Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO FARMACOLOGIA ANTI-HIPERTENSIVOS Diagnóstico: pressão com valores iguais ou maiores que 140X90mmHg. Com duas a três aferições em diferentes consultas para se diagnosticar. Estágios: PA (sist.) PA (dias.) Estagio 1 140 -159 90-99 Estagio 2 160- 179 100-109 Estagio 3 ↑180 ↑ 110 Tratamento farmacológico: o Em casos mais leves, posso dar ate 3 meses para o paciente emagrecer, fazer dieta, atividade física e ver como isso se reflete na PA dele. Mas se já tiver lesão de órgão alvo, começamos o tratamento farmacológico. o Diuréticos o Antagonistas dos canais de cálcio o β-bloq o Inibidores da cininase II (ECA) o Antagonistas dos receptores AT1 o Inibidor da renina – Alisquireno o Outros: agonistas α2, antagonistas α1 e vasodilatadores diretos (mais usados em casos especiais como HAS resistente, gravidez) 1) β-bloqueadores: β-bloqueador (vai impedir a ligação com o receptor) ↘ Noradrenalina receptor ativa proteína G ativa adenilato ciclase ↑ AMPC abre os canais de cálcio entrada de cálcio o Como esses fármacos vão atuar? Na junção neuro-efetora, e vão atuar principalmente no neurônio pós- sináptico bloqueando os receptores beta adrenérgicos (ou alfa no caso dos bloqueadores α). o Diferenças que afetam seu uso clínico: o Cardiosseletividade o Lipossolubilidade (atravessa BHE) – quanto maior, aumenta ocorrência de depressão e alterações do sono; tto da enxaqueca o Potência Propanolol/atenolol 1:10 Bisoprolol/ Carvedilol/ Nebivolol 10x (+ caros - não apresentam tantos efeitos adversos uso de menores doses, pois tem maior potência) o Vasodilatação o Classes: o Antagonistas β1 e β2 (não seletivo) – propranolol #, nadolol, timolol, pindolol* o Antagonistas β1 (seletivos) – metoprolol #, atenolol, acebutolol #, esmolol, bisoprolol o Antagonistas β1 e β2 + α1 – labetalol, carvedilol**, medroxalol, bucindolol o Antagonistas β1 + NO – Nebivolol o Antagonistas β1 + Agonista β2 – Celipralol*, Dilevalol o Antagonista β1 + α1 – Bevantolol OBS: *Atividade simpaticomimética intrínseca β2 (vasodilatação) – reduz efeitos adversos **Possui ação anti-oxidante, aumentando a produção de NO e tendo efeitos semelhantes ao Nebivolol # Alta lipossolubilidade VASODILATADORES o Efeitos: o Cronotrópico negativo no nó sinusal – 50/60 bpm o Dromotrópico – reduz condução pelo nodo AV o Antiarrítmico – por isso usado nas primeiras horas do IAM o Inotrópico negativo – diminui risco de isquemia e reduz a PA o Efeito β1 no rim – inibe liberação de renina no aparelho justaglomerular OBS: isso reduz não só a RVP, mas a angiotensina II tem uma contribuição muito grande também na redução da hipertrofia cardíaca que acompanha a hipertensão. E é na verdade o objetivo dessa terapêutica, não só atuar na pressão, mas atuar nas alterações estruturais, trazendo melhora no remodelamento. o Os mais modernos possuem ação vasodilatadora ou por liberarem NO ou por ação antagonista α1. o Efeito β2 (nos não seletivos) = vasoconstricção OBS: Então, muitas vezes não vai se conseguir ver uma queda importante da pressão arterial num primeiro momento por esse aumento da resistência vascular periférica reflexa a queda do DC. Isso só vai normalizar depois, quando já tiver um efeito sobre o SRAA, em que há uma volta da resistência à normalidade. o Efeitos anti-hipertensivos – RESUMO: Reduz FC, contratilidade e DC por efeito β1 Inicialmente aumento da RVP, que depois é normalizada peã redução do SRAA Redução da RVP pela inibição de receptores β em neurônios noradrenergicos sinápticos Redução de aldosterona, com menor retenção de Na e H2O e redução do volume intravascular. Efeitos vasodilatadores aliados (agonismo β2, NO, anatgonismo α1) o Farmacocinética: o Baixa biodisponibilidade oral por alta metabolização hepática (exceção = pindolol) o Lipossolúveis metabolizado e eliminado pelo fígado bom para nefropatas o Hidrossolúveis liberados de forma inalterada pelo rim bom para hepatopatas o Vantagens dos β1 seletivos: o Reduz cronotropismo, inotropismo e PA o Reduz broncoespasmo o Reduz efeitos metabólicos (dislipidemia) o Reduz efeitos circulatórios (menor vasoconstrição) o Usos terapêuticos: o Angina estável e instável o IAM (primeiras horas e longo prazo) o HAS o IC (assintomática até classe III. Não usar na classe IV, pois piora/descompensa) o Prolapso de valva mitral o Arritmias cardíacas (sinusal, atrial e para evitar ventricular após IAM) o Aneurisma de aorta (reduz FC e trabalho cardíaco, reduzindo as chances de romper) o Glaucoma – PINDOLOL (reduz pressão intraocular) o Hipertireoidismo o Ansiedade (taquicardia, tremores) o Tremor essencial o Profilaxia da enxaqueca (propranolol 20mg) o Efeitos adversos: o Bradicardia o Vasoconstricção periférica (efeito bloqueador β2) – formigamento, extremidades frias o Hipotensão o Broncoespasmo (efeito bloqueador β2) o Insônia, depressão, pesadelos (lipossolubilidade) o Hipoglicemia (inibe atividade simpática, logo, inibe glicogenólise, reduzindo a mobilização de glicose em resposta à hipoglicemia. Atenção com exercício e insulina!) o Dislipidemia (reduz HDL e aumenta TAG) o Reduz libido e ereção o Contra-indicações: o Bradicardia grave o BAV 2º ou 3º grau o Asma e DPOC graves (não usar não seletivo e seletivo só em baixas doses) o Depressão (cuidado com lipossolúveis!) o Doença arterial periférica o Disfunção erétil (bloqueio β2, que gera vasoconstrição) o Tratamento crônico – complicações: o Síndrome de retirada o β bloqueio leva a UP-regulation dos receptores. Ao suspender drasticamente os β-bloqs, as aminas se ligam e causam crise hipertensiva grave. Retirada deve ser feita de 10 a 14 dias com introdução de outra medicação. 2) Bloqueadores α1: Prazosin, Doxazosin, Terazosin o Mecanismo de ação: o Nora se liga ao receptor α1 ativa proteína Gq aumenta IP3 aumenta Ca intracel. contração do músculo liso vascular. (Inibem esta cascata!) o Não bloqueiam α2 e, portanto, não geram uma resposta reflexa tão grave pois ainda há efeito α2 (vantagem frente aos não-seletivos) o Tem ação arteriolar e venosa o Efeitos colaterais: o São muitos, por isso não são 1ª linha. o Causam HIPOTENSÃO grave (por isso a 1ª dose é noturna), síncope, vertigens. Com isso, gera taquicardia reflexa pela queda abrupta da PA. o Retenção de liquido o Usos terapêuticos: o HAS como 2ª linha (HAS resistente) o HAS com hiperplasia prostática ou disfunção erétil Obs: adicionar diurético no tto crônico! 3) Agonistas α2: a) Clonidina o Mecanismo de ação: O agonismo α2 gera feedback negativo sobre a liberação de NA pelo neurônio pré-sinaptico. o Farmacocinética: Boa absorção via oral; 100% de biodisponibilidade T ½ = 12h o Usos terapêuticos: HAS (2ª linha) Usado na prevenção de descarga adrenérgica no período de abstinência a drogas e álcool. Usado principalmente no pré-OP. b) Metil-dopa o Mecanismo de ação: Seu efeito se dá pelo metabolito α-metilnorepinefrina, que atua como falso transmissor, estimulando os receptores α2 adrenergicos, que fazem feedback negativo sobre a liberação de NA. o Farmacocinética: T ½ = 7 a 16h Atravessa BHE Eliminação renal (até 70%) o Indicações: HAS (2ª linha) HAS gestacional o Efeitos colaterais: sedação, depressão, xerostomia, efeito rebote, hipotensão ortostática, anemia hemolítica, Lúpus-like. 4) Bloqueadores α não seletivos: a) Irreversíveis: Fenoxibenzaminao Usado APENAS na HAS associada ao feocromocitoma o Pouco seguro, pois é irreversível e promove bloqueio completo o Há aumento da FC e do DC por atividade reflexa (arritmias) após bloqueio de α1 o Como há bloqueio α2 não há feedback negativo sobre a liberação de NA Conseqüência: aumenta FC, DC e arritmias. o A conduta é utilizá-lo com um β-bloq. b) Reversíveis: Fentolamina o Usado na fase aguda do feocromocitoma por ser reversível. o Inicia o uso 3 semanas antes da cirurgia associado a um β-bloq. Fármacos que atuam no SRAA e nos canais de Ca SRAA: o A renina é liberada pelas células do aparelho justaglomeurlar presente na arteríola aferente e pela mácula densa no final da AH e inicio do TCD. o Estímulos para liberação de renina redução da pressão de perfusão renal, adrenalina, hiponatremia. o Renina transforma angiontensinogenio em angiotensina I que é convertida em angiotensina II pela ECA. o Efeitos da Ang II: Efeitos sobre AT1: Vasocontrição arteriolar (PP. Arteríolas aferente e eferente) Constrição venosa Hipertrofia e remodelamento cardíaco Liberação de catecolaminas pela adrenal Aumenta liberação de aldosterona Reabsorção de Na ao se ligar aos receptores AT1. Efeitos sobre AT2: Vasodilatação Reduz remodelamento Reduz liberação de catecolaminas Reduz RVP iECA: o Inibem a ECA (cininase plasmática II), que alem de ser a enzima que produz Ang II, é responsável por inativar a bradicinina (importante vasodilatador). o Ação anti-hipertensiva ação inibitória sobre o SRAA e ação estimulatoria sobre o sistema calicreina- bradicinina. OBS: Efeitos do sistema calicreina-bradicinina = Bradicinina sobre receptor B1 faz vasoconstrição; sobre B2 faz vasodilatação e produção de NO e pstaciclina. o Efeitos: Redução da RVP (DC e FC quase não se alteram) – não produzem taquicardia reflexa. Cabe ressaltar que o maior efeito dessas drogas ocorre devido à inibição da degradação da bradicinina o que gera vasodilatação. Isso ocorre porque existem outras vias capazes de produzir angiotensina II. o Usos clínicos: Os IECA tem uma ação particularmente útil nos diabéticos, reduzindo a proteinúria e estabilizando a função renal, devido à melhora da hemodinâmica intra-renal, com diminuição da resistência das arteríolas eferentes glomerulares e uma conseqüente redução da pressão intracapilar intraglomerular. Hipertensão leve a moderada Maior eficácia em pacientes hipertensos brancos, jovens e de meia-idade. Associados aos diuréticos: a efetividade é semelhante em brancos e negros. Hipertensão com obesidade visceral Hipertensos Diabéticos com ou sem nefropatia diabética ou proteinuria Insuficiência cardíaca congestiva crônica. o Classificados pelo grupo químico que a que pertencem: Radical sulfidril – Captopril Radical carboxil – Enalapril, Lisinopril Radical fósforo – Fosinopril o Farmacocinética: Apenas o captopril e o lisinopril são drogas ativas. Os demais compostos são pró-drogas que necessitam metabolização. A absorção de todas as drogas é oral. Existe comercialmente apenas uma forma para uso parenteral (endo-venoso), que é composta pelo enalaprilato o Efeitos adversos: Tosse seca Hipotensão Angioedema (raro) Vermelhidão cutânea Insuficiência renal aguda Hiperpotassemia (potencializada pelos diuréticos poupadores de potássio) o Contra-indicações: Gravidez – potencial teratogênico História de hipersensibilidade Historia de angioedema Estenose bilateral de artéria renal ou em um único rim remanescente. o Interações: Diuréticos hipotensão grave Diuréticos poupadores de K hiperpotassemia Alopurinol Stevens-Johnson Lítio AINE reduzem efeito anti-hipertensivo dos iECA (reduz síntese de prostaglandinas estimulada pelos iECA). BRA (Bloqueadores do receptor de angiotensina): o Fármacos dessa classe atuam antagonizando o receptor AT1, impedindo que a angiotensina II se ligue a esse receptor e promova os efeitos a seguir: o Ocorre ligação da AngII com o receptor AT2, promovendo os efeitos opostos (vasodilatação, inibe hipertrofia e remodelamento, modula liberação de catecolaminas). o Uma associação interessante é do Losartan com os inibidores da ECA. Enquanto os inibidores da ECA inibem a conversão de angiotensina I e angiotensina II e inibem a clivagem da bradicinina, a angiotensina II que acabou sendo sintetizada por outras vias irá se ligar ao receptor AT2, já que o receptor AT1 está bloqueado pelo losartan e, desse modo, aumentará a produção de bradicinina. O efeito final é que o Captopril reduz a degradação da bradicinina e o Losartan aumenta sua produção. o Farmacocinética: o Usos terapêuticos: Mesmos dos iECA Proteção metabólica (ativam PPARy reduz resistência à insulina, dislipidemia, inflamação, e proliferação celular). o Efeitos adversos: Tontura; hipotensão, IR, hipercalemia o Contra-indicações: Gestantes – potencial teratogênico Ajustar dose na IH Precaução com estenose de artéria renal Inibidor da renina – Aliskiren Antagonistas dos canais de Ca: o Dilatam as arteríolas periféricas e reduzem a PA o Inibem o influxo de cálcio às células musculares lisas arteriais. o Divididos em diidropiridínicos (anlodipino e nifedipina) e não-diidropiridinicos (verapamil e diltiazem). o Ação: Bloqueio competitivo com o Ca nos canais lentos voltagem-dependentes (canal tipo L, predominante no músculo liso e cardíaco). As drogas agem pelo lado interno da membrana e ligam-se mais efetivamente a canais em membranas despolarizadas, que passam a permanecer inativos. As arteríolas são mais sensíveis que as veias, e por isso a hipotensão ortostática não costuma ser um efeito adverso comum. A PA pode sofrer uma grande redução principalmente com uso da nifedipina. o Efeitos: o Farmacocinética: Baixa biodisponibilidade (grande metabolismo de 1ª passagem) Adm VO ou IV Alto grau de ligação protéica Curta duração de ação o Usos clínicos: HAS Angina Arrtimias IC (anlodipino e felodipino) Hemorragia subaracnóide (vasoespasmo) Vasculopatias periféricas (Raynaud) Angina de prinzmetal o Efeitos adversos: Rubor, cefaléia, tontura, hipotensão vasodilatação Edema de MMII BAV Bradicardia (verapamil/diltiazem); taquicardia (nifedipina) DIURÉTICOS Função dos rins: o Controlar a osmolaridade o Fazer o balanço eletrolítico e ácido-base o Atuar na excreção de metabólicos – uréia, ácido úrico, creatinina, hormônios o Atuar na síntese dos hormônios renina, calcitriol e eritropoietina. Relembrando Renina converte angiotensinogênio em angiotensina I, a qual é convertida a Angiotensina II pela ECA. Angiotensina II, por sua vez, atua como vasocontritora diretamente e estimula a secreção de aldosterona, a qual levará à retenção de Sódio (Na) e água. Reabsorção glomerular o 178,5l (por dia passam 180L) de sangue que passam pelos glomérulos são reabsorvidos por dia. o Túbulo proximal: há reabsorção de cerca de 65% de todo o Na e, consequente, a mesma quantidade aproximada de água. o Parte descendente fina da alça de Henle: tem uma alta permeabilidade à água o Parte ascendente delgada: permite somente a passagem do sal e isso mantêm um gradiente osmótico da medula renal, o mecanismo de contra corrente, que vai permitir que o fluxo sanguíneo gire contra a corrente do fluxo tubular, facilitando a passagem dos solutos e solventes. o Túbulo distale ducto coletor: cada um tem uma porcentagem de reabsorção de água e uréia (U) e podem excretar Na, K, e outros íons. Balanço final: Glicose: que deve ser 100% reabsorvida Água: quase total reabsorção Sódio: muito bem reabsorvido Ureia e creatinina: são totalmente excretadas Porção do néfron x diurético o Túbulo contorcido proximal: irão atuar basicamente os inibidores da anidrase carbônica o Alça de Henle: diuréticos de alça, os mais potentes, principalmente no tratamento de edema o Túbulo distal: os Tiazídicos o Porção final do túbulo distal e no Coletor: os poupadores de K Mecanismos importantes para a ação dos diuréticos o Através da membrana basolateral, ou seja em contato com os capilares sanguíneos o Através da membrana apical em contato com o lumen. Mecanismo no qual a água fornece a passagem, no qual íons vêm carreados juntamente com a água, como por exemplo o Na. o Sob o mecanismo de difusão simples e outros diversos de passagens de íons. o Difusão por canal de Prótons, de Na (Por exemplo, existem poupadores de potássio que atuam sob canais de difusão simples de Na.). o Transporte mediado por ATP o Bloqueio do simporte Na Cl o Bloqueio do antiporte Quando há grande volume de LEC ou HAS ocorre parada na síntese de renina. Diuréticos como os de Alça interferem nesse controle em que a mácula densa tem a sensação de que o LEC está elevado, parando de liberar renina, aumentando a diurese. o Junto com a mácula densa, proteínas também são importantes para regular esse processo gerando vasoconstricção ou vasodilatação (catecolaminas, angiotensina II, ADH, atuam como vasocontritores. Dopamina, apesar de ser uma catecolamina, gera vasodilatação, PGE-2...) o O uso de AINEs junto a diuréticos pode interferir no efeito final na diurese, pois os AINEs promovem supressão das prostaglandinas, impedindo a vasodilatação e consequentemente o efeito dos diuréticos. Situações como a ICC são paradoxais. Mesmo com o menos DC, o rim entende o menor volume de sangue que chega nele como um estímulo à produção de renina pela mácula densa, levando a uma maior congestão e edemas pelo aumento do LEC, que gera um desbalanço nas forças de Starling. o barorreceptores aórticos e carotídeos, tambem sinalizam para a ativação do simpático devido a suposta perda de volume e oxigênio, como no caso da ICC, levando à secreção de renina e ADH e aumento do LEC. Há diferentes tipos de mecanismos de diuréticos: os osmóticos (manitol, glicerina, isossorbida), os que inibem enzimas (anidrase carbônica tipo 1 ou 2 presentes na membrana apical da célula), bloqueio de receptores de hormônios (de aldosteroona, corticoides). O melhor diurético não é o de túbulo proximal, e sim o de alça. Pois bloqueando no TCP, o sódio ainda pode ser reabsorvido no resto do “caminho”, consequentemente levando água consigo. INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA o Atuam no Túbulo Contorcido Proximal. (TCP) o O principal uso clínico é no glaucoma, principalmente o glaucoma secundário de ângulo aberto. o O rim sintetiza bicarbonato e o reabsorve também, sendo o ultimo processo essencial para estabelecer um equilíbrio entre a excreção dos ácidos voláteis e a presença do bicarbonato. Normalmente, o bicarbonato é capaz de se associar ao próton formando o ac. Carbônico. o A anidrase carbônica tipo 4 de membrana apical é a mais comum no organismo e quebra o acido em CO2 e água, permitindo a difusão do CO2 para dentro da célula onde há um outro subtipo de anidrase carbônica, que é o tipo 2. Esse subtipo rehidrata esse co2 formando novamente o ácido e como a associação, a dissociação também é favorável. o Isso porque toda bomba de Na/K fornece um gradiente a favor da entrada de Na na célula. A presença de H no interior, faz com que ele tenda a sair, trazendo sódio para dentro. Quando o sódio ganha um gradiente dentro, eu tenho um antiporte de Na/H na membrana apical, próton esse provindo dessa dissociação do ácido (em bicarbonato e H). o Assim, a presença de H no interior, faz com que ele tenda a sair, trazendo sódio para dentro. E levando a uma acidificação da urina. o Quando há inibição da anidrase, eu paro com essa troca, levando a menor reabsorção de Na. o Atenção pois ao inibir essa enzima: Haverá a diminuição da reabsorção de Na, Retenção de H no plasma (Com a menor excreção do próton pode ocorrer acidose metabólico, por aumentar a concentração de prótons plasmática) – acidose metabólica Pelo fato de causar transtornos e desequilíbrios no pH urinário e sanguíneo, gerando distúrbios hidroeletrolíticos que podem levar a uma série de efeitos colaterais não costumam ser usados na HAS Alcalinização da urina Aumento da secreção de bicarbonato urinário e água Aumento da concentração de K no plasma. o O ducto coletor é outro local onde tenho anidrase carbônica, além do proximal. A importância maior do ducto proximal consiste em ser o local de maior absorção de Na e, consequentemente, de água. o Fármacos Acetazolamida Diclorfenamida DIURÉTICOS OSMÓTICOS o São moléculas inertes, não sendo metabolizados o Tem ação sobre toda região tubular o Uma vez administrados, concentram água a sua volta o Os 4 principais são: Glicerina VO Isossorbida VO Manitol IV Uréia IV o Como são farmacologicamente inertes, alteram esse funcionamento do filtrado glomerular, não sendo reabsorvidos, caindo na luz do túbulo e puxando água ao máximo, em especial no túbulo proximal, onde há a maior reabsorção de água em situações normais. o Nos ramos descendente e ascendente (onde há pouca permeabilidade à água, mas muita ao Na, Mg e a Cl) e túbulo distal, a osmolaridade torna-se muito baixa, pois está muito diluído e isso interfere, entre outras coisas, da saída de Na pelo ramo ascendente, e, com isso, você perde o controle e a capacidade de concentração da urina o Há excreção de K, Ca, bicarbonato e fostato, porque ocorre alteração da relação entre o que se tem no sangue e no lumem. O sangue fica mais osmótico que a urina. o Indicações Edema cerebral pré e pós cirúrgico Pressão intraocular pois tira água inclusive do humor aquoso. Prevenção da IRA Tratamento da síndrome de desequilíbrio da diálise Conversão da necrose tubular aguda oligúrica para a não-oligúrica o Reações adversas cefaleia, náusea e vômito, sintomas muito associados à hiponatremia que pode ser gerada. Hipernatremia e desidratação Hipovolemia hipotassemia Edema pulmonar em paciente com IC Glicerina pode aumentar a glicemia Síndrome hiperoncótica (pela hiperosmolaridade – posso tirar tanta água da região tubular que eu posso ficar com uma pressão oncótica aumentada, mas usa-se por pouco tempo, ate diminuir o edema cerebral) DIURÉTICOS DE ALÇA (OU INIBIDORES DO SIMPORTE DE Na K 2Cl) o Exemplos: Ácido etacrínico- quase completamente absorvido Furosemida (Lasix) Torsemida Bumetanida (Purimax) – mais potente o Tem um papel direto com a reabsorção do sal na principal região que separa o solvente do soluto que é o ramo ascendente espesso da alça de Henle. o Leva a uma grande perda de K e Na e, consequentemente de água. o Leva à inibição também de Ca e Mg Em mulheres pós menopausa que tenham osteopenia, isso leva à contraindicação desse fármaco o Sempre que houver uma bomba de Na/K se formará um gradiente que leva o Na da urina para dentro da célula, e é o que vai acontecer nesse caso. A bomba irá trazer 3Na para fora da célula e levar 2K para dentro, o que cria um gradiente que faz com que ele venha da urina para célula. o Na região apical das células da parte ascendente há um simporte de Na/K/2Cl e quando o gradiente gerado pela bomba de Na/K favorece a entrada de Na, por esse transportador, háa entrada de K e 2 Cl junto. o Há ainda um canal de Cl e quando o Na entra, ele despolariza o lúmen e quando o Cl entra ele hiperpolariza a membrana basal. Isso cria um gradiente de voltagem 10 mV que favorece a reabsorção íons, em especial de Ca e Mg. o Vão agir nos carreadores simporte de K⁺, Na⁺ e Cl⁻. Eles têm uma afinidade pela porção que se liga ao cloro, logo, eles vão impedir a reabsorção de K⁺, Na⁺ e Cl⁻ e, eles vão permanecer no lúmen, com isso levando água junto com eles (urina). o Essa inibição da reabsorção vai “quebrar” um gradiente transepitelial positivo para negativo, onde o cálcio e o magnésio, onde, geralmente, são reabsorvido. Com essa inibição eles também serão eliminados com a urina (efeito colateral: hipocalcemia e hipomagnesinemia). o Irá ainda aumentar a excreção de K no local e fora do local, pois com a perda excessiva de Na (assim como ocorreria com a reabsorção excessiva de K) há a liberação de Aldosterona, a qual puxa o Na (não tanto porque o diurético está fazendo efeito), e leva a eliminação de K em grande quantidade como um reflexo da situação. o Associada ao uso desse fármaco e da eliminação de Na e água que ocorrer, há a liberação de prostaglandinas gerando vasodilatação e aumentando a excreção de urina e a natriurese, diminuindo também o retorno venoso e a pressão de enchimento das câmaras cardíacas o que é excelente para a IC – não utilizar AINE´s pela inibição das prostaglandinas o Vários trabalhos já mostraram que os diuréticos de alça causam uma venodilatação. “antes do paciente urinar, ele já se encontra bem do edema agudo de pulmão”. o Diminui o aparecimento de hipertrofia de câmaras, em especial VE, e, consequente, de Fibrilações e falência. o O Celecoxibe, inibidor seletivo da COX2 é um problema. A COX 2, além de ser induzida é também constitutiva do coração e dos rins. Desse modo, apesar de provocar menos efeitos gástricos, faz com que se perca esse efeito dos diuréticos além de aumentar o risco de trombose. o Indicações ICC Diminuição do debito cardíaco ativação neuro-humoral vasoconstrição e retenção de água e sódio. (vai agir diminuindo essa retenção de água e sódio e age por venodilatação também) EAP Aumento da capacitância venosa + intensa natriurese reduz as pressões de enchimento ventricular (vai diminuir o retorno venoso – venodilatação e aumentar a diurese) Ascite Crise Hipertensiva IRA Síndrome Nefrótica DIURÉTICOS TIAZÍDICOS o Exemplos Hidroclorotiazida Clortaridona Metolazona Dapamida – uma das mais potentes o Capacidade elevada de excreção de sal no TCD pelo bloqueio do simporte Na/Cl. o Atuam pouco na excreção de Na pois onde ele atua ocorre pouca reabsorção de Na (apenas cerca de 5%) o Muito útil como terapia conjugada, principalmente com Beta bloqueadores o A bomba de Na/K irá promover o gradiente para a entrada de Na na célula. No simporte ele entra conjugado ao Cl e quando se usa os Tiazídicos, há a inibição desse simporte, aumentando a excreção de Na e Cl no TCD. Logo, o cloro e o sódio continuarão na luz tubular, levando a água. o Com a diminuição do Ca e Na plasmático, há uma diminuição do volume de LEC, do tônus vascular e menos resposta à noradrenalina, angiotensina II. Proporciona uma vasodilatação, que associada à perda de água, promove a diminuição da P.A. o A perda de Ca acontece pelo mesmo mecanismo do Diurético de alça. Perde-se o gradiente, Ca não é reabsorvido e se perde na urina. o Indicação HAS com IC ou não Diabetes insipidus Litíase renal o Com o uso desse tipo de diurético, inicialmente há diminuição da PA. Se não for usado em conjugação com nada, nem usado algum bloqueio vasodilatador, com o passar do tempo, a PA aumenta, por não vasodilatar. Resistência arterial Perda de Na+ Inicialmente Volume plasmático Debito cardíaco Pressão arterial Longo tempo Perfusão renal Renina / angiotensina Resistência arterial Pressão arterial Mecanismos contra-reguladores Diurético DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO o Ação no ducto coletor o Exemplos Espironolactona - antagonista do receptor de aldosterona urinário A aldosterona puxa Na, água e excreta K. Se antagonizamos esse receptor, o K fica retido, e se mantém o efeito diurético da excreção de Na. A aldosterona possui um receptor próprio, que é o receptor de mineralocorticoides e, ao se ligar nele, vai ao núcleo induzindo a síntese de ptns e enzimas que gerarão seu efeito, ou seja, leva ao aumento do número de canais de Na na membrana apical das células tubulares, além de aumentar a síntese e distribuição de bombas de Na/K na membrana basolateral, afim de aumentar a reabsorção e Na. Dessa forma a excreção de Na esta normal (pelo efeito do diurético associado), porém não depleto K. Amilorida - atua inibindo os canais de Na do epitélio renal Trianterenos - atua inibindo os canais de Na do epitélio renal A bomba de Na/K irá atuar promovendo o gradiente de voltagem que leva o Na a entrar na célula. Já a anidrase carbônica joga próton pra fora e bota bicarbonato pra dentro. Quando o Na entra, promove um gradiente que favorece a saída do potássio e do próton para a urina pela membrana basolateral. Quando eu bloqueio o canal de Na, eu não gero essa diferença potencial elétrico, então eu não perco potássio e próton para a urina. Isso poderia gerar acidose metabólica, porém, como não está sendo usado um inibidor da anidrase carbônica, lá no TCP, você tem secreção de próton e reabsorção de bicarbonato normalmente, então o processo fica equilibrado. Ocorre redução da excreção de Na, logo eu não depleto K RESISTÊNCIA AOS DIURÉTICOS A diurese excessiva, insuficiência cardíaca grave, o uso de AINES, situações de choque diminuem o fluxo renal, com isso terá um aumento da liberação de renina, que aumentará consequentemente a aldosterona (ficará excessiva) e, essa aldosterona, pode levar a uma hipertrofia dos túbulos (principalmente na porção final) prejudicando a ação dos diuréticos.
Compartilhar