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<p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>1</p><p>Questão 1/100</p><p>No séc. XVIII, alguns governantes de países europeus, como Frederico II, rei da Prússia, e José II, imperador austríaco, tentaram</p><p>aplicar princípios do Iluminismo, como a tolerância religiosa, o desenvolvimento da ciência e educação e o �m da tortura, mas sem</p><p>abrir mão do governo absolutista. Estes governantes �caram conhecidos como</p><p>A reis �lósofos.</p><p>B déspotas esclarecidos.</p><p>C reis iluminados.</p><p>D déspotas progressistas.</p><p>E reis sábios.</p><p>Questão 2/100</p><p>Mas uma coisa ouso a�rmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de</p><p>ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem</p><p>mais bem lavradas. Ali, se quiserem, podem mandar extrair à vontade.</p><p>(Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual,</p><p>1991 (adaptado).)</p><p>O documento permite identi�car um interesse econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A implicação</p><p>desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico.</p><p>A expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico.</p><p>B promoção das guerras justas para conquistar o território.</p><p>C imposição da catequese para explorar o trabalho africano.</p><p>D opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico.</p><p>E fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas.</p><p>Questão 3/100</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>A conquista do tempo através da medida é claramente percebida como um dos importantes aspectos do controle do</p><p>universo pelo homem. De um modo não tão geral, observa-se como, em uma sociedade, a intervenção dos detentores do poder</p><p>na medida do tempo é um elemento essencial do seu poder: o calendário é um dos grandes emblemas e instrumentos do poder;</p><p>por outro lado, apenas os detentores carismáticos do poder são senhores do calendário: reis, padres, revolucionários.</p><p>(LE GOFF, J. História e Memória. Trad. de Bernardo Leitão et al. 7.ed. Campinas: Unicamp, 2013. p.442.)</p><p>No processo histórico das sociedades humanas, os senhores do poder procuram ampliar o seu domínio socioeconômico</p><p>vinculando-o ao tempo cronológico. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um exemplo de apropriação do tempo</p><p>associado a um poder que originou um novo calendário.</p><p>A O Édito de Constantino impôs o calendário Justiniano a todo o Ocidente cristão modi�cando as datas de celebrações</p><p>religiosas.</p><p>B A Reforma Calvinista produziu uma nova contagem de tempo para a sociedade referente ao mundo sagrado, consagrando a</p><p>epopeia da libertação.</p><p>C A Revolução Chinesa criou um novo calendário apropriando-se do controle da temporalidade no campo pelas novas técnicas</p><p>agrícolas desenvolvidas por Mao Tse Tung.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>2</p><p>D A Revolução Francesa rompeu com o calendário em vigor, a partir da deposição do rei pela Convenção criada para formular</p><p>uma nova constituição.</p><p>E A Revolução Inglesa modi�cou o calendário no qual se regulava a balança comercial britânica com as suas colônias,</p><p>aprimorando a concentração do lucro.</p><p>Questão 4/100</p><p>Em março de 2019, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, solicitou ao rei Felipe VI, da Espanha, que pedisse</p><p>desculpas pelos abusos que as autoridades mexicanas consideraram terem ocorrido na época da conquista espanhola. Com essa</p><p>ação, segundo López Obrador, pretendia-se “superar de�nitivamente as desavenças, os rancores, as culpas e as censuras que a</p><p>história colocou entre os povos da Espanha e do México, sem ignorar nem omitir as ilegalidades e os crimes que os provocaram”.</p><p>O rei simplesmente lamentou e rejeitou o pedido.</p><p>(Disponível em: https:// https://brasil.elpais.com/internacional/2021-09-30/ex-presidente-espanhol-ridicularizapedido-de-perdao-de-lopez-obrador-por-genocidio-</p><p>indigena-como-ele-se-chama.html. Acesso em: 29 out. 2021. Adaptado.)</p><p>Acerca da conquista espanhola na região onde hoje localiza-se o território mexicano, assinale a única alternativa correta:</p><p>A A conquista espanhola do Império Asteca foi rápida e violenta, matando milhares de indígenas, devido à superioridade</p><p>numérica dos conquistadores, à boa estratégia militar e por meio das ameaças dos missionários aos povos que se</p><p>rebelassem contra Montezuma.</p><p>B A conquista espanhola do Império Mexicano foi violenta e e�caz porque encontraram uma monarquia em rápida decadência,</p><p>que sacri�cava os povos submetidos em suntuosas cerimônias religiosas e deixava os campos agrícolas vazios.</p><p>C A conquista espanhola dos povos que habitavam o continente e as ilhas do Caribe foi rápida e violenta devido às doenças</p><p>trazidas da Europa, o que levou as populações indígenas a aceitarem a escravização, ao invés de falecerem nas selvas.</p><p>D A conquista dos povos da Mesoamérica foi rápida e violenta, especialmente pela indução de medo nos povos nativos, pela</p><p>boa estratégia de alianças e pela utilização e�ciente da tecnologia militar.</p><p>E A conquista dos povos pré-colombianos concedeu a oportunidade aos europeus de desenvolveram um projeto conquistador</p><p>completamente isolado de aspectos religiosos.</p><p>Questão 5/100</p><p>Embora a compra de cargos e títulos fosse bem difundida na América, muitos nobres, aí moradores, receberam títulos da</p><p>monarquia devido a suas qualidades e serviços. Desde o século XVI, os títulos de marquês e conde (títulos de Castela) eram</p><p>concedidos, sobretudo, aos vice-reis e capitães-gerais nascidos na Espanha. Com menor incidência, esta mercê régia também</p><p>podia ser remuneração de serviços militares, de feitos na conquista, colonização e fundação de cidades.</p><p>RAMINELLI, R. Nobreza e riqueza no Antigo Regime ibérico setecentista. Revista de História, n. 169, jul.-dez. 2013.</p><p>Segundo o texto, as concessões da Coroa espanhola visavam o fortalecimento do seu poder na América ao</p><p>A restringir os privilégios dos comerciantes.</p><p>B reestruturar a organização das tropas.</p><p>C reconhecer os opositores do regime.</p><p>D facilitar a atuação dos magistrados.</p><p>E fortalecer a lealdade dos súditos.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>3</p><p>Questão 6/100</p><p>A revolução inglesa de 1640 (...) destruiu o antigo aparelho de Estado, impondo limites ao poder real, submetendo-o ao poder</p><p>do Parlamento (...) Eliminou a autonomia �nanceira do poder real, con�scando-lhe as propriedades e transformando o próprio</p><p>conceito de propriedade individual e absoluta (...) O poder mudou de mãos... agora passava aos domínios da pequena nobreza</p><p>rural, a gentry, identi�cada com a burguesia mercantil.</p><p>(José Jobson de Andrade Arruda, A revolução inglesa.)</p><p>Segundo o texto, a revolução inglesa</p><p>A reforçou o antigo aparelho de Estado e manteve intacta a propriedade real identi�cada com os privilégios da nobreza.</p><p>B submeteu o rei ao poder do parlamento, composto pela gentry e pela burguesia, cujos interesses privilegiavam a</p><p>propriedade real.</p><p>C destruiu o antigo aparelho de Estado e transferiu a propriedade real para as mãos do Parlamento, isto é, para a alta</p><p>aristocracia.</p><p>D limitou o poder do Parlamento, que agora passa a ser exercido também pelo rei, cujo interesse maior é privilegiar a gentry e</p><p>a burguesia.</p><p>E transformou a propriedade real em propriedade privada e legitimou o poder do Parlamento, representante da gentry e da</p><p>burguesia.</p><p>Questão 7/100</p><p>O comércio foi de fato o nervo da colonização do Antigo Regime, isto é, para incrementar as atividades mercantis processava-se</p><p>a ocupação, povoamento e valorização das novas áreas. E aqui ressalta de novo o sentido da colonização da época Moderna; indo</p><p>em curso na Europa a expansão da economia de mercado, com a mercantilização crescente dos vários setores produtivos antes à</p><p>margem da circulação de mercadorias - a produção colonial era uma produção mercantil, ligada às grandes linhas do trá�co</p><p>internacional.</p><p>(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808),</p><p>�m? Morrer… dormir: não mais.</p><p>Dizer que rematamos com um sono a angústia</p><p>E as mil pelejas naturais-herança do homem:</p><p>Morrer para dormir… é uma consumação</p><p>Que bem merece e desejamos com fervor.</p><p>Dormir… Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:</p><p>Pois quando livres do tumulto da existência,</p><p>No repouso da morte o sonho que tenhamos</p><p>Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita</p><p>Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.</p><p>Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,</p><p>O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,</p><p>Toda a lancinação do mal-prezado amor,</p><p>A insolência o�cial, as dilações da lei,</p><p>Os doestos que dos nulos têm de suportar</p><p>O mérito paciente, quem o sofreria,</p><p>Quando alcançasse a mais perfeita quitação</p><p>Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,</p><p>Gemendo e suando sob a vida fatigante,</p><p>Se o receio de alguma coisa após a morte,</p><p>– Essa região desconhecida cujas raias</p><p>Jamais viajante algum atravessou de volta –</p><p>Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?</p><p>O pensamento assim nos acovarda, e assim</p><p>É que se cobre a tez normal da decisão</p><p>Com o tom pálido e enfermo da melancolia;</p><p>E desde que nos prendam tais cogitações,</p><p>Empresas de alto escopo e que bem alto planam</p><p>Desviam-se de rumo e cessam até mesmo</p><p>De se chamar ação.</p><p>(…)</p><p>William Shakespeare Monólogo de Hamlet da primeira cena do terceiro ato na peça homônima.</p><p>William Shakespeare foi um famoso autor de peças teatrais e enquadrado como renascentista por inúmeros teóricos. Contudo,</p><p>em um dos seus mais famosos excertos, o autor apresentou um dualismo barroco ao</p><p>A destacar a ação hedonista barroca.</p><p>B conceber ação humana predestinada pelo desejo de Deus.</p><p>C apresentar a dualidade entre o arbítrio humano e a ação divina.</p><p>D romper com qualquer elemento defendido pelo ethos renascentista.</p><p>E estabelecer uma proposta otimista da vida em contraste com a ética da renascença.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>28</p><p>Questão 67/100</p><p>"O Ato de Navegação de 1651 originou um con�ito contra a supremacia naval holandesa. A guerra entre a Commonwealth e a</p><p>Holanda nasceu de um determinado número de incidentes provocados pela rivalidade entre as duas comunidades marítimas,</p><p>não podendo ser atribuída a nenhuma causa isolada".</p><p>(Fonte: G. M. Trevelyan. "História Concisa da Inglaterra")</p><p>O texto faz referência ao Ato de Navegação e a guerra entre Inglaterra e Holanda que ocorreram:</p><p>A sob o governo da rainha Elisabeth I, que consolidou a hegemonia naval inglesa;</p><p>B sob o governo de Carlos II, rei da dinastia Stuart restaurada após a morte de Cromwell;</p><p>C sob o governo da monarquia parlamentarista instituído após a Revolução Gloriosa;</p><p>D sob o governo de Henrique VIII, rei que ao vencer este con�ito implantou o absolutismo na Inglaterra;</p><p>E sob o governo republicano estabelecido por Cromwell, que a partir de 1653 tornou-se o Lorde Protetor da Inglaterra.</p><p>Questão 68/100</p><p>Sobre o contexto da Reforma Protestante, analise as a�rmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.</p><p>I. A centralização monárquica tensionou o relacionamento entre os reis e a Igreja, uma vez que esta, além de ter o domínio</p><p>espiritual sobre a população, também exercia poder temporal, sobre tudo, através da cobrança de tributos feudais, oriundos das</p><p>suas vastas extensões de terras.</p><p>II. As correntes teológicas do “tomismo” e a “agostiniana” consideravam que a salvação estava no livre arbítrio e nas boas obras,</p><p>o que incentivou o discurso protestante dentro da própria Igreja.</p><p>III. A Paz de Algsburgo estabelecia o princípio de que cada governante do Sacro Império Romano-Germânico poderia escolher</p><p>sua religião e a de seus súditos.</p><p>IV. Os “anabatistas”, camponeses liderados por Thomas Münzer, viram na subordinação da Igreja ao Estado a possibilidade de</p><p>romper com a estrutura feudal e passaram a con�scar terras, inclusive da nobreza.</p><p>V. O Calvinismo, modelo religioso defendido por João Calvino, expandiu-se mais rapidamente que o Luteranismo, e seus</p><p>seguidores foram chamados de presbiterianos - na Escócia; huguenotes - na França; e puritanos na Inglaterra.</p><p>A Somente I e IV estão corretas.</p><p>B Somente II, e V estão corretas.</p><p>C Somente II, III, e V estão corretas.</p><p>D Somente I, II, III e IV estão corretas.</p><p>E Somente I, III, IV e V estão corretas.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>29</p><p>Questão 69/100</p><p>Ó mar salgado, quanto do teu sal</p><p>São lágrimas de Portugal!</p><p>Por te cruzarmos, quantas mães choraram,</p><p>Quantos �lhos em vão rezaram!</p><p>Quantas noivas �caram por casar</p><p>Para que fosses nosso, ó mar!</p><p>Valeu a pena? Tudo vale a pena</p><p>Se a alma não é pequena.</p><p>Quem quer passar além do Bojador</p><p>Tem que passar além da dor.</p><p>Deus ao mar o perigo e o abismo deu,</p><p>Mas nele é que espelhou o céu.</p><p>Fernando Pessoa. Mar Português. Obra poética, 1960. Adaptado.</p><p>Entre outros aspectos da expansão marítima portuguesa a partir do século XV, o poema menciona</p><p>A o sucesso da empreitada, que transformou Portugal na principal potência europeia por quatro séculos.</p><p>B o reconhecimento do papel determinante da Coroa no estímulo às navegações e no apoio �nanceiro aos familiares dos</p><p>navegadores.</p><p>C a crença religiosa como principal motor das navegações, o que justi�ca o reconhecimento da grandeza da alma dos</p><p>portugueses.</p><p>D a percepção das perdas e dos ganhos individuais e coletivos provocados pelas navegações e pelos riscos que elas</p><p>comportavam.</p><p>E a di�culdade dos navegadores de reconhecer as diferenças entre os oceanos, que os levou a confundir a América com as</p><p>Índias.</p><p>Questão 70/100</p><p>Os enciclopedistas constituíram uma pequena elite de letrados e de técnicos, ligados à vida material como elementos de ponta</p><p>do progresso econômico e também estreitamente vinculados ao aparato estatal, o qual se esforçaram por tornar melhor e mais</p><p>racional. (...) Por toda a parte na Europa das Luzes, encontramos esta pretensão e esta vontade [dos �lósofos] de pôr-se à testa e</p><p>na direção da sociedade.</p><p>VENTURI, Franco. Utopia e reforma no Iluminismo. Bauru: Edusc, 2003, p. 44, 239-240.</p><p>A elite intelectual a que o texto se refere foi responsável pela organização e publicação do mais importante veículo de</p><p>divulgação das ideias do iluminismo, no século XVIII: a Enciclopédia. Essa obra de inspiração racionalista,</p><p>A defendia a teoria de que a economia deveria funcionar por suas próprias leis e na eliminação da intervenção do Estado sobre</p><p>os negócios comerciais que entravava as aduanas internas.</p><p>B estabelecia a tese segundo a qual as estruturas sociais eram determinadas pelas circunstâncias ambientais e pela liberdade</p><p>como direito incontestável de todos os homens da época.</p><p>C a�rmava que a única esperança de garantir os direitos de cada um seria ceder todos esses direitos à comunidade civil para</p><p>que a governasse de acordo com as ideias dos �lósofos iluministas.</p><p>D defendia uma monarquia absolutista moderada por um governo baseado na razão e no ideário político e social vigente na</p><p>época e não mais pelos pressupostos religiosos divulgados pela Igreja.</p><p>E propunha, de maneira geral, a imediata autonomização da Igreja em relação ao Estado e o combate às superstições e às</p><p>diversas manifestações do pensamento dogmático eclesiástico.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>30</p><p>Questão 71/100</p><p>É difícil acreditar que a Revolução Francesa teria sido muito diferente, mesmo que a Revolução Americana nunca tivesse</p><p>acontecido. É fácil mostrar que os americanos não tentaram uma semelhante ruptura substancial com o passado, como �zeram os</p><p>franceses. No entanto, (...) as duas revoluções foram muito parecidas.</p><p>Robert R. Palmer, The Age of The Democratic Revolution: The Challenge, Princeton, Princeton University Presse, vol. I, 1959, p.267.</p><p>Com base no texto e em seus conhecimentos acerca da revolução francesa e do revolucionário processo de independência dos</p><p>Estados Unidos, assinale a a�rmação correta.</p><p>A A revolução norte-americana repercutiu pouco nos movimentos liberais da Europa e, mesmo na França da época da</p><p>Ilustração, seu impacto foi mais de ordem econômica do que política.</p><p>B O processo de independência</p><p>dos Estados Unidos foi marcado pela ausência de divisões internas entre os colonos e pela</p><p>exclusão das camadas populares da sociedade no processo político.</p><p>C O processo de independência dos Estados Unidos foi consumado pela redação de uma Constituição, cuja elaboração �cou a</p><p>cargo de notáveis, que representavam os interesses das classes proprietárias.</p><p>D A guerra da independência norte-americana caracterizou-se pela ausência de radicalismo político e social, o que se deveu à</p><p>menor penetração dos ideais Ilustrados nos últimos anos do período colonial.</p><p>E A revolução norte-americana repercutiu não só na Ilustração europeia e na revolução francesa, como demonstrou de modo</p><p>teórico e prático a viabilidade de um grande Estado republicano e democrático.</p><p>Questão 72/100</p><p>Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia,</p><p>de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os</p><p>mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos</p><p>nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio</p><p>transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização,</p><p>em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital,</p><p>as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa.</p><p>(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus �lhos, 2008. Adaptado.)</p><p>Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto</p><p>A destaca os diferentes papéis representados por africanos, europeus e americanos na constituição de um novo espaço de</p><p>produção e circulação de mercadorias.</p><p>B reconhece que europeus, africanos e americanos se bene�ciaram igualmente das relações comerciais estabelecidas através</p><p>do oceano atlântico.</p><p>C a�rma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou, na sua origem, com o predomínio</p><p>claro de qualquer das partes envolvidas.</p><p>D sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da América não exerceu papel fundamental na integração do</p><p>continente americano com a economia que se desenvolveu no oceano atlântico.</p><p>E ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora de matérias-primas para a Europa e de que alguns</p><p>desses produtos eram usados na troca por escravos africanos.</p><p>Questão 73/100</p><p>O pensamento político e econômico europeu, em �ns do século XVII e no século XVIII, apresentou uma vertente de crítica ao</p><p>Absolutismo e ao Mercantilismo, predominantes na Europa, na Idade Moderna. Qual das ideias abaixo caracteriza essa nova</p><p>corrente de pensamento?</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>31</p><p>A É necessária a regulamentação minuciosa de todos os aspectos da vida econômica para garantir a prosperidade nacional e o</p><p>acúmulo metalista.</p><p>B O Estado, com função de polícia e justiça, deve ser governado por um rei, cuja autoridade é sagrada e absoluta porque</p><p>emana de Deus.</p><p>C A �m de proteger a economia nacional, cada governo deve intervir no mercado, estimulando as exportações e restringindo</p><p>as importações.</p><p>D O poder do soberano era ilimitado, porque fora fruto do consentimento espontâneo dos indivíduos para evitar a anarquia e a</p><p>violência do estado natural.</p><p>E O Estado, simples guardião da lei, deve interferir pouco, apenas para garantir as liberdades públicas e a propriedades dos</p><p>cidadãos.</p><p>Questão 74/100</p><p>Seguindo a trajetória das ativistas, vemos que lutaram ao lado dos homens no movimento popular urbano e participaram de</p><p>várias jornadas populares, como as de 9 de abril, 20 de junho e 10 de agosto de 1792, as quais resultaram na queda da</p><p>monarquia. Abraçaram a Revolução, queriam armar-se para defender a nação dos inimigos internos, e tomaram parte nas festas</p><p>cívicas. Algumas se alistaram no exército e foram lutar nas fronteiras. No caso das Republicanas Revolucionárias, durante certo</p><p>tempo contaram com o apoio dos deputados da Montanha e os ajudaram a derrubar os Girondinos. Nessa ocasião, mereceram</p><p>elogios públicos. Depois se aliaram aos radicais e �zeram oposição aos Montanheses.</p><p>As militantes adquiriram uma visibilidade nunca imaginada para mulheres do povo, despertando o interesse e a inquietação de</p><p>integrantes do governo acerca da questão dos direitos civis e políticos femininos. Sua presença na cena política foi tolerada e até</p><p>incentivada no início da Revolução Francesa, porém reprimida em outubro de 1793, e depois de forma de�nitiva em 1795.</p><p>(Adaptado de Tania Machado Morin, Virtuosas e perigosas: as mulheres na Revolução Francesa. São Paulo: Alameda, 2013, p. 4-6.)</p><p>Com base no excerto e em seus conhecimentos sobre a Revolução Francesa, assinale a alternativa correta.</p><p>A A Revolução Francesa não garantiu o direito de voto às mulheres, mas a participação delas no movimento fez com que sua</p><p>exclusão da vida pública ganhasse visibilidade e fosse debatida.</p><p>B Os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade da Revolução consolidaram os direitos civis e políticos das mulheres,</p><p>igualando-os aos direitos dos homens de forma inédita na história da França e da Europa.</p><p>C Os revolucionários consideravam que as tarefas desempenhadas pelas mulheres na Revolução eram irrelevantes e restritas</p><p>às atividades domésticas, por isso elas não conquistaram os mesmos direitos civis que os homens.</p><p>D A Revolução Francesa aboliu a desigualdade de gênero em todos os âmbitos da vida pública por meio da Declaração</p><p>Universal dos Direitos Humanos, que estabelecia a igualdade e a cidadania.</p><p>Questão 75/100</p><p>O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se a si mesmo e, além</p><p>disso, por partes. Vende em leilão 8,10,12,15 horas da sua vida, dia após dia, a quem melhor pagar, ao proprietário das</p><p>matérias-primas, dos instrumentos de trabalho e dos meios de subsistência, isto é, ao capitalista.</p><p>MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro. São Paulo: Expressão Popular, 2010.</p><p>O texto indica que houve uma transformação dos espaços urbanos e rurais com a implementação do sistema capitalista, devido</p><p>às mudanças tecnossociais ligadas ao</p><p>A desenvolvimento agrário e ao regime de servidão.</p><p>B aumento da produção rural, que �xou a população nesse meio.</p><p>C desenvolvimento das zonas urbanas e às novas relações de trabalho.</p><p>D aumento populacional das cidades associado ao regime de servidão.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>32</p><p>E desenvolvimento da produção.</p><p>Questão 76/100</p><p>“(...) Em termos de produtividade econômica, a transformação social foi um êxito imenso; em termos de sofrimento humano, uma</p><p>tragédia, aumentada pela depressão agrícola depois de 1815 que reduziu o pobre rural à miséria mais desmoralizadora (...).</p><p>Porém, do ponto de vista da industrialização havia consequências bené�cas, pois uma economia industrial necessita de</p><p>trabalhadores, e onde se podia obtê-los senão no antigo setor não industrial?</p><p>HOBSBAWM, Eric. A Revolução Industrial. In: As Revoluções Burguesas.</p><p>No trecho acima, o autor analisa consequências da Revolução industrial na Inglaterra.</p><p>Sobre o texto e o contexto, é correto a�rmar que</p><p>A a Revolução Industrial na Inglaterra marcou a passagem da sociedade rural para a industrial, apontando que, mesmo antes</p><p>da introdução das máquinas, as manufaturas domésticas sediadas no campo tendiam a desaparecer pela falta de</p><p>competitividade de seus produtos.</p><p>B a tendência à estabilização das populações campesinas e de pequenos burgueses, no interior rural inglês, foi um empecilho</p><p>que acabou por gerar medidas governamentais, sancionadas pelo parlamento a �m de solucionar tal problema social.</p><p>C com os cercamentos dos campos, no século XVIII, e pela consequente expropriação dos trabalhadores de seus meios de</p><p>trabalho, o país contava</p><p>com um enorme contingente de mão de obra desempregada nas cidades, disponível para o</p><p>trabalho industrial.</p><p>D a grave crise agrícola de 1815, acompanhada pela epidemia de peste bubônica que atacou, principalmente, o interior</p><p>agrícola do país, acabou por gerar um grande êxodo rural e um enorme �uxo populacional, disposto a trabalhar nas cidades,</p><p>mesmo com baixo índice salarial.</p><p>E a ganância dos grandes proprietários de terra ingleses, interessados em exportar seus produtos para os novos centros</p><p>industriais do país, acabou por ocasionar a situação de penúria, relatada no texto, em que se encontrava a população rural</p><p>na época.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>33</p><p>Questão 77/100</p><p>Observe o mapa a seguir.</p><p>(https://goo.gl/Sk4u7X. Acesso em: 25.09.17)</p><p>Esse mapa, conhecido pelo nome de “Mapa Cor de Rosa”, coloca em destaque uma área da África Meridional. Tal mapa foi</p><p>produzido com o objetivo de representar</p><p>A os territórios coloniais dominados por Portugal no continente africano ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, em meio ao</p><p>processo de colonização da América, com o objetivo de garantir o �uxo contínuo de negros escravizados para os engenhos</p><p>de cana-de-açúcar e para as minas de ouro na América portuguesa.</p><p>B as aspirações portuguesas para ocupação e colonização de territórios africanos entre Angola e Moçambique, ligando os</p><p>oceanos Atlântico e Índico, o que entrava em choque com as pretensões da Inglaterra de construir uma estrada de ferro</p><p>entre as cidades do Cairo, no Egito, e do Cabo, na África do Sul.</p><p>C as possessões neocoloniais portuguesas, conquistadas especialmente no século XIX, devido à corrida imperialista e ao</p><p>processo de interiorização da ocupação europeia na África, o que culminou com a Conferência de Berlim, que reconheceu a</p><p>legitimidade das conquistas portuguesas no continente africano.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>34</p><p>D a extensão do império colonial português exaltado pela ditadura salazarista no século XX, o que contribuiu para que a</p><p>oposição a Salazar em Portugal fosse solidária às lutas anticoloniais travadas na África, que culminaram nos processos de</p><p>independência de Angola e Moçambique e na Revolução dos Cravos.</p><p>E os interesses expansionistas portugueses, coincidentes com a época de circunavegação do continente africano, em que</p><p>Portugal pretendia buscar rotas alternativas para o Oriente em busca do comércio de especiarias, seda e porcelana,</p><p>produtos altamente valorizados na Europa.</p><p>Questão 78/100</p><p>Nos séculos XVI e XVII, tanto devido aos enclosures ou cercamentos, como devido às numerosas e prolongadas guerras religiosas</p><p>que devastaram o continente europeu, muitas pessoas foram arrancadas de seu modo costumeiro de vida e não conseguiram</p><p>enquadrar-se na disciplina da nova condição, convertendo-se em uma multidão de esmoleiros, assaltantes, vagabundos. A</p><p>solução encontrada pelos governos da época para essa situação foi usar a força para induzir essa multidão a vender sua força de</p><p>trabalho. Daí ter surgido em toda a Europa Ocidental uma legislação contra a “vagabundagem”</p><p>(BOTTINI, Lucia. O TRABALHO DA MULHER NAS FÁBRICAS DURANTE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, NA INGLATERRA DE 1780 a 1850. UNESPAR – Paranavaí)</p><p>A migração forçada da mão de obra em seu processo de êxodo rural pode ser entendida como uma consequência política, porque</p><p>A criminalizou a população afetada pelas ações feudais.</p><p>B aplicou políticas a�rmativas pelo poder político para atrair ao mundo urbano povoamento.</p><p>C estabeleceu o punitivismo do Estado aos periféricos afetados pelos grandes eventos políticos ou econômicos.</p><p>D reforçou a ressigni�cação de um novo modelo de exploração feudal, mas dentro de uma lógica presente na esfera urbana.</p><p>E instituiu a formação de comunidades populares como uma alternativa ao individualismo medievo, sendo assim, promovendo</p><p>um maior desenvolvimento comunitário.</p><p>Questão 79/100</p><p>O século XVIII foi denominado “século das Luzes” porque foi marcado pelo movimento intelectual denominado Iluminismo, que</p><p>estabeleceu as bases para a crítica ao Absolutismo. São palavras essenciais do século das Luzes:</p><p>A internacionalismo, razão, messianismo e cienti�cismo.</p><p>B progresso, obscurantismo, cienti�cismo, teocentrismo.</p><p>C superstição, empirismo, sensualismo, messianismo.</p><p>D socialismo, razão, progresso, superstição.</p><p>E racionalismo, cienti�cismo, progresso, esclarecimento.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>35</p><p>Questão 80/100</p><p>Leonardo da Vinci: Leben und Werk. Stuttgart, Zürich: Belser Verlag, 1989, p. 171.</p><p>O “Homem Vitruviano” foi desenhado por Leonardo da Vinci (1452-1519) com base em um tratado sobre Arquitetura escrito e</p><p>ilustrado por Marcus Vitruvius no século I a.C., na Roma Antiga. A obra ganhou versões impressas e traduções nos séculos XV e</p><p>XVI.</p><p>O desenho de Da Vinci expressa propostas do movimento Renascentista ao</p><p>A buscar perpetuar obras da Antiguidade Clássica por meio da cópia e da salvaguarda.</p><p>B censurar os estudos da anatomia humana herdados da Antiguidade Clássica.</p><p>C retomar a percepção da simetria e das proporções humanas como ideal do Belo.</p><p>D apoiar-se no legado da Antiguidade greco-romana para rea�rmar o teocentrismo.</p><p>E separar a arte do pensamento humanista e do conhecimento matemático.</p><p>Questão 81/100</p><p>Para compreender a expansão marítima nos séculos XV e XVI, é necessário considerar a importância da cartogra�a. Sobre o</p><p>tema, é correto a�rmar que os cartógrafos representaram o mundo:</p><p>A Valendo-se de conhecimentos acumulados e transmitidos por meio da �loso�a, da astronomia e da experiência concreta.</p><p>B Desconhecendo o valor político de sua arte de cartografar para os rumos da rivalidade castelhano portuguesa.</p><p>C Ignorando a hagiogra�a medieval e as crenças na existência de monstros marinhos e de correntes de ventos nos oceanos.</p><p>D Con�rmando os conhecimentos estáticos sobre o planeta, resultantes da observação direta dos espaços desconhecidos.</p><p>E Anotando nos mapas pontos geográ�cos, longitudes e latitudes com exímia precisão, em função dos e�cazes instrumentos</p><p>de navegação.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>36</p><p>Questão 82/100</p><p>"Se volveres a lembrança ao Gênese, entenderás que o homem retira da natureza seu sustento e a sua felicidade. O usuário, ao</p><p>contrário, nega a ambas, desprezando a natureza e o modo de vida que ela ensina, pois outros são no mundo seus ideais.”</p><p>Dante Alighieri, A Divina Comédia, Inferno, canto XI, tradução de Hernâni Donato</p><p>Esta passagem do poeta �orentino exprime:</p><p>A uma visão já moderna da natureza, que aqui aparece sobreposta aos interesses do homem.</p><p>B um ponto de vista já ultrapassado no seu tempo, posto que a usura era uma prática comum e não mais proibida.</p><p>C uma nostalgia pela Antiguidade greco-romana, onde a prática da usura era severamente coibida.</p><p>D uma concepção dominante na Baixa Idade Média, de condenação à prática da usura por ser contrária ao espírito cristão.</p><p>E uma perspectiva original, uma vez que combina a prática da usura com a felicidade humana.</p><p>Questão 83/100</p><p>Em 1517, o monge Martinho Lutero divulgou suas 95 teses, nas quais criticava duramente as ações e as práticas da Igreja</p><p>Católica Romana. Esse fato, que marcou o início da Reforma Protestante, está inserido nos processos ligados ao renascimento</p><p>urbano e cultural ocorridos na Europa.</p><p>Leia as seguintes a�rmações sobre as características da Reforma Protestante.</p><p>I. Lutero acreditava que o dinheiro obtido com a venda de indulgências deveria ser aplicado, diretamente, nas regiões de sua</p><p>arrecadação, e não enviado à Roma. Com essa tese, ele obteve o apoio dos príncipes germânicos, que lutavam contra o domínio</p><p>do Papa.</p><p>II. Lutero considerava que a relação entre o cristão e Deus deveria ser direta, sem interferência dos sacerdotes. Segundo essa</p><p>tese, cada pessoa poderia interpretar livremente a Bíblia, o que confrontava o dogma de Roma, que preconizava a autoridade</p><p>exclusiva da Igreja na interpretação dos textos sagrados.</p><p>III. A salvação do crente, para Lutero, vinha unicamente da</p><p>fé, e não de suas obras ou da intercessão dos santos. Com isso, Lutero</p><p>rea�rmava a independência do indivíduo em relação às hierarquias religiosas, o que representou mais um ponto de con�ito com a</p><p>Igreja.</p><p>IV. As teses de Lutero motivaram uma série de revoltas e guerras civis disseminadas pela Europa. Uma trégua provisória só foi</p><p>alcançada em 1555, com a Paz de Augsburgo, um tratado segundo o qual a religião de cada país deveria ser escolhida por meio</p><p>de eleições livres.</p><p>V. Lutero defendia que o bom cristão deveria conhecer diretamente a palavra de Deus e que, para isso, precisava ler a Bíblia.</p><p>Como consequências imediatas dessa posição, ele traduziu a Bíblia do latim para a língua nacional (o alemão), e os governos</p><p>desenvolveram ações práticas que resultaram na alfabetização do povo alemão.</p><p>Está correto apenas o que se a�rma em:</p><p>A I, II e III.</p><p>B II, III e V.</p><p>C I, IV e V.</p><p>D III, IV e V.</p><p>E II, III e IV.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>37</p><p>Questão 84/100</p><p>Observe a imagem a seguir.</p><p>O famoso quadro A morte de Marat, de Jacques-Louis David, produzido no contexto da Revolução Francesa, é um documento da</p><p>A atuação violenta do Tribunal Revolucionário durante o Terror Jacobino contra os “inimigos do povo”.</p><p>B execução do rei francês, acusado de traição nacional, decretada pela Assembleia Revolucionária.</p><p>C estratégia de ascensão política de Napoleão Bonaparte, marcada pelo assassinato de seus rivais.</p><p>D violência repressora do Absolutismo francês contra as vozes críticas e contestatórias ao Regime.</p><p>E disputa entre os girondinos e os jacobinos, que culminou na execução do famoso líder popular.</p><p>Questão 85/100</p><p>Em 1646, em plena guerra civil, um grupo de democratas em Londres a�rmou que a soberania do Parlamento e sua resistência</p><p>ao rei só poderiam se justi�car teoricamente se essa soberania derivasse do povo. Assim, se o povo era soberano, então o</p><p>Parlamento teria de se fazer representante do povo. O mais pobre dos indivíduos tem tanto direito de votar quanto o mais rico e</p><p>o mais importante deles.</p><p>O texto, que trata de uma revolução e de um grupo político nela interveniente, refere-se:</p><p>A à Revolução Ludita e ao grupo dos destruidores de máquinas;</p><p>B à Revolução Gloriosa e ao grupo dos cartistas;</p><p>C à Revolução Gloriosa e ao grupo dos cavaleiros;</p><p>D à Revolução Puritana e ao grupo dos diggers ou escavadores;</p><p>E à Revolução Puritana e ao grupo dos levellers ou niveladores.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>38</p><p>Questão 86/100</p><p>Leia as a�rmações abaixo referentes à Revolução Francesa.</p><p>I - Sua principal função social era defender a nação.</p><p>II - Fase da Revolução Francesa que durou de 1794 até 1799</p><p>III- Revoltas camponesas comuns na França na década de 1780.</p><p>IV- Defendiam um governo central forte, o voto universal e a participação popular na direção do processo revolucionário.</p><p>Os fragmentos I, II, III e IV referem-se, respectivamente, ao, a(s)</p><p>A jacobinos, diretório, nobreza, jaqueries.</p><p>B nobreza, diretório, jaqueries, jacobinos.</p><p>C diretório, jaqueries, jacobinos, nobreza.</p><p>D nobreza, jaqueries, diretório, jacobinos.</p><p>E jaqueries, jacobinos, nobreza, diretório.</p><p>Questão 87/100</p><p>O século XVIII é, por diversas razões, um século diferenciado. Razão e experimentação se aliavam no que se acreditava ser o</p><p>verdadeiro caminho para o estabelecimento do conhecimento cientí�co, por tanto tempo almejado. O fato, a análise e a indução</p><p>passavam a ser parceiros fundamentais da razão. É ainda no século XVIII que o homem começa a tomar consciência de sua</p><p>situação na história.</p><p>ODALIA, N. In: PINSKY, J.; PINSKY, C. B. História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.</p><p>No ambiente cultural do Antigo Regime, a discussão �losó�ca mencionada no texto tinha como uma de suas características a</p><p>A aproximação entre inovação e saberes antigos.</p><p>B conciliação entre revelação e metafísica platônica.</p><p>C vinculação entre escolástica e práticas de pesquisa.</p><p>D separação entre teologia e fundamentalismo religioso.</p><p>E contraposição entre clericalismo e liberdade de pensamento.</p><p>Questão 88/100</p><p>"Foi de vital importância o fato de que, a partir do século XII, nobres e burgueses passaram a morar na parte cercada pelas</p><p>muralhas das cidades. Os interesses e prazeres das duas classes tornaram-se assim semelhantes..."</p><p>Jacob Burckhardt,1860</p><p>Sobre esse fenômeno, pode-se a�rmar que:</p><p>A ocorreu em todos os lugares da Europa onde se desenvolveram cidades, pondo �m à dominação social da nobreza.</p><p>B ocorreu em todas as cidades marítimas, de Lisboa a Hamburgo, passando pela Itália do Norte e Flandres.</p><p>C foi interrompido pela nobreza, a partir da crise do século XIV, depois de ter se desenvolvido na Baixa Idade Média.</p><p>D marcou as mais importantes cidades italianas, constituindo-se num dos fatores sociais do Renascimento.</p><p>E marcou as mais importantes cidades europeias, constituindose num dos fatores da criação das Universidades medievais.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>39</p><p>Questão 89/100</p><p>Quando Bernal Díaz avistou pela primeira vez a capital asteca, �cou sem palavras. Anos mais tarde, as palavras viriam: ele</p><p>escreveu um alentado relato de suas experiências como membro da expedição espanhola liderada por Hernán Cortés rumo ao</p><p>Império Asteca. Naquela tarde de novembro de 1519, porém, quando Díaz e seus companheiros de conquista emergiram do</p><p>des�ladeiro e depararam-se pela primeira vez com o Vale do México lá embaixo, viram um cenário que, anos depois, assim</p><p>descreveram: “vislumbramos tamanhas maravilhas que não sabíamos o que dizer, nem se o que se nos apresentava diante dos</p><p>olhos era real”.</p><p>Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado.</p><p>O texto mostra um aspecto importante da conquista da América pelos espanhóis, a saber,</p><p>A a superioridade cultural dos nativos americanos em relação aos europeus.</p><p>B o caráter amistoso do primeiro encontro e da posterior convivência entre conquistadores e conquistados.</p><p>C a surpresa dos conquistadores diante de manifestações culturais dos nativos americanos.</p><p>D o reconhecimento, pelos nativos, da importância dos contatos culturais e comerciais com os europeus.</p><p>E a rápida desaparição das culturas nativas da América Espanhola.</p><p>Questão 90/100</p><p>Leia o texto a seguir:</p><p>“Aqueles que são contratados experienciam uma distinção entre o tempo do empregador e o seu “próprio” tempo. E o</p><p>empregador deve usar o tempo de sua mão-de-obra e cuidar para que não seja desperdiçado: o que predomina não é a tarefa,</p><p>mas o valor do tempo quando reduzido a dinheiro. O tempo agora é moeda: ninguém passa o tempo, e sim o gasta” [...] “Havia</p><p>muitos relógios em Londres na década de 1790: a ênfase estava mudando do “luxo” para a “conveniência”; até os colonos</p><p>podiam ter relógios de madeira. Na verdade (como seria de esperar), ocorria uma difusão geral de relógios portáteis e não</p><p>portáteis no exato momento em que a Revolução Industrial requeria maior sincronização do trabalho.”</p><p>THOMPSON, E. P. Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial. In: Costumes em</p><p>comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 272 e 279.</p><p>O texto acima aborda a transição para a sociedade industrial, as mudanças na percepção interna de tempo e o surgimento de</p><p>uma disciplina de trabalho nos �nais do século XVIII e início do século XIX. Das alternativas abaixo, assinale a opção CORRETA:</p><p>A com o advento da sociedade industrial e da disciplina do trabalho, os trabalhadores passaram a ter o controle de sua vida</p><p>produtiva, cuja dinâmica oscilava entre momentos de trabalho volumoso e de ociosidade intensa.</p><p>B durante o estabelecimento do processo industrial inglês, os padrões de trabalho tinham como característica a</p><p>irregularidade, com tarefas semanais ou quinzenais, fazendo com que o dia de trabalho fosse moldado pelo trabalhador.</p><p>C no contexto da transição para a sociedade industrial, a posse e o uso do relógio de bolso �caram restritos à elite, sendo,</p><p>portanto,</p><p>artigo de luxo, feito de metais preciosos e utilizado para acentuar status.</p><p>D a introdução da disciplina de trabalho gerou melhorias nas condições de vida dos trabalhadores, pois, com ela, passaram a</p><p>usufruir de benefícios como: grati�cações por pontualidade, pagamento de horas extras, férias remuneradas.</p><p>E a divisão do trabalho, a supervisão do trabalho, o uso de relógios, o uso racional do tempo foram alguns dos recursos</p><p>utilizados pelos industriais para formar novos hábitos e nova disciplina de tempo entre os trabalhadores.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>40</p><p>Questão 91/100</p><p>As Revoluções [Inglesas e Francesa], além de outras peculiaridades, são notórias como canteiros de ideologias,</p><p>particularmente ideologias populares de protesto. Em cada uma dessas revoluções esteve presente um elemento popular</p><p>adicional que também lutava por um lugar ao sol.</p><p>George Rude</p><p>Assinale a alternativa que con�rma a citação acima.</p><p>A Nas Revoluções Inglesas do século XVII participaram não só os líderes do parlamento, os presbiterianos, mas também os</p><p>niveladores e os sectários das classes inferiores ou subalternas. Na Revolução Francesa, a burguesia e seus aliados</p><p>aristocratas — liberais tiveram de fazer frente aos camponeses e sans culottes urbanos.</p><p>B Os girondinos eram o grupo radical mais próximo aos ideais populares durante a Revolução Francesa e foram os</p><p>responsáveis pela aprovação da lei do Máximo.</p><p>C Na Revolução Francesa, a nobreza teve que se aliar aos operários de Paris para poder impedir a onda de terror promovida</p><p>pelos partidários de Robespierre e, na Inglaterra, Oliver Cromwell foi obrigado a se aliar aos Yeomen e aos Gentry, para</p><p>poder impedir a formação do protetorado.</p><p>D Durante as Revoluções Inglesas do século XVII, os Gentry se opuseram à nobreza de status e à aristocracia rural, devido a</p><p>sua discordância com relação às leis de cercamento.</p><p>E O diretório, liderado pelas forças revolucionárias de Gracco Babeuf, lançou as bases para a construção de um regime</p><p>socialista na França. Na Inglaterra, a Revolução Puritana foi responsável pela Declaração de Direitos, que estabeleceu</p><p>concessões à classe operária.</p><p>Questão 92/100</p><p>No começo do século XVI, interessado em construir a basílica de São Pedro, em Roma, o Papa Leão X negociou com o banqueiro</p><p>Jacob Fugger a venda das indulgências, que garantiriam o perdão dos pecados àqueles �éis que as comprassem.</p><p>Esse abuso do poder exercido pelo Papa causou profunda revolta em um monge do sacro império romano-germânico chamado:</p><p>A Erasmo de Roterdã.</p><p>B Thomas Morus.</p><p>C Pieter Bruegel.</p><p>D Martinho Lutero.</p><p>E Nicolau Copérnico.</p><p>Questão 93/100</p><p>O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, que pretendeu resolver as disputas por</p><p>colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que</p><p>A os espanhóis �cariam com todas as terras descobertas até a data de assinatura do Tratado, e as terras descobertas depois</p><p>�cariam com os portugueses.</p><p>B os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um meridiano estabelecido a 370 léguas a oeste das ilhas de</p><p>Cabo Verde.</p><p>C a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as terras descobertas pelos portugueses e espanhóis nos</p><p>quinze anos seguintes.</p><p>D Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas, para fazerem frente à ameaça colonialista da Inglaterra, da</p><p>Holanda e da França.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>41</p><p>E portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que habitassem as terras descobertas.</p><p>Questão 94/100</p><p>Sobre as colônias inglesas na América, pode-se dizer que:</p><p>I. Os puritanos vieram para o Novo Mundo por iniciativa e às despesas da Coroa britânica, interessada em patrocinar um projeto</p><p>de ocupação de seus recentes domínios americanos, para que ali se desenvolvesse uma empreitada colonial a exemplo da que</p><p>�zeram desenvolver Portugal e Espanha em suas descobertas mais ao sul;</p><p>II. Os puritanos vieram para a América por sua própria iniciativa e às suas próprias custas, fugindo das autoridades que os</p><p>perseguiam por motivos políticos e religiosos;</p><p>III. As colônias da Virgínia e de Massachusetts foram fundadas por companhias particulares, as quais destinavam seus lucros para</p><p>�nanciar equipamentos e transporte para novas migrações;</p><p>IV. Foi apenas no século XVII que os ingleses conseguiram concluir um projeto colonial para as terras de além-mar, dois séculos</p><p>depois de os reinos ibéricos terem feito o mesmo em seus domínios nas Américas Central e do Sul.</p><p>Quais a�rmações estão corretas?</p><p>A Apenas I.</p><p>B Apenas II.</p><p>C Apenas III e IV.</p><p>D Apenas II, III e IV.</p><p>E I, II, III e IV.</p><p>Questão 95/100</p><p>A Revolução é feita de sombra, mas, acima de tudo, de luz.</p><p>Michel Vovelle. A Revolução Francesa explicada à minha neta, 2007.</p><p>A frase apresenta a revolução francesa, destacando</p><p>A a aliança de setores católicos, associados à luz da revelação divina, com a ação revolucionária, que representava as trevas</p><p>da morte.</p><p>B o contraste entre a obscura violência de alguns de seus momentos e a razão luminosa que guiou muitos de seus propósitos.</p><p>C a vitória do projeto aristocrático, que representava a luz, sobre as lutas burguesas, que representavam as sombras.</p><p>D o contraponto entre o esforço obscuro de impor o terror e a vontade iluminista de restaurar a monarquia parlamentar.</p><p>E a derrota do ideal republicano, que associava a revolução às trevas, e o sucesso da monarquia absoluta, liderada pelo Rei</p><p>Sol.</p><p>Questão 96/100</p><p>O processo histórico denominado revolução inglesa ou revolução gloriosa teve como palco a Inglaterra no período de 1640 a</p><p>1688, lançando as bases da monarquia parlamentar inglesa.</p><p>Sobre a revolução inglesa, assinale a alternativa INCORRETA.</p><p>A Esse foi um momento marcado pelo fortalecimento do Parlamento através da Carta de Direitos que limitava o poder do</p><p>soberano.</p><p>B A religião o�cial do Estado continuou sendo o anglicanismo, contudo, prevaleceu a liberdade de culto.</p><p>C Ambas as revoluções propunham a centralização do poder nas mãos do monarca em detrimento do parlamento.</p><p>D O Parlamento representava os interesses de uma elite relacionada com o comércio a qual conseguiu inúmeras liberdades.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>42</p><p>E O sistema parlamentar inglês é um modelo de representatividade que in�uenciou na organização de constituições em</p><p>diversos países do Ocidente.</p><p>Questão 97/100</p><p>TEXTO I</p><p>Manda o Santo Ofício da Inquisição que ninguém, seja qual for seu estado, idade ou condição, pare com carroça, caleça ou</p><p>montaria nem atrapalhe com mesas ou cadeiras o centro das ruas, que vão da Inquisição a São Domingos, nem atravesse a</p><p>procissão em ponto algum da ida ou da volta, amanhã, 19 do corrente, em que se celebrará auto de fé. E também que nem nesse</p><p>dia nem nos dos açoites ouse alguém atirar nos réus maçãs, pedras, laranjas nem outra coisa qualquer.</p><p>PALMA, R. Anais da Inquisição de Lima. São Paulo: Edusp; Giordano, 1992 (adaptado).</p><p>TEXTO II</p><p>Como acontece em todos os ritos, o sentido do auto da fé é conferido pela sequência dos atos que o compõem. Os lugares, as</p><p>posturas, os gestos, as palavras são �xados previamente em toda a sua complexidade. Por isso, o auto da fé apresenta</p><p>momentos fortes — durante a preparação, a encenação, o ato e a recepção — que convém seguir em seus pormenores.</p><p>BETHENCOURT, F. História das Inquisições: Portugal, Espanha e Itália – séculos XV-XIX. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.</p><p>O rito mencionado nos textos demonstra a capacidade da Igreja em</p><p>A abrandar cerimônias de punição.</p><p>B favorecer anseios de violência.</p><p>C criticar políticas de disciplina.</p><p>D produzir padrões de conduta.</p><p>E ordenar cultos de heresia.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>43</p><p>Questão 98/100</p><p>Observe os mapas 1 e 2 para responder à questão.</p><p>MAPA 1</p><p>(Henricus Martellus, cerca de 1490)</p><p>MAPA 2</p><p>(Martin Waldseemuller, 1507)</p><p>As mudanças ocorridas nos territórios representados entre os mapas 1 e 2 estão relacionadas:</p><p>A à reforma protestante, que permitiu aos cartógrafos ampliar os horizontes da representação devido à menor pressão</p><p>religiosa.</p><p>B à Revolução Industrial, que levou à expansão do capitalismo e à ampliação das fronteiras da economia mundial.</p><p>C ao avanço do Iluminismo na Europa, que defendia a abertura do olhar para outros povos e culturas, desbravando novos</p><p>continentes.</p><p>D à expansão marítimo-comercial, que fez com que os europeus se deparassem com terras até então desconhecidas.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>44</p><p>E à retração manufatureira e industrial na Europa, o que levou os europeus a buscarem alternativas econômicas em outras</p><p>regiões do planeta.</p><p>Questão 99/100</p><p>A charge acima de 1789, criticando a ordem social na França, circulou no país, durante o período da Revolução Francesa. O título</p><p>da charge, que se lê abaixo da imagem, dizia: “Você deve esperar que este jogo acabe em breve” sugeria, justamente, que a</p><p>situação iria mudar, porque</p><p>A a burguesia assumiu a liderança do processo revolucionário, pois via a necessidade da Revolução como meio para derrubar</p><p>as estruturas do Antigo Regime, inapropriadas para o pleno desenvolvimento capitalista.</p><p>B as obras dos �lósofos iluministas denunciavam as injustiças sociais que estavam ocorrendo na França, contando com grande</p><p>alcance popular, além de projeção internacional, o que levou alguns países a apoiarem a causa, fator decisivo para o sucesso</p><p>da Revolução Francesa.</p><p>C o reinado Luís XVI, após a participação em diversas guerras, como no con�ito pela independência dos Estados Unidos,</p><p>encontrava-se diante de uma insolúvel crise �nanceira e não desejava mais arcar com as despesas do Primeiro e Segundo</p><p>Estado.</p><p>D o Primeiro e o Segundo Estados detinham todos os privilégios, uma vez que a sociedade francesa do século XVIII era</p><p>estrati�cada. Eles se uniram contra o Terceiro Estado, exigindo durante a Reunião dos Estados Gerais, em 1789, o voto</p><p>individual.</p><p>E somente o Terceiro Estado, composto pela burguesia, no Antigo Regime, contrapunha-se aos privilégios das classes</p><p>parasitárias. Apenas essa classe pagava impostos abusivos ao clero e à nobreza decadente</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>45</p><p>Questão 100/100</p><p>(...) nenhuma mercadoria produzida ou fabricada na África, Ásia e América será importada na Inglaterra, Irlanda ou País de</p><p>Gales, Ilhas Jersey e Guernesey, e cidade de Berwick sobre o Tweed, outros navios senão nos que pertencem a súditos ingleses,</p><p>irlandeses ou galeses e que são comandados por capitães ingleses e tripulados por uma equipagem com três quartos de</p><p>ingleses (...) nenhuma mercadoria produzida ou fabricada no estrangeiro e que deve ser importada na Inglaterra, Irlanda, País de</p><p>Gales, Ilhas Jersey e Guernesey deverá ser embarcada noutros portos que não sejam aqueles do país de origem (...)</p><p>(English historical documents, Apud Pierre Deyon, O mercantilismo)</p><p>Esses são fragmentos do Ato de Navegação, que traz como decorrência para a Inglaterra:</p><p>A a perda de vastos territórios coloniais para a Holanda e Portugal, pois a marinha inglesa de guerra �cou inferiorizada.</p><p>B o apoio, de forma decisiva, na formação dos Estados Gerais da República das Províncias Unidas, hoje Holanda.</p><p>C o acirramento das rivalidades econômicas com os holandeses e o fortalecimento do comércio exterior inglês.</p><p>D o reforço do absolutismo da dinastia Tudor e a eclosão da Revolução Puritana, liderada pelos levellers.</p><p>E a garantia da presença do capital inglês na exploração do ouro e das pedras preciosas em Minas Gerais.</p><p>MATERIAIS/CURSOS GRÁTIS ACESSE: t.me/CANALdemocratizando</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>46</p><p>Gabarito</p><p>1 A B C D E</p><p>2 A B C D E</p><p>3 A B C D E</p><p>4 A B C D E</p><p>5 A B C D E</p><p>6 A B C D E</p><p>7 A B C D E</p><p>8 A B C D E</p><p>9 A B C D E</p><p>10 A B C D E</p><p>11 A B C D E</p><p>12 A B C D E</p><p>13 A B C D E</p><p>14 A B C D E</p><p>15 A B C D E</p><p>16 A B C D E</p><p>17 A B C D E</p><p>18 A B C D E</p><p>19 A B C D E</p><p>20 A B C D E</p><p>21 A B C D</p><p>22 A B C D</p><p>23 A B C D E</p><p>24 A B C D E</p><p>25 A B C D E</p><p>26 A B C D E</p><p>27 A B C D E</p><p>28 A B C D</p><p>29 A B C D E</p><p>30 A B C D E</p><p>31 A B C D E</p><p>32 A B C D E</p><p>33 A B C D E</p><p>34 A B C D E</p><p>35 A B C D</p><p>36 A B C D E</p><p>37 A B C D E</p><p>38 A B C D E</p><p>39 A B C D E</p><p>40 A B C D E</p><p>41 A B C D E</p><p>42 A B C D E</p><p>43 A B C D E</p><p>44 A B C D</p><p>45 A B C D E</p><p>46 A B C D E</p><p>47 A B C D E</p><p>48 A B C D E</p><p>49 A B C D E</p><p>50 A B C D E</p><p>51 A B C D E</p><p>52 A B C D E</p><p>53 A B C D E</p><p>54 A B C D</p><p>55 A B C D E</p><p>56 A B C D E</p><p>57 A B C D E</p><p>58 A B C D E</p><p>59 A B C D E</p><p>60 A B C D E</p><p>61 A B C D E</p><p>62 A B C D E</p><p>63 A B C D E</p><p>64 A B C D E</p><p>65 A B C D E</p><p>66 A B C D E</p><p>67 A B C D E</p><p>68 A B C D E</p><p>69 A B C D E</p><p>70 A B C D E</p><p>71 A B C D E</p><p>72 A B C D E</p><p>73 A B C D E</p><p>74 A B C D</p><p>75 A B C D E</p><p>76 A B C D E</p><p>77 A B C D E</p><p>78 A B C D E</p><p>79 A B C D E</p><p>80 A B C D E</p><p>81 A B C D E</p><p>82 A B C D E</p><p>83 A B C D E</p><p>84 A B C D E</p><p>85 A B C D E</p><p>86 A B C D E</p><p>87 A B C D E</p><p>88 A B C D E</p><p>89 A B C D E</p><p>90 A B C D E</p><p>91 A B C D E</p><p>92 A B C D E</p><p>93 A B C D E</p><p>94 A B C D E</p><p>95 A B C D E</p><p>96 A B C D E</p><p>97 A B C D E</p><p>98 A B C D E</p><p>99 A B C D E</p><p>100 A B C D E</p><p>1981. Adaptado.)</p><p>O mecanismo principal da colonização foi o comércio entre colônia e metrópole, fato que se manifesta</p><p>A na ampliação do movimento de integração econômica europeia por meio do amplo acesso de outras potências aos mercados</p><p>coloniais.</p><p>B na ausência de preocupações capitalistas por parte dos colonos, que preferiam manter o modelo feudal e a hegemonia dos</p><p>senhores de terras.</p><p>C nas críticas das autoridades metropolitanas à persistência do escravismo, que impedia a ampliação do mercado consumidor</p><p>na colônia.</p><p>D no desinteresse metropolitano de ocupar as novas terras conquistadas, limitando-se à exploração imediatista das riquezas</p><p>encontradas.</p><p>E no condicionamento político, demográ�co e econômico dos espaços coloniais, que deveriam gerar lucros para as economias</p><p>metropolitanas.</p><p>Questão 8/100</p><p>Relativamente ao processo de Independência dos Estados Unidos da América, é correto a�rmar que</p><p>A as revoluções inglesas no Séc. XVII e o envolvimento inglês em guerras na Europa contribuíram para o fortalecimento do</p><p>�scalismo estabelecido pela metrópole.</p><p>B os progressos da Revolução Industrial durante o Séc. XVIII levaram o reino inglês a lançar-se em busca de novos mercados</p><p>consumidores, o que não incluía as Treze Colônias na América.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>4</p><p>C para justi�car um aumento na cobrança de impostos das Treze Colônias, os ingleses argumentaram que a Guerra dos Sete</p><p>Anos (1756-1763), contra a França, desenrolara-se parcialmente em território norte-americano e, desse modo, em defesa</p><p>da América inglesa.</p><p>D o Sugar Act (Lei do Açúcar), em 1764, e o Stamp Act (Lei do Selo), em 1765, não chegaram a prejudicar os interesses dos</p><p>colonos, por deixar de fora as Treze Colônias.</p><p>E o Tea Act (Lei do Chá), em 1773, acabou com o monopólio desse produto pela Companhia das Índias Orientais, sediada em</p><p>Londres, o que foi festejado pelos colonos no episódio conhecido como Boston Tea Party (Festa do Chá de Boston).</p><p>Questão 9/100</p><p>O liberalismo, como doutrina política atuante no cenário europeu, desde o �nal do século XVIII, apesar de servir principalmente</p><p>aos interesses da classe burguesa, contagiou as parcelas populares da sociedade oprimidas pelos nobres e pelos reis</p><p>absolutistas. A sociedade liberal burguesa, mesmo sendo essencialmente elitista, era mais livre do que a do Antigo Regime, por:</p><p>A acreditar nos princípios democráticos, criando oportunidades para que todos pudessem enriquecer.</p><p>B permitir maior liberdade de expressão e pensamento, e restringir a esfera de atuação do poder estatal.</p><p>C aumentar, ao máximo, o poder do Estado, para que este defendesse as liberdades individuais de cada cidadão.</p><p>D garantir a igualdade de todos perante a lei e o direito à participação política para todos os indivíduos.</p><p>E praticar o liberalismo econômico, acreditando na livre iniciativa e na regulamentação do comércio pelo Estado.</p><p>Questão 10/100</p><p>Durante a Idade Moderna, ocorreu o fortalecimento gradual dos governos das monarquias nacionais em grande parte da Europa.</p><p>Desse processo resultou o absolutismo monárquico. Dentre os argumentos usados para se justi�car tal condição, havia um que</p><p>de�nia o poder absoluto como condição necessária para a manutenção da paz e do progresso. Assinale a alternativa abaixo que</p><p>apresenta o responsável por tal pensamento.</p><p>A Thomas Hobbes</p><p>B Immanuel Kant</p><p>C John Locke</p><p>D Jean Le Rond D’ Alembert</p><p>E Jacques Bossuet</p><p>Questão 11/100</p><p>“O Terror, que se tornou o�cial durante certo tempo, é o instrumento usado para reprimir a contrarrevolução(...). É a parte</p><p>sombria e mesmo terrível desse período da Revolução [Francesa], mas é preciso levar em conta o outro lado dessa política.”</p><p>Michel Vovelle. A revolução francesa explicada à minha neta.</p><p>São Paulo: Unesp, 2007, p. 74-75</p><p>São exemplos dos “dois lados” da política revolucionária desenvolvida na França, durante o período do Terror,</p><p>A o julgamento e a execução de cidadãos suspeitos e o tabelamento do preço do pão.</p><p>B a prisão do rei e da rainha e a conquista e colonização de territórios no Norte da África.</p><p>C a vitória na guerra contra a Áustria e a Prússia e o �m do controle sobre os salários dos operários.</p><p>D a ascensão política dos principais comandantes militares e a implantação da monarquia constitucional.</p><p>E o início da perseguição e da repressão contra religiosos e a convocação dos Estados Gerais.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>5</p><p>Questão 12/100</p><p>Inserido em um empreendimento mercantil, �nanciado com o objetivo de exploração econômica para o fortalecimento do</p><p>absolutismo espanhol, o navegante genovês [Cristóvão Colombo] encontra uma realidade na América que não permite a</p><p>identi�cação das imaginadas riquezas orientais, dando origem a uma dupla narrativa: a do esperado e a do experimentado, em</p><p>que o discurso é pressionado pela necessidade de obter informações e um projeto colonizador.</p><p>(Wilton Carlos Lima da Silva. As terras inventadas, 2003. Adaptado.)</p><p>Segundo o texto, o relato de Colombo</p><p>A revela a convicção do navegador de que as novas terras oferecem riquezas imediatas e poder planetário aos reis da</p><p>Espanha.</p><p>B expõe o esforço do navegador de conciliar o reconhecimento da especi�cidade americana com as expectativas europeias</p><p>ante a viagem.</p><p>C con�rma o caráter casual da descoberta da América e o desconsolo do navegador diante das pressões comerciais da</p><p>metrópole.</p><p>D demonstra a superioridade religiosa e tecnológica dos navegadores europeus em relação aos nativos americanos.</p><p>E mostra a decepção do navegador com o que encontrou na América, pois não havia riquezas que justi�cassem a longa</p><p>viagem.</p><p>Questão 13/100</p><p>"(...) Dante e Maquiavel conheceram o exílio, Campanella e Galileu foram submetidos a prisão e tortura, Thomas Morus foi</p><p>decapitado por ordem de Henrique VIII, Giordano Bruno e Étienne Dolet foram condenados à fogueira pela Inquisição, Miguel de</p><p>Servet foi igualmente queimado vivo pelos calvinistas de Genebra, para só mencionarmos o destino trágico de alguns dos mais</p><p>famosos representantes do humanismo. Mesmo as constantes viagens e mudanças de Erasmo de Rotterdam e de Paracelso, por</p><p>exemplo, eram em grande parte motivadas pelas perseguições que lhes moviam seus inimigos poderosos."</p><p>O Renascimento, de Nicolau Sevcenko.</p><p>A razão para as perseguições aos sábios humanistas, mencionadas no trecho acima, pode ser encontrada, em suas linhas gerais,</p><p>A no con�ito aberto com a Igreja católica, provocado pelo ateísmo dos pensadores humanistas, que identi�cavam, na sujeição</p><p>do homem a Deus, um obstáculo ao seu desenvolvimento pleno.</p><p>B no choque entre, de um lado, o conservantismo de homens e de instituições ligados à cultura e aos valores tradicionais e do</p><p>outro, o alento renovador daqueles que, inspirados em modelos da Antiguidade, buscavam novas formas de interpretar o</p><p>homem e o mundo.</p><p>C no temor que tomou conta da nobreza e do clero ante o perigo de perder suas terras e riquezas, vistas pelos humanistas</p><p>como a causa da miséria geral, e, por isso, alvo das pregações revolucionárias.</p><p>D no perigo que representavam para os reis absolutistas as obras políticas dos humanistas, como Dante e Maquiavel, que</p><p>defendiam um modelo de Estado democrático, não monárquico e laico.</p><p>E no confronto entre os dogmas cristãos (católicos e reformados) e o paganismo antigo, sendo este considerado pelos</p><p>humanistas como uma religião superior, e que deveria, por consequência, substituir o cristianismo.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>6</p><p>Questão 14/100</p><p>Observe a imagem do mapa de Waldseemuller e leia o texto a seguir.</p><p>(Martin Waldseemuler, 1507.)</p><p>“Este mapa é de fundamental signi�cação na história da cartogra�a. Sintetizou a revolução dos vinte anos precedentes na</p><p>geogra�a e ampliou a imagem contemporânea do mundo, proporcionando uma visão essencialmente nova do mesmo. [....] Seu</p><p>histórico é conhecido indubitavelmente a partir do tratado geográ�co Cosmographiae Introductio que acompanhou sua</p><p>publicação em 1507. [...] Este mapa tem uma importância histórica</p><p>única. Nele o Novo Mundo recebe o nome de América pela</p><p>primeira vez. Colombo aparentemente nunca abandonou sua convicção de que as ilhas das Índias Ocidentais que descobriu eram</p><p>próximas à costa leste da Ásia. Vespúcio, entretanto, descobriu a verdade, ou seja, que era um novo mundo. Waldseemuller</p><p>aceitou esta visão e propôs - para honrar Vespúcio - conceder seu nome à nova terra. ”</p><p>(WHITIFIELD, Peter. The image of the world: 20 centuries of World Maps. San Francisco: Pomegranate Artbooks & British Library, 1994, p. 48-49.)</p><p>Com base no mapa, no texto e nos conhecimentos sobre a epopeia dos descobrimentos na Época Moderna, é correto a�rmar:</p><p>A o mapa de Waldseemuller foi elaborado para reforçar a concepção bastante difundida durante a Idade Média de que a Terra</p><p>era plana, contribuindo assim para a�rmar a tese da impossibilidade de atingir o Oriente navegando para o Ocidente.</p><p>B o uso da expressão “descoberta da América”, para designar o ocorrido em 1492, revela uma construção a posteriori da</p><p>historiogra�a, que assim estabelece uma representação simbólica da presença europeia no continente pela primeira vez na</p><p>Era Moderna.</p><p>C a�rmar que Vespúcio foi o responsável pela “descoberta do Novo Mundo” signi�ca evidenciar um traço da mentalidade</p><p>greco-romana da Antiguidade, que prescrevia a experimentação cientí�ca como método para obter o conhecimento da</p><p>verdade das coisas.</p><p>D a veri�cação empírica da verdade dos “descobrimentos” possibilitou, ao longo do século XVI, uma nova epistemologia para</p><p>as ciências humanas, que passou a fundar-se no testemunho direto dos acontecimentos como critério para o estabelecimento</p><p>dos fatos.</p><p>E pelo relato sobre os “descobrimentos”, explicitado no texto, �ca evidente que havia, no período da publicação do mapa de</p><p>Waldseemuller, uma nítida separação entre a perspectiva de análise geográ�co-cartográ�ca e a abordagem histórica dos</p><p>eventos da expansão marítima.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>7</p><p>Questão 15/100</p><p>Correlacione os eventos e produções artísticas a seguir, do Renascimento Cultural, com os pensadores e criadores que são seus</p><p>protagonistas e autores:</p><p>Coluna A</p><p>1 - A Mona Lisa e projetos de engenhos voadores.</p><p>2 - As pinturas Amor Sacro e Amor Profano.</p><p>3 - O projeto da cúpula da basílica de São Pedro, em Roma.</p><p>4 - A ideia de que a Terra não é o centro do universo e a morte no fogo por heresia.</p><p>5 - A criação do método indutivo de investigação cientí�ca.</p><p>Coluna B</p><p>I - Ticiano</p><p>II - Francis Bacon</p><p>III - Leonardo da Vinci</p><p>IV - Michelangelo</p><p>V - Giordano Bruno</p><p>A série de relações correta é:</p><p>A 1 - IV; 2 - I; 3 - II; 4 - V; 5 - III;</p><p>B 1 - III; 2 - II; 3 - IV; 4 - I; 5 - V.</p><p>C 1 - IV; 2 - I; 3 - III; 4 - II; 5 - V;</p><p>D 1 - V; 2 - II; 3 - III; 4 - IV; 5 - I;</p><p>E 1 - III; 2 - I; 3 - IV; 4 - V; 5 - II;</p><p>Questão 16/100</p><p>Texto I</p><p>A centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina engrandeceram o Estado, embora bene�cias sem a</p><p>burguesia incipiente.</p><p>ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: Gradiva, 1989 (adaptado).</p><p>Texto II</p><p>As interferências da legislação e das práticas exclusivistas restringem a operação bené�ca da lei natural na esfera das relações</p><p>econômicas.</p><p>SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado).</p><p>Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre as relações entre Estado e economia foram formuladas. Tais concepções,</p><p>associadas a cada um dos textos, confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as práticas de</p><p>A valorização do pacto colonial — combate à livre-iniciativa.</p><p>B defesa dos monopólios régios — apoio à livre concorrência.</p><p>C formação do sistema metropolitano — crítica à livre navegação.</p><p>D abandono da acumulação metalista — estímulo ao livre-comércio.</p><p>E eliminação das tarifas alfandegárias — incentivo ao livre-cambismo.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>8</p><p>Questão 17/100</p><p>Ronald Findlay e Kevin O’Rourke. Power and Plenty: Trade,War, and the World Economy in the Second Millennium. Princeton: Princeton University Press, 2007.</p><p>Adaptado.</p><p>Com base na tabela, é correto a�rmar:</p><p>A a industrialização acelerada da Alemanha e dos Estados Unidos ocorreu durante a primeira revolução industrial, mantendo-</p><p>se relativamente inalterada durante a segunda revolução industrial.</p><p>B os países do Sul e do Leste da Europa apresentaram níveis de industrialização equivalentes aos dos países do Norte da</p><p>Europa e dos Estados Unidos durante a segunda revolução industrial.</p><p>C a primeira revolução industrial teve por epicentro o Reino Unido, acompanhado em menor grau pela Bélgica, ambos</p><p>mantendo níveis elevados durante a segunda revolução industrial.</p><p>D os níveis de industrialização veri�cados na Ásia em meados do século XVIII acompanharam o movimento geral de</p><p>industrialização do Atlântico Norte ocorrido na segunda metade do século XIX.</p><p>E o Japão se destacou como o país asiático de mais rápida industrialização no curso da primeira revolução industrial, perdendo</p><p>força, no entanto, durante a segunda revolução industrial.</p><p>Questão 18/100</p><p>Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do</p><p>homem; a segunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a primeira não seja su�ciente, é preciso recorrer à segunda. Ao</p><p>príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Nas ações de todos os homens,</p><p>máxime dos príncipes, onde não há tribunal para que recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe,</p><p>vencer e conservar o Estado.</p><p>Nicolau Maquiavel. O príncipe, 1983.</p><p>O texto, escrito por volta de 1513, em pleno período do renascimento italiano, orienta o governante a</p><p>A defender a fé e honrar os valores morais e sagrados.</p><p>B valorizar e priorizar as ações armadas em detrimento do respeito às leis.</p><p>C basear suas decisões na razão e nos princípios éticos.</p><p>D comportar-se e tomar suas decisões conforme a circunstância política.</p><p>E agir de forma a sempre proteger e bene�ciar os governados.</p><p>Questão 19/100</p><p>Robespierre assumiu um Estado à beira do colapso, em guerra contra uma coligação estrangeira, com revoltas populares e em</p><p>plena crise �nanceira e social.</p><p>É correto a�rmar que, nesta fase da Revolução Francesa,</p><p>A a antiga Assembleia Nacional Constituinte foi substituída imediatamente pelo Diretório, que tinha Robespierre como seu</p><p>dirigente.</p><p>B os girondinos, representantes da pequena burguesia e do proletariado, revoltaram-se e controlaram a Convenção Nacional,</p><p>impondo medidas antipopulares.</p><p>C foram consolidadas as conquistas da burguesia e encerrada a turbulência do ciclo revolucionário francês.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>9</p><p>D foi instituído o governo do Consulado, com o apoio de in�uentes políticos da Gironda, dispostos a restabelecer a ordem e a</p><p>estabilidade das instituições.</p><p>E os jacobinos criaram o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário, encarregado de punir os inimigos da</p><p>Revolução.</p><p>Questão 20/100</p><p>A reforma protestante, iniciada em 1517 por Martin Lutero, rompeu a unidade cristã que existia na Europa, fazendo com que a</p><p>igreja católica reagisse, promovendo também uma reforma religiosa, que �cou conhecida como a contrarreforma.</p><p>Assinale a alternativa que não corresponde àquele momento histórico.</p><p>A O combate ao lucro e à usura, bases da vida comercial e �nanceira que se dinamizava ao �nal da Idade Média, mostrava o</p><p>descompasso da igreja católica em relação às transformações ocorridas na sociedade.</p><p>B As ideias de Martin Lutero centravam-se na salvação pela fé e na leitura direta e interpretação pessoal do evangelho, além</p><p>de contestarem a supremacia da igreja sobre o Estado.</p><p>C Exaltando o trabalho e a poupança como condutores da vida humana, ao mesmo tempo em que proibia o lazer e a diversão,</p><p>o calvinismo consagrava valores morais e políticos defendidos pela burguesia mercantil.</p><p>D Houve a criação de instituições religiosas cristãs que apresentavam novos preceitos relacionados à base</p><p>doutrinária da</p><p>igreja católica. O luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo foram religiões protestantes surgidas no século XVI.</p><p>E As novas atividades praticadas pelos comerciantes burgueses no ambiente das cidades como, por exemplo, a prática da</p><p>usura, eram consideradas visões negativas pelo clero católico.</p><p>Questão 21/100</p><p>Nos séculos XVII e XVIII, a partir da Europa Ocidental, um novo estilo de arte se impôs: o Barroco. Rompendo o sóbrio equilíbrio</p><p>que caracterizava a arte renascentista, busca comover, deslumbrar e dotar as obras de um caráter de espetáculo. O Barroco</p><p>tinha uma ligação profunda com o ideário associado</p><p>A à Reforma.</p><p>B à Contrarreforma.</p><p>C ao Humanismo.</p><p>D ao Racionalismo.</p><p>Questão 22/100</p><p>Os pensadores iluministas do século XVIII difundiram ideias liberais que ganharam força com a Revolução Francesa e a</p><p>Independência dos Estados Unidos, e �rmaram-se com as Revoluções de 1848. No século XIX, o liberalismo defendia os</p><p>interesses da</p><p>A classe operária.</p><p>B imprensa.</p><p>C elite industrial.</p><p>D burguesia.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>10</p><p>Questão 23/100</p><p>Maquiavel elogia a República romana como tendo sido a mais perfeita forma de governo e um verdadeiro Estado unido pelo</p><p>espírito público de seus cidadãos; no entanto, numa época como a sua, seria necessário um líder que utilizasse a força como</p><p>princípio, tese que desenvolve em O Príncipe.</p><p>(Teresa Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995.)</p><p>O autor �orentino Nicolau Maquiavel escreveu a sua obra mais famosa, O Príncipe, entre 1513 e 1532.</p><p>Nela, o pensador</p><p>A repudia a noção de república, a democracia como único modelo de político justo e respeitador das liberdades individuais.</p><p>B defende que o poder papal deve se sobrepor a todos os demais e que os reis são, na verdade, enviados de Deus na Terra.</p><p>C oferece aos governantes uma espécie de manual governativo, onde sugere que os �ns justi�cam os meios por eles</p><p>empregados.</p><p>D faz a apologia do princípio da experiência do indivíduo, identi�cando nos sábios anciãos a origem do Poder.</p><p>E sugere a extinção de toda e qualquer forma de Estado, fundamentando, assim, os ideias do que no século XIX veio a ser</p><p>chamado de anarquismo.</p><p>Questão 24/100</p><p>A Revolução Industrial pode ser de�nida como uma transformação sem precedentes no modo de produzir mercadorias, de viver</p><p>e de pensar, que impressionou muito os homens e as mulheres que a vivenciaram. O país pioneiro na industrialização foi</p><p>A EUA.</p><p>B Alemanha.</p><p>C França.</p><p>D Inglaterra.</p><p>E Japão.</p><p>Questão 25/100</p><p>Gerald Winstanley, líder dos escavadores da Revolução Puritana na Inglaterra (1640-1660), de�niu a sua época como aquela</p><p>em que "o velho mundo está rodopiando como pergaminho no fogo". Embora os escavadores tenham sido vencidos, a Revolução</p><p>Inglesa do século XVII trouxe mudanças signi�cativas, dentre as quais destacam-se a</p><p>A instituição do sufrágio universal e a ampliação dos direitos das Assembleias populares.</p><p>B separação entre Estado e religião e a anexação das propriedades da Igreja Anglicana.</p><p>C liberação das colônias da Inglaterra e a proibição da exploração da mão-de-obra escrava.</p><p>D abolição dos domínios feudais e a a�rmação da soberania do Parlamento.</p><p>E ampliação das relações internacionais e a concessão de liberdade à Irlanda.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>11</p><p>Questão 26/100</p><p>Regimes que se dizem cristãos e que derivam sua autoridade de um determinado corpo de textos já variaram do reino feudal de</p><p>Jerusalém aos shakers, do império dos tsares russos à República Holandesa, da Genebra de Calvino à Inglaterra georgiana. Em</p><p>épocas distintas, a teologia cristã absorveu Aristóteles e Marx. Todos a�rmavam provir dos ensinamentos de Cristo – embora em</p><p>geral desagradando a outros cristãos igualmente convencidos de sua cristandade.</p><p>HOBSBAWM, Eric. Como mudar o mundo. Marx e o marxismo (1840-2011). São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 312.</p><p>No texto de Eric Hobsbawm, há informações que nos fazem em lembrar a reforma protestante, a qual pôs um �m no monopólio</p><p>espiritual da Igreja Católica, oferecendo novas opções religiosas. Um dos efeitos do movimento, sobretudo a partir de Calvino,</p><p>foi:</p><p>A a destruição da maioria das bibliotecas, restando algumas pertencentes à Igreja Católica que serviam de base para os</p><p>movimentos heréticos.</p><p>B o estímulo ao desenvolvimento capitalista, na medida em que criou uma ética favorável ao lucro, ao trabalho árduo e ao</p><p>enriquecimento pessoal.</p><p>C o �m das promoções eclesiásticas baseadas no critério da riqueza pessoal ou familiar dos sacerdotes, adquirida com a venda</p><p>das indulgências.</p><p>D a rea�rmação da tese que defendia a salvação da alma pela fé e pelas boas obras, contrariando o dogma que determinava a</p><p>salvação pela fé.</p><p>E o incentivo ao surgimento de movimentos heréticos contra a prática religiosa desenvolvida por seitas rurais que deram</p><p>origem às Reformas.</p><p>Questão 27/100</p><p>A Inglaterra, e não a Europa continental, foi o cenário inicial e o grande centro difusor desse amplo processo de transformação</p><p>que se convencionou chamar de Revolução Industrial. Isto ocorreu por uma série de fatores, dentre os quais pode-se citar:</p><p>A a produtividade das terras britânicas que permitiu à agricultura, mesmo com trabalho braçal, desenvolver-se e tornar-se</p><p>autossu�ciente; a estabilidade política da Grã- Bretanha, desde 1707.</p><p>B a grande riqueza do subsolo britânico, com minerais de alta qualidade e estrategicamente situados: carvão, ferro, estanho,</p><p>cobre, ouro, hulha e sal; a metalurgia, já que a fundição do ferro se apresentou como pré-condição para a Revolução</p><p>Industrial, como atividade paralela à tecelagem e à extração do carvão.</p><p>C uma vasta rede �uvial navegável e bons portos naturais, que favoreceram os transportes e o escoamento da produção de</p><p>várias regiões; a ação do governo que, com o poder da monarquia absoluta, conseguiu estabilizar a economia inglesa.</p><p>D a localização do território britânico, que permitiu o isolamento da Inglaterra das guerras continentais; os cercamentos dos</p><p>campos comunais (“enclosures”), que forneceram mão-de-obra abundante e barata para as tarefas industriais.</p><p>E o desenvolvimento do setor têxtil que se acelerou com o surgimento da indústria da lã que suplantou em importância a</p><p>manufatura do algodão; a utilização do aço nos maquinários usados no processo.</p><p>Questão 28/100</p><p>“A apaixonada crença no progresso que professava o típico pensador iluminista re�etia os aumentos visíveis no conhecimento e</p><p>na técnica, na riqueza, no bem-estar e na civilização que podia ver em toda a sua volta e que, com certa justiça, atribuía ao</p><p>avanço de suas ideias. No começo do século, as bruxas ainda eram queimadas; no �nal, os governos do Iluminismo, como o</p><p>austríaco, já tinham abolido não só a tortura judicial, mas também a servidão”</p><p>HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. p. 38.</p><p>Considerando-se o movimento iluminista, são características desse movimento, EXCETO,</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>12</p><p>A críticas ao mercantilismo e às instituições centralizadoras do absolutismo.</p><p>B críticas ao monopólio comercial, pois esse inviabilizaria o mercado autorregulado.</p><p>C críticas ao questionamento, à investigação e à experiência como forma de conhecimento da natureza.</p><p>D crença nos direitos naturais (à vida, à liberdade e à propriedade privada).</p><p>Questão 29/100</p><p>“Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos</p><p>seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os</p><p>portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição.”</p><p>Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527.</p><p>O texto remete diretamente</p><p>A à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.</p><p>B aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.</p><p>C ao duplo</p><p>papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.</p><p>D às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.</p><p>E à aliança das duas coroas ibéricas na exploração marítima.</p><p>Questão 30/100</p><p>O Parlamento Inglês, ao promulgar o chamado Ato de Supremacia (Act of Supremacy), em 1534, subordinou as leis da Igreja à</p><p>soberania jurídica das leis civis, concedendo ao Rei Henrique VIII o poder de “único chefe supremo da Igreja”.</p><p>O resultado do Ato de Supremacia foi/foram:</p><p>A a difusão do protestantismo calvinista, principalmente pela Escócia.</p><p>B o início do expansionismo inglês, constituindo as bases do seu império colonial.</p><p>C a centralização de poder, que esteve na base da reforma anglicana.</p><p>D a implantação do catolicismo, que gerou repressão tanto dos reformistas quanto do parlamento inglês.</p><p>E os con�itos entre o rei e o parlamento, pois o primeiro buscava restaurar antigos direitos feudais retirados da magna carta</p><p>de 1215.</p><p>Questão 31/100</p><p>As práticas econômicas mercantilistas são frequentemente relacionadas aos Estados modernos e representam:</p><p>A uma concentração de capitais, alcançada principalmente por meio da exploração colonial e de mecanismos de proteção</p><p>comercial.</p><p>B uma difusão do comércio em escala mundial, obtida com a globalização da economia e a multipolaridade geoestratégica.</p><p>C uma redução profunda no grau de intervenção do Estado na economia, que passou a ser gerida pelos movimentos do</p><p>mercado.</p><p>D o resultado da concentração do poder político nas mãos de governantes que defendiam, sobretudo, os valores e interesses</p><p>da burguesia industrial.</p><p>E o combate sistemático às formas compulsórias de trabalho, que impediam o crescimento dos mercados consumidores</p><p>internos nos países europeus.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>13</p><p>Questão 32/100</p><p>Leia os textos e responda:</p><p>Do lado do rei estavam os católicos da Inglaterra e da Irlanda, os anglicanos do norte e do oeste e os lordes, alta nobreza</p><p>possuidora da terra feudal. Militarmente, as tropas reais eram constituídas pelos cavaleiros. Pelo Parlamento lutavam os</p><p>puritanos, pequenos proprietários rurais e comerciantes, e os artesãos das cidades; Londres apoiava o Parlamento e lhe fornecia</p><p>muitos recursos. Os componentes do exército do Parlamento eram chamados de Cabeças Redondas.</p><p>(Christopher Hill. O Eleito de Deus)</p><p>Entre 1648-1652, a França viveu lutas. Para reprimir a rebelião burguesa que tendia a se alastrar de Paris para outras cidades,</p><p>Mazarino contou com a ajuda de elementos da nobreza, como o príncipe de Condé. Na repressão aos revoltosos, Condé adquiriu</p><p>poderes e passou a rivalizar com a autoridade de Mazarino. Quando o cardeal tentou reagir, destituindo Condé do comando do</p><p>exército, desencadeou- se a rebelião da nobreza contra o poder central.</p><p>(Raymundo de Campos. História Geral)</p><p>Os textos apresentados devem ser relacionados respectivamente com:</p><p>A Revolução Gloriosa – Revolução Francesa;</p><p>B Revolução Puritana – As Guerras da Fronda;</p><p>C Revolução Puritana – Revolução Francesa;</p><p>D Rebelião de Wat Tyler – As Guerras da Fronda;</p><p>E Revolução Gloriosa – Jacquerries.</p><p>Questão 33/100</p><p>A partir do século XVI, a Europa assistiu ao surgimento de novas religiões cristãs, que rompiam com dogmas e procedimentos da</p><p>igreja católica, como o protestantismo luterano, o calvinista e o anglicano. Em que pesem as diferenças entre elas, essas novas</p><p>formas do cristianismo têm também elementos que as aproximam uma das outras.</p><p>Um desses elementos é</p><p>A o apoio às revoltas camponesas.</p><p>B a ausência de hierarquia eclesiástica.</p><p>C a tolerância em relação às demais religiões cristãs.</p><p>D a a�rmação da primazia da igreja sobre o Estado.</p><p>E a celebração dos cultos nas línguas faladas pelos �éis.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>14</p><p>Questão 34/100</p><p>“Infelicidade! Nossos cidadãos encarcerados nesses locais,</p><p>Servem para cimentar esse alojamento odioso;</p><p>Com as próprias mãos eles erguem, nos ferros aviltados,</p><p>Essa morada do orgulho e da tirania.</p><p>Mas, creia-me, no momento em que eles virem seus vingadores</p><p>Eles mesmos destruirão essa assustadora obra,</p><p>Instrumento de sua vergonha e de sua escravidão”</p><p>Com esses dizeres, um “americano” do Peru conclama seu povo à libertação da escravidão na peça dramática Alzira, [...], escrita</p><p>por Voltaire em 1736. O texto é piedoso com a sorte dos escravos do Novo Mundo, demonstra simpatia por sua revolta e saúda</p><p>a possibilidade de uma reconciliação �nal baseada na liberdade coletiva.</p><p>Em 1766, o francês Joseph Mosneron assistiu à representação dessa obra a bordo do navio [francês][...]. Comoveu-se com os</p><p>versos que ouviu, apesar de a princesa Alzira, a heroína que dá nome ao romance, ser representada por um vigoroso marinheiro</p><p>com ares de Hércules. Enquanto o pontilhão servia de palco [improvisado] para os atores, nos porões embaixo dele</p><p>aglomeravam-se centenas de seres humanos capturados na África. Eles estavam sendo transportados, justamente, para o</p><p>Caribe.</p><p>Como explicar essa esquizofrenia? Como é possível que Mosneron tenha se abalado com a peça e não com os personagens reais</p><p>que a inspiraram? Suponho que o próprio texto de Alzira contribui para isso, ao evocar a escravidão apenas dos “americanos”, e</p><p>omitir qualquer menção ao trá�co transatlântico de africanos, em pleno apogeu quando Voltaire escreveu a peça. [...].</p><p>O século das Luzes, que assistiu a insurreição da �loso�a contra o monarquismo, o absolutismo e a Igreja, foi também o ápice da</p><p>expansão desse comércio absurdo. A França enviou, no total, 1,1 milhão de escravos para as colônias [...] antes da proibição</p><p>de�nitiva do trá�co, em 1831. A abolição seria instituída em territórios franceses apenas em 1848.</p><p>Na verdade, esse tipo de negócio já era quase clandestino desde 3 de julho de 1315, quando um edito de Luís X baniu a</p><p>possibilidade de escravidão em todo o reino. Porém, no século XV, a demanda por mão de obra aumentou nas colônias e fez-se</p><p>necessário tomar certas atitudes. A solução inicial foi explorar as populações locais, exterminadas com rapidez. Recorreu-se,</p><p>então, aos “alistados” brancos, homens geralmente forçados ao exílio que assinavam contratos válidos por três anos e eram</p><p>tratados nas mesmas condições que os negros.</p><p>Um pan�eto anônimo, ‘Sobre a necessidade de se adotar a escravidão na França’, expressa a visão da época: era preciso ‘colocar</p><p>pobres e indigentes para trabalhar’. Menosprezos racial e de classe não são incompatíveis [com a Franca iluminista]? [...]</p><p>GRESH, Alain. Escravidão à francesa. Le Monde Diplomatique. 1 abril 2008. Disponível em: http://diplomatique.org.br/escravidao-a-francesa/ Acesso em: 10 ago.</p><p>2017. [Adaptado]</p><p>A partir das considerações indicadas na matéria, as quais apontam a in�uência histórica dos pensadores iluministas e da</p><p>participação francesa nos debates sobre liberdade e cidadania, é CORRETO a�rmar.</p><p>A A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789, aboliu as desigualdades vivenciadas na França até aquele</p><p>momento e, também, inspirou outros povos a buscarem essa noção de liberdade e cidadania em seus países.</p><p>B Ao �nal do processo de contestação monárquico francês, a burguesia saiu fortalecida e houve o �m dos privilégios da</p><p>nobreza, sendo redistribuída suas terras aos camponeses e população desabrigada.</p><p>C Os princípios iluministas, envolvendo a valorização do conhecimento cientí�co e de contestação à escravidão, foram</p><p>amplamente difundidos por combaterem ações escravistas desenvolvidas em outros países, além de impedir tomadas de</p><p>decisões francesas que fossem favoráveis à exploração escrava.</p><p>D O princípio “liberdade, igualdade e fraternidade”, utilizado como slogan de mudança histórica, determinou o debate e a ação</p><p>comum na França (incluindo políticas reparatórias) para que todos os cidadãos usufruíssem desses ideais a curto e longo</p><p>prazo.</p><p>E Os con�itos recentes na França (evidenciados em enfrentamentos nas ruas, canções, redes sociais e etc.) sugerem que a</p><p>desigualdade social, aliada aos problemas étnicos, ainda não foram superados e suscitam</p><p>discussões sobre noções de</p><p>liberdade e cidadania no País.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>15</p><p>Questão 35/100</p><p>No ano de 2017, lembram-se os 500 anos da reforma protestante. A publicação das 95 teses de Martinho Lutero iniciou um</p><p>confronto entre Roma e o monge agostiniano.</p><p>Considere a reforma protestante e seus desdobramentos, ocorrida na Europa, e analise as a�rmações a seguir.</p><p>I. A ética calvinista glori�cava o trabalho e o lucro e classi�cava a riqueza como uma graça divina.</p><p>II. Para reforçar o catolicismo na Inglaterra e, com o apoio do Papa Clemente, Henrique VII fundou a Ordem Anglicana.</p><p>III. Em sua doutrina, Lutero manteve o celibato e a liturgia em latim.</p><p>IV. Excomungado pela Igreja Católica, Lutero recebeu a proteção da nobreza alemã.</p><p>Todas as a�rmações corretas estão em:</p><p>A I – II – III.</p><p>B II – III – IV.</p><p>C I – IV.</p><p>D II – III.</p><p>Questão 36/100</p><p>Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento. Que é ilegal toda cobrança</p><p>de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos</p><p>designados por ele próprio. Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim como</p><p>para corrigir, a�rmar e conservar as leis.</p><p>Declaração dos Direitos. Disponível em http://disciplinas.stoa.usp.br. Acesso em: 20 dez. 2011 (adaptado).</p><p>No documento de 1689, identi�ca-se uma particularidade da Inglaterra diante dos demais Estados europeus na Época Moderna.</p><p>A peculiaridade inglesa e o regime político que predominavam na Europa continental estão indicados, respectivamente, em:</p><p>A redução da in�uência do papa — Teocracia.</p><p>B limitação do poder do soberano — Absolutismo.</p><p>C ampliação da dominação da nobreza — República.</p><p>D expansão da força do presidente — Parlamentarismo.</p><p>E restrição da competência do congresso — Presidencialismo.</p><p>Questão 37/100</p><p>A participação portuguesa no comércio europeu ganhou impulso no início do século XV, no contexto das grandes navegações que</p><p>se iniciaram nesse período. A primeira ação imperialista dos portugueses, a partir da qual os súditos do rei Dom João I sentiram-</p><p>se seguros para iniciar seu avanço por “mares nunca dantes navegados” foi</p><p>A o descobrimento do Brasil.</p><p>B a ultrapassagem do Cabo da Boa Esperança.</p><p>C a chegada a Calcutá, nas Índias.</p><p>D a descoberta da América.</p><p>E a tomada de Ceuta.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>16</p><p>Questão 38/100</p><p>No processo de formação dos Estados Nacionais da França e da Inglaterra podem ser identi�cados os seguintes aspectos:</p><p>A fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Moderno</p><p>B ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja</p><p>C desagregação do feudalismo e centralização política</p><p>D diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial</p><p>E enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja</p><p>Questão 39/100</p><p>O sistema monárquico absolutista, que atingiu seu apogeu sob o reinado de Luís XIV, apresenta-se como o modelo de gestão</p><p>política característico do período histórico moderno. Sobre esse sistema, considere as a�rmativas abaixo.</p><p>I - Foi responsável pelo desenvolvimento do conceito de cidadania, ao a�rmar as liberdades individuais em contraposição ao</p><p>sistema político medieval.</p><p>II - Apresentava, entre seus princípios teóricos, a noção de que a soberania do Rei emana de Deus.</p><p>III - Foi criticado pelos iluministas, notadamente pelo �lósofo Montesquieu, defensor da tripartição do poder político.</p><p>IV - Não foi bem-sucedido como forma de governo, pois desprezava a racionalização burocrática da máquina estatal.</p><p>Assinale a opção que contém as a�rmativas corretas:</p><p>A I e II.</p><p>B II, apenas.</p><p>C IV, apenas.</p><p>D III e IV.</p><p>E II e III.</p><p>Questão 40/100</p><p>O iluminismo (ou ilustração) foi uma corrente de ideias que teve origem no século XVII e se desenvolveu sobretudo no século</p><p>XVIII. O referido movimento é considerado importante por transformar a visão tradicional do homem moderno.</p><p>O iluminismo expressou a</p><p>A consolidação dos dogmas religiosos como importantes na vida humana.</p><p>B negação dos princípios do uso da razão, pois não contribuía para o conhecimento humano.</p><p>C consolidação do uso da razão, ou racionalismo, como elemento essencial do ser humano.</p><p>D consolidação da providência divina dos reis.</p><p>E negação dos valores do humanismo e do uso da razão.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>17</p><p>Questão 41/100</p><p>"O Pai e o Filho vêm a um homem e nele fazem sua morada, se ele amar Jesus Cristo (São João, XV, 23). Daí resulta a necessidade</p><p>das obras porque o amor, a caridade só se manifesta pelas obras (São João, XIV, 21; Mateus, VII, 21), são obras que contam e</p><p>Deus dará a cada um segundo suas obras."</p><p>(Roland Mousnier, Os séculos XVI e XVII. In História Geral das Civilizações.)</p><p>A importância do acúmulo gradual de boas obras para a salvação da alma é uma concepção:</p><p>A luterana.</p><p>B católica.</p><p>C sunita.</p><p>D jansenista.</p><p>E anabatista.</p><p>Questão 42/100</p><p>Revolução Francesa, marco histórico e cronológico da contemporaneidade ocidental, apresentou em seu processo várias fases</p><p>que:</p><p>I - representaram a falta, no seu momento inicial, de um projeto que pudesse acentuar os caminhos que deveriam ser seguidos</p><p>para implantação de uma sociedade liberal.</p><p>II - demonstraram como a oposição ao Antigo Regime não se resumia aos setores burgueses, mas que também havia insatisfação</p><p>entre os nobres, o clero e os camponeses.</p><p>III - acentuaram as di�culdades econômicas vividas por uma sociedade que apresentava um crescimento industrial que, desde</p><p>1780, já havia superado a produção agrícola.</p><p>IV - identi�caram as diferenças entre as ideologias feudal e liberal, além de re�etirem a supremacia dos interesses camponeses</p><p>especialmente durante o período jacobino.</p><p>Assinale a opção que apresenta as a�rmativas corretas:</p><p>A somente I e II.</p><p>B somente I e III.</p><p>C somente I e IV.</p><p>D somente II e III.</p><p>E somente III e IV.</p><p>Questão 43/100</p><p>Às vésperas da Revolução Francesa, com o fracasso da Assembleia dos Estados Gerais, membros do Terceiro Estado se reuniram</p><p>no salão de jogos do palácio real, onde �zeram o Juramento da Sala de Pela, que foi o compromisso</p><p>A da burguesia e dos sans-coulottes em elaborar uma Constituição.</p><p>B do clero e da aristocracia em permanecer no poder.</p><p>C da aristocracia e dos sans-coulottes visando ampliar as liberdades individuais.</p><p>D da burguesia e do clero para atrelar o Estado à Igreja Católica.</p><p>E do poder clerical e do popular para o domínio conjunto do Estado.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>18</p><p>Questão 44/100</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Após a decapitação do rei, o Parlamento sofreu nova depuração. Um Conselho de Estado, com 41 membros, passou a exercer o</p><p>Poder Executivo. Mas o controle do Estado estava de fato nas mãos de Cromwell [...] Ofereceram-lhe a coroa, mas ele a recusou:</p><p>na prática já era um soberano e podia até fazer seu sucessor.</p><p>PILETTI, Nelson; ARRUDA, José Jobson de A. Toda a História. São Paulo: Ática, 2000, p. 228.</p><p>Após a morte de seu líder, em 1658, o destino da chamada “República de Cromwell” foi marcado pela</p><p>A deposição, já no ano seguinte, de seu �lho e sucessor, Richard Cromwell, permitindo o início da fase de Restauração.</p><p>B reformulação e fortalecimento do Parlamento inglês, num golpe militar conhecido como revolução gloriosa.</p><p>C proibição das práticas puritanas, fazendo com que muitos membros do movimento migrassem para a América.</p><p>D invasão de Guilherme de Orange, que implantou a Lei do Teste, obrigando a todos os funcionários públicos a se declararem</p><p>católicos.</p><p>Questão 45/100</p><p>“Da armada dependem as colônias, das colônias depende o comércio, do comércio, a capacidade de um Estado manter exércitos</p><p>numerosos, aumentar a sua população e tornar possíveis as mais gloriosas e úteis empresas."</p><p>Essa a�rmação do duque de Choiseul (1719-1785) expressa bem a natureza e o caráter do</p><p>A liberalismo.</p><p>B feudalismo.</p><p>C mercantilismo.</p><p>D escravismo.</p><p>E corporativismo.</p><p>Questão 46/100</p><p>O absolutismo desenvolveu-se no ocidente europeu durante a Idade Moderna (séculos XV ao XVIII), favorecido, principalmente,</p><p>pela(o)(s):</p><p>A falta de freio nas concepções morais e nos costumes da época.</p><p>B fortalecimento da Igreja Católica e pelos lucros auferidos pelas vitórias dos cruzados.</p><p>C formação dos Estados nacionais e transferência do eixo econômico do Oceano Atlântico para o Mar Mediterrâneo.</p><p>D riquezas obtidas pelos reis europeus na América, África e Ásia.</p><p>E reforma protestante e transferência do eixo econômico do Oceano Atlântico para o Mar Mediterrâneo.</p><p>Questão 47/100</p><p>A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua guerra de pirataria contra a Espanha papista quando roubou as tropas de</p><p>mulas que levavam o ouro do Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas</p><p>do Chile e do Peru antes de regressar pelo Oceano Pací�co, e depois pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a um</p><p>sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o primeiro entreposto inglês ultramarino.</p><p>FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações às independências. Séculos XIII a XX. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.</p><p>A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme citada no texto, foi o meio encontrado para</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>19</p><p>A restabelecer o crescimento da economia mercantil.</p><p>B conquistar as riquezas dos territórios americanos.</p><p>C legalizar a ocupação de possessões ibéricas.</p><p>D ganhar a adesão das potências europeias.</p><p>E fortalecer as rotas do comércio marítimo.</p><p>Questão 48/100</p><p>No início da Era Moderna, a Igreja Católica foi abalada por uma série de acontecimentos que levaram a signi�cativas mudanças</p><p>internas e ao surgimento de novas religiões na Europa. Entre as ideias dos principais reformadores e contrarreformadores,</p><p>podemos encontrar a(o):</p><p>I. Criação do Index.</p><p>II. Predestinação.</p><p>III. Criação da Companhia de Jesus.</p><p>IV. Uso da língua inglesa.</p><p>V. A Bíblia como fonte de fé e livre exame.</p><p>VI. Extinção da hierarquia eclesiástica.</p><p>Assinale, abaixo, a alternativa que apresenta ideias relacionadas com a Igreja Calvinista.</p><p>A III, V e VI.</p><p>B I, II e VI.</p><p>C II, V e VI.</p><p>D I, II e V.</p><p>E II, IV e V.</p><p>Questão 49/100</p><p>"(...) As vias estão portanto abertas simultaneamente para sudoeste, logo para as Américas, e para sudeste, logo para o Oceano</p><p>Índico e para a Ásia. Os terrores que enchiam a alma dos marinheiros sobre as extremidades da Terra estão ultrapassados. O</p><p>sistema dos ventos atlânticos está compreendido. A bússola, o astrolábio, as tabelas de navegação permitem localizar mais ou</p><p>menos a posição do navio na imensidade marítima. A nau ou nave e a caravela substituem vantajosamente a galera e suas</p><p>derivadas, frente às vagas do oceano. Os europeus estão ávidos de saber o que se passa além-oceano. Os Estados</p><p>reencontraram uma paz e uma relativa prosperidade. Tudo está no seu lugar para os grandes descobrimentos."</p><p>A expansão europeia, de Frédéric Mauro.</p><p>Os "grandes descobrimentos" a que o trecho acima se refere</p><p>A foram possíveis, no caso de Portugal, graças à combinação de vários fatores, destacadamente, a centralização do poder</p><p>monárquico em 1385, que aproximou o poder real dos interesses dos comerciantes lusos.</p><p>B não despertaram, por todo o século XV, nenhum interesse nos "Reis Católicos" da Espanha, preocupados exclusivamente</p><p>com as lutas contra os mouros que ainda ocupavam a Península Ibérica.</p><p>C permitiram o estabelecimento de amplas relações comerciais, pací�cas e mutuamente vantajosas, entre os povos europeus e</p><p>os povos africanos e americanos.</p><p>D provocaram um enfraquecimento imediato das monarquias absolutistas (sobretudo as ibéricas), substituídas por repúblicas</p><p>governadas daí em diante pelos grupos burgueses.</p><p>E ocorreram numa época de grande obscurantismo cultural e cientí�co, de recusa sistemática a toda inovação técnica, e de</p><p>desprezo pela herança artística e �losó�ca do mundo greco-romano.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>20</p><p>Questão 50/100</p><p>As reformas religiosas ocorridas na Europa no século XVI devem ser analisadas como parte integrante do processo de transição</p><p>do feudalismo para o capitalismo. Desta forma, implicaram con�itos entre a doutrina religiosa que vigorava e as novas práticas</p><p>relacionadas à nova ordem econômica.</p><p>Assinale a alternativa que se refere aos con�itos apresentados.</p><p>A Tomismo.</p><p>B Teologia agostiniana.</p><p>C Ato de supremacia.</p><p>D Predestinação absoluta.</p><p>E Prática da usura.</p><p>Questão 51/100</p><p>Com relação à arte medieval, o Renascimento destaca-se pelas seguintes características:</p><p>A a perspectiva geométrica e a pintura a óleo.</p><p>B as vidas de santos e o afresco.</p><p>C a representação do nu e as iluminuras.</p><p>D as alegorias mitológicas e o mosaico.</p><p>E o retrato e o estilo românico na arquitetura.</p><p>Questão 52/100</p><p>Assinale a alternativa que contém um fragmento de texto escrito por Jacques Bénigne Bossuet (1627-1704), teórico absolutista</p><p>francês.</p><p>A Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as</p><p>coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só puder ser uma</p><p>delas.</p><p>B Tudo, portanto, que advém de um tempo de guerra, quando cada homem é inimigo de outro homem, igualmente advém do</p><p>tempo em que os homens vivem sem outra segurança além da que sua própria força e sua própria astúcia conseguem provê-</p><p>los.</p><p>C É somente na minha pessoa que reside o poder soberano [...], é somente de mim que meus tribunais recebem a sua</p><p>existência e a suas autoridade; a plenitude desta autoridade, que eles não exercem senão em meu nome, permanece sempre</p><p>em mim, e o seu uso nunca pode ser contra mim voltado...</p><p>D Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na Terra.</p><p>Consequentemente, o Trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus.</p><p>E Se o homem, no estado de natureza, é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses,</p><p>igual ou maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-</p><p>á ao domínio e controle de qualquer outro poder?</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>21</p><p>Questão 53/100</p><p>Na obra “O queijo e os vermes”, o historiador Carlo Ginzburg conta a história de Domenico Scandella, vulgo Menocchio, um</p><p>moleiro do norte da Itália que, no século XVI, foi considerado herege pela Igreja por a�rmar que a origem do mundo estava na</p><p>putrefação. Ao analisar o processo inquisitorial que trata do caso, Ginzburg chama a atenção para as peculiares opiniões de</p><p>Menocchio sobre os dogmas da Igreja e para suas críticas ao seu poder excessivo: a Igreja chegou a controlar um terço das terras</p><p>cultiváveis da Europa. Para o autor, dois grandes eventos históricos tornaram possível um caso como o de Menocchio: a invenção</p><p>da imprensa e a Reforma. Com base nas informações e nos estudos sobre a Idade Moderna europeia, analise as proposições.</p><p>I. A Reforma Protestante contribuiu para a uniformização das práticas e dos signi�cados religiosos no século XVI.</p><p>II. O desenvolvimento da imprensa contribuiu para que pessoas comuns tivessem acesso a informações antes controladas pela</p><p>Igreja Católica.</p><p>III. A venda de indulgências pela Igreja Católica foi um dos motivos que levou o monge Martinho Lutero a escrever suas 95 teses,</p><p>criticando vários pontos da doutrina católica.</p><p>IV. Uma das medidas da Contrarreforma foi o retorno da Inquisição, que tinha como objetivo reprimir aqueles que não estavam</p><p>seguindo a doutrina católica.</p><p>V. A censura exercida pela Igreja Católica Apostólica Romana foi determinante para a expansão do protestantismo na Itália e na</p><p>Península Ibérica.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>A Somente as a�rmativas II, III e IV são verdadeiras.</p><p>B Somente as a�rmativas I, III e IV são verdadeiras.</p><p>C Somente a a�rmativa IV é verdadeira.</p><p>D Somente</p><p>a a�rmativa I é verdadeira.</p><p>E Todas as a�rmativas são verdadeiras.</p><p>Questão 54/100</p><p>Leia estes versos, que eram cantados na França, durante a fase do Terror, ocorrida entre junho de 1793 e julho de 1794:</p><p>Santa Guilhotina, protetora dos patriotas, rogai por nós;</p><p>Santa Guilhotina, terror dos aristocratas, protegei-nos.</p><p>Máquina adorável, tende piedade de nós.</p><p>Máquina admirável, tende piedade de nós.</p><p>Santa Guilhotina, livrai-nos de nossos inimigos.</p><p>(Com a melodia da Marselhesa)</p><p>Ó celeste Guilhotina,</p><p>Você abrevia rainhas e reis,</p><p>Por tua in�uência divina</p><p>Reconquistamos nossos direitos. (bis)</p><p>Sustenta as leis da pátria</p><p>E que teu soberbo instrumento</p><p>Torne-se sempre permanente</p><p>Para destruir uma seita ímpia.</p><p>A�a tua lâmina para Pitt e seus agentes,</p><p>Enriquece tua bagagem com cabeças de tirano!</p><p>(Citado por ARASSE, Daniel. “A guilhotina e o imaginário do Terror”. São Paulo: Ática, 1989. p.106-107.)</p><p>A partir da leitura desses versos, é CORRETO a�rmar que</p><p>A a difusão da ideia de uma “pátria em perigo” �cou sem efeito prático, limitada ao discurso político.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>22</p><p>B a guilhotina foi utilizada como um instrumento capaz de representar o ato de justiça do povo.</p><p>C a ordem interna, na fase do Terror, se enfraqueceu devido à ação do Comitê de Salvação Pública.</p><p>D o ardor contrarrevolucionário, expresso no louvor à guilhotina, era endereçado aos seguidores de Bonaparte.</p><p>Questão 55/100</p><p>Que signi�ca o advento do século XVI? [...] Se essa passagem de século tem hoje um sentido para nós, um sentido que talvez não</p><p>tinha nos séculos anteriores, é porque vemos que aí é que surgem as primícias da globalização. E essa globalização é mais que</p><p>um processo de expansão de origem ibérica, mesmo se o papel da península foi dominante. [...] Em 1500, ainda estamos bem</p><p>longe de uma economia mundial. No limiar do século XVI, a globalização corresponde ao fato de setores do mundo que se</p><p>ignoravam ou não se frequentavam diretamente serem postos em contato uns com os outros.</p><p>Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520, 1999.</p><p>O texto:</p><p>A defende a ideia de que a expansão marítima dos séculos XV e XVI tenha provocado a globalização, pois tal expansão</p><p>eliminou as fronteiras nacionais.</p><p>B rejeita a ideia de que a expansão marítima dos séculos XV e XVI tenha provocado a globalização, pois muitos povos do</p><p>mundo se desconheciam.</p><p>C identi�ca a expansão marítima dos séculos XV e XVI com o atual contexto de globalização, destacando, em ambos, a</p><p>completa internacionalização da economia.</p><p>D compara a expansão marítima dos séculos XV e XVI com o atual contexto de globalização, demonstrando o papel central,em</p><p>ambos, dos países ibéricos.</p><p>E relaciona a expansão marítima dos séculos XV e XVI com o atual contexto de globalização, ressalvando, porém, que são</p><p>processos históricos distintos.</p><p>Questão 56/100</p><p>A passagem do século XVIII para o século XIX inaugura o que, convencionalmente, se denomina de história contemporânea.</p><p>Depois de quase quatro séculos de acumulação de capital, de comércio colonial, de sucessivas guerras hegemônicas e contra-</p><p>hegemônicas, da desestrutura do feudalismo, da expansão da linguagem escrita e do ensino, da lenta conquista e subjugação de</p><p>outras civilizações, a Europa teve de enfrentar uma profunda transformação de seu processo histórico.</p><p>SILVA, André Luiz Reis da. A nova ordem europeia no século XIX: os efeitos da dupla revolução na história contemporânea. Ciências & Letras, Porto Alegre, no 47,</p><p>p. 11-24, jan./jun. 2010. Disponível em: http://seer1.fapa.com.br/index.php/arquivos (Adaptado)</p><p>No contexto descrito, o desenvolvimento da burguesia iniciou uma nova era, que teve como principais marcos históricos a</p><p>A Revolução Industrial e a Francesa.</p><p>B Reforma Protestante e a Contrarreforma.</p><p>C Comuna de Paris e a Primavera dos Povos.</p><p>D Guerra da Crimeia e a Guerra Civil Americana.</p><p>E Guerra dos Trinta Anos e a Guerra dos Sete Anos.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>23</p><p>Questão 57/100</p><p>Analise as a�rmativas sobre o Descobrimento do Brasil, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).</p><p>( ) Pode ser enquadrado no processo de expansão comercial europeia do início da Era Moderna, que objetivava a descoberta de</p><p>novas fontes de metais preciosos e de mercadorias atrativas para o mercado consumidor europeu.</p><p>( ) Foi fundamental na construção do império ultramarino português, na medida em que as riquezas logo encontradas na nova</p><p>terra levaram a coroa lusitana a promover a imediata colonização do atual território brasileiro.</p><p>( ) Atendeu aos interesses estratégicos da coroa portuguesa, pois a rota descoberta por Vasco da Gama para o comércio com as</p><p>Índias, em 1498, necessitava de portos no Atlântico Sul onde fosse possível reparar e reabastecer os navios.</p><p>( ) É considerado um momento trágico para as populações originais do atual território brasileiro, porque a exploração do pau-</p><p>brasil, primeira riqueza encontrada no novo território, levou à escravização do indígena.</p><p>O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é</p><p>A V – V – F – F</p><p>B V – F – V – F</p><p>C V – F – F – V</p><p>D F – F – V – V</p><p>E F – F – V – F</p><p>Questão 58/100</p><p>A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do Ndongo, um reino da África Central situado na atual Angola,</p><p>chegou ao poder graças à sua competência militar, à diplomacia bem sucedida, à manipulação da religião e de con�itos entre</p><p>potências europeias. Ela criou as condições para a primeira sublevação popular mbundu contra a exploração portuguesa ao</p><p>atrair para sua causa os chefes que estavam sob in�uência europeia. Depois conquistou o reino vizinho de Matamba e o governou</p><p>por três décadas junto com o que restou do poderoso reino Ndongo; desa�ou treze governadores portugueses que regeram</p><p>Angola entre 1622 e 1633. Apesar de seus feitos e o longo reinado, comparável ao de Elizabeth I (1503-1603) da Inglaterra, ela</p><p>foi desacreditada pelos contemporâneos europeus e por autores posteriores.</p><p>(Adaptado de Linda Heywood, Nzinga de Angola: a rainha guerreira de África. Lisboa: Casa das Letras, 2017. p. 10-12; 82.)</p><p>Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto a�rmar que a rainha Nzinga:</p><p>A Utilizou, como estratégias políticas para conter o avanço português em seus territórios, a formação de alianças com reinos</p><p>vizinhos (como Congo), a exploração dos con�itos entre Portugal e Holanda e a interferência nas redes do trá�co.</p><p>B Expulsou os portugueses de Angola e reconstruiu o reino do Ndongo em sua extensão original através da política de</p><p>distribuição de terras aos sobas que aceitaram a sua legitimidade no trono.</p><p>C Aboliu o trá�co atlântico de escravizados, apesar da oposição de missionários e comerciantes portugueses que viviam em</p><p>Luanda, e perseguiu os sobas envolvidos com o comércio.</p><p>D Enfrentou um mundo onde o imaginário monárquico e o ideário político eram hegemonicamente masculinos e, assim como a</p><p>Rainha Elizabeth I, não teve sucesso político e militar.</p><p>E impôs o imperialismo africano sobre os vizinhos margeadores do Atlântico.</p><p>Questão 59/100</p><p>Na democracia estadunidense, os cidadãos são incluídos na sociedade pelo exercício pleno dos direitos políticos e também pela</p><p>ideia geral de direito de propriedade. Compete ao governo garantir que esse direito não seja violado. Como consequência,</p><p>mesmo aqueles que possuem uma pequena propriedade sentem-se cidadãos de pleno direito.</p><p>Na tradição política dos EUA, uma forma de incluir socialmente os cidadãos é:</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>24</p><p>A submeter o indivíduo à proteção do governo.</p><p>B hierarquizar os indivíduos segundo suas posses.</p><p>C estimular a formação de propriedades comunais.</p><p>D vincular democracia e possibilidades econômicas individuais.</p><p>E defender a obrigação de que todos os indivíduos tenham propriedades.</p><p>Questão 60/100</p><p>Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos a�rmar que</p><p>A a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para</p><p>a manutenção do</p><p>empreendimento.</p><p>B a conquista da Baía de Arguim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota</p><p>comercial intra-africana.</p><p>C a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de abastecimento de escravos</p><p>para o mercado europeu.</p><p>D o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio de especiarias do Oriente Próximo tornaram</p><p>desinteressante a conquista da Índia.</p><p>E a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos</p><p>portos africanos quanto nas praças brasileiras</p><p>Questão 61/100</p><p>“Beleza e tragédia caracterizam esse movimento histórico dos descobrimentos e do Renascimento. A América possuía uma</p><p>população de 80 milhões de habitantes e, após meio século de convívio com os europeus, restavam apenas 3,5 milhões. [...]</p><p>Infelizmente, perfeição e destruição são elementos que se combinam. Os artí�ces europeus, capazes de pintar ou esculpir com</p><p>perfeição, haviam transformado todo um continente, realizando nele a maior obra de criação: o Novo Mundo.”</p><p>(THEODORO, Janice. Descobrimentos e Renascimento. São Paulo: Contexto, 1991, p. 64.)</p><p>As alternativas que seguem apresentam situações decorrentes desse processo, exceto:</p><p>A a arte renascentista é o principal exemplo da beleza, citada pela autora acima. As obras retratam temas que vão do profano</p><p>ao sagrado, valorizam a arte clássica e mostram a essência do Humanismo.</p><p>B a Reforma Luterana, que, em , comemora anos, foi fruto desse período. Algumas de suas ideias, como a livre</p><p>interpretação da Bíblia, devem ser compreendidas como mais uma das muitas manifestações típicas do homem</p><p>renascentista.</p><p>C a conquista da América foi parte desse contexto, quando Portugal e Espanha apareciam como potências e Estados capazes</p><p>de realizar essa empreitada.</p><p>D a ciência e a literatura também foram destaques nesse período, decorrentes do pensamento iluminista que in�uenciava</p><p>políticos e �lósofos, como Voltaire.</p><p>E as navegações que levaram os europeus por diferentes continentes em busca de terras, metais preciosos e mão de obra</p><p>escrava eram incentivadas pelo modelo econômico conhecido como Mercantilismo.</p><p>2017 500</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>25</p><p>Questão 62/100</p><p>Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina, Brasil,</p><p>Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha</p><p>pouca relação entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante aprender bem</p><p>história marítima, que é ligada à geogra�a. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as relações que Rio,</p><p>Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da</p><p>Mina. Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...]</p><p>Nunca os missionários entraram na briga para saber se o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a escravidão</p><p>indígena foi embargada pelos missionários desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a</p><p>escravidão africana predomine. [...] A escravização tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o segundo é a</p><p>dessocialização.</p><p>(Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa Fapesp, no 188, outubro de 2011.)</p><p>O texto estabelece a formação do Brasil a partir da navegação marítima, o que implica reconhecer a importância</p><p>A da imposição de uma lógica global de comércio e da dissolução das fronteiras entre os territórios colonizados na América.</p><p>B do domínio colonial de Portugal sobre o litoral africano e da intermediação espanhola no trá�co escravagista.</p><p>C do controle das rotas marítimas por navegadores italianos e da conformação do conceito geográ�co de Ocidente.</p><p>D da constituição do espaço geográ�co do Atlântico Sul e da relação estabelecida entre os continentes americano e africano.</p><p>E do surgimento do trá�co de africanos escravizados e das relações comerciais do Brasil com a América espanhola.</p><p>Questão 63/100</p><p>As relações sociais, produzidas a partir da expansão do mercado capitalista ― e o sistema de fábrica é seu “estágio superior” ―,</p><p>tornaram possível o desenvolvimento de uma determinada tecnologia, isto é, aquela que supõe a priori a expropriação dos</p><p>saberes daqueles que participam do processo de trabalho.</p><p>Nesse sentido, foi no sistema de fábrica que uma dada tecnologia pôde se impor, não apenas como instrumento para incrementar</p><p>a produtividade do trabalho, mas, muito principalmente, como instrumento para controlar, disciplinar e hierarquizar esse</p><p>processo de trabalho.</p><p>DECCA, E. S. O Nascimento das Fábricas. São Paulo: Brasiliense, 1986 (fragmento).</p><p>Mais do que trocar ferramentas pela utilização de máquinas, o capitalismo, por meio do “sistema de fábrica”, expropriou o</p><p>trabalhador do seu “saber fazer”, provocando, assim,</p><p>A a desestruturação de atividades lucrativas praticadas pelos artesãos ingleses desde a Baixa Idade Média.</p><p>B a divisão e a hierarquização do processo laboral, que ocasionaram o distanciamento do trabalhador do seu produto �nal.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>26</p><p>C o movimento dos trabalhadores das áreas urbanas em direção às rurais, devido à escassez de postos de trabalho nas</p><p>fábricas.</p><p>D a organização de grupos familiares em galpões para elaboração e execução de manufaturas que seriam comercializadas.</p><p>E a associação da �gura do trabalhador à do assalariado, fato que favorecia a valorização do seu trabalho e a inserção no</p><p>processo fabril.</p><p>Questão 64/100</p><p>Quando Bernal Díaz avistou pela primeira vez a capital asteca, �cou sem palavras. Anos mais tarde, as palavras viriam: ele</p><p>escreveu um alentado relato de suas experiências como membro da expedição espanhola liderada por Hernán Cortés rumo ao</p><p>Império Asteca. Naquela tarde de novembro de 1519, porém, quando Díaz e seus companheiros de conquista emergiram do</p><p>des�ladeiro e depararam-se pela primeira vez com o Vale do México lá embaixo, viram um cenário que, anos depois, assim</p><p>descreveram: “vislumbramos tamanhas maravilhas que não sabíamos o que dizer, nem se o que se nos apresentava diante dos</p><p>olhos era real”.</p><p>(Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola.</p><p>Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado.)</p><p>O texto mostra um aspecto importante da conquista da América pelos espanhóis, a saber,</p><p>A a superioridade cultural dos nativos americanos em relação aos europeus.</p><p>B o caráter amistoso do primeiro encontro e da posterior convivência entre conquistadores e conquistados.</p><p>C a surpresa dos conquistadores diante de manifestações culturais dos nativos americanos.</p><p>D o reconhecimento, pelos nativos, da importância dos contatos culturais e comerciais com os europeus.</p><p>E a rápida desaparição das culturas nativas da América Espanhola.</p><p>Questão 65/100</p><p>Para o processo de industrialização na Inglaterra do século XVIII, foi decisivo (a)</p><p>A a relação colonial, mantida com a Índia e a América do Norte, que possibilitou um grande acúmulo de recursos �nanceiros.</p><p>B o estímulo ao desenvolvimento inglês, promovido pela concorrência tecnológica com os americanos.</p><p>C a união dos interesses nacionais em torno de um esforço de desenvolvimento, logo após a expulsão das tropas napoleônicas</p><p>do território inglês.</p><p>D o incentivo à inovação tecnológica como resultado da ação dos ludistas que destruíram as máquinas consideradas obsoletas.</p><p>E o acordo comercial conhecido por Tratado de Methuen, que estabeleceu a abertura de mercados alemães.</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS</p><p>IDADE MODERNA</p><p>PROENEM.COM.BR</p><p>27</p><p>Questão 66/100</p><p>Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre</p><p>Em nosso espírito sofrer pedras e setas</p><p>Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,</p><p>Ou insurgir-nos contra um mar de provocações</p><p>E em luta pôr-lhes</p>