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Processo Penal
I
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
(INQUERITO POLICIAL)
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM
Processo Penal
II
1.Compreender a finalidade da
investigação preliminar;
2.Identificar e analisar as
características e peculiaridades da
investigação preliminar, em especial o
inquérito policial;
3.Refletir sobre o papel do instituto.
INVESTIGAÇÃO
PRELIMINAR
III
“Conjunto de atividades realizadas concatenadamente por órgãos do
Estado; [...] que pretende averiguar a autoria e as circunstâncias de um fato
aparentemente delitivo” (LOPES JUNIOR; GLOECKNER, 2014). 
Ex.: Inquérito policial, CPI, sindicâncias, inquérito militar.
OBS: Instrução criminal – É a produção de provas que dentro do processo se realiza (com contraditório e
ampla defesa).
PERSECUÇÃO PENAL = Investigação + Ação penal
Processo Penal
IV
Processo Penal
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL –
INQUÉRITO POLICIAL
VJUIZ DAS GARANTIAS
“É o responsável por fiscalizar a investigação criminal, controlar a sua legalidade
e salvaguardar os direitos individuais do investigado” (art. 3.º-B, caput, CPP)
(NUCCI, 2020).
Sua atuação iniciará no momento em que for recebida comunicação de prisão
em flagrante ou, caso não ocorra a prisão, quando for instaurada a investigação
criminal.
Processo Penal
CONCEITO E ATUAÇÃO
•Fiscaliza as investigações de todos os crimes, exceto os de menor
potencial ofensivo (Lei 9.099/95). 
• Termina a competência quando profere decisão de recebimento ou não da
peça acusatória.
“Declarar a inconstitucionalidade do inciso XIV do art. 3º-B do CPP, incluído pela Lei nº 13.964/2019, e
atribuir interpretação conforme para assentar que a competência do juiz das garantias cessa com o
oferecimento da denúncia” (ADI 6298)
COMPETÊNCIA
VI
Processo Penal
VIIConceito e natureza jurídica:
É um procedimento administrativo inquisitório e
preparatório, presidido pela autoridade policial,
com o objetivo de identificar fontes de prova e
colher elementos de informação quanto à autoria
e a materialidade da infração penal, a fim de
permitir que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo. (LIMA, 2020)
Fundamentação jurídica: Art. 144 da CF, art. 4º
do CPP e art. 2º, §1º da Lei 12.830/2013.
INQUÉRITO POLICIAL
Processo Penal
VIII
O PODER INVESTIGATÓRIO DO MP E O
RE 593.727 JULGADO EM 2015
“O Ministério Público dispõe de competência para promover, por
autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal,
desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer
indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas,
sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de
jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham
investidos, em nosso País, os Advogados (Lei 8.906/94, artigo 7º,
notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da
possibilidade – sempre presente no Estado Democrático de Direito – do
permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente
documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessa
instituição.”
Processo Penal ADI 3.034/RJ: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2180314
Processo Penal
IX
•Preservação: preservar inocentes de acusações
injustas e temerárias.
• Preparatória: colher provas e elementos de
informação consistentes para subsidiar a acusação.
Função e finalidade (art. 12 e 41
do CPP)
Valor probatório 
•Valor relativo - serve de base para acusação, porém
o juiz não pode apoiar suas decisões exclusivamente
nos elementos de informação provenientes do IP (art.
155 do CPP). 
•OBS: Art. 3º C, §§ 3º e 4º do CPP.
X
Processo Penal
Características
Escrito: Art. 9º do CPP
“Todas as peças do inquérito policial serão, num só
processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e,
neste caso, rubricadas pela autoridade.”
XI
Processo Penal
XII
•Dispensável arts. 12, 27 e 39, §5º do CPP : colheita dos
elementos de informação para subsidiar a justa causa.
“[...] desde que o titular da ação penal (Ministério Público
ou ofendido) disponha desse substrato mínimo necessário
para o oferecimento da peça acusatória, o inquérito policial
será perfeitamente dispensável.” (LIMA, 2020)
Processo Penal
Características
XIII
•Sigiloso: (93, IX, CF; 20 CPP)
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
•OBS: Súmula Vinculante 14. É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa.
 Art. 7º, XIV, da Lei 8.906/1994 (Estatuto da OAB)
Processo Penal
Características
XIV
•Inquisitivo: 
“A inquisição dá à autoridade policial a discricionariedade de iniciar as
investigações da forma que melhor lhe aprouver. Por isto o inquérito é
de forma livre. Não há regras previamente determinadas para se iniciar
uma investigação”. (RANGEL, 2020).
• NÃO há contraditório ou ampla defesa plenos, porém existe direito
de defesa e a possibilidade do contraditório, por exemplo, o
contraditório diferido (Súmula Vinculante 14 e arts. 14 e 155 do CPP).
Processo Penal
Características
XV
•Discricionariedade: “O delegado de polícia conduz as investigações
da forma que melhor lhe aprouver. O rumo das diligências está a
cargo do delegado, e os arts. 6º e 7º do CPP indicam as diligências
que podem ou devem ser desenvolvidas por ele. 
A autoridade policial pode atender ou não aos requerimentos
patrocinados pelo indiciado ou pela própria vítima (art. 14 do CPP),
fazendo um juízo de conveniência e oportunidade quanto à
relevância daquilo que lhe foi solicitado” (TÁVORA, 2019)
Processo Penal
Características
XVI
Oficiosidade: refere-se à obrigatoriedade de instauração do inquérito
em face da notícia de um crime que autoriza o agir ex officiodo
delegado (AVENA, 2021), ou seja, nos casos de ação penal pública
incondicionada.
Indisponibilidade: Uma vez instaurado o inquérito policial, a
autoridade policial deve levá-lo a cabo, não podendo dele dispor (art.
17 do CPP).
Processo Penal
Características
XVII
Processo Penal
INÍCIO DO INQUERITO 
POLICIAL
XVIII
Notitia criminis: “chama-se notitia criminis ao conhecimento espontâneo ou
provocado que tem a autoridade pública da prática de um fato delituoso”
(Frederico Marques).
- De cognição imediata, direta ou espontânea: quando a própria autoridade policial,
em suas atividades cotidianas, toma conhecimento da infração penal.
- De cognição mediata, indireta ou provocada: quando a vítima provoca a autoridade
policial, comunicando-lhe a ocorrência, bem como quando o promotor ou o juiz
requisitar a sua atuação.
Processo Penal
INICIO DO IP
XIX
-De cognição coercitiva: quando a autoridade policial toma conhecimento
do fato delituoso com a apresentação do agente preso em flagrante e,
assim, deverá lavrar o auto que dará início ao inquérito policial.
-Delatio criminis: qualquer do povo relata a ocorrência criminosa.
-Delatio criminis inqualificada/apócrifa/anônima: qualquer do povo relata a
ocorrência criminosa de forma anônima.
Processo Penal
XX
* De ofício (Portaria): É uma peça subscrita pelo delegado de polícia.
Decorre da notitia criminis direta e da delatio criminis simples ou
inqualificada.
* Requisição da autoridade competente: “a requisição é uma modalidade de
notícia-crime qualificada [...] dá notícia de um acontecimento com possível
relevância jurídico-penal e determina a sua apuração ” (NUCCI, 2020).
Processo Penal
Crimes de ação penal pública incondicionada
Instauração do IP (art. 5º do CPP)
XXI
Requerimento do ofendido ou seu representante legal: documento que
contém, sempre que possível, a narração do fato, a individualização do
suspeito, as razões de convicção ou presunção de autoria, como também
rol de testemunhas. 
ATENÇÃO!: A denegação do delegado em instaurar o inquérito
comporta recurso administrativo endereçado aoChefe de Polícia.
 * Auto de Prisão em Flagrante: documento formal de natureza
administrativa (Art. 301 e ss do CPP).
Processo Penal
XXII
Representação do ofendido ou seu representante legal: manifestação que
autoriza o Estado a desenvolver a providências necessárias à investigação
e, consequente, ação penal.
Requisição da autoridade competente: semelhante ao dito anteriormente,
com uma condição que é a representação prévia do ofendido ou seu
representante legal.
Auto de Prisão em Flagrante: documento formal de natureza administrativa,
com a condição de que o ofendido ou seu representante esteja presente e
manifeste o interesse em prosseguir com a persecução penal (Art. 301 e ss do
CPP).
Processo Penal
Crimes de ação penal pública condicionada 
XXII
* Requerimento do ofendido ou seu representante legal: manifestação
pela qual a vítima ou seu representante legal autoriza o Estado a
desenvolver a providências necessárias à investigação.
 * Requisição da autoridade competente: semelhante ao dito
anteriormente, com uma condição que existência do requerimento prévio
do ofendido ou seu representante legal .
 * Auto de Prisão em Flagrante: documento formal de natureza
administrativa, com a condição de que o ofendido ou seu representante
esteja presente e manifeste o interesse em prosseguir com a investigação
criminal(Art. 301 e ss do CPP).
Processo Penal
Crimes de ação penal privada
XXII
Processo Penal
XXII
Defeitos do inquérito ocasionado pelo descumprimento de lei. Ex.:
Delegado intimidou testemunha, destruiu documentos, etc.
Processo que se iniciou com inquérito viciado, é nulo?
Segundo STF e STJ, os vícios não tem o condão de contaminar o
processo. Inquérito é dispensável.
Processo Penal
VÍCIOS/IRREGULARIDADES
XXII
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal estabelece que a suspeição de autoridade policial não é
motivo de nulidade do processo, pois o inquérito é mera peça informativa, de que se serve o Ministério
Público para o início da ação penal. [...] É inviável anulação do processo penal por alegada irregularidade no
inquérito, pois, segundo jurisprudência firmada neste Supremo Tribunal, as nulidades processuais
concernem tão somente aos defeitos de ordem jurídica pelos quais afetados os atos praticados ao longo da
ação penal condenatória. (STF. RHC 131450, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, julgado
em 03/05/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-100 DIVULG 16-05-2016 PUBLIC 17-05-2016).
[...] IRREGULARIDADES NO INQUÉRITO POLICIAL. DEFICIÊNCIA NA INSTRUÇÃO. NÃO
CONTAMINAÇÃO DA AÇÃO PENAL. RECURSO DESPROVIDO. [...]. "Eventuais irregularidades
ocorridas na fase investigatória, dada a natureza inquisitiva do inquérito policial, não contaminam a ação
penal" (HC 232.674/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, DJe 10/4/2013). [...] (STJ. RHC
72.647/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017) 
Processo Penal
XXII
•Estadual: (art. 10, CPP)
 - Suspeito preso: 10 dias (improrrogáveis)
 - Suspeito solto: 30 dias (prorrogáveis, indeterminado)
•Federal: (art. 66, 5.010/66)
 - Suspeito preso: 15 dias (prorrogáveis + 15)
 - Suspeito solto: 30 dias (prorrogáveis, indeterminado)
•Lei de drogas: (lei 11.343/06)
 - Suspeito preso: 30 dias + 30 dias.
 - Suspeito solto: 90 dias + 90 dias.
Processo Penal
PRAZOS DO IP
XXII
•1ª etapa: 
- Portaria/Requisição/Representação/Auto de prisão em flagrante: Peça
escrita que demarca o início da investigação policial.
Processo Penal
PROCEDIMENTO
XXII
•2ª etapa:
- Evolução: Realização de diligências (discricionárias). Arts. 6º e 7º do
CPP.
•
ATENÇÃO! Suspeito não pode ser obrigado a participar da reconstituição do
crime. Não haverá reconstituição que ofenda a moralidade e a ordem pública.
Processo Penal
PROCEDIMENTO
XXII
•3ª etapa:
- Encerramento: Relatório. Peça DESCRITIVA que encerra o inquérito
policial. Justifica as diligências que foram feitas e/ou que deixaram de
ser. Em regra, ocorre o indiciamento, como conclusão.
IMPORTANTE: O Relatório não é opinativo. 
Processo Penal
PROCEDIMENTO
XXII
CONCEITO: [...] ato posterior ao estado de suspeito e está baseado em
um juízo de probabilidade, e não de mera possibilidade. (LOPES
JUNIOR; GLOECKNER, 2014). Art. 2º, § 6º da Lei nº 12.830/2013; Art.
306 do CPP – nota de culpa – e art. 286 do CPP.
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS:
•Registro na folha de antecedentes criminais;
•Maior submissão aos atos de investigação;
•Observância às garantias constitucionais do cidadão. 
Processo Penal
INDICIAMENTO
XXII
•Delegado NÃO pode indiciar membro do MP. Havendo indícios de
infração penal, a notícia crime ou autos serão remetidos a procuradoria
geral.
•Delegado NÃO pode indiciar juiz. Autos são encaminhados ao
Tribunal.
Processo Penal
IMPORTANTE!
XXII
Concluído inquérito, o documento é encaminhado para quem?
Processo Penal
ATENÇÃO!
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4155682
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4155682
XXII
O MP entendendo que não há indícios de materialidade e
autoria, o que ele pode fazer? 
Processo Penal
IMPORTANTE!
XXII
a) oferecer denúncia;
b) requerer a extinção da punibilidade (por exemplo, pela ocorrência de
prescrição);
c) requerer o retorno dos autos à polícia judiciária para a continuidade
da investigação, indicando as diligências a realizar;
d) ordenar o arquivamento.
Processo Penal
Depois da Lei 13.964/2019, encerrada a fase investigativa, os
autos são remetidos ao MP, que poderá : 
XXII
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos
informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão
ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do
inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação,
submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme
dispuser a respectiva lei orgânica.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e
Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia
do órgão a quem couber a sua representação judicial.” (NR)
Processo Penal
Arquivamento - art. 28, Lei 13.964/2019
XXII
investigação simplificada para apurar infrações de menor potencial ofensivo
(crimes com pena de até 2 anos e contravenções);
a lavratura de termo circunstanciado de ocorrência não impõe a prisão em
flagrante, tampouco a exigência de fiança pelo investigado;
a produção inicial do termo circunstanciado de ocorrência não impede a
posterior instauração de inquérito policial ou outro procedimento investigatório
de caráter administrativo.
Processo Penal
TCO – Termo Circunstanciado de Ocorrência - art. 69 da lei
9.099/95
XXII
DECISÃO VINCULANTE DO STF: TCO PODE SER LAVRADO PELA POLÍCIA
ADMINISTRATIVA
“O Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) não possui natureza investigativa,
podendo ser lavrado por integrantes da polícia judiciária ou da polícia administrativa“.
Processo Penal
Ações Diretas de Inconstitucionalidade nºs 6.245 e 6.264
XXII
Processo Penal
PESQUISA 
1)É possível um inquérito arquivado ser reaberto? 
2) A decisão que homologa o arquivamento faz coisa julgada
material ou formal?AT
IV
ID
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DE
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M
XXII
Processo Penal
1) se o arquivamento foi determinado por falta de provas, aplica-se o artigo 18 do Código de
Processo Penal. Neste caso, surgindo novas provas, a investigação pode ser reaberta. Esta
possibilidade está, inclusive, sumulada pelo STF (Súmula 524): “Arquivado o inquérito policial, por
despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem
novas provas.”
Contudo, se o arquivamento foi baseado na extinção da punibilidade ou na atipicidade da conduta,
a investigaçãonão poderá ser reaberta em nenhuma hipótese, mesmo que surjam novas provas. Isto
porque, conforme estabeleceu o STJ no Inquérito 1.721/DF, esta decisão faz coisa julgada material e
tem efeito preclusivo.
2) O requerimento ministerial de arquivamento de inquérito ou procedimento investigatório
criminal fundamentado na extinção da punibilidade ou atipicidade da conduta exige do Judiciário
uma análise meritória do caso, com aptidão para formação da coisa julgada material com seu
inerente efeito preclusivo, não se aplicando as disposições do art. 18 do Código de Processo Penal.”
(Inq 1.721-DF, Rel. Ministro Antonio Carlos Ferreira, Corte Especial, por unanimidade, julgado em 2/10/2024 – info
827).
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202401466916%27.REG.
XXII
PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO ESPECIAL. INQUÉRITO
POLICIAL ARQUIVADO POR RECONHECIMENTO DA LEGÍTIMA
DEFESA. DESARQUIVAMENTO POR PROVAS NOVAS.
IMPOSSIBILIDADE. COISA JULGADA MATERIAL. PRECEDENTES.
1. A permissão legal contida no art. 18 do CPP, e pertinente Súmula 524/STF, de
desarquivamento do inquérito pelo surgimento de provas novas, somente tem
incidência quando o fundamento daquele arquivamento foi a insuficiência
probatória - indícios de autoria e prova do crime. (...) 3. Promovido o
arquivamento do inquérito policial pelo reconhecimento de legítima defesa, a
coisa julgada material impede rediscussão do caso penal em qualquer novo feito
criminal, descabendo perquirir a existência de novas provas. Precedentes.
Processo Penal
XVII
Processo Penal
ACORDO DE NÃO
PERSECUÇÃO PENAL - ANPP
XXII
-Trata-se de infração penal com pena mínima inferior a quatro anos;
- Não for hipótese de infração cometida com violência ou grave ameaça
a pessoa;
-Ter o investigado confessado formal e circunstancialmente o
cometimento do delito (Há discussão sobre a constitucionalidade);
- Necessidade e suficiência do ajuste para reprovação e prevenção do
crime.
Processo Penal
REQUISITOS - ART. 28-A DO CPP
XXII
a) reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, salvo quando não puder
fazê-lo; 
b) renunciar voluntariamente a bens e direitos apontados pelo
Ministério Público como instrumento, produto ou proveito do delito; 
c) prestar serviços à comunidade, por período correspondente à pena
mínima cominada à infração penal, diminuída de um a dois terços;
d) pagar prestação pecuniária a entidade pública ou de interesse social; 
e) cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo
Ministério Público.
Processo Penal
São condições para o pacto:
XXII
a) quando for cabível transação penal, pois, nesta hipótese, trata-se de infração de
menor potencial ofensivo, cuja competência é do JECRIM; 
b) se o investigado for reincidente ou houver provas suficientes de que é
criminoso habitual, reiterado ou profissional, salvo em infrações de menor
potencial ofensivo; 
c) ter sido o investigado beneficiado nos 5 anos anteriores ao cometimento da
infração em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão
condicional do processo; 
d) nos delitos que envolvam violência doméstica ou familiar, ou
praticados contra a mulher (art. 28-A, § 2.º, CPP).
Processo Penal
Veda-se o acordo nos seguintes casos
XXII
•Se o acordo não for cumprido, o MP comunica ao juízo para oferecimento de
denúncia;
•O acordo não gera antecedente criminal nem constará dos registros, a não ser
para evitar outro acordo no período de 5 anos após o primeiro;
Processo Penal
ATENÇÃO!
“Se a educação sozinha não transforma a
sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”
(Paulo Freire).
Processo Penal
XXVIII

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