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Profa. Ma. Patrícia Serafim UNIDADE II Nutrição Integrada Últimas décadas: Brasil e vários países da América Latina passaram por modificações populacionais importantes. Déc. 1940: início da transição demográfica: 1ª etapa (equilíbrio entre taxa de natalidade e mortalidade); 2ª etapa (redução na taxa de mortalidade infantil + conservação na taxa de fecundidade); 3ª etapa (redução acelerada das taxas de fecundidade e baixas taxas de mortalidade = envelhecimento da população). Transição Demográfica Fonte: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/ O Brasil tem experimentado, nas últimas décadas, importantes transformações no seu padrão de morbimortalidade, relacionadas, principalmente, às seguintes condições: A redução da mortalidade precoce, especialmente aquela ligada a doenças infecciosas e parasitárias. O aumento da expectativa de vida ao nascer, com o consequente incremento da população de pessoas idosas. O processo acelerado de urbanização e de mudanças socioculturais que respondem, em grande parte, pelo aumento dos acidentes e das violências. Transição Epidemiológica No Brasil, foram percebidas mudanças estruturais quanto ao padrão comportamental em relação à dieta e hábitos cotidianos, associados com: Mudanças econômicas. Demográficas. Ambientais. Culturais. Alimentares. Transição Nutricional Fonte: adaptado de: Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018. Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, p. 87. Frequência de consumo alimentar de itens selecionados na alimentação de adolescentes, adultos e pessoas idosas – Brasil – 2008-2009/2017-2018 Adultos % Arroz Feijão Carne bovina Aves e suínos Salada crua Leite, laticínios e preparações Café SucosFrutas Refrescos e refrigerantes Sanduíches e pizza 10,5 17,0 20,6 31,0 33,633,4 82,6 81,1 26,1 40,9 45,4 37,4 23,5 17,6 38,3 31,8 39,6 50,4 60,6 73,3 76,3 84,4 ENDEF: Estudo Nacional da Despesa Familiar PNSN: Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição POF: Pesquisa de Orçamentos Familiares PNS: Pesquisa Nacional de Saúde Transição Nutricional Fonte: adaptado de: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003/2008-2009, Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Nota: Prevalência padronizada segundo a distribuição etária, em cada sexo, da população adulta brasileira em 2019. Prevalência de excesso de peso e de obesidade na população adulta de 20 anos ou de mais idade, por sexo – Brasil – 2002-2003/2019 Homem Mulher% % Excesso de peso Obesidade Excesso de peso Obesidade POF 2002-2003 POF 2008-2009 PNS 2013 PNS 2019 30,2 25,7 18,0 14,5 63,360,7 50,1 43,2 22,8 17,9 13,1 9,6 60,058,1 51,8 43,3 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 A transição nutricional no Brasil é caracterizada pelo aumento na prevalência de excesso de peso, concomitantemente com uma diminuição na incidência de desnutrição. Os fatores principais que contribuem para a transição nutricional no Brasil são: a) Alterações na qualidade e quantidade da dieta, mudanças no estilo de vida e nas condições mentais e demográficas. b) Alterações na qualidade da dieta, mudanças no estilo de vida e condições socioeconômicas precárias. c) Aumento no consumo de alimentos com alto teor de gordura, mudanças na estrutura do padrão familiar e condições socioeconômicas precárias. d) Diminuição no consumo de frutas e hortaliças, mudanças na estrutura do padrão familiar e condições socioeconômicas e demográficas. e) Aumento no consumo de alimentos industrializados, maior acessibilidade a estabelecimentos que fornecem alimentos a quilogramas e condições socioeconômicas precárias. Interatividade A transição nutricional no Brasil é caracterizada pelo aumento na prevalência de excesso de peso, concomitantemente com uma diminuição na incidência de desnutrição. Os fatores principais que contribuem para a transição nutricional no Brasil são: a) Alterações na qualidade e quantidade da dieta, mudanças no estilo de vida e nas condições mentais e demográficas. b) Alterações na qualidade da dieta, mudanças no estilo de vida e condições socioeconômicas precárias. c) Aumento no consumo de alimentos com alto teor de gordura, mudanças na estrutura do padrão familiar e condições socioeconômicas precárias. d) Diminuição no consumo de frutas e hortaliças, mudanças na estrutura do padrão familiar e condições socioeconômicas e demográficas. e) Aumento no consumo de alimentos industrializados, maior acessibilidade a estabelecimentos que fornecem alimentos a quilogramas e condições socioeconômicas precárias. Resposta O Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, garante a transferência de recursos financeiros para subsidiar a alimentação escolar de todos os alunos da educação básica de escolas públicas e filantrópicas. O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. Fonte: Portal MEC. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/merenda-escolar. Objetivo: proporcionar uma refeição que cobrisse pelo menos uma parte das necessidades nutricionais diárias dos alunos da rede pública e filantrópica. Inicialmente centralizado em Brasília, sob responsabilidade da Comissão Nacional de Alimentos (CNA). Alimentação Escolar O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Implantado em 1955, contribui para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar dos estudantes e a formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio da oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional. PÚBLICO-ALVO Alunos de toda a educação básica: Educação Infantil. Ensino Fundamental. Ensino Médio. Educação de Jovens e Adultos: Matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público), por meio da transferência de recursos financeiros. A Portaria n. 291 de 08/08/1996: determina a adoção na composição do cardápio o requerimento mínimo de 350 kcal de energia e de 9 gramas de proteínas, buscando harmonia na composição nutricional dos alimentos e sua adequação às diferentes realidades e carências da região. Resolução n. 38 de 23 de agosto de 2004 publicada pelo Ministério da Educação: Determina que o cardápio deve suprir, no mínimo, 15% das necessidades nutricionais diárias dos alunos matriculados em creche, Pré-escola e Ensino Fundamental e, no mínimo, 30% das necessidades nutricionais diárias dos alunos das escolas indígenas, durante sua permanência em sala de aula. Alimentação Escolar Garantir as necessidades nutricionais aos alunos durante sua permanência em sala de aula. Proporcionar a formação de hábitos alimentares saudáveis. Contribuir para o seu crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e rendimento escolar. Refeição balanceada, segura e adequada para a faixa etária. Grupo vulnerável. Ambiente e escolhas alimentares. Objetivos do PNAE PROCESSO DE DESCENTRALIZAÇÃO – 1994 Por meio da Lei n. 8.913. Passou a ser de responsabilidade das prefeituras e dos governos estaduais, com a finalidade de diminuir os custos, melhorar a qualidade, o fornecimento da merenda, respeitar o hábito alimentar de acordo com a cultura de cada local. Revogada pela Lei n. 11.947/2009. * Lei n. 11.947/2009: Define alimentação escolar como todo alimento oferecido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período letivo. Fonte: https://defatoonline.com.br/wp -content/webp-express/webp- images/uploads/2019/08/crian ca.jpg.webp ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELA GESTÃO PNAE: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vinculado ao Ministérioda Educação (MEC). Entidade Executora: Estado, município, Distrito Federal e escolas federais. Conselhos de Alimentação Escolar (CAE). Unidade executora: escola. TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS: FNDE repassa verba para estados e municípios. Leva em conta o número de alunos matriculados no ano anterior. Os cardápios da alimentação escolar deverão ser elaborados pelo NUTRICIONISTA RESPONSÁVEL com utilização de gêneros alimentícios básicos, respeitando-se as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura e a tradição alimentar da localidade, pautando-se na sustentabilidade e diversificação agrícola da região, na alimentação saudável e adequada. 30% dos recursos destinados à compra da agricultura familiar. Lei n. 11.947, de 16 de junho de 2009. Fonte: BRASIL (2020a). Valores Repassados via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) Etapas de ensino Valor per capita por dia (R$) Creches e escolas de tempo integral (mínimo de 7h/dia) 1,37 Pré-escola 0,72 Ensino Fundamental e Médio 0,50 Educação de Jovens e Adultos 0,41 Escolas localizadas em áreas indígenas e quilombolas 0,86 Assinale a alternativa correta quanto às diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas, estabelecidas na Portaria Interministerial n. 1.010/2006. a) Destinam-se exclusivamente às crianças do Ensino Fundamental, uma vez que é nessa fase que se definem os hábitos alimentares. b) Direcionam-se às crianças do Ensino Fundamental, Educação Infantil e Ensino Médio, já que nessas fases se definem os hábitos alimentares e, por isso, esse conteúdo tem função pedagógica, devendo estar inserido no contexto curricular. c) Destinam-se às crianças do Ensino Fundamental e da Educação Infantil, por considerar a dificuldade e a inviabilidade de incorporar o tema da alimentação e nutrição no contexto e no currículo escolar. Interatividade d) Englobam estratégias para a promoção restrita de estudantes da rede pública, da Educação Infantil ao nível Médio, em âmbito nacional, favorecendo o desenvolvimento de ações que promovam e garantam a adoção de práticas alimentares mais saudáveis no ambiente escolar. e) Contemplam estudantes da Educação Infantil ao nível Médio das redes pública e privada, em âmbito nacional, favorecendo o desenvolvimento de ações que promovam e garantam a adoção de práticas alimentares mais saudáveis no ambiente escolar. Interatividade Assinale a alternativa correta quanto às diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas, estabelecidas na Portaria Interministerial n. 1.010/2006. b) Direcionam-se às crianças do Ensino Fundamental, Educação Infantil e Ensino Médio, já que nessas fases se definem os hábitos alimentares e, por isso, esse conteúdo tem função pedagógica, devendo estar inserido no contexto curricular. Resposta Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) Instituído por meio da Portaria n. 730, de 13 de maio de 2005, o PNSF consiste na suplementação preventiva de ferro para crianças, gestantes e mulheres no pós-parto e pós-aborto. O PNSF, com a fortificação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico e a orientação nutricional, constitui o conjunto de estratégias voltadas para o controle e a redução da anemia por deficiência de ferro no país. Distribuído nas Unidades Básicas de Saúde. Crianças com idade entre seis meses e dois anos devem receber os suplementos de ferro (sulfato ferroso). Suplementação Nutricional e Saúde Pública Fonte: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan/ferro • Alimentação inadequada. • Não uso de suplemento de ferro profilático. • Complicações nutricionais. • Parasitoses. Gestação • Clampeamento precoce do cordão umbilical. • Ausência de aleitamento materno na primeira hora de vida. • Parasitoses. Parto e Nascimento • Ausência de aleitamento materno exclusivo até 6 meses. • Introdução precoce de alimentos e outros leites. • Parasitoses. Primeiros 6 meses de vida • Alimentação complementar inadequada. • Baixa ingestão de ferro heme. • Não uso de suplemento de ferro profilático. • Elevada necessidade de ferro. • Parasitoses. A partir dos 6 Fatores reconhecidos como determinantes da anemia Ações do Ministério da Saúde para prevenção de anemia Fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico: Resolução n. 344, de 13 de dezembro de 2002, determinou a adição obrigatória de 4,2 mg de ferro e de 150 µg de ácido fólico a cada 100 g de farinhas de trigo e milho. Incentivo à amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Promoção da alimentação complementar saudável, e em tempo oportuno, por meio da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. Promoção da alimentação adequada e saudável. Programa Nacional de Suplementação de Ferro. NutriSUS. Ministério da Saúde – Cuidado integral de crianças de 0 a 6 anos Lança a estratégia NutriSUS, que consiste: Na adição direta de nutrientes em pó aos alimentos. Essa estratégia visa potencializar o pleno desenvolvimento infantil, a prevenção e o controle das deficiências de vitaminas e minerais na infância. NutriSUS Fonte: adaptado de: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_evidencias_nutrisus.pdf GUIA DE EVIDÊNCIAS ESTRATÉGIA DE FORTIFICAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO INFANTIL COM MICRONUTRIENTES (VITAMINAS E MINERAIS) EM PÓ EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS PARA A FORTIFICAÇÃO: Revisão sistemática e metanálise sobre fortificação caseira sugerem que ela é tão efetiva como a suplementação com ferro no tratamento da anemia; no entanto, a fortificação caseira tem melhor aceitação em função dos reduzidos efeitos colaterais, sendo recomendada para a prevenção e o tratamento da anemia leve ou moderada (Dewey; Yang; Boy, 2009). Há evidências de impacto no desenvolvimento infantil e na ocorrência de morbidades. Outra revisão, conduzida pela Cochrane, mostrou que o uso dessa estratégia reduz, no período de um ano, a deficiência de ferro em 51% e de anemia em 31%, quando comparadas às crianças que receberam placebo ou não receberam intervenções (De-Regil et al., 2011). NutriSUS Importância de outros micronutrientes no desenvolvimento da anemia: A prevenção e o controle da anemia nutricional em algumas populações requerem o uso de suplemento com vários micronutrientes (Fishman; Christian; West, 2000). Estudo de metanálise afirma que intervenções com múltiplos micronutrientes resultam em pequena, porém, significativa melhora na estatura ou no peso, na hemoglobina, no zinco sérico, no retinol sérico e nos escores de desenvolvimento motor de crianças submetidas a tais intervenções (Allen; Peerson; Olney et al., 2009). É fato conhecido que a vitamina A é mobilizada a partir do fígado por uma enzima ferro-dependente, mas, recentemente, estudos experimentais sugeriram que, em casos de deficiência de ferro, a vitamina fica retida no fígado e, portanto, pode se tornar menos acessível para outros tecidos e órgãos (Fisberg et al., 2008). NutriSUS Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo Desde a década de 1950 é obrigatória a iodação de todo o sal destinado ao consumo humano. Nessa época, aproximadamente 20% da população apresentava Distúrbio por Deficiência de Iodo (DDI). Com o propósito de diminuir essas altas prevalências, adotou-se a iodação universal do sal. Após cerca de seis décadas de intervenção, se observa redução na prevalência de DDI no Brasil: 20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1994; 1,4% em 2000. Suplementação Nutricional e Saúde Pública O Programa Pró-Iodo é uma das ações mais bem-sucedidas no combate aos distúrbios por deficiência de micronutrientes e tem sido elogiado pelos organismos internacionais pela sua condução e resultado obtido na eliminação do bócio endêmico no país. A iodação universal do sal para consumo humanoe o monitoramento e a fiscalização das indústrias salineiras são as principais responsáveis pelo sucesso do programa. Suplementação Nutricional e Saúde Pública Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Portaria n. 729, de 13 de maio de 2005 – expandido em 2012 para outras faixas etárias e regiões. Suplementação de todas as crianças na idade de 6 a 59 meses que moram nas regiões Nordeste e Norte e também nos municípios que fazem parte do Programa Brasil sem Miséria pertencentes às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Todas as crianças residentes em territórios dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Suplementação Nutricional e Saúde Pública Problema de saúde pública moderado, sobretudo, na Região Nordeste e em alguns locais da Região Sudeste e Norte. De acordo com o estudo populacional Enani 2019: Foi observada deficiência de vitamina A nas regiões Centro-Oeste (9,5%), Sul (8,9%) e Norte (8,3%). O Sudeste teve a menor prevalência nacional de carência dessa vitamina (4,3%). A vitamina A é um importante nutriente, destacando-se por sua função na integridade cutânea, proteção de estruturas e funções oculares, sistema imunológico e redução da morbimortalidade por doenças infecciosas, como diarreia, sarampo e malária. Deficiência: Ingestão insuficiente de alimentos-fonte (origem animal, frutas e hortaliças). Fatores sociodemográficos maternos. Processos inflamatórios. Suplementação Nutricional e Saúde Pública O serviço de saúde deve realizar o registro desta suplementação da mesma forma como são registradas as vacinas. Para que se tenham bons resultados, a suplementação de vitamina A deve seguir o calendário de administração a seguir. IDADE DOSE FREQUÊNCIA Crianças: 6 – 11 meses 100.000 UI Uma dose Crianças: 12 – 59 meses 200.000 UI Uma vez a cada 6 meses Esquema para administração de vitamina A em crianças Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 729, de 13 de maio de 2005. Assinale a alternativa correta em relação ao Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A: a) A suplementação da vitamina A é distribuída pelo Ministério da Saúde de forma periódica e regular para crianças de 6 a 69 meses de idade. b) Promove o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e complementar até 2 anos de idade. c) Suplementa megadoses de vitamina A para as mulheres 10 dias após o parto. d) A vitamina A protege somente a visão sem nenhuma interferência nas infecções, tais como diarreia e infecções respiratórias. e) A vitamina A não interfere no crescimento, especialmente das crianças que crescem rapidamente. Interatividade Assinale a alternativa correta em relação ao Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A: a) A suplementação da vitamina A é distribuída pelo Ministério da Saúde de forma periódica e regular para crianças de 6 a 69 meses de idade. b) Promove o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e complementar até 2 anos de idade. c) Suplementa megadoses de vitamina A para as mulheres 10 dias após o parto. d) A vitamina A protege somente a visão sem nenhuma interferência nas infecções, tais como diarreia e infecções respiratórias. e) A vitamina A não interfere no crescimento, especialmente das crianças que crescem rapidamente. Resposta A assistência clínica em Terapia Nutricional (TN) deu início, no Brasil, a partir da década de 1970. Nessa época, profissionais de saúde desenvolveram, de forma pioneira, atendimento em terapia nutricional parental para pacientes hospitalizados e ambulatoriais. 1975: fundação da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (Braspen/SBNPE). Nessa época não havia legislação nacional específica sobre as boas práticas de terapia nutricional parenteral e enteral, estas se consolidaram em 1998 pela Portaria da Anvisa n. 272 (TNP) e em 2000 pela Resolução da Anvisa n. 63 (TNE). Nutrição Clínica – Terapia Nutricional Regulamenta as definições para: Terapia Nutricional (TN): conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral e/ou Enteral. Nutrição Parenteral (NP): solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Terapia de Nutrição Parenteral (TNP): conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NP. A quem se destina a TNP? Sua indicação deve ser precedida da avaliação nutricional do paciente. Atividade do médico: indicar, prescrever e acompanhar os pacientes submetidos à TNP. Ao nutricionista, compete: avaliar o estado nutricional dos pacientes, suas necessidades e requerimentos. O médico é o responsável pela prescrição da TNP (o tipo e a quantidade dos nutrientes requeridos pelo paciente). EMTN com pelo menos 1 profissional de cada categoria: médico, farmacêutico, enfermeiro e nutricionista NÍVEL DE COMPLEXIDADE Algoritmo do Suporte Nutricional para pacientes hospitalizados Fonte: Ukleja,A.; Freeman, K. L.; Gilbert, K. et al. Standards for nutrition support: adult hospitalized patients. Nuir Clin Pract. 2010:25:403-414. Avaliação do Risco Nutricional Avaliação de condições caracterizadas pela probabilidade de que um determinado problema nutricional possa acontecer ou já esteja ocorrendo, subsidiando a assistência nutricional nos diferentes níveis de atendimento. Etapas: Protocolos de triagem = risco nutricional? Classificação do nível de assistência (1°, 2° e 3°). Estabelecer as prioridades e o fluxo de atendimento. Via de alimentação e características? Reavaliar: com qual periodicidade e utilizando quais parâmetros? Sistematização do Atendimento Nutricional As fístulas digestivas de alto débito (secreção) têm indicação de terapia nutricional parenteral, quando em atividade e quando o uso de terapia nutricional enteral é contraindicado. Nesses casos, a possibilidade de fechamento espontâneo desta fístula é muito pequena e a taxa de mortalidade é alta. Para fístulas proximais é comum o uso com qual tipo de posicionamento da sonda? a) Via oral. b) Cateter central. c) Posicionamento gástrico. d) Posicionamento no jejuno. e) Posicionamento misto. Interatividade As fístulas digestivas de alto débito (secreção) têm indicação de terapia nutricional parenteral, quando em atividade e quando o uso de terapia nutricional enteral é contraindicado. Nesses casos, a possibilidade de fechamento espontâneo desta fístula é muito pequena e a taxa de mortalidade é alta. Para fístulas proximais é comum o uso com qual tipo de posicionamento da sonda? a) Via oral. b) Cateter central. c) Posicionamento gástrico. d) Posicionamento no jejuno. e) Posicionamento misto. Resposta ALLEN, L. H.; PEERSON, J. M.; OLNEY, D. K. Provision of multiple rather than two or fewer micronutrients more effectively improves growth and other outcomes in micronutrient-deficient children and adults. J Nutr. 2009 May;139(5):1022-30. DE-REGIL. L. M.; SUCHDEV, P. S.; VIST, G. E.; WALLESER, S.; PEÑA-ROSAS, J. P. Home fortification of foods with multiple micronutrient powders for health and nutrition in children under two years of age. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Sep 7;(9):CD008959. DEWEY, K. G., YANG, Z.; BOY, E. Systematic review and meta-analysis of home fortification of complementary foods. Maternal & Child Nutrition, 5:283-321, 2009. DOS SANTOS e cols. Anemia e obesidade: um paradoxo da transição nutricional brasileira. Cad. Saúde Pública 24 (suppl 2), 2008. Referências FISBERG, R. M. et al.Ingestão inadequada de nutrientes na população de idosos do Brasil: Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009. Revista de Saúde Pública, v. 47, p. 222s– 230s, fev. 2013. FISHMAN, S. M.; CHRISTIAN, P.; WEST, K. P. The role of vitamins in the prevention and control of anaemia. Public Health Nutr. 2000 Jun;3(2):125-50. MENEZES, E. T. de. Verbete merenda escolar. Dicionário Interativo da Educação Brasileira – EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2001. Disponível em: https://www.educabrasil.com.br/merenda-escolar/. Acesso em: 13 dez. 2021. OLIVEIRA, R. C. de. A transição nutricional no contexto da transição demográfica e epidemiológica. Rev. Min. Saúde Púb., A3, n. 5, p.16-23 – jul./dez 2004. Referências ATÉ A PRÓXIMA!