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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU IMUNOLOGIA PROTOCOLOS DE AULAS PRÁTICAS FURB-CCEN-DCN Professores: Keila Z. Siqueira Batista Hercílio H. da Silva Filho Monitor(es): Vanessa e Eduardo 2010 2 Apostila de aulas práticas de Imunologia SUMÁRIO 1. ABO – REAÇÃO DE AGLUTINAÇÃO .................................................................. 3 2. FLOCULAÇÃO.......................................................................................................... 4 3. ATIVIDADE HEMOLÍTICA (AH) DO SORO HUMANO........ ........................... 5 4. PROVA CRUZADA – CROSSMATCHING............................................................7 5. HEMAGLUTINAÇÃO . ............................................................................................ 8 6. INIBIÇÃO DA AGLUTINAÇÃO........................................................................... 10 7. IMUNODIFUSÃO RADIAL DUPLA .................................................................... 11 8. IMUNODIFUSÃO RADIAL SIMPLES................................................................. 11 9. MÉTODO DE ELISA PARA DETECÇÃO DE Giardia.......................................13 10. MÉTODO DE ELISA PARA DETECÇÃO HORMONAL......... .......................14 11. REAÇÃO DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA (RIFI) - Treponema pallidum...........................................................................................................................15 12. ISOLAMENTO E CONTAGEM DE LINFÓCITOS DO SANGUE PERIFÉRICO ...............................................................................................................17 ANEXOS ........................................................................................................................ 19 Fenótipo Bombaim........................................................................................................20 3 Apostila de aulas práticas de Imunologia 1. ABO – REAÇÃO DE AGLUTINAÇÃO 1. Colocar uma gota de sangue total em cada extremidade de uma lâmina de vidro; 2. Sobre uma delas adicionar uma gota do reagente Anti – A, e sobre a outra uma gota do reagente Anti – B; 3. Para o fator Rh, realizar o mesmo procedimento do item 1 e adicionar uma gota do Anti-D; 4. Homogeneizar cada reação com misturador diferente, cuidando para não misturar uma à outra; 5. Observar aglutinação em dois minutos. Grupos Aglutininas Aglutinogênio Antígeno B N A Anti – B A A 40% 27% B Anti – A B B 11% 20% AB -------------- AB AB 04% 04% O Anti – A Anti – B ------------- H 45% 49% Aglutinina: anticorpo natural da classe IgM presente no soro dos indivíduos. Aglutinogênio: antígeno presente na superfície das hemáceas B: porcentagem de brancos na população N: porcentagem de negros na população. 4 Apostila de aulas práticas de Imunologia 2. FLOCULAÇÃO 1) Diluir o soro do paciente à 1:2; 1:4; 1:8: 1:16; 1:32 ... (diluições seriadas); 2) Colocar uma gota de soro puro e uma gota de cada uma das diluições seriadas, numa lâmina escavada e a seguir adicionar 1 gota do reagente de VDRL (antígeno); 3) Misturar cada reação com um misturador diferente e com movimentos rotacionais por mais ou menos 4 minutos; 4) Ler a reação a olho nu ou sob a luz de um microscópio óptico; 5) Fazer um controle negativo com salina; 6) Relatar o título do soro do paciente, que será determinado pela maior diluição onde ainda se observou floculação. Interpretação dos resultados: Consideramos teste REATIVO quando encontramos partículas agrupadas em médios e grandes grumos. Muitas vezes encontramos o Fenômeno de pró-zona, onde grumos começam a aparecer somente a partir das diluições de 1:2 ou 1:4. Isto ocorre quando os títulos do soro são superiores a 1:32 e os anticorpos específicos que estão em alta concentração no soro do paciente, promovem inibição da floculação. 5 Apostila de aulas práticas de Imunologia 3. TITULAÇÃO DA ATIVIDADE HEMOLÍTICA (AH) DO SORO HUMANO 1) Diluir a hemolisina: 100µL em 12ml de salina. A hemolisina é ao anticorpo anti- hemáceas de carneiro produzido em coelho; 2) Preparação da suspensão de Hemáceas de Carneiro: é o antígeno que desencadeará a reação • Lavar a hemácia 3 vezes com salina; • Ressuspender 500µL da papa de hemácia em 12ml de salina; 3) Sistema hemolítico: consiste na reação do antígeno (hemácias de carneiro) com o anticorpo anti-hemácia (hemolisina) • Misturas a suspensão de hemácias e a hemolisina vol/vol (12ml + 12ml) • Manter a mistura em banho-maria a 37°C por no mínimo 15 minutos; 4) Controle normal: Misturar 3 soros normais (utilizado como comparação: dispensado para a aula); 5) Reação: • Preparar 10 tubos com o soro a ser testado (e 10 tubos para o controle) de acordo como segue o esquema: Volume (µµµµL) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Salina ---- 100 200 300 400 450 470 480 490 500 Soro Humano 500 400 300 200 100 50 30 20 10 ---- Sistema Hemolítico 500 500 500 500 500 500 500 500 500 500 • Incubar em banho-maria a 37/ por 30 minutos; • Centrifugar a 1500 rpm por 1 minuto. Resultado: O soro fornece o complemento que será dosado nesta reação. Observar o último tubo que apresentou hemólise parcial; Cálculo da atividade hemolítica (AH): % AH= 100 x (1 – VS/VT) 6 Apostila de aulas práticas de Imunologia Onde: VS: Volume de soro no tubo com hemólise parcial; VT: Volume de soro + salina (500µL) Interpretação: Os valores normais – 90 a 96% de atividade (tubo 6 ao 8) com hemólise total ou parcial. Observações: • O tubo 10 deverá estar completamente isento de hemólise; • Os itens 1, 2 e 3 são previamente desenvolvidos no laboratório de Imunologia. 7 Apostila de aulas práticas de Imunologia 4. PROVA CRUZADA – CROSSMATCHING Método rápido Misture numa lâmina 1 gota de sangue do doador (em EDTA ou CPDA-1), 1 gota de soro do receptor e 2 gotas de soro fisiológico. Técnica rápida em tubo de ensaio 1) Coloque num tubo de ensaio 2 gotas de sangue do doador (em EDTA ou CPDA-1) e misture com 1 ml de soro fisiológico. 2) Adicione 2 gotas de soro do receptor e centrifugue o tubo a 750 rpm durante 15-30 segundos. 3) Agite levemente o tubo e coloque uma gota numa lâmina de microscopia. Interpretação dos resultados: Misture bem as gotas rodando gentilmente as lâminas: observe a formação de microagregados após 2 minutos; coloque uma lamela e, após 5 minutos, observe ao microscópio (objetivas de 40x a 100x): - Aglutinação vs rouleaux: É impossível a distinção macroscópica. Microscopicamente a aglutinação surge como agregados de células (em bago de uva), orientadas indistintamente e sobrepostas de uma forma desordenada. Os rouleuax surgem geralmente em pilhas de eritrócitos; os de maior tamanho mais dificilmente se distinguem da aglutinação. Nestes casos, deveremos estar atentos aos bordos destes agregados, tentando identificar imagens sugestivas de pilhas de eritrócitos. ATENÇÃO: à medida que a solução vai secando, começam a formar-se os rouleaux (maior intensidade nos bordos da lamela). Estes são meros artefatos, enquanto que sinais de aglutinação indicam incompatibilidade sanguínea. 8 Apostila de aulas práticas de Imunologia 5. HEMAGLUTINAÇÃO 1. Procedimento • Diluir o soro a 1/32 em tubo de ensaio, utilizando o diluente de soros (25 microlitros de soro e 0,8 ml de diluente de soros). • Pipetar 25 microlitros da diluição a 1/32 nos orifícios da placa de microtitulação (fundo em “V”). • Homogeneizar e adicionar à diluição 25 micro litros do reagente (hemácias sensibilizadas) em cada orifício. • Agitar levemente a placa para uma homogeneização completa. • Deixar em repouso 1 hora em temperatura ambiente em local livre de vibrações.• Proceder à leitura, anotando até que título é positivo. • Utilizar controles positivo e negativo com a diluição 1/32. 2. Resultados • Reação positiva: aglutinação completa das hemácias, com a formação de um manto homogêneo: (reação antígeno-anticorpo). • Reação fracamente positiva ou duvidosa: aglutinação irregular das hemácias, com a formação de um manto homogêneo, porém, apresentando um halo pequeno indefinido no centro do orifício. • Reação negativa: quando não se caracterizar a reação antígeno-anticorpo, haverá uma sedimentação das hemácias em forma de botão. 3. Ilustração dos resultados • Reação positiva: 9 Apostila de aulas práticas de Imunologia • Reação fracamente positiva: • Reação negativa: • Observações - Em casos de positividade da reação, deve-se proceder a titulação dos soros. 10 Apostila de aulas práticas de Imunologia 6. INIBIÇÃO DA AGLUTINAÇÃO 1. Filtrar previamente a urina; 2. Numa placa de fundo escuro, colocar uma gota de urina, uma gota de padrão negativo e uma gota do padrão positivo, em cada uma das áreas definidas; 3. Adicionar uma gota de anti – HCG em cada amostra; 4. Com o auxílio de um misturador próprio, homogeneizar cuidadosamente cada reação, por cerca de 30 segundos; 5. Adicionar a cada reação uma gota de látex – HCG (partículas de látex sensibilizadas com HCG); 6. Homogeneizar, em seguida, e observar a aglutinação em 2 minutos. Urina Amostra HCG + Anti–HCG + Látex com HCG = inibição da aglutinação = positivo Amostra ( - ) + Anti–HCG + Látex com HCG = aglutinação = negativo HCG = Gonadotrofina Coriônica Humana 11 Apostila de aulas práticas de Imunologia 7 e 8. IMUNODIFUSÃO a) CARBONARI-MANCINI – Imunodifusão radial simples Procedimento: • Incorporar a uma solução de ágar a 1% em salina, um anticorpo anti- antígeno pré-estabelecido (o ágar deve ser fundido por aquecimento e deixado resfriar até aproximadamente 55°C antes da adição do anticorpo); • Distribuir sobre uma placa de acrílico dividida em quatro quadrantes; • Após a gelificação do ágar, fazer um orifício no centro de cada quadrante com o auxílio de um molde; • Preencher estes orifícios com o antígeno, sendo que 3 deles serão ocupados com concentrações definidas que servirão como padrões para a construção de uma curva (Ex: padrões de 1mg/ml, 2mg/ml e 3mg/ml). No 4° orifício colocar o antígeno que tem concentração desconhecida (soro); • Cobrir a placa e incubar a 4°C por 24 horas; • Efetuar a leitura observando a formação dos halos de precipitação; • Medir o diâmetro de cada halo com o auxílio de uma régua; • Configurar uma curva em papel milimetrado colocando nas ordenadas o diâmetro elevado ao quadrado e nas abscissa a concentração dos padrões. A concentração do antígeno desconhecido será definida pela medida do seu diâmetro e projeção no gráfico. b) OUTCHERLONY- Dupla difusão em ágar Procedimento: • Colocar 4ml de uma solução a 1% de ágar sobre duas lâminas de vidro; • Esperar a geleificação a temperatura ambiente; • Identidade: Com o auxílio de um molde, fazer 3 orifícios como mostra a figura: 12 Apostila de aulas práticas de Imunologia a) Nos dois orifícios aplica antígenos 1 e 2 respectivamente. No orifício inferior colocar o soro imune; b) Incubar a 4°C por 24 horas, em câmara úmida; c) Observar a formação de linhas de precipitação. • Título: Com o auxílio de um molde, fazer orifícios como na figura: • Diluir o soro contendo os anticorpos nas proporções: 1:2, 1:4, 1:8, 1:16 e 1:32; • Aplicar as diluições em cada um dos orifícios, sendo que no último deve- se colocar o soro puro; • Preencher o orifício central com o antígeno; • Incubar a 4°C por 24 horas em câmara úmida; • Observar as linhas de precipitação; • Resultado: O título de anticorpos no soro corresponde a maior diluição onde ocorreu precipitação. 13 Apostila de aulas práticas de Imunologia 9. DETECÇÃO DE GIARDIA, PELO MÉTODO DE ELISA Execução: 1- Uma amostra de fezes é previamente diluída em 250 ml de água destilada; 2- O material é centrifugado à 2.500 rpm/20; 3- O centrifugado é diluído no diluente do kit (GIARDIA II - TechLab) para detecção de Giardia, na proporção de 1:5 (100ml para 400 ml do diluente). Procedimento para o ELISA: 1. Uma gota (50 µl) do controle positivo em um poço, uma gota (50 µl) do controle negativo em outro poço e 50 µl de cada amostra nos respectivos poços; 2. Aguardar hora a temperatura ambiente ou a 37°C; 3. Lavar 3x ou 4x (conforme limpeza do material) com PBS; 4. Retire completamente o PBS dos poços; 5. Adicione uma gota (50 µl) do conjugado em cada poço; 6. Aguardar 30 minutos ao abrigo da luz; 7. Repetir os passos 3 e 4; 8. Adicionar em cada poço 100 µl do substrato; 9. Adicionar solução de parada, 50 µl (a cor é estável por 10 minutos); 10. Ler em leitora de ELISA nos filtros de 450 e 630nm. Resultados Observar o CUT OFF (fornecido pelo kit ou calculado) e concluir: - Valor menor que CUT OFF é considerado negativo. - Valor maior ou igual ao CUT OFF é considerado positivo 14 Apostila de aulas práticas de Imunologia 10. ELISA PARA DOSAGEM SÉRICA HORMONAL TÉCNICA: 1. Sensibilizar a placa com 10 µl/poço dos padrões, controles e amostras. 2. Adicionar 100µl do conjugado em todos os poços. Homogeneizar bem, dando leves batidas nos lados da placa. 3. Adicionar 50µl do anticorpo anti-hormônio pesquisado em todos os poços. Homogeneizar bem. 4. Incubar 90 min à 37ºC. 5. Após esse período, desprezar o conteúdo dos poços e lavar a placa 3 vezes, no mínimo, com água destilada ou deionizada. 6. Inverter a placa em papel absorvente, batendo para retirar o excesso de líquido. ATENÇÃO: lavagens insuficientes ocasionam falsos resultados. 7. Adicionar 100 µl do substrato em todos os poços, e homogeneizar bem. 8. Incubar 20 minutos em temperatura ambiente (18 a 25ºC), ao abrigo da luz (em câmara escura). 9. Interromper a reação enzimática adicionando 100 µl de solução de parada (STOP) em todos os poços. Homogeneizar cuidadosamente por 30 segundos. 10. Observar a mudança da cor azul para amarela, completamente, a fim de evitar resultados duvidosos. 11. Fazer a leitura em densidades ópticas de 450-630 nm em leitor de microplacas, em até 10 minutos. INTERPRETAÇÃO: Para testosterona - Valores de referência: HOMENS: pré-puberdade..........................0,1 a 0,2 ng/ml Adultos.....................................3,0 a 10,0 ng/ml MULHERES: pré-puberdade......................0,1 a ,02 ng/ml Fase folicular.......................0,2 a 0,8 ng/ml Fase lútea.............................0,2 a 0,8ng/ml Pós-menopausa....................0,08 a 0,35 ng/ml 15 Apostila de aulas práticas de Imunologia 11. REAÇÃO DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA (RIFI) - Treponema pallidum • Procedimento 1. Inativar o soro por 30 minutos, a 56ºC. 2. Diluir os soros desconhecidos 1/5 com a solução absorvente (para a remoção de Ac anti-treponema inespecíficos. Obs: agitar antes de usar, para a diluição de 1/5 sugere-se 10 µl do soro+ 40 µl da solução absorvente). Deixar 15 minutos em temperatura ambiente. 3. Deixar a(s) lâmina(s) atingir(em) a temperatura ambiente por 15 minutos antes de retirá-la(s) do envelope. Removê-la(s) sem tocar no substrato, rotulá-la(s) em câmara úmida. 4. Pingar 1 gota dos controles positivos e negativos nas áreas 1 e 2 da(s) lâminas(s), respectivamente e do(s) soro(s) desconhecido(s), nas áreas restantes, evitando transbordar as áreas. 5. Incubar na câmara úmida por 30 minutos por 30 minutos, em temperaturaambiente. 6. Remover a(s) lâmina(s) da câmara úmida. Segurá-la(s) por uma extremidade e lavá-la(s) com aproximadamente 10ml de tampão fosfato- salino (PBS). Usando uma pipeta dirigir o PBS pela borda longitudinal da lâmina, tendo o cuidado de não atingir diretamente as áreas reativas, evitando, com isso, prejudicar o substrato. Colocar a(s) lâmina(s) em uma jarra de Coplin ou similar e lavá-la(s) 3 vezes com PBS, 5 minutos cada vez, agitando suavemente o Coplin algumas vezes durante cada lavagem. 7. Remover a(s) lâmina(s) do Coplin, uma de cada vez. Tirar o excesso de PBS, sacudindo-a(s) sobre papel absorvente. Secar em torno das áreas reativas e ir imediatamente para a etapa 8 para não secar o local da reação. 8. Retorna a câmara úmida. Pingar uma gota da antigamaglobulina marcada em cada da(s) lâmina(s), tendo o cuidado de recobri-la(s) totalmente. 9. Incubar em câmara úmida por 30 minutos, em temperatura ambiente, 16 Apostila de aulas práticas de Imunologia protegendo do excesso de luz. 10. Repetir a etapa 6. 11. Remover a(s) lâmina(s) do Coplin, uma de cada vez. Tirar o excesso de PBS, sacudindo-a(s) sobre o papel absorvente. Secar em torno das áreas reativas e ir imediatamente para a etapa 12 para não secar o local da reação. 12. Pingar 3 a 4 gotas de glicerina tamponada entre as áreas reativas. Cobrir a(s) lâmina(s) com lamínula(s), evitando a formação de bolhas. Secar o excesso de glicerina com papel absorvente. 13. Ler em microscópio de fluorescência. É conveniente fazer a leitura da lâmina no mesmo, entretanto, se não for possível, conservá-la em geladeira (2-8ºC), protegida da luz e lê-las no dia seguinte. • Resultados das leituras -Reação negativa: AUSÊNCIA de fluorescência amarelo-esverdeada na espiroqueta (T. Pallidum). Geralmente não se observa o espiroqueta ou vê-se muito tenuamente. -Reação positiva: PRESENÇA de fluorescência amarelo-esverdeada característica na espiroqueta (T. Pallidum). OBS: Examinar sempre os controles positivo e negativo para controle da reação. • Interpretação Soros que dão reação negativa são informados como NÃO REAGENTES e significam indivíduos não-infectados. Soros que reação positiva são informados como REAGENTES e significam indivíduos infectados pelo Treponema pallidum ou infecção pregressa. Na maioria dos casos, mesmo após a cura da doença, o FTA-Abs persiste reagente pão vários anos. Fonte: WAMA Diagnóstica. Imuno-Com. FTA-Abs. Kit para determinação de anticorpos anti-Treponema pallidum no soro humano por imunofluorescência indireta. 17 Apostila de aulas práticas de Imunologia 12. SEPARAÇÃO E CONTAGEM DE LINFÓCITOS DO SANGUE PERIFÉRICO GRADIENTE DE FICOLL-HYPAQUE (1,076 G/ML ) Procedimento 1. Coletar 10ml de sangue, utilizando EDTA como anticoagulante; 2. Deixar o sangue sedimentar naturalmente ou centrifugar a 1000rpm, por 3 minutos; 3. Retirar com pipeta Pasteur, aproximadamente 2mL de plasma imediatamente acima da interface celular e colocar em tubo seco; 4. Acrescentar ao plasma 2ml de salina e homogeneizar delicadamente; 5. Depositar cuidadosamente, com a pipeta Pasteur, os 4mL da mistura sobre 2mL de solução de Ficoll-Hystopaque, que se encontra em um tubo de centrífuga protegido da luz. É essencial que o plasma não se misture com a solução de Ficoll, formando duas fases bem distintas; 6. Centrifugar a 1500 rpm, por 20 minutos; 7. Com uma pipeta Pasteur, colher a nuvem de linfócitos que se formou na interfase; 8. Lavar as células recolhidas com salina a 1500 rpm, por 10 minutos; 9. Ressuspender em 1ml de solução de salina; 10. Com a pipeta, colocar uma gota da suspensão entre lâmina e lamínula e observar ao microscópio; 11. Ou então, preencher uma câmara hemocimétrica e contar o número de células; 12. CONTAGEM: Diluir a suspensão de células à 1:20 (0,1mL da suspensão em 1,9mL de salina a 0,85%); 13. Preencher um dos lados da câmara de Neubauer com a suspensão à 1:20 ou em lâmina de microscópio dispensar 5 µl da amostra de células e cobrir com lamínula 22x22, contar 100 campos e multiplicar o resultado por 35 (o resultado corresponde ao numero de células contidos em 5 µl); 14. Contar no mínimo 2 quadrantes laterais opostos e tirar a média aritmética; 15. Calcular o número de linfócitos pela fórmula: 18 Apostila de aulas práticas de Imunologia • OBSERVAÇÃO: o resultado é dado por ml; N° de linfócitos = linfócitos por quadrante (média) x 200 x 10³ 19 Apostila de aulas práticas de Imunologia ANEXOS SOLUÇÃO DE PBS 0,5m pH 7,2 NaCl 8,00g Na2HPO4 1,15g KH2PO4 0,20g KCl 0,20g H2O dd 1000,00 ml SOLUÇÃO FISIOLÓGICA: 0,85% NaCl (0,15M): 0,85g – 100 ml H2Odd SOLUÇÃO PBS 0,01M pH 7,2 Solução estoque: Na2HPO4 – 10,96g Na2HPO4 – 3,15g ------------------- 400ml H2Odd Solução fisiológica: 10x concentrada – 42,5g NaCl/500ml H Misturar: 40 ml sol. Estoque 100 ml NaCl (10x) Completar para 1000 ml com água destilada. SOLUÇÃO DE H2SO4 2N: Diluir 18x: 1 ml (H2SO4) 17 ml (H2O dd) 20 Apostila de aulas práticas de Imunologia Fenótipo Bombaim Origem: Wikipédia O Fenótipo Bombaim - grupo sanguíneo hh, ou grupo sangüíneo de Bombaim (Bombay phenotype, em inglês), é um fenômeno raro, primeiramente descoberto na cidade de Bombaim, Índia, pelo qual indivíduos que possuem genótipo referente aos grupos sangüíneos "A", "B" ou "AB" expressam o grupo sangüíneo "O". Essas pessoas não produzem a enzima ativa (H) que transformaria uma substância precursora em antígeno H. Os antígenos A e B são produzidos a partir desse antígeno. Desse modo, a sua ausência faz com que essas pessoas não apresentem quer o antígeno A, quer o B, nos seus glóbulos vermelhos, mesmo que possuam alelos referentes à síntese dessas substâncias. A produção dessa enzima é determinada por um gene dominante; não acontece em casos de recessividade desses genes e não possui relação com os genes determinantes dos tipos sangüíneos. O paciente que receber sangue contendo um antígeno que jamais esteve no seu próprio sangue terá uma reação imune. Assim sendo, os indivíduos com o fenótipo de Bombaim podem doar sangue para qualquer membro do sistema ABO (a não ser que outro fator sangüíneo, como o Rh, seja incompatível), mas não podem receber de nenhum membro do sistema ABO (cujo sangue contém sempre um ou mais antígenos A, B e H); somente recebem sangue de indivíduos com o fenótipo de Bombaim. Os testes costumeiros para o sistema ABO os apontam como integrantes do grupo O, porém incompatibilidades relacionadas a cruzamentos podem evidenciar o falso "O". Por exemplo, um pai e uma mãe, ambos com sangue, supostamente, tipo "O", ao gerar um filho com sangue tipo "A", evidenciam que um dos pais ou os dois possuem pelo menos o antígeno "A" e outros exames de laboratório mais específicos podem confirmar o fenômeno. Outros nomes • "Efeito Bombaim", por haver sido o fenômeno descoberto naquela cidade e devido à alta incidência na região. • "Falso O", já que os alelos responsáveis pela produção dos antígenos "A" ou "B" não têm relação com os responsáveis pela produção da enzima H.