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Aula 3 Fundamentos da psico da Saúde

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Aula 3: A Política Nacional de Atenção Básica
Objetivo desta aula
	Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Entender a definição e princípios da Política Nacional de Atenção Básica;
2- Reconhecer as características do trabalho das equipes de atenção básica;
3- Identificar as diretrizes do pacto pela vida, pacto em defesa do SUS e pacto de gestão do SUS;
4- Conhecer os três níveis de atenção e o papel do psicólogo.
	
	
Você conhece a Política Nacional de Atenção Básica?
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) foi aprovada pela Portaria 648/GM, em 2006, pelo Ministério da Saúde. Ela direciona o olhar para a porta de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde) através da organização da atenção básica, ressaltando a importância do PSF – Programa de Saúde da Família – e do Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
Definição e princípios da atenção básica
O modelo de atenção básica utilizado no Brasil leva em consideração a regionalização, ou seja, cada município oferece serviços de atenção básica conforme as necessidades da sua população local.
Os serviços da atenção básica são direcionados para crianças, adolescentes, mulheres, adultos, idosos e famílias. 
O objetivo é atender as prioridades que dizem respeito a cada público específico.
O Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, por exemplo, pode oferecer serviços que vão desde a implantação de um Centro da Mulher com ações voltadas para exames até o planejamento familiar.
Definição e princípios da atenção básica
O conjunto de ações – coletivas ou individuais – que engloba a prevenção de doenças, a promoção e a proteção da saúde denomina-se Atenção Básica. 
Suas características estendem-se também ao diagnóstico, tratamento, reabilitação, manutenção e tudo o que diz respeito à saúde que se relacione diretamente com os serviços oferecidos no que se denomina atenção primária.
É relevante considerar que:
- Os princípios do SUS orientam suas bases de ações: universalidade, integralidade, equidade, participação social. O foco é o acesso a serviços de saúde que permitam o cuidado humanizado, a construção do vínculo e sua continuidade com o serviço de referência.
- As tecnologias básicas e os recursos humanos devem atender aos problemas de maior relevância na comunidade no qual o serviço está sendo oferecido.
- A Atenção Básica está voltada para uma população territorializada, ou seja, que tem um território definido para seus programas e ações, o que se denomina população de referência e comunidade adscrita – aquela que está circunstanciada nas adjacências da comunidade onde está inserido um determinado programa ou serviço e que também recebe seus benefícios.
Fatores sociais do processo saúde/doença
A principal estratégia da atenção básica é o Programa da Saúde da Família, que conta com uma equipe de profissionais que atuam em conjunto para avaliar as necessidades de saúde da comunidade em que a Unidade Básica de Saúde (UBS) que lhe dá suporte está inserida. 
Alguns pontos que o PSF utiliza como base de atuação são:
Redução de sofrimento e de danos;
Prevenção de doenças e promoção de saúde;
Qualidade de vida;
Saúde mental.
Diretrizes das Unidades Básicas de Saúde
Há diretrizes preconizadas para as Unidades Básicas de Saúde no que diz respeito a:
- Equipe profissional: Composta por: médico, enfermeiro, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico de higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. 
Outros profissionais, como assistente social, psicólogo, fisioterapeuta, podem ser incluídos na equipe conforme a necessidade local.
- Espaço adequado: Espaço para o atendimento à população pelos profissionais de saúde: consultórios específicos e apropriados para a prática profissional.
Importante!
A implantação de uma Unidade Básica de Saúde se dá conforme o número de habitantes, então, em grandes centros urbanos, é recomendado uma unidade de UBS sem o Programa de Saúde da Família para cada 30 mil habitantes. Já as Unidades Básicas de Saúde com o PSF devem ter como referência 12 mil habitantes cada.
- Organização do espaço: Recepção, local para arquivos, sala para enfermagem, sala de vacinas, banheiros, equipamentos e materiais necessários à prática profissional de cada agente de saúde que atua no programa.
Trabalho das equipes de atenção básica
Conheça agora algumas características do trabalho das equipes de atenção básica:
- Território de atuação: O trabalho das equipes de atenção básica deve ter como referência seu território de atuação, ou seja, a população adscrita. Se uma unidade de saúde, que conta com os profissionais atuando no Programa de Saúde da Família, oferece serviços de saúde básicos, o esperado é que os problemas de saúde sejam atendidos com prioridade, conforme a demanda existente na comunidade.
- Grupos de Risco: As ações voltadas para os grupos de risco também são muito valorizadas, pois fatores comportamentais, alimentares, ambientais, hábitos de higiene, podem prevenir ou acelerar o aparecimento de doenças. Para tal, se faz necessário a utilização de parcerias com outras secretarias do Município que possam contribuir para uma educação sanitária, para a prática de exercícios físicos, para hábitos saudáveis que permitam uma saúde biopsicossocial.
- Educadores: Os agentes de saúde são também educadores, pois todo o processo de promoção de saúde e prevenção de doenças passa pelo desenvolvimento de ações educativas que devem envolver a comunidade de forma participativa na construção da qualidade de vida.
- Assistência Integral: É importante ressaltar que as ações do SUS, incluindo aqui a atenção básica, devem estar pautadas em uma assistência integral que garanta acesso aos outros níveis de atenção à saúde. O atendimento humanizado, preconizado pelo HumanizaSUS , deve ser uma referência para atuação dos gestores e agentes de saúde.
É na Unidade Básica de Saúde que deve ser realizado o primeiro atendimento à urgência odontológica e médica e, dependendo da gravidade do caso, pode haver encaminhamentos diversos.
*HumanizaSUS : Política Nacional de Humanização do SUS. Existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários.
- Planejamento e avaliação: As equipes devem participar do planejamento e avaliação das ações voltadas para as demandas existentes, ressaltando a promoção de saúde através de ações que envolvam diversos setores, integrando projetos que estejam diretamente relacionados com o desenvolvimento da saúde biopsicossocial.
Diretrizes dos pactos:
A saúde no Brasil depende de modelos de gestão que priorizem a qualidade do atendimento e a busca por resultados satisfatórios tanto para o usuário do sistema quanto para a própria unidade de saúde, a integração de diretrizes do SUS que preconizam um atendimento universal e igualitário.Conheça alguns desses modelos a seguir:
1- O Pacto pela Vida reforça esses preceitos e ressalta a movimentação no sentido de uma gestão pública de referência em qualidade.
 
A Portaria GM/MS n° 325, de fevereiro de 2008, valida o Pacto pela Vida. Leia a portaria na íntegra em aqui 
 
Conheça alguns objetivos e metas do Pacto pela Vida:
 
• Atenção à saúde do idoso;
• Controle do câncer de colo de útero e de mama;
• Redução da mortalidade infantil e materna;
• Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, AIDS;
• Fortalecimento da atenção básica;
• Saúde mental;
• Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência;
2- O Pacto em Defesa do SUS tem como principais características:• Valorizar compromissos entre gestores da saúde com a reforma sanitária;
• Articular ações que qualifiquem o SUS enquanto política pública.
3- O Pacto de Gestão do SUS define responsabilidades dos gestores e ressalta as relações solidárias entre aqueles que estão à frente da gestão de cada unidade de saúde. Segundo o Ministério da Saúde, são eixos estruturantes do Pacto de Gestão do SUS (disponível em Pacto de Gestão: garantindo saúde para todos - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pacto_gestao.pdf):
• Regionalização solidária – cooperativa;
• Planejamento;
• Programação pactuada e integrada;
• Regulação, controle, auditoria e avaliação;
• Financiamento;
• Participação social e controle público.
Fonte: Pacto de Gestão: garantindo saúde para todos. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pacto_gestao.pdf.
Os níveis de atenção e o papel do psicólogo
A saúde pública é dividida em três níveis de atenção à saúde:
Primário – Incorpora pequena densidade de tecnologia, com perfil de morbidade relacionado às doenças mais corriqueiras, com capacitação profissional simples, isto é, formação médica básica. È considerada a porta de entrada do SUS. Neste nível estão as UBS, onde são realizadas as ações realizadas as ações dos programas de saúde (postos de saúde, PSF, Programa de Prevenção e Controle de Hipertensão, Programa de Saúde da Mulher, Programa de Saúde do Idoso, Programa de Atenção Integral à Criança e Adolescente etc.).
Secundário- Incorpora média densidade de tecnologia, com perfil de morbidade relacionado às doenças com padrão mais complexo que o do nível primário, com capacitação profissional intermediária, isto é, formação médica específica, pois abraça as especialidades básicas: clínica, pediatria, ginecologia-obstetrícia e cirurgia geral. Neste nível estão os hospitais gerais.
Terciário – Incorpora alta densidade de tecnologia com perfil de morbidade relacionado às doenças muito complexas, com alta capacitação profissional, isto é, formação em subespecialidade, como neurocirurgia, por exemplo. Neste nível estão os hospitais altamente especializados.
E o papel do psicólogo nos níveis de atenção?
Para os psicólogos, pela sua relativa recente inserção no setor da saúde, há a necessidade de uma formação que valorize a atuação em unidades de saúde nos três níveis de atenção, com possibilidades de estágio que permitam a classificação do seu papel em cada um desses níveis, o que resulta em possibilidades de atuação mais concretas. 
Essencialmente, a atuação na atenção básica se caracteriza pelo desenvolvimento de um trabalho da equipe de saúde na – e com a – comunidade, através do modelo de vigilância da saúde e trabalhando também com prevenção e atenção curativa.
A atuação da Psicologia nos níveis secundário e terciário vem crescendo muito com a prática da Psicologia Hospitalar, que permite ao psicólogo uma abrangência de serviços e ações nos mais diversos setores hospitalares, trabalho em equipe multidisciplinar ou interdisciplinar, através de práticas que envolvem a equipe de saúde, os pacientes e seus familiares. 
Todas essas respostas são válidas:
• Atenção à saúde do idoso;
• Controle do câncer de colo de útero e de mama;
• Redução da mortalidade infantil e materna; 
• Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, AIDS;
• Promoção da saúde;
• Fortalecimento da atenção básica;
• Saúde do trabalhador;
• Saúde mental;
• Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência;
• Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; 
• Saúde do homem.
Nesta aula, você:
Entendeu a definição e princípios da Política Nacional de Atenção Básica;
Reconheceu as características do trabalho das equipes de atenção básica;
Identificou as diretrizes do pacto pela vida, pacto em defesa do SUS e pacto de gestão do SUS;
Conheceu os três níveis de atenção e o papel do psicólogo.
 
Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:
Dimensão ético-política do atendimento a pessoas com DST, HIV e AID;
A Psicologia e o campo DST/AIDS;
Atuação do psicólogo em programas de DST/AIDS;
Gestão do trabalho nos programas de DST/AIDS: princípios do SUS na prática cotidiana e o trabalho em equipe multiprofissional.

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