Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE REGIONAL DE 
BLUMENAU 
 
 
 
 
IMUNOLOGIA 
PROTOCOLOS DE AULAS 
PRÁTICAS 
 
 
 
FURB-CCEN-DCN 
Professores: Keila Z. Siqueira Batista 
 Hercílio H. da Silva Filho 
 Monitor(es): Vanessa e Eduardo 
 
 
 2010 
 
 
2 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
SUMÁRIO 
 
1. ABO – REAÇÃO DE AGLUTINAÇÃO .................................................................. 3 
2. FLOCULAÇÃO.......................................................................................................... 4 
3. ATIVIDADE HEMOLÍTICA (AH) DO SORO HUMANO........ ........................... 5 
4. PROVA CRUZADA – CROSSMATCHING............................................................7 
5. HEMAGLUTINAÇÃO . ............................................................................................ 8 
6. INIBIÇÃO DA AGLUTINAÇÃO........................................................................... 10 
7. IMUNODIFUSÃO RADIAL DUPLA .................................................................... 11 
8. IMUNODIFUSÃO RADIAL SIMPLES................................................................. 11 
9. MÉTODO DE ELISA PARA DETECÇÃO DE Giardia.......................................13 
10. MÉTODO DE ELISA PARA DETECÇÃO HORMONAL......... .......................14 
11. REAÇÃO DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA (RIFI) - Treponema 
pallidum...........................................................................................................................15 
12. ISOLAMENTO E CONTAGEM DE LINFÓCITOS DO SANGUE 
PERIFÉRICO ...............................................................................................................17 
 
ANEXOS ........................................................................................................................ 19 
Fenótipo Bombaim........................................................................................................20 
 
 
3 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
1. ABO – REAÇÃO DE AGLUTINAÇÃO 
 
1. Colocar uma gota de sangue total em cada extremidade de uma lâmina de vidro; 
2. Sobre uma delas adicionar uma gota do reagente Anti – A, e sobre a outra uma 
gota do reagente Anti – B; 
3. Para o fator Rh, realizar o mesmo procedimento do item 1 e adicionar uma gota 
do Anti-D; 
4. Homogeneizar cada reação com misturador diferente, cuidando para não 
misturar uma à outra; 
5. Observar aglutinação em dois minutos. 
 
Grupos Aglutininas Aglutinogênio Antígeno B N 
A Anti – B A A 40% 27% 
B Anti – A B B 11% 20% 
AB -------------- AB AB 04% 04% 
O Anti – A 
Anti – B 
------------- H 45% 49% 
 
Aglutinina: anticorpo natural da classe IgM presente no soro dos indivíduos. 
Aglutinogênio: antígeno presente na superfície das hemáceas 
B: porcentagem de brancos na população 
N: porcentagem de negros na população. 
 
 
4 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
2. FLOCULAÇÃO 
 
1) Diluir o soro do paciente à 1:2; 1:4; 1:8: 1:16; 1:32 ... (diluições seriadas); 
2) Colocar uma gota de soro puro e uma gota de cada uma das diluições 
seriadas, numa lâmina escavada e a seguir adicionar 1 gota do reagente de 
VDRL (antígeno); 
3) Misturar cada reação com um misturador diferente e com movimentos 
rotacionais por mais ou menos 4 minutos; 
4) Ler a reação a olho nu ou sob a luz de um microscópio óptico; 
5) Fazer um controle negativo com salina; 
6) Relatar o título do soro do paciente, que será determinado pela maior 
diluição onde ainda se observou floculação. 
 
Interpretação dos resultados: 
 
 Consideramos teste REATIVO quando encontramos partículas 
agrupadas em médios e grandes grumos. 
 Muitas vezes encontramos o Fenômeno de pró-zona, onde grumos 
começam a aparecer somente a partir das diluições de 1:2 ou 1:4. Isto ocorre quando os 
títulos do soro são superiores a 1:32 e os anticorpos específicos que estão em alta 
concentração no soro do paciente, promovem inibição da floculação. 
 
 
5 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
3. TITULAÇÃO DA ATIVIDADE HEMOLÍTICA (AH) DO SORO 
HUMANO 
 
1) Diluir a hemolisina: 100µL em 12ml de salina. A hemolisina é ao anticorpo anti- 
hemáceas de carneiro produzido em coelho; 
2) Preparação da suspensão de Hemáceas de Carneiro: é o antígeno que 
desencadeará a reação 
• Lavar a hemácia 3 vezes com salina; 
• Ressuspender 500µL da papa de hemácia em 12ml de salina; 
3) Sistema hemolítico: consiste na reação do antígeno (hemácias de carneiro) com 
o anticorpo anti-hemácia (hemolisina) 
• Misturas a suspensão de hemácias e a hemolisina vol/vol (12ml + 12ml) 
• Manter a mistura em banho-maria a 37°C por no mínimo 15 minutos; 
4) Controle normal: Misturar 3 soros normais (utilizado como comparação: 
dispensado para a aula); 
5) Reação: 
• Preparar 10 tubos com o soro a ser testado (e 10 tubos para o controle) de 
acordo como segue o esquema: 
Volume (µµµµL) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
Salina ---- 100 200 300 400 450 470 480 490 500 
Soro 
Humano 
500 400 300 200 100 50 30 20 10 ---- 
Sistema 
Hemolítico 
500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 
 
• Incubar em banho-maria a 37/ por 30 minutos; 
• Centrifugar a 1500 rpm por 1 minuto. 
 
Resultado: O soro fornece o complemento que será dosado nesta reação. Observar o 
último tubo que apresentou hemólise parcial; 
 
Cálculo da atividade hemolítica (AH): 
 
 % AH= 100 x (1 – VS/VT) 
 
 
6 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
Onde: 
VS: Volume de soro no tubo com hemólise parcial; 
VT: Volume de soro + salina (500µL) 
 
Interpretação: Os valores normais – 90 a 96% de atividade (tubo 6 ao 8) com hemólise 
total ou parcial. 
Observações: 
• O tubo 10 deverá estar completamente isento de hemólise; 
• Os itens 1, 2 e 3 são previamente desenvolvidos no laboratório de Imunologia. 
 
 
7 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
4. PROVA CRUZADA – CROSSMATCHING 
 
Método rápido 
Misture numa lâmina 1 gota de sangue do doador (em EDTA ou CPDA-1), 1 gota de 
soro do receptor e 2 gotas de soro fisiológico. 
Técnica rápida em tubo de ensaio 
1) Coloque num tubo de ensaio 2 gotas de sangue do doador (em EDTA ou CPDA-1) e 
misture com 1 ml de soro fisiológico. 
2) Adicione 2 gotas de soro do receptor e centrifugue o tubo a 750 rpm durante 15-30 
segundos. 
3) Agite levemente o tubo e coloque uma gota numa lâmina de microscopia. 
 
Interpretação dos resultados: 
Misture bem as gotas rodando gentilmente as lâminas: observe a formação de 
microagregados após 2 minutos; coloque uma lamela e, após 5 minutos, observe ao 
microscópio (objetivas de 40x a 100x): 
- Aglutinação vs rouleaux: É impossível a distinção macroscópica. Microscopicamente 
a aglutinação surge como agregados de células (em bago de uva), orientadas 
indistintamente e sobrepostas de uma forma desordenada. Os rouleuax surgem 
geralmente em pilhas de eritrócitos; os de maior tamanho mais dificilmente se 
distinguem da aglutinação. Nestes casos, deveremos estar atentos aos bordos destes 
agregados, tentando identificar imagens sugestivas de pilhas de eritrócitos. 
ATENÇÃO: à medida que a solução vai secando, começam a formar-se os rouleaux 
(maior intensidade nos bordos da lamela). Estes são meros artefatos, enquanto que 
sinais de aglutinação indicam incompatibilidade sanguínea. 
 
 
8 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
5. HEMAGLUTINAÇÃO 
 
1. Procedimento 
• Diluir o soro a 1/32 em tubo de ensaio, utilizando o diluente de soros (25 
microlitros de soro e 0,8 ml de diluente de soros). 
• Pipetar 25 microlitros da diluição a 1/32 nos orifícios da placa de 
microtitulação (fundo em “V”). 
• Homogeneizar e adicionar à diluição 25 micro litros do reagente 
(hemácias sensibilizadas) em cada orifício. 
• Agitar levemente a placa para uma homogeneização completa. 
• Deixar em repouso 1 hora em temperatura ambiente em local livre de 
vibrações.• Proceder à leitura, anotando até que título é positivo. 
• Utilizar controles positivo e negativo com a diluição 1/32. 
 
2. Resultados 
• Reação positiva: aglutinação completa das hemácias, com a formação de 
um manto homogêneo: (reação antígeno-anticorpo). 
• Reação fracamente positiva ou duvidosa: aglutinação irregular das 
hemácias, com a formação de um manto homogêneo, porém, 
apresentando um halo pequeno indefinido no centro do orifício. 
• Reação negativa: quando não se caracterizar a reação antígeno-anticorpo, 
haverá uma sedimentação das hemácias em forma de botão. 
 
3. Ilustração dos resultados 
 
• Reação positiva: 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
• Reação fracamente positiva: 
 
 
 
• Reação negativa: 
 
 
• Observações 
- Em casos de positividade da reação, deve-se proceder a titulação dos soros. 
 
 
 
10 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
6. INIBIÇÃO DA AGLUTINAÇÃO 
 
1. Filtrar previamente a urina; 
2. Numa placa de fundo escuro, colocar uma gota de urina, uma gota de padrão 
negativo e uma gota do padrão positivo, em cada uma das áreas definidas; 
3. Adicionar uma gota de anti – HCG em cada amostra; 
4. Com o auxílio de um misturador próprio, homogeneizar cuidadosamente cada 
reação, por cerca de 30 segundos; 
5. Adicionar a cada reação uma gota de látex – HCG (partículas de látex 
sensibilizadas com HCG); 
6. Homogeneizar, em seguida, e observar a aglutinação em 2 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Urina 
 
Amostra HCG + Anti–HCG + Látex com HCG = inibição da aglutinação = positivo 
Amostra ( - ) + Anti–HCG + Látex com HCG = aglutinação = negativo 
 
HCG = Gonadotrofina Coriônica Humana 
 
 
 
 
 
 
11 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
7 e 8. IMUNODIFUSÃO 
 
a) CARBONARI-MANCINI – Imunodifusão radial simples 
 
Procedimento: 
• Incorporar a uma solução de ágar a 1% em salina, um anticorpo anti-
antígeno pré-estabelecido (o ágar deve ser fundido por aquecimento e 
deixado resfriar até aproximadamente 55°C antes da adição do anticorpo); 
• Distribuir sobre uma placa de acrílico dividida em quatro quadrantes; 
• Após a gelificação do ágar, fazer um orifício no centro de cada quadrante 
com o auxílio de um molde; 
• Preencher estes orifícios com o antígeno, sendo que 3 deles serão ocupados 
com concentrações definidas que servirão como padrões para a construção 
de uma curva (Ex: padrões de 1mg/ml, 2mg/ml e 3mg/ml). No 4° orifício 
colocar o antígeno que tem concentração desconhecida (soro); 
• Cobrir a placa e incubar a 4°C por 24 horas; 
• Efetuar a leitura observando a formação dos halos de precipitação; 
• Medir o diâmetro de cada halo com o auxílio de uma régua; 
• Configurar uma curva em papel milimetrado colocando nas ordenadas o 
diâmetro elevado ao quadrado e nas abscissa a concentração dos padrões. A 
concentração do antígeno desconhecido será definida pela medida do seu 
diâmetro e projeção no gráfico. 
 
b) OUTCHERLONY- Dupla difusão em ágar 
 
Procedimento: 
• Colocar 4ml de uma solução a 1% de ágar sobre duas lâminas de vidro; 
• Esperar a geleificação a temperatura ambiente; 
• Identidade: Com o auxílio de um molde, fazer 3 orifícios como mostra a 
figura: 
 
 
 
 
12 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
 
 
 
 
 
 
a) Nos dois orifícios aplica antígenos 1 e 2 respectivamente. No 
orifício inferior colocar o soro imune; 
b) Incubar a 4°C por 24 horas, em câmara úmida; 
c) Observar a formação de linhas de precipitação. 
 
• Título: Com o auxílio de um molde, fazer orifícios como na figura: 
 
 
 
 
 
 
 
• Diluir o soro contendo os anticorpos nas proporções: 1:2, 1:4, 1:8, 1:16 e 
1:32; 
• Aplicar as diluições em cada um dos orifícios, sendo que no último deve-
se colocar o soro puro; 
• Preencher o orifício central com o antígeno; 
• Incubar a 4°C por 24 horas em câmara úmida; 
• Observar as linhas de precipitação; 
• Resultado: O título de anticorpos no soro corresponde a maior diluição 
onde ocorreu precipitação. 
 
 
 
 
 
 
13 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
9. DETECÇÃO DE GIARDIA, PELO MÉTODO DE ELISA 
 
Execução: 
1- Uma amostra de fezes é previamente diluída em 250 ml de água destilada; 
2- O material é centrifugado à 2.500 rpm/20; 
3- O centrifugado é diluído no diluente do kit (GIARDIA II - TechLab) para 
detecção de Giardia, na proporção de 1:5 (100ml para 400 ml do diluente). 
 
Procedimento para o ELISA: 
1. Uma gota (50 µl) do controle positivo em um poço, uma gota (50 µl) do 
controle negativo em outro poço e 50 µl de cada amostra nos respectivos 
poços; 
2. Aguardar hora a temperatura ambiente ou a 37°C; 
3. Lavar 3x ou 4x (conforme limpeza do material) com PBS; 
4. Retire completamente o PBS dos poços; 
5. Adicione uma gota (50 µl) do conjugado em cada poço; 
6. Aguardar 30 minutos ao abrigo da luz; 
7. Repetir os passos 3 e 4; 
8. Adicionar em cada poço 100 µl do substrato; 
9. Adicionar solução de parada, 50 µl (a cor é estável por 10 minutos); 
10. Ler em leitora de ELISA nos filtros de 450 e 630nm. 
 
Resultados 
Observar o CUT OFF (fornecido pelo kit ou calculado) e concluir: 
- Valor menor que CUT OFF é considerado negativo. 
- Valor maior ou igual ao CUT OFF é considerado positivo 
 
 
 
14 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
10. ELISA PARA DOSAGEM SÉRICA HORMONAL 
 
TÉCNICA: 
1. Sensibilizar a placa com 10 µl/poço dos padrões, controles e amostras. 
2. Adicionar 100µl do conjugado em todos os poços. Homogeneizar bem, dando 
leves batidas nos lados da placa. 
3. Adicionar 50µl do anticorpo anti-hormônio pesquisado em todos os poços. 
Homogeneizar bem. 
4. Incubar 90 min à 37ºC. 
5. Após esse período, desprezar o conteúdo dos poços e lavar a placa 3 vezes, no 
mínimo, com água destilada ou deionizada. 
6. Inverter a placa em papel absorvente, batendo para retirar o excesso de líquido. 
ATENÇÃO: lavagens insuficientes ocasionam falsos resultados. 
7. Adicionar 100 µl do substrato em todos os poços, e homogeneizar bem. 
8. Incubar 20 minutos em temperatura ambiente (18 a 25ºC), ao abrigo da luz (em 
câmara escura). 
9. Interromper a reação enzimática adicionando 100 µl de solução de parada 
(STOP) em todos os poços. Homogeneizar cuidadosamente por 30 segundos. 
10. Observar a mudança da cor azul para amarela, completamente, a fim de evitar 
resultados duvidosos. 
11. Fazer a leitura em densidades ópticas de 450-630 nm em leitor de microplacas, 
em até 10 minutos. 
 
 
INTERPRETAÇÃO: 
Para testosterona - Valores de referência: 
HOMENS: pré-puberdade..........................0,1 a 0,2 ng/ml 
 Adultos.....................................3,0 a 10,0 ng/ml 
MULHERES: pré-puberdade......................0,1 a ,02 ng/ml 
 Fase folicular.......................0,2 a 0,8 ng/ml 
 Fase lútea.............................0,2 a 0,8ng/ml 
 Pós-menopausa....................0,08 a 0,35 ng/ml 
 
 
15 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
11. REAÇÃO DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA (RIFI) - 
Treponema pallidum 
 
• Procedimento 
1. Inativar o soro por 30 minutos, a 56ºC. 
2. Diluir os soros desconhecidos 1/5 com a solução absorvente (para a 
remoção de Ac anti-treponema inespecíficos. Obs: agitar antes de usar, 
para a diluição de 1/5 sugere-se 10 µl do soro+ 40 µl da solução 
absorvente). Deixar 15 minutos em temperatura ambiente. 
3. Deixar a(s) lâmina(s) atingir(em) a temperatura ambiente por 15 minutos 
antes de retirá-la(s) do envelope. Removê-la(s) sem tocar no substrato, 
rotulá-la(s) em câmara úmida. 
4. Pingar 1 gota dos controles positivos e negativos nas áreas 1 e 2 da(s) 
lâminas(s), respectivamente e do(s) soro(s) desconhecido(s), nas áreas 
restantes, evitando transbordar as áreas. 
5. Incubar na câmara úmida por 30 minutos por 30 minutos, em 
temperaturaambiente. 
6. Remover a(s) lâmina(s) da câmara úmida. Segurá-la(s) por uma 
extremidade e lavá-la(s) com aproximadamente 10ml de tampão fosfato-
salino (PBS). Usando uma pipeta dirigir o PBS pela borda longitudinal 
da lâmina, tendo o cuidado de não atingir diretamente as áreas reativas, 
evitando, com isso, prejudicar o substrato. Colocar a(s) lâmina(s) em 
uma jarra de Coplin ou similar e lavá-la(s) 3 vezes com PBS, 5 minutos 
cada vez, agitando suavemente o Coplin algumas vezes durante cada 
lavagem. 
7. Remover a(s) lâmina(s) do Coplin, uma de cada vez. Tirar o excesso de 
PBS, sacudindo-a(s) sobre papel absorvente. Secar em torno das áreas 
reativas e ir imediatamente para a etapa 8 para não secar o local da 
reação. 
8. Retorna a câmara úmida. Pingar uma gota da antigamaglobulina marcada 
em cada da(s) lâmina(s), tendo o cuidado de recobri-la(s) totalmente. 
9. Incubar em câmara úmida por 30 minutos, em temperatura ambiente, 
 
 
16 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
protegendo do excesso de luz. 
10. Repetir a etapa 6. 
11. Remover a(s) lâmina(s) do Coplin, uma de cada vez. Tirar o excesso de 
PBS, sacudindo-a(s) sobre o papel absorvente. Secar em torno das áreas 
reativas e ir imediatamente para a etapa 12 para não secar o local da 
reação. 
12. Pingar 3 a 4 gotas de glicerina tamponada entre as áreas reativas. Cobrir 
a(s) lâmina(s) com lamínula(s), evitando a formação de bolhas. Secar o 
excesso de glicerina com papel absorvente. 
13. Ler em microscópio de fluorescência. É conveniente fazer a leitura da 
lâmina no mesmo, entretanto, se não for possível, conservá-la em 
geladeira (2-8ºC), protegida da luz e lê-las no dia seguinte. 
 
• Resultados das leituras 
-Reação negativa: AUSÊNCIA de fluorescência amarelo-esverdeada na 
espiroqueta (T. Pallidum). Geralmente não se observa o espiroqueta ou vê-se muito 
tenuamente. 
-Reação positiva: PRESENÇA de fluorescência amarelo-esverdeada 
característica na espiroqueta (T. Pallidum). 
OBS: Examinar sempre os controles positivo e negativo para controle da 
reação. 
 
• Interpretação 
Soros que dão reação negativa são informados como NÃO REAGENTES e 
significam indivíduos não-infectados. 
Soros que reação positiva são informados como REAGENTES e significam 
indivíduos infectados pelo Treponema pallidum ou infecção pregressa. Na maioria 
dos casos, mesmo após a cura da doença, o FTA-Abs persiste reagente pão vários 
anos. 
 
Fonte: WAMA Diagnóstica. Imuno-Com. FTA-Abs. Kit para determinação de anticorpos anti-Treponema 
pallidum no soro humano por imunofluorescência indireta. 
 
 
17 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
12. SEPARAÇÃO E CONTAGEM DE LINFÓCITOS DO SANGUE 
PERIFÉRICO GRADIENTE DE FICOLL-HYPAQUE (1,076 G/ML ) 
 
Procedimento 
 
1. Coletar 10ml de sangue, utilizando EDTA como anticoagulante; 
2. Deixar o sangue sedimentar naturalmente ou centrifugar a 1000rpm, por 3 
minutos; 
3. Retirar com pipeta Pasteur, aproximadamente 2mL de plasma imediatamente 
acima da interface celular e colocar em tubo seco; 
4. Acrescentar ao plasma 2ml de salina e homogeneizar delicadamente; 
5. Depositar cuidadosamente, com a pipeta Pasteur, os 4mL da mistura sobre 2mL 
de solução de Ficoll-Hystopaque, que se encontra em um tubo de centrífuga 
protegido da luz. É essencial que o plasma não se misture com a solução de 
Ficoll, formando duas fases bem distintas; 
6. Centrifugar a 1500 rpm, por 20 minutos; 
7. Com uma pipeta Pasteur, colher a nuvem de linfócitos que se formou na 
interfase; 
8. Lavar as células recolhidas com salina a 1500 rpm, por 10 minutos; 
9. Ressuspender em 1ml de solução de salina; 
10. Com a pipeta, colocar uma gota da suspensão entre lâmina e lamínula e observar 
ao microscópio; 
11. Ou então, preencher uma câmara hemocimétrica e contar o número de células; 
12. CONTAGEM: Diluir a suspensão de células à 1:20 (0,1mL da suspensão em 
1,9mL de salina a 0,85%); 
13. Preencher um dos lados da câmara de Neubauer com a suspensão à 1:20 ou em 
lâmina de microscópio dispensar 5 µl da amostra de células e cobrir com 
lamínula 22x22, contar 100 campos e multiplicar o resultado por 35 (o resultado 
corresponde ao numero de células contidos em 5 µl); 
14. Contar no mínimo 2 quadrantes laterais opostos e tirar a média aritmética; 
15. Calcular o número de linfócitos pela fórmula: 
 
 
 
18 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
 
 
 
• OBSERVAÇÃO: o resultado é dado por ml; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
N° de linfócitos = linfócitos por quadrante (média) x 200 x 10³ 
 
 
19 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
ANEXOS 
 
SOLUÇÃO DE PBS 0,5m pH 7,2 
NaCl 8,00g 
Na2HPO4 1,15g 
KH2PO4 0,20g 
KCl 0,20g 
H2O dd 1000,00 ml 
 
SOLUÇÃO FISIOLÓGICA: 0,85% 
NaCl (0,15M): 0,85g – 100 ml H2Odd 
 
SOLUÇÃO PBS 0,01M pH 7,2 
Solução estoque: Na2HPO4 – 10,96g 
 Na2HPO4 – 3,15g 
 ------------------- 400ml H2Odd 
Solução fisiológica: 10x concentrada – 42,5g NaCl/500ml H 
Misturar: 40 ml sol. Estoque 
 100 ml NaCl (10x) 
Completar para 1000 ml com água destilada. 
 
SOLUÇÃO DE H2SO4 2N: 
Diluir 18x: 1 ml (H2SO4) 
 17 ml (H2O dd) 
 
 
 
20 
Apostila de aulas práticas de Imunologia
 
Fenótipo Bombaim 
Origem: Wikipédia 
 
O Fenótipo Bombaim - grupo sanguíneo hh, ou grupo sangüíneo de Bombaim (Bombay 
phenotype, em inglês), é um fenômeno raro, primeiramente descoberto na cidade de 
Bombaim, Índia, pelo qual indivíduos que possuem genótipo referente aos grupos 
sangüíneos "A", "B" ou "AB" expressam o grupo sangüíneo "O". 
Essas pessoas não produzem a enzima ativa (H) que transformaria uma substância 
precursora em antígeno H. Os antígenos A e B são produzidos a partir desse antígeno. 
Desse modo, a sua ausência faz com que essas pessoas não apresentem quer o antígeno 
A, quer o B, nos seus glóbulos vermelhos, mesmo que possuam alelos referentes à 
síntese dessas substâncias. A produção dessa enzima é determinada por um gene 
dominante; não acontece em casos de recessividade desses genes e não possui relação 
com os genes determinantes dos tipos sangüíneos. 
O paciente que receber sangue contendo um antígeno que jamais esteve no seu próprio 
sangue terá uma reação imune. Assim sendo, os indivíduos com o fenótipo de Bombaim 
podem doar sangue para qualquer membro do sistema ABO (a não ser que outro fator 
sangüíneo, como o Rh, seja incompatível), mas não podem receber de nenhum membro 
do sistema ABO (cujo sangue contém sempre um ou mais antígenos A, B e H); somente 
recebem sangue de indivíduos com o fenótipo de Bombaim. Os testes costumeiros para 
o sistema ABO os apontam como integrantes do grupo O, porém incompatibilidades 
relacionadas a cruzamentos podem evidenciar o falso "O". Por exemplo, um pai e uma 
mãe, ambos com sangue, supostamente, tipo "O", ao gerar um filho com sangue tipo 
"A", evidenciam que um dos pais ou os dois possuem pelo menos o antígeno "A" e 
outros exames de laboratório mais específicos podem confirmar o fenômeno. 
 
Outros nomes 
• "Efeito Bombaim", por haver sido o fenômeno descoberto naquela cidade e devido à 
alta incidência na região. 
• "Falso O", já que os alelos responsáveis pela produção dos antígenos "A" ou "B" não 
têm relação com os responsáveis pela produção da enzima H.

Mais conteúdos dessa disciplina