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1 0 60 120 m Legenda Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Edifício POP Madalena Andrade Morettin Arquitetos Associados Localização: São Paulo, Brasil Pontos de Destaque Adequação Bioclimática Solução de desnível Uso Misto Circulação Ficha técnica do projeto: Ano de projeto: 2011 / Ano de execução: 2015 Área do terreno: 1533 m² / Área construída: 7682 m² Projeto arquitetônico: Andrade Moretin Arquitetos associados e Equipe Idea!Zarvos Projeto estrutural: Gama Z Engenharia Projeto elétrico: Ramoska & Castellani Projeto hidráulico: Criarq Projetos e Gerenciamneto Luminotécnico: Estúdio Carlos Fortes Luz +Design Paisagismo: André Paoliello Paisagistas Associados Construção: R Yazbek Construtora e Incorporadora Analise do Entorno O edifício está localizado no bairro Vila Madalena de São Paulo, conhecido por ser o bairro boêmio de São Paulo, apresenta uma vida urbana intensa e diversa, misturando usos residenciais, comerciais, restaurantes e outros serviços. A Relação com o Entorno Edifício Serviços Comércios P Estacionamento Câmera Figura 1 Câmera Figura 2 O edifício estabelece uma relação de contraste com seu entorno imediato, com o seu volume destacando-se sobre a paisagem, principalmente visto da rua simpatia (figura 2). Mas mesmo da observado da rua Madalena (figura 1) ele distoa do contexto em função de sua verticalidade, podendo servir como ponto de referência. Figura 01 - Fonte: Google Earth Figura 02 - Fonte: Google Earth Mapa de localização - Fonte: Adaptado de https://datageo.ambiente.sp.gov.br/app Fotos: Nelson Kon — Edifício Pop Madalena, Andrade Morettin Arquitetos, São Paulo, 2015. 2 Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II R ua M ad al en a R ua d a Si m pa tia Rua Harmonia Sentido Via Trajetória solar LegendaAcesso principal Rua MadalenaRua Simpatia 18 m Legenda III III IV A Implantação Outra característica do terreno que foi incorporada ao projeto é o formato. Assim, a planta possui uma parte retangular e outra em L interligadas por uma forma irregular. Outra característica perceptível é a ocupação do edifício estar próxima ao centro do terreno, o que possibilita a inserção de áreas verdes em todos os lados da edificação. ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Edifício POP Madalena A Topografia Uma das particularidades dessa obra é que seu terreno possui uma diferença de nível de aproximadamente 18 metros e o projeto tirou partido disso, e assim, optou-se utilizar a cota mais alta (adjacente a rua Madalena) como nível térreo e assim, o programa foi dividido em mais 3 pavimentos inferiores e 7 pavimentos superiores. A solução adotada possibilita a valorização das vistas, elevando o observador em relação ao entorno, mas ao mesmo tempo faz com que o volume avance abruptamente sobre a paisagem na visão do pedestre A Concepção da Forma A forma predominante do edifício é o retângulo, derivado de um paralelepípedo em L (I). Para resolver o desnível do terreno, adotou-se uma solução que poderia causar grande impacto na paisagem; para suavizá-lo, a volumetria foi fragmentada em dois blocos sobrepostos (II), dividindo o programa entre eles. Os blocos foram conectados por pilotis (III), o que garante permeabilidade visual, trazendo leveza pro conjunto,além de criar, no térreo, a possibilidade de um mirante. Por fim, foi adicionado um terceiro volume, atravessando os dois blocos: a circulação vertical (IV), que, assim como os pilotis, articula as partes do conjunto. Andrade Morettin Arquitetos Associados Forma simplificada Cheios e Vazios na Planta Cheios Vazios Legenda Circulação vertical Forma simplificada Fotos: Nelson Kon — Edifício Pop Madalena, Andrade Morettin Arquitetos, São Paulo, 2015. Desenhos: ANDRADE MORETTIN ARQUITETOS ASSOCIADOS. Edifício Pop Madalena. São Paulo – SP, 2011-2015./ Adaptado por: Victor Hugo Cardoso Cultural Center & Youth Hostel Grid estrutural Legenda Grid estrutural Legenda 3 Foto s: N els on K on — E di fíc io Pop Madalena, Andrade Morettin Arquitetos, São Paulo, 2015. Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Solução Estrutural O projeto adota o tradicional sistema de pilar e viga, partindo de um grid simples e racional que permite uma ocupação livre, refletindo na flexibilidade de uso dos espaços internos ( o edifício conta com 11 plantas de apartamento). A laje maciça é liberada nas bordas, de tal modo que o elemento estrutural mais marcante na volumetria é ela, sendo o plano horizontal que empilhado é a matriz de composição. Materialidade Tectonicidade Edifício POP Madalena Andrade Morettin Arquitetos Associados A projeto apresenta um alto grau de tectonicidade, uma vez que os principais elementos estruturantes (laje e pilar) não só estão aparentes em suas fachadas não sendo escondidos por revestimentos, como contribuem para a caracterização da forma adotada no edifício. O edifício utiliza como materiais o concreto armado para a sua estrutura, a partir disso a construção seguiu um sistema de montagem seca, utilizando amplamente materiais pré-fabricados e industrializados como caixaria de vidro, painéis de telhas metálicas termo acústicas. Esquadrias em alumínio. Brises deslizantes com requadro em tubo de alumínio e fechamento em tela ondulada perfurada. Desenhos: ANDRADE MORETTIN ARQUITETOS ASSOCIADOS. Edifício Pop Madalena. São Paulo – SP, 2011-2015./ Adaptado por: Victor Hugo Cardoso Estrutura + algumas vedações já marcavam a forma final 4 Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II Comércio Acesso estacionamento comercial Acesso pedestre comercial Acesso estacionamento residencial Acesso pedestre residencial ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Edifício POP Madalena Setorização Vertical Andrade Morettin Arquitetos Associados A divisão da volumetria em dois blocos possibilitou separar eficientemente o programa de caráter misto pensado para o projeto. O térreo abriga áreas principalmente voltados ao lazer , acima dele é a parte residencial enquanto abaixo é ocupado com a garegem do residencial e a parte comercial Comércio Garagem Residencial Lazer Pavimento Térreo O térreo do edifício tem os acessos concentrados através da rua Madalena, com apenas um acesso secundário pela rua da Simpatia, e na sua entrada principal; encontra-se uma praça, o salão de festas, uma área de convivência, o acesso ao elevador e escadas e uma loja. Com exceção da loja, a circulação (e a praça) articula os elementos deste pavimento. Legenda Loja Recepção Piscina Circulação vertical Salão de Festas Praça da entrada Ärea de Convivência Fotos: Nelson Kon — Edifício Pop Madalena, Andrade Morettin Arquitetos, São Paulo, 2015. Desenhos: ANDRADE MORETTIN ARQUITETOS ASSOCIADOS. Edifício Pop Madalena. São Paulo – SP, 2011-2015./ Adaptado por: Victor Hugo Cardoso Circulação horizontal Legenda Circulação vertical Acesso unidade Circulação horizontal Circulação vertical Unidade 55 m² Unidade 57 m² Unidade 134m² Unidade74 m² Legenda 5 Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II O pavimento tipo é formado por 6 apartamentos de quatro tipologias sendo elas 55 m²; 57 m²; 74 m² e 134 m², todos possuindo uma varanda própria, e comportando no máximo 3 pessoas por unidade. Pavimento Tipo (1° ao 4° ) Circulação Externa A circulação vertical do edifício concentra-se em uma torre centralizada nos pavimentos.Essa solução, no entanto, pode comprometer a evacuação do edifício em emergências. A circulação horizontal é um corredor lateral que interliga as unidades e a circulação vertical, é fechado com vidro o que o torna uma área ativa e a permitindo observar a vista e a entrada de luz natural. ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Edifício POP Madalena Andrade Morettin Arquitetos Associados Subsolos O subsolo do edifício é composto por três pavimentos, sendo semi-enterrados em função do desnível topográfico aproveitado. Ele comporta a garagem com 60 vagas, uma lavanderia, uma academia, uma sauna, a área técnica do prédio e um espaço para os funcionários. Fora isso também há uma sala comercial, que não interage com o restante do edifício. Circulação horizontal Legenda Circulação vertical Fot o: N el so n K on — E di fíc io Pop Madalena, Andrade Morettin Arquitetos, São Paulo, 2015. Desenhos: ANDRADE MORETTIN ARQUITETOS ASSOCIADOS. Edifício Pop Madalena. São Paulo – SP, 2011-2015./ Adaptado por: Victor Hugo Cardoso Legenda Estacionamento Área técnica Área funcionários Academia Lavanderia Sauna Rampa Loja Cultural Center & Youth Hostel Área OciosaAcesso unidade Circulação horizontal Circulação vertical Unidade Tipo II Unidade Tipo III Unidade Tipo IV Unidade tipo I Legenda 6 Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Edifício POP Madalena Andrade Morettin Arquitetos Associados 7° Pavimento e Cobertura 5° e 6° Pavimento Adequação Bioclimática Ventilação Legenda Luz solar refletida Luz solar incidente Em conformidade com a ABNT NBR 15220-3, por estar localizado na zona bioclimática 3, o edifício adota a solução de ventilação cruzada nos pavimentos, garantida pelas aberturas voltadas para as varandas individuais de cada apartamento e pela circulação lateral. Fora isso, as fachadas apresentam amplos planos de vidro que favorecem o aquecimento solar, controlado pelas varandas e pelos beirais que funcionam como brises. Além disso, o edifício conta com painéis metálicos deslizantes que reforçam esse controle, contribuindo para o conforto térmico dos ambientes. No entanto o material deste painel, apesar ser bom pela leveza, compromete a temperatura por aquecer rápido. Painéis deslizantes O quinto e o sexto pavimento são usados para 6 apartamentos duplex, ,com o quinto pavimento abrigando a parte social da unidade enquanto o sexto acomoda a parte mais intima. Apesar de ser uma unidade só, o sexto pavimento continua com a área de circulação interligando as unidades, mesmo sem ser possível acessa-las deste pavimento, assim, essa área poderia ter sido melhor otimizada para aumentar o espaço das unidades. O sétimo pavimento abriga apartamentos mais amplos que o do pavimento tipo,mas ainda tem o mesmo limite máximo de 3 pessoas por unidade, mostrando baixo aproveitamento da área. Além disso todos os apartamentos possuem um terraço privativo na cobertura, oferecendo uma moradia com conceito distinto, mas esse espaço poderia ter sido utilizado para adicionar áreas comuns. Fora que a área de circulação sem função também se faz presente, aumentando a quantidade de espaços ociosos no residencial. Área Ociosa Acesso unidade Circulação horizontal Circulação vertical Unidade Tipo II Unidade Tipo III Unidade Tipo IV Unidade tipo I Legenda 7 Hostel Pontos de Destaque Relação entre o público e privado Vazios como áreas públicas Terraço Jardim Programa dividido em dois blocos independentes ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Cultural Center & Youth Hostel Adel Senad Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II Relação público x privado Localização: Cidade 6 de Outubro, Egito Legenda A divisão do programa em dois blocos conferiu ao edifício um caráter simultaneamente público e privado. Na parte voltada para a rua, encontra-se o centro cultural, que reúne áreas de convivência, comércios, serviços e infraestrutura acessíveis a todos os visitantes. Já nos fundos do terreno está localizado o hostel, destinado aos hóspedes e equipado com dormitórios e serviços específicos. Entretanto, a cafeteria do hostel possui acesso tanto interno quanto externo, integrando-se à área pública. Além disso, os espaços abertos em frente ao edifício podem ser utilizados também pelos hóspedes, favorecendo a interação com a comunidade e enriquecendo a viagem. Centro Cultural Público Semi-privado Privado Implantação Relação com o Entorno O edifício contrasta com o entorno pela escala e programa, mas suaviza sua presença com volumetria fragmentada, transparência e áreas verdes. Além disso o bloco em U voltado para a rua faz o edifício ficar convidativo, trazendo o exterior para seu interior Inserido em área educacional e comunitária, atua como polo cultural e de convivência, dialogando com a vitalidade juvenil. 8 ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Cultural Center & Youth Hostel Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II Analise de Programa do Hostel Escadas Cafeteria Area social Área de segurança Área de contabilidade Secretaria Área administrativa Vestiario Banheiros Sala de controle Espaço de trabalho Concepção da Forma Adel Senad Localização: Cidade 6 de Outubro, Egito A volumetria foi concebida a partir de um bloco inicial que foi dividido em dois e posteriormente, o maior destes sofreu subtrações de modo a criar um pátio e o terraço jardim. Tanto os blocos, quanto o exterior e interior do entorno são articulados através de circulações que atuam como áreas públicas Vazios como áreas Públicas As subtrações realizadas na volumetria originaram áreas de convivência que podem ser usadas tanto pelos hospedes do hostel quanto pelo público externo que se dirige ao centro cultural. Esses espaços consistem tanto nos pátios localizados nos centros dos blocos construídos, quanto no terraço jardim presente no centro cultural Te rraço Jardim Legenda quarto 1 quarto 2 quarto 3 quarto 4 Escada Elevador Legenda Pá tio interno 1 Pá tio interno 2 Circulação Acesso Recepção Pavimento tipo Pavimento térreo Rampa 9 Cultural Center & Youth Hostel O principal objetivo da edificação era “Construir para proteger, uma casa contra todos os elementos, os do sol e da chuva, e aqueles que trazem indiferença, medo e solidão, uma casa como ferramenta de resistência, onde a vida possa novamente se aninhar.” diz o arquiteto Solano Benítez. Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Casa Abu e Font Solano Benítez Pontos de Destaque: Sistema construtivo local Materialidade Tectonicidade Estratégias bioclimáticas para Clima tropical Ficha Técnica Contextualização Localização: Assunção, Paraguai Ano de projeto: 2006/ ano de construção: 2005 Área construída: 750 m² Localização: Assunção, Paraguai Escritório: Gabinete de Arquitectura Projeto arquitetônico: Solano Benitez, Glória Cabral e Alberto Marinoni Projeto estrutural: Enrique Granada Relação com o Entorno A casa está em um bairro residencial de Assunção, onde os lotes são retangulares e estreitos; Benítez opta por uma fachada cega e maciça para a rua, garantindo privacidade e proteção contra o calor e a movimentação urbana; Assim, a casa não “se mostra” ao espaço público, mas se fecha em um muro de tijolos que funciona como limite; Em vez de abrir para a rua, os espaços se organizam em torno de pátios internos. Desenhos: VENTURI, Robert. Complexidade e Contradição na Arquitetura. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995. 10 balanço da laje cerâmica laje cerâmica VigasVierendeel laje H = 50 cm balanço da laje cerâmica Planta da Estrutura Reforço de aço ancorado para absorver o momento torcional base excêntrica de concreto armado N = carga pontual Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Casa Abu e Font Solução Estrutural Axonometria Estrutural Duas vigas Vierendheel de 14 metros sustentam a casa, que descarrega seu peso sobre quatro pilares. Lajes de cerâmica reforçada e tijolos cerâmicos são os materiais de construção usados no limite de suas capacidades, como piso, paredes e teto. Desempenadeiras de cimento cobrem tudo o que deve entrar em contato com a água. Vidro e metal juntos fornecem estruturas para suportar grandes portas, e fechamentos de madeira compensada vedam ou expandem as funções e seus espaços. As vigas estão espaçadas a 11 metros uma da outra e são conectadas por vigas longitudinais que se projetam sobre elas para equilibrar suas tensões internas. Toda a estrutura é completada pela adição de uma laje cerâmica reforçada, que proporciona tensão adicional na parte inferior. 11 m Laje Verâmica Apoios Excêntricos Vigas Vierendeel Legenda Detalhamento dos cortes A B A B Desenhos: VENTURI, Robert. Complexidade e Contradição na Arquitetura. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995. /Adaptado por: Alice Vitória SoaresAxonometria: CHAPOÑAN, Roxana. Documentación Casa Abu & Font. Behance, 19 fev. 2015. /Adaptado por: Alice Vitória Soares 11 Cultural Center & Youth Hostel Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Casa Abu e Font SetorizaçãoMaterialidade: Tijolo “O tijolo utilizado por Benítez é do tipo ordinário, áspero, poroso - diferente do esmaltado utilizado por outros arquitetos modernos de renome. Além disso, seu assentamento, na maioria dos casos, não é usual. Ao invés do tradicional aparelho ao comprido, o tijolo é rotacionado em um eixo horizontal, de modo que resulte em paredes ou lajes mais esbeltas e com aspereza e horizontalidade acentuadas.” (CAMERIN. O estranho tijolo de Solano Benítez, 2016) O formato dos tijolos também colabora para desmontar a imagem tradicional evocada pelo tijolo. Benítez usa o tijolo partido ao meio, antes de ser assentado a peripiano ou ao comprido; Há uma leve inclinação no assentamento dos tijolos em muros e paredes externas que faz com que suas arestas funcionem como pingadeiras evitando que as águas da chuva escorressem pelas superfícies das edificações. Programa do 1° pavimento O pavimento térreo foi projetado como uma área comum e de lazer da residência, com uma divisão clara entre os espaços privativos e os de uso coletivo. pátio descoberto pátio coberto sala cozinha lavabo área de serviço circulaçãoescadas rampa Legenda Ambientes Íntimos Área Social Ambientes Íntimos Legenda Desenhos: Hidden Architecture. Casa Abu.https://hiddenarchitecture.net/casa-abu/ Adaptado por: Alice Vitória Soares 12 Cultural Center & Youth Hostel Ventilação Cruzada: Uso da cerâmica: As portas de madeira podem ser totalmente abertas pelo sistema de roldanas, criando uma integração fluida entre os espaços internos (como a sala) e os jardins frontal e posterior. A maior parte do espaço criado está em altura, aumentando o volume de ar no interior, forçando o efeito de convecção do ar, gerando ambientes mais frescos em meio ao calor e umidade. O uso de tijolos cerâmicos em paredes externas duplas e elementos vazados (que separam sala e rampa) oferece isolamento térmico e troca de ar, esses elementos atuam como barreiras térmicas que reduzem o calor externo. Rampa Quartos Banheiros Circulação Escadas Legenda Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ESTUDO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS Casa Abu e Font Programa do subsoloEstratégias bioclimáticas Altura do pé-direito: Programa do 2° pavimento Rampa Quartos Banheiros Circulação Escadas Legenda Desenhos: Hidden Architecture. Casa Abu.https://hiddenarchitecture.net/casa-abu/ Adaptado por: Alice Vitória Soares Im agem: Enrico Cano / Hidden Arch ite ctu re Tecnocidade A tectonicidade da Casa Abu & Font está no uso expressivo da técnica construtiva, na exposição da estrutura (vigas, apoios e lajes), no uso intensivo do tijolo cerâmico como elemento estrutural e na clareza com que cada material assume sua função. O projeto revela a maneira como se sustenta e se constrói. O segundo pavimento do edifício acomoda 13 Cultural Center & Youth Hostel Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ANALISE DO LOCAL DE PROJETO A Praça dos Imigrantes Localização Índices Urbanísticos O terreno se encontra em frente a Praça dos Imigrantes, entre as ruas Joaquim Murtinho e Barão de Melgaço no bairro Centro. Está área da cidade tem como caráter uma grande movimentação de pessoas e veículos, sendo proximo da parte cultural da cidade. Quanto aos limites administrativos, o lote encontra- se na macrozona urbana 1, zona urbana 1, zona ambiental 1 (consequentemente a taxa de permeabilidade = 20%) , região urbana Centro, bairro Centro, parcelamento Vila Cidade Taxa de Ocupação: Térreo e 1° pavimento = 0.7 ; demais = 0.5 Coeficiente de Aproveitamento mínimo: 0,1 Coeficiente de Aproveitamento básico: 4 Coeficiente de Aproveitamento máximo: 5 Índice de Elevação: Livre Recuo frontal: Térreo e 1° pavimento = Livre; demais = 5 metros Recuo lateral e fundos: Térreo e 1° pavimento = Livre; IE entre 2 e 6 = h/6 (min 3 m), Conforme a historiadora Lygia Carriço de Oliveira Lima (2002) a Praça era um grande matagal que servia de pastagem para os animais puxarem as carroças, carros de boi, carretas e tílburis que ali ficavam estacionados. E, ao longo dos anos, foi atribuída diferentes funções relacionados a comunidade. O primeiro nome que a Praça recebeu foi de Costa Marques, nomeado na época de Presidente (governador) de Mato Grosso Uno, em 1912 em decorrência dessa visita muitos benefícios repercutiram na cidade, dentre eles, na área da saúde, educação e vias de comunicação entre outros. De 1955 a 1959, na gestão do prefeito Marcílio de Oliveira Lima, o espaço foi urbanizado, sendo assim arborizado com ipês roxos, flamboyants tornando-se assim um local apreciado para realizar passeios e para se apreciar a beleza das árvores. Deixando de se chamar Praça Costa Marques, recebendo assim seu atual nome de Praça dos Imigrantes e passando por novas remodelações. O projeto da praça é marcante por inaugurar o mudança de referencial para o estilo modernista, introduzindo playgrounds e áreas esportivas. O programa também contou com espelho da água ladeado por mastros de bandeiras (representando as nações e as culturas que formaram a cidade) No inicio de 1988, foi feito um plano de reforma e ampliação dos espaços públicos da cidade, e a praça imigrantes foi uma das previstas para reforma. O motivo é principalmente que seu entorno deixou de ser residencial e passou a ser comercial e de serviços, levando a necessidade de rever seu programa arquitetônico, que sofreu a adição de um espaço voltado ao comércio de artesanato. Praça dos Imigrantes inaugurada em 1960. Fonte: WEINGARTNER Cultural Center & Youth Hostel 0 100m 14 Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ANALISE DO LOCAL DE PROJETO A Praça age como um ponto de referência no Centro, localizada próximo ao centro histórico, ela possui grande relevância cultural na história da cidade. Por conta de seu amplo espaçoe localização em uma área de alta circulação e fluxo de comércio da cidade, desde sua revitalização em 2000, a praça tornou-se um polo cultural e econômico para o artesanato local, com cerca de 30 estandes, mini-palco, lanchonete, banheiros e eventos como sarais e feiras. Atualmente, não há eventos na Praça desde 2023, por conta da insegurança dos moradores ao haver alto índice de pessoas de situação de vulnerabilidade social, iluminação pública deficiente e por conta da revitalização abandonada. Relação com o Entorno da CidadeZoneamento Bioclimático Campo Grande se localiza na Zona 6, caracterizada por por verões quentes e invernos moderados, com temperaturas médias anuais elevadas e alta amplitude térmica diária. Suas estratégias são aberturas de ventilação média vedação externa das paredes sendo espessas e coberturas leves isoladas. As estratégias de condicionamento térmico passivo no Verão incluem resfriamento evaporativo e massa térmica para resfriamento e ventilação seletiva. Para o Inverno recomendado vedações internas pesadas (inércia térmica para aquecimento) . Ve ntilação Natural So m br amento In ér ci a térmica Fonte esquemas: https://projeteee.mm e.gov.br Um ponto de destaque da localidade é a sua autossuficiência, apresentado uma variedade de comércios e serviços, e instituições de ensino que atendem as necessidades do cotidiano. A mobilidade urbana na região é bem satisfatória uma vez que há inúmeras paradas de ônibus, tendo linhas como o 085, 053, 413 e 301 que conectam diferentes regiões da cidade. Fora isso o transito de automóveis flui de maneira tranquila a maior parte do tempo, com exceção da Rua Rui Barbosa que esporadicamente possui picos de congestionmento Fonte: Adaptado de Google Maps pelos Autores Legenda Terreno do projeto Cultural Center & Youth Hostel Setor Ambiente Área mínima (m²) Cozinha Compartilhada 25 Estacionamento 270 Serviço Depósito de Lixo 4 Depósito 4 Refeitório 16 Lavanderia 10 Quarto PCD 30 Dormitórios Suite Casal 20 Suite 4 pessoas 30 Área social externa 300 Lazer Área social interna 50 Área de Leitura 50 Sala de Jogos 100 Guarda Volumes 4 Hall e Recepção 30 Social Banheiro Social Pcd 6 Banheiro Social Pcd 2 Setor Ambiente Área mínima (m²) Social Cozinha 75 Refeitótio 83 Área de Atendimento 25 Banheiro Social 14 Serviço Deposito de Lixo 4 Estacionamento 75 Deposito 4 15 Alice Vitória Soares, Rebeca Gabrielle Ferreira, Victor Hugo Cardoso Discentes: Felipe Anitelli, Gutemberg Weingartner, Jose Alberto Couto Docentes: TR1Projeto II ANALISE DO LOCAL DE PROJETO Pré-dimensionamento do ProgramaO Terreno proposto O terreno apresenta um quadrilátero, sendo a dimensão em frente a Rua dos Imigrantes de 41,04 metros e sua parelela medindo 47,44 metros. A medida em frente s Rua Joaquim Murtinho mede 34,96 metros e a em frente a Barão de Melgaço 37,19 metros. Totalizando uma área de 1.706, 90 m², possibilitando um potencial construtivo de 8.534,5 m². Programa do Hostel Programa do bistrô Concepção Inicial Esquema da vista do projeto a partir da praça REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUITETOS, Nitsche. POP Madalena. 2019. Disponível em: . ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220-3: Desempenho térmico de edificações Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro. 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro. 2002. CAMERIN, Suelen. Casa Abu & Font: arquitetura estrutural de Solano Benítez. Porto Alegre: UFRGS/PROPAR, 2023. Disponível em: https://www.ufrgs.br/propar/wp- content/uploads/2023/11/33_Suelen_Camerin.pdf. CAMPO GRANDE. 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