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🚑 Lesões músculo esqueléticas Lesões músculo esquelético, são lesões extremamente dolorosas mas não apresentam muita gravidade (mesmo assim precisa de atendimento médico), elas podem ser: Entorses São lesões dos ligamentos das articulações, onde estes esticam além de sua amplitude normal, rompendo-se. Ocorre uma distensão dos ligamentos mas não há deslocamento completo do osso da articulação. Ela pode ser classificada como: Grau 1 dor, com dano mínimo ao ligamento. Grau 2 gera uma leve frouxidão da articulação. Grau 3 articulação instável, ruptura total do ligamento. Luxações É o deslocamento do osso da sua articulação (podendo ser total ou parcial). É uma lesão muito dolorosa e é difícil diferenciar da fratura fechada. Para identificar uma luxação deve-se observar as seguintes características: Dor intensa no local afetado (muito maior que no entorse), que afeta todo o membro cuja articulação foi atingida; Edema; Impotência funcional; Lesões músculo esqueléticas 1 Deformidade visível na articulação; pode apresentar encurtamento ou alongamento do membro afetado. NÃO TENTE VOLTAR O MEMBRO PARA O LUGAR ANTES DO RAIO X Contusões São provocadas por golpes ou pancadas, em que não há presença de ferimentos abertos (sem rompimento da pele). Os vasos sanguíneos adjacentes ao local lesionado são rompidos. A mancha, inicialmente arroxeada, vai sendo absorvida lentamente até desaparecer por completo. Fraturas É uma lesão óssea de origem traumática, produzida por trauma direto ou indireto, de alta ou baixa energia. Ela pode ser fechada ou exposta. Desconfie de uma fratura quando: aparência ou função anormal do membro; dor no local; incapacidade de movimento; posição anormal do membro. As fraturas são classificadas em: Incompleta: fratura parcial do segmento ósseo; Lesões músculo esqueléticas 2 Completa: fratura total do segmento ósseo; Fechada: não há comunicação do foco da fratura com o meio externo. Aberta ou exposta: quando há lesão de pele e partes moles assim o foco da fratura fique em contato com o meio ambiente possibilitando a contaminação e infecção. Desvio: pode ser com desvio do alinhamento ósseo e sem desvio. Após identificar lesão realize o XABCDE X (lesões exsanguinante): Realize compressão direta nos ferimentos hemorrágicos, realize o torniquete (protocolo específico) quando a compressão não obtiver sucesso e estiverem em extremidades MMSS e MMII; A (abertura de vias aéreas e estabilização da CV Mantenha permeabilidade da VA, estabilize a coluna cervical e utilize os dispositivos de imobilização assim que possível, nos casos de história de trauma. B (ventilação e respiração): Administre O2 por máscara 10 a 15 litros por litro , se a saturação for menor que 94%. C (circulação com controle da hemorragia): Reavalie o controle de hemorragia (curativo ou torniquete); monitore sinais vitais e saturação; na ausência de pulso periférico (menor que 90 mmHg), solicite apoio SIV\SAV. D (verifique o nível de consciência): utilize a escala de Glasgow. Lesões músculo esqueléticas 3 E (exposição e controle de hipotermia): Exponha a vítima com sangramento, deformidades em MM e dor; aqueça com manta aluminizada; não realize imobilização sobre as roupas; lave o ferimento com excesso de sujidade com soro fisiológico antes de imobilizar; aplique curativo estéril em fraturas e luxações; imobilize o membro fraturado sobre tala; imobilize lesões articulares na posição que foi encontrada; posicione anatomicamente o membro fraturado (menos lesões articulares ou quando encontra resistência no momento de retornar o membro) 💡 Em caso de membro amputado realize curativo compressivo e enfaixamento no membro amputado. Coloque o membro amputado em saco plástico e esse saco em outro saco com gelo (na ausência de gelo coloque em soro fisiológico) Avalie a perfusão do membro lesionado antes e depois de imobilizar. Lesão ósseas: imobilizar uma articulação acima e uma articulação abaixo; Lesão articular: imobilizar um osso acima e um osso abaixo; Trauma torácicas É qualquer lesão física que ocorra no peito (costelas, coração e pulmão). É responsável por 25% de todas as lesões traumáticas. Lesões músculo esqueléticas 4 Pode ser causado por traumas contusos, como acidentes de carro, quedas e impactos em geral; lesões penetrantes (por arma de fogo ou arma branca) ou pela união de vários fatores (acidentes automobilísticos com contusão e lesão penetrante associadas). É classificado: Quanto ao tipo de lesão Aberto: são os ferimentos mais comuns FAB (ferimento por arma branca) e FAF (ferimento por arma de fogo) Fechado: são as contusões Quanto ao agente causal FAF (ferimento por arma de fogo) FAB (ferimento por arma branca) Acidentes automobilísticos Outros Quanto á manifestações clínicas Pneumotórax (hipertensivo ou não) Hemotórax Tamponamento cardíaco Contusão pulmonar Lesão de grandes vasos (aorta, artéria pulmonar, veias cavas) Pneumotórax PTX VAI CAIR NA PROVA É a presença de ar na cavidade pleural, podendo levar á compressão do parênquima pleural e insuficiência respiratória. Ele pode ser classificada em espontâneo e adquirido: Espontâneo primário: paciente sem doença de base; (bolha enfisematosa sub-pleural) Espontâneo secundário: complicação de doenças prévias; Adquirido iatrogênico: consequência de um procedimento mal sucedido; Adquirido traumático. Lesões músculo esqueléticas 5 Seus sinais e sintomas são: Hipóxia, hipercapnia, acidose e hipovolemia; Dispneia (relacionado ao grau de compressão do parênquima pulmonar) Abaulamento do hemitórax afetado (mais nítido em crianças) Hipertimpanismo à percussão; Ausência ou diminuição do murmúrio vesicular Em pneumotórax hipertensivo, aparecem sinais de choque com pressão venosa alta (estase jugular). Ele pode ser: Pneumotórax simples Sua etiologia é baseada no trauma penetrante e na contusão torácica. Seu diagnóstico é dado pela hipersonoridade à percussão e diminuição ou ausência de murmúrio vesicular e complementado pelo Rx de tórax, onde há uma maior radiotransparência do pulmão acometido. Pneumotórax hipertensivo Se desenvolve quando o ar consegue entrar na cavidade pleural através de um mecanismo de válvula unidirecional, ou seja; o ar entra, mas não sai. Após a identificação do Pneumotórax, realize o XABCDE X (lesões exsanguinante): identificar a presença de lesões exsanguinante e realizar o controle imediato da hemorragia (compressão, torniquete e Lesões músculo esqueléticas 6 curativos compressivos). Feridas penetrantes devem ser rapidamente cobertas com curativo oclusivo com curativo de três pontas. A (abertura de vias aéreas e estabilização da CV Em vítimas com trauma do tórax, mantenha permeabilidade de VA e instale dispositivo de imobilização de coluna. B (ventilação e respiração): Atente-se para irregularidades do padrão respiratório como: bradipneia, taquipneia; verifique o tórax através de presença de equimose, hiperemia, ferimento local e movimentos paradoxais, estase jugular e desvio de traqueia (solicite apoio SAV; evite hiperventilação; aplique curativo de três pontas nas lesões soprantes; nas vítimas de FR 10 irpm ou 30 irpm, oferte O2 por BVM (bolsa-válvula- máscara) nas frequências: adulto 10vpm, criança 20 vpm e lactente 25 vpm. C (circulação com controle da hemorragia): vítimas com trauma de tórax podem ter comprometimento circulatório devido lesões; monitore sinais vitais (hipotensão e alteração de FC, solicite apoio SAV. D (verifique nível de consciência): pode ser utilizada a escala de coma de glasgow; a vítima com alteração do nível de consciência agitado, confuso, sonolento e não respondendo a estímulos, solicite apoio SAV. E (exposição e controle de hipotermia): exponha se necessário e aqueça com manta aluminizada; transporte para uma unidade de saúde conforme orientação médica. Lesões músculo esqueléticas 7