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Questões resolvidas

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INADIMPLEMENTO 
Art. 389 — Perdas e danos + juros + atualização monetária + honorários
"Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado."
Explicação:
Quando alguém descumpre uma obrigação (não paga, não entrega, etc.), deve pagar perdas e danos e também:
· Juros (de mora),
· Atualização monetária,
· Honorários advocatícios (caso vá para a Justiça).
Exemplo:
João contratou Maria para fazer um site por R$ 5.000. João pagou, mas Maria não entregou o serviço. João pode entrar na Justiça pedindo:
· Os R$ 5.000 pagos (perdas),
· Correção monetária,
· Juros pelo atraso,
· E o valor que gastou com advogado.
Art. 390 — Juros de mora mesmo sem culpa
"Não cumprida a obrigação, ou sendo ela cumprida parcialmente, considera-se em mora o devedor, desde que culposamente não a execute, respondendo pelos prejuízos decorrentes, ainda que não haja má-fé."
Explicação:
O devedor responde pelos prejuízos causados pelo inadimplemento mesmo sem má-fé. Basta que haja culpa (negligência, imprudência ou imperícia).
Exemplo:
Carlos deveria entregar 1.000 camisetas a uma loja até dia 1º, mas esqueceu. Mesmo sem intenção de causar prejuízo (sem má-fé), ele responde pelo atraso.
Art. 391 — Obrigação de indenizar é transmitida
"Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor."
Explicação:
Se o devedor não cumpre sua obrigação, todos os seus bens podem ser usados para indenizar o credor. Isso também se aplica aos herdeiros, dentro dos limites da herança.
 Exemplo:
Se João falece deixando uma dívida de R$ 10.000, os herdeiros responderão até o limite dos bens herdados. Se herdaram R$ 8.000, só esse valor pode ser exigido.
Art. 392 — Obrigação de dar coisa certa: risco é do devedor
"A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela, embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso."
Explicação:
Quem deve entregar uma coisa certa (ex.: um carro específico), responde pela perda ou deterioração, mesmo que sem culpa, salvo se provar caso fortuito ou força maior.
Exemplo:
Ana vendeu seu carro específico (placa XXX1234) para Bruno. Antes da entrega, o carro foi roubado. Ana ainda responde, exceto se provar que foi por caso fortuito ou força maior (ex.: assalto imprevisível com boletim de ocorrência etc.).
Art. 393 — Caso fortuito ou força maior (excludente de responsabilidade)
"O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado."
Explicação:
Se um fato imprevisível e inevitável impede o cumprimento da obrigação (caso fortuito ou força maior), o devedor não será responsabilizado, salvo se tiver assumido esse risco no contrato.
 Exemplo:
Uma enchente destruiu o galpão onde estavam os produtos que Marcos entregaria a Pedro. Se a enchente foi realmente imprevisível e inevitável, Marcos não responde pelo prejuízo, exceto se no contrato ele tiver assumido esse risco.
 MORA (Art. 394 a 401 )
Mora é o atraso no cumprimento de uma obrigação. A palavra vem do latim "mora", que significa demora, tardança. No Direito das Obrigações, a mora ocorre quando a parte não cumpre sua obrigação no tempo, lugar ou forma acordados.
MORA
CONCEITO
■ Mora é o retardamento ou o cumprimento imperfeito da obrigação. Configura­-se não só quando há atraso no cumprimento da obrigação mas também quando este se dá na data estipulada, porém de modo imperfeito, ou seja, em lugar ou forma diversa da convencionada (CC, art. 394).
MORA E INADIMPLEMENTO ABSOLUTO
■ Há mora quando a obrigação não foi cumprida no tempo, lugar e forma convencionados, mas ainda poderá sê­-lo, com proveito para o credor. Ainda interessa a este receber a prestação com os acréscimos legais (art. 395).
■ A hipótese será de inadimplemento absoluto se a prestação tornar­-se inútil ao credor. Este poderá, então, enjeitá­-la e exigir perdas e danos (art. 395, parágrafo único).
■ Em ambos os casos, o devedor responde por perdas e danos.
ESPÉCIES DE MORA
■ mora do devedor (solvendi ou debitoris);
■ mora do credor (accipiendi ou creditoris);
■ mora de ambos os contratantes.
MORA DO DEVEDOR
■ Espécies
a) mora ex re (arts. 397, caput, e 398);
b) mora ex persona.
■ Requi­sitos
a) exigibilidade da prestação, ou seja, o vencimento de dívida líquida e certa;
b) inexecução culposa da obrigação (art. 396);
c) constituição em mora (somente quando ex persona, pois, se for ex re, o dia do vencimento já interpela o devedor: dies interpellat pro homine).
■ Efeitos
a) responsabilização por todos os prejuízos causados ao credor (art. 395);
b) perpetuação da obrigação (art. 399), pela qual responde o devedor moroso pela impossibilidade da prestação, ainda que decorrente de caso fortuito ou de força maior.
MORA DO CREDOR
■ Requisitos
a) vencimento da obrigação;
b) oferta da prestação;
c) recusa injustificada em receber;
d) constituição em mora, mediante a consignação em pagamento.
■ Efeitos
a) liberação do devedor, isento de dolo, da responsabilidade pela conservação da coisa;
b) obrigação do credor moroso de ressarcir ao devedor as despesas efetuadas com a conservação da coisa;
c) obrigação do credor de receber a coisa pela sua mais alta estimação, se o valor oscilar entre o tempo do contrato e o do pagamento;
d) possibilidade de consignação judicial da coisa devida.
MORA DE AMBOS OS CONTRATANTES
■ Quando simultâneas, uma elimina a outra, pela compensação. Se ambas as partes nela incidem, nenhuma pode exigir da outra perdas e danos.
■ Quando sucessivas, permanecem os efeitos pretéritos de cada uma. Os danos que a mora de cada uma das partes haja causado não se cancelam pela mora superveniente da outra.
PURGAÇÃO DA MORA
■ Purgar ou emendar a mora é neutralizar seus efeitos. Aquele que nela incidiu corrige, sana sua falta, adimplindo a obrigação já descumprida e ressarcindo os prejuí­zos causados à outra parte (art. 401).
CESSAÇÃO DA MORA
■ Decorre da extinção da obrigação, por anistia, perdão etc., e não de um comportamento ativo do contratante moroso, destinado a sanar sua falta ou omissão. Produz efeitos pretéritos, ou seja, o devedor não terá de pagar a dívida vencida. A purgação da mora só produz efeitos futuros, não apagando os pretéritos, já produzidos.
Art. 394 — Mora: o devedor responde até pelo caso fortuito
"Considera-se em mora o devedor que não realiza a prestação, e o credor que recusa recebê-la, quando feita na forma devida."
Explicação:
A mora ocorre:
· Quando o devedor atrasa o cumprimento;
· Ou quando o credor recusa injustamente receber a prestação.
Na mora do devedor, ele responde até por caso fortuito ou força maior (ex.: enchente, incêndio, roubo).
 Exemplo:
João devia entregar 100 caixas de leite no dia 10, mas atrasou. No dia 12, o caminhão foi roubado. João terá que indenizar mesmo assim, pois estava em mora.
 Art. 395 — Devedor em mora responde por perdas e danos
"Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização monetária e honorários de advogado."
Explicação:
O devedor que atrasa o cumprimento (entra em mora) deve pagar:
· Perdas e danos,
· Juros de mora,
· Correção monetária,
· Honorários advocatícios (se houver processo).
Exemplo:
Marta alugou um imóvel a Carlos, que atrasou 3 meses de aluguel. Marta pode cobrar os valores com:
· Juros por atraso,
· Correção,
· E, se for à Justiça, os honorários do advogado.
Art. 396 — Mora não depende de culpa
"Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora."
Explicação:
Se o devedor não tem culpa pelo atraso (não foi negligente, nem imprudente), não está em mora.
 Exemplo:
Se uma greve geral impedir a entrega de um produto no prazo, e o fornecedor não tem controle sobre isso, não há mora.
Art. 397 — Mora ex re e mora ex persona
"O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no termo ajustado, constitui de pleno direito em mora o devedor."
Explicação:
Seo contrato tem prazo certo, o devedor entra em mora automaticamente ao descumpri-lo (mora ex re).
Se não houver prazo, o credor precisa cobrar primeiro para que comece a mora (mora ex persona).
 Exemplo:
1. Com prazo certo: Paula devia pagar dia 5. Pagou no dia 6 = entrou em mora automaticamente.
2. Sem prazo: Ana emprestou R$ 1.000 a Beto sem combinar prazo. Beto só entra em mora se Ana cobrar primeiro, e ele não pagar.
Art. 398 — Mora: perda da escolha entre exigir ou desfazer o contrato
"Nas obrigações provenientes de contrato, responde o devedor por perdas e danos, mais juros, atualização e honorários, desde que, culposamente, não se haja executado, e ainda que o inadimplemento resulte de dolo do devedor."
Explicação:
Na mora contratual, o devedor responde por tudo mesmo que não haja má-fé (basta a culpa). O credor pode:
· Exigir o cumprimento do contrato,
· Ou pedir a resolução (desfazer) com indenização.
Exemplo:
Carlos comprou móveis planejados com entrega para abril. A empresa atrasou. Carlos pode:
· Exigir a entrega,
· Ou cancelar o contrato e pedir indenização.
Art. 399 — Mora do credor
"O credor que recusa, sem justa causa, receber a prestação que lhe é devida, responde pelas perdas e danos, e pelos riscos da mora."
Explicação:
Se o credor se recusa injustamente a receber a prestação (ex.: pagamento ou entrega), ele entra em mora do credor, e:
· Assume os riscos do atraso (ex.: deterioração),
· E responde por perdas e danos ao devedor.
 Exemplo:
Joana foi pagar sua dívida, mas o credor recusou-se a receber. A partir disso, o credor está em mora, e Joana não responde por eventual perda do dinheiro ou bem.
Art. 400 — Mora do credor não extingue juros
"Ainda que a mora resulte de culpa do credor, os juros da obrigação continuam a correr."
Explicação:
Mesmo que o credor esteja em mora, os juros continuam correndo, salvo se o devedor fizer consignação (pagamento judicial).
Exemplo:
Carlos tentou pagar sua dívida, mas o credor recusou. Carlos continua sendo cobrado com juros até que deposite em juízo o valor (ação de consignação em pagamento).
Art. 401 — Mora e caso fortuito
"Purgada a mora, responde o devedor apenas pelos prejuízos resultantes da demora no cumprimento da obrigação."
 Explicação:
Se o devedor corrige o atraso antes que o credor desista do contrato (purgar a mora), ele:
· Continua devendo perdas e danos pelo atraso,
· Mas não responde mais se, depois disso, ocorrer caso fortuito.
Exemplo:
João deveria entregar um carro no dia 1, mas entregou no dia 5. No dia 6, o carro sofreu perda total em acidente.
→ Como João purgou a mora (entregou), só responde pelos dias de atraso — não responde pelo acidente depois da entrega.
PERDAS E DANOS ( 402 A 405)
A doutrina entende perdas e danos como a forma de reparar o prejuízo causado por uma parte que descumpre uma obrigação ou pratica um ato ilícito, abrangendo:
 “Toda desvantagem patrimonial sofrida pela vítima de uma infração contratual ou extracontratual, incluindo tanto os prejuízos efetivos como os lucros que razoavelmente se deixaram de obter.”
— Carlos Roberto Gonçalves
“É a compensação pecuniária que visa restabelecer o equilíbrio patrimonial violado pelo inadimplemento ou ilícito.”
— Maria Helena Diniz
COMPONENTES DA PERDAS E DANOS 
São os danos emergentes ( prejuízo real sofrido) e o lucro cessante ( o que deixei de ganhar)
Requisitos : inadimplemento, prejuízo comprovado, nexo de causalidade entre o fato e o dano. Obs.: se tiver clausula penal não e necessari provar o prejuízo. 
DAS PERDAS E DANOS
CONCEITO
■ Perdas e danos constituem o equivalente em dinheiro suficiente para indenizar o prejuízo suportado pelo credor, em virtude do inadimplemento do contrato pelo devedor ou da prática, por este, de um ato ilícito (CC, art. 403). Aplica­-se a teoria dos danos diretos e imediatos, não sendo indenizável o denominado “dano remoto”.
CONTEÚDO
■ As perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar, salvo as exceções expressamente previstas em lei (art. 402). Compreendem, pois, o dano emergente e o lucro cessante.
OBRIGAÇÕES DE PAGAMENTOEM DINHEIRO
■ As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional (art. 404).
■ Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar (art. 404, parágrafo único).
Art. 402 — O que se inclui em perdas e danos
"Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar."
Explicação:
A indenização por perdas e danos cobre:
· Dano emergente: o que a pessoa realmente perdeu;
· Lucro cessante: o que deixou de ganhar.
 Exemplo:
João ia tocar em um casamento por R$ 5.000, mas a banda que ele contratou para fornecer os equipamentos não apareceu.
· Ele perdeu o valor do contrato (lucro cessante);
· E também gastou R$ 500 com transporte e roupa (dano emergente).
→ Pode cobrar R$ 5.500 de indenização.
Art. 403 — Indenização limitada ao que for consequência direta
"Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes, por efeito direto e imediato da inexecução, ou de sua mora."
Explicação:
A indenização só cobre os prejuízos diretos e imediatos do descumprimento — mesmo que o devedor tenha agido com dolo (má-fé).
Prejuízos indiretos ou remotos não são indenizáveis.
 Exemplo:
Se um fornecedor atrasar a entrega de insumos e isso causar o atraso de toda a produção da fábrica, os prejuízos diretamente ligados a esse atraso podem ser cobrados.
Mas se um cliente da fábrica processar a empresa por atraso, esse dano indireto geralmente não será coberto, pois é consequência remota.
Art. 404 — Correção, juros, honorários e cláusula penal
"As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com correção monetária, juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional."
Explicação:
Além das perdas e danos, o devedor também deve:
· Juros de mora,
· Correção monetária,
· Custas processuais e honorários de advogado,
· Cláusula penal (se houver no contrato).
Exemplo:
Ricardo não pagou uma dívida de R$ 10.000 no prazo.
Além do valor, ele pode ser obrigado a pagar:
· Juros por atraso,
· Correção monetária,
· Honorários do advogado do credor (ex.: 10% = R$ 1.000),
· E, se o contrato previr, uma multa contratual (cláusula penal) — ex.: 2% sobre o valor da dívida.
Art. 405 — Juros a partir da citação (ou mora)
"Contam-se os juros de mora desde a citação inicial, ainda que esta se operasse em execução fundada em título extrajudicial; ou desde o momento em que se constituir em mora o devedor."
Explicação:
Os juros de mora começam a correr:
· 📍 A partir da citação judicial (quando o devedor é notificado da ação), ou
· 📍 Desde que a mora for configurada (ex.: data do vencimento da dívida, se já houver prazo certo).
Exemplo 1:
Pedro devia pagar até 10/05. Não pagou. A mora começa a contar desde 11/05.
Exemplo 2:
Se o contrato não tem data certa, e Ana entra com ação em 01/08 e o devedor é citado em 10/08, os juros de mora contam desde 10/08.
JUROS LEGAIS ( 406 A 407)
 Segundo Carlos Roberto Gonçalves:
"Juros legais são os que decorrem da lei, em contraposição aos juros convencionais, pactuados entre as partes."
JUROS COMPENSATÓRIOS
Conceito:
São juros cobrados pela utilização do capital emprestado ou financiado. É como se fosse o “aluguel do dinheiro”.
Quando se aplicam:
Desde o início do contrato até a quitação, sem necessidade de atraso.
 Exemplo:
João empresta R$ 10.000 a Pedro por 10 meses, com juros de 1% ao mês (juros compensatórios).
Pedro paga corretamente todo mês.
Não há inadimplemento, mas há juros compensatórios como remuneração.
 JUROS MORATÓRIOS
Conceito:São juros cobrados como penalidade por atraso no pagamento da obrigação. Têm natureza indenizatória.
Quando se aplicam:
A partir do momento em que o devedor entra em mora (atraso, inadimplemento).
Exemplo:
Se Pedro atrasa o pagamento da 5ª parcela do empréstimo acima, João poderá cobrar juros moratórios sobre o valor da parcela vencida, a partir do vencimento.
Mesmo que não haja previsão no contrato, o credor pode cobrar juros legais de 1% ao mês por esse atraso.
EXEMPLO COMPLETO
Imagine este cenário:
Maria contrata um financiamento de R$ 20.000 com uma loja;
Parcelas em 10x de R$ 2.200 (incluindo juros compensatórios de 1% ao mês);
Ela paga as 3 primeiras parcelas em dia;
A 4ª parcela atrasa 30 dias.
Aplicações:
Juros compensatórios: embutidos em todas as parcelas;
Juros moratórios: incidem somente sobre a parcela em atraso, a partir do vencimento.
	CRITÉRIOS 
	JUROS COMPENSATÓRIOS
	JUROS MORATÓRIOS
	FINALIDADE 
	Remunerar o uso do capital (lucro pelo empréstimo ou financiamento)
	Indenizar o credor pelo atraso (penalidade por inadimplemento)
	MOMENTO DA APLICAÇÃO
	Durante o curso normal da obrigação contratual
	A partir da mora (atraso no pagamento)
	NECESSIDADE DE INADIMPLEMENTO
	❌ Não — basta o contrato estar em vigor
	✅ Sim — só incide após o vencimento sem pagamento
	NATUREZA JURIDICA
	Compensatória (recompensa)
	Moratória (indenizatória)
	TAXA PERMITIDA 
	Até 1% ao mês (12% ao ano), em contratos civis
	1% ao mês, salvo cláusula específic
	BASE LEGAL 
	Art. 406 e 591 do Código Civil
	rt. 394 a 401 do Código Civil
	Exemplo 
	Empréstimo de R$ 10.000 com juros de 1% ao mês, pagos em dia
	Atraso de 30 dias em parcela = incidem juros moratórios de 1%
CONCEITO
■ Juros são os rendimentos do capital, considerados frutos civis da coisa. Representam o pagamento pela utilização de capital alheio e integram a classe das coisas acessórias (CC, art. 95).
ESPÉCIES
■ Compensatórios, também chamados de remuneratórios ou juros­-frutos: são os devidos como compensação pela utilização de capital pertencente a outrem. Resultam da utilização consentida de capital alheio.
■ Moratórios: são os incidentes em caso de retardamento em sua restituição ou de descumprimento de obrigação. Podem ser convencionais (art. 406) ou legais (art. 407).
■ Simples: são sempre calculados sobre o capital inicial.
■ Compostos: são capitalizados anualmente, calculando­-se os juros sobre juros.
Art. 406 — Juros legais
"Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional."
 Explicação:
Se as partes não fixarem os juros de mora em contrato, aplica-se a taxa legal, que é a mesma usada para débitos com a Receita Federal (atualmente, a Selic).
Exemplo:
Carlos atrasou o pagamento de uma dívida, mas o contrato não previa juros. O credor pode cobrar os juros legais (taxa Selic) desde o atraso.
Art. 407 — Juros cumulam com perdas e danos
"O devedor responde por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos."
 Explicação:
Além das perdas e danos, o devedor também deve pagar:
· Juros de mora,
· Correção monetária.
Exemplo:
Se você teve prejuízo de R$ 10.000 com o atraso de um fornecedor, ele pagará:
· Os R$ 10.000,
· Juros de mora,
· Correção monetária.
CLAUSULA PENAL ( 408 A 416)
Art. 408 — Conceito de cláusula penal
"Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que culposamente deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora."
Explicação:
Se houver cláusula penal no contrato (multa por descumprimento), o devedor a deve automaticamente ao descumprir, mesmo sem má-fé, desde que haja culpa.
 Exemplo:
Contrato de prestação de serviço prevê multa de 10% se houver atraso. O prestador atrasou = deve pagar a multa sem necessidade de prova do prejuízo.
Art. 409 — Natureza compensatória ou moratória
"A cláusula penal estipulada para o caso de total inadimplemento da obrigação equivale às perdas e danos."
Explicação:
Existem dois tipos:
· Compensatória: substitui perdas e danos quando a obrigação não é cumprida.
· Moratória: aplica-se quando há atraso (mora).
· Exemplo:
· Compensatória: vendedor não entrega o carro → paga a multa prevista;
· Moratória: entrega com atraso → paga a multa por atraso.
Art. 410 — Parcial cumprimento: redução proporcional
"Quando se cumprir em parte a obrigação, a penalidade será reduzida proporcionalmente."
 Explicação:
Se o devedor cumprir parte da obrigação, a multa deve ser reduzida proporcionalmente.
Exemplo:
Contrato previa entrega de 100 produtos com multa de R$ 1.000 por inadimplemento. O fornecedor entregou 80. A multa deve ser reduzida a 20% = R$ 200.
🔹 ARTIGOS 411 A 420 — CLÁUSULA PENAL (continuação)
A CLÁUSULA PENAL é uma pena estipulada no contrato para o caso de descumprimento da obrigação, ou seja, é uma previsão de indenização antecipada para o inadimplemento ou mora.
Ela serve para:
Garantir o cumprimento da obrigação;
Facilitar a reparação do dano, dispensando a prova do prejuízo;
Estabelecer uma consequência clara para quem não cumprir o contrato.
DIFERENÇA ENTRE CLÁUSULA PENAL COMPENSATÓRIA E MORATÓRIA
	TIPO
	Finalidade
	Exemplo
	COMPENSATÓRIA
	Indenizar o credor pelo inadimplemento
	Multa de 10 % do valor do contrato se a entrega não ocorrer
	MORATÓRIA
	Penalizar o atraso no cumprimento da obrigação 
	Multa de 2% por mês de atraso no pagamento 
EXEMPLO PRÁTICO
Contrato de compra e venda de um imóvel:
Valor: R$ 300.000
Cláusula penal: 5% do valor total em caso de desistência do comprador
Se o comprador desistir, pagará R$ 15.000 como multa (5% de R$ 300.000), independentemente do prejuízo que o vendedor tenha sofrido.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula e decisões do STJ e Tribunais estaduais têm entendido que:
Cláusulas penais que ultrapassam 10% do valor da obrigação principal são frequentemente analisadas com cuidado e podem ser reduzidas, especialmente se causarem enriquecimento indevido ao credor.
Cláusulas penais entre 2% a 10% costumam ser aceitas, dependendo do caso concreto, natureza do contrato e prejuízo.
Penalidades acima de 10% são mais propensas a serem consideradas excessivas, podendo ser mitigadas judicialmente.
Exemplo prático:
Contrato de R$ 100.000 com cláusula penal de 15% (R$ 15.000).
O juiz pode entender que 15% é manifestamente excessivo e reduzir a penalidade para um valor mais justo, como 5% ou 10%.
Art. 411 — Aplicação também a obrigação divisível
"Aplica-se a cláusula penal às obrigações divisíveis, desde que haja mora ou inadimplemento total da parte que se deixou de cumprir."
Explicação:
Mesmo que a obrigação seja divisível (ex: por etapas), a cláusula penal se aplica à parte inadimplida.
Exemplo:
Entrega de produtos em 4 lotes. Um lote não foi entregue = multa proporcional à parte descumprida.
Art. 412 — Limite: cláusula penal não pode ser abusiva
"O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal."
Explicação:
A multa contratual não pode ser maior que a própria dívida.
Exemplo:
Se a dívida é de R$ 10.000, a cláusula penal não pode ultrapassar esse valor.
Art. 413 — Redução da cláusula penal se for excessiva
"A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo."
Explicação:
Se a multa for muito alta ou desproporcional, o juiz pode reduzi-la.
 Exemplo:
Multa de R$ 5.000 por atraso de entrega de 1 dia = o juiz pode reduzir por excesso.
 Art. 414 — Cláusula penal não exige prova do prejuízo
"Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo."
Explicação:
Não precisa provar o prejuízo para exigir a multa: basta provar o descumprimento.
 Exemplo:
Contrato com multa por atraso de 10%. Se houve atraso, o credor já tem direito à multa, sem precisar provar danos.
Art. 415 — Cláusula penal cumulável com perdas e danos apenasse expressamente estipulado
"Se for estipulada pena para o caso de inadimplemento total da obrigação, não pode o credor exigir cumulativamente a pena e o cumprimento da obrigação, salvo se expressamente previsto."
Explicação:
Regra geral: não pode exigir a cláusula penal e, ao mesmo tempo, o cumprimento do contrato, a não ser que isso esteja no contrato.
Exemplo:
Você vendeu um carro por R$ 50.000 com cláusula penal de R$ 10.000 em caso de inadimplemento. Se o comprador não pagar, você escolhe: cobra a multa ou exige o pagamento — não os dois, salvo cláusula expressa.
 Art. 416 — Compensatória substitui perdas e danos
"Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo. Quando se estipular pena para o caso de inadimplemento, esta será a única indenização devida, salvo se houver estipulação em contrário."
 Explicação:
A cláusula penal substitui os prejuízos, a não ser que as partes tenham previsto expressamente que poderão ser cobradas cumulativamente.
 Exemplo:
Se o contrato diz que a multa substitui os danos, o credor não pode cobrar os dois. Mas se disser que pode cumular, pode cobrar ambos.
CLÁUSULA PENAL
CONCEITO
■ Cláusula penal é obrigação acessória pela qual se estipula pena ou multa destinada a evitar o inadimplemento da principal ou o retardamento de seu cumprimento. É também denominada pena convencional ou multa contratual (CC, art. 408).
NATUREZA JURÍDICA
■ A pena convencional tem a natureza de um pacto secundário e acessório, pois sua existência e eficácia dependem da obrigação principal (arts. 409 e 411 a 413).
FUNÇÕES
■ A principal função da cláusula penal é atuar como meio de coerção, para compelir o devedor a cumprir a obrigação.
■ A função secundária é servir de prefixação das perdas e danos devidos em razão do inadimplemento do contrato.
VALOR DA CLÁUSULA PENAL
■ A redução da cláusula penal pode ocorrer em dois casos:
a) quando ultrapassar o limite legal (art. 412);
b) nas hipóteses previstas no art. 413 do estatuto civil.
ESPÉCIES
a) compensatória: quando estipulada para a hipótese de total inadimplemento da obrigação (art. 410);
b) moratória: quando destinada a assegurar o cumprimento de outra cláusula determinada ou a evitar o retardamento, a mora (art. 411).
EFEITOS DA CLÁUSULA PENAL
■ Quando compensatória, abre­-se para o credor a alternativa de:
a) pleitear o valor da pena compensatória;
b) postular o ressarcimento das perdas e danos, arcando com o ônus de provar o prejuízo; ou
c) exigir o cumprimento da prestação.
■ O art. 410 proíbe a cumulação de pedidos.
■ Quando moratória, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal (art. 411).
INSTITUTOS AFINS
■ Perdas e danos: malgrado a semelhança com a cláusula penal, naquelas o valor é fixado pelo juiz, com base nos prejuízos provados, enquanto nesta o valor é antecipadamente arbitrado pelas próprias partes.
■ Multa simples ou cláusula penal pura: não tem relação com inadimplemento contratual, sendo estipulada para casos de infração de certos deveres, como a imposta ao infrator de trânsito.
■ Multa penitencial: ao contrário da cláusula penal, que é estabelecida em benefício do credor (art. 410), a multa penitencial é estabelecida contratualmente em favor do devedor, que terá a opção de cumprir a prestação devida ou pagar a multa.
■ Arras penitenciais: ambas têm natureza acessória e por finalidade garantir o inadimplemento da obrigação. As arras, todavia, diversamente da cláusula penal, facilitam o descumprimento da avença, não podem ser reduzidas pelo juiz e são pagas por antecipação, consistindo na entrega de dinheiro ou de qualquer outro objeto.
ARRAS OU SINAL ( 417 A 420)
 Art. 417 — Nulidade parcial da cláusula penal
"Se a cláusula penal for estipulada para o caso de descumprimento parcial, considera-se válida na parte em que houver sido cumprida a obrigação."
Explicação:
A cláusula penal é válida na parte que corresponder ao inadimplemento.
Exemplo:
Multa de R$ 1.000 para entrega de 10 computadores. Só 2 não foram entregues → multa proporcional a 2/10 = R$ 200.
Art. 418 — Obrigações alternativas e cláusula penal
"Nas obrigações alternativas, estipulada a cláusula penal para o caso de não cumprimento de uma das prestações, pode o devedor cumprir a outra, libertando-se."
Explicação:
Se o contrato der opções de cumprimento (obrigação alternativa), e a penalidade for só para uma delas, o devedor pode escolher cumprir a outra e evitar a multa.
Exemplo:
Contrato: “Entregar 100 livros OU pagar R$ 3.000”. Se a cláusula penal só vale para a entrega, o devedor pode escolher pagar os R$ 3.000 e evita a multa.
Art. 419 — Mora e cláusula penal
"Se a cláusula penal for estipulada somente para o caso de mora, não pode ser exigida cumulativamente com a prestação."
Explicação:
Se a multa for somente por atraso (mora), não se pode cobrar a multa e exigir a prestação ao mesmo tempo, salvo previsão contratual.
Exemplo:
Multa por atraso na entrega de obra. O credor escolhe: recebe a multa OU exige a entrega — não os dois, salvo cláusula expressa.
Art. 420 — Penalidade não pode ser abusiva
"A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio."
Explicação:
Reforça que a multa pode ser reduzida se:
· A obrigação foi cumprida em parte;
· A multa for excessiva em relação ao negócio.
 Exemplo:
Contrato de aluguel prevê multa de R$ 50.000 por atraso de 3 dias → o juiz pode reduzir por ser desproporcional à obrigação.
ARRAS OU SINAL
CONCEITO- Sinal ou arras é quantia ou coisa entregue por um dos contraentes ao outro como confirmação do acordo de vontades e princípio de pagamento.
NATUREZA JURÍDICA - As arras têm natureza acessória, pois dependem do processo principal, e caráter real, pois se aperfeiçoam com a entrega do dinheiro ou de coisa fungível por um dos contraentes ao outro.
ESPÉCIES - confirmatórias: A principal função das arras é confirmar o contrato, que se torna obrigatório após a sua entrega (arts. 418 e 419);
penitenciais: São assim denominadas quando as partes convencionam o direito de arrependimento (art. 420).
FUNÇÕES
■ confirmar o contrato;
■ servir de prefixação das perdas e danos quando convencionado o direito de arrependimento (art. 420);
■ constituir princípio de pagamento.
Questão 1
Nos termos do Código Civil, o que ocorre quando o devedor não cumpre a obrigação no prazo estipulado?
a) O credor pode exigir apenas o cumprimento parcial da obrigação.
b) O devedor fica em mora, respondendo por perdas e danos, além de juros e atualização monetária.
c) O devedor deve apenas pagar os juros compensatórios.
d) A obrigação é extinta automaticamente.
Questão 2
De acordo com o artigo 394 do Código Civil, considera-se em mora o devedor:
a) Apenas quando o atraso for superior a 30 dias.
b) Quando não paga a dívida no vencimento.
c) Quando se recusar a renegociar a dívida.
d) Apenas quando houver protesto extrajudicial.
Questão 3
Segundo o Código Civil, os juros moratórios, na ausência de taxa estipulada, são fixados:
a) Conforme a taxa média praticada pelo mercado financeiro.
b) Conforme a taxa legal prevista para a mora do pagamento de impostos.
c) Conforme a convenção entre as partes, obrigatoriamente.
d) Conforme o índice inflacionário do período.
Questão 4
Conforme o artigo 395 do Código Civil, o devedor responde por perdas e danos, mais juros e atualização monetária:
a) Apenas se a mora for culpa exclusiva do credor.
b) Se o inadimplemento for voluntário ou culposo.
c) Independentemente de culpa.
d) Somente quando houver cláusula penal expressa.
Questão 5
A cláusula penal estipulada para o caso de descumprimento de obrigação serve para:
a) Garantir que o contrato será anulado em caso de inadimplemento.
b) Estipular uma multa para o caso de descumprimento ou mora.
c) Eximir o devedor da obrigação principal.
d) Proibira cobrança de perdas e danos.
Questão 6
Segundo o artigo 408 do Código Civil, a cláusula penal pode ser exigida:
a) Apenas para o caso de mora, nunca para o inadimplemento absoluto.
b) Para o caso de não cumprimento, sem prejuízo da obrigação principal.
c) Apenas se o credor aceitar receber o valor da pena.
d) Apenas se houver anuência judicial prévia.
Questão 7
Conforme o artigo 406 do Código Civil, quando os juros moratórios não forem convencionados, serão fixados:
a) Pela taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos.
b) Pela taxa básica de juros definida pelo Banco Central.
c) Pela média dos juros remuneratórios do mercado.
d) Pela taxa de inflação acumulada do período.
Questão 8
Nos termos do artigo 407 do Código Civil, a execução da cláusula penal pode ser exigida:
a) Apenas mediante ação judicial específica.
b) Antes do inadimplemento da obrigação principal.
c) Sem necessidade de comprovar o prejuízo causado.
d) Somente se houver acordo escrito entre as partes.
Questão 9
O artigo 399 do Código Civil dispõe que o devedor em mora responde por:
a) Apenas pelas perdas e danos causados ao credor.
b) Perdas e danos, mais juros e atualização monetária.
c) Multa contratual, independente de perdas e danos.
d) Apenas pela obrigação principal.
Questão 10
Segundo o artigo 402 do Código Civil, a perda de uma coisa que o devedor devia entregar:
a) Isenta o devedor do cumprimento da obrigação.
b) Exclui a possibilidade de cobrança de perdas e danos.
c) Obriga o devedor a pagar perdas e danos, salvo se provar que não houve culpa.
d) Transfere a obrigação ao credor.
Gabarito
1. b
2. b
3. b
4. c
5. b
6. b
7. a
8. c
9. b
10. c
✅ Questão 1
Gabarito: b)
Comentário:
Conforme o art. 389 do Código Civil, o devedor que não cumpre a obrigação no prazo responde por perdas e danos, além de juros, atualização monetária e honorários advocatícios. Isso caracteriza a mora.
· Erradas:
· a) Não há limitação ao cumprimento parcial.
· c) Os juros compensatórios não se aplicam à mora.
· d) O inadimplemento não extingue a obrigação.
✅ Questão 2
Gabarito: b)
Comentário:
De acordo com o art. 394 do Código Civil, considera-se em mora o devedor que não realiza o pagamento no tempo, lugar e forma convencionados.
· Erradas:
· a) Não há prazo mínimo de 30 dias.
· c) A recusa em renegociar não caracteriza mora.
· d) O protesto não é requisito para caracterização da mora.
✅ Questão 3
Gabarito: b)
Comentário:
O art. 406 do Código Civil estabelece que, na ausência de convenção, os juros moratórios serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de tributos federais (hoje, a Selic).
· Erradas:
· a), c) e d): Não são critérios legais.
✅ Questão 4
Gabarito: c)
Comentário:
O art. 395 determina que o devedor em mora responde por perdas e danos, juros e atualização monetária, independentemente de culpa. Basta o inadimplemento.
· Erradas:
· a) Se for culpa do credor, pode haver mora do credor, e o devedor é isento.
· b) Culpa não é exigida aqui.
· d) A cláusula penal não é necessária para responsabilização.
✅ Questão 5
Gabarito: b)
Comentário:
A cláusula penal (art. 408) é uma multa estipulada previamente no contrato para o caso de descumprimento ou atraso, funcionando como indenização antecipada.
· Erradas:
· a) A cláusula penal não anula o contrato.
· c) Ela não exime da obrigação principal.
· d) Pode substituir ou complementar perdas e danos, dependendo da cláusula.
✅ Questão 6
Gabarito: b)
Comentário:
O art. 408 prevê que a cláusula penal pode ser exigida em caso de inadimplemento, sem prejuízo da obrigação principal (exceto se houver estipulação liberando o devedor do cumprimento).
· Erradas:
· a) Pode ser usada para inadimplemento e mora.
· c) Não depende da aceitação posterior do credor.
· d) Não requer anuência judicial para ser aplicada.
✅ Questão 7
Gabarito: a)
Comentário:
Pelo art. 406, os juros moratórios legais são fixados conforme a taxa aplicável à mora no pagamento de tributos federais, que atualmente é a Selic.
· Erradas:
· b) A taxa básica (Selic) só se aplica por remissão da norma tributária.
· c), d) Não têm previsão legal.
✅ Questão 8
Gabarito: c)
Comentário:
Conforme o art. 407, não é necessário provar o prejuízo para exigir a cláusula penal. Ela funciona como indenização pré-fixada.
· Erradas:
· a) Não exige ação específica.
· b) Só pode ser cobrada após o inadimplemento.
· d) Basta que esteja prevista no contrato.
✅ Questão 9
Gabarito: b)
Comentário:
Segundo o art. 399, o devedor em mora responde por perdas e danos, juros e atualização monetária, além de outras penalidades eventualmente previstas.
· Erradas:
· a) Incompleta.
· c) A multa é acessória.
· d) Incorretamente limita a responsabilidade.
✅ Questão 10
Gabarito: c)
Comentário:
De acordo com o art. 402, se o devedor perder a coisa por sua culpa (ex.: imprudência), deverá pagar perdas e danos. A culpa é o critério para a responsabilidade.
· Erradas:
· a) A perda da coisa não isenta o devedor automaticamente.
· b) Pode haver cobrança, sim.
· d) A obrigação não se transfere automaticamente ao credor.
 
INADIMPLEMENTO 
Art. 389 — Perdas e danos + juros + atualização monetária + honorários 
"Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e 
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários 
de advogado." 
Explicação: 
Quando alguém descumpre uma obrigação (não paga, não entrega, etc.), deve pagar 
perdas e danos e também: 
 Juros (de mora), 
 Atualização monetária, 
 Honorários advocatícios (caso vá para a Justiça). 
Exemplo: 
João contratou Maria para fazer um site por R$ 5.000. João pagou, mas Maria não 
entregou o serviço. João pode entrar na Justiça pedindo: 
 Os R$ 5.000 pagos (perdas), 
 Correção monetária, 
 Juros pelo atraso, 
 E o valor que gastou com advogado. 
 
Art. 390 — Juros de mora mesmo sem culpa 
"Não cumprida a obrigação, ou sendo ela cumprida parcialmente, considera-se em mora 
o devedor, desde que culposamente não a execute, respondendo pelos prejuízos 
decorrentes, ainda que não haja má-fé." 
Explicação: 
O devedor responde pelos prejuízos causados pelo inadimplemento mesmo sem má-fé. 
Basta que haja culpa (negligência, imprudência ou imperícia). 
Exemplo: 
Carlos deveria entregar 1.000 camisetas a uma loja até dia 1º, mas esqueceu. Mesmo 
sem intenção de causar prejuízo (sem má-fé), ele responde pelo atraso. 
 
Art. 391 — Obrigação de indenizar é transmitida 
"Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor." 
Explicação: 
Se o devedor não cumpre sua obrigação, todos os seus bens podem ser usados para 
indenizar o credor. Isso também se aplica aos herdeiros, dentro dos limites da herança.

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