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Evolução da Ciência Natural e Causas do Comportamento

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Outline de Aula – Profa. Elenice Hanna
Conceito de ciência natural (evolução)
• essência do objeto => relação entre eventos
• racionalismo (verdade no pensamento, razão) => empirismo (verdade nos
fatos, observação)
• introspecção => experimentação
- já no ano 325 a.c. existem registros tentativas naturalísticas de filósofos para explicar as causas do
comportamento (Aristóteles)
- era cristã e Idade Media houve um retrocesso com atribuições a alma sobrenatural, imaterial,
insubstancial, como causa do comportamento humano - estabelecimento do dualismo entre corpo-alma
Conceito de causa (evolução)
• evento que precede o efeito => mudança em uma variável independente
• qualquer evento (natural ou sobrenatural) => causas naturais para eventos
naturais
• relação de causa-efeito (correlação, contiguidade) x relação funcional
(mudança na variável independente produz mudança na variável
dependente)
• Na psicologia ainda existem causas de vários tipos:
Causas populares:
eventos contíguos (posição dos astros na hora do nascimento, números que compõem o endereço de um
indivíduo ou de letras do nome); previsões vagas e gerais que dificilmente poderá ser confirmada ou
desmentida; as falhas são ignoradas e um acerto ocasional se torna suficiente para manter a crença.
estrutura do indivíduo (proporção do corpo, forma da cabeça, cor dos olhos, pele, sulcos nas palmas das
mãos); erro semelhante ao de esperar que alguem parecido com um amigo irá se comportar de maneira
semelhante
gordo e alegria; causa ou consequencia
Causas Internas: É possível inventar causas dessa natureza sem medo de contradição
causas
causas neurais: (ex: colapso nervoso, fadiga mental) como obter essa informação e como usá-la para
previnir ou resolver problemas comportamentais? As causas a serem buscadas no sistema nervoso são de
utilidade restrita na previsão e no controle de um comportamento específico. Eventos que ocorrem
concomitantemente; em geralnão deveriam ter status de causa
causas internas psíquicas:agente interior sem dimensões físicas (mente ou psique)
Considera-se que o homem interior guia o corpo da mesma maneira que a direção orienta o automóvel. O
homem interior deseja uma ação, o exterior a executa. O interior perde o apetite, o exterior para de comer.
O homem interior quer, o exterior consegue. O interior tem o impulso ao qual o exterior obedece. Ex:
psicanálise; ego, id e superego são frequentemente encarados como criaturas sem substância, por vezes
em conflito violento, cujas derrotas ou vitórias resultam no comportamento ajustado ou desajustado do
organismo físico no qual residem.
causas internas conceituais: (ex: fome, inteligência, habilidade musical, hábito) são conceitos e não coisas
Outline de Aula – Profa. Elenice Hanna
Causas Ambientais:
Ambiente Externo: Físico e Social
Ambiente Interno: Biológico e Histórico
A Psicologia como ciência natural:
• tem como premissa básica a regularidade da natureza, das relações
que envolvem o comportamento;
• busca-se relações funcionais entre eventos naturais utilizando o
método científico; relações funcionais entre eventos ambientais e o
comportamento
• produz modelos que devem ser capazes de descrever, prever e
controlar os comportamentos que objetiva estudar;
• controle nem sempre é possível mas ajuda na previsão e
planejamento de intervenções (controle também não é possível em
todas as ciências; ex: astronomia)
Outline de Aula – Profa. Elenice Hanna
Algumas Personalidades importantes
• Descartes (1596-1650): comportamento involuntário pode ser explicado
por eventos físicos; modelo passível de teste
 representou a quebra parcial da explicação metafísica do comportamento; os movimentos eram
explicados através de sistemas (princípios hidráulicos) que moviam objetos; limitou esta explicação
natural, entretanto, apenas a respostas involuntárias; o restante era resultado da alma localizada no cérebro
(glandula pineal)
• Darwin (1859): teoria da evolução; homem como fruto da evolução das
espécies
• - alterou o clima intelectual com a proposta da teoria da evolução baseada em muitas observações
cuidadosas sobre fósseis e estruturas da flora e fauna vivas, em áreas isoladas da Terra; pesquisou o
comportamento que levava a adaptação no meio; antropomorfismo: homens e animais pensam, tem
idéias e desejos. Época que marca a renovação no interesse pelo comportamento dadptativo do animal
e pela relação deste com o comportamento humano.
• Thorndike (1898): lei do efeito; controle da história passada; análise
quantitativa
• estudo sobre fuga de um ambiente fechado e atos relacionados (puxar um cordão, mover um trinco,
etc) utilizando gatos, cães e pintos. Aspectos importantes do trabalho: reconheceu a importância de
fazer observações de animais cujas histórias passadas fossem conhecidas e semelhantes (controle da
história passada); importância de fazer observações repetidas no mesmo animal e em mais de um
animal e espécie, e em mais de um comportamento e equipamento (generalidade); análise
quantitativa. Gerou um conjunto de princípios/leis gerais do comportamento que acreditou serem
válidas para muitas espécies e muitos comportamentos. Lei do efeito: capacidade dos efeitos passados
do comportamento modificarem os padrões do comportamento animal, tendências comportamentais.
Explicou seus resultados entretanto através da associação de idéias.
• Avanços na fisiologia: rãs decaptadas; conceito de reflexo (R.Whytt,
Sherrington) – sec XIX
• Whytt (1750) redescobriu e expandiu o princípio do estímulo; conseguiu estabelecer a relação entre
dois eventos; enfraqueceu a atratividade da explicação em termos de alma mostrando reflexos em rã
decaptada. Sherrington (fisiologista, início do século XIX) resumiu as causas do comportamento
reflexo em leis quantitativas de estímulo-resposta.
• Pavlov (sec XX): estudo sistemático do comportamento; descrição de um
fenômeno comportamental a partir de manipulação ambiental; método
experimental
• Aspecto importante no trabalho de Pavlov foi sua atitude científica: interesse na generalidade do
fenômeno em relação aos estímulos e sujeitos; interesse em aspectos mensuráveis/quantitativos do
fenômeno importantes para uma análise detalhada; trabalho sistemático, podendo ser os resultados
interrelacionados e por isso mais significativos. Entretanto, Pavlov gradativamente passou a encarar o
condicionamento como um estudo da função do cérebro (processos cerebrais hipotéticos), apesar de
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nunca ter medido ou visto qualquer relação cérebro-comportamento; explicações tão fictícias como as
em termos de alma.
• Explosão de teorias da aprendizagem – final do sec XIX, início do século
XX
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Psicologia Científica
• estudo do comportamento (mudanças); método experimental;
determinismo
 
• Qual a vantagem de se ter uma ciência do comportamento?
• Predição e controle
• Quais os perigos?
• Da descoberta a aplicação, os objetivos e filosofia de trabalho se alteram; quem investiga? Quem
utiliza a tecnologia? Quem define os meios e a política?
• É vantagem ter como objeto de estudo o comportamento, algo que
todos nós conhecemos?
• Conclusões precipitadas, falsas generalizações
• Que dificuldades podemos encontrar no estudo do comportamento?
• Complexidade, não pode ser imobilizado para observação pois é um processo mutável, fluido e
evanescente
• Que objeções se pode fazer a uma ciência do comportamento?
• Comportamento pode estar além do alcance de uma ciência controladora ou preditiva; o
comportamento requerido para se entender o próprio comportamento deve ser algo além do
comportamento que é compreendido; leis gerais produzidas por uma ciência não dariam conta de
explicar o comportamento do indivíduo que é necessariamente único; complexidade impede a
identificaçãode leis; comportamento é matéria anômala; identificação de relações em situação artificial
impede a replicação do fenômeno em situação natural (todos essas objeções são relativas e não
inviabilizam o estudo científico do comportamento).

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