Buscar

Nova Hermenêutica Jurídica vs Clássica Hermenêutica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Disserte sobre a nova hermenêutica jurídica, inter - relacionando hermenêutica à compreensão e interpretação;
A hermenêutica tradicional que desde a sua criação e aperfeiçoamento na França, com a Escola de Exegese e na Alemanha, com a Escola Dogmática vigeu a “Jurisprudência dos conceitos”, hoje se defronta com pensadores contemporâneos que entendem a hermenêutica de uma forma mais inclinada à reflexão filosófica e a normatização advinda de uma apreciação prévia realizada por um intérprete que além de compreender, celebra o ato de vontade de dizer: “a compreensão é essa”. Dentre esses pensadores, podemos citar a célebre frase do Ex Ministro do STF, Eros Grau, que afirma: “As normas só virão depois de o interprete a produzir. Quem cria a norma não é o interprete, ele as expressa, as normas preexistem no invólucro do texto, do enunciado, elas estão lá em estado de potência e em determinado tempo elas desabrocham. Nós só chegamos à norma após a mediação do intérprete.” 
A nova hermenêutica jurídica, portanto, dispõe de uma análise que tenha em vista a decisão de um determinado litígio, fugindo de concepções exaustivas que seriam alcançadas por meio do uso da lógica e demais técnicas propostas pelo viés cientificista (estabelecimento de critérios de interpretação que conferissem objetividade a interpretação das leis e, por conseguinte, a tarefa jurisdicional. “Hermenêutica e argumentação” pág.3) aplicado a tarefa da organização racional do processo de perspectiva e aplicação do Direito, que compreende a hermenêutica clássica. 
Discorra sobre a dogmática jurídica e a suposta superação dos métodos de interpretação.
A dogmática jurídica segundo definição compreende a “A parte da ciência jurídica que expõe e classifica os princípios que serviram de fonte do Direito positivo.”
A partir desse conceito, entendemos que a mesma está intimamente ligada ao Direito Positivo, que por sua vez é o conjunto de normas ditadas por uma sociedade, que tem por finalidade disciplinar e proteger todas as suas atividades. 
É importante que saibamos diferenciar o real sentido da expressão “dogmática”, visto que a mesma foge da interpretação errônea dada por grande parte da sociedade (imposição à inteligência e uma violação dos valores da consciência). A dogmática jurídica pode ser expressa pelo fato de que se forem formalmente válidas, as regras não podem ser contestadas, apenas discutidas quanto ao seu alcance e eficácia, não permitindo contrariedades no que tange ao texto da lei. 
Em obediência aos princípios lógicos, o jurista busca interpretar, aplicar e integrar essas normas, que por sua vez compreendem a dogmática, já explicada.
 Vale lembrar que A Dogmática Jurídica não corresponde à Ciência Jurídica, tampouco se limita a ser ramificação secundária como arte. Podemos compreendê-la como "o momento culminante da aplicação da Ciência do Direito, quando o jurista se eleva ao plano teórico dos princípios e conceitos gerais indispensáveis à interpretação, construção e sistematização dos preceitos e institutos de que se compõe." REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. São Paulo: Ed. Saraiva, 2003, p. 322.

Continue navegando