Buscar

Empatia andreza

Prévia do material em texto

NEUROCIÊNCIAS E NEUROLOGIA PROF (a): ANDRESA VENTURA 
CIÊNCIA DO CÉREBRO 
CÉREBRO SOCIAL 
OCITOCINA E EMPATIA 
CÉREBRO SOCIAL 
Este conceito de cérebro social, considera todas as nossas relações com o mundo a partir de peculiaridades de nosso funcionamento cerebral. 
Bem como, o próprio desenvolvimento do cérebro em todo seu potencial necessita das interações sociais. 
Com isso o cérebro deixa de ser um órgão apenas de interesse médico no campo das doenças, e sim oferece entendimento ao meio social. 
No entanto, nesse estudo devemos ter o cuidado para não colocar apenas no cérebro os motivos de todos os nossos comportamentos... 
Caso contrário corremos o risco de NATURALIZAR ou tornar comportamentos que são construídos socialmente em “essências biológicas inatas”. Ou seja, o conceito de cérebro social tentaria explicar totalmente a sociabilidade humana. 
Mas, devemos buscar o equilíbrio entre o que é natural e o que é construído. 
Esse é um dos campos de discussão das neurociências (ciências do cérebro) atualmente atrelada às outras disciplinas, como a psicologia, sociologia, direito, etc. 
Um dos conceitos mais importantes nesse contexto do “cérebro social” é o de empatia, 
que estudaremos com maiores detalhes. 
EMPATIA 
(leitura do artigo do ACADEMUS apenas até 
pg. 221) 
O termo empatia deriva da palavra grega 
“empatheia”, que significa “paixão” ou “ser 
muito afetado”. 
Inicialmente ligada à apreciação artística, a empatia começa a ser considerada na psicologia a partir de 1909 com Titchener que a definia como: 
Capacidade de 
conhecer a consciência de outra pessoa e de 
raciocinar de maneira análoga a ela através 
de um processo de imitação interna (Wispé, 1986). 
Esse conhecimento da consciência é indireto... 
Sendo fruto de investigação de diversos psicólogos durante o séc. XX o conceito de empatia foi aplicado à prática da psicoterapia por Carl Rogers na década de 50. 
Foi (e ainda é) interesse da psicologia da personalidade, psicologia social, psicologia do desenvolvimento, neurociências, psicologia cognitiva, psicologia evolutiva, etc. 
São muitas hipóteses que tentam explicar os motivos e mecanismos da empatia, dentre elas: 
A versão evolutiva de Hoffman (1987) onde o desenvolvimento da empatia está diretamente relacionado a diferenciação do self, por isso a idade influencia nessa empatia. 
Faz diferencia entre angústia empática e angústia simpática. 
Estes conceitos de angústia empática e simpática (chamada de angústia pessoal em outros autores), mostra que o conceito de empatia deve ser considerado de maneira multidimensional, ou seja, existem diversas facetas a ser consideradas, não apenas a ideia de “sentir o que o outro sente” 
Na psicologia podemos encontrar três perspectivas do conceito de empatia: 
1.Traço de personalidade ou habilidade geral; 
2.Respostas cognitivo-afetivas a situações específicas; 
3.Interesse durante a psicoterapia. 
Outro debate dentro da psicologia seria o da empatia englobar apenas aspectos cognitivos, ou também emocionais/afetivos. 
Uma hipótese mais recente (2006) e mais diretamente relacionada à neurociência afirma que na empatia existem aspectos ideomotores envolvidos. 
Lançam a hipótese dos NEURÔNIOS ESPELHO. 
“Ao observar os movimentos de outra 
pessoa, os neurônios-espelho localizados no 
córtex sensorial disparariam e pré-ativam 
o córtex motor do observador, deixando-o 
predisposto a agir e até mesmo a executar, 
subliminarmente, movimentos semelhantes 
àqueles da pessoa observada.” (Sampaio, et al, 2009) 
“Estudos com 
neuroimagens funcionais indicam que alguns 
circuitos neuronais do córtex pré-motor, do 
lóbulo parietal e da área motora suplementar 
que são ativados quando o sujeito executa 
uma ação também são ativados quando ele 
percebe que outrem realiza essa mesma ação, 
o que reforça a hipótese acerca da existência 
de um componente ideomotor na empatia.” (Sampaio, et al, 2009) 
Estudos mostram que danos na área pré frontal, afetam a capacidade de sentir empatia. 
Outros estudos 
indicam que a observação de expressões 
faciais ativa, em um nível subliminar, as 
mesmas expressões faciais no observador. 
As investigações empiricas sobre empatia, englobam diversos métodos a exemplo de: 
Índices fisiológicos; 
Índices somáticos 
Testes avaliativos; 
Histórias ilustradas; 
Exames de neuroimagem funcional; 
OCITOCINA 
Hormônio produzido no hipotálamo e armazenado na neuro hipófise. 
Durante longo tempo conhecida como responsável pelas contrações uterinas durante o parto e pela estimulação da liberação do leite materno. 
Pesquisas mais atuais a associam à formação do apego e empatia entre as pessoas, e em consequência à maior confiança. 
Esses efeitos estariam relacionados à sensação de bem estar físico e emocional, e de segurança. 
No homem a ocitocina está associada à diminuição da agressividade, no entanto pode ser bloqueada pelo excesso de testosterona. 
A ocitocina pode ser encontrada em forma sintética em forma líquida ou spray, usada sob orientação médica para auxiliar na amamentação ou durante o parto.

Continue navegando