa tão apreensivos. Milhares de europeus seguiram avidamente esse rematado autocrata, acreditando que ele espalharia os ideais da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Mais surpreendente era que o próprio Napoleão ainda acreditava ser um apóstolo da Revolução. WEIR, William. 50 batalhas que mudaram o mundo. São Paulo: M. Books, 2003. p. 320-321. (Adaptado). Ao retorno de Napoleão, após cerca de cem dias nos quais governou a França precariamente, seguiu-se a batalha de Waterloo, travada entre os franceses simpatizantes do Imperador e uma coalização formada por britânicos e prussianos. Estava em jogo no campo de batalha a) a continuidade do projeto republicano ditatorial napoleônico contra o fortalecimento e a restauração dos ideais monarquistas b) a imposição do Código Napoleônico, de inspiração burguesa, como principal conjunto de leis das nações europeias. c) a permanência do período do Terror e a continuidade das execuções dos opositores aos ideais da Revolução Francesa. d) a exportação dos ideais revolucionários para além das fronteiras da França, com o objetivo de tornar a Europa uma só nação e) a coroação de Napoleão como imperador, cerimônia na qual seu poder ganharia autoridade superior à do papado. 89 43) (Unesp 2014) O Congresso de Viena, entre 1814 e 181 5, reuniu representantes de diversos Estados europeus e resultou a) na afirmação do caráter Iaico dos regimes políticos e da importância da separação entre Estado e Igreja. b) na criação da Santa Aliança e no esforço de reafirmar valores do Antigo Regime. c) na validação da nova divisão política da Europa, definida pelas conquistas napoleônicas. d) na derrubada dos regimes republicanos e na restauração monárquica na França e na Inglaterra. e) na defesa dos princípios do livre comércio e da emancipação das colônias na América. 44) (FGV 2013) Restauração é o nome do regime estabelecido na França durante quinze anos, de 1815 a 1830, mas essa denominação convém a toda a Europa. Ela é múltipla e se aplica a todos os aspectos da vida social e politica. (René Rémond, O século XIX: introdução à história do nosso tempo) Reconhece-se a Restauração no processo que a) restituiu o poder aos monarcas europeus alinhados a Napoleão Bonaparte, provocando a generalização da contrarrevolução na América colonial, que havia sido varrida pelas independências nacionais. b) alçou a Inglaterra a condição da nação mais poderosa do mundo, com capacidade de reverter a proibição do tráfico de escravos africanos para a América e de defender a recolonização de espaços coloniais espanhóis americanos. c) restabeleceu as bases do sistema colonial na América e na Asia, com a recriação de companhias de comércio marcadas pela rigidez metropolitana. além da prática do 'mar fechado' e do porto único. d) permitiu a volta das antigas dinastias ao poder, que o haviam perdido com as guerras napoIeônicas, e que criou a Santa Aliança, nascida com o intuito de reprimir movimentos revolucionários. e) ampliou os direitos trabalhistas em toda a Europa, condição que provocou as revoluções de 1820 e 1830, eventos fundamentais para a retomada dos valores políticos anteriores à Revolução Francesa. 45) (UNIMONTES 2013) Marque C (Correta) ou I (Incorreta) nas afirmativas abaixo, acerca da Santa Aliança. ( ) Inicialmente, a Santa Aliança reuniu a Inglaterra, Prússia, França, Áustria e Rússia, visando restabelecer a “ordem” após a Revolução Francesa e o expansionismo napoleônico. ( ) Um dos objetivos da Santa Aliança era lutar contra as manifestações nacionalistas e liberais, decorrentes das ideias implantadas pela Revolução Francesa. ( ) A Doutrina Monroe, criada pelos Estados Unidos, opunha-se à ação da Santa Aliança sobre as excolônias latino-americanas. ( ) A Inglaterra afastou-se da Santa Aliança porque o projeto de garantia de mercados exclusivos para as antigas metrópoles coloniais prejudicaria os seus interesses comerciais. A sequência CORRETA é: a) I, I, I, I. b) C, I, C, I. c) I, C, I, C. d) C, C, C, C. 46) (FGV 2008) Os soberanos do Antigo Regime venceram Napoleão, em que eles viam o herdeiro da Revolução, e a escolha de Viena para a realização do Congresso, para a sede dos representantes de todos os Estados europeus, é simbólica, pois Viena era uma das únicas cidades que não haviam sido sacudidas pela Revolução e a dinastia dos Habsburgos era o símbolo da ordem tradicional, da Contrarreforma, do Antigo Regime. (René Remond, O século XIX: introdução à história do nosso tempo) Acerca do Congresso de Viena (1815), é correto afirmar que: a) tornou-se a mais importante referência da vitória do liberalismo na Europa, na medida em que defendia a legitimidade de todas as dinastias que aceitavam a limitação dos seus poderes por meio de cartas constitucionais. b) países como a Inglaterra, Portugal e a Espanha, os mais prejudicados com o expansionismo napoleônico, defendiam que a França deveria tornar-se republicana, com o intuito de evitar novos surtos revolucionários. c) foi orientado, entre outros, pelo princípio da legitimidade que determinava a volta ao poder das antigas dinastias reinantes no período pré- revolucionário, além do recebimento de volta dos territórios que possuíam em 1789. d) presidido pelo chanceler austríaco Metternich, mas controlado pelo chanceler francês Talleyrand, decidiu-se por uma solução conciliatória após o caos napoleônico: haveria a restauração das dinastias, mas não a volta das antigas fronteiras. e) criou, a partir da sugestão do representante da Prússia, um organismo multinacional, a Santa Aliança, que detinha a tarefa de incentivar regimes absolutistas a se modernizarem com o objetivo de sufocar as lutas populares. 90 Gabarito Revolução Francesa 1) B 2) D 3) C 4) C 5) E 6) B 7) D 8) B 9) D 10) C 11) E 12) A 13) D 14) B 15) E 16) B 17) B 18) C 19) A 20) B 21) A 22) A 23) C 24) A Era Napoleônica 25) A 26) D 27) B 28) E 29) C 30) B 31) D 32) C 33) A 34) A 35) A Restauração 36) B 37) DCoração de Leão, um dos comandantes da Terceira Cruzada (1189- 1192). Podemos afirmar que uma das conseqüências desta cruzada foi a) a assinatura de um tratado de paz com Saladino, que autorizou as peregrinações a Jerusalém. b) a conquista de Jerusalém, que foi transformada num reino governado por europeus. c) massacre de uma multidão de indivíduos pobres, liderados por Pedro, o Eremita. d) a vitória dos reis europeus sobre os muçulmanos, na batalha de Fujayra. e) a fragmentação do império turco otomano, ocasionada pela ação de Kahlil Khan. 4) (EsPCEx 2002) Leia com atenção o texto a seguir: “Tripla é, pois, a casa de Deus que se vê una: embaixo (quer dizer, na Terra), uns rezam, outros combatem, outros ainda trabalham: os três grupos estão juntos e não suportam ser separados; de forma que sobre a função de um repousam os trabalhos dos outros dois, todos por sua vez entreajudando-se.” (Adalberon d’Ardennes, Arcebispo de Reims no século X) Durante a Baixa Idade Média, a Europa foi palco de vários movimentos religiosos e militares, que tiveram repercussão inclusive em outros continentes. A este respeito, é correto afirmar que a) a Confederação Germânica foi responsável pela conquista do norte europeu, em especial da Península Escandinava. b) as Jacqueries foram movimentos religiosos de contestação ao poder da Igreja Católica na região da Flandres belga. c) a Reconquista foi o processo de retomada da Península Ibérica, então ocupada pelos muçulmanos, pelos cristãos europeus. d) as Cruzadas foram movimentos de caráter unicamente religioso-militar, que visavam retomar o domínio da Terra Santa aos árabes. e) a Saga Latina foi a responsável pelo processo de expansão da religião cristã para leste, em especial na Polônia. 5) (EsPCEx 2002) Analise os termos e conceitos abaixo, relacionados ao processo de transição do feudalismo para o capitalismo, e responda ao item a seguir: I – Guilda: associação de várias cidades mercantis. II – Hansa: associação de mercadores de uma cidade. III – Corporação de Ofício: associação fechada de artesãos de um mesmo ramo profissional. IV – Comuna: assembléia de cidadãos, que exercia o governo em um burgo. Das assertivas citadas, a relação entre o termo e o conceito está correta somente em a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV 6) (EsPCEx 2003) “O tipo das cidades variava conforme seus direitos ou liberdades (franquias), conseguidas mediante pagamento em dinheiro ao senhor feudal ou, às vezes, pelo uso da força. Para conquistar as franquias, os habitantes se associavam em confrarias: os artesãos, em corporações de ofício; os comerciantes, em guildas. As franquias eram garantidas numa carta, e as cidades que a possuíam chamavam-se cidades francas.” (ARRUDA, José Jobson de A. & PILETTI, Nelson. Toda a História – História Geral e História do Brasil. São Paulo: Ática, 1998.) O texto acima remonta a uma fase da História conhecida como “Renascimento Comercial e Urbano”. Foi nessa fase, durante a Baixa Idade Média, que surgiram as chamadas “Corporações de Ofício”. Sobre elas é correto afirmar que a) eram constituídas pelos mestres, única mão-de-obra responsável pela produção e distribuição. b) pregavam a livre concorrência dentro de um mesmo ofício, assegurando, assim, o menor preço. 13 c) localizavam-se, via de regra, no meio rural, fora dos burgos, a fim de fugir ao pagamento de impostos. d) eram formadas por oficiais ou companheiros, auxiliares dos aprendizes, sendo que estes últimos recebiam salários. e) caracterizavam-se por reunir profissionais de um mesmo ramo, como o dos sapateiros, o dos ferreiros ou o dos alfaiates. 7) (EsPCEx 2004) O período medieval caracterizou-se pela preponderância do Feudalismo, estrutura econômica, social, política e cultural que se edificou progressivamente na Europa centro-ocidental, em substituição a estrutura econômica da antiguidade romana que era a) absolutista. b) escravista. c) militarista. d) democrática. e) palaciana. 8) (EsPCEx 2004) A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre a Inglaterra e a Franga, foi um dos conflitos mais longos conhecidos na História da humanidade. Dois motivos principais levaram a deflagração das hostilidades: a disputa pela regido de Flandres, produtora de manufaturados e pretendida pela Franga, mas controlada pelos ingleses; e o (a) a) escolha de Filipe de Valois para a sucessão do trono francês em detrimento de Eduardo III, Rei da Inglaterra. b) desembarque francês em Dover, com a rápida conquista de cidades do sul da Inglaterra. c) crescente influência de Joana D’Arc sobre o Delfim e os camponeses, resultando na exacerbação do nacionalismo francês. d) revolta dos saxões, aliados aos franceses, contra o domínio do Rei da Inglaterra. e) revolta dos camponeses que estavam sendo dizimados pela peste negra e pela fome decorrente da falta de mão- de-obra. 9) (EsPCEx 2004) O renascimento urbano da Europa Ocidental, durante a Baixa Idade Média foi, em grande parte, determinado pela reativação do comércio. Com relação ao controle das atividades econômicas realizadas dentro dos burgos medievais, podemos afirmar que a) servia aos interesses da nobreza e do clero, pois esses setores se beneficiavam com o advento da sociedade baseada no lucro. b) era realizado pelos grémios ou corporações de artes e ofícios, que agrupavam os comerciantes e artesãos de acordo com sua profissão ou ramo de negócio. c) era regulamentado pelas feiras e mercados, que definiam o prego das mercadorias, a margem de lucro e a jornada de trabalho e prestavam assistência a seus membros. d) caracterizava-se pelo protecionismo das atividades locais contra a concorrência de outras cidades, por meio da Confraria dos Senhores Feudais. e) era monopolizado pela Liga Hanseática ou Hansa Teutônica, que incentivava a criação de sindicatos trabalhistas. 10) (EsPCEx 2005) Com a estréia em 2005 do filme “Cruzada”, novamente colocou-se em evidência diversos aspectos desse singular movimento medieval, que colocou frente a frente o Ocidente e o Oriente. A respeito das Cruzadas, é correto afirmar que a) todas visaram a libertar a “Terra Santa” do domínio muçulmano. b) foram movimentos religioso-militares sem interesse econômico. c) causaram movimentos messiânicos, como a jacquerie e o nicolaísmo. d) permitiram a reaproximação das Igrejas do Ocidente e do Oriente. e) ocorreram nos continentes africano, asiático e europeu. 11) (EsPCEx 2006) A Idade Média é o longo período da história ocidental que se estende do século V ao século XV. Os fatos que marcaram seu início e fim foram: a) Apogeu do Império Bizantino e a Guerra dos Cem Anos. b) A queda do Império Romano do Oriente e o Renascimento. c) A queda do Império Romano do Ocidente e a tomada de Constantinopla. d) A divisão do Império Romano do Ocidente e Oriente e a ocupação da península Ibérica pelos árabes. e) A coroação de Carlos Magno e o término da Guerra dos Trinta Anos. 12) (EsPCEx 2006) A partir do século XI, prefigura-se a chamada Baixa Idade Média (século XI ao século XV), período marcado pela “ressurreição das cidades” e pelo “renascimento comercial”. Paralelamente, emergiram novos grupos sociais, como o dos mercadores. A expressão “renascimento comercial e urbano” pode ser aplicada a) à intensificação das atividades comerciais e à instalação de um estilo de vida urbano favorecendo o crescimento de vilas e cidades. b) ao crescimento dos feudos e fortalecimento do poder do senhor feudal que passou a monopolizar o comércio europeu. c) à facilidade dos servos para o acesso à moradia urbana e empresas comerciais. d) à descoberta de novas rotas comerciais para as Indias Orientais, o que favoreciao crescimento urbano. e) a uma balança comercial favorável, com consequente acumulação primitiva de capitais e crescimento urbano. 13) (EsPCEx 2009) Na Europa Feudal, começa a ocorrer o ressurgimento e crescimento das cidades, com a dinamização do comércio. Assinale a alternativa em que todos os fatos citados são causas corretas desse renascimento comercial e urbano. a) Sucessão de invasões vikings e muçulmanas, que levaram a população a se refugiar nas cidades, desenvolvendo-as; reabertura do comércio com o Extremo Oriente, pela Rota da seda; apoio ao comércio pela organização de comerciantes como a Liga Hanseática. b) Fim das invasões de povos nômades, como magiares e normandos; diminuição da população européia, devido a epidemias como a Peste Negra, que causaram imigração para as cidades; a reabertura do comércio no Mediterrâneo, provocada pelas Cruzadas. 14 c) Crescimento da população européia; expansão do cultivo agrícola causada pelas melhorias introduzidas como o arado e a enxada de ferro; reabertura do comércio no Mediterrâneo, provocada pelas Cruzadas. d) Crescimento da população européia, expansão da produção agrícola; reabertura do comércio no Mediterrâneo provocada pela tomada de Constantinopla pelo muçulmanos. e) Crescimento da população européia; reabertura do comércio no Mediterrâneo, provocada pelas Cruzadas; surgimento dos Estados nacionais, que desenvolvem as cidades e protegem o comércio. 14) (EsPCEx 2010) O período conhecido por Baixa Idade Média estendeu-se dos séculos X ao XV e foi marcado por profundas transformações, entre elas o renascimento comercial. É correto afirmar que essa transformação esteve relacionada com a) a formação das feiras, que eram pontos de comércio temporário, tendo-se destacado inicialmente as regiões de Champanhe e, posteriormente, a região de Flandres. b) o aparecimento de um novo grupo social, os mercadores, que passaram a ocupar o lugar da nobreza na sociedade estamental durante toda a Idade Moderna. c) o reaparecimento da moeda e das transações financeiras, que ficaram limitadas às cidades italianas, mais próximas do mercado oriental. d) o surgimento de hansas ou ligas, poderosas associações de comerciantes, cujos interesses se chocavam com os dos nobres, que percebiam nas atividades daquelas uma ameaça à segurança das cidades destes. e) o surgimento do movimento comunal, uma disputa entre senhores feudais e burgueses, em torno das taxas de impostos cobrados sobre as atividades comerciais realizadas nos feudos. 15) (EsPCEx 2015) Os últimos anos do século X foram marcados, na Europa Ocidental, pela diminuição das invasões bárbaras e pela queda da mortandade por epidemias. Tais fatos geraram estabilidade e crescimento demográfico. A partir do século XI, o continente experimentaria profundas transformações que levariam ao que se conhece como Renascimento Comercial. Com relação ao acima exposto, é correto afirmar que a) o Iluminismo gerou uma mentalidade de busca pela prosperidade material, o que levou ao incremento de práticas comerciais. b) o restabelecimento de rotas comerciais com a Oceania favoreceu o estabelecimento de novas empresas de comércio na Europa. c) os avanços tecnológicos elevaram a quantidade da produção agrícola e o excedente passou a ser vendido. d) as Cruzadas impediram a circulação de mercadorias entre o Ocidente e o Oriente. e) a intensificação do comércio provocou o enfraquecimento de feiras regulares nos cruzamentos das rotas comerciais. 16) (EsPCEx 2016) A crise do sistema feudal motivou uma série de mudanças sociais e culturais com o revigoramento do comércio e das cidades, entre os séculos XI e XIII, na Europa. Nas alternativas abaixo, assinale aquela que se relaciona com o surgimento da burguesia. a) Os avanços tecnológicos adotados na agricultura não foram suficientes para ampliar o comércio de alimentos, incentivando a produção e comercialização de bens manufaturados. b) A intensificação das invasões bárbaras motivou o surgimento de cidades fortificadas onde a prática comercial era intensa. c) A Peste Negra, por ser mais facilmente combatida nas cidades, onde havia melhores condições de higiene, fez com que as cidades multiplicassem suas populações e ampliassem as trocas comerciais. d) O crescimento do comércio com o Oriente e o surgimento de feiras nas principais rotas comerciais da Europa favoreceram o estabelecimento de uma nova classe social de mercadores e artesãos, assim como o surgimento de várias cidades no interior europeu. e) O advento da Guerra Santa desmotivou as práticas comerciais entre os artesãos e os organizadores das Cruzadas, em função de sérias ameaças às rotas comerciais no Oriente, limitando o comércio ao continente europeu. 17) (EsPCEx 2021) Por quase duzentos anos (1096 a 1270), a região do Mediterrâneo Oriental viveu o movimento das Cruzadas, expedições de perfil militar organizadas pela Igreja Católica. Relativamente a esse assunto, é correto afirmar que a) na Idade Média havia uma distinção rígida entre o poder do clero e dos nobres, o que pode ser percebido inclusive no movimento das Cruzadas. b) as Cruzadas levaram ao enfraquecimento do poder real, à medida que os senhores feudais ganhavam força com as expedições. c) a luta de reconquista das Cruzadas não era desejada pelos imperadores bizantinos, os quais, desde o Cisma do Oriente (1054), pretendiam combater os povos muçulmanos sem ajuda do Ocidente. d) havia outros interesses em jogo nas Cruzadas, como o comércio, atividade em destaque no início do período, mas que perdeu importância no decorrer do tempo, dado que era considerada uma atividade “mundana”. e) para a historiografia dos países árabes, as Cruzadas foram a primeira manifestação do imperialismo ocidental 18) (EsPCEx 2023) Na fase final da Idade Média, houve um notável crescimento populacional. Com o aumento da produção agrícola, o desenvolvimento do artesanato e o maior contato com povos orientais, o comércio ganhou significativo impulso. Essa expansão comercial impulsionou o aumento da produção artesanal e vice-versa. Os artesãos, com o objetivo de defender seus interesses, regulamentar o exercício da profissão e controlar o fornecimento de seus produtos, organizaram-se então em a) corporações de ofício. b) sindicatos. c) burgos. d) feiras. e) paróquias. 19) (EsPCEx 2023) Inicialmente povoada por iberos, celtas e lígures, a Península Ibérica sofreu sucessivas invasões ao longo de sua história. Assim, as monarquias de Portugal e Espanha foram formadas no contexto das lutas contra os invasores que dominaram a Península Ibérica desde o século VIII, chamadas de “Reconquista Crista” ou “Guerra de Reconquista”. Os invasores em questão eram 15 a) romanos. b) bárbaros visigodos e ostrogodos. c) tártaro-mongóis. d) germanos. e) árabes muçulmanos. 20) (UFG) Leia o fragmento a seguir. A cidade contemporânea, apesar de grandes transformações, está mais próxima da cidade medieval do que esta última da cidade antiga. LE GOFF, Jacques. Por amor às cidades. São Paulo: Editora Unesp,1998. p. 25. Nessa passagem, o historiador Jacques Le Goff compara a cidade medieval com a contemporânea, estabelecendo uma aproximação entre ambas. A característica da cidade medieval que permite tal relação é a a) exaltação da vida cívica, associada aos jogos e aos espetáculos promovidos por seus governantes. b) laicização da cultura, expressa na arquitetura dos edifícios públicos em contraste com o domínio religioso. c) valorização das atividades de produção e de trocas comerciais, alimentadas por uma economia monetária. d) afirmação da autonomia política, revelada pela oposição dos citadinos ao poder dos senhores feudais. e) segregação social, manifestada na criaçãode bairros periféricos pobres e violentos. 21) (FUVEST) Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso. Amin Maalouf, As Cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, p.241, 2007. Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a a) difusão do islamismo no interior dos Reinos Francos e a rápida derrocada do Império fundado por Carlos Magno. b) maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente. c) imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o Império britânico na Ásia. d) resistência ininterrupta que os cruzados enfrentaram nos territórios que passaram a controlar no Irã e Iraque. e) forte influência árabe que o Ocidente sofreu desde então, expressa na gastronomia, na joalheria e no vestuário. 22) (FGV) A partir do século X, mas principalmente do XI, é o grande período de urbanização – prefiro utilizar esse termo mais do que o de renascimento urbano, já que penso que, salvo exceção, não há continuidade entre a Idade Média e a Antiguidade. LE GOFF, Jacques. Por amor às cidades. Conversações com Jean Lebrun. São Paulo: Unesp, 1998, p. 16. A respeito das cidades medievais, após o ano mil, é CORRETO afirmar: a) Tornaram-se centros econômicos e financeiros e vinculados às rotas mercantis e à produção agrária das áreas rurais próximas. b) Eram fundamentalmente sedes episcopais e centros administrativos do Sacro Império Romano Germânico. c) Tornaram-se núcleos da produção industrial que começou a desenvolver-se sobretudo no norte da Itália, a partir do século XI. d) Tornaram-se os principais entrepostos do comércio de escravos africanos desde o início das Cruzadas. e) Apresentaram-se como legado das póleis gregas e das cidades romanas da Antiguidade. 23) (FGV 2012) Leia o texto. Entre 1315 e 1317 sucedem-se pesadas chuvas por todo o norte da Europa Ocidental, de forma tão intensa e ininterrupta que os campos são devastados e as colheitas perdidas, gerando uma situação de calamidade para o mundo camponês e que se soma aos vários anos bons que haviam levado o preço dos cereais a níveis bastante baixos. Sem colheitas e sem poupança, o mau tempo inaugura o grande movimento de crise do século XIV. (Francisco C. Teixeira da Silva, Sociedade feudal: guerreiros, sacerdotes e trabalhadores) Pode-se apontar, entre outros elementos, como parte da chamada Crise do Século XIV a) o progressivo processo de enfraquecimento das monarquias nacionais, em especial da França, diante da forte resistência liderada pela fração da nobreza voltada aos negócios financeiros. b) a enorme disparidade entre a frágil produção de alimentos e o crescimento da população europeia, este resultado da ausência de conflitos bélicos e de revoltas populares importantes. c) o efeito positivo das revoltas camponesas para a maioria dos trabalhadores dos campos e das cidades, especialmente na Europa Oriental, pois houve para estes consideráveis aumentos salariais e a concessão do direito à sindicalização. d) o descompasso entre uma produção de mercadorias sempre menor do que a entrada de metais amoedáveis na Europa, provocando um inédito processo de hiperinflação, que paralisou a atividade produtiva no final do século. e) a conversão da prestação do trabalho gratuito – a corveia - ao senhor, pelo pagamento em produto ou em dinheiro por parte do servo, que representou um dos passos em direção à dissolução dos laços servis. 24) (UFPE) A crise do sistema feudal acelerou-se no século XIV. Esta crise manifestou-se de várias maneiras. Assinale a alternativa incorreta. a) Devido à forma de exploração utilizada durante toda a Idade Media houve esgotamento do solo e conseqüentemente a produção agrícola diminuiu. b) A queda da produção agrícola teve como conseqüência imediata a subida dos preços. c) Com a falta de produtos os mercados tendiam a fechar nas cidades e a fome atingiu também a população do campo. d) Neste período a peste negra assolava em toda a Europa causando a morte da população. e) Com a diminuição da taxa de crescimento populacional os preços tenderam a baixar e os senhores feudais e nobres mantiveram seu padrão econômico. 25) (Fatec SP) Dentre as causas da desagregação da ordem econômica feudal, é possível mencionar: a) a capitalização intensa realizada pelos artesãos medievais e a criação de grandes unidades industriais, que acabaram subvertendo a economia feudal. 16 b) o desinteresse da nobreza e do clero pela manutenção do Feudalismo, pois esses setores se beneficiariam com o advento da sociedade baseada no lucro. c) o surgimento das corporações de oficio e a substituição do “justo preço”, que restringia as possibilidades de lucro, pelo preço de mercado. d) o revivescimento do comércio e a conseqüente circulação monetária, que abalaram a auto-suficiência da economia senhorial. e) a substituição gradativa do trabalho escravo pelo trabalho assalariado dentro do feudo, o que criou condições para a constituição de um sistema de mercado dentro da própria unidade feudal. 26) (PUC-MG) Durante a Baixa Idade Média (séc. XI – XV), o modo de produção feudal conheceu o seu apogeu, mas também foi nesse período que as contradições inerentes a esse sistema avolumaram-se, determinando a sua superação. São fatores responsáveis pela desarticulação das estruturas feudais, EXCETO: a) brusca queda da produtividade na agricultura, devido resistência dos senhores feudais a técnicas agrícolas avançadas. b) desenvolvimento da atividade mercantil tanto a nível inter-regional quanto a longa distância. c) crescente urbanização, conduzindo a uma gradual especialização da economia, caracterizada pela cisão entre campo e cidade. d) surgimento da burguesia como um novo segmento social que foi se definindo no rígido contexto da hierarquizada sociedade feudal. e) organização de expedições militares cristãs contra muçulmanos no Oriente Médio, pondo fim ao domínio secular dos árabes sobre o Mediterrâneo. 27) (PUC-MG) Nos séculos XIV-XV, a sociedade feudal experimentou uma grave crise geral, que abalou profundamente as estruturas que sustentavam essa sociedade, abrindo espaços para a criação de relações capitalistas no interior das sociedades européias. Os efeitos da depressão dos séculos XIV-XV sobre a sociedade européia foram os seguintes, EXCETO: a) a expansão marítima dos séculos XV e XVI, rompendo os estreitos limites do comércio medieval. b) a centralização do poder nas mãos do rei, em contrapartida ao poder pulverizado dos senhores feudais. c) o surgimento de uma nova cultura mais urbana e laica, em oposição à rural-religiosa do feudalismo. d) a busca de urna nova espiritualidade, possibilitando a ruptura da unidade cristã através da Reforma. e) a ocupação do poder político pela burguesia, sustentada no crescente enriquecimento dessa classe. 28) (UF-MG) O crescimento do comércio e das cidades na Baixa Idade Média: a) consolidou as estruturas feudais, como a economia de subsistência e a suserania; b) expandiu as atividades agrícolas, com o declínio do uso de moedas nas trocas; c) fez surgir um novo grupo social, ligado às atividades artesanais e mercantis; d) permitiu o desenvolvimento do trabalho livre, isento de quaisquer restrições; e) criou uma infra-estrutura tão adequada, que provocou intenso êxodo rural. 29) (Consulplan 2015) O renascimento urbano e comercial se configura como muito importante quando pensamos na transição do período feudal para o capitalismo, sobre este renascimento podemos AFIRMAR que: a) As corporações de ofício tinham um caráter assistencialista contribuindo assim para a democratização da ordem social. b) Os reis passaram a ter seu poderenfraquecido a partir dos surgimentos das cidades e da independência da nobreza feudal. c) O estímulo à centralização monárquica, à unificação das moedas, pesos e medidas e ao mercantilismo. d) O poder da burguesia repercutindo na decadência da política econômica mercantilista e na formação dos Estados Nacionais. 30) (UEL 1999) "Deixai (seguir viagem rumo ao Oriente) para lutar contra os infiéis, os que outrora combatiam impiedosamente os fiéis em guerras particulares... Deixai (partir) os que são ladrões, para tornarem-se soldados. Deixai (viajar) aqueles que outrora se bateram contra os seus irmãos e parentes, para lutarem contra os bárbaros... Deixai (participar do movimento) os que outrora foram mercenários, muito mal remunerados, para que recebam a recompensa eterna." (Pregação do Papa Urbano II, no Concílio de Clermont- Ferrand, 1095). O texto comprova que o Papado via nas Cruzadas um movimento a) teocrático, desvinculado das demais intenções. b) político, mas dissociado da intenção de submeter reis e nobres à obediência da Igreja. c) militar, indiferente ao desejo cristão de libertar Jerusalém do fiel muçulmano. d) comercial, alheio ao propósito de resgatar a rota da seda gravemente ameaçada. e) religioso, mas relacionado com a busca de soluções para a superação de problemas sociais. 31) (FAAP 1996) As cruzadas no Oriente Médio (séculos XI- XIII) tiveram profunda repercussão sobre o feudalismo porque, entre outros motivos, a) diminuíram o prestígio da Santa Sé, em virtude da separação das Igrejas cristãs de Roma e de Bizâncio. b) impediram os contatos culturais com civilizações refinadas como a bizantina e a árabe. c) aceleraram o comércio e o desenvolvimento de manufaturas, promovendo o crescimento de uma nova camada social. d) desintegraram o sistema de comércio com o Oriente, gerando a decadência dos portos de Veneza, Gênova e Marselha. e) estimularam a expansão da economia agrária, que minou a economia monetária dos centros urbanos. 32) (UEL 1995) Uma das conseqüências das Cruzadas foi a consolidação do renascimento comercial europeu, ao a) interromper a expansão dos francos do Norte da Europa e ao impedir que o comércio ficasse monopolizado pelas cidades de Antuérpia e Amsterdã. b) expulsar os árabes do Mediterrâneo e ao permitir o domínio do comércio pelas cidades italianas, na região, principalmente Gênova e Veneza. 17 c) estender o controle comercial do pontificado romano a todo o continente, favorecendo as cidades de Flandres e Champagne. d) possibilitar a apropriação pelos mercadores europeus dos centros comerciais dominados pelos bretões e florentinos. e) generalizar o comércio baseado na troca direta, herdado dos povos germanos e saxões. 33) (UEMA 2008) Leia no texto abaixo o pronunciamento de Urbano II, conclamando os cristãos às Cruzadas. Dos confins de Jerusalém e da cidade de Constantinopla graves notícias, repetidas vezes, chegaram a nossos ouvidos. Uma raça oriunda do Reino dos Persas, uma raça maldita, uma raça totalmente alheia a Deus [...] invadiu com violência as terras dos cristãos e as despovoou pela pilhagem e pelo fogo. [...] Que os ódios desapareçam entre vós, que terminem vossas brigas, que cessem as guerras e adormeçam as desavenças e controvérsias; [...] arrancai aquela terra da raça malvada para que fique em vosso poder. É a terra na qual, disse a Escritura, escorre leite e mel; [...] é mais fértil que todas as outras. AQUINO, Rubim et al. História das sociedades: das comunidades primitivas às sociedades medievais. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1987. p.396. Com base no pronunciamento, pode-se afirmar que as Cruzadas foram resultantes a) de motivações religiosas como a retomada de Jerusalém (Terra Santa) da “raça malvada”, ou seja, os cristãos ortodoxos que haviam rompido com o Papado Romano. b) do desejo das cidades italianas em expandir suas atividades mercantis na “terra que escorre leite e mel”, tendo pouca relevância as questões religiosas. c) do propósito de impedir os camponeses de aderirem ao islamismo na Terra Santa, garantindo a eles novos postos de trabalho no Oriente como “soldados de Deus”. d) da união dos cristãos do Oriente e do Ocidente contra os muçulmanos, sendo a Igreja Católica Romana reestabelecida como a única igreja cristã. e) do desejo de impor o cristianismo aos povos não cristãos e de garantir novas terras aos nobres e recompensa eterna aos cruzados. 34) (MACKENZIE 2015) As Cruzadas, durante a Idade Média, representaram uma forma de solução para os problemas decorrentes do início da desestruturação do regime feudal. A expressão “Cruzada” “derivou-se do fato de seus integrantes considerarem-se soldados de Cristo”. Tais expedições constituíram-se em a) empreendimentos de caráter militar, voltadas contra os inimigos da Cristandade, sem o apoio formal da Igreja Católica, mas patrocinadas por nobres feudais, que garantiam privilégios materiais aos participantes. b) oportunidades oferecidas em uma sociedade fortemente religiosa, mais clerical do que civil, em que o pecado e o crime equivaliam a mesma coisa, ou seja, do cruzado obter a indulgência, ou perdão aos seus pecados. c) movimentos nos quais tanto a iniciativa de lutar contra os infiéis quanto a de reconquistar a Terra Santa, partia de muitos indivíduos não combatentes, como mercadores, artesãos, mulheres e crianças, motivados pela fé. d) iniciativas militares, cujos recursos materiais para sustentar os cruzados provinham da Igreja Católica, única interessada na reconquista da região. e) possibilidades para escapar das dívidas e dos pagamentos dos tributos à Igreja e aos senhores feudais, já que o cruzado, ao participar dessas expedições, conseguia uma moratória estendida para toda sua vida. 35) (FGV 2013) Chegam a Jerusalém a 7 de junho de 1099. Jejuam e fazem procissões em redor da cidade, esperando que as suas orações deitem abaixo as muralhas, do mesmo que as trombetas de Josué tinham derrubado as de Jericó. A chegada a Jafa de navios genoveses, pisanos e venezianos é para eles de um grande auxilio [...] A cidade tão cobiçada é tomada a 15 de julho de 1099. Assistimos, então, a pilhagem e ao massacre sistemático de toda a população. Depois do regresso dos cruzados ao Ocidente, a posse de Jerusalém torna-se precária. Tate, G. "Dois séculos de confronto entre o Oriente e o Ocidente". In ArneviIIe, M.-B. D' e outros, As Cruzadas. Trad. Cascais: Pergaminho, 2001, p. 22. O texto acima refere-se à a) terceira Cruzada e revela os interesses bizantinos nessa expedição. b) Reconquista Ibérica e apresenta as motivações religiosas dessa empreitada. c) sétima Cruzada e demonstra a forte presença da monarquia francesa. d) primeira Cruzada e revela a forte religiosidade da peregrinação armada. e) quarta Cruzada e revela a participação exclusiva dos fiéis franceses. 36) (PUC-PR 2010) A peste negra matou mais da metade da população europeia em meados do século XIV. Causada pela bactéria Yersinia pestis, a doença representou uma ameaça às áreas mais pobres e infestadas de ratos. A partir do contexto das adversidades vividas na Europa desse período, marque a alternativa CORRETA: a) Esse período também é marcado pelo fortalecimento do poder e do prestígio do papado. O ideal medieval de uma comunidade cristã unificada e guiada pelo papa foi reforçado. b) Marca esse período a assinatura do Tratado de Verdun, que acabou com o reino construído por Carlos Magno. c) A peste negra influenciou, positivamente, o fortalecimento do poder dos senhores feudais e marcou o declínio das atividades comerciais. d) O pensamento escolástico de Santo Agostinho (1225- 1274) predomina nesse o texto em detrimento da perspectiva cristã de São Tomás de Aquino (354-430). e) Pertence a esse período