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Teoria e história da conservação e do restauro 1. A teoria e a história da conservação são compostas por pesquisas e trabalhos de arquitetos, críticos de arte, filósofos e de áreas afins. Dentre as teorias desenvolvidas, algumas se destacam por terem sido inovadoras para o período em que foram pensadas. Existiu um arquiteto e teórico que estabeleceu a restauração a partir da estilística; um crítico de arte que defendeu distintamente da restauração em grande estilo a autenticidade histórica do bem a ser preservado; e um outro arquiteto e escritor que propôs a coexistência de vários estilos presentes nos monumentos e não a unidade de estilos, diferenciando claramente o antigo do moderno. Marque a alternativa que apresenta os três pensadores, respectivamente. A. Eugène Viollet-le-Duc – Cesare Brandi – Alois Riegl. B. John Ruskin – Eugène Viollet-le-Duc – Camillo Boito. C. Camillo Boito – Pietro Gazzola – Roberto Pane. D. Eugène Viollet-le-Duc – John Ruskin – Camillo Boito. E. Roberto Pane – Renato Bonelli – Cesare Brandi. 2. Os projetos de conservação e restauração para bens imóveis ou conjuntos urbanos exigem minuciosa pesquisa retrospectiva que resgate, simultaneamente, o histórico do bem e da sociedade a ele vinculada, procurando identificar uma série de fatores que, associados, resultaram na produção do artefato de valor cultural. Portanto, são etapas do projeto de conservação e restauração, na sequência cronológica em que devem ser desenvolvidas: A. cadastramento e pesquisa, desenvolvimento da proposta arquitetônica ou urbanística, execução da obra, implementação do uso, conservação preventiva. B. elaboração da proposta arquitetônica ou urbanística, cadastramento e pesquisa, execução da obra, conservação preventiva, implementação do uso. C. elaboração da proposta arquitetônica ou urbanística, cadastramento e pesquisa, implementação do uso, conservação preventiva, execução da obra. D. cadastramento e pesquisa, conservação preventiva, elaboração da proposta arquitetônica ou urbanística, execução da obra, implementação do uso. E. elaboração da proposta arquitetônica ou urbanística, conservação preventiva, cadastramento e pesquisa, implementação do uso, execução da obra. 3. Na história e na teoria da preservação e restauração, no século XIX, existiu um teórico que tentava fazer a fusão entre a teoria do restauro estilístico e o restauro romântico. Qual o nome desse teórico e quais as características desse movimento? A. É Viollet-le-Duc, e o movimento surge na França. O monumento não é considerado como um documento, e o arquiteto pode intervir com liberdade de criação, podendo-se reconhecer a ação individual do arquiteto. B. É John Ruskin, e o movimento surge na Inglaterra. O monumento era considerado como um documento, testemunha de sua própria época, devendo-se conservar a sua autenticidade, sem que nenhum tipo de intervenção venha mistificá-lo. C. É Camillo Boito, e o movimento surge na Itália. O monumento era considerado essencialmente como um documento, deveriam ser preservadas as adições e modificações feitas no decorrer do tempo e ser conservadas, inclusive, as marcas da própria passagem do tempo. D. É Gustavo Giovannoni, e o movimento surge na Itália. Conhecido como restauro cientifico, o monumento não é considerado como documento. A criação do arquiteto é aceita na intervenção de restauração. E. É Cesare Brandi, que desenvolveu e auxiliou projetos de restauro no pós-Segunda Guerra Mundial, com seu trabalho no Instituto Central de Restauro em Roma, influenciado pelos preceitos de John Ruskin. 4. Leia a seguir um trecho de uma das principais obras de Cesare Brandi (1906-1988), arquiteto italiano e um dos principais nomes do restauro moderno: "O restauro constitui o momento metodológico de reconhecimento de uma obra de arte, em sua consistência física e em sua dupla polaridade estética e histórica, com vistas à sua transmissão ao futuro. O restauro, destinado a desenvolver a unidade potencial imanente nos fragmentos, deve desenvolver sugestões implícitas nos próprios fragmentos. Tal intervenção integrativa cai naturalmente sobre a instância estética e a instância histórica que, no seu recíproco condicionamento, determinarão o momento em que se deverá parar a intervenção, a fim de serem evitados quer uma ofensa estética, quer um falso histórico" (BRANDI, 2000). Com base nisso, suponha que o mercado municipal de uma cidade histórica tenha sido atingido por um incêndio, tornando-se irrecuperável. Segundo as ideias de Brandi, a intervenção adequada para a restauração desse patrimônio e sua respectiva explicação seria: A. demolir e substituir por uma nova edificação, considerando a impossibilidade de aproveitamento da ruína. B. recompor exatamente como era antes do incêndio, a partir de pesquisa histórica. C. recuperar a feição original mais antiga da época da sua construção, mesmo que no momento do incêndio apresentasse características diferentes. D. manter a ruína restante, única forma de manter preservado na memória da população o valor patrimonial. E. restabelecer a unidade potencial do conjunto, considerando ruínas e novos acréscimos, sem apagar os traços da passagem do tempo. 5. As teorias que fundamentaram a construção do pensamento da conservação e do restauro na atualidade foram desenvolvidas por críticos de arte, historiadores da arte, arquitetos, filósofos, entre outros intelectuais. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente e na ordem cronológica, os autores dos conceitos que fundamentaram a conservação e a restauração tal qual são utilizados nos dias atuais. A. John Ruskin, Eugène Viollet-le-Duc, Cesare Brandi e Alois Riegl. B. Eugène Viollet-le-Duc, John Ruskin, Alois Riegl e Cesare Brandi. C. Cesare Brandi, John Ruskin, Eugène Viollet-le-Duc e Alois Riegl. D. John Ruskin, Eugène Viollet-le-Duc, Alois Riegl e Cesare Brandi. E. Alois Riegl, Eugène Viollet-le-Duc, Cesare Brandi e John Ruskin.