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CURSO TÉCNICO SUBSEQUETE EM SECRETARIA ESCOLAR EaD TRABALHO DE FUNDAMENTOS DA EaD AVALIAÇÃO VIRTUAL 1 - TAREFA - PRODUÇÃO DE TEXTO DAVID TOBIAS NUNES Uma reflexão sobre o processo de aprendizagem na EaD e na Educação Presencial VALENÇA – BA 2025 Página 1 de 6 Uma reflexão sobre o processo de aprendizagem na EaD e na Educação Presencial É notório que com o avanço da tecnologia, a sociedade moderna transcendeu para o mundo digital, do qual de modo hodierno, dependemos exclusivamente de sistemas computacionais integrados, como tecnologias para registros, armazenamento e manipulações, que, através de suas entradas de dados, transformam as observações do mundo físico comportamental e sensorial em dados digitais brutos. Pensando nessa cadeia de evolução, a Educação à Distância é uma modalidade de ensino-aprendizagem disruptiva, da qual transpõe as barreiras dos meios físicos, permeando a comunicação e informação universal a públicos heterogêneos entre seus pares, mediada por ferramentas das Tecnologias da Informação e Comunicação, que proporcionam a transformação dos saberes seja ele colaborativo e/ou heutagógico, regulamentada por políticas democráticas e acesso onipresente. No sentido que a modalidade Ead, já se consolidou na rotina corriqueira das pessoas, devido a romper as barreiras geográficas e temporais, permitem que estudantes de diferentes contextos tenham acesso a informação e a transformação em conhecimento. Segundo Moran e Valente (2011), a EaD é caracterizada pela separação física entre professor e aluno, mediada por tecnologias de informação e comunicação (TICs), que possibilitam a interação e a construção do conhecimento de forma colaborativa. Essa modalidade de ensino exige dos discentes, uma maior autonomia e disciplina (metodologia heutagógica), uma vez que ele é responsável por gerir seu tempo e ritmo de aprendizagem, como destacado por Belloni (2021). Portanto, os fundamentos da EaD, tem como pilar base a flexibilidade, na interatividade e no uso de recursos tecnológicos como a TDDICs (Tecnologias Digitais Disruptivas da Informação e Comunicação), que proporcionam a troca mútua de comunicação e de conhecimentos desenvolvidos pelas suas interações. Ribeiro (2020) ressalta que a EaD não se limita unicamente à transmissão de conteúdos por um meio, mas sim, a busca da promoção de uma aprendizagem mais significativa a realidade de cada público que a busca, onde o aluno é protagonista do seu processo de formação, mas é apoiado por professores e tutores no desempenhar Página 2 de 6 de sua formação. Dessa forma, os recursos didáticos utilizados na EaD, como fóruns, chats, vídeos, materiais impressos e ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), entre outros Recursos Educacionais, como os REAs (Recursos Educacionais Abertos), são cruciais para garantir uma interação plena, mediação e suporte pedagógico. Bates (2017) enfatiza que o design instrucional na EaD deve ser cuidadosamente planejado para atender os dispostos da legislação, mas ao mesmo tempo às necessidades e especificidades de cada um dos alunos, considerando as diferentes formas de aprendizagem e os recursos disponíveis, sem desconsiderar a acessibilidade total. Em contraparte, a educação presencial é marcada pela interação face a face entre professores e alunos, o que facilita a troca de experiências e a construção de vínculos afetivos de forma facilitada, no entanto, isso também pode ser provido pelo EaD com ferramentas e seus multimeios didáticos como os encontros síncronos que permitem um suporte e feedback dinâmicos a todos os atores envolvidos dentro do escopo do programa. Alves (2011) destaca que, no ensino presencial, a presença física do professor permite um acompanhamento mais direto e imediato das dificuldades dos alunos, além de promover um ambiente de aprendizagem mais dinâmico e colaborativo. No entanto, essa modalidade pode ser limitada por questões de tempo e espaço, restringindo o acesso de muitos estudantes. O melhor dos dois mundos, pode ser muitas vezes quando possíveis os cursos de forma híbridos com poucos, mas eficientes encontros presenciais, para desenvolvimento de trabalhos colaborativos, suporte pleno e ainda revisão geral de conteúdo. Um dos empecilhos no EaD, pode ser os recursos tecnológicos obsoletos dos alunos e em alguns casos até mesmo da tutoria e de professores. Assim todos os atores do EaD podem ter a entropia da informação e comunicação quando de não padronização mínima de requisitos computacionais. Em pesquisa em campo que fiz durante o curso de Pós-Graduação latu sensu Especialização em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica, investiguei, que a causa de muitas desistências de alunos em um curso Técnico em nível médio na modalidade totalmente EaD, era a falta de equipamentos e serviço de conexão a internet fixa (banda larga), além de unicamente o Smartphone. Equipamentos como SmartPhones e Tablets, são equipamentos auxiliares na modalidade EaD, todavia, para desenvolvimento adequado de tarefas, principalmente em cursos que exijam laboratórios de desenvolvimento de sistemas, se faz necessário o uso de computadores desktop com Página 3 de 6 alto poder de processamento e/ou notebooks/laptops. Mas isso é um case, que foi implementado na escola Técnica Fundação de Apoio a Pesquisa, (Escola Técnica FAT, da cidade e do estado de São Paulo), onde devido a disparidade entre alunos matriculados no EaD que não possuíam os recursos computacionais mínimos, e nem mesmo poderiam adquiri-los durante o curso, foi implantado servidores de cloude computing, com acesso remoto RDP (Remote Desktop Protocol), onde cada aluno poderia se conectar mesmo com seu dispositivo com recursos depreciados, a um outro servidor que simula como se fosse um computador desktop fisicamente, devido a otimização de conexão e processamento de dados, e ai poder usufruir de aplicações pesadas sem onerar o processamento local, para então ter no mínimo uma percepção mais próxima. Por desfecho, esse case demonstra que a Escola Técnica FAT, superou as expectativas do EaD ao seu público alvo, trazendo os resultados que todos precisavam. Por desfecho, ao comparar minha experiência na EaD com o ensino presencial, tanto na forma de discente, e também muito como docente, percebo diferenças bastante relevantes, pois no EaD, a autonomia e a autogestão do tempo são aspectos que exigem maior disciplina e organização por parte do aluno, ele precisa se preparar, mas o mesmo tempo, muitos não conseguem e desistem nesse percurso por falta de infraestrutura de apoio ao aluno, até mesmo apoio psicológico, que este último é amplamente ofertado pelos Institutos Federais, que possuem programas de redução de evasão de alunos, e tenta sempre que possível atender as múltiplas necessidades dos alunos. Como exemplo, no curso a distância que estou realizando, utilizo o AVA (Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem), na plataforma aberta de E-learning Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), “Ambiente Virtual de Aprendizagem Dinâmica Orientado a Objetos”, que oferta uma grande variedade de recursos educacionais síncronos e assíncronos, de multimeios didáticos, como fóruns de discussão, materiais didáticos em PDF e vídeos explicativos. Esses recursos me permitem estudar no meu próprio ritmo, mas também exigem que eu seja proativo na busca por informações e na interação com colegas e tutores. Já no ensino presencial, a interação é mais imediata, e as dúvidas podem ser sanadas no momento em que surgem, o que facilita a compreensão dos conteúdos. Outra diferença notável é a forma de avaliação. Na EaD, as avaliações são frequentemente realizadas por meio de atividades online, como quizzes e trabalhos Página 4 de 6 entregues digitalmente, o que exige familiaridadecom as ferramentas tecnológicas. No ensino presencial, as avaliações são mais tradicionais, como provas escritas e apresentações orais, que demandam habilidades diferentes, como a capacidade de expressão verbal e a gestão do tempo durante a prova. Para concluir, tanto a EaD quanto o ensino presencial têm suas especificidades e desafios de acordo com a regionalidade e público alvo. Enquanto no EaD é oferecido a flexibilidade do acesso a recursos tecnológicos, o ensino presencial proporciona uma interação mais direta e imediata que pode ser mais estimulante para alguns públicos, todavia peca na aversão do EaD quato a temporalidade, e o deslocamento logístico. Ambas as modalidades, possuem seus prós e seus contras, o melhor dos dois mundos quando possível é o Ead com encontros presenciais, mas este deve ser corretamente formulado para não prejudicar nenhum público e dar a opção de encontros presenciais serem opcionais, para atenderem os dispostos na definicação do EaD supracitados. Tanto o ensino presencial, EaD ou Híbrido, quando bem estruturadas em seu projeto base, e flexibilidade para atender seus públicos e adaptar o ensino e metodologias ao longo do efetivo curso, podem promover uma aprendizagem significativa e assim preparar os alunos para os desafios do mundo contemporâneo, como é afirmado por Bates (2022), o futuro da educação está na integração das melhores práticas de ambas as modalidades, criando um ambiente de aprendizagem híbrido que atenda às necessidades dos alunos de forma mais abrangente. Página 5 de 6 Referências ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 10, 24 maio 2011. BATES, A. W. Ensino na era digital: Diretrizes para projetar ensino e aprendizagem. 3. ed. [S.l.]: Tony Bates Associates Ltd, 2022. BATES, Tony, A. W. Educar na Era Digital: design; ensino e aprendizagem. 1. ed. São Paulo: Artesanato Educacional, ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância, 2017. ISBN: 978-85-7993-005-0. BELLONI, M. L. Educação a Distância. 7. ed. Campinas: Editores Associados, 2021. (Coleção Educação Contemporânea). ISBN: 978-85-7496-543-2. MORAN, J. M.; VALENTE, J. A. Educação a distância: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2011. ISBN: 978-85-323-0765-8. RIBEIRO, R. A. Introdução à EaD. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2020. ISBN: 978-85-430-0508-9.