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SEMIOLOGIA A clínica diária depende da habilidade e do raciocínio, sendo, cada diagnóstico um desafio, um problema que precisa ser solucionado. Já a semiologia é a parte da medicina que estuda os métodos de exame clínico, pesquisa os sintomas e os interpreta, reunindo elementos necessário para construir o diagnóstico e presumir a evolução da enfermidade. A semiologia é o estudo dos meios e métodos do exame clínico, através da organização de um plano do exame clínico. É necessário questionar e pesquisar os sinais clínicos e interpretar os achados do exame físico É necessário ter uma suspeita clínica, visando chegar ao diagnóstico e tratamento efetivo. A) Semiotécnica: técnica de exame clínico - Física: alterações anatômicas do animal * Utilização dos 5 sentidos para captar informações * Ex: Chega um animal atropelado na clínica e você vê o animal claudicando, portanto, você utiliza da visão para observar o que provavelmente pode ter acontecido. Não precisa apalpar necessariamente para saber o que descobriu. - Funcional: alterações fisiológicas * Avalia como estão os órgãos por meio de exames complementares, como exames laboratoriais, eletrocardiograma, ultrassom... * Ex: O animal que chegou claudicando, faz exames para identificar a causa do ocorrido, como o Raio-x. B) Clínica Propedêutica: Organização dos dados obtidos na anamnese e exame físico, bem como sua interpretação, visando formar a base para o diagnóstico - É saber juntar as informações para chegar em um diagnóstico (anamnese + exames físicos) - É um dos principais motivos de ações contra médicos veterinários. C) Semiogênese: estuda a fisiopatologia dos sinais clínicos e como se desenvolvem. - Vômito e diarreia (a definição técnica de vômito é um movimento de defesa da parte gástrica, onde tem fechamento do piloro e abertura da cárdia, e contração abdominal, mediado pelo centro do vômito) - Tosse e espirros (a definição técnica de tosse é um reflexo de defesa do sistema respiratório, e espirro, também é um reflexo do sistema respiratório, só que superior, a nível de seio nasal) - Dor abdominal (Saber quais são os órgãos presentes no abdômen, topograficamente – prova!) Animais não possuem sintomas e sim, sinais clínicos. - Sintomas: sensação subjetiva descrita pelo paciente e que os médicos não identificam. * Ex: dormência das pernas - Sinais clínicos: organismo manifesta quando apresenta uma afecção e notada pelo examinador (médico veterinário) * Ex: febre, apatia, taquicardia, taquipineia, dor... 1) Sintoma é um indício de doença, e o sinal clínico é o raciocínio feito após a observação de um sintoma. Ex: Ascite 2) Sintoma é um fenômeno anormal revelado pelo animal, e o sinal clínico são todas as informações obtidas pelo clínico ao final do exame físico. 3) Não existe sintomas na medicina veterinária, pois os animais não expressão verbalmente o que sentem. Quanto a apresentação: A) Objetivos: observados pelo proprietário e o veterinário durante o exame físico. Resultado do exame físico. B) Subjetivos: aqueles que o paciente revela para o médico Quanto a mecanismo de produção: A) Funcional: alterações da função de um órgão, como por exemplo, um sopro cardíaco. B) Anatômico ou físico: alteração de um órgão na sua forma, topografia e volume, como hepatomegalia e esplenomegalia É o conjunto de sinais clínicos, de múltiplas causas e que afetam diversos sistemas, como febre, secreção nasal, tosse, vômito..., não caracterizando nenhuma doença específica. - Síndrome Paraneoplásica: grupo de sinais e sintomas que estão associados a alguma patologia cancerígena - Síndrome da cólica equina: dor abdominal aguda e intensa que acompanha sinais sistêmicos Característica de uma determinada doença. É proibido fechar um diagnóstico com um único sinal clínico. Ex: Hidrocefalia (caixa craniana de cães e gatos), e protusão de 3° pálpebra (tétano nos equinos) Conjunto de sinais clínicos da afecção. Necessário sempre observar o paciente para saber se o tratamento está evoluindo ou não, e deixar anotado na prancheta para a próxima avaliação. Ex: - Vômito, diarreia, febre E anorexia - Tosse, cansaço, dispneia E cianose - Anatômico: local e tipo de lesão Ex: fratura de fêmur - Clínico: somatória de achados e sinais clínicos - Terapêutico: é apenas o tratamento sem ter a certeza da doença. Resposta + ou -. - Laboratorial: hemograma, bioquímicos, sorologia, PCR, citologia, histopatologia... - Imagem: Radiografia, ultrassom, eletrocardiograma, ECO, tomografia... Qualificar e prever a evolução da doença, sendo 50% vindo da anamnese, 35% do exame físico e 15% de exames complementares. - Favorável: espera de uma evolução satisfatória - Reservado: imprevisível/evolução diária - Desfavorável: prevê óbito É o meio utilizado para combater a enfermidade, podendo ser clínico (fármacos, fluidos, técnicas...) e cirúrgico (procedimentos). - Causal: trata a causa *Ex: No caso de hipocalcemia, você repõe cálcio. - Patogênica: Trata uma doença * Ex: Tétano → soro antitetânico - Sintomática: Trata um sintoma * Ex: Trata vômito com antiemético - Vital: Faz a manutenção da vida * Ex: transfusão de sangue É necessário ter conhecimento, raciocínio, 5 sentidos, sensatez, organização, paciência, persistência, interesse, e colaboração do responsável. - Estetoscópio - Luvas - Termômetro - Otoscópio - Lanterna - Oftalmoscópio - Caneta e bloco de anotação - Espéculo vaginal - Martelo - Pleximetro - Insumos hospitalares A) INSPEÇÃO: - Direta: sem auxílio de instrumentos. Sempre observar decúbito, locomoção, respiração... - Indireta: se utiliza de instrumentos para auxiliar na inspeção, como otoscópio, espéculo vaginal... B) PALPAÇÃO: - Direta: Se utiliza as mãos e dedos - Indireta: Utiliza instrumentos. Sempre observar temperatura, consistência, sensibilidade, tamanho, mobilidade... * Ex: Esplenomegalia → consegue observar por meio da apalpação C) PERCUSSÃO: - Direta: utiliza apenas os dedos para escutar o ar presente no organismo - Indireta: Utiliza instrumentos para auxiliar na escuta, como o martelo e o plexímetro Tipos de som: 1. Timpânico: órgãos cavitário cheios de gás ou ar 2. Maciço: órgãos compactos (ou é liquido ou é um conteúdo mais denso) 3. Submaciço: transição entre zona oca e sólida 4. Claro: região com ar + tecido D) AUSCULTAÇÃO: - Cardiopulmonar: ausculta coração e pulmão bilateral - Intestino (boroborígmos) e rúmem E) OLFAÇÃO: - Quando o ar expirado tem o cheiro adocicado, significa que o paciente tem uremia - Cheiro de míiase é característico - Secreções ou excreções podem indicar diversas doenças, como por exemplo a piometra. - Punção exploratória: * Paracentese abdominal * Toracocentese e Pericardiocentese * Punção Cisterna Magna (LCR) - “centese” é punção de amostra para exame - Biópsia: é a coleta de fragmentos, podendo de ser de pele, hepática e de próstata. - Exames laboratoriais: hemograma, urinálise... AVALIAÇÃO DAS MUCOSAS, LINFONODOS E TERMOMETRIA CLÍNICA AULA 2 Qual a finalidade do exame físico? Os animais são incapazes de se comunicar, sendo o responsável pela fonte de informação, o tutor. A queixa principal do tutor pode não representar o sistema acometido. Além disso, o exame físico avalia o estado geral do paciente, com o intuito de diagnóstico e prognóstico. No exame físico é necessário observar: Nível de consciência: - Alerta: normal - Diminuído: apático - Aumentado: excitado Postura e locomoção: avaliar o animal em estado de repouso e movimento, além de observar se hádor, claudicação, fraturas e luxações, e doenças neurológicas. Condições físicas ou corporais: avaliar escore corporal por meio de tabelas, e observar se o animal está obeso, normal, magro ou caquético Pelame: avaliar o pelo, que representa condições de saúde, como por exemplo, limpo, brilhante ou quebradiço. A presença de ectoparasitas, pode indicar como é o cuidado do animal. Formato do abdômen: Cada raça tem um formato de abdômen específico, sendo classificado como normal. O abdômen anormal pode indicar ascite, timpanismo e até hepatoespleonomegalia. Respiratória: Observar se o paciente tem dispneia (postura ortopneica), qual o tipo respiratório, se há secreções nasais, tosse... Outros: Avaliar apetite, sede, defecação, vômito, secreções, micção e sinais clínicos específicos. Os parâmetros vitais são os sinais compatíveis com a vida. Em todo atendimento deve ser avaliado, como a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), temperatura corporal, movimentos ruminais, grau de desidratação e pressão arterial sistólica. A temperatura periférica é medica por 𝛥𝑇0 = 𝑇𝑐 − 𝑇𝑝 , sendo os valoresAula 3 Anexos oftálmicos: - Órbita - Pálpebras (superior, inferior e 3° pálpebra) - Conjuntiva (palpebral e bulbar/ocular) - Sistema lacrimal (glândulas lacrimais – filme lacrimal, ponto lacrimal e ducto naso- lacrimal) Filme lacrimal: secretados pela glândula lacrimal principal (que gera a porção aquosa da lágrima), 3° pálpebra (que gera porção aquosa da lágrima), e a társica (que gera a porção lipídica da lágrima – Glândula de Meibomius). O filme lacrimal tem função de manter a superfície corneana uniforma, remover debris e corpos estranhos da córnea e saco conjuntivo, transferência de oxigênio, células inflamatórias e anticorpos a córnea, e ação antimicrobiana. Órbita: é incompleta. Formada pela união de ossos do crânio (frontal, lacrimal, zigomático, maxilar, esfenoide e palatino). O ligamento orbital faz inserção na órbita, mantem o olho preso. * Proptose ocular: protusão de um ou de ambos os olhos, onde o olho salta. Também conhecida como exoftalmia. Muito comum em casos de pancadas de baixo para cima. Musculatura extra-ocular: existem 7 músculos extraoculares, sendo 4 retos, 2 oblíquos e 1 complexo de músculos retratores bulbares. Conjuntiva: - Palpebrar: face interna da pálpebra - Bulbar: aderida ao bulbo, inserindo-se no limbo - Fórnice conjuntival: região de fundo de saco, formada pela união dos 2 folhetos Pálpebras: são pregas músculo-fibrosas. Os músculos presentes nas pálpebras são o orbicular do olho, retrator do ângulo do olho e o levantador da pálpebra superior. A pálpebra é a primeira barreira mecânica do olho, sendo responsável pela distribuição do filme lacrimal e pela secreção da porção lipídica da lágrima (pela glândula de Meibomius – parte inferior da pálpebra). Na margem palpebral, existe a placa tarsal, que é mais espessa e pigmentada. Terceira pálpebra: membrana nictitante ou prega semi-lunar da conjuntiva. Localizada no ângulo medial da fissura das pálpebras. A face bulbar apresenta tecido linfoide. - Presença da glândula da 3° pálpebra Bulbo do olho: Dividido por 3 camadas/túnicas: - Túnica fibrosa: córnea e esclera - Túnica vascular: úvea ou trato uveal, composto por íris, corpo ciliar e coroide) - Túnica nervosa: retina e disco óptico ou papila 3 Câmaras: - Câmara anterior: espaço entre o endotélio da córnea e a íris (humor aquoso) - Câmara posterior: espaço entre a íris e o cristalino (humor aquoso) - Câmera vítrea: corpo vítreo 2 Segmentos para exame oftálmico: - Segmento anterior: anexos oftálmicos, córnea, esclera, câmara anterior e íris - Segmento posterior: cristalino, vítreo, coróide/retina e disco óptico Condições para exame oftálmico: - Sala clara/escura - Ambiente calmo - Fazer anamnese (oftálmica, geral, histórico e medicações) - Ter equipamentos como lanterna, lupa, transiluminador, lâmpada de fenda, oftalmoscópio, tonômetros, bluminator e lâmpada de wood Contenção para exame: - Físico: focinheiras - Químico: por meio de sedação e uso tópicos, porém pode levar a alterações da pressão interna do olho (PIO). Exame sistemático do olho: - Avaliação indireta da visão e conforto: por meio do reflexo pupilar à luz, resposta à ameaça, “cotton ball”, ofuscamento, reflexo vestibular (movimento da cabeça onde o olho deve acompanhar) e reflexo palpebral. - Inspeção dos olhos e da face: simetria, secreção, tamanho e periórbita - Exame da terceira pálpebra Alterações: - Neoplasias: - Entrópio: doença ocular que faz com que a pálpebra se dobre para dentro, fazendo com que os cílios irritem o globo ocular. - Miíase: - Conjuntivite folicular: inflamação da conjuntiva, que ocorre quando as gândulas mucosas reagem a uma infecção ou irritação. - Ectrópio: - Perfuração de córnea: - Hiperplasia/Hipertrofia e protusão da glândula da 3° pálpebra: Exames de estruturas intra e extraoculares: - Teste de Schimer: exame que avalia a produção de lágrimas. De 15 a 25mm/min é normal e intestino grosso, abdominais e neurológicos Processos relacionados à absorção: - Diarréia: desarranjo intestinas com aumento do n° de evacuações e fezes amolecidas ou líquidas - Constipação: dificuldade para evacuar - Disquesia: dor ao defecar - Tenesmo: sinal de que o animal está com dificuldade para defecar, apesar de tentar. Semiologia do sistema Cardiovascular Aula 5 É a avaliação cardíaca, ou seja, avalia o que é normal e o que está alterado. O sistema cardiovascular é comandado pelo sistema nervoso simpático e parrasimpático (autônomo). FISIOLOGIA As funções do sistema cardiovascular são: circulação do sangue, transporte de nutrientes, homeostase, distribuição de hormônios, regulação de temperatura corporal e transporte de gases. O sistema cardiovascular é formado por vasos sanguíneos e o coração. Para que haja frequência cardíaca, o coração deve ser estimulado através de impulsos elétricos. * Circulação sistêmica: é a grande circulação. Lado esquerdo → artérias → capilares → veias * Circulação pulmonar: é a pequena circulação. Lado direito → artéria pulmonar → capilares → veias pulmonares. SEQUÊNCIA DE EXAMES RESENHA O exame clínico se inicia com a resenha (idade, raça, porte...) e já pensar em quais as possivíveis doenças para aquela determinada espécie. Algumas doenças podem ser adquiridas ou congênitas e com relação à idade do animal, pode-se avaliar. EXAME FÍSICO Após a resenha, iniciar a anamnese e exames físicos. Dentro dos exames físicos, deve-se avaliar primeiro a parte cardiovascular e depois a o restante do organismo. Na parte cardiovascular, existem possíveis problemas relacionados com o lado do coração, que comprometem outros locais, podendo ser: - Lado esquerdo: débito cardíaco e congestão pulmonar, cianose, posição ortopnéica, taquipneia, dispenia e lingua cianótica - Lado direito: hepatomegalia, ascite, perda de peso e massa muscular, e edema de membros. Além disso, o exame físico deve contemplar: 1. INSPEÇÃO: avaliando coloração de mucosa, escore corporal (animal com doença cardíaca tem menos sangue no para os músculos, levando à uma atrofia muscular, que gera uma menor perfusão intestinal e consequentemente uma menor digestão e perda de peso), TPC (deve ser no máximo 2s), Teste de Godet (avaliação de retenção de líquido. Tem haver com o retorno venoso. Área edemasida tem menor retorno. Pode ter edema generalizado de subcutâneo, chamando de anasarca, que é uma alteração cardiocasvular direita), Inspeção de jugular (pode estar congesta ou dilata, representando um problema do lado direito do coração), e avaliação de tórax e padrão respiratório. 2. PALPAÇÃO: sempre começar na palpação de linfonodos, pois se houver aumento pode comprimir a faringe, a laringe e a jugular. Fazer a palpação de traquéia para ver se tem o reflexo de tosse, sendo que se enconstar e gerar tosse, significa que a traqueia colabou, representando uma doença cardíaca do lado esquerdo. Palpação de tórax analisa se tem alguma ruptura muscular, se o animal apresenta dor, se tem algum trauma nas vértebras, e avaliar se há presença de enfisemas subcutâneos (bolhas de ar pelo corpo). Palpação de abdomen avalia todos os órgãos presentes na cavidade, podendo apresentar uma organomegalia ou ascite, que é avaliada pela realização do balotamento. 3. PERCURSSÃO: usar martelo e plexímetro para analisar sons timpânicos. Além disso, pode-se utilizar as mãos. 4. AUSCULTAÇÃO: LADO ESQUERDO 1. foco mitral (5° EIC) 2. Foco Aórtico (4° EIC) 3. Foco pulmonar (3° EIC) LADO DIREITO 4. Foco tricúspide (4° EIC) O foco aórtico possui menor fonese e é ouvido mais dorsal. No lado direito, achamos o choque de ponto, ou seja, local onde dá para sentir o coração bater, e o local que tem maior som é o foco tricúspide. No lado esquerdo, também há o choque de ponto, sendo o foco mitral de maior fonese. O uso do estetoscópio de forma mais ventral na região da escápula é usado para avaliar o foco pulmonar em pequenos animais. Sempre calcular a frequência cardíaca (quantas vezes o coração bate em 15 segundos e multiplicar por 4. Sempre averiguar o pulso da artéria femoral com o auxílio da mão, avaliar o ritmo cardíaco (normorrítimico ou arrítimico), bulhas cardíacas (normofonética, hiperfonética ou hipofonética), e avaliar os focos de auscultação durante 1-3 min, analisando se há presença se sopros e se há alteração. PULSO FEMURAL O ideal é sentir o pulso durante a auscultação, onde o ritmo dever ser comparado com o ritmo cardíaco. O pulso pode ser hipocinético (fluxo baixo ou casos de obstrução), hipercinéticos (fluxo alto, como por exemplo, exercícios), bradisfigmia (pulso de frequência cardíaca baixa), taquisfigmia (pulso de frequência cardíaca alta), e déficit de pulso (sem pulso). Além do pulso femural (pequenos e grandes), outras artérias podem ser avaliadas como a facial (equinos e ruminantes), carótida (equinos e ruminantes), safena (equinos), digital palmar (equinos) e caudal coccígena (bovinos). BULHAS CARDÍACAS NORMAL A primeira bulha, ou também chamada de S1, é o “tum” que escutamos, onde há o fechamento passivo das válvulas atrioventriculares (ventrículo cheio). Após o fechamento, ocorre a sístole, que esvazio o ventrículo, emitindo um som rápido, alto e curto. Depois desse processo, ocorre a segunda bulha, ou S2, que é a abertura da válvula aórtica e pulmonar e o fechamento das válvulas semilunares (“Ta”). Para retornar ao S1, ocorre a diástole, que emite um som mais longo. ANORMAL Escuta-se a terceira e quarta bulha, ou S3 e S4. A presença dessas bulhas gera um ritmo de galope, podendo ser geradas por uma dilatação atrial e hipertrofia ventricular (concêntrica). Além disso, pode levar a arritmias, como bradiarritimias (frequência baixa), e taquiarritimia (frequência alta). Também pode ter alterações como sopros, causados pelo reflexo de sangue entre as câmaras, podendo ser sistólico (S1 para S2), ou diastólico (S2 para S1). S1 ---------------------- S2 -------------------------------------- S1 Os sopros podem ser patológicos (de grau 1 a 6, e não patológicos (anemia ou exercícios). Podem ser classificados como holosistólico (sopro durante a sístole), ou holodiastólico (sopro durante a diástole). SOPROS PATOLÓGICOS: 1. Audível após minuto 2. Muito leve, mas audível 3. Som baixo a moderado 4. Alto sem frêmito 5. Alto com frêmito 6. Audível com estetoscópio superficial * De 1 a 3, são sopros focais, ou seja, não propagam o sopro em outros focos. O 4, ocupa todos os focos. O 5, ocupa todos os focos e sente no tórax. Já o 6, consegue escutar o sopro mesmo sem o esteto. SOPRO SISTÓLICO, SISTÓLICO AÓRTICO E DIASTÓLICO Além dos sopros, pode ter também, um som contínuo, parecido com o som de maquinaria (S1 para S1), devido a persistência do ducto arterioso (PDA) S1 ---------------------------------------------------------------- S1 EXAMES COMPLEMENTARES * Raio-x * Eletrocardiograma (avalia o ritmo cardíaco e identifica arritimias) * Ecocardiograma (avalia diâmetro, função, espessura e fluxo de grandes vasos) * OBS: animais não infartam, e sim, morte súbita pela morte de miócitos. Para saber se teve morte súbita, pode-se utilizar do hemograma, para ver os biomarcadores liberados pela morte de miócitos, comoa troponina cardíaca e o CK/MB. CLASSIFICAÇÃO DE ICC = Prova A) Predisposição genética da raça (Ex: poodle s/ sopro cardíaco) B1 e B2) São pacientes assintomáticos B1) Doença instalada, porém sem alteração morfológica B2) Coração com alteração morfológica em função da doença C) Sinal clínico aparente e alteração morfológica D) Paciente refratário ao tratamento, ou seja, não responde. Cardiopata normalmente em estágio final. P2 Semiologia dosistema Respiratório Aula 6 FUNÇÕES O sistema respiratório tem como função: PROMOVER TROCAS GASOSAS (HEMATOSE): capacidade de manter a concentração de O2 circulante e eliminar CO2, que ocorre atraves de diferentes pressões do tórax. OXIGENAÇÃO SANGUÍNEA ELIMINAR CO2 EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO. TERMERREGULAÇÃO: com o aumento da temperatura corporal, o organismo transpira ou hiperventila para perder calor, e altera na hematose. RESERVATÓRIO SANGUÍNEO: lesões e traumas pulmonares/torácicos. Uma perda de sangue pode ser extremamente significativa. FILTRAÇÃO DO AR FONAÇÃO: vibração do tórax ALVÉOLOS: parte filtrante e unidade funcional do pulmão. É sempre importante avaliar o ciclo que está ocorrendo os movimentos, como o de expiração e o de inspiração. Durante a inspiração, a pressão pulmonar aumenta, e durante a expiração, a pressão pulmonar diminui. A hipoventilação gera aumento de CO2, gerando acidose respiratória. Já a hiperventilação, gera diminuição de CO2, e causa alcalose respiratória. Tanto a acidose, quanto a alcalose fazem alteração corporal. Trato respiratório superior Ou TRS, são as narinas, coanas, seios nasais, laringe e traquéia. trato respiratório inferior Ou TRI, são os brônquios principais, os bronquios segmentares, os bronquíolos e os alvéolos. Frequencia respiratória EXAME CLÍNICO ANAMNESE QUEIXA PRINCIPAL CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA – PATOLÓGICA: engloba os sinais clínicos de TRS e TRI, e tratamento atuais e anteriores. Ex: 90% das vezes, os espirros são provenientes a nível de TRS, nos seios nasais CARACTERIZAÇÃO FISIOLÓGICA: engloba imunizações e doenças infecciosas. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL: saber do ambiente em que o animal vive, como umidade, ventilação, se tem cama de palha ou feno, se apresenta mofo ou poeiras, e produtos químicos. SINAIS CLÍNICOS CORRIMENTO NASAL: é igual a secreção nasal ESPIRRO: a nível de TRS, em seio nasal TOSSE: sinal clínico de defesa, geralmente a nível inferior TAQUIPNÉIA: resposta rápida. Pode ser gerada por uma hipertermia, como no calor por exemplo. DISPNEIA: dificuldade respiratória. Possui ritmo irregular e normalmente os pacientes ficam em posição ortopnéica. Sempre classificar se a dispneia ocorre na inspiração ou na expiração. Um paciente pode estar em taquipneia e dispneia ao mesmo tempo. INTOLERÂNCIA A EXERCÍCIOS FEBRE: quadro infeccioso do sistema, principalmente me parênquima pulmonar. CORRIMENTO NASAL SEROSO: aspecto translúcido MUCOSO: aspecto esbranquiçado MUCOLENTO: aspecto esbranquiçado com partes amareladas MUCOSANGUINOLENTA: aspecto esbranquiçada com partes avermelhadas. PURULENTO: aspecto amarelado SANGUINOLENTO/HEMORRÁGICO: aspecto avermelhado. Sangue SEROSANGUINOLENTO: aspecto translúcido com presença de sangue ESPIRRO O espirro é um mecanismo de defesa do organismo, gerado por uma alteração sensitiva nasal ou de seio nasal. É uma expiração brusca e ruidosa que ocorre pelo nariz, por meio de irritações dos nervos nasais, ou excitação exagerada do nervo óptico á luz. Pode ser causada pela presença de corpo estranho, neoplasias nasais, doenças do TRS e processos alérgicos. Espirros ocasionais são normais, porém deve-se sempre avaliar a frequencia e o período em que ocorre. ESPIRRO REVERSO: É um esforço inspiratório em cães. Geralmente ocorre de forma aguda, com curta duração e são passageiros. Pode ser causado por problemas nasofaríngeos (como irritações, prolongamento de palato e faringite), ou colapso traqueal, que geralmente é secundário a problemas nasofaríngeos. EXTRIDOR É causado por problemas no trato respiratório supeiror, gerando sons inspiratórios agudos, que se assemelham a assovios finos, que podem ser intensos. Podem ser causados pors distúrbio de laringe/laringe ou traqueal, como paralisia da laringe, disfonia no latido e colapso traqueal. TOSSE É um sistema de defesa do organimo, sendo o sinal clínico mais visado pelos tutores para levar os animais á consulta. A tosse pode ser diurna ou noturna, e pode ocorrer durante a alimentação (disfagia). Além disso, pode ser forte ou fraca, e produtiva (com secreção), ou não produtiva (seca, gerado por uma irritação ou incômodo). Deve-se perguntar ao tutor tudo isso, e ainda saber com que frequencia a tosse ocorre. AGUDA: inflamações agudas CRÔNICA: cardiopatias, drofilárias, asma/DPOC SECA: traquéia, brônquios, interstício e ICC PRODUTIVA: ICC (edemas), inflamação ou infecção alveolar ALTA (RUIDOSA): TRI BAIXA: parenquima pulmonar HEMOPTISE É a eliminação se sangue por meio da boca e nariza, provenientes do TRI. A diferença entre a hemoptise e a epistaxe, é que a epistaxe é de TRS, ocorre apenas lesão vascular, e o sangue é jorrado em forma de esguicho. As causas da hemoptise podem ser, hipertensão pulmonar (pré ou pós capilar), perda da integridade vascular (neoplasias e traumas), e lesão pulmonar cavitária. RESPIRAÇÃO RUIDOSA: síndrome dos cães braquiocefálicos RÁPIDA: taquipneia SUPERFICIAL: bradipnéia DISPNEIA: classificada em expiratória ou inspiratória APNEIA: parada respiratória DISPNEIA Pode ocorrer em TRS (inspiratória) por estenose, corpo estranho e inflamação. Quando inspiratória, reduz o lúmen das vias aéreas, gerando uma inspiração forçada. Também pode ocorrer em TRI (expiratório), por baixa elasticidade de retorno pulmonar, enfisema, bronquite e bronquiolites, causando obstruções das pequenas vias aéreas que dificultam a saída do ar. Além disso, pode ser classificada como mista, que é a forma mais grave da dispneia, que geralmente não apresenta tosse como sinal clinico. Pode ser gerada por Edema pulmonar ou broncopneumonia. EDEMA PULMONAR: é a presença de líquido no interstício, que gera dificuldades na expansão torácica, levando a dispneia inspiratória (hipóxia e baixa hematose). A saída de líquido dos vasos sanguíneos para o interior dos bronquíolos gera dificuldade de saída de ar dos alvéolos, causando uma dispneia respiratória. BRONCOPNEUMONIA: causa dificuldade de expansão pulmonar (dispneia inspiratória), decorrente da congestão provocada pela inflamação, além da dificuldade da saída do exsudato bronquial e bronquíolos, gerando uma dispneia expiratória. POSIÇÃO ORTOPNÉICA É um quadro extremo de dispneia, assumindo uma posição de alívio, sendo deitado ou sentado, onde o animal se encontra com o pescoço esticado, e respirando pela boca. É um quadro de pré parada respiratória. EXAME FÍSICO INSPEÇÃO Durante a inspeção, deve-se avaliar a respiração, a frequencia, idade e estado fisiológico. A respiração pode ser avaliada de acordo com o padrão respiratório, podendo ser costoabdominal (normal), costal (dor abdominal), e abdominal (dor torácica). Além disso, o ritmo pode ser avaliado, sendo regular ou irregular (padrão respiratório grave – dispneia). Essas alterações podem ser classificadas em: TAQUIPNEIA: aumento da FR mpm BRADIPNEIA: diminuição da FR mpm HIPERPNEIA: respiração anormal rápida e profunda (insuficiencia respiratória aguda (IRA), associada a contração abdominal POLIPNEIA: respiração acelerada e supercial, que ocorre geralmente em um processo de liberação de calor e dor. APNÉIA: parada respiratória RITMOS RESPIRATÓRIOS ANORMAIS RITMO DE CHEYNE-STOKES: ocorre apneia, 3 inspirações forçadas e 3 expirações, de forma constante. Causada por ICC (final), intoxicação de narcóticos e lesões neurológicas. RITMO DE BIOT: causa alteração na frequência, com pausas e de forma irregular. Ocorre por lesões neurológicas cerebrais e meninges RITMO DE KUSSMAUL: ocorre em pacientes em coma induzido ou em intoxicação por barbitúricos (anestesia). Todos os pacientes queapresentam esses ritmos, consequentemente vão apresentar hipóxia e depressão neurológica. PALPAÇÃO Sempre avaliar a traquéia, o tórax e os linfonodos submandibulares, e fazer o exame do reflexo da tosse. Além destes, o osso nasal também é avaliado. Uma linfadenopatia aumenta o volume e sensibilidade, pela dispneia inspiratória. AUSCULTAÇÃO Sempre auscultar de 3 a 4 ciclos por área. SONS NORMAIS Durante a inspiração e a expiração, a entrada e saído do volume do ar, deve ter um som limpo e audível, sendo avaliado o hemitórax direito e o esquerdo. Sempre observar ruídos ou sons diferentes, em focos localizados ou generalizados. Além disso, animais obesos, com pelos longos ou com maior musculatura no tórax podem apresentar sons abafados, aumento de FR ou ruídos inspiratórios. SONS ANORMAIS SONS BRONCO-VESICULARES DIMINUÍDOS: Causados por efusão pleural, pneumotórax e obesidade SONS BRONCO-VESICULARES AUMENTADOS: Causados por massa torácica, e consolidação do parênquima. SIBILOS: são ruídos contínuos e agudos com característica musical (assovio), em fase expiratória. Muito comum em casos de broncoespasmo e bronconstrição. O ar flui pelas vias respiratórias estreitas. - SIBILOS EXPIRATÓRIOS: obstrução bronquial ou afecções bronquiais - SIBILOS GENERALIZADOS: broncoespasmos e edema mucoso ou secreção bronquial SIBILO ESTRIDOR: ocorre na fase inspiratória, por obstrução grave das vias respiratórias. É extratorácico. CREPTAÇÃO GROSSA: reabertura das vias aéreas menos distais. Tem aspecto bolhoso. CREPTAÇÃO FINA: vias aéreas periféricas (bronquial) CREPTAÇÃO NO FINAL DA INSPIRAÇÃO: vias aéreas bronquiais ou parênquima pulmonar RONCOS: ocorre na inspiração ou na expiração. Possui ruído grave e de alta intensidade. Pode ser causado por problemas no palato, laringe, ou traquéia, principalmente em raça braquiocefálica e em obesos. ROCE PLEURAL: é o atrito das pleuras viscerais e parietais quando estão inflamadas. Aspecto de esfregar 2 lixas ásperas. OLFAÇÃO Durante a olfação, o ar expirado pode ser inodoro ou pútrido, urêmico (IRA e IRC), ou cetônico (Diabetes) EXAMES COMPLEMENTARES Pode-se fazer radiografias torácicas, exames laboratoriais, citologia de seios nasais, biópsias, lavado traqueal e broncoalveolar, toracocentese (efusão pleural), e ultrasssom torácico. Semiologia do aparelho locomotor Aula 7 SISTEMA ÓSSEO ESTRURA BÁSICA DO CORPO Estrutura viscoelástica: o osso tem propriedade elástica, sofrendo cargas mecânicas quase todo o tempo. O osso sofre deformações constantemente, porém, volta a sua forma normal. COMPOSIÇÃO O aparelho locomotor é composto por osso (inorgânico e orgânico) e por tecidos (músculos, artérias, veias e nervos). Inorgânico: Hidroxiapatia Orgânico: Colágeno e células FUNÇÃO Suporte: movimento cinemático Proteção de órgãos internos (Ex: costelas) Reserva de cálcio e fósforo Homeostase mineral Produção de células hematopoiéticas pela medula óssea Absorve toxinas e metais pesados para minimizar o efeito nos outros órgãos, em um processo de intoxicação leve. SISTEMA ESQUELÉTICO Esqueleto axial: Crânio, coluna vertebral e vértebras Esqueleto apendicular: Membros superiores e inferiores. Os ossos do esqueleto apendilar, podem ser longos, curtos, chatos ou irregulares. Obs¹: O sistema apendicular do membro pélvico começa no coxal → fêmur → tíbia → ossos do tarso → metatarso → falange → falange distal. Obs²: A articulação do quadril é a coxofemural; a articulação do joelho é a femorotibiopatelar; a articulação do tornozelo é a tarsicametatársica. Obs³: O sistema apendicular anterior começa na escápula → úmero → rádio e ulna → ossos do carpo → metacarpo → falanges. Obs⁴: A articulação do ombro é a escápula umeral; a articulação do cotovelo é a úmero radio ulnar; a articulação do punho é a cárpica metacárpica. LÍQUIDO SINOVIAL Dentro de cada articulação, há presença de líquido sinovial. O líquido sinovial é responsável por lubrificar, nutrir e proteger as cartilagens e as estruturas articulares. A principal lesão comum é a artrose, conhecidas como DDA, em pacientes idosos. A avaliação pode ser feita através de sentir a ausência ou diminuição de mobilidade, diminuição de hiper- extenção e diminuição de hiper-flexão. Além disso, a avaliação pode ser feita através de sentir ou escutar creptações, sendo elas audíveis ou não audíveis. TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINDESMOSE: é a junção óssea por tecido conjuntivo denso, com ausência de movimento. - Ex: ossos do crânio SINCONDROSE: é a união de 2 ossos pela cartilagem hialina. - Ex: linha metafisária (linha de crescimento) - Muito comum fratura de Salter Harris. SÍNFISE: é uma articulação de 2 ossos por tecido fibrocartilaginoso, com ausência de movimentação. - Ex: Mandíbula, púbis e intervertebrais. - Lesão mais encontrada em felinos SINOSTOSE: é a fusão de osso com osso de uma forma natural. - Ex: vértebras sacrais DIARTROSE: são as articulações TECIDO CONJUNTIVO ESPECIALIZADO Todos os ossos são formados por células em uma sequência, sendo elas: Osteoclasto, Osteoblasto e Osteócito. Essas células partem de células mesenquimais embrionárias ou de células hematopoiéticas. - Ex: Atendimento de trauma, com presença de fratura. O animal passou por cirurgia. O que esperar do osso? R: Cicatrização, acompanhada pelo Raio-x. Em 30 dias é necessário que haja uma deposição óssea. Caso não haja, corresponde a um problema embrionário. - Ex: Paciente com osteomielite →. É uma infecção de nível da piometra, que consome células hematopoiéticas. O que mais mata células, é um processo infeccioso. Além disso, todo osso tem como sua matriz (matérias orgânicos e inorgânicos), a sua vascularização, uma camada externa (periósteo), e uma camada interna (endósteo). Obs: O limite de idade para falar que tem uma epífise aberta é de 14 meses. A idade está diretamente ligada a um diagnóstico. Animais de grande porte, podem apresentar linha de crescimento aberta até 24 meses, mas raças pequenas, não. TIPOS DE OSSOS 1) Ossos compactos/densos/cortical: está presente na diáfise dos ossos longos e na camada superficial da epífise. Possui baixa celularidade, com maior rigidez. Apresentam canais que abrigam nervos e vasos sanguíneos (Volkmann/Havers). - Se houver fratura: Tempo de cicatrização maior, porém sem colocar tanta estabilidade. Possui mais hematomas. 2) Ossos esponjosos: é um osso poroso. É altamente rico em células, com alto poder de cicatrização. Apresenta espaços formados por diversas trabéculas e está presente nas extremidades dos ossos longos (epífises) - Se houver fratura: Poder maior de cicatrização em menor tempo, porém, deve-se colocar mais estabilidade, por ser um osso mais frágil. REGIÃO DIAFISÁRIA Formado por osso cortical, que compõe a maior região de um osso longo adulto. - Periósteo: bainha de tecido conjuntivo que reveste os ossos longos (exceto superfície articular) - Tecido conjuntivo muito denso, fixado ao osso (fibras de Sharpey) - Paciente jovens: importante camada de osteoblastos - Pacientes adultos: menor quantidade de osteoblastos (exceto em fraturas). BIOMECÂNICA DAS FRATURAS FRATURA É uma solução de continuidade óssea, causada pela transferência de energia entre dois corpos em movimento. É quando a estrutura viscoelástica do osso, não consegue voltar ao normal, ultrapassando a capacidade de deformação. BIOMECÂNICA Os ossos possuem uma propriedade única, sendo ela a capacidade de regeneração. LEI DE WOLFF: é o princípio que afirma que os ossos de um animal saudável se adaptam às cargas que suportam, remodelando-se para se tornarem mais fortes ou mais fracos dependendo da magnitude e do tipo de carga.É um remodelamento em resposta ao estresse. Em um pós-operatório, é vantajoso ter um estimulo precoce, para diminuir o tempo de cicatrização. Naturalmente, os estresses são gerados através de forças que atuam sobre os ossos, como a de compressão, tração, cisalhamento, flexão e torção. Essas forças são geradas por carga do peso, atividades físicas transmitidas através das articulações e por contrações musculares. EXAMES ORTOPÉDICOS Os exames ortopédicos se iniciam na anamnese, pela identificação do paciente, história clínica, habitat, frequencia de exercícios, alimentação, doenças sistêmicas, e queixa principal (postura e marcha, claudicação, impotência funcional e decúbito). Após essa etapa, ver se tem tratamentos prévios e fazer a inspeção visual (avaliar assimetria, desvio angulares, claudicação e impotência funcional) e a palpação (tumefações, temperatura do membro e proeminências ósseas). Os exames ortopédicos são importantes para avaliar fraturas, doenças do desenvolvimento, processos inflamatórios, contusões e miopatias. Os pré-requisistos para avaliação é ter conhecimento anatômico, conhecer as patologias em ortopedia, saber da sistemática e ter treinamento. AVALIAÇÃO DA MARCHA Avaliar o andar, o trote, o ritmo, o galope, o salto, o movimento inicial e o sentar-se. Pode ter interferências como a superfície utilizada, curvas no trajeto, barulho, presença de outros animais e a presença do tutor. Sempre avaliar antes do exame ortopédico, e após o tratamento, fora do ambulatório. Quando se trata de felinos, não é fácil fazer uma avaliação de marcha, por conta do temperamento do animal. HISTÓRIA CLÍNICA E QUEIXA PRINCIPAL Saber qual é o membro envolvido, qual a atividade do paciente, se teve ou não algum tipo de trauma recente ou anterior, se já fez ou faz algum tipo de tratamento, se tem alguma enfermidade concomitante e se há alguns sinais sistêmicos. - APARECIMENTO PROGRESSIVO: podem indicar neoplasias, doenças degenerativas e ruptura parcial de LCCr (ligamento cruzado cranial). INSPEÇÃO VISUAL Observar postura em estação, capacidade de sustentação (se é unilateral, se tem revezamento de sustentação, se fica em decúbito...), além de avaliar a simetria musculoesquelética. Além disso, deve-se observar se tem desvio de peso cranialmente (com dorso arqueado, membros abduzidos e cabeça baixa), ou desvio de peso caudalmente. SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICA Avaliar se tem tumefação, atrofia (generalizada ou localizada), se tem algum tipo de posicionamento anormal (fraturas), ou se há desvios angulares. EXAME CLÍNICO Avaliar claudicação, distúrbio estrutural ou funcional, indicação de dor, enfraquecimento ou deformidade, e observar se aquilo é osteoarticular, muscular ou neurológico. EXAME ORTOPÉDICO Todas as estruturas devem ser palpadas, e deve-se verificar se há edema, atrofia muscular, deformidades, lacerações, efusões articulares e mudança de texturas. Além disso, deve-se observar crepitações, tamanho articular, dor óssea, flutuações, tensões, flacidez e temperaturas. MEMBROS PÉLVICOS LIGAMENTOS COLATERAIS: precisa ser rígido! PALPAÇÃO DE FALANGES E COXINS PALPAÇÃO DE METATARSO TENDÃO DE AQUILES: Começa no metatarso e termina na região posterior do joelho PALPAÇÃO DE TÍBIA: JOELHO: Pode apresentar instabilidade oculta em raças grandes. - Cronicidade: fibroplastia - Osteofitose - Efusão articular - Lesão de menisco: deslocamento do menisco Administrar tranquilizantes, relaxantes musculares e anti-inflamatórios. - TESTE DE SENTAR - LUXAÇÃO PATELAR: independente da força, se o animal não apresenta luxação, não consegue movimentar. - LUXAÇÃO PATELAR LATERAL: - SINAL DE GAVETA: a tíbia não vai para frente se não tiver lesão. Pode ser associado com o “clique meniscal”, pela avaliação do menisco (ver se está solto). - COMPRESSÃO TIBIAL: teste de avaliação de ligamento cruzado. - TESTE DE FUNÇÃO DOS LIGAMENTOS COLATERAIS: PALPAÇÃO DO FÊMUR ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL - Fraturas de acetábulo, cabeça e colo femoral - Luxação traumática - Doenças degenerativas (Ex: Displasia coxofemoral e Necrose asséptica) - TESTE DE FICAR EM PÉ: inflamação com fibrose - FLEXÃO E EXTENSÃO ALTERNADAS: abdução com rotação externa - AVALIAÇÃO DO COMPRIMENTO DOS MEMBROS - TESTE DE ORTOLANI: avalia a estabilidade da articulação coxofemoral em caes, especialmente jovens. PELVE - Avaliar simetria, se há presença de fraturas e/ou luxações. - Exame retal: pontas de ossos, estreitamento de canal e comprometimento retal MEMBROS TORÁCICOS - METACARPIANOS - OSSOS DO CARPO: palpação para avaliação de colaterais e mediais - RÁDIO E ULNA - COTOVELO Obs: além desse teste, realizar palpação interna das estruturas do cotovelo. - ÚMERO: avaliar a integridade óssea - OMBRO: avaliar a simetria, e palpar a cabeça do ombro, já em posição de hiper-flexão. - ESCÁPULA: sempre procurar fraturas de espinha da escápula FERRAMENTAS PARA DIAGNÓSTICO Radiografia ( Sempre fazer 2 projeções) Fluoroscopia Artrografia Mielografia Tomografia computadorizada Ressonância magnética Ultrassonografia Artroscopia Artrocentese Cirurgia exploratória Semiologia DO SISTEMA NERVOSO Aula 8 Para fazer o exame semiológico so sistema nervoso, é necessário ter conhecimento básico de neuroanatomia. SISTEMA HANDS OFF/ HANDS ON: a avaliação não ocorre apenas na palpação, mas na inspeção também. Os sinais clínicos vão depender da anatomia (localização) da lesão e não de sua etiologia (natureza). FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO Condução de estímulos: transmissão de sinal Processamento central de informações Ordem para ação periférica: reflexo ou resposta Ação de órgãos/sistema: ação do órgão efetor Receber estímulos e coordenar funções do organismo DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO OBS: os componentes do sistema nervoso recebem, armazenam e processam informações sensoriais e depois executam as respostas motoras apropriadas. Caso o problema do animal é a falta de estímulo motor, o problema está na volta. NERVOS CRANIANOS - HANDS ON - São 12 pares de nervos cranianos, com localização intracraniana, dentro de uma área específica. - COMO TESTAR? * Reação à ameaça (II, VII) * Tamanho, simetria pupilar, fotomotor (II,III) * Posição ocular e reflexo óculocefálico (II,IV,VI, VIII) * Reflexo palpebral (V,VII) * Sensibilidade nasal (V) * Músculos mastigatórios (V) * Simetria facila e fechamento palpebral (VIII) * Observação posição da cabeça (VIII) * Historicode disfonia e disfagia (IX,X) ANATOMIA FUNCIONAL DA MEDULA ESPINHAL Obs: se tem alteração motora, tem lesão em neurônio motor superior. A principal função da medula espinhal é conectar a periferia do corpo ao encéfalo. Permite a troca de informações sensoriais ao encéfalo, e a chegada de comando motores aos órgãos periféricos, inclusive os membros. DIVISÃO ANATÔMICA E FUNCIONAL NMS (NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR): tem origem no encéfalo. Corre pela medula espinhal até fazer sinapse com NMI. - Modulador: inibe o NMI - LESÕES: - Função motora: paresia ou paraplegia - Reflexos: normais ou aumentados - Atrofia muscular: demorado a leve (desuso) - Tônus muscular: normal ou aumentado (espasticidade) NMI (NEURÔNIO MOTOR INFERIOR): Tem origem na medula espinhal, saem de lá,e inervam o órgão efetor. - Mantém tônus e reflexos - LESÕES: - Função motora: paraseia ou parapelgia - Reflexos: diminuidos ou ausentes - Atrofia Muscular: rápida e grave (neurogênica) - Tônus muscular: diminuido (flacidez) Obs: ambos podem causarr ataxia e paresia/plegia - Final da medula espinhal, até onde ocorre alteração motora: - Cão: vértebrea L6 - Gato: vértebra L7 - Humanos: vértebrea L1 OBJETIVOS DO EXAME NEUROLÓGICO O exame neurológico é a base da neurologia. 1) Confirmar a existencia de um problema neurológico (será que é realmente neurológico?) 2) Localizar a lesão no sistema nervoso 3) Ajudar a formular um plano diagnóstico (Vitamina D). ANAMNESE Perguntar raça, idade, sexo, início da doença (súbito ou crônico), evolução da doença (progressão, estabilidade e melhora), manejo incorreto, e episódios não relatados. EXAMES NEUROLÓGICOS 1) ESTADO MENTAL: - Alerta/vigília - Depressão/Obnubilação (redução do nível de alerta) - Estupor (inconciência) - Coma 2) POSTURA E LOCOMOÇÃO: - Postura da cabeça: “head – pressing”, “head – tilt”, tremos de internação - Ataxia vastibular: queda, incoordenação e rolamento - Ataxia cerebelar: hipermetria e ampla base - Locomoção córtex-tálamo: andar em círculos Postura anormal da cabeça em relação ao tronco: “head tilt”, opistótono (corpo arqueado para trás), “head pressing”, ventro-flexão cervical e pleurotótono (flexão lateral do corpo e da cabeça, com rotação axial discreta do tronco). A locomoção pode ser tanto neurólogica, quanto ortopédica. Os sinais clínicos podem variar de ataxia, claudicação, paresia ou plegia. - Ataxia: incoordenação. Pode ser vestibular, cerebelar ou proprioceptiva - Claudicação: dor - Paresia: perda parcial do movimento - Paralisia/Plegia: perda total dos movimentos -Tetraparesia/plegia: 4 membros - Paraparesia/plegia: membros pélvicos - Hemiparesia/plegia: membros do mesmo lado - Monoparesia/plegia: somente 1 membro 3) REAÇÕES POSTURAIS É a avaliação dos sistemas proprioceptivos, nervos periféricos, medula, cérebro, tronco e cerebelo. 1. PROPRIOCEPÇÃO: capacidade do cérebro de um cão de perceber a posição e o movimento dos seus membros no espaço. 2. CARRINHO DE MÃO 4) REFLEXOS ESPINHAIS Déficts proprioceptivos indiam alteração neurológica mas não localizam a lesão! MEMBRO TORÁCICO: - Tono extensor (n. radial C7-T1) - Reflexo flexor (plexo braquial) MEMBRO PÉLVICO: - Tono extensor - Reflexo patelar (n. femoral L4-L6) - Reflexo flexor medial (n. femoral L4-L6) - Reflexo flexor medial (n. isquiático L6-S1) OUTROS: - Reflexo perineal (n. pudendo S1-S3) - Reflexo cutâneo do tronco (panículo T2-L4): pele engrunhada 5) AVALIAÇÃO SENSITIVA PALPAÇÃO EPAXIAL (COLUNA): começa na torácica e vai para cervical (ventral) NOCICEPÇÃO: é o processo de detecção e transmissão de sinais de dano tecidual pelo corpo, que pode levar à dor profunda. Não realizar em animais que não estejam paralisados Dor superficial Dor profunda: periósteo 6) COMPRESSÃO MEDULAR - Propriocepção - Movimento voluntário - Dor superficial - Dor profunda DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS EXAMES COMPLEMENTARES – TRIAGEM Hemograma, perfil renal, perfil hepático, glicemia, urinálise, triglicérides, colesterol, ácidos biliares, amônia, Rx de tórax, ultrassom abdominal, PAS, ecocardiograma e eletrocardiograma. COMPLEMENTARES NEURODIAGNÓSTICOS Raio X simples, mielografia, análise do líquido cérebro- espinhal, eletrodiagnóstico, biópsias, tomo. Óssea e ressonância magnética de tecidos moles. SEMIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO AULA 9 O objetivo é identificar as áreas lesionadas, identificar o prognóstico clínico (vai depender da área lesionada), adotar condutas, e confome o diagnóstico, indicar uma terapia diferente para cada caso. - Ex: a prostata e o sistema genital lesionados, revertem os sinais clínicos para o sistema urinário. ANATOMIA TRATO URINÁRIO SUPERIOR: rins e ureteres TRATO URINÁRIO INFERIOR: bexiga e uretras As uretras dos machos são maiores do que as uretras das fêmeas, por isso, as fêmeas possuem maiores problemas de obstrução. A fêmea tem maiores chances de infecção vesical (bexiga), pela uretra ser menor (maior contato externo com o meio interno). TOPOGRAFIA RENAL - RETROPERITONEAL CÃES: direito (3 primeiras VL) e esquerdo (3° e 4° VL – mais caudal, e palpável). GATOS: direito (ventral ao 1° a 4° processo transverso das VLs), e esquerdo (ventral ao 2° ao 5° processo transverso das VLs – são móveis e bem palpáveis). Para avaliação é necessário palpar a região dorsal, caudal ao estômago. DEFINIÇÕES OLIGÚRIA: diminuição do volume urinário. Ex: cistite, cálculo renal, desidratação (urina + concentrada, por um menor volume circulatório, ou seja, taxa de filtração diminui), e cálculo uretral. POLIÚRIA: aumento no volume urinário (maior que 50ml/kg/dia). Ex: diabetes (aumento de concentração de glicose sérica), uso de diuréticos, doenças renais crônicas (não consegue concentrar a urina), e polidpsia (aumento da ingestão de água). POLACIÚRIA: aumento da frequencia urinária com ou sem diminuição do volume urinário. Ex: cistite, e animais parcialmente obstruídos. ANÚRIA: ausência total de produção de urina, ou seja, o rim para. DISÚRIA: dor ao urinar. O animal não consegue se manter na posição de urina e curva o abdome. Ex: obstrução. BEXIGOMA: bexiga extremamente cheia. Ex: obstrução parcial ou total. ISCÚRIA: bexiga cheia com ausencia de micção. HEMATÚRIA: sangue durante ou ao término da micção ESTRANGÚRIA: força para urinar, e normalmente não consegue (contração abdominal). RESENHA ESPÉCIE RAÇA: pelo longo ou muito pelo, geralmente tem retenção de urina, esmegma e maiores chances de contaminação por fezes. SEXO: macho (costuma ter obstrução), e fêmea (costuma ter infecção) IDADE: ex – animal jovem com comprometimento renal é problema congênito, já em animais idosos, doenças degenerativas. Cães geralmente possuem mais casos de infecção, enquanto gatos, casos de trato urinário inferior. ANAMNESE Frequencia de micção, volume urinário, coloração e odor da urina, alteraçãoes na ingestão de água, ato de micção... EXAME FÍSICO ASPECTOS Exames clínicos completos, estado de hidratação, coloração de mucosa (TPC alto = paciente desidratado ou anemia), palpação abdominal (sensibilidade dolorosa, alterações anatômicas, presença de líquido difuso na cavidade...), avaliação uretral (fêmeas – exame vaginal digital, e machos – inspeção e palpação da porção distal da uretra). PALPAÇÃO RENAL INSPEÇÃO: cifose antiálgica lombar PALPAÇÃO: a palpação dos rins é difícil no cão, e mais simples nos gatos (consegue palpar os 2) TAMANHO - AUMENTADO: nefrite, hidronefrose, pielonefrite e tumor - DIMINUÍDO: muito difícil de descobrir (IRC e esclerose renal. SUPERFÍCIE: difícil definição (tumor e hidronefrose) CONSISTÊNCIA: duro e flutuante PALPAÇÃO DE URETERES Não há exploração por métodos diretos, mesmo muito dilatados. PALPAÇÃO DA BEXIGA LOCALIZAÇÃO: pélvica (limitada dorsalmente pela parede abdominal e dorsalmente pelo cólon). Não é sempre possível a palpação. No gato, pela sua parede abdominal ser mais elástica, a palpação é mais simples. CONSISTÊNCIA: cistite, neoplasias e cálculos SENSIBILIDADE: á palpação (irritação) A palpação brusca por causar hemorragias! PALPAÇÃO PROSTÁTICA Feita com a palpação retal combinada com a palpação abdominal caudal. LOCALIZAÇÃO: canal pélvico Durante a palpação retal, devemos explorar a parte pélvica da uretra. A próstataé facilmente palpável nos animais inteiros e também quando está hipertrofiada (nesse caso a sua localização pode ser abdominal), e é mais difícil de palpar em animais castrados. EXPLORAÇÃO DA GENITÁLIA EXTERNA FÊMEAS: vulva e parte externa da vagina MACHOS: prepúcio e pênis (até a dilatação dos copos cavernosos) Procura-se em ambos os casos, massas, ulceras, hemorragias, secreções, etc... INDICADORES CLÍNICOS T.U.I: disúria, hematúria e polaciúria T.U.S: alterações sistêmicas (anorexia, êmese e diarreia, e emagrecimento progressivo EXAMES COMPLEMENTARES Urinálise + UPC, hemograma, bioquímico (uréia e creatinina), Na, K, P, Ca, radiografias e ultrassonografia, urografia excretora, cistoscopia, uretroscopia, biópsias e necropsia. - BIOQUÍMICOS SÉRICOS: Ureia, creatinina e fósforo, investigam a taxa de filtração. Avaliar também cálcio e potássio. - URINÁLISE: micção natural (risco de contaminação), cateterismo (dificuldade em relação á femeas), e cistocentese (bexiga deve estar cheia, e realizar a punção a 75°). OBTENÇÃO DA URINA 1. Utilização de embalagens adequadas e limpas (plásticos e vidros herméticos) 2. Preparar todo o material antes de realizar a colheita 3. Rejeitar sempre que possível a primeira porção de urina recolhida, para fazer a limpeza do canal uretral. - MATERIAIS: frasco estéril, serigna, e agulhas estéreis; luvas, espéculos vaginais, sondas uretrais (rígidas ou flexiveis, sendo esta, a de menor probabilidade de rompimento da uretra. S & sente· * PenectomiaTRAAAv Ter Xcópula por Gotejamento