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Estrutura dos aminoácidos Ao retirar o grupo amina resta o α cetoácido, no centro temos um carbono quiral (4 ligantes diferentes) e tem a presença de um radical (muda em cada aminoácido) Sofrem degradação oxidativa em 3 condições: 1. Aminoácidos não necessários para biossíntese de novas proteínas 2. Aminoácidos em grande quantidade, que excedem as necessidades 3. Jejum ou diabetes melito não controlada, quando carboidratos estão indisponíveis ou sendo usados de forma inadequada (Aminoácidos usados como combustível) Aminoácidos perdem seu grupo amino, os α-cetoácidos são oxidados a CO2 e H2O ou fornecem estruturas de 3 e 4 carbonos que entram na gliconeogênese Lembrete: O radical da glicina é um H, assim o Cα tem apenas 3 ligantes diferentes Destinos Metabólicos dos Grupos Amino Maior parte dos aminoácidos são metabolizados no Fígado, o excesso de amônia (tóxica) produzido nos tecidos extra-hepáticos é transportado para ele Quatro aminoácidos têm papéis centrais no metabolismo do nitrogênio: glutamato, glutamina, alanina e aspartato Eles são facilmente convertidos em intermediários do ciclo de Krebs Glutamato e Glutamina -> α-cetoglutarato Alanina -> Piruvato Aspartato -> Oxaloacetato No citosol dos hepatócitos, os grupos amino da maior parte dos aminoácidos são transferidos (Transaminação) para o α-cetoglutarato, formando glutamato, que entra na mitocôndria e perde seu grupo amino (Desaminação) para formar NH4 + (Entra no ciclo da Ureia) Músculo esquelético: grupos amino que excedem as necessidades geralmente são transferidos ao piruvato para formar alanina, molécula importante para o transporte de grupos amino até o fígado (Ciclo Glicose- alanina) Transaminação – Transferência de um grupo amina de um aminoácido para outro através de uma molécula (Citosol) Remoção do grupo amino é realizado por enzimas chamadas AMINOTRANSFERASES (ou transaminases) O grupo α-amino é transferido para o α-cetoglutarato, liberando o α-cetoácido correspondente Desaminação – Remoção do grupo amina dos aminoácidos com formação de amônio livre (Mitocôndria) É catalisada pela L-glutamato-desidrogenase presente na matriz mitocondrial O α-cetoglutarato formado pode ser utilizado no ciclo de Krebs e para síntese de glicose O amônio é destinado para o ciclo da ureia para ser excretado Lembrete: poucos aminoácidos pulam a via de transdesaminação e sofrem diretamente desaminação oxidativa Transporte de amônia na forma de glutamina – excesso de amônia nos tecidos é adicionado ao glutamato para formar glutamina (glutamina-sintetase), que é transportada no sangue até o fígado e o NH4 + é liberado na mitocôndria pela glutaminase Lembrete: Na acidose metabólica, há um aumento do processamento da glutamina pelos rins. Nem todo o excesso de NH4 + assim produzido é liberado para a corrente sanguínea ou convertido em ureia; parte é excretado diretamente na urina. No rim, o NH4 + forma sais com ácidos metabólicos, facilitando sua remoção na urina. O bicarbonato produzido pela descarboxilação do a-cetoglutarato no ciclo do ácido cítrico também pode funcionar como tampão no plasma sanguíneo. Tomados em conjunto, esses efeitos do metabolismo da glutamina no rim tendem a contrabalançar a acidose Ciclo da Glicose-alanina – alanina transporta amônia dos músculos esqueléticos para o fígado Grupo α-amino transportado para o piruvato pela alanina- aminotransferase, formando a alanina que é transportada no sangue No fígado, são separados por transaminação formando glutamato (entra na mitocôndria para desaminação ou sofre transaminação com o oxaloacetato para formar aspartato) e piruvato Semelhante ao Ciclo de Cori (Lactato Glicose) Excreção de Nitrogênio e Ciclo da Ureia Produção da ureia ocorre quase exclusivamente no FÍGADO Inicia na mitocôndria dos hepatócitos e três de suas etapas ocorrem no citosol Fígado recebe também pela veia porta a amônia que vem do intestino produzido pela oxidação bacteriana de aminoácidos NH4 + na mitocôndria logo reage com o CO2 (como HCO3 -) produzido pela respiração mitocondrial para formar carbamoil-fosfato na matriz (catalisado pela carbamoil-fosfato-sintetase I) Carbamoil-fosfato funciona como um doador de grupos carbamoila e entra no ciclo da ureia O ciclo tem apenas 4 etapas enzimáticas Etapa 1: Carbamoil-fosfato doa seu grupo carbamoila para a ornitina formando a citrulina (vai para o citosol) e liberando um Pi, reação catalisada pela ornitina- transcarbamoilase Etapa 2: ASPARTATO (oxaloacetato sofre transaminação com o glutamato na mitocôndria) traz o segundo grupo amino, reação de condensação ocorre com o grupo ureido (carbonila) da citrulina e forma Arginino-succinato, reação catalisada pela arginino- succinato-sintetase Etapa 3: Arginino-succinato é clivado pela arginino- succinase, formando arginina e fumarato (convertido em MALATO e entra na mitocôndria para o ciclo de Krebs), única reação reversível do ciclo Etapa 4: Arginase cliva a arginina, produzindo UREIA e ornitina (que volta para a mitocôndria) “Bicicleta de Krebs” – conexão dos dois ciclos descobertos por Krebs Destino da Cadeia Carbônica As vinte cadeias carbônicas diferentes são oxidadas por vias próprias que, todavia, convergem para a produção de apenas alguns compostos: Piruvato, Acetil-CoA ou intermerdiários do Ciclo de Krebs (oxaloacetato, α- cetoglutarato, succinil-CoA e fumarato) O destino final dos α-cetoácidos que dependerá do tecido e do estado fisiológico considerados, poderá ser: 1. Oxidação pelo Ciclo de Krebs, fornecendo energia 2. Utilização pela gliconeogênese para a produção de glicose 3. Conversão a triacilgliceróis e armazenamento Podem ir para a Cetogênese também