Prévia do material em texto
3o bimestre Aula 11 Língua Portuguesa A terceira geração modernista: João Cabral de Melo Neto – Parte 1 Ensino Médio ● Morte e vida severina; ● Orações subordinadas adverbiais. ● Analisar trechos da obra Morte e vida severina. Na década de 1950, o poeta João Cabral de Melo Neto escreveu uma das obras mais conhecidas e importantes da literatura brasileira: Morte e vida severina Reprodução - LEO NUNES/WIKIMEDIA COMMONS, 2008. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Seca_no_Brasil.jpg. Acesso em: 30 abr. 2025. Para começar 5 minutos Que tipo de vida você acredita que essa obra retratará? VIREM E CONVERSEM https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Seca_no_Brasil.jpg João Cabral de Melo Neto (1920-1999) é considerado um dos maiores poetas brasileiros do século XX. Nascido em Recife, em uma família com fortes raízes culturais e intelectuais, desde cedo mostrou interesse pela literatura e pela vida no Nordeste brasileiro. Filho e neto de engenheiros, sua poesia é marcada pelo rigor e pelo trabalho de lapidação da palavra. Esse estilo lhe rendeu o apelido de poeta engenheiro, pois estruturava seus versos com a precisão de um arquiteto. O autor: João Cabral de Melo Neto Foco no conteúdo Reprodução – ARQUIVO NACIONAL/WIKIMEDIA COMMONS, 2018. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jo%C3%A3o_Cabral_de_Mello _Neto_(1970).tif. Acesso em: 30 abr. 2025. Seus textos trazem imagens poéticas que abordam a dureza da realidade social, por uma perspectiva racional e objetiva, distanciando-se das temáticas existencialistas vistas em outros escritores da terceira fase modernista. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jo%C3%A3o_Cabral_de_Mello_Neto_(1970).tif https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jo%C3%A3o_Cabral_de_Mello_Neto_(1970).tif Pause e responda A expressão “trabalho de lapidação da palavra” sugere que a poesia de João Cabral de Melo Neto é marcada por um trabalho com a escolha das palavras, construção dos versos etc. reflete elementos concretos que podem ser lapidados como as pedras. é conhecida pelo emprego de uma linguagem espontânea. é marcada por um uso exagerado de adjetivos e figuras de linguagem. Pause e responda A expressão “trabalho de lapidação da palavra” sugere que a poesia de João Cabral de Melo Neto é marcada por um trabalho com a escolha das palavras, construção dos versos etc. reflete elementos concretos que podem ser lapidados como as pedras. é conhecida pelo emprego de uma linguagem espontânea. é marcada por um uso exagerado de adjetivos e figuras de linguagem. Escrita entre 1954 e 1955, a obra é um poema que narra a trajetória de Severino — um retirante nordestino como tantos outros, que migra para a capital em busca de melhores condições de vida. O poema pode ser dividido em duas partes: o caminho da personagem até Recife e sua estada na capital pernambucana. O nome Severino representa uma identidade coletiva, que simboliza o sofrimento e a miséria de uma população marcada pela seca e pela desigualdade social. A obra: Morte e vida severina Foco no conteúdo — O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. [...] O RETIRANTE EXPLICA AO LEITOR QUEM É E A QUE VAI HORA DA LEITURA Mas isso ainda diz pouco há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem falo ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. Mais isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia. Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta. Foco no conteúdo E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida). (MELO NETO, 1994) HORA DA LEITURA Na prática 5 minutosVeja no livro!Atividade 1 A B C D a precariedade física a qual os retirantes estão submetidos quando enfrentam a pobreza, a doença, a fome e a miséria, marcada, também, pela dificuldade social. a luta diária dos retirantes nordestinos para sobreviver, marcada por corpos que refletem o desgaste físico, mas também a indiferença diante da pobreza. a facilidade de adaptação dos nordestinos mesmo com limitações físicas, como pernas finas, pouco equilíbrio e cabeça avantajada. as características físicas comuns entre nordestinos, como a cabeça grande e o ventre crescido, típicos de quem nasceu no sertão pernambucano. O trecho “na mesma cabeça grande/ que a custo é que se equilibra,/ no mesmo ventre crescido/ sobre as mesmas pernas finas/ e iguais também porque o sangue,/ que usamos tem pouca tinta” sugere: Na prática Veja no livro!Atividade 1 TODO MUNDO ESCREVE A B C D a precariedade física a qual os retirantes estão submetidos quando enfrentam a pobreza, a doença, a fome e a miséria, marcada, também, pela dificuldade social. a luta diária dos retirantes nordestinos para sobreviver, marcada por corpos que refletem o desgaste físico, mas também a indiferença diante da pobreza. a facilidade de adaptação dos nordestinos mesmo com limitações físicas, como pernas finas, pouco equilíbrio e cabeça avantajada. as características físicas comuns entre nordestinos, como a cabeça grande e o ventre crescido, típicos de quem nasceu no sertão pernambucano. Correção O poema usa expressões como “cabeça grande”, “ventre crescido” e “sangue com pouca tinta” para simbolizar a precariedade física e social dos retirantes nordestinos, decorrente da fome e da miséria. As outras alternativas estão incorretas porque introduzem interpretações inadequadas, como “indiferença” (B), “facilidade de adaptação” (C) e simplificação das características físicas como típicas do Nordeste (D). Na prática Veja no livro!Atividade 1 O trecho “na mesma cabeça grande/ que a custo é que se equilibra,/ no mesmo ventre crescido/ sobre as mesmas pernas finas/ e iguais também porque o sangue,/ que usamos tem pouca tinta” sugere: São orações que exercem a função de advérbio e funcionam como adjunto adverbial em relação à oração principal. No quadro, veja algumas categorias dessas orações. Orações subordinadas adverbiais – parte I Foco no conteúdo Fonte: SARMENTO, 2012. Classificação da oração subordinada adverbial Exemplo Causal (expressa causa ou motivo): porque, que, como, pois, que, porquanto, visto que, uma vez que, já que etc. Severino fica fraco porque não se alimenta regularmente. Comparativa (expressa comparação): como, assim como, tal como, tanto como, tanto quanto, como se, do que, quanto, tal, qual etc. Severino tem o ventre crescido como tantos outros Severinos. Concessiva (expressa ressalva): embora, conquanto, por mais que, posto que, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que etc. Embora tenham o sangue com pouca tinta, os Severinos são fortes. Condicional (expressa condição): caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que etc. Se não morrer de velhice antes dos trinta, morre de emboscada antes dos vinte. Conformativa (expressa conformidade): conforme, segundo, como, consoante, de acordo etc.A morte severina chega conforme combinado com cada Severino. [...] deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias Leia o trecho e responda à pergunta a seguir. Na prática Veja no livro!Atividade 2 5 minutos (MELO NETO, 1994) B C D E A causal, pois expressa o motivo de haver muitos Severinos filhos de um coronel chamado Zacarias. conformativa, pois explica a existência de um coronel chamado Zacarias. concessiva, pois, embora haja muitos Severinos na freguesia, cada um mantém sua individualidade. condicional, pois indica que haveria muitos Severinos na freguesia se houvesse uma causa específica. comparativa, pois expressa uma comparação entre severinos da região. O verso “por causa de um coronel” corresponde a uma oração subordinada adverbial, que estabelece com o verso anterior uma relação: Na prática Veja no livro!Atividade 2 TODO MUNDO ESCREVE B C D E A causal, pois expressa o motivo de haver muitos Severinos filhos de um coronel chamado Zacarias. conformativa, pois explica a existência de um coronel chamado Zacarias. concessiva, pois, embora haja muitos Severinos na freguesia, cada um mantém sua individualidade. condicional, pois indica que haveria muitos Severinos na freguesia se houvesse uma causa específica. comparativa, pois expressa uma comparação entre severinos da região. Correção: A alternativa correta aponta que o verso “por causa de um coronel” corresponde a uma oração subordinada adverbial causal, pois expressa a razão pela qual há muitos Severinos na freguesia: a existência de um coronel chamado Zacarias, figura emblemática e influente na região, que teve muitos filhos batizados com o nome Severino. Na prática Veja no livro!Atividade 2 O verso “por causa de um coronel” corresponde a uma oração subordinada adverbial, que estabelece com o verso anterior uma relação: Morte e vida severina nasceu a partir de uma encomenda recebida pelo autor para a produção de um auto de Natal. No auto de Natal de João Cabral de Melo Neto, há uma paródia do nascimento de Cristo através do nascimento de uma criança nordestina em meio à pobreza do sertão. Morte e vida severina é formada por um ato, dividida em 18 quadros. Cada quadro representa um cenário. A obra: Morte e vida severina Foco no conteúdo Auto é uma forma popular de teatro medieval, de temática religiosa ou profana, composta por um único ato. O auto de Natal é uma composição teatral que encena o nascimento de Jesus. Analise a seguir outros trechos de Morte e vida severina. No primeiro, há uma conversa entre Severino e o mestre carpina, Seu José. No último trecho, uma mulher anuncia o nascimento do filho de José. — Seu José, mestre carpina, e quando ponte não há? quando os vazios da fome não se tem com que cruzar? quando esses rios sem água são grandes braços de mar? — Severino, retirante, o meu amigo é bem moço sei que a miséria é mar largo, não é como qualquer poço: mas sei que para cruzá-la vale bem qualquer esforço. [...] — Seu José, mestre carpina, e que interesse, me diga, há nessa vida a retalho que é cada dia adquirida? espera poder um dia comprá-la em grandes partidas? — Severino, retirante, não sei bem o que lhe diga: não é que espere comprar em grosso tais partidas, mas o que compro a retalho é, de qualquer forma, vida. Foco no conteúdo — Seu José, mestre carpina, que diferença faria se em vez de continuar tomasse a melhor saída: a de saltar, numa noite, fora da ponte e da vida? APROXIMA-SE DO RETIRANTE O MORADOR DE UM DOS MOCAMBOS QUE EXISTEM ENTRE O CAIS E A ÁGUA DO RIO HORA DA LEITURA — Compadre José, compadre, que na relva estais deitado: conversais e não sabeis que vosso filho é chegado? Estais aí conversando em vossa prosa entretida: não sabeis que vosso filho saltou para dentro da vida? Saltou para dento da vida ao dar o primeiro grito e estais aí conversando pois sabeis que ele é nascido. UMA MULHER, DA PORTA DE ONDE SAIU O HOMEM, ANUNCIA- LHE O QUE SE VERÁ Foco no conteúdo ─ é tão belo como a soca que o canavial multiplica. ─ Belo porque é uma porta abrindo-se em mais saídas. [...] ─ Belo porque tem do novo a surpresa e a alegria. ─ Belo como a coisa nova na prateleira até então vazia. ─ Como qualquer coisa nova inaugurando o seu dia. ─ Ou como o caderno novo quando a gente o principia. ─ E belo porque o novo todo o velho contagia. ─ Belo porque corrompe com sangue novo a anemia. ─ Infecciona a miséria com vida nova e sadia. ─ Com oásis, o deserto, com ventos, a calmaria. FALAM OS VIZINHOS, AMIGOS, PESSOAS QUE VIERAM COM PRESENTES ETC. (MELO NETO, 1994) 1. Na passagem do primeiro título para os demais, há uma mudança de perspectiva sobre a vida? Justifique sua resposta. 2. O que o nascimento da criança simboliza no poema? Na prática 10 minutosVIREM E CONVERSEM Correção 1. Na passagem do primeiro título para os demais, há uma mudança de perspectiva sobre a vida? Justifique sua resposta. Sim, há uma mudança de perspectiva sobre a vida. No primeiro trecho apresentado, há uma visão desiludida e fatalista, como expressa o trecho “— Seu José, mestre carpina, que diferença faria se em vez de continuar”, revelando o desânimo diante da continuidade da vida severina. Porém, essa perspectiva é interrompida pelo anúncio do nascimento da criança, representando uma possibilidade de resistência e continuidade para o povo nordestino, mesmo em meio às dificuldades. Na prática 2. O que o nascimento da criança simboliza no poema? O nascimento da criança no poema simboliza esperança e renovação em meio à adversidade do sertão nordestino. No trecho “─ Belo porque corrompe / com sangue novo a anemia. / ─ Infecciona a miséria / com vida nova e sadia”, a chegada do bebê é vista como uma força revitalizadora que desafia a realidade de miséria e sofrimento. Esse nascimento, portanto, representa uma transformação positiva, trazendo vida e resistência para um cenário marcado pela dureza da “vida severina”. • Morte e vida severina apresenta uma crítica social? Qual? • Após ler trechos da obra, como você define o significado da expressão “morte e vida severina”? © Pixabay Encerramento 5 minutos COM SUAS PALAVRAS CÁSPER EDIÇÃO 20. Além da vida severina: A principal obra de João Cabral de Melo Neto completa 60 anos, mas o autor queria ser reconhecido não só por seu poema mais popular. Cásper, [s.d.]. Disponível em: https://revistacasper.casperlibero.edu.br/edicao-20/alem-da- vida-severina/. Acesso em: 30 abr. 2025. LEMOV, D. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023. LITERATURA E OUTRAS ARTES. “Morte e vida severina”: relações e adaptações cabralinas. Spotify, 16 nov. 2022. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/0Y2sppGznJ8Rc1l0Sz9mxN. Acesso em: 30 abr. 2025. MELO NETO, J. C. de. Morte e vida severina e outros poemas para vozes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. Referências https://revistacasper.casperlibero.edu.br/edicao-20/alem-da-vida-severina/ https://revistacasper.casperlibero.edu.br/edicao-20/alem-da-vida-severina/ https://open.spotify.com/episode/0Y2sppGznJ8Rc1l0Sz9mxN ROSENSHINE, B. Principles of instruction: research-based strategies that all teachers should know. American Educator, v. 36, n. 1, Washington, 2012. p. 12-19. Disponível em: https://www.aft.org/ae/spring2012. Acesso em: 30 abr. 2025. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista: etapa Ensino Médio, 2020. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp- content/uploads/2023/02/CURRÍCULO-PAULISTA-etapa-Ensino-Médio_ISBN.pdf. Acesso em: 30 abr. 2025.SÃO PAULO (Estado). SP Escola de Teatro. O que é um Auto teatral? Centro de Formação das Artes do Palco, 21 dez. 2020. Disponível em: https://www.spescoladeteatro.org.br/noticia/o-que-e-um-auto-teatral. Acesso em: 30 abr. 2024. SARMENTO, L. L. Vereda Digital: Gramática em textos. São Paulo: Moderna, 2012. Identidade visual: imagens © Getty Images. Referências https://www.aft.org/ae/spring2012 https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2023/02/CURR%C3%8DCULO-PAULISTA-etapa-Ensino-M%C3%A9dio_ISBN.pdf https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2023/02/CURR%C3%8DCULO-PAULISTA-etapa-Ensino-M%C3%A9dio_ISBN.pdf https://www.spescoladeteatro.org.br/noticia/o-que-e-um-auto-teatral A seguir, você encontra uma seleção de exercícios extras, que ampliam as possibilidades de prática, de retomada e aprofundamento do conteúdo estudado. Aprofundando Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas, e iguais também porque o sangue que usamos tem pouca tinta. 1. (ENEM 2011) Aprofundando E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte Severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia. MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio Janeiro: Nova Aguilar, 1994 (fragmento). Veja no livro! B C D E A presença da morte, que universaliza os sofrimentos dos nordestinos. opressão socioeconômica a que todo ser humano se encontra submetido. miséria, à qual muitos nordestinos estão expostos, simbolizada na figura de Severino. descrição sentimentalista de Severino, que divaga sobre questões existenciais. figura do homem agreste, que encara ternamente sua condição de pobreza. Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta retrata uma situação marcada pela: Aprofundando Veja no livro! B C D E A presença da morte, que universaliza os sofrimentos dos nordestinos. opressão socioeconômica a que todo ser humano se encontra submetido. miséria, à qual muitos nordestinos estão expostos, simbolizada na figura de Severino. descrição sentimentalista de Severino, que divaga sobre questões existenciais. figura do homem agreste, que encara ternamente sua condição de pobreza. Correção: O poema Morte e vida severina simboliza, através de Severino, a miséria enfrentada pelos nordestinos, que sofrem com a falta de recursos e condições precárias de vida, levando a mortes prematuras. Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta retrata uma situação marcada pela: Aprofundando Veja no livro! — Essa cova em que estás, com palmos medida, é a conta menor que tiraste em vida. — É de bom tamanho, nem largo, nem fundo, é a parte que te cabe deste latifúndio. 2. (UCS [s.d.]) Leia o fragmento de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Aprofundando (MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida severina e outros poemas para vozes. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. p. 108.) Veja no livro! B C D E A o autor, por meio dele, denuncia os profundos problemas sociais que assolam o Sudeste brasileiro. há uma nota de inconformismo no fragmento acima, sintetizada no verso “é de bom tamanho”. a companheira fiel e constante dos retirantes é a vida, capaz de lhes dar a terra que lhes pertence. Severino simboliza todos os latifundiários que, ciclicamente, abandonam suas terras por causa da seca. a imagem antitética que se estabelece entre cova e latifúndio sugere a exploração sofrida pelos nordestinos. (UCS [s.d.]) Em relação ao poema, é correto afirmar que: Aprofundando Veja no livro! B C D E A o autor, por meio dele, denuncia os profundos problemas sociais que assolam o Sudeste brasileiro. há uma nota de inconformismo no fragmento acima, sintetizada no verso “é de bom tamanho”. a companheira fiel e constante dos retirantes é a vida, capaz de lhes dar a terra que lhes pertence. Severino simboliza todos os latifundiários que, ciclicamente, abandonam suas terras por causa da seca. a imagem antitética que se estabelece entre cova e latifúndio sugere a exploração sofrida pelos nordestinos. Correção: A alternativa correta destaca a antítese entre “cova” e “latifúndio” no poema, simbolizando a exploração dos nordestinos, que recebem apenas uma pequena “parte” do vasto latifúndio — a cova. Essa imagem reforça a crítica social de João Cabral de Melo Neto sobre a desigualdade e a opressão enfrentadas pelos trabalhadores rurais. (UCS [s.d.]) Em relação ao poema, é correto afirmar que: Aprofundando Veja no livro! Slide 1 Slide 2 Slide 3: Morte e vida severina Slide 4: O autor: João Cabral de Melo Neto Slide 5: A expressão “trabalho de lapidação da palavra” sugere que a poesia de João Cabral de Melo Neto Slide 6: A expressão “trabalho de lapidação da palavra” sugere que a poesia de João Cabral de Melo Neto Slide 7: A obra: Morte e vida severina Slide 8 Slide 9 Slide 10: O trecho “na mesma cabeça grande/ que a custo é que se equilibra,/ no mesmo ventre crescido/ sobre as mesmas pernas finas/ e iguais também porque o sangue,/ que usamos tem pouca tinta” sugere: Slide 11: O trecho “na mesma cabeça grande/ que a custo é que se equilibra,/ no mesmo ventre crescido/ sobre as mesmas pernas finas/ e iguais também porque o sangue,/ que usamos tem pouca tinta” sugere: Slide 12: Orações subordinadas adverbiais – parte I Slide 13: Leia o trecho e responda à pergunta a seguir. Slide 14: O verso “por causa de um coronel” corresponde a uma oração subordinada adverbial, que estabelece com o verso anterior uma relação: Slide 15: O verso “por causa de um coronel” corresponde a uma oração subordinada adverbial, que estabelece com o verso anterior uma relação: Slide 16: A obra: Morte e vida severina Slide 17 Slide 18: UMA MULHER, DA PORTA DE ONDE SAIU O HOMEM, ANUNCIA-LHE O QUE SE VERÁ Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25: 1. (ENEM 2011) Slide 26: Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta retrata uma situação marcada pela: Slide 27: Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta retrata uma situação marcada pela: Slide 28: 2. (UCS [s.d.]) Leia o fragmento de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Slide 29: (UCS [s.d.]) Em relação ao poema, é correto afirmar que: Slide 30: (UCS [s.d.]) Em relação ao poema, é correto afirmar que: Slide 34