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1 MODELO DE BOHR Níveis de energia para o átomo de H no modelo de Bohr: Profª. Cláudia Cunha � A energia do elétron do átomo de hidrogênio depende do valor do número quântico principal (n). � Quanto maior for o valor de n, maior será o raio de Bohr e menos negativo será o valor da energia. 2 MODELO DE BOHR DO ÁTOMO DE H � A energia do elétron tem valor negativo. � Com o aumento do valor de n, o valor de energia se torna menos negativo, como também a distância entre o elétron e o núcleo aumenta. � O raio das orbitas circulares aumenta com o aumento de n. Profª. Cláudia Cunha 3 MODELO DE BOHR DO ÁTOMO DE H Bohr postulou que um elétron orbitando o núcleo poderia ocupar somente determinadas orbitas ou níveis de energia. E a energia apresentada pelo elétron no enésimo nível é dada por: Profª. Cláudia Cunha 2n Rhc En −= Onde: R – constante de Rydberg (1,097×107 m-1) h – constante de Planck (6,626×10-34 J.s) c – velocidade da luz (2,998×108 m.s-1) 4 MODELO DE BOHR DO ÁTOMO DE H � Um elétron na órbita n=1 é o mais próximo do núcleo e tem, portanto, a energia mais baixa ou mais negativa. Diz-se que um átomo com seus elétrons nos níveis de energia mais baixos encontram-se em seu estado fundamental. � Quando um elétron ocupa uma órbita com n maior que 1, o elétron fica mais distante Logo, o valor de energia é menos negativo e então dizemos que ele está num estado excitado. Profª. Cláudia Cunha 5 TEORIA DE BOHR E OS ESPECTROS DE ÁTOMOS EXCITADOS � O átomo permanece em seu nível de energia mais abaixo a menos que fosse perturbado. � A energia é absorvida ou liberada se o elétron mudar de um nível de energia para outro. � Quando o elétron do átomo de H tem n=1 (estado fundamental) a energia tem um grande valor negativo. � Quando n=2 o elétron é atraído menos fortemente ao núcleo, e a energia é menos negativa. Profª. Cláudia Cunha 6 EXEMPLO: Energias dos Estados Fundamental e Excitado de um Átomo de H Calcule as energias dos estados n=1 e n=2 do átomo de hidrogênio em joules por átomo e em quilojoules por mol. A equação do modelo de Bohr é dada por J.átomo-1, como a questão pede o cálculo da energia expressa em J.mol-1. Para transformar estas unidades, multiplica-se pelo número de avogadro (6,022×1023 átomos.mol-1). Profª. Cláudia Cunha 7 EXEMPLO: Energias dos Estados Fundamental e Excitado de um Átomo de H � Quando n=1: Profª. Cláudia Cunha Rhc Rhc n Rhc E −=−=−= 221 1 = -(1,097×107 m-1)(6,626×10-34 J.s)(2,998×108 m.s-1) = -2,179××××10-18 J.átomo-1 = (-2,179×10-18 J.átomo-1)(6,022×1023 átomos.mol-1)(10-3) = -1.312 kJ.mol-1 8 EXEMPLO: Energias dos Estados Fundamental e Excitado de um Átomo de H � Quando n=2: Profª. Cláudia Cunha = -5,448××××10-19 J.átomo-1 = -328,1 kJ.mol-1 4 /10179,2 42 18 1 222 átomoJERhc n Rhc E −× −=−=−=−= 9 EXEMPLO As lâmpadas de vapor de sódio usadas em iluminação pública emitem luz amarela de comprimento de onda igual a 589nm. Quanta energia é emitida por: a) Um átomo de sódio excitado quando gera um fóton. Profª. Cláudia Cunha ( )( )( ) JE msmsJE hcE 19 191834 1 1037,3 10589.10998,2.10626,6 − −−−− − ×= ×××= = λ 10 EXEMPLO Profª. Cláudia Cunha 11 EXEMPLO As lâmpadas de vapor de sódio usadas em iluminação pública emitem luz amarela de comprimento de onda igual a 589nm. Quanta energia é emitida por: b) 5,00mg de átomos de sódio que emitem luz nesse comprimento de onda. Profª. Cláudia Cunha ( ) ( ) JE atomoJmolatomos Namolg gNa E 1,41 .1037,3.10022,6 .99,22 1000,5 119123 1 3 = ×××× × = −−− − − 12 EXEMPLO As lâmpadas de vapor de sódio usadas em iluminação pública emitem luz amarela de comprimento de onda igual a 589nm. Quanta energia é emitida por: c) 1,00mol de átomos de sódio que emitem luz nesse comprimento de onda. Profª. Cláudia Cunha ( ) ( ) KJE JE atomoJmolatomosE 203 1003,2 .1037,3.10022,61 5 119123 = ×= ××××= −−− 13 EXEMPLO Os fótons de raios γγγγ emitidos durante o decaimento nuclear de um átomo de tecnécio-99 usado em produtos radiofarmacêuticos tem energia igual a 140,511 keV. Calcule a energia de um fóton nesse comprimento de onda. Se e , logoνhE = Profª. Cláudia Cunha νλ=c E hc =λ ( )( ) pm m J smsJ 8236,8 108236,8 102513,2 .10997,2.10626,6 12 14 1834 = ×= × ×× = − − −− λ λ λ ( )( ) JeVJeVE 141193 102513,2.106020,110511,140 −−− ×=××= 14 TEORIA DE BOHR E OS ESPECTROS DE ÁTOMOS EXCITADOS Absorção de energia pelo átomo à medida que o elétron move-se para um estado excitado. Profª. Cláudia Cunha 15 TEORIA DE BOHR E OS ESPECTROS DE ÁTOMOS EXCITADOS Usando a equação de Bohr, pode-se calcular a energia necessária para levar o átomo do estado fundamental (n=1) ao seu primeiro estado excitado (n=2). Profª. Cláudia Cunha inicialfinal EEE −=∆ Após absorver energia, esses elétrons movem-se naturalmente de volta para níveis mais baixos e liberam a energia que o átomo absorveu inicialmente. A energia obtida é observada na forma de luz. 16 EXEMPLO: Energias dos Estados Fundamental e Excitado de um Átomo de H � Quando n=1 → n=2: Profª. Cláudia Cunha ( ) ( ) 111 .984.312.1.1,328 −−− =−−−=∆ molkJmolkJmolkJE � Quando n=2 → n=1: ( ) ( ) 111 .984.1,328.312.1 −−− −=−−−=∆ molkJmolkJmolkJE Qual a diferença de energia destes dois estados? 17 TEORIA DE BOHR E OS ESPECTROS DE ÁTOMOS EXCITADOS Profª. Cláudia Cunha Observe que a diferença entre sucessivos níveis de energia torna-se menor a medida que n torna-se maior. 18 PROPRIEDADE ONDULATÓRIAS DO ELÉTRON Em 1925, De Broglie propôs que um elétron livre de massa m, que se move com velocidade v, deve ter um comprimento de onda associado à “onda da partícula” é dada pela equação da Dualidade da Matéria: Profª. Cláudia Cunha OBSERVAÇÃO: Só é possível observar propriedades ondulatórias em partículas extremamente pequenas, como prótons, elétrons e nêutrons. mv h =λ Dualidade Onda-Partícula da Matéria 19 PROPRIEDADE ONDULATÓRIAS DO ELÉTRON Os elétrons (e a matéria, em geral) têm características de onda e de partícula. Profª. Cláudia Cunha J.J. Thomson identificou o elétron. Ele e seu filho, G.P. Thomson, receberam o Prêmio Nobel. J.J. Thomson por mostrar que o elétron é uma partícula e G.P. por mostrar que o elétron é uma onda. 20 EXEMPLO Estime o comprimento de onda de um próton que se move a 1/100 da velocidade da luz. Onde: Velocidade da luz = 2,998×108 m.s-1 Massa do próton = 1,673×10-27 kg 1J = 1kg.m2.s-2 ( )( ) 100/.10998,210673,1 .10626,6 1827 34 −− − ×× × == smkg sJ mv h λ ( ) ( ) msmkg ssmkg 13 1 22 13 1032,1 . .. 1032,1 − − − − ×= × × ×= Profª. Cláudia Cunha 21 PRINCÍPIO DA INCERTEZA A dualidade onda-partícula elimina a possibilidade de descrever a localização, tendo em vista que não se pode especificar a trajetória da partícula. Heisenberg expressou a incerteza da localização e velocidade da partícula como: Profª. Cláudia Cunha vm x ∆ =∆ 2 h xm v ∆ =∆ 2 h Onde, = 1,05457×10-34 J.sh 22 EXEMPLO DA UTILIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INCERTEZA Estime a incerteza mínima da posição de uma bola de gude de massa 1,0 g, sabendo que sua velocidade é 1,0 m.s-1. Profª. Cláudia Cunha ( ) ( )133 34 .100,2100,12 .1005457,1 2 −−− − ×××× ×= ∆ =∆ smkg sJ vm x h m smkg sJ 32 13 34 103,5 .. . 0,1100,12 1005457,1 − −− − ×= ××× × = 23 EXEMPLO DA UTILIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INCERTEZA Estime a incerteza mínima da velocidade de um elétron confinado em um diâmetro de um átomo típico (200 pm). Profª. Cláudia Cunha ( ) ( )mkg sJ xm v 1031 34 100,210109,92 .1005457,1 2 −− − ×××× × = ∆ =∆ h 15 1031 34 .1089,2 . . 100,210109,92 1005457,1 − −− − ×= ×××× × = sm mkg sJ 24 EXEMPLO DA REPRESENTAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INCERTEZA (a) A localização da partícula está mal definida; assim, o momento da partícula (representada pela flecha) possui uma precisão razoável. (b) A localização da partícula está bem definida e, assim, o momento pode não ser especificado com muita precisão. Profª. Cláudia Cunha 25 EXEMPLO DA UTILIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INCERTEZA A localização e o momento de uma partícula são complementos. Em outras palavras, não podem ser conhecidos simultaneamente com precisão. A relação quantitativa entre a precisão de cada medida é descrita pelo Princípio da Incerteza de Heisemberg. Profª. Cláudia Cunha