Buscar

RELATÓRIO GABRIELE 8B

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
 CURSO BIOMEDICINA
RELATÓRIO FINAL
ESTÁGIO EM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS NA LABMASTER
ALUNO: GABRIELE DA COSTA DIAS
MANAUS – 2022
Página 2 de 33
Página 2 de 33
2
Página 2 de 33
2
Página 2 de 33
2
Página 1 de 33
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO BIOMEDICINA 
RELATÓRIO FINAL
ESTÁGIO EM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS NA LABMASTER
ALUNO: GABRIELE DA COSTA DIAS
Preceptora de Estágio: Dra. Adon i l z a B e lé m de Ag u ia r Coordenador	de	Curso:	Prof.	Msc.	Wellington Gama Mota
Local	de	estágio:	Laboratório	de	Análises	Clínicas L a b ma s t e r
MANAUS-2022
SUMÁRIO
I-INTRODUÇÃO	5
OBJETIVO GERAL………………………………………………………….…6
OBJETIVOS ESPECÍFICOS……………………………………………….…6
ATIVIDADES REALIZADAS………………………………………………….7
LOCAL DE ESTÁGIO……………………………………………………..7
Laboratório clínico Labmaster………………………………………….7
Rotina no laboratório Labmaster………………………………….……7
BIOSSEGURANÇA………………………………………........................8
ATIVIDADES DESENVOLVIDA…………………….……………………8
3.1. Coleta de material ……………………………………………..…………8
3.1.1. Tubos de coleta …………………………………………………….10
3.1.2. Homogeneização dos tubos …………………………………...….11
3.1.3. Punção venosa ……………………………………………...……...11
3.1.4. metodologia ………………………………………………..………..11
4. HEMATOLOGIA……………………………………………………………….12
4.1. Hemograma …………………………………………………….……………...14
4.1.2. Coloração da distensão sanguínea ………………….……………………16
4.1.3. Exame diferencial de leucócitos …………………………….…………….17
4.2. Microhematometrico ……………………………….………………………….17
4.3. Contagem de leucócitos ………………………….…………………………..18
4.4. Tempo de protrombina (TAP) ……………………………………….……….18
5. BIOQUÍMICA…………………………….……………………………………19
6. IMUNOLOGIA…………………………………….…………………………..19
6.1 Exames manuais de bioquimica/imunologia ………….……..……………..19
6.1.1. Aslo (anti estreptolisina “O”) …………………………………………….20
6.1.2. Látex (Fator reumatóide) ………………………………………………….20
6.1.3. Proteína C Reativa (PCR) ………………………………………………...21
6.1.4. VDL ………………………………………………………………………….22
6.1.5. Teste rápido (imunocromatografia) ………………………………………22
6.1.7 Fator Rh e Tipagem sanguínea ………………….………………………..23
7. PARASITOLOGIA…………………………………………….………………24
7.1. Método direto (procedimento realizado no Labmaster) …………………..26
8. URINALISE……………………………………………………………………26
8.1. Tira reagente ……………………………….………………….………………26
8.2. Fases do processamento em urinálises ………………………….…….…..28
8.3. Exame físico (procedimento realizado no Labmaster ………………….…28
8.4. Exame químico …………………………………………………….…….……29
8.5. Exame microscópico ……………………………………………..…………...29
9. MICROBIOLOGIA…………………………………………………………….29
9.1 Urocultura ……………………………………………………..………………..30
V-CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………….32
VI-REFERÊNCIAS............................................................................................33
VII-ANEXOS....................................................................................................34
II-INTRODUÇÃO
Este estudo foi realizado através de coleta de dados em artigos científicos, revisões literárias, livros e sites com objetivo de identificar e descrever conceitos, procedimentos, métodos e importância que a análise clínica e seus setores proporcionam para a sociedade geral, além de contribuir para ensinamento e aperfeiçoamento dos profissionais de saúde, particularmente ao aluno biomedico. Procurou-se, detectar a incidência de acidentes por material biológico e fatores que contribuam para as possíveis causas; situações de risco não só para o profissional de saúde, como também para outros funcionários, por contato direto e indireto com materiais biológicos, os métodos que são utilizados para conscientizar o prosissional, acerca das normas de biossegurança. Portanto, esse relatório auxiliou na fixação do que foi aprendido e práticado em cada setor específico durante um mês de estágio obrigatorio supervisionado nas dependências da clínica Labmaster, sobre supervisão de nossa preceptora.
II- OBJETIVO GERAL
Proporcionar a vivência ao aluno veterano de Biomedicina nos setores laboratórial de análise clínica na vida real, a partir de um local como a Labmaster, que possui abrangência em equipamentos modernos e profissionais experientes e capacitados, contribuindo assim para que o aluno possa se deparar com as adversidades no dia-a-dia, podendo adquirir meios para contornar imprevistos ou situações que exijam mais técnica manual, algo pouco executado na base teórica durante os anos de ensino da graduação.
III- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Ganhar prática, confiança e aperfeiçoamento na técnica de coleta sanguínea, a partir de pacientes com fisiológias diferentes, fato pouco executado entre os coletas durante as aulas práticas no meio acadêmico (especialmente coleta com crianças, onde exige atenção e prática redobrada);
· Obter agilidade e precisão em métodos antes só observados ou pouco executados em aulas teoriazadas em sala de aula, como parasitologia, hematologia, bioquímica, microbiologia e imunologia;
· Aprender a identificar e diferenciar componentes microscópicos com auxílio de um microscópio, utilizando um comparativo de ilustrações em atlas e vida real, algo que exige além da base teórica;
· Lidar com adversidades e aprender a encontrar alternativas para que esse problema seja resolvido, tendo em vista o possível curto prazo de tempo exigido e as ferramentas disponíveis, pois o importante é o resultado entregue corretamente ao solicitante.
IV- ATIVIDADES REALIZADAS
1. LOCAL DE ESTÁGIO
1.1. Laboratório Clínico Labmaster
O Labmaster Medical Center fica localizado na Rua Ferreira Pena, n°127, Centro. O Labmaster Diagnóstico foi fundado em 2009 com o nome de Vieira e castro, já a marca Labmaster Diagnóstico foi criada em Setembro de 2016 e tem crescido ao longo do tempo, este laboratório caracteriza-se como um dos laboratórios com o maior padrão de cuidados de saúde integralizado. Deu início às suas atividades em 27 de setembro de 2009. Sua missão tem foco na execução de serviços laboratoriais com eficiência e qualidade, visando sempre o melhor atendimento e satisfação aos clientes e colaboradores. 
O Labmaster dispõe de instalações modernas, com equipamentos de última geração e oferendo serviços de análises clinícas, colpocitolofia ancótica, genética(teste de paternidade), toxicológico e etc. Além de ter ampliados seus serviços, por exemplo: além de Exames Laboratoriais, o Labmaster Medical Center presta serviços de Vacinação, Ultrassom, Consultas Médicas em diversas especialidades, entre inúmeros serviços. 
Seguindo a tradição e modernidade de prestação de serviço e qualidade para o bem estar do paciente, o Labmaster possui uma grande infra-estrutura com avançada tecnologia, equipe multiprofissional altamente especializada, coleta domiciliar que visa a comodidade do cliente feita por profissionais qualificados que realizam o atendimento com a mesma qualidade oferecida na unidade, mas com o conforto de não precisar sair de casa, basta realizar o agendamento prévio por meio dos canais de atendimento oferecidos no site, além de certificações que atestam a eficiência dos processos adotados pelo laboratório, demonstrando padrões de excelência e segurança para seus clientes e profissionais a nível nacional.
1.2. Rotina no Laboratório Labmaster
O Laboratório Labmaster realiza exames de rotina no setor de análises clínicas, coleta de sangue e preventivo. Através de uma equipe multidisciplinar, entre biomedicos, farmacêuticos, bioquímicos, técnicos e auxiliares, que são os responsáveis pelo atendimento pleno a todas as demandas de exames laboratoriais solicitadas de modo privado ou através de seus convênios. Os exames realizados contemplam as áreas técnicas da Bioquímica, Hematologia, Imunologia, Urinálise e Parasitologia. O laboratório de análises clínicas é fundamentado em um processo dinâmico que se inicia na coleta do espécime diagnóstico, através de amostra biológica de sangue,urina (EAS) e fezes (EPF) obtida adequadamente para fins de diagnóstico laboratorial, terminando com a emissão de um laudo. Didaticamente, o processo pode ser dividido em três fases: pré-analítica, analítica e pós analítica. O alunos estagarios da Fametro, tiveram como início o exercício das atividade rotineiras proposto, a partir do dia 01/10/22 as 07:00 às 12:00, iniciando pelo setor de coletas, onde era chegado pacientes de todas as faixas etária. Todos os estagiários e demais profissionais ali presentes utilizavam todos os EPIs exigidos. Após o encerramento da coleta de sangue era repassado todas as amostras colhidas naquele determinado dia ao setor de triagem e sequencialmente ao setores laboratoriais determinados pela preceptora a partir da formulação de equipe por grupo, sendo disperso no decorrer dos dias e semanas, podendo cada qual visitar e exercer funções em setores diferentes, porém sem aglomeração para melhor fixação do conteúdo ministrado e executado. 
2. Biossegurança
O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem manter atualizados e disponibilizar, a todos os funcionários, instruções escritas de biossegurança, contemplando no mínimo os seguintes itens:
· Normas e condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e ambiental;
· Instruções de uso para os equipamentos de proteção individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC);
· Procedimentos de lavagem com água e sabão neutro (ou álcool 70%) em caso de acidentes, manuseio e transporte de material e amostra biológica.
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.1 Coleta de material
Segundo Zuchelli (2015) a coleta é o ato de se obter amostragem do material solicitado (sangue ou EAS e EPF) para realização de análise laboratorial (cultura). Auxilia no diagnóstico e tratamento e avaliação do estado do paciente. Apenas o médico é o responsável por prescrever, enquanto para executar tanto o médico quanto enfermeiros, estudantes da área de saúde sob supervisão pode efetuar esse processo. O material a ser utilizado, se dar por: 
• Bandeja contendo: algodão em formato de bola, pacote de gaze, álcool 70%, escalpe vacutainer e adaptador ou seringa e agulhas estéreis e frascos para hemocultura;
• Luvas estéril;
• Óculos de proteção;
• Garrote;
• Avental estéril e máscaras;
• Campo estéril pequeno;
• Campo fenestrado estéril;
• Pinças Kelly curva e anatômica;
• Cuba redonda e pequena.
A técnica ocorre da seguinte forma: lavar as mãos e reunir o material, seguir para técnica de punção venosa, explicar o procedimento e finalidade para o paciente, colocar a bandeja sobre algum suporte, vestir todo os EPIs necessários, selecionar a veia para puncionar, avistado a veia deve ser realizado a anti-sepsia com álcool 70%, garrotear o paciente, realizar a anti-sepsia no local da punção venosa iniciando pelo centro em movimentos circulatórios, finalizando com a coleta direta ou tradicional.
A coleta tradicional é o sistema fechado de coleta de sangue à vácuo (Sistema Vacutainer), se dar por: conectar o escalpe ao adaptador e puncionar a veia, posicionar o adaptador sob a boca do frasco na posição vertical em local firme, introduzir o adaptador até o máximo e segurá-lo até coletar o volume do sangue desejável, retirar o garrote, depois o frasco e homogeneizar, finalizando com a liberação do adaptador. Ocorre com seringa e agulha, da seguinte forma: é conectado a agulha na seringa, puncionar com a agulha aspirando o volume desejado, liberar o garrote do paciente com atenção ao tempo para não interferir na amostra gerando formação de fibrina, retirar a seringa com a agulha da veia protegendo com uma gaze e injetar o volume adequado ao frasco, descartar o escalpe ou a seringa com a agulha em recipiente próprio para material perfurocortante, finalizando com a lavagem das mãos e encaminhamento para os laboratórios. 
Esperasse que seja identificado a presença de germe patógenico, permitir a identificação e o estudo da sensibilidade aos antimicrobianos. Os frascos de hemocultura do tipo aeróbio e anaeróbio para adultos e crianças é indicado 3 à 10 ml de sangue, já para identificação de micobactérias é indicado 1 a 5 ml de sangue.
3.1.1. Tubos de coleta
De acordo com Freitas (2014) os tubos de coleta são identificados por cores, os que possuem anticoagulante (EDTA, heparina e citrato), os que não possuem anticoagulante (tubo seco), que possuem gel ativador de coagulação, tubo com vácuo (caso a pessoa se mexa é possível perder esse vácuo) e especiais (exame de metais).
 Tubo da tampa vermelha (bioquímico sérico): destinado à obtenção de amostra de soro, não contém anticoagulante. O sangue contido nele deve coagular para que se obtenha o soro. É destinado para análises bioquímicas comuns, como bioquímica sérica, como fatores renais, fatores hepáticos, enzimas musculares (CK, LDH), metais, eletrólitos. Além de ser útil para sorologia e eletroforese de proteínas. 
 Tubo da tampa amarela (bioquímico sérico): é uma variação do tubo da tampa vermelha que não contém anticoagulante, pois contém um gel que separa a fração das células compactadas daquela fração do soro quando a amostra é centrifugada. Esse gel separa fisicamente as células e o soro, evitando que ocorra metabolismo da substância de interesse. 
Tubo da tampa verde: contém heparina, um anticoagulante utilizado para alguns testes bioquímicos especiais, principalmente aqueles que requerem sangue total e podem ser influenciados por outros anticoagulantes químicos. Utiliza o plasma e conserva até 8 horas. Analisador de bioquímica sérico, sendo função renal (uréia e creatinina), sódio e potássio. Ele não deve ser utilizado para hemograma, por possuírem anticoagulante e parar com o processo de coagulação, afinal eles quelam (se liga e tira) o cálcio do sangue, tornando esse sangue líquido.
Tubo da tampa cinza: contém fluoreto de sódio, não sendo assim anticoagulante. Inibe enzimas que participam da via glicolítica, impedindo a metabolização da glicose pelos eritrócitos durante o período de transporte até o laboratório, apesar de não ser muito utilizado. 
Tubo da tampa roxa: contém anticoagulante EDTA, utilizado para coletas de sangue destinado à exames hematologicos, pois o EDTA preserva melhor o volume celular e as características morfológicas das células no esfregaço corado. 
Tubo de tampa azul: contém citrato de sódico, utilizado na determinação bioquímica de substâncias ou fatores relacionados ao mecanismo de coagulação. Possui quelante de cálcio, ao ser realizado a centrifugação o exame ou congelamento do plasma citratado devem ser imediato. É destinado para realização de testes de hemostasia, como TP (tempo de protombina), TTPA (tempo de tromboplastina parcial ativada), TT (tempo de trombina), fibrinogênio, fatores de coagulação etc. 
Tubo de colheita para tempo de coagulação: necessário 3 tubos de vidro (plástico dar alteração), sem tampa, sem anticoagulante. O resultado se dar acima de 15 minutos é considerado PROLONGADO, acima de 30 minutos é considerado INCOAGULAVEL. 
Tubos de tampa preta: contém Citrato de Sódio tamponado. Tem como função mensurar a velocidade de hemossedimentação sem a necessidade de abrir o tubo para transportar a amostra. Realiza o exame de VHS. (Figura 1)
 3.1.2. Homogeneização dos tubos
A homogeneização deve ser feita por inversão.
3.1.3. Punção venosa
É realizado a localização da veia calibrosa na dobra do cotovelo (membros superiores), as mais utilizadas são a cubital mediana e a cefálica, as veias do dorso da mão também podem ser puncionadas. Segundo Phillips (2001) ao selecionar o local é necessário evitar as veias lesadas, avermelhadas e inchadas, próximas as áreas previamente infectada, região de articulação ou/e veia muito pequena para inserção da agulha. Portanto, é fundamental a aprendizagem da técnica de punção venosa para atividade de análises clínicas, mesmo que este seja um procedimento simples, pois contribuí para qualificação do profissional biomédico, o que consequentemente, resultará na melhoria do atendimento do paciente.A formação de hematoma é a complicação mais famosa da punsão venosa, ocasionada pelo extravasamento do sangue para o tecido, durante ou após a punsão, visualizado uma protuberância. Ocasiona dor ao paciente, podendo ocorrer a compressão de algum ramo nervoso (ZAGO et al., 2001).
3.1.4. Metodologia
I. Coleta de sangue venoso
A coleta de sangue é um procedimento rotineiramente utilizado em laboratórios de análises clínicas e alguns cuidados são essenciais tanto para o paciente como para a amostra coletada. A coleta é ultizada por meio de agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou por meio de tubos a vácuo, adaptados a agulhas estéreis com ou sem anticoagulantes. O garrote deve permanecer o menor tempo possível no braço do paciente e a amostra deve ser acondicionada no tubo de ensaio sem que ocorra hemólise da amostra (ZAGO et al., 2001).
II. Materiais
· Tubos de coleta;
· Álcool 70%;
· Agulha e seringa;
· EPI’s;
· Algodão;
· Garrote;
· Escalpe.
III. Procedimento
Acomodar o paciente adequadamente na cadeira, instruindo sobre o procedimento; após a lavagem das mãos, dar início a prática; sobre um suporte próximo ao paciente dar início ao preparo do material a ser usado; identificar os tubos com o nome do paciente e outras informações exigidas pelo POP do laboratório; retirar a agulha da embalagem estéril; colocar um garrote ao redor do braço do paciente, acima da dobra do cotovelo e verificar o pulso para garantir que a circulação artérial não foi interrompida; pedir que o paciente feche e abra a mão várias vezes para aumentar a circulação venosa; a partir da inspeção e apalpação com os dedos, definir a veia a ser puncionada, sendo ela calibrosa e firme; com álcool embebido com álcool 70% realizar assepsia da pele sobre a veia selecionada e aguardar que o local scecar antes da introdução da agulha; pedir que o paciente permaneça com a mão fechada e assim introduzir a agulha na veia; após a remoção de sangue, retirar a agulha e comprimir o local da punção com algodão para evitar a formação de hematoma; transferir o material coletado para o tubo de ensaio (se a coleta foi realizada com auxílio de seringa, porém não é necessário se a coleta se deu por a vácuo) e por fim, descartar a seringa utilizada no recipiente próprio para material perfurocortante.
4. HEMATOLOGIA
Os principais avanços científicos e tecnológicos são as principais causas de mudanças na pratica da moderna hematologia, influindo especialmente no diagnostico laboratorial e nos procedimentos terapêuticos de algumas patologias com destaque para anemias falciformes, hemofilias e leucemias. O progresso obtido pela imunologia tem alavancado o desenvolvimento do diagnostico laboratorial de doenças hematológicas mielo e linfoproliferativas, bem como determinando especificidades da fisiologia leucocitária diante das toxicidades de proveniências bacterianas e virais. Essas conquistas ultrapassaram as fronteiras das aplicações laboratoriais e forneceram conhecimentos (ANDRIOLO, 2000).
Hematopoiese é o processo do organismo para produção, proliferação, maturação e renovação das células hematológicas. Tal artifício se inicia no desenvolvimento intrauterino, nas ilhotas sanguíneas no saco vitelínico. Cerca de 2 meses, a tarefa passa para o baço e fígado fetal, que são órgãos hematopoiéticos temporários, até ser iniciada a calcificação óssea, e esse processo torna-se totalmente função da medula óssea (ZAGO,2013).
 A medula óssea (MO) humana gera cerca de bilhões de células hematológicas todos os dias, partindo de células tronco. Uma hematopoiese para ser considerada normal, necessita da regulação de três principais funções: proliferação celular, diferenciação celular e maturação para células funcionais. As células tronco participantes da hematopoiese. Tem um alto poder de auto renovação e ploriferação, o que as capacita para diferenciação de suas linhagens sanguíneas, sendo elas duas: mieloide e linfoide, possibilitando a reconstituição hematopoiética em massa a partir de uma única célula (HOFFBRAND, 2013). No primeiro ano de vida e parte do segundo, toda MO é capaz de realizar hematopoiese de forma ativa, no entanto, após passar pela infância, há uma substituição por tecido adiposo, formando a medula amarela nos ossos longos, diminuindo as regiões hematopoiéticas, conhecida como medula vermelha. Contudo, no adulto a atividade da medula hematopoética, é limitada ao esqueleto central e às extremidades proximais do fêmur e do úmero (HOFFBRAND, 2013). 
Com uma célula-tronco a hematopoiese inicia-se, uma pluripotente que tem capacidade de se auto renovar ou dá origem à distintas linhagens celulares. As células que passam para uma etapa de desenvolvimento mais restrita, sendo assim progenitores hematopoiéticos. Células progenitoras que são precocemente engajadas em seguir a diferenciação, expressam baixos níveis transicionais assim comprometendo-as às linhagens específicas (SHLUSH et al., 2015).
 Eritropoiese é o processo de produção de eritrócitos. Em humanos adultos, a eritropoiese ocorre na medula óssea, mas em fetos e em situações especiais como anemias severas pode ocorrer em outros órgãos, como fígado e no baço. Segundo Vivas (2014) eritrócitos são células pequenas, circulares, com forma aproximada de discos bicôncavos, com 7,5 µm de diâmetro e sem núcleo. São os mais numerosos tios celulares no sangue. Embora seu número seja variável, um milímetro cúbico de sangue contém cerca de 4.5 a 6.1 milhões dessas células nos homens e cerca de 4.1 a 5.3 milhões nas mulheres. Essas células circulam pelo sangue circulante durante o período de aproximadamente 120 dias antes que sejam destruídas. E a hemoglobina é uma substância pigmentada, formada por duas partes: (1) porção que contém ferro denominada heme e (2) porção protéica, denominada globina.A globina consiste de quatro cadeias polipeptídicas, cada uma das quais ligada a um grupo heme. Cada grupo heme contém um átomo de ferro que se combina reversivelmente com uma molécula de oxigênio. Dessa forma, cada molécula de hemoglobina pode potencialmente associar-se com quatro moléculas de oxigênio. A principal função da hemoglobina e o transporte de oxigênio e gás carbônico, permitindo as trocas gasosas necessárias ao metabolismo orgânico. Enquanto os leucócitos são elementos figurados do sangue que estão envolvidos no sistema de defesa do organismo contra doenças e infecções. Por meio de fagocitose, defendem os tecidos contra invasão de organismos ou substâncias estranhas, removendo também os restos resultantes da morte ou de ferimentos celulares. Alguns leucócitos são capazes de passar através da parede intacta dos vasos chamada de diapedese; agindo assim principalmente no tecido conjuntivo frouxo. São transportados pelo sangue para todo o corpo, a partir da medula óssea, onde são formados. Os leucócitos estão presentes no sangue em muito menor número que os eritrócitos, com cerca de 4.000 a 10.000 leucócitos por milímetro cúbico de sangue.
4.1 Hemograma
Segundo Ângulo (2018) o hemograma ou eritrograma é a avaliação quantitativa e qualitativa dos elementos do sangue. Alterações fisiológicas podem ocorrer, por exercícios físicos e refeições gordurosas. Pode ser subdividido em 3 partes conforme o enfoque na série vermelha, branca e plaquetária. O eritrograma estuda as alterações nos eritrócitos, na hemoglobina, no hematócrito, nos índices globulares e na morfologia eritrocitária. Leucograma estuda a contagem total de leucócitos (leucometria) assim como as fórmulas percentual e absoluta e o estudo da morfologia. Plaquetograma faz uma estimativa do número de plaquetas e estuda sua morfologia. A avaliação inicial de um paciente deve ser pelo Hemograma. O acompanhamento poderá ser feito utilizando-se o eritrograma (exemplo Insuficiência Renal Crônica) ou leucograma (abdomen agudo). Portanto o teste identifica diversos componentes do sangue e mostra se estão em níveis normais, como o glóbulos vermelhos (células que carregam oxigênio), góbulos brancos (células que combatem infecções), Hemoglobina (proteínaque carrega o oxigênio para os glóbulos vermelhos), hematócritos (porcentagem de volume que os glóbulos vermelhos ocupam no sangue), plaquetas (ajudam na coagulação do sangue), contagem diferencial de glóbulos brancos, volume corpuscular médio (média dos volumes das hemácias), hemoglobina corpuscular média (quantidade de hemoglobinas presente nas hemácias), concentração de hemoglobina corpuscular média (concentração de hemoglobina em uma hemácia). Portanto, se os resultados indicarem valores acima ou abaixo do normal de referência, pode ser indicativo de que algum processo não está funcionando como deveria no organismo.
A hemoglobina (HB) é uma proteína globular, que está presente em altas concentrações nas hemácias e é responsável pelo transporte de O2 do sistema respiratório para os tecidos periféricos; e o transporte de CO2 e prótons (H+) dos tecidos periféricos para os pulmões para serem excretados. Os valores sanguíneos normais são 13-18 g/dl nos homens e 12-16 g/dl nas mulheres (NORA,2008). A redução da taxa de hemoglobina apresentada no hemograma é um fator determinante para o diagnóstico de anemias (OLIVEIRA, 2019).
Hematócrito é o cálculo do volume de eritrócitos expresso em porcentagem do sangue total e é expresso em ml/100. Aglomeração sofrida pelos eritrócitos quando submetidos a uma força centrífuga. Os exames laboratoriais podem ser realizados por vários motivos, como triagem de saúde de rotina ou suspeita de doença ou toxicidade. Eles também podem ser usados ​​para determinar se a eficácia de um medicamento está melhorando ou piorando, o que leva a medir o sucesso ou o fracasso de um tratamento (RODAK, 2004). (Figura 10 e 11).
O HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): é um valor Hematimétricos que corresponde à hemoglobina corpuscular média, sendo então, o total de hemoglobina por eritrócitos (peso de hemoglobina no eritrócito) em média. Sua unidade é o picograma (g x 10-2) e seu resultado é proveniente da divisão da hemoglobina (em g/dL) pela hematimétria (em milhões)x 10.
O VCM (Volume Corpuscular Média): Mede o valor Hematimétricos que corresponde ao volume corpuscular médio, ou seja, é o volume médio dos eritrócitos medido em fentolitro (fl). É um resultado da divisão do hematócrito pela hematimétria em milhões x 10. Valores alterados: > 100 fL = Anemia Macrocítica e < 80 fL = Anemia microcítica. Quando VCM encontra-se menor de que 80 fL pode ser anemia ferropriva, talassemias, intoxicação pelo chumbo, anemias da doenças crônicas e anemia Sideroblástica. Já em valores aumentados nos casos de hepatopatias, anemia Megaloblástica, deficiência de vitamina B12, deficiência de folatos, neoplasias, SMD, hemorragia aguda e quimioterapia. (MTX) e de anemia diseritropoiética congênita.
O CHCM (Concentração de hemoglobina corpuscular média): É um valor Hematimétricos que corresponde à concentração da hemoglobina corpuscular média, ou seja, a média da concentração da hemoglobina nos eritrócitos obtida pela divisão do valor da hemoglobina em g/dL, pelo hematócrito (%) x 100. A unidade do CHCM é em porcentagem. É importante na classificação das anemias. Valores alterados: Os valores podem estar elevados nos casos de hipercromia, esferócitos e drepanócitos. Já valores diminuídos podem ser encontrados em casos de hipocromia e policromasia.
4.1.2. Coloração da distensão sanguínea
I. Método rápido
As lâminas com as distensões sanguíneas secas foram coradas mergulhando dez vezes em cada um dos corantes do tipo panótico com as cores azul, vermelho e roxo, retirando o excesso de corante com a gaze em cada uma das etapas, lavou-se a lâmina com água destilada, as lâminas foram deixadas na vertical em um suporte.
4.1.3. Exame diferencial de leucócitos
I. Método manual
Após a coloração das lâminas, foram levadas para leitura em microscópio óptico com objetiva de 100x com o intuito de analisar a porcentagem de diferentes tipos de células leucocitárias. A leitura da lâmina foi realizada atravessando-a de um lado ao outro em zigue-zague, sempre na região da monocamada. Foram contadas cem células (Bastonetes, Neutrófilos, Eosinófilos, Basófilos, Linfócitos, Monócitos) e calculada a porcentagem de cada tipo celular.
II. Método automático
	As amostras de sangue coletadas em tubos foram homogeneizadas e colocadas em um analisador hematológico, o resultado da análise foi enviado para o computador. 
Os aparelhos usam uma pequena quantidade de sangue. Há dois sensores principais: um detector de luz e um de impedância elétrica. Os leucócitos são contados baseando-se em seu tamanho ou através de suas características. Quando a contagem é baseada no tamanho das células, o aparelho as diferencia por três tipos: células pequenas (linfócitos), células médias (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e células grandes (monócitos).
4.2. Microhematócrito
Os tubos capilares foram preenchidos com sangue e lacrados com massa, em seguida os tubos capilares foram colocados em pares opostos em uma centrífuga por 5 minutos, logo após os tubos foram colocados sobre o cartão para leitura de microhematócrito, alinhando-o paralelamente às linhas verticais numeradas, foi acertado o menisco do plasma na linha 100 e ao mesmo tempo deslocou-se o capilar horizontalmente sobre o cartão até que sua linha base onde estão assentados as células ficou na linha 0, o valor da linha limite foi lido entre o plasma e as células.
4.3. Contagem de leucócitos (manual)
	Foram pipetados 400 µL do líquido de Turck em tubo, em seguida foram pipetados 20 µL de sangue e transferido para o tubo contendo a solução diluidora, durante um minuto o tubo foi agitado levemente, após os dois retículos da câmara de Neubauer foram preenchidos, através de uma pipeta, com a solução presente no tubo, a câmara ficou em repouso por dois minutos para a sedimentação dos glóbulos, posteriormente foi observado a preparação no microscópio localizando o retículo e observando a distribuição dos leucócitos, contando-os nos quatro quadrantes da câmara. 
Cálculos:
Leucócitos por μl de sangue = Lc x 50
Lc = número de leucócitos contados em 4 campos.
4.4. Tempo de protrombina (TAP)
Consiste na medida do tempo de coagulação do plasma após a adição de uma fonte de tromboplastina.
I. Materiais
· Papel específico;
· Ponteiras e pipetas;
· Tubos;
· Coagulômetro ou cronômetro;
· Amostra de sangue.
II. Procedimento manual
Amostras e controles foram pré-aquecidas a 37ºC, de 2 a 3 minutos (em banho-maria ou blocos térmicos), em seguida homogeneizou-se o reagente antes do uso. Em um tubo limpo colocou-se 200 µL do reagente e incubou a 37ºC de 4 a 5 minutos. Pipetou-se 100 µL da amostra para o tubo contendo reagente e foi disparado o cronômetro. O tubo foi deixado no aquecimento e agitado vagarosamente, em seguida retirou-se o tubo antes do tempo de coagulação previsto, e registrou-se o tempo da formação do coágulo. A média dos resultados em duplicata foi calculada.
III. Procedimento automático
Foi pipetado 25µL de plasma na cubeta, em seguida foi aquecido por 3 minutos, transferiu-se a cubeta para posição de medição, ativou-se o sistema ótico, a tecla Active foi pressionado após o surgimento da palavra WAST no visor, o resultado foi mostrado em segundos e em RNI.
5. BIOQUÍMICA
 Estuda as reações químicas e biológicas dos organismos vivos. Tais reações são invisíveis a olho nu, mas têm extrema importância para a vida. Elas estão presentes especialmente nas células e nas biomoléculas – como proteínas, glicídios, lipídios e ácidos nucleicos. Sob um microscópio, os bioquímicos aceleram ações de enzimas e estudam o metabolismo das reações celulares, além de descreverem moléculas e medirem o pH – que indica a neutralidade e acidez de uma substância (FIOCRUZ, 2014). 
6. IMUNOLOGIA
O sistema imune é o conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas que os humanos e outros seres vivos usam para a eliminação de agentes ou moléculas estranhas, inclusive o câncer, com a finalidade de se manter a homeostasia do organismo. Os mecanismos fisiológicos do sistema imune consistem numa respostacoordenada dessas células e moléculas diante dos organismos infecciosos e dos demais ativadores, o que leva ao aparecimento de respostas específicas e seletivas, inclusive com memória imunitária, que também pode ser criada artificialmente, através das vacinas. Na ausência de um sistema imune funcional, infecções leves podem sobrepujar o hospedeiro e levá-lo à morte. Porém, mesmo com um sistema imune funcional, o homem, por exemplo, pode adquirir uma doença infecciosa ou um câncer, pois a resposta imune específica, diante de um agente agressor, leva tempo para se desenvolver e, além disso, tanto organismos estranhos, como células neoplásicas, desenvolvem mecanismos de evasão para fugir da resposta imune (TEVA, 2009). (Figura 2, 3, 4 e 5)
6.1. Exames manuais de bioquimica/imunologia 
6.1.1 Aslo (anti estreptolisina “O”)
O grupo bacteriano dos estreptococos excreta diversas toxinas imunogênicas e enzimas. Os estreptococos do grupo A são encontrados muitas vezes em infecções da parte superior do trato respiratório, assim como em infecções cutâneas superficiais. Essas enfermidades podem evoluir para complicações mais sérias como febre reumática aguda ou glomerulonefrite aguda. Este tipo de complicação não é facilmente detectável em hemocultura, uma vez que as bactérias podem já terem sido eliminadas do soro quando aparecem os primeiros sintomas. 
O procedimento para realização desse teste no Labmaster, se deu por: utilização do soro obtido da amostra total de sangue do paciente através do método de aglutinação do Látex. Possuindo valor de referência Inferior a 200 UI/mL. Utilizando uma placa de reação e palitos. Antes da realização do teste, os reagentes e amostras foram deixados na bancada para atingirem a temperatura ambiente. Em uma área da placa de reação, foi pipetado 20 µL de soro a ser analisada, foi colocado 20 µL do reagente Látex. Homogeneizou-se o Látex (antígeno) com suavidade, procurando estender a mistura por toda a superfície interior da área, a placa foi agitada durante 3 minutos com movimentos oscilatórios em planos diferentes. Imediatamente após, foi verificado a presença ou não de aglutinação microscópica. Um resultado negativo é indicado pela ausência de aglutinação, a suspensão é homogênea semelhante ao padrão obtido com o Controle Negativo. Para um resultado positivo ocorre a presença de aglutinação, sendo visualizado uma aglutinação macroscópica que varia desde a formação de grumos finos até grumos grosseiros.
6.1.2. Látex (Fator reumatóide)
O fator reumatoide é um anticorpo que atua como anti-imunoglobulina, ou seja, atua contra o próprio organismo e provoca uma reação à inflamação e nociva tecidual. Esse é um marcador sorológico principalmente em doenças graves e também em doenças infecciosas, e sua positividade pode indicar dados clínicos essenciais como mau prognóstico, estadiamento, classificação e possibilitar o diagnóstico diferencial. Logo, o presente estudo objetivo abordar o significado e a importância da detecção do fator reumatoide em diversos acometimentos, ressaltando que este deve ser combinado com outros critérios clínicos para uma acurácia dianóstica adequada (OLIVEIRA, 2022). O procedimento ocorre através da utilização de uma placa contendo círculos onde será pipetado 20 microlitros do soro e 20 microlitros de reagente, misturar e homogeneizar para visualização da aglutinação (se positivo) ou sem aglutinação (se negativo) para depois diluir em 1/2,, 1/4, 1/8 e quanto mais circulos aglutinarem. 
6.1.3. Proteína C Reativa (PCR)
A dosagem da PCR é usada na prática clínica como um marcador de fase aguda, identificando atividade de processos inflamatórios e/ou necróticos. Uma dosagem única de PCR pode auxiliar no diagnóstico, mas não deve ser usada isoladamente, uma vez que sua elevação ocorre em diversas situações clínicas.4 Tem sido recomendada a dosagem seriada da PCR em intervalos de tempo variáveis, dependendo da doença em questão, pois seus níveis séricos refletem a resposta ao tratamento ou a evolução clínica em várias doenças. Assim, a elevação dos níveis séricos significa falha terapêutica ou progressão do quadro e sua diminuição indica boa resposta ou remissão do processo e, portanto, melhor prognóstico.Quando se usa a dosagem seriada da PCR na prática clínica, é necessário estar atento à unidade usada para sua medida, pois alguns laboratórios usam a unidade de concentração em miligramas por litro (mg/l) e outros miligramas por decilitro (mg/dl), sendo que 1mg/dl é igual a 10mg/l (COLLARES, 2022). 
6.1.4. VDRL
Para o diagnóstico e acompanhamento da terapêutica em pacientes com sífilis. São obtidos títulos elevados (>1/32) nas fases primárias ou secundárias da doença, tendendo a se normalizar após o tratamento. Títulos baixos (1/1, 1/4) podem permanecer após o tratamento, caracterizando uma cicatriz sorológica. No líquor, um resultado VDRL reagente quase sempre indica uma infecção sifilítica passada ou presente no sistema nervoso central.
Resultados positivos devem ser interpretados com cautela, visto que resultados falso-positivos podem ser observados em outras patologias (ex: doenças autoimunes) e em algumas condições fisiológicas (ex. gravidez). Esta condição é mais rara quando se utilizam testes treponêmicos. No Labmaster utilizou o soro, método de Imunoensaio Quimioluminescente de Micropartículas (CMIA), valor de referência não reagente e materiais como microscópio e pipeta. Para efetuação desse procedimento foi utilizado uma placa escavada, pipetando 50µL da amostra 20µL de reagente em um dos poços, agitou-se com movimentos circulares por 3 minutos. Em seguida, examinou-se no microscópio no aumento 100×. Tendo como prova semi quantitativa: 
Cavidades:		1	2	3	4	5	6
Diluição:	 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 1:64
Pipetou-se em cada cavidade da lâmina escavada 50 L de NaCl. Na cavidade Nº1, pipetou-se 50 L da amostra a ser titulada e homogeneizou-se. Transferiu-se 50 L da cavidade Nº1 para a Nº2 e assim sucessivamente até a diluição desejada, desprezou-se os 50 L em excesso da última cavidade, em seguida adicionou-se à cada cavidade, 20 L do Reagente Nº1, agitou-se manualmente com movimentos circulares ou em um agitador rotativo por 5 minutos. Examinou-se no microscópio no aumento 100 X, logo após a agitação. O título corresponde a maior diluição da amostra em que ocorreu a floculação. Para obtenção do resultado positivo – reativo ocorre floculação com formação de grumos de tamanhos variáveis. Suspensão de aspecto heterogêneo. Neste caso, proceder a diluição da amostra e realizar a prova semi-quantitativa. Enquanto para negativo - Não Reativo ocorre a ausência de floculação, suspensão de aspecto homogêneo.
6.1.5. Teste rápido (imunocromatografia)
Testes dispensam o uso de reagente adicional ou equipamentos. São testes de triagem, portanto de elevada sensibilidade, e consequentemente elevado custo. Alguns deles, como a determinação da glicemia (glicosímetros), usam métodos enzimáticos químicos, e outros são imunológicos como para o ß-HCG para gravidez.
O sistema é realizado em uma matriz constituída de membrana de nitrocelulose ou de náilon coberta por acetato transparente para facilitar a visualização do teste. O antígeno ou o anticorpo é fixado na membrana na forma de linhas ou pontos e o restante da membrana é bloqueado com proteína inerte como nos testes imunoenzimáticos (ELISA). No exame para gravidez (ß-HCG), colocou-se a fita no tubo contendo plasma devidamente centrifugado, esperou-se alguns minutos e anotou-se o resultado.
Nos exames para dengue, chikungunya, HIV e etc, foram utilizados placas com seus respectivos reagentes e amostras de sangue dos pacientes, esperou-se alguns minutos e anotou-se o resultado. Depois de alguns minutos observou-se a quantidades de fitas presentes na placa. Indicativo de resultado positivo se dar pela reação de duas fitas, e negativo por uma fita.
6.1.7 Fator Rh e Tipagem sanguínea
Entre 1900 e 1901, o imunologista austríaco Karl Landsteiner observou que o soro do sangue de uma pessoamuitas vezes coagula ao ser misturado ao de outra, o que o levou a descoberta do mais importante sistema de grupo sanguíneo existente no organismo, o ABO. De acordo com o manual de imuno-hematologia laboratorial (BRASIL, 2014) os genes ABO se localizam no braço longo do cromossoma 9 (posição 9q34.1-q34.2). Foram definidos quatro genes: A1, A2, B, O. Esses genes codificam aprodução de duas enzimas glicosiltransferases A e B. A sequência de DNA do gene O é idêntica ao do gene A, exceto pela deleção (G-261) na região N-terminal, o que codifica uma proteína truncada. O gene alelo A2 difere de A1 pela simples deleção de uma base na região C-terminal, na posição 467, sendo o nucleotídeo T em A2 e C em A1; o gene A2 produz uma transferase A2 que tem uma atividade reduzida, quando comparada com a transferase A1. 
Neves et al (2014) descrevem o sistema ABO como constituído por dois antígenos, A e B, e os produtos indiretos dos alelos A e B do gene ABO. Um terceiro alelo, O, não produz nenhum antígeno e é recessivo para A e B (NEVES et al., 2014). As possibilidades genéticas são OO, OA, OB, AA, BB e AB. Essas combinações de genes são conhecidas como genótipos; cada indivíduo possui um dos seis diferentes genótipos. O genótipo OO determina a presença do grupo sanguíneo O; os genótipos OA e AA determinam o grupo sanguíneo A; os genótipos OB e BB determinam o grupo sanguíneo B, enquanto o genótipo AB determina o grupo sanguíneo AB (SOUZA e ELIAS, 2006).
Outra proteína importante que pode ser encontrada na superfície da membrana das hemácias é o fator Rh e sua presença ou ausência determina se um indivíduo é Rh+ ou Rh-.é o mais complexo, polimórfico e imunogênico sistema de grupo sanguíneo já conhecido em humanos. Após o ABO, é o mais importante em Medicina Transfusional (KLEIN e ANSTEE, 2005) e de acordo com Urbaniak e Robertson (1981) apresenta um grande interesse clínico por seus anticorpos estarem envolvidos em destruição eritrocitária imunomediadas, isto é, reação transfusional hemolítica e doença hemolítica perinatal (DHPN). Segundo Nardozza et al. (2010) podem ser distinguidos cinco principais e importantes antígenos, D(RH1), C(RH2), E (RH3), c(RH4) e e(RH5), e são 
responsáveis pela maioria dos anticorpos clinicamente significantes. Com mais de 49 diferentes antígenos caracterizados, é o maior de todos os sistemas sanguíneos. As hemácias Rh positivo e Rh negativo referem-se à presença ou ausência do antígeno D, porém ambas expressam os antígenos C\c e E\e.
No Labmaster o procedimento de tipagem sanguínea se dar pela observação macroscópica por aglutinação, da seguinte forma: colocar três gotas de sangue em uma lâmina, depois uma gota do soro anti- A (soro azul), uma do soro anti-B (soro amarelo) e outra do soro que determina o fator Rh (soro incolor). Se o sangue coagular nas três gotas a pessoa tem o tipo sanguíneo AB e fator RH positivo. Porém se o sangue não coagular nas três gotas é indicativo que a pessoa é do tipo O e fator RH negativo. Portanto, se o sangue coagular com o soro anti-A, a pessoa é A, porém não coagular com o soro anti-B, a pessoa também é do tipo A. Se o sangue coagular com o soro que determina o fator RH (soro incolor) ela é positiva, se não coagular, é negativa. Se coagular com o soro anti-B, é B, se o sangue não coagular com o anti-A ela também é do tipo B. Porém se o sangue coagular com o soro que determina o fator RH (soro incolor), ela é positiva, se não coagular, é negativa.
7. PARASITOLOGIA
“ A maioria dos parasitos intestinais é diagnosticada pelo exame das fezes, embora outros materiais, como urina, escarro, secreções urogenitais, aspirados, tecidos, conteúdo duodenal e espécimes obtidos por biópsia, possam ser utilizados para a identificação de certas espécies. Os estágios usuais de diagnóstico são os ovos e as larvas de helmintos e os trofozoítos, cistos, oocistos e esporos de protozoários. Na realidade, uma identificação segura e correta de um parasito depende de critérios morfológicos, os quais estão sujeitos a uma colheita bem feita e a uma boa preservação dos espécimes fecais. Não pode ser esquecido que um material fecal inadequadamente colhido, velho ou mal preservado será de pequeno valor para o diagnóstico. Os espécimes submetidos ao exame em condições ótimas deverão ser colhidos recentemente, sem contaminação e convenientemente preservados” (CARLI, 2001).
Algumas fases são de extrema importância para os exames parasitológicos, são eles:
· Pré-analíticos: ocorrem entre a coleta e o início da realização do exame.
- Jejum;
- Dieta, álcool, café, fumo;
- Exercício, postura;
- Medicamentos;
- Identificação;
- Coleta, armazenamento, transporte.
· Analíticos: ocorrem durante o método (metodologia).
- Materiais;
- Métodos;
- Equipamentos;
- Interferentes;
- Pessoal técnico.
· Pós-analíticos: ocorrem depois da realização do exame.
- Transcrição;
- Transmissão;
- Entrega;
- Interpretação.
7.1. Método direto (procedimento realizado no Labmaster):
Coloca-se duas ou três de salina a 0,85% em uma lâmina de vidro, em seguida, tocar com a ponta de um palito em vários pontos das fezes, transferindo uma pequena porção para a lamina de microscopia espalhando as fezes e fazendo um esfregaço para poder ler ao microscópio. A espessura do esfregaço não deve impedir a passagem de luz. Com solução de Lugol, sendo Iodo (2g), Iodeto de potássio (4g), água destilada (100mL), para visualização de trofozoítos. Aplicando uma parte da amostra de fezes frescas, diretamente na lâmina, em seguida, foi gotejado algumas gotas de lugol e homogeneizado com espátula de madeira, à lamina foi coberta com uma lamínula, o preparo foi observado em microscópio nas objetivas de 10x e 40x. (Figura 8)
8. URINALISE
“A urina é um líquido orgânico secretado pelos rins e produzido a partir da filtração sanguínea pelo néfron e constitui uma via de eliminação de medicamentos, metabólitos e outras substâncias indesejáveis ao organismo, contribuindo para manutenção da homeostase. A urina ainda pode ser acrescida de células do trato urinário bem como bactérias. A análise deste fluido surge como instrumento de extrema utilidade para o diagnóstico de diversas enfermidades. A urinálise é um procedimento laboratorial simples, rápido e de baixo custo que pode fornecer um grande número de informações acerca de vários sistemas, tornando-se indispensável, sobretudo na avaliação do sistema urinário” (ARAUJO, 2011). “O exame de urina é um processo analítico que permite identificar os aspectos físicos, químicos e também aos componentes presentes no sedimento urinário. Através destas análises podem ser observados e avaliados distúrbios hemorrágicos glomerulares, hepatopatias, erros inatos de metabolismo e infecções urinárias. Desde os primórdios da civilização, a análise de urina é considerada um importante parâmetro para avaliar a homeostase do organismo. Através do exame físico podemos observar a coloração, aspecto e realizar uma correlação clínica com a análise química da urina. Na análise microscópica do sedimento urinário podemos observar a presença substâncias insolúveis presente na urina” (GONÇALVES, 2016).
É um teste laboratorial simples, não invasivo e de baixo custo que avalia o funcionamento do trato urinário. A urinálise (Elementos Anormais do Sedimento – EAS, Exame de urina ou urina tipo I) está dividida em três partes: exame físico, exame químico e avaliação do sedimento urinário. Consiste em vários tipos de amostras como: amostra de urina de jato médio, amostra de urina de qualquer jato, urina de paciente com cateterismo vesical, urina coletada por sonda de alívio; amostra de urina de 24horas, amostra de urina de 12 horas e amostras pediátricas. (Figura 6, 7 e 9)
8.1 Tira reagente
A reação é enzimática de ponto final. Se não for realizada no tempo correto, altera o resultado.
· Esterases de leucócitos: ƒ Avaliação de processos infecciosos e inflamatórios do trato urinário (ITU). Pode ocorrer com ou sem bacteriúria. Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a +++ ou traços, pequena,moderada ou grande quantidade;
· Nitrito: ƒ Avaliação de processos infecciosos do trato urinário (ITU). Valores de referência: negativo;
· Urobilinogênio: Avaliação de distúrbios hepáticos e hemolíticos. Valores de referência: <1mg/dL. Ƒ Quando positivo: mg/dL;
· Proteínas: Proteinúria: Indicador de doença renal. Valores de referência: Negativo . Quando positivo: + a ++++ ou mg/dL. 
· pH: Detecção de possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória. Valores de referência: 5,5 a 6,5;
· Sangue: Detecção e avaliação das hematúrias. Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a ++++ ou mg/dL. Traços, pequena, moderada ou grande quantidade. 
· Densidade: Avaliação da capacidade renal de reabsorção e concentração. Valores de referência: 1015 a 1025. 
· Cetonas: Avaliação de Diabetes Mellitus (cetoacidose), jejum prolongado. Valores de referência: negativo. Quando positivo: Traços, pequena, moderada e grande quantidade. 
· Bilirrubina: Indicação precoce de hepatopatias. Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a +++ ou pequena, moderada ou grande quantidade. 
· Glicose: Avaliação de Diabetes Mellitus, e distúrbios de reabsorção tubular. Valores de referência: Negativo. Ƒ Quando positivo: + a ++++ ou mg/dL.
8.2. Fases do processamento em urinálises
I. Pré-analíticos
Todas as antecedências a manipulação laboratorial da urina – emissão da requisição médica a entrega da urina no laboratório.
II. Analíticos
A análise laboratorial da urina (macroscópico, químico e microscópico).
III. Pós-analíticos
Liberação de resultados.
8.3. Exame físico (procedimento realizado no Labmaster):
Nele é informado o volume, cor, aspecto, e suas patologias, por exemplo: hemorragia glomerular, hepatopatias, erros inatos do metabolismo e infecções do trato urinário. Para efetuar esse procedimento a equipe de profissionais do Labmaster utilizam mapa, tubo Falcon e estante para acomodar os tubos Falcon. Ao ser recebida a amostra de urina juntamente com o mapa, adicionou-se ao tubo Falcon, analisou-se o volume, cor e aspecto da urina, descreveu-se os resultados no mapa e prosseguiu-se para o exame químico. 
8.4. Exame químico
Busca pesquisar a partir das substâncias químicas da urina pela utilização de reagentes específicos. Os métodos químicos podem ser empregados para confirmar o resultado da triagem feita com tira de urina. Nela analisam-se a densidade, PH, glicose, proteínas, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito e leucócitos. Para efetuação do procedimento é utilizado o mapas urina, tubo Falcon, tira reativa, papel toalha e estante. Por fim, adicionar a urina ao tubo Falcon, inserir toda a fita reativa dentro do tubo com a urina, em seguida mexer de forma gradativa, depois de alguns segundos a fita pode ser retirada. O excesso de urina deve ser retirada com papel toalha, finalizando com a leitura da fita.
8.5. Exame microscópico
O sedimento de urina é obtido adicionando 10 a 15 ml de urina em tubo cônico apropriado, promovendo-se centrifugação durante 5 minutos por 1500 RPM. Para realização do procedimento deve ser adicionado 5 mL da amostra de urina em tubo falcon, centrifugar por 5 min (1500 rpm), desprezar o sobrenadante, deixando apenas o sedimento no fundo do tubo, ressuspender o sedimento, depositar uma gota do sedimento em uma lâmina, cobrir com a lamínula e observar ao microscópio na objetiva de (10x) e de (40x), respectivamente. 
9. MICROBIOLOGIA 
De acordo com os estudos de Carvalho (2010), Nogueira e Silva Filho (2015) a microbiologia é uma ciência do ramo da biologia, que estuda as características morfofisiológicas dos micro-organismos como vírus, bactérias, fungos e protozoários, assim como as interações com outros seres vivos e potenciais para as indústrias. É o estudo de vidas microscópicas que são, normalmente, observadas em escalas micrométricas - Micrômetros (µm). 
9. 1 Urocultura 
“A infecção urinária é uma das principais causas de infecção bacteriana em idade pediátrica. Alguns autores defendem a realização por rotina de urocultura de controlo, 48h após o início da antibioterapia para comprovar a esterilização da urina. Por outro lado, a Academia Americana de Pediatria recomenda a realização de urocultura de controlo apenas nos casos em que a evolução clínica esperada não se verifica nas primeiras 48h de antibioterapia” (CUNHA, 2010).
Uma urocultura positiva é considerada o método analítico padrão-ouro para se diagnosticar um quadro de infecção urinária, mesmo sendo considerado um método oneroso para o laboratório. A fim de se minimizar as contaminações das amostras, as mesmas devem ser processadas o mais rápido possível (idealmente em até 20 minutos após a coleta). Caso isso não seja possível, a amostra deve ser refrigerada logo após a coleta e deve ser semeada nos meios de cultura em no máximo em 24 horas do momento da refrigeração (SBAC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS, 2016).
A interpretação das culturas de urina utilizada usualmente para testes rotineiros consiste em: 
· Isolamentos de uma única espécie bacteriana que apresentou 
crescimento superior a 100mil UFC/ml, indicam a presença de infecção;
· Contagens inferiores a 10.000 UFC/ml sugerem contaminação 
vaginal ou uretral;
· Crescimento microbiano avaliado entre 10.000 e 100.000
UFC/ml são duvidosos, tornando-se necessária avaliação base na 
clínica apresentada pelo(a) paciente;
· Atenção especial para as amostras de crianças nas quais a
coleta pode ser mais difícil e algumas infecções podem se manifestar em contagens mais baixas (de 1.000 a 10.000 UFC/ml) (SILVEIRA et.al, 2010). 
No Labmaster esse método é realizado da seguinte forma: mergulha uma alça descartável dentro do recipiente contendo a amostra de urina, passar a alça já umidecida sob o meio selecionado, finalizando com o fechamento desta placa que deverá ser levada em seguida a uma utoclave e aguardar 24 horas, dado o tempo esperado, realizar a analíse. 
Há várias opções de meios para urocultura. Classicamente, os meios recomendados são o Ágar Sangue e um meio seletivo para bacilos Gram-negativos. Embora possa ser usado o Ágar Eosina Azul de Metileno ou mais comumente o Ágar MacConkey. Visando a otimizar custos, pode-se optar pelo Ágar Cystine Lactose Electrolyte Deficient (conhecido como Ágar CLED), pois permite o crescimento de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. O meio seletivo para bactérias Gram-positivas Ágar Colistina Ácido Nalidíxico (Ágar CNA) também é muito recomendado. Os meios com substratos cromogênicos têm sido amplamente utilizados para urocultura. Têm como vantagem a identificação presuntiva dos principais gêneros e espécies associados à ITU, além de caracterizar mais facilmente a ocorrência de culturas polimicrobianas, reduzindo o número de identificações desnecessárias. Entre eles, podem ser citados: CHROMagar® Orientation (BD Diagnostics) e CPS® ID3 (bioMérieux) (SBPC, 2015).
CONSIDERAÇÃO FINAIS
Essa experiência trouxe uma visão mais ampla para o papel que o biomedico exerce na saúde brasileira, uma área muitas vezes desvalorizada, pude enriquecer meus conhecidos teóricos através da observação frequente e prática continua em todos os setores proporcionados pela equipe e empresa Labmaster. Os métodos utilizados para realização de exames ganharam clareza a minha bagagem de assimilação, os procedimentos antes complexos se ganharam vida e sentido sobre qual sua função na saúde do paciente e como sua função é de suma importância. Seguindo os valores de referências, procedimentos operacionais padrão, utilizando os EPIs, realizando homogeneizações e outros procedimentos que parecem simples, pude vislumbrar tamanha importância que um simples exercício simples faz total diferente no resultado final do exame, poisé através dessa execução detalhada que um positivo se torna fidedigno. As máquinas modernas trouxeram facilidade e agilidade no tempo no campo de trabalho, mas ainda assim o papel do profissional laboratórial permanece insubstituível, pois é atravésde sua atenção e cuidado na efetivação dos processos que nenhum erro possa passar despercebido, afinal máquinas também estão propícias a erros, falhas, desligamento e funcionalidade encerrada. 
REFERÊNCIAS
TORRES, Maricy Morbin e ANDRADE, Denise de e SANTOS, Claudia Benedita dos. Punção venosa periférica : avaliação de desempenho dos profissionais de enfermagem. 2003, Anais.. Ribeirão Preto: EERP-USP, 2003. . Acesso em: 12 out. 2022.
OLIVEIRA, A. S. de; LIMA, A. M. S. de .; LABRE, L. V. Q.; SEGATI, K. D. . Correlação entre a determinação de hemoglobina e os demais parâmetros hematológicos do eritrograma. Revista de Iniciação Científica e Extensão, [S. l.], v. 2, n. Esp.1, p. 8, 2019. Disponível em: https://revistasfacesa.senaaires.com.br/index.php/iniciacao-cientifica/article/view/174. Acesso em: 12 out. 2022.
GONÇALVES, M. de F. A importância do exame de urina. Sínteses: Revista Eletrônica do SimTec, Campinas, SP, v. 4, n. 4, p. 158–158, 2016. DOI: 10.20396/sinteses.v4i4.7341. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/simtec/article/view/7341. Acesso em: 18 out. 2022.
ARAÚJO, P. Urinálise como instrumento auxiliar no diagnóstico de enfermidades em pequenos ruminantes. Medicina Veterinária (UFRPE), [S. l.], v. 3, n. 2, p. 30–38, 2011. Disponível em: http://www.journals.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/669. Acesso em: 12 out. 2022.
DE CARLI, G. A. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu, 2001.
LIMA. O et al. Métodos de laboratório Aplicados a Clínica, Atheneu, SÃO PAULO,SP - 2005.
MOURA, R. de A. Técnicas de laboratório. 3ª Edição. Editora ATHENEU SÃO PAULO-SP - 2005.
HOFFBRAND, P. A. H. MOSS, J. E. PETTIT. Fundamentos em Hematologia. - 5ª Edição - Editora Artmed.
ARNALDO ROCHA, et tal. Patologia. 2º edição. São Paulo 2011.
ARAUJO, L. C. G. Organização & métodos: integrando comportamento, estrutura, estratégia. São Paulo: Atlas, 1994.
ANEXO
· Setor de Bioquímica:
(Figura 1) (Figura 2) (Figura 3)
(Figura 4) (Figura 5)
· Setor de Urinalise e parasitologia:
(Figura 6) (Figura 7) (Figura 8)
(Figura 9)
· Setor de Hematologia:
(Figura 10) (Figura 11)

Outros materiais