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Caderno de Questões Direito Civil

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Amanda Crippa

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Questões resolvidas

Antônio, advogado, passou a residir com sua namorada Lorena, em 2012, com objetivo declarado, pelo próprio casal, de constituir uma união estável, ainda que não guarnecida por escritura pública. A partir de então, Antônio começou a participar do cotidiano de Lucas, filho de Lorena, cuja identidade do pai biológico a própria mãe desconhecia. No início de 2018, Antônio procedeu ao reconhecimento voluntário de paternidade socioafetiva de Lucas, com base no Provimento nº 63/2017 CNJ. Em meados de agosto de 2020, a convivência de Antônio e Lorena chegou ao fim. Diante deste cenário, Antônio comprometeu-se a pagar alimentos para Lucas, que estava com 13 anos de idade, até os 21 anos de idade do filho, no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), mediante acordo homologado judicialmente. Porém, no final de 2020, Antônio recebeu a notícia de que o escritório de que ele é sócio perdeu um de seus principais clientes, fato cujo impacto financeiro gerou a redução de 30% dos seus rendimentos mensais. Quando soube de tal notícia, Antônio procurou Lorena, como representante legal de Lucas, para fixar um valor mais baixo de pensão a ser pago, ao menos durante um período, mas ela recusou-se a estabelecer um novo acordo.
Conforme este contexto, assinale a afirmativa correta.
a) A redução do encargo alimentar apenas poderá acontecer caso Lucas, por meio de sua representante legal, Lorena, concorde com ela.
b) Os filhos socioafetivos não tem o direito de pleitear alimentos frente aos seus pais.
c) Diante da mudança de sua situação financeira, Antônio poderá requerer ao juiz a redução do encargo alimentar.
d) Caso eventual pedido de redução do valor pago a título de obrigação alimentar seja procedente, Lucas nunca mais poderá pleitear a majoração do encargo, nem mesmo se a situação financeira de Antônio melhorar.

Valdeir e Max assinaram contrato particular de promessa de compra e venda com direito de arrependimento, no qual Valdeir prometeu vender o apartamento 901 de sua propriedade por R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Max, por sua vez, se comprometeu a comprar o imóvel e, no mesmo ato de assinatura do contrato, pagou arras penitenciais de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). A escritura definitiva de compra e venda seria outorgada em 90 (noventa) dias a contar da assinatura da promessa de compra e venda, com o consequente pagamento do saldo do preço. Contudo, 10 (dez) dias antes da assinatura da escritura de compra e venda, Valdeir celebrou escritura definitiva de compra e venda, alienando o imóvel à Ana Lúcia que pagou a importância de R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais) pelo mesmo imóvel. Max, surpreendido e indignado, procura você, como advogado(a), para defesa de seus interesses.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A Max poderá exigir de Valdeir a importância paga a título de arras mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
B Por se tratar de arras penitenciais, Max poderá exigir de Valdeir apenas R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), e exigir a reparação pelas perdas e danos que conseguir comprovar.
C Max poderá exigir de Valdeir até o triplo pago a título de arras penitencias.
D Max não poderá exigir nada além do que pagou a título de arras penitenciais.

Marta, 75 anos, solteira, sem filhos, com todos os ascendentes falecidos, é irmã de Alberto e prima de Donizete. Proprietária de alguns imóveis, Marta procurou um cartório para lavrar testamento público em 2019. Ainda que seu contato com o irmão Alberto fosse ocasional, sendo muito mais próxima de Donizete, optou por dividir sua herança entre ambos. Contudo, ao longo de 2020, durante a pandemia de Covid-19, Marta passou a residir junto de Donizete e sua família. Enquanto a convivência somente aumentou o afeto e a consideração entre os primos, o contato entre Marta e Alberto tornou-se ainda mais raro. Não por outro motivo, em agosto de 2020, Marta procurou o mesmo cartório e lavrou um novo testamento público, o qual nomeava Donizete como seu único herdeiro. Em janeiro de 2021, Marta faleceu. Ao tomar conhecimento da disposição de última vontade da irmã, Alberto consulta você, como advogado(a), a respeito da situação.
Com efeito, é correto afirmar que
a) o testamento feito por Marta em agosto de 2020 revoga o testamento feito pela mesma em 2019. Portanto, toda herança de Marta deverá ser transmitida a Donizete.
b) no testamento, Marta deveria deixar ao menos metade de sua herança para Alberto, seu irmão e, assim, herdeiro necessário.
c) Marta apenas poderia afastar o direito à herança de Alberto por meio de deserdação fundada no abandono afetivo.
d) Marta encontrava-se proibida de testar novamente desde o momento em que testou pela primeira vez no ano de 2019, pois o testamento é sempre irrevogável.

Joel e Simone se casaram em regime de comunhão total de bens em 2010. Em 2015, depois de vários períodos conturbados, Joel abandonou a primeira e única residência de 150 m2, em área urbana, que o casal havia adquirido mediante pagamento à vista, com recursos próprios de ambos, e não dá qualquer notícia sobre seu paradeiro ou intenções futuras. Em 2018, após Simone ter iniciado um relacionamento com Roberto, Joel reaparece subitamente, notificando sua ex-mulher, que não é proprietária nem possuidora de outro imóvel, de que deseja retomar sua parte no bem, eis que não admitiria que ela passasse a morar com Roberto no apartamento que ele e ela haviam comprado juntos.
Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
a) Apesar de ser possuidora de boa-fé, Simone pode se considerar proprietária da totalidade do imóvel, tendo em vista a efetivação da usucapião extraordinária.
b) Uma vez que a permanência de Simone no imóvel é decorrente de um negócio jurídico realizado entre ela e Joel, é correto indicar um desdobramento da posse no caso narrado.
c) Como Joel deixou o imóvel há mais de dois anos, Simone pode alegar usucapião da fração do imóvel originalmente pertencente ao ex-cônjuge.
d) A hipótese de usucapião é impossível, diante do condomínio sobre o imóvel entre Joel e Simone, eis que ambos são proprietários.

Liz e seu marido Hélio adquirem uma fração de tempo em regime de multipropriedade imobiliária no hotel-fazenda Cidade Linda, no estado de Goiás. Pelos termos do negócio, eles têm direito a ocupar uma das unidades do empreendimento durante os meses de dezembro e janeiro, em regime fixo. No ano seguinte à realização do negócio, as filhas do casal, Samantha e Laura, ficam doentes exatamente em dezembro, o que os impede de viajar. Para contornar a situação, Liz oferece à sua mãe, Alda, o direito de ir para o Cidade Linda no lugar deles.
Ao chegar ao local, porém, Alda é barrada pela administração do hotel, sob o fundamento de que somente a família proprietária poderia ocupar as instalações da unidade. Você, como advogado(a), deve esclarecer se o ato é legal, assinalando a opção que indica sua orientação.
a) O ato é legal, pois o regime de multipropriedade, ao contrário do condominial, é personalíssimo.
b) O ato é ilegal, pois, como hipótese de condomínio necessário, a multipropriedade admite o uso das unidades por terceiros.
c) O ato é ilegal, pois a possibilidade de cessão da fração de tempo do multiproprietário em comodato é expressamente prevista no Código Civil.
d) O ato é legal, pois o multiproprietário tem apenas o direito de doar ou vender a sua fração de tempo, mas nunca cedê-la em comodato.

Érico é amigo de Astolfo, famoso colecionador de obras de arte. Érico, que está abrindo uma galeria de arte, perguntou se Astolfo aceitaria locar uma das pinturas de seu acervo para ser exibida na grande noite de abertura, como forma de atrair mais visitantes. Astolfo prontamente aceitou a proposta, e ambos celebraram o contrato de locação da obra, tendo Érico se obrigado a restituí-la já no dia seguinte ao da inauguração. O aluguel, fixado em parcela única, foi pago imediatamente na data de celebração do contrato. A abertura da galeria foi um grande sucesso, e Érico, assoberbado de trabalho nos dias que se seguiram, não providenciou a devolução da obra de arte para Astolfo. Embora a galeria dispusesse de moderna estrutura de segurança, cerca de uma semana após a inauguração, Diego, estudante universitário, invadiu o local e vandalizou todas as obras de arte ali expostas, destruindo por completo a pintura que fora cedida por Astolfo. As câmeras de segurança possibilitaram a pronta identificação do vândalo. De acordo com o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
De acordo com o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) Érico tem o dever de indenizar Astolfo, integralmente, pelos prejuízos sofridos em decorrência da destruição da pintura.
b) Érico não pode ser obrigado a indenizar Astolfo pelos prejuízos decorrentes da destruição da pintura porque Diego, o causador do dano, foi prontamente identificado.
c) Érico não pode ser obrigado a indenizar Astolfo pelos prejuízos decorrentes da destruição da pintura porque adotou todas as medidas de segurança necessárias para proteger a obra de arte.
d) Érico somente estará obrigado a indenizar Astolfo se restar comprovado que colaborou, em alguma medida, para que Diego realizasse os atos de vandalismo.

Leandro decide realizar uma doação com a finalidade exclusiva de remunerar serviços prestados voluntária e espontaneamente por Carmen em sua ONG (Organização Não Governamental). Oferece, então, um pequeno imóvel residencial, avaliado em R$ 100.000,00 (cem mil reais), por instrumento particular, oportunidade na qual o doador fez questão de estipular uma obrigação: Carmen teria que realizar benfeitorias específicas na casa, tais como a troca dos canos enferrujados, da fiação deteriorada, bem como a finalização do acabamento das paredes, com a devida pintura final. A donatária aceita os termos da doação e assina o documento particular, imitindo-se na posse do bem e dando início às obras. Alguns dias depois, orientada por um vizinho, reúne-se com o doador e decide formalizar a doação pela via de escritura pública, no ofício competente, constando também cláusula de renúncia antecipada do doador a pleitear a revogação da doação por ingratidão. Dois anos depois, após sérios desentendimentos e ofensas públicas desferidas por Carmen, esta é condenada, em processo cível, a indenizar Leandro ante a prática de ato ilícito, qualificado como injúria grave. Leandro, então, propõe uma ação de revogação da doação. Diante desse fato, assinale a afirmativa correta.
Diante desse fato, assinale a afirmativa correta.
a) Mesmo diante da prática de injúria grave por parte de Carmen, Leandro não pode pretender revogar a doação, porque houve renúncia expressa no contrato.
b) A doação para Carmen se qualifica como condicional, eis que depende do cumprimento da obrigação de realizar as obras para a sua confirmação.
c) A doação para Carmen não pode ser revogada por ingratidão, porque o ato de liberalidade do doador teve motivação puramente remuneratória.
d) O ordenamento admite que a doação para Carmen fosse realizada por instrumento particular, razão pela qual a realização da escritura pública foi um ato desnecessário.

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Questões resolvidas

Antônio, advogado, passou a residir com sua namorada Lorena, em 2012, com objetivo declarado, pelo próprio casal, de constituir uma união estável, ainda que não guarnecida por escritura pública. A partir de então, Antônio começou a participar do cotidiano de Lucas, filho de Lorena, cuja identidade do pai biológico a própria mãe desconhecia. No início de 2018, Antônio procedeu ao reconhecimento voluntário de paternidade socioafetiva de Lucas, com base no Provimento nº 63/2017 CNJ. Em meados de agosto de 2020, a convivência de Antônio e Lorena chegou ao fim. Diante deste cenário, Antônio comprometeu-se a pagar alimentos para Lucas, que estava com 13 anos de idade, até os 21 anos de idade do filho, no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), mediante acordo homologado judicialmente. Porém, no final de 2020, Antônio recebeu a notícia de que o escritório de que ele é sócio perdeu um de seus principais clientes, fato cujo impacto financeiro gerou a redução de 30% dos seus rendimentos mensais. Quando soube de tal notícia, Antônio procurou Lorena, como representante legal de Lucas, para fixar um valor mais baixo de pensão a ser pago, ao menos durante um período, mas ela recusou-se a estabelecer um novo acordo.
Conforme este contexto, assinale a afirmativa correta.
a) A redução do encargo alimentar apenas poderá acontecer caso Lucas, por meio de sua representante legal, Lorena, concorde com ela.
b) Os filhos socioafetivos não tem o direito de pleitear alimentos frente aos seus pais.
c) Diante da mudança de sua situação financeira, Antônio poderá requerer ao juiz a redução do encargo alimentar.
d) Caso eventual pedido de redução do valor pago a título de obrigação alimentar seja procedente, Lucas nunca mais poderá pleitear a majoração do encargo, nem mesmo se a situação financeira de Antônio melhorar.

Valdeir e Max assinaram contrato particular de promessa de compra e venda com direito de arrependimento, no qual Valdeir prometeu vender o apartamento 901 de sua propriedade por R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Max, por sua vez, se comprometeu a comprar o imóvel e, no mesmo ato de assinatura do contrato, pagou arras penitenciais de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). A escritura definitiva de compra e venda seria outorgada em 90 (noventa) dias a contar da assinatura da promessa de compra e venda, com o consequente pagamento do saldo do preço. Contudo, 10 (dez) dias antes da assinatura da escritura de compra e venda, Valdeir celebrou escritura definitiva de compra e venda, alienando o imóvel à Ana Lúcia que pagou a importância de R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais) pelo mesmo imóvel. Max, surpreendido e indignado, procura você, como advogado(a), para defesa de seus interesses.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A Max poderá exigir de Valdeir a importância paga a título de arras mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
B Por se tratar de arras penitenciais, Max poderá exigir de Valdeir apenas R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), e exigir a reparação pelas perdas e danos que conseguir comprovar.
C Max poderá exigir de Valdeir até o triplo pago a título de arras penitencias.
D Max não poderá exigir nada além do que pagou a título de arras penitenciais.

Marta, 75 anos, solteira, sem filhos, com todos os ascendentes falecidos, é irmã de Alberto e prima de Donizete. Proprietária de alguns imóveis, Marta procurou um cartório para lavrar testamento público em 2019. Ainda que seu contato com o irmão Alberto fosse ocasional, sendo muito mais próxima de Donizete, optou por dividir sua herança entre ambos. Contudo, ao longo de 2020, durante a pandemia de Covid-19, Marta passou a residir junto de Donizete e sua família. Enquanto a convivência somente aumentou o afeto e a consideração entre os primos, o contato entre Marta e Alberto tornou-se ainda mais raro. Não por outro motivo, em agosto de 2020, Marta procurou o mesmo cartório e lavrou um novo testamento público, o qual nomeava Donizete como seu único herdeiro. Em janeiro de 2021, Marta faleceu. Ao tomar conhecimento da disposição de última vontade da irmã, Alberto consulta você, como advogado(a), a respeito da situação.
Com efeito, é correto afirmar que
a) o testamento feito por Marta em agosto de 2020 revoga o testamento feito pela mesma em 2019. Portanto, toda herança de Marta deverá ser transmitida a Donizete.
b) no testamento, Marta deveria deixar ao menos metade de sua herança para Alberto, seu irmão e, assim, herdeiro necessário.
c) Marta apenas poderia afastar o direito à herança de Alberto por meio de deserdação fundada no abandono afetivo.
d) Marta encontrava-se proibida de testar novamente desde o momento em que testou pela primeira vez no ano de 2019, pois o testamento é sempre irrevogável.

Joel e Simone se casaram em regime de comunhão total de bens em 2010. Em 2015, depois de vários períodos conturbados, Joel abandonou a primeira e única residência de 150 m2, em área urbana, que o casal havia adquirido mediante pagamento à vista, com recursos próprios de ambos, e não dá qualquer notícia sobre seu paradeiro ou intenções futuras. Em 2018, após Simone ter iniciado um relacionamento com Roberto, Joel reaparece subitamente, notificando sua ex-mulher, que não é proprietária nem possuidora de outro imóvel, de que deseja retomar sua parte no bem, eis que não admitiria que ela passasse a morar com Roberto no apartamento que ele e ela haviam comprado juntos.
Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
a) Apesar de ser possuidora de boa-fé, Simone pode se considerar proprietária da totalidade do imóvel, tendo em vista a efetivação da usucapião extraordinária.
b) Uma vez que a permanência de Simone no imóvel é decorrente de um negócio jurídico realizado entre ela e Joel, é correto indicar um desdobramento da posse no caso narrado.
c) Como Joel deixou o imóvel há mais de dois anos, Simone pode alegar usucapião da fração do imóvel originalmente pertencente ao ex-cônjuge.
d) A hipótese de usucapião é impossível, diante do condomínio sobre o imóvel entre Joel e Simone, eis que ambos são proprietários.

Liz e seu marido Hélio adquirem uma fração de tempo em regime de multipropriedade imobiliária no hotel-fazenda Cidade Linda, no estado de Goiás. Pelos termos do negócio, eles têm direito a ocupar uma das unidades do empreendimento durante os meses de dezembro e janeiro, em regime fixo. No ano seguinte à realização do negócio, as filhas do casal, Samantha e Laura, ficam doentes exatamente em dezembro, o que os impede de viajar. Para contornar a situação, Liz oferece à sua mãe, Alda, o direito de ir para o Cidade Linda no lugar deles.
Ao chegar ao local, porém, Alda é barrada pela administração do hotel, sob o fundamento de que somente a família proprietária poderia ocupar as instalações da unidade. Você, como advogado(a), deve esclarecer se o ato é legal, assinalando a opção que indica sua orientação.
a) O ato é legal, pois o regime de multipropriedade, ao contrário do condominial, é personalíssimo.
b) O ato é ilegal, pois, como hipótese de condomínio necessário, a multipropriedade admite o uso das unidades por terceiros.
c) O ato é ilegal, pois a possibilidade de cessão da fração de tempo do multiproprietário em comodato é expressamente prevista no Código Civil.
d) O ato é legal, pois o multiproprietário tem apenas o direito de doar ou vender a sua fração de tempo, mas nunca cedê-la em comodato.

Érico é amigo de Astolfo, famoso colecionador de obras de arte. Érico, que está abrindo uma galeria de arte, perguntou se Astolfo aceitaria locar uma das pinturas de seu acervo para ser exibida na grande noite de abertura, como forma de atrair mais visitantes. Astolfo prontamente aceitou a proposta, e ambos celebraram o contrato de locação da obra, tendo Érico se obrigado a restituí-la já no dia seguinte ao da inauguração. O aluguel, fixado em parcela única, foi pago imediatamente na data de celebração do contrato. A abertura da galeria foi um grande sucesso, e Érico, assoberbado de trabalho nos dias que se seguiram, não providenciou a devolução da obra de arte para Astolfo. Embora a galeria dispusesse de moderna estrutura de segurança, cerca de uma semana após a inauguração, Diego, estudante universitário, invadiu o local e vandalizou todas as obras de arte ali expostas, destruindo por completo a pintura que fora cedida por Astolfo. As câmeras de segurança possibilitaram a pronta identificação do vândalo. De acordo com o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
De acordo com o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) Érico tem o dever de indenizar Astolfo, integralmente, pelos prejuízos sofridos em decorrência da destruição da pintura.
b) Érico não pode ser obrigado a indenizar Astolfo pelos prejuízos decorrentes da destruição da pintura porque Diego, o causador do dano, foi prontamente identificado.
c) Érico não pode ser obrigado a indenizar Astolfo pelos prejuízos decorrentes da destruição da pintura porque adotou todas as medidas de segurança necessárias para proteger a obra de arte.
d) Érico somente estará obrigado a indenizar Astolfo se restar comprovado que colaborou, em alguma medida, para que Diego realizasse os atos de vandalismo.

Leandro decide realizar uma doação com a finalidade exclusiva de remunerar serviços prestados voluntária e espontaneamente por Carmen em sua ONG (Organização Não Governamental). Oferece, então, um pequeno imóvel residencial, avaliado em R$ 100.000,00 (cem mil reais), por instrumento particular, oportunidade na qual o doador fez questão de estipular uma obrigação: Carmen teria que realizar benfeitorias específicas na casa, tais como a troca dos canos enferrujados, da fiação deteriorada, bem como a finalização do acabamento das paredes, com a devida pintura final. A donatária aceita os termos da doação e assina o documento particular, imitindo-se na posse do bem e dando início às obras. Alguns dias depois, orientada por um vizinho, reúne-se com o doador e decide formalizar a doação pela via de escritura pública, no ofício competente, constando também cláusula de renúncia antecipada do doador a pleitear a revogação da doação por ingratidão. Dois anos depois, após sérios desentendimentos e ofensas públicas desferidas por Carmen, esta é condenada, em processo cível, a indenizar Leandro ante a prática de ato ilícito, qualificado como injúria grave. Leandro, então, propõe uma ação de revogação da doação. Diante desse fato, assinale a afirmativa correta.
Diante desse fato, assinale a afirmativa correta.
a) Mesmo diante da prática de injúria grave por parte de Carmen, Leandro não pode pretender revogar a doação, porque houve renúncia expressa no contrato.
b) A doação para Carmen se qualifica como condicional, eis que depende do cumprimento da obrigação de realizar as obras para a sua confirmação.
c) A doação para Carmen não pode ser revogada por ingratidão, porque o ato de liberalidade do doador teve motivação puramente remuneratória.
d) O ordenamento admite que a doação para Carmen fosse realizada por instrumento particular, razão pela qual a realização da escritura pública foi um ato desnecessário.

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Caderno de Questões Direito Civil 
Maitê Damé e Patrícia Strauss 
 
1 
 
 
Caderno 
de Questões 
Direito Civil 
1ª FASE 
Maitê Damé e Patrícia Strauss 
Caderno de Questões Direito Civil 
Maitê Damé e Patrícia Strauss 
 
2 
XXXIII Exame 
1) FGV - 2021 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q35 
Antônio, advogado, passou a residir com sua namorada Lorena, em 2012, com objetivo declarado, pelo próprio 
casal, de constituir uma união estável, ainda que não guarnecida por escritura pública. A partir de então, Antônio 
começou a participar do cotidiano de Lucas, filho de Lorena, cuja identidade do pai biológico a própria mãe 
desconhecia. No início de 2018, Antônio procedeu ao reconhecimento voluntário de paternidade socioafetiva de 
Lucas, com base no Provimento nº 63/2017 CNJ. 
Em meados de agosto de 2020, a convivência de Antônio e Lorena chegou ao fim. Diante deste cenário, Antônio 
comprometeu-se a pagar alimentos para Lucas, que estava com 13 anos de idade, até os 21 anos de idade do filho, 
no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), mediante acordo homologado judicialmente. Porém, no final 
de 2020, Antônio recebeu a notícia de que o escritório de que ele é sócio perdeu um de seus principais clientes, fato 
cujo impacto financeiro gerou a redução de 30% dos seus rendimentos mensais. Quando soube de tal notícia, 
Antônio procurou Lorena, como representante legal de Lucas, para fixar um valor mais baixo de pensão a ser pago, 
ao menos durante um período, mas ela recusou-se a estabelecer um novo acordo. Conforme este contexto, assinale 
a afirmativa correta. 
a) A redução do encargo alimentar apenas poderá acontecer caso Lucas, por meio de sua representante legal, 
Lorena, concorde com ela. 
b) Os filhos socioafetivos não tem o direito de pleitear alimentos frente aos seus pais. 
c) Diante da mudança de sua situação financeira, Antônio poderá requerer ao juiz a redução do encargo 
alimentar. 
d) Caso eventual pedido de redução do valor pago a título de obrigação alimentar seja procedente, Lucas 
nunca mais poderá pleitear a majoração do encargo, nem mesmo se a situação financeira de Antônio 
melhorar. 
 
2) FGV - 2021 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q36 
Bruna visitou a mansão neoclássica que André herdara de seu tio e cuja venda estava anunciando. Bruna ficou 
fascinada com a sala principal, decorada com um piano do século XIX e dois quadros do conhecido pintor Monet, e 
com os banheiros, ornados com torneiras desenhadas pelos melhores profissionais da época. Diante disso, decidiu 
comprá-la. Na ausência de acordo específico entre Bruna e André, por ocasião da transferência da propriedade, 
Bruna receberá 
a) a mansão com os quadros, o piano e as torneiras, pois todos esses bens são classificados como 
benfeitorias, que seguem o destino do bem principal vendido. 
b) apenas a mansão, eis que o princípio da gravitação jurídica não é aplicável aos demais bens citados no 
caso. 
c) a mansão juntamente com as torneiras dos banheiros, consideradas partes integrantes, mas não os quadros 
e o piano, considerados pertenças. 
d) a mansão e os quadros, pois, sendo considerados pertenças, impõe-se a regra de que o acessório deve 
seguir o destino do principal, mas o piano e as torneiras poderão ser removidos por André antes da 
transferência. 
 
3) FGV - 2021 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q37 
Valdeir e Max assinaram contrato particular de promessa de compra e venda com direito de arrependimento, no 
qual Valdeir prometeu vender o apartamento 901 de sua propriedade por R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Max, 
por sua vez, se comprometeu a comprar o imóvel e, no mesmo ato de assinatura do contrato, pagou arras 
penitenciais de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). 
Caderno de Questões Direito Civil 
Maitê Damé e Patrícia Strauss 
 
3 
A escritura definitiva de compra e venda seria outorgada em 90 (noventa) dias a contar da assinatura da promessa 
de compra e venda, com o consequente pagamento do saldo do preço. Contudo, 10 (dez) dias antes da assinatura 
da escritura de compra e venda, Valdeir celebrou escritura definitiva de compra e venda, alienando o imóvel à Ana 
Lúcia que pagou a importância de R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais) pelo mesmo imóvel. Max, 
surpreendido e indignado, procura você, como advogado(a), para defesa de seus 
interesses. 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) Max poderá exigir de Valdeir a importância paga a título de arras mais o equivalente, com atualização 
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado. 
b) Por se tratar de arras penitenciais, Max poderá exigir de Valdeir apenas R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), 
e exigir a reparação pelas perdas e danos que conseguir comprovar. 
c) Max poderá exigir de Valdeir até o triplo pago a título de arras penitencias. 
d) Max não poderá exigir nada além do que pagou a título de arras penitenciais. 
 
4) FGV - 2021 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q38 
Antônio decide ceder gratuitamente a posse de um de seus imóveis residenciais a Carlos, seu grande amigo que 
vem passando por dificuldades financeiras, sem fixar prazo para a devolução do bem. 
Passados 5 (cinco) anos, Antônio decide notificar Carlos para que se retire do imóvel, após descobrir que estava 
deteriorado por pura desídia do possuidor, que não estava realizando os atos de conservação necessários. Carlos 
realiza uma contranotificação, informando que não vai devolver o imóvel, na medida em que ainda necessita dele 
para sua moradia. Em razão disso, Carlos decide arbitrar o aluguel pelo uso do bem imóvel. Neste contexto, assinale 
a afirmativa correta. 
a) O contrato firmado é de depósito, motivo pelo qual tem Carlos o dever de guardá-lo e conservá-lo até que 
Antônio o reclame, sob pena de pagar alugueis. 
b) O contrato firmado é de mútuo, que transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, correndo por 
conta deste os riscos desde a tradição, sendo indevidos os alugueis. 
c) O contrato celebrado é de comodato, sendo o comodatário obrigado a conservar a coisa emprestada e, uma 
vez constituído em mora, a pagar alugueis. 
d) O contrato pactuado é de locação, que se iniciou com a renúncia à cobrança de alugueis pelo locador e, 
após a notificação, tornou a exigi-los, como é da natureza do contrato. 
 
5) FGV - 2021 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q39 
Matheus, médico clínico-geral, recebe para atendimento em seu consultório o paciente Victor, mergulhador 
profissional. Realizando a anamnese, Victor relata que é alérgico à ácido acetilsalicílico. Desatento, Matheus 
ministra justamente esta droga a Victor como parte de seu tratamento. Victor tem danos permanentes em razão do 
agravamento de sua asma pelo uso inadequado do medicamento, tendo que comprar novos medicamentos para 
seu tratamento e, ainda mais grave, fica impedido de trabalhar nos dois anos seguintes. A respeito da 
responsabilidade civil de Matheus, assinale a afirmativa correta. 
a) Ele responderá pelo regime objetivo de responsabilidade civil, tendo em vista que a atividade de Matheus é 
arriscada. 
b) Ele deverá indenizar Victor independentemente de culpa, isto é, de imperícia de sua parte, considerando 
existir relação de consumo. 
c) Ele, sendo profissional liberal, terá apurada sua responsabilidade mediante a verificação de culpa, 
responsabilizando-se unicamente pelos danos diretos verificados no caso. 
d) Ele deverá indenizar Victor pelas despesas do tratamento e pelos lucros cessantes até o fim da 
convalescença, além da pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou. 
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Maitê Damé e Patrícia Strauss 
 
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6) FGV - 2021 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q40 
Marta, 75 anos, solteira, sem filhos,com todos os ascendentes falecidos, é irmã de Alberto e prima de Donizete. 
Proprietária de alguns imóveis, Marta procurou um cartório para lavrar testamento público em 2019. Ainda que seu 
contato com o irmão Alberto fosse ocasional, sendo muito mais próxima de Donizete, optou por dividir sua herança 
entre ambos. Contudo, ao longo de 2020, durante a pandemia de Covid-19, Marta passou a residir junto de Donizete 
e sua família. Enquanto a convivência somente aumentou o afeto e a consideração entre os primos, o contato entre 
Marta e Alberto tornou-se ainda mais raro. Não por outro motivo, em agosto de 2020, Marta procurou o mesmo 
cartório e lavrou um novo testamento público, o qual nomeava Donizete como seu único herdeiro. Em janeiro de 
2021, Marta faleceu. Ao tomar conhecimento da disposição de última vontade da irmã, Alberto consulta você, como 
advogado(a), a respeito da situação. 
Com efeito, é correto afirmar que 
a) o testamento feito por Marta em agosto de 2020 revoga o testamento feito pela mesma em 2019. Portanto, 
toda herança de Marta deverá ser transmitida a Donizete. 
b) no testamento, Marta deveria deixar ao menos metade de sua herança para Alberto, seu irmão e, assim, 
herdeiro necessário. 
c) Marta apenas poderia afastar o direito à herança de Alberto por meio de deserdação fundada no abandono 
afetivo. 
d) Marta encontrava-se proibida de testar novamente desde o momento em que testou pela primeira vez no 
ano de 2019, pois o testamento é sempre irrevogável. 
 
7) FGV - 2021 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q41 
Daniel, habilitado e dentro do limite de velocidade, dirigia seu carro na BR 101 quando uma criança atravessou a 
pista, à sua frente. Daniel, para evitar o atropelamento da criança, saiu de sua faixa de rolamento e colidiu com o 
carro de Mário, taxista, que estava a serviço e não teve nenhuma culpa no acidente. Daniel se nega ao pagamento 
de qualquer valor a Mário por alegar que a responsabilidade, em verdade, seria de José, pai da criança. A respeito 
da responsabilidade de Daniel pelos danos causados no acidente em análise, assinale a afirmativa correta. 
a) Ele não praticou ato ilícito mas, ainda assim, terá que indenizar Mário. 
b) Ele praticou ato ilícito ao causar danos a Mario, violando o princípio do neminem laedere. 
c) Ele não praticou ato ilícito e não terá que indenizar Mario por atuar em estado de necessidade. 
d) Ele praticou ato ilícito ao causar danos a Mário e responderá objetivamente pelos danos a que der causa. 
 
XXXII Exame 
1) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q35 
Joel e Simone se casaram em regime de comunhão total de bens em 2010. Em 2015, depois de vários períodos 
conturbados, Joel abandonou a primeira e única residência de 150 m2, em área urbana, que o casal havia adquirido 
mediante pagamento à vista, com recursos próprios de ambos, e não dá qualquer notícia sobre seu paradeiro ou 
intenções futuras. Em 2018, após Simone ter iniciado um relacionamento com Roberto, Joel reaparece subitamente, 
notificando sua ex-mulher, que não é proprietária nem possuidora de outro imóvel, de que deseja retomar sua parte 
no bem, eis que não admitiria que ela passasse a morar com Roberto no apartamento que ele e ela haviam 
comprado juntos. Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta. 
a) Apesar de ser possuidora de boa-fé, Simone pode se considerar proprietária da totalidade do imóvel, tendo 
em vista a efetivação da usucapião extraordinária. 
b) Uma vez que a permanência de Simone no imóvel é decorrente de um negócio jurídico realizado entre ela 
e Joel, é correto indicar um desdobramento da posse no caso narrado. 
c) Como Joel deixou o imóvel há mais de dois anos, Simone pode alegar usucapião da fração do imóvel 
originalmente pertencente ao ex-cônjuge. 
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d) A hipótese de usucapião é impossível, diante do condomínio sobre o imóvel entre Joel e Simone, eis que 
ambos são proprietários. 
 
2) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q36 
Liz e seu marido Hélio adquirem uma fração de tempo em regime de multipropriedade imobiliária no hotel-fazenda 
Cidade Linda, no estado de Goiás. Pelos termos do negócio, eles têm direito a ocupar uma das unidades do 
empreendimento durante os meses de dezembro e janeiro, em regime fixo. No ano seguinte à realização do negócio, 
as filhas do casal, Samantha e Laura, ficam doentes exatamente em dezembro, o que os impede de viajar. Para 
contornar a situação, Liz oferece à sua mãe, Alda, o direito de ir para o Cidade Linda no lugar deles. Ao chegar ao 
local, porém, Alda é barrada pela administração do hotel, sob o fundamento de que somente a família proprietária 
poderia ocupar as instalações da unidade. Você, como advogado(a), deve esclarecer se o ato é legal, assinalando 
a opção que indica sua orientação. 
a) O ato é legal, pois o regime de multipropriedade, ao contrário do condominial, é personalíssimo. 
b) O ato é ilegal, pois, como hipótese de condomínio necessário, a multipropriedade admite o uso das unidades 
por terceiros. 
c) O ato é ilegal, pois a possibilidade de cessão da fração de tempo do multiproprietário em comodato é 
expressamente prevista no Código Civil. 
d) O ato é legal, pois o multiproprietário tem apenas o direito de doar ou vender a sua fração de tempo, mas 
nunca cedê-la em comodato. 
3) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q37 
Hugo, corretor de imóveis, recebe oferta de contrato, por prazo indeterminado, para intermediar a realização de 
negócios sobre novo empreendimento imobiliário, cujo lançamento ocorrerá em data próxima, obtendo as seguintes 
informações: (i) as características gerais do empreendimento, com a descrição da planta, da área e do valor de cada 
unidade autônoma projetada, em condomínio edilício; (ii) o valor oferecido em remuneração pelos serviços de 
corretagem correspondente a 4% sobre o valor da venda. Entusiasmado, Hugo entra em contato com diversos 
clientes (potenciais compradores), a fim de mediar a celebração de compromissos de compra e venda com o dono 
do negócio. Nesse ínterim, consegue marcar uma reunião entre o incorporador (dono do negócio) e seu melhor 
cliente, sócio de uma grande rede de farmácias, pretendendo adquirir a loja principal do empreendimento. Após a 
reunião, em que as partes se mostraram interessadas em prosseguir com as negociações, nenhum dos futuros 
contratantes tornou a responder ao corretor, que não mais atuou nesse empreendimento, ante a sua dispensa. 
Soube, meses depois, que o negócio havia sido fechado entre o incorporador e o comprador, em negociação direta, 
ao valor de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais). Diante do exposto, assinale a afirmativa correta. 
a) A dispensa do corretor não ilide o dever de pagar a remuneração que lhe era devida, pois o negócio se 
realizou posteriormente, como fruto de sua mediação. 
b) Ainda que tenha iniciado a negociação com a atuação do corretor, uma vez concluído o negócio diretamente 
entre as partes, nenhuma remuneração será devida. 
c) A ausência do corretor na negociação que resultou no acordo de venda evidencia o descumprimento do 
dever de diligência e prudência, motivo pelo qual perde o direito à remuneração. 
d) O corretor tem direito à remuneração parcial e proporcional, pois, apesar de dispensado, iniciou a 
intermediação, e o negócio ao final se concretizou. 
 
4) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q38 
Ao falecer em 2019, Januário deixa duas filhas vivas: Rosana, mãe de Luna, e Helena, mãe de Gabriel. O filho mais 
velho de Januário, Humberto, falecera em 2016, deixando-lhe dois netos: Lucas e João. Sobre a sucessão de 
Januário, assinale a afirmativa correta. 
a) Lucas, João, Luna, Gabriel e Vinícius são seus herdeiros. 
b) Helena, Rosana, Lucas e João sãoseus herdeiros, cada um herdando uma quota igual da herança deixada 
por Januário. 
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c) Apenas Helena e Rosana são suas herdeiras. 
d) São seus herdeiros Helena, Rosana e os sobrinhos Lucas e João, que receberão, cada um, metade 
equivalente ao quinhão de uma das tias. 
 
5) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q39 
Érico é amigo de Astolfo, famoso colecionador de obras de arte. Érico, que está abrindo uma galeria de arte, 
perguntou se Astolfo aceitaria locar uma das pinturas de seu acervo para ser exibida na grande noite de abertura, 
como forma de atrair mais visitantes. Astolfo prontamente aceitou a proposta, e ambos celebraram o contrato de 
locação da obra, tendo Érico se obrigado a restituí-la já no dia seguinte ao da inauguração. O aluguel, fixado em 
parcela única, foi pago imediatamente na data de celebração do contrato. A abertura da galeria foi um grande 
sucesso, e Érico, assoberbado de trabalho nos dias que se seguiram, não providenciou a devolução da obra de arte 
para Astolfo. Embora a galeria dispusesse de moderna estrutura de segurança, cerca de uma semana após a 
inauguração, Diego, estudante universitário, invadiu o local e vandalizou todas as obras de arte ali expostas, 
destruindo por completo a pintura que fora cedida por Astolfo. As câmeras de segurança possibilitaram a pronta 
identificação do vândalo. De acordo com o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) Érico tem o dever de indenizar Astolfo, integralmente, pelos prejuízos sofridos em decorrência da destruição 
da pintura. 
b) Érico não pode ser obrigado a indenizar Astolfo pelos prejuízos decorrentes da destruição da pintura porque 
Diego, o causador do dano, foi prontamente identificado. 
c) Érico não pode ser obrigado a indenizar Astolfo pelos prejuízos decorrentes da destruição da pintura porque 
adotou todas as medidas de segurança necessárias para proteger a obra de arte. 
d) Érico somente estará obrigado a indenizar Astolfo se restar comprovado que colaborou, em alguma medida, 
para que Diego realizasse os atos de vandalismo. 
 
6) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q40 
Leandro decide realizar uma doação com a finalidade exclusiva de remunerar serviços prestados voluntária e 
espontaneamente por Carmen em sua ONG (Organização Não Governamental). Oferece, então, um pequeno 
imóvel residencial, avaliado em R$ 100.000,00 (cem mil reais), por instrumento particular, oportunidade na qual o 
doador fez questão de estipular uma obrigação: Carmen teria que realizar benfeitorias específicas na casa, tais 
como a troca dos canos enferrujados, da fiação deteriorada, bem como a finalização do acabamento das paredes, 
com a devida pintura final. A donatária aceita os termos da doação e assina o documento particular, imitindo-se na 
posse do bem e dando início às obras. Alguns dias depois, orientada por um vizinho, reúne-se com o doador e 
decide formalizar a doação pela via de escritura pública, no ofício competente, constando também cláusula de 
renúncia antecipada do doador a pleitear a revogação da doação por ingratidão. Dois anos depois, após sérios 
desentendimentos e ofensas públicas desferidas por Carmen, esta é condenada, em processo cível, a indenizar 
Leandro ante a prática de ato ilícito, qualificado como injúria grave. Leandro, então, propõe uma ação de revogação 
da doação. Diante desse fato, assinale a afirmativa correta. 
a) Mesmo diante da prática de injúria grave por parte de Carmen, Leandro não pode pretender revogar a 
doação, porque houve renúncia expressa no contrato. 
b) A doação para Carmen se qualifica como condicional, eis que depende do cumprimento da obrigação de 
realizar as obras para a sua confirmação. 
c) A doação para Carmen não pode ser revogada por ingratidão, porque o ato de liberalidade do doador teve 
motivação puramente remuneratória. 
d) O ordenamento admite que a doação para Carmen fosse realizada por instrumento particular, razão pela 
qual a realização da escritura pública foi um ato desnecessário. 
 
7) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q41 
Carlos, motorista de táxi, estava parado em um cruzamento devido ao sinal vermelho. De repente, de um prédio em 
péssimo estado de conservação, de propriedade da sociedade empresária XYZ e alugado para a sociedade ABC, 
caiu um bloco de mármore da fachada e atingiu seu carro. Sobre o fato narrado, assinale a afirmativa correta. 
Caderno de Questões Direito Civil 
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a) Carlos pode pleitear, da sociedade XYZ, indenização pelos danos sofridos. 
b) Carlos pode pleitear indenização pelos danos sofridos apenas da sociedade ABC. 
c) A sociedade XYZ pode se eximir de responsabilidade alegando culpa da sociedade ABC. 
d) A sociedade ABC pode se eximir de responsabilidade alegando culpa exclusiva da vítima. 
XXXI Exame 
1) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q35 
João, único herdeiro de seu avô Leonardo, recebeu, por ocasião da abertura da sucessão deste último, todos os 
seus bens, inclusive uma casa repleta de antiguidades. Necessitando de dinheiro para quitar suas dívidas, uma das 
primeiras providências de João foi alienar uma pintura antiga que sempre estivera exposta na sala da casa, por um 
valor módico, ao primeiro comprador que encontrou. João, semanas depois, leu nos jornais a notícia de que 
reaparecera no mercado de arte uma pintura valiosíssima de um célebre artista plástico. Sua surpresa foi enorme 
ao descobrir que se tratava da pintura que ele alienara, com valor milhares de vezes maior do que o por ela cobrado. 
Por isso, pretende pleitear a invalidação da alienação. A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) O negócio jurídico de alienação da pintura celebrado por João está viciado por lesão e chegou a produzir 
seus efeitos regulares, no momento de sua celebração. 
b) O direito de João a obter a invalidação do negócio jurídico, por erro, de alienação da pintura, não se sujeita 
a nenhum prazo prescricional. 
c) A validade do negócio jurídico de alienação da pintura subordina-se necessariamente à prova de que o 
comprador desejava se aproveitar de sua necessidade de obter dinheiro rapidamente. 
d) Se o comprador da pintura oferecer suplemento do preço pago de acordo com o valor de mercado da obra, 
João poderá optar entre aceitar a oferta ou invalidar o negócio. 
 
2) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q36 
Salomão, solteiro, sem filhos, 65 anos, é filho de Lígia e Célio, que faleceram recentemente e eram divorciados. Ele 
é irmão de Bernardo, 35 anos, médico bem-sucedido, filho único do segundo casamento de Lígia. Salomão, por 
circunstâncias sociais, não mantinha contato com Bernardo. Em razão de uma deficiência física, Salomão nunca 
exerceu atividade laborativa e sempre morou com o pai, Célio, até o falecimento deste. Com frequência, seu primo 
Marcos, comerciante e grande amigo, o visita. Com base no caso apresentado, assinale a opção que indica quem 
tem obrigação de pagar alimento a Salomão. 
a) Marcos é obrigado a pagar alimentos a Salomão, no caso de necessidade deste. 
b) Por ser irmão unilateral, Bernardo não deve, em hipótese alguma, alimentos a Salomão. 
c) Bernardo, no caso de necessidade de Salomão, deve arcar com alimentos. 
d) Bernardo e Marcos deverão dividir alimentos, entre ambos, de forma igualitária. 
 
3) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q37 
Jacira mora em um apartamento alugado, sendo a locação garantida por fiança prestada por seu pai, José. Certa 
vez, Jacira conversava com sua irmã Laura acerca de suas dificuldades financeiras, e declarou que temia não ser 
capaz de pagar o próximo aluguel do imóvel. Compadecida da situação da irmã, Laura procurou o locador do imóvel 
e, na data de vencimentodo aluguel, pagou, em nome próprio, o valor devido por Jacira, sem oposição desta. Nesse 
cenário, em relação ao débito do aluguel daquele mês, assinale a afirmativa correta. 
a) Laura, como terceira interessada, sub-rogou-se em todos os direitos que o locador tinha em face de Jacira, 
inclusive a garantia fidejussória. 
b) Laura, como terceira não interessada, tem apenas direito de regresso em face de Jacira. 
c) Laura, como devedora solidária, sub-rogou-se nos direitos que o locador tinha em face de Jacira, mas não 
quanto à garantia fidejussória. 
d) Laura, tendo realizado mera liberalidade, não tem qualquer direito em face de Jacira. 
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4) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q38 
Antônio, divorciado, proprietário de três imóveis devidamente registrados no RGI, de valores de mercado 
semelhantes, decidiu transferir onerosamente um de seus bens ao seu filho mais velho, Bruno, que mostrou 
interesse na aquisição por valor próximo ao de mercado. No entanto, ao consultar seus dois outros filhos (irmãos 
do pretendente comprador), um deles, Carlos, opôs-se à venda. Diante disso, bastante chateado com a atitude de 
Carlos, seu filho que não concordou com a compra e venda do imóvel, decidiu realizar uma doação a favor de Bruno. 
Em face do exposto, assinale a afirmativa correta. 
a) A compra e venda de ascendente para descendente só pode ser impedida pelos demais descendentes e 
pelo cônjuge, se a oposição for unânime. 
b) Não há, na ordem civil, qualquer impedimento à realização de contrato de compra e venda de pai para filho, 
motivo pelo qual a oposição feita por Carlos não poderia gerar a anulação do negócio. 
c) Antônio não poderia, como reação à legítima oposição de Carlos, promover a doação do bem para um de 
seus filhos (Bruno), sendo tal contrato nulo de pleno direito. 
d) É legítima a doação de ascendentes para descendente, independentemente da anuência dos demais, eis 
que o ato importa antecipação do que lhe cabe na herança. 
 
5) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q39 
Márcia, adolescente com 17 anos de idade, sempre demonstrou uma maturidade muito superior à sua faixa etária. 
Seu maior objetivo profissional é o de tornar-se professora de História e, por isso, decidiu criar um canal em uma 
plataforma on-line, na qual publica vídeos com aulas por ela própria elaboradas sobre conteúdos históricos. O canal 
tornou-se um sucesso, atraindo multidões de jovens seguidores e despertando o interesse de vários patrocinadores, 
que começaram a procurar a jovem, propondo contratos de publicidade. Embora ainda não tenha obtido nenhum 
lucro com o canal, Márcia está animada com a perspectiva de conseguir custear seus estudos na Faculdade de 
História se conseguir firmar alguns desses contratos. Para facilitar as atividades da jovem, seus pais decidiram 
emancipá-la, o que permitirá que celebre negócios com futuros patrocinadores com mais agilidade. Sobre o ato de 
emancipação de Márcia por seus pais, assinale a afirmativa correta. 
a) Depende de homologação judicial, tendo em vista o alto grau de exposição que a adolescente tem na 
internet. 
b) Não tem requisitos formais específicos, podendo ser concedida por instrumento particular. 
c) Deve, necessariamente, ser levado a registro no cartório competente do Registro Civil de Pessoas Naturais. 
d) É nulo, pois ela apenas poderia ser emancipada caso já contasse com economia própria, o que ainda não 
aconteceu. 
 
6) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q40 
Arnaldo faleceu e deixou os filhos Roberto e Álvaro. No inventário judicial de Arnaldo, Roberto, devedor contumaz 
na praça, renunciou à herança, em 05/11/2019, conforme declaração nos autos. Considerando que o falecido não 
deixou testamento e nem dívidas a serem pagas, o valor líquido do monte a ser partilhado era de R$ 100.000,00 
(cem mil reais). Bruno é primo de Roberto e também seu credor no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). No dia 
09/11/2019, Bruno tomou conhecimento da manifestação de renúncia supracitada e, no dia 29/11/2019, procurou 
um advogado para tomar as medidas cabíveis. Sobre esta situação, assinale a afirmativa correta. 
a) Em nenhuma hipótese Bruno poderá contestar a renúncia da herança feita por Roberto. 
b) Bruno poderá aceitar a herança em nome de Roberto, desde que o faça no prazo de quarenta dias seguintes 
ao conhecimento do fato. 
c) Bruno poderá, mediante autorização judicial, aceitar a herança em nome de Roberto, recebendo 
integralmente o quinhão do renunciante. 
d) Bruno poderá, mediante autorização judicial, aceitar a herança em nome de Roberto, no limite de seu 
crédito. 
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7) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q41 
Aldo e Mariane são casados sob o regime da comunhão parcial de bens, desde setembro de 2013. Em momento 
anterior ao casamento, Rubens, pai de Mariane, realizou a doação de um imóvel à filha. Desde então, a nova 
proprietária acumula os valores que lhe foram pagos pelos locatários do imóvel. No ano corrente, alguns 
desentendimentos fizeram com que Mariane pretendesse se divorciar de Aldo. Para tal finalidade, procurou um 
advogado, informando que a soma dos aluguéis que lhe foram pagos desde a doação do imóvel totalizava R$ 
150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) foram auferidos antes do 
casamento e o restante, após. Mariane relatou, ainda, que atualmente o imóvel se encontra vazio, sem locatários. 
Sobre essa situação e diante de eventual divórcio, assinale a afirmativa correta. 
a) Quanto aos aluguéis, Aldo tem direito à meação sob o total dos valores. 
b) Tendo em vista que o imóvel locado por Mariane é seu bem particular, os aluguéis por ela auferidos não se 
comunicam com Aldo. 
c) Aldo tem direito à meação dos valores recebidos por Mariane, durante o casamento, a título de aluguel. 
d) Aldo faz jus à meação tanto sobre a propriedade do imóvel doado a Mariane por Rubens, quanto sobre os 
valores recebidos a título de aluguel desse imóvel na constância do casamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITOS DAS PROVAS: 
XXXIII Exame 
1- C 2- C 3- A 4- C 5- D 6- A 7- A 
XXXII Exame 
1- C 2- C 3- A 4- D 5- A 6- C 7- A 
XXXI Exame 
1- A 2- C 3- B 4- D 5- C 6- D 7- C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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