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Prova Impressa GABARITO | Avaliação II - Individual (Cod.:1524286) Peso da Avaliação 2,00 Prova 105515105 Qtd. de Questões 10 Acertos/Erros 10/0 Nota 10,00 As fissuras labiopalatinas são anomalias craniofaciais que ocorrem quando há uma abertura no lábio superior e/ou no palato e elas podem ser classificadas de acordo com a localização e a extensão da fissura. Com isso, percebe-se a importância do acompanhamento multiprofissional que é essencial para garantir uma recuperação completa e melhorar a qualidade de vida da criança. Fonte: CLOUD, H. Dietoterapia para Distúrbios de Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento. In: MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogang, 2020. p. 909-930. Considerando o texto apresentado e os tipos de fissuras de acordo com a localização e extensão, analise as afirmativas a seguir: I. A fissura labial, chamada de lábio leporino, é uma abertura no lábio superior e se estende até a região nasal. II. A fissura palatina caracteriza-se pela fenda no céu da boca, chamado de palato, e pode se prolongar até a cavidade nasal. III. As duas fissuras se apresentam apenas unilateralmente, lado esquerdo ou direito, e sempre são completas, atingindo o lábio e o palato juntos. IV. O diagnóstico pode ser realizado por meio de ultrassonografia a partir da 22ª semana de gestação. Após a detecção, a gestante é direcionada para uma equipe multidisciplinar especializada. É correto o que se afirma em: A I, II, III e IV. B I, II e IV, apenas. C II e IV, apenas. D III e IV, apenas. E I, apenas. O tratamento e a dietoterapia para bebês com fissura labiopalatina envolvem várias abordagens para garantir que eles recebam a nutrição adequada e suporte necessário para o desenvolvimento saudável. As fendas das fissuras labiopalatinas são corrigidas cirurgicamente para melhorar a função da boca e a aparência facial. E é fundamental o trabalho conjunto do nutricionista e fonoaudiólogo para facilitar e melhorar a alimentação. Fonte: SPSP. Nutrição para crianças com fissura labiopalatina. São Paulo: SPSP, 2009. Considerando o texto apresentado e o tratamento e a dietoterapia de crianças com fissuras labiopalatinas, analise as afirmativas a seguir: I. A recomendação dos micronutrientes para os bebês fissurados é de acordo com o tamanho da criança. VOLTAR A+ Alterar modo de visualização 1 2 II. Com auxílio de técnicas específicas, os lactentes fissurados podem ser alimentados pela via oral, com a ingestão de alimentos em consistência cremosa ou amassada. III. Associadas às fissuras labiopalatinas, alguns bebês possuem síndromes que necessitam de uma segunda via de alimentação, pois o bebê pode apresentar desconforto respiratório, ingestão insuficiente e dificuldade de deglutição. IV. No pós-operatório das fissuras labiais e/ou fissuras palatais, recomenda-se a ingestão de uma dieta líquida homogênea, fracionada de três em três horas, pela via oral. Já no pós-operatório de cirurgias buco-maxilares, além da dieta líquida homogênea, sugere-se o uso de suplementação hiperproteica e hipercalórica. É correto o que se afirma em: A III e IV, apenas. B I e IV, apenas. C II, III e IV, apenas. D II e III, apenas. E I, II e III, apenas. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição que pode ocorrer tanto na infância quanto na adolescência e é classificada em primária e secundária. A HAS primária não tem uma causa conhecida, sendo frequentemente associada à hereditariedade e fatores ambientais, como a dieta. Já a HAS secundária é resultado de condições tratáveis e identificáveis, com a anormalidade renal sendo uma das principais causas. Fonte: VENTURI, I.; SANT’ANNA, L. C.; MUTTONI, S. M P. Terapia nutricional infantil. Porto Alegre: SAGAH, 2021. p. 234. Considerando o texto apresentado e a HAS primária e secundária em crianças, analise as afirmativas a seguir: I. A maioria das crianças com hipertensão primária apresenta uma causa identificável, como doenças renais ou endócrinas. II. Há a estimava que 75 a 80% das crianças com hipertensão secundária tenham uma anormalidade renal como causa subjacente. III. A HAS primária em crianças é principalmente influenciada por fatores hereditários, com maior risco para aqueles com histórico familiar de hipertensão. IV. Na maioria dos casos, crianças com HAS não apresentam sinais clínicos evidentes da condição. No entanto, algumas podem apresentar sintomas como dor de cabeça, tontura, distúrbios visuais, náuseas, sangramento nasal e, em casos mais graves, convulsões. É correto o que se afirma em: A II e IV, apenas. B I, II, III e IV. C I, apenas. D II, III e IV, apenas. E III e IV, apenas. 3 A dislipidemia infantil pode ser classificada como primária ou secundária, dependendo da sua causa. A dislipidemia primária está associada a causas genéticas, enquanto a dislipidemia secundária está relacionada a fatores como hábitos de vida inadequados, presença de patologias e o uso de medicamentos. Fonte: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22336c-GPA_- _Dislipidemia_Crianca_e_Adoles.pdf. Acesso em: 18 ago. 2025. Considerando o texto apresentado, as causas de dislipidemia e suas classificações, analise as afirmativas a seguir: I. A dislipidemia primária é caracterizada por causas genéticas, como hipercolesterolemia familiar, hiperlipidemia combinada familiar e hipertrigliceridemia severa familiar. II. Os medicamentos como ácido valproico, betabloqueadores e corticosteroides são causas comuns de dislipidemia secundária em crianças, alterando os níveis lipídicos no organismo. III. A síndrome da imunodeficiência humana e a síndrome nefrótica são exemplos de patologias que podem contribuir para o desenvolvimento de dislipidemia secundária na infância. IV. A dislipidemia secundária está associada apenas a hábitos de vida inadequados, como dieta inadequada e sedentarismo, e não está relacionada a fatores médicos ou uso de medicamentos. É correto o que se afirma em: A I, apenas. B II e IV, apenas. C I, II, III e IV. D III e IV, apenas. E I, II e III, apenas. A nutrição é fundamental para crianças com paralisia cerebral (PC), pois pode influenciar diretamente no seu crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida. Ofertar os nutrientes de forma adequada auxiliam na reparação de tecidos, reduz complicações, melhora saúde e o bem-estar geral, assim como garantir uma adequada oferta de energia. Fonte: UED, F. V.; WEFFORT, V. R. S. Avaliação nutricional da criança com paralisia cerebral. In: WEFFORT, V. R. S.; LAMOUNIER, J. A. (Org.). Nutrição em pediatria. 3. ed. Barueri: Manole, 2024. E-book. p. 944–954. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555769432/. Acesso em: 29 jul. 2025. Considerando o texto apresentado e as recomendações nutricionais para crianças com paralisia cerebral, analise as afirmativas a seguir: I. As necessidades de energia dependem do estado nutricional e das complicações clínicas da criança com PC. II. As crianças com PC possuem necessidades energéticas reduzidas devido à inatividade física e a redução da taxa metabólica basal. III. As recomendações são as mesmas que para crianças saudáveis, de acordo com a ingestão dietética de referência, quando não há necessidades de macro e micronutrientes próprias para a PC. IV. A criança com PC, quando está desnutrida, recomenda-se ofertar cerca de 50% a mais de energia sobre a oferta estimada, a fim de aumentar o peso da criança, sendo que a grande maioria deve vir da oferta de lipídios. É correto o que se afirma em: A III e IV, apenas. 4 5 B I, II e III, apenas. C II e III, apenas. D I e IV, apenas. E II, III e IV, apenas. A avaliação nutricional de crianças com paralisia cerebral (PC) é crucial para garantir que elas recebam a nutrição adequada para seu desenvolvimento e bem-estar. Para uma completa avaliação do estado nutricional dessas crianças é preciso realizar avaliação clínica, antropométrica,análise laboratorial e investigação do consumo alimentar. Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à pessoa com paralisia cerebral. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. UED, F. V.; WEFFORT, V. R. S. Avaliação nutricional da criança com paralisia cerebral. In: WEFFORT, V. R. S.; LAMOUNIER, J. A. (org.). Nutrição em pediatria. 3. ed. Barueri: Manole, 2024. E-book. p. 944–954. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555769432/. Acesso em: 30 jul. 2025. Considerando o texto apresentado e a avaliação nutricional de crianças com paralisia cerebral, analise as afirmativas a seguir: I. O peso e a estatura são as medidas básicas para avaliação do estado nutricional, mas a sua aferição é complicada de conseguir devido às alterações musculares e esqueléticas que ocorrem na PC. II. A avaliação do estado nutricional é feito por meio de curvas de crescimento específicas para os indivíduos com PC, as quais foram desenvolvidas segundo o grau de comprometimento motor da criança. III. Como a maioria das crianças com PC não conseguem ficar de pé ou esticar o seu corpo, deve-se utilizar equações para estimar a estatura delas, através das medidas do comprimento do braço, comprimento da tíbia e do comprimento inferior a partir do joelho. IV. Para a aferição do peso é preciso usar uma balança para pesar o paciente que consegue ficar de pé, e quando isso não for possível, sugere-se a pesagem do acompanhante primeiro, e logo em seguida, pesagem do acompanhante com a criança no colo, sendo que o peso da criança é alcançado pela diferença dos valores encontrados. É correto o que se afirma em: A II e IV, apenas. B I, II, III e IV. C I, apenas. D I, II e III, apenas. E III e IV, apenas. A paralisia cerebral (PC) é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento motor e pode causar dificuldades de movimento e postura. Ela ocorre devido a danos no cérebro em desenvolvimento, que podem acontecer durante a gestação, no parto ou nos primeiros anos de vida. 6 7 Fonte: UED, F. V.; WEFFORT, V. R. S. Avaliação nutricional da criança com paralisia cerebral. In: WEFFORT, V. R. S.; LAMOUNIER, J. A. Nutrição em Pediatria. 3. ed. Barueri: Manole, 2024. p. 944-954. De acordo com o contexto, assinale a alternativa correta sobre os distúrbios que acometem uma criança com PC: A A PC envolve distúrbios musculares e articulares, a criança não sofre com desordens de fala e linguagem, assim como de comportamento. B A PC inclui desordens no desenvolvimento motor e de coordenação, porém, são reversíveis de diagnosticadas e tratadas precocemente. C A PC causa deficiência intelectual em todo paciente, devido às lesões no sistema nervoso central. D A PC inclui apenas alterações musculares, articulares e ósseas, dificultando a postura da criança. E A PC envolve desordens no tônus muscular, na movimentação voluntária, na postura, distúrbios mentais, auditivos, visuais e, ainda, de linguagem e comportamento. A nutrição parenteral (NP) é usada quando as necessidades nutricionais não são atingidas pela via oral e nem pela via enteral ou quando o TGI estiver impossibilitando estas vias de alimentação. A NP é ofertada via sistema endovenoso, ou seja, os nutrientes são administrados diretamente na corrente sanguínea. Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Suporte Nutricional. Manual de suporte nutricional da Sociedade Brasileira de Pediatria. 2. ed. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2020. Sobre as vias de acesso da NP, assinale a alternativa correta: A A nutrição parenteral deve ser mantida até que o paciente consiga consumir, no mínimo, 2/3 das suas necessidades nutricionais estimadas. B O acesso central é de mais fácil colocação que o periférico e é recomendado para a administração de soluções com osmolaridade inferior a 900 mOsm/l. C A nutrição parenteral é desnecessária se o paciente consegue consumir pelo menos metade de suas necessidades nutricionais. D A via periférica de acesso é a mais indicada para uso prolongado, pois suporta soluções hiperosmolares e não apresenta limitações em relação à osmolaridade. E A via periférica é a única opção viável para a nutrição parenteral, uma vez que o acesso central requer procedimentos mais complexos. A desnutrição é uma condição clínica multifatorial que afeta negativamente o estado de saúde, aumentando o risco de complicações, tempo de internação e mortalidade, especialmente em populações vulneráveis como crianças, idosos e pacientes hospitalizados. Diante de sua relevância para a saúde pública e para o cuidado clínico individual, torna-se essencial o uso de estratégias eficazes para sua identificação e manejo precoce. Para a classificação da desnutrição, é importante que seja feita a triagem nutricional e a avaliação nutricional com ferramentas adequadas e de acordo com cada situação. Considerando o texto apresentado e a triagem e avaliação nutricional, analise as afirmativas a seguir: I. A avaliação nutricional é realizada por meio de medidas antropométricas, sem considerar outros fatores, como o estado de saúde e a ingestão alimentar. 8 9 II. As crianças desnutridas têm maior risco de complicações e devem ser monitoradas rotineiramente durante consultas e internações para garantir uma terapia nutricional adequada. III. A triagem nutricional visa identificar o risco nutricional de crianças no momento da admissão e durante a internação, utilizando critérios como IMC e história do estado nutricional pregresso. IV. A ferramenta STRONG Kids é recomendada por entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria, pois possui tradução validada para o português e abrange itens essenciais para a determinação do risco nutricional. É correto o que se afirma em: A II, III e IV, apenas. B I, II e III, apenas. C I e IV, apenas. D III e IV, apenas. E II e III, apenas. A desnutrição infantil é muito preocupante, porque é uma fase de crescimento e desenvolvimento, portanto, os efeitos da desnutrição são mais rápidos e graves do que na vida adulta. Nessa fase, há maior demanda por energia e nutrientes para garantir o adequado desenvolvimento físico, neurológico e imunológico. A deficiência nutricional pode comprometer o crescimento linear, causar atraso no desenvolvimento cognitivo e motor, além de aumentar a vulnerabilidade a infecções e agravar quadros clínicos já existentes. Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Manual de avaliação nutricional. 2. ed. atual. São Paulo: SBP, 2021. 120 p. Departamento Científico de Nutrologia. Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I. Toda criança em desnutrição apresenta deficiências de vitaminas e minerais que se intensificam com a gravidade da desnutrição. PORQUE II. A suplementação de micronutrientes deve ser realizada apenas em crianças desnutridas em estado grave, enquanto crianças em estágios leves a moderados não necessitam de suplementação. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: A A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. B As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. C A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. D As asserções I e II são falsas. E As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 10 Imprimir