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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA - VIGIA

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EXMO.SR.DR.JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO / RJ.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, casado, vigia, portador da CTPS n°. XXXX, série XX-RJ, carteira de identidade n°. XXXXX, CPF/MF n°. XXXXX, Título de eleitor nº. XXXXXXXXXXX e PIS nº: XXXXXXXXXXXXXXXX , residente e domiciliado na XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX- XXXXX/XX, CEP.: XX.XXX-XXX nascido em filho de XXXXXXXXXXXXXXXX e XXXXXXXXXXXXXX vem, por seus procuradores abaixo assinados (proc. Anexo) com escritório profissional na XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Centro – RJ, Cep: XX.XXX-XXX, respeitosamente, à presença de V. Exa, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua XXXXXXXXXXXXXXX, XXXXXXX, RJ, Cep. XX.XXX-XXX:
PREMILINARMENTE:
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Inicialmente, na forma do art. 625 “D” da CLT, informa o Reclamante que desconhece a existência de Comissão de Conciliação Prévia, seja no âmbito da Reclamada, seja no Sindicato da Categoria, visando a elucidação dos pleitos objetos da presente lide.
Desde já declara o reclamante que pretende ter seus direitos apreciados e julgados pelo poder judiciário, como dispõe o inciso XXXV, do art. 5° da CRFB/88.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
	Requer o Reclamante os benefícios da gratuidade de justiça, e para tanto declara ser juridicamente necessitado em conformidade com o inciso 4° da lei 1.060/50, com as alterações da Lei 7.510/86 e artigo 1° §2° da Lei n°. 5478/68, conforme documentos acostados e declaração em anexo, não possuindo condições financeiras suficientes para efetuar o recolhimento das despesas processuais, bem como dos honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de sua família.
Considerando-se que o Reclamante é aposentado, percebendo o valor de dois salários mínimos, é o provedor de sua família, e recebia proventos líquidos de R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais) tal remuneração é insuficiente para que tenha acesso pleno à justiça, sem que comprometa seu equilíbrio econômico, ainda levando-se em conta que o Reclamado encontra-se desempregado.
DO MÉRITO
DO CONTRATO DE TRABALHO
O Reclamante foi admitido aos serviços da Reclamada pela primeira vez no dia 26 de Julho de 1993, para exercer a função de motorista de comboio, onde permaneceu até a data de 18 de Setembro de 1996.
Neste período a Reclamada procedeu à anotação do contrato de trabalho conforme comprova CTPS do Reclamante.
Em 07 de Janeiro de 2002 o Reclamante foi chamado novamente pela empresa Reclamada para laborar, desta vez na função de vigia.
A empresa Reclamada estava mudando suas dependência para o bairro de Bangu, motivo pelo qual necessitava de um vigia no local, uma vez que o local iria permanecer fechado, sem qualquer atividade.
Sempre que necessitava de algo o Reclamante se dirigia até o Sr. André do departamento pessoal da empresa Reclamada.
Durante todo o contrato de trabalho, laborava o Reclamante sete vezes por semana, de segunda-feira à segunda-feira, de 06:00 ás 18:00 h sem intervalo para refeição e descanso, ficando a disposição da Reclamada, por não ter nenhum outro empregado para sua substituição e pela Reclamada saber que o empregado morava na mesma rua do local laborado, a Reclamada solicitava ao empregado que ficasse em suas instalações, cumprindo assim uma nova jornada de trabalho de 19:00 ás 6:00 h.
Após as 18:00 h o Reclamante se dirigia até sua casa localizada na mesma rua do local onde laborava, com a finalidade de fazer uma refeição e se higienizar e novamente retornava ao trabalho ás 19:00 h, onde permanecia a disposição da Reclamada até a 6:00 h da manha do dia seguinte, cumprindo nova jornada até as 18:00 h.
Essa jornada foi cumprida pelo Reclamante durante todo o período laborado na empresa Ré sem receber horas extras e adicional noturno.
Laborava também aos domingos e feriados, sem receber qualquer remuneração pelos serviços prestados.
O Reclamante durante todo o período trabalhado que durou quatro anos e sete meses não teve sua CTPS assinada pelo Reclamado, que alegava o fato do Reclamante encontrar-se aposentado e que o atual trabalho prestado tratava-se apenas de “um bico”, recusando-se a assinar sua CTPS, contrariando, portanto os ditames do art. 29 da CLT.
O valor da remuneração recebida pelo Reclamante foi de R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais) sem qualquer reajuste salarial, desde sua admissão até sua dispensa.
A reclamada fazia mensalmente o depósito do salário inicialmente na conta corrente nº. XXX/1, Agência nº. XXX do reclamante no banco Itaú através, passando posteriormente a ser depositado na conta corrente nº. XXXX-0, Agência nº. XXX, porém do banco Bradesco. 
Os depósitos aconteciam entre os dias 7 (sete) e 10 (dez) de cada mês.
No dia 15 de Julho de 2007 o Reclamante foi sumariamente demitido, sem qualquer explicação e sem justa causa, recebendo em sua demissão apenas a quantia de R$ 180,00 (cento e oitenta reais), procedendo a Reclamada de forma negligente infringindo todos os preceitos contidos na CLT, uma vez que os direitos pertencentes ao reclamante foram claramente ignorados, como passa a narrar. 
DA ANOTAÇÃO DA CTPS
A reclamada, como já visto, durante todo o período que vigorou o contrato de trabalho, não procedeu a assinatura na CTPS do Autor.
Sobre o assunto, convém trazer a seguinte colocação jurisprudencial:
“A ausência de anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS representa falta grave do empregador e não tem de ser questionada de forma imediata pelo empregado prejudicado.” (TRT- 15ª Região)
Requer, portanto desde já o Reclamante que a empresa Reclamada proceda a assinatura de sua CTPS de todo o período laborado.
DO SALÁRIO
Dispõe ainda o artigo 7°, V da CF/88:
“São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição social:
Piso salarial proporcional a extensão e a complexidade do trabalho”.
Durante todo o pacto laboral, o Reclamante recebeu como maior e última remuneração, a quantia de R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais).
Quantia essa inferior ao piso salarial determinado para sua categoria, que determinou os salários dos vigia, em conformidade com a Convenção Coletiva de Trabalho (em anexo), ou seja:
Convenção Coletiva de 01 de março de 2.001 a 28 de fevereiro de 2.002.
Ocupação - ½ oficial e vigia – Salário - R$ 1,57 por hora e R$ 345,40 por Mês.
Convenção Coletiva de 01 de março de 2.002 a 28 de fevereiro de 2.003.
Ocupação - ½ oficial e vigia – Salário - R$ 1,74 por hora e R$ 382,80 por Mês.
Convenção Coletiva de 01 de março de 2.003 a 29 de fevereiro de 2.004.
Ocupação - ½ oficial e vigia – Salário - R$ 1,98 por hora e R$ 435,60 por Mês.
Convenção Coletiva de 01 de março de 2.004 a 28 de fevereiro de 2.005.
Ocupação - ½ oficial e vigia – Salário - R$ 2,27 por hora e R$ 499,40 por Mês.
Convenção Coletiva de 01 de março de 2.005 a 28 de fevereiro de 2.006.
Ocupação - ½ oficial e vigia – Salário - R$ 2,52 por hora e R$ 554,40 por Mês.
Convenção Coletiva de 01 de março de 2.006 a 28 de fevereiro de 2.007.
Ocupação - ½ oficial e vigia – Salário - R$ 2,74 por hora e R$ 602,80 por Mês.
Convenção Coletiva de 01 de março de 2.007 a 29 de fevereiro de 2.008.
Ocupação - ½ oficial e vigia – Salário - R$ 2,92 por hora e R$ 642,40 por Mês.
Portanto Pleiteia o pagamento das diferenças salariais devidas, bem como sua incorporação e integração para todos os efeitos legais.
DA JORNADA DE TRABALHO
Durante todo o contrato de trabalho, laborava o Reclamante 7 (sete) vezes por semana, de segunda-feira à segunda-feira, de 06:00 ás 18:00 horas sem intervalo para refeição e descanso, o Autor ainda ficava a disposição da Reclamada dentro de suas instalações, ou seja, cumprindo nova jornada de19:00 ás 06:00 horas.
Como anteriormente narrado, o Reclamante reside na mesma rua em que prestava seus serviços à empresa Ré, após seu turno ininterrupto de 06:00 às 18:00 horas, se dirigia até sua residência para se alimentar e se higienizar e retornava mais uma vez ao trabalho, para realizar nova jornada, desta vez de 19:00 às 06:00 h da manhã.
Mais uma vez a Reclamada procedeu de forma negligente com o trabalhador, uma vez que o mesmo fazia outro turno ininterrupto, sem receber qualquer hora extra, nem tão pouco adicional noturno.
Frisa-se que o Reclamante Laborava também aos domingos e feriados, sem receber qualquer remuneração pelos serviços prestados, o que comprova a má fé da reclamante, perante os direitos do Reclamante.
DAS HORAS EXTRAS - CALCULO E INCIDÊNCIA
	O artigo 58 da CLT dispõe que:
“A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite”.
	A CF/88 dispõe em seu artigo 7°, XII e XVI:
“Duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e quarenta e quatro horas semanais facultadas a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
“Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo cinqüenta por cento a do normal”.
	Ora Exa., certamente nenhum limite foi fixado, uma vez que como repetidamente narrado não teve seu contrato de trabalho assinado, nem tão pouco sua jornada de trabalho respeitada. 
Como acima exposto, o Reclamante labora no período de 06:00 ás 18:00 horas, sete vezes por semana, de segunda a segunda sem intervalo para refeição e descanso e cumpria nova carga de trabalho de 19:00 ás 06:00 horas.
Laborava, portanto 24 horas por dia levando-se em consideração a hora reduzida noturna de 52 minutos e 30 trinta segundos, conforme art. 73 §1º da CLT, em período de hora extra de 4 horas extras diárias ou 21 horas extras semanais.
Conclui-se, pois, que o Reclamante laborava em regime de trabalho extraordinário, porém não recebendo corretamente as horas extras a que tinha direito, pois conforme comprovar-se-á pelos depoimentos testemunhais, a serem ouvidos, o mesmo laborava em jornada excedente às 08 (oito) horas diárias, conforme o art. 7º, inc. XIV, da Constituição Federal.
Após a incorporação aos salários do Reclamante das diferenças do piso salarial da categoria, pleiteado no item anterior, este faz jus a receber as horas extraordinárias laboradas não pagas que excederem da 44ª (quadragésima quarta) hora semanal ou 8ª hora diária, com a devida atualização legal.
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO
	Segundo o artigo 66 da CLT:
 “Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso”.
	Dispõe ainda a norma em seu artigo 67:
“Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de vinte quatro horas consecutivas, o qual salvo motivo de ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte”. 
	O Reclamante durante todo o período laborado, mesmo cumprindo duas escalas de horário por dia, não usufruía o repouso semanal, motivo pelo qual requer seja concedido 1/6 do valor encontrado mensalmente a título de hora, referente ao repouso semanal remunerado.
DO ADICIONAL NOTURNO
	Como acima narrado o Autor cumpria a jornada de trabalho de 06:00 às 18:00 e ficava a disposição da Reclamada dentro da empresa no período de 19:00 às 6:00.
A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que são direitos dos trabalhadores, além de outros, remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte.
 
É assegurado ao vigia e vigilante noturno os mesmos direitos assegurados aos demais trabalhadores noturnos. 
 	
Além da redução da hora noturna para 52 minutos e 30 segundos, haverá o pagamento do adicional noturno de no mínimo 20% sobre a hora diurna.
 
Enunciado TST nº 65:
"O direito à hora reduzida para 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos aplica-se ao vigia noturno."
 
Enunciado TST nº 140:
"É assegurado ao vigia, sujeito ao trabalho noturno, o direito ao respectivo adicional."
 	Sendo assim tem o Reclamante o direito ao adicional noturno, conforme Súmula 140 do TST, no valor de 20% da hora extra diurna.
DA INTRA JORNADA 
Durante todo o período do contrato de trabalho o Reclamante não usufruiu o intervalo para alimentação e descanso, o que deve ser indenizado, conforme o art. 71 §4º da CLT, com o valor do período mais o adicional de 50%, pelo entendimento do Enunciado 85 da súmula do TST. 
DO AVISO PRÉVIO
	Despedido abruptamente em 15 de Julho de 2007, o Reclamado, sem justo motivo, rescindiu o contrato sem nenhum aviso prévio, ferindo o art. 487 da CLT, tendo direito o reclamante aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
Deste modo, pugna pela condenação da Reclamada no pagamento do aviso prévio, além dos reflexos e integrações em férias, 1/3 constitucional, 13º salários, R.S.R., FGTS e multa de 40%, tudo atualizado na forma da lei.
DAS FÉRIAS
	O Reclamante nunca recebeu quaisquer valores referentes a férias, nem tampouco usufruiu desse direito e de acordo com o art. 129 da CLT, todo o empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração, assim, após cada período de doze meses de trabalho o Reclamante tem direito a férias, sendo essas adquiridas e vencidas nos períodos de 2002/2003, 2003/2004, 2004/2005 2005/2006, e conforme o art. 137 da CLT, como essas férias não foram concedidas ao Reclamante, este terá direito de receber em dobro a respectiva remuneração, referente as três primeiras férias e de forma simples a última, bem como as férias proporcionais de 2006/2007.
13° SALÁRIO
	Também tem direito o Reclamante ao recebimento dos valores referentes ao 13° salário, integral referente ao período trabalhado de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e proporcional referente ao período de 2007.
DO FGTS E MULTA COMPENSATÓRIA
	Tem o Reclamante direito a incidência do FGTS sobre todas as verbas contratuais e rescisórias, bem como as relativas às horas extras e ao r.s.r.
Todas com incidência da indenização de 40%, do FGTS, que deve ser liberado nos termos da lei.
Deve também a Reclamada comprovar todos os depósitos fundiários do Reclamante, mês a mês, sob pena de complementação das diferenças existentes.
No caso de não comprovação dos depósitos fundiários, a Reclamada deve ser condenada ao pagamento do valor equivalente a todos os depósitos fundiários de toda a relação de emprego.
Ainda, deve ser condenada ao pagamento de juros de mora de 1% ao dia, sobre os depósitos fundiários devidos e atualizados, mês a mês, durante toda a relação de emprego, bem como ao pagamento de multa de 20% sobre o valor total do FGTS não depositado, pela aplicação do artigo 22 da Lei 8.036/90.
DO SEGURO DESEMPREGO
	Pela despedida sem justa causa do empregado, faz jus o Reclamante a indenização pela Reclamada da verba a que faria jus a título de seguro-desemprego, nos termos das Leis 7.998/90 e 8.900/94, num total de 5 parcelas ou indenização equivalente.
DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT
Não pagando as verbas rescisórias do obreiro, por óbvio, a Reclamada extrapolou o prazo de que trata parágrafo 6º do artigo 477 da CLT, assim, a Reclamante faz jus a perceber a multa que trata o parágrafo 8º deste mesmo artigo, prevista em uma remuneração mensal do empregado demitido.
DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT
 Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagarao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O artigo 133 da Constituição Federal, norma cogente, de interesse público, das partes e jurisdicional, tornou o advogado indispensável à administração da Justiça, revogando o jus postulandi das partes.
Sendo necessária a presença do profissional em Juízo, nada mais justo e coerente do que o deferimento de honorários advocatícios, inclusive ao advogado particular, por força do princípio da sucumbência (artigos 769 da CLT e 20 do CPC).
A Norma Constitucional, por sua natureza, não admite exceções, por motivos que não fogem a lógica. Assim, quando o legislador constituinte impõe um limite ao artigo 133, não objetivou a criação de uma brecha a este preceito, que permitisse o jus postulandi, mas sim, os parâmetros para a atuação do advogado, sendo esta a interpretação mais plausível, senão vejamos:
"ADVOGADO - INDISPENSABILIDADE DO ADVOGADO - EXTINÇÃO DO "JUS POSTULANDI" DAS PARTES NA JUSTIÇA DO TRABALHO - ART. 133/CF - SÚMULA 327/STF - Atualmente (....) com a promulgação da CF de 1988 em face do art. 133 da Magna Carta, com a consagração da indispensabilidade do advogado na administração da Justiça do Trabalho e, "ipso facto", reforçada a tese consubstanciada na súmula 327 do STF." (Guilherme Mastrichi Basso, "in" Revista do Ministério Público do Trabalho - Procuradoria Geral da Justiça do Trabalho, ano II, n.º 4, set., São Paulo, Ed. Ltr, 1992, p. 113).
"Conquanto não esteja a Autora assistida por sua entidade de classe, no que tange especificamente aos honorários advocatícios, cumpre salientar que o art. 113 da Constituição Federal vigente tornou o advogado "indispensável à administração da Justiça". Com isso, derrogou o artigo 791, da CLT, extinguindo a capacidade postulatória das partes nos processos trabalhistas." (sentença proferida nos autos 570/90, 4º JCJ, pelo MM. Juiz Presidente Dr. João Oreste Dalazen)
DOS PEDIDOS
01 – O deferimento do benefício da gratuidade de justiça;
02 – A notificação da reclamada para comparecer a audiência e querendo, contestar, sob pena de revelia;
03 – O reconhecimento do vínculo existente no período de 07 de janeiro de 2002 a 15 de Julho de 2007;
04 – A assinatura e a rescisão mediante baixa no contrato de trabalho anotado pela Reclamada na CTPS do Reclamante, nas datas do item 03, na primeira audiência,
 05 – O pagamento de todas as diferenças salariais entre o que foi pago em conformidade com os salários previstos com o piso normativo da categoria, os salários vencidos até a data da anotação da baixa na CTPS do Reclamante, com seus reflexos em todas as verbas pleiteadas, estando a CTPS a disposição da Reclamada desde o momento para a baixa requerida, mediante contato com o representante postulatório do Reclamante;
06- Que seja expedido ofícios aos bancos Itaú, Agência nº. XXX, conta corrente nº. XXXX/ e Bradesco, Agência nº. XXX, conta corrente nº. XXXXX-0;
07 – O pagamento das horas extras laboradas pelo Reclamante, durante todo o período com todos os seus reflexos;
08- O pagamento do repouso semanal remunerado, com a integração das horas extras e do adicional noturno, em conformidade com o enunciado 60 e 172 do TST; 
09- O pagamento do adicional noturno em conformidade com Enunciado I da Súmula TST nº 60, e as devidas integrações como no descanso semanal remunerado, nas férias, 13º e aviso prévio;
10 – O pagamento do aviso prévio devido ao Reclamante, na forma do art. 487 da CLT, com a incidência de 8% sobre o FGTS ;
11 – O pagamento pelas férias vencidas e não concedidas ao Reclamante no prazo legal, acrescidas de 1/3 constitucional e em dobro referentes ao período de 02/03, 03/04, 04/05, 05/06 e 06/07;
12 – O pagamento das férias proporcionais na razão de 8/12, também acrescidas de 1/3 constitucional;
13 – O pagamento do 13° salário integral de 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006 e proporcional em 2007, no valor bruto, com os acréscimos legais, juros e correção monetária;
14 – Requer a liberação da guia do FGTS no código 01, de todo o período laborado pelo reclamante e não depositados pelo Reclamando;
15 – Requer o pagamento da multa de 40% sobre o montante de todos os depósitos fundiários não recolhidos durante a vigência do contrato de trabalho, conforme OJ nº 42 da SDI-1, além da aplicação das OJS 341 e 344 da SDI-1;
16 – Requer que seja oficiado aos órgãos competentes DRT, DRF, CEF e INSS, a fim de que sejam tomadas as providências necessárias, sob as irregularidades apontadas, tudo nos termos da legislação trabalhista e previdenciária em vigor;
17 – A liberação das guias do seguro-desemprego ou o pagamento ao Reclamante do valor correspondente corrigido monetariamente e com incidência de juros de mora;
18 – O pagamento da incidência do FGTS devido e não pagos sobre todas as verbas contratuais e rescisórias;
19 – O pagamento da multa prevista no artigo 477 da CLT;
20 – O pagamento da multa prevista no artigo 467 da CLT;
21 – A indenização prevista no art. 71, § 4º da CLT, referente a indenização intra jornada;
22 – O pagamentos da incidência de juros de mora nos termos do artigo 394, 406 e seguintes do Código Civil para o período anterior à propositura da Reclamação Trabalhista;
23 – A incidência de juros de mora nos termos da Lei 8.177/91 a contar da data da propositura da ação;
24 – A incidência de correção monetária em todas as verbas;
25 – A liquidação dos pedidos pleiteados através de perícia, a cargo da Reclamada;
26 – A condenação da Reclamada ao pagamento dos honorários advocatício;
AS PROVAS
	Requer a produção de todos os meios de provas admitidos no direito, tais como documental, ainda que superveniente, pericial, testemunhal e depoimento pessoal do representante da reclamada, sob pena de confesso.
DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se a causa o valor de R$ 20.000.00 (vinte mil reais) para efeitos de alçada, devendo todas as verbas serem apuradas em liquidação de sentença, as despesas da Reclamada.
Rio de janeiro, 18 de outubro de 2007.
Nestes termos,
Pede deferimento.

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