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Resumo Anti-hipertensivos e Diuréticos

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RESUMO FARMACOLOGIA 
 
ANTI-HIPERTENSIVOS 
 Diagnóstico: pressão com valores iguais ou maiores que 140X90mmHg. Com duas a três aferições em 
diferentes consultas para se diagnosticar. 
 
 Estágios: 
 PA (sist.) PA (dias.) 
Estagio 1 140 -159 90-99 
Estagio 2 160- 179 100-109 
Estagio 3 ↑180 ↑ 110 
 
 Tratamento farmacológico: 
o Em casos mais leves, posso dar ate 3 meses para o paciente emagrecer, fazer dieta, atividade física e ver 
como isso se reflete na PA dele. Mas se já tiver lesão de órgão alvo, começamos o tratamento 
farmacológico. 
o Diuréticos 
o Antagonistas dos canais de cálcio 
o β-bloq 
o Inibidores da cininase II (ECA) 
o Antagonistas dos receptores AT1 
o Inibidor da renina – Alisquireno 
o Outros: agonistas α2, antagonistas α1 e vasodilatadores diretos (mais usados em casos especiais como HAS 
resistente, gravidez) 
 
1) β-bloqueadores: 
 
β-bloqueador (vai impedir a ligação com o receptor) 
 ↘ 
Noradrenalina  receptor  ativa proteína G  ativa adenilato ciclase  ↑ AMPC  abre os canais de cálcio  
entrada de cálcio 
 
o Como esses fármacos vão atuar? 
 Na junção neuro-efetora, e vão atuar principalmente no neurônio pós- sináptico bloqueando os 
receptores beta adrenérgicos (ou alfa no caso dos bloqueadores α). 
 
o Diferenças que afetam seu uso clínico: 
o Cardiosseletividade 
o Lipossolubilidade (atravessa BHE) – quanto maior, aumenta ocorrência de depressão e alterações do sono; 
tto da enxaqueca 
o Potência 
Propanolol/atenolol 1:10 
Bisoprolol/ Carvedilol/ Nebivolol 10x (+ caros - não apresentam tantos efeitos adversos  uso de menores 
doses, pois tem maior potência) 
o Vasodilatação 
 
o Classes: 
o Antagonistas β1 e β2 (não seletivo) – propranolol #, nadolol, timolol, pindolol* 
o Antagonistas β1 (seletivos) – metoprolol #, atenolol, acebutolol #, esmolol, bisoprolol 
o Antagonistas β1 e β2 + α1 – labetalol, carvedilol**, medroxalol, bucindolol 
o Antagonistas β1 + NO – Nebivolol 
o Antagonistas β1 + Agonista β2 – Celipralol*, Dilevalol 
o Antagonista β1 + α1 – Bevantolol 
 
OBS: *Atividade simpaticomimética intrínseca β2 (vasodilatação) – reduz efeitos adversos 
**Possui ação anti-oxidante, aumentando a produção de NO e tendo efeitos semelhantes ao Nebivolol 
# Alta lipossolubilidade 
 
 
VASODILATADORES 
o Efeitos: 
o Cronotrópico negativo no nó sinusal – 50/60 bpm 
o Dromotrópico – reduz condução pelo nodo AV 
o Antiarrítmico – por isso usado nas primeiras horas do IAM 
o Inotrópico negativo – diminui risco de isquemia e reduz a PA 
o Efeito β1 no rim – inibe liberação de renina no aparelho justaglomerular 
OBS: isso reduz não só a RVP, mas a angiotensina II tem uma contribuição muito grande também na 
redução da hipertrofia cardíaca que acompanha a hipertensão. E é na verdade o objetivo dessa 
terapêutica, não só atuar na pressão, mas atuar nas alterações estruturais, trazendo melhora no 
remodelamento. 
 
o Os mais modernos possuem ação vasodilatadora ou por liberarem NO ou por ação antagonista α1. 
o Efeito β2 (nos não seletivos) = vasoconstricção 
OBS: Então, muitas vezes não vai se conseguir ver uma queda importante da pressão arterial num primeiro 
momento por esse aumento da resistência vascular periférica reflexa a queda do DC. Isso só vai 
normalizar depois, quando já tiver um efeito sobre o SRAA, em que há uma volta da resistência à 
normalidade. 
 
o Efeitos anti-hipertensivos – RESUMO: 
 Reduz FC, contratilidade e DC por efeito β1 
 Inicialmente  aumento da RVP, que depois é normalizada peã redução do SRAA 
 Redução da RVP pela inibição de receptores β em neurônios noradrenergicos sinápticos 
 Redução de aldosterona, com menor retenção de Na e H2O e redução do volume intravascular. 
 Efeitos vasodilatadores aliados (agonismo β2, NO, anatgonismo α1) 
 
o Farmacocinética: 
o Baixa biodisponibilidade oral por alta metabolização hepática (exceção = pindolol) 
o Lipossolúveis  metabolizado e eliminado pelo fígado  bom para nefropatas 
o Hidrossolúveis  liberados de forma inalterada pelo rim  bom para hepatopatas 
 
 
 
o Vantagens dos β1 seletivos: 
o Reduz cronotropismo, inotropismo e PA 
o Reduz broncoespasmo 
o Reduz efeitos metabólicos (dislipidemia) 
o Reduz efeitos circulatórios (menor vasoconstrição) 
 
o Usos terapêuticos: 
o Angina estável e instável 
o IAM (primeiras horas e longo prazo) 
o HAS 
o IC (assintomática até classe III. Não usar na classe IV, pois piora/descompensa) 
o Prolapso de valva mitral 
o Arritmias cardíacas (sinusal, atrial e para evitar ventricular após IAM) 
o Aneurisma de aorta (reduz FC e trabalho cardíaco, reduzindo as chances de romper) 
o Glaucoma – PINDOLOL (reduz pressão intraocular) 
o Hipertireoidismo 
o Ansiedade (taquicardia, tremores) 
o Tremor essencial 
o Profilaxia da enxaqueca (propranolol 20mg) 
 
o Efeitos adversos: 
o Bradicardia 
o Vasoconstricção periférica (efeito bloqueador β2) – formigamento, extremidades frias 
o Hipotensão 
o Broncoespasmo (efeito bloqueador β2) 
o Insônia, depressão, pesadelos (lipossolubilidade) 
o Hipoglicemia (inibe atividade simpática, logo, inibe glicogenólise, reduzindo a mobilização de glicose em 
resposta à hipoglicemia. Atenção com exercício e insulina!) 
o Dislipidemia (reduz HDL e aumenta TAG) 
o Reduz libido e ereção 
 
o Contra-indicações: 
o Bradicardia grave 
o BAV 2º ou 3º grau 
o Asma e DPOC graves (não usar não seletivo e seletivo só em baixas doses) 
o Depressão (cuidado com lipossolúveis!) 
o Doença arterial periférica 
o Disfunção erétil (bloqueio β2, que gera vasoconstrição) 
 
o Tratamento crônico – complicações: 
o Síndrome de retirada  o β bloqueio leva a UP-regulation dos receptores. Ao suspender drasticamente os 
β-bloqs, as aminas se ligam e causam crise hipertensiva grave. Retirada deve ser feita de 10 a 14 dias com 
introdução de outra medicação. 
 
2) Bloqueadores α1: Prazosin, Doxazosin, Terazosin 
 
o Mecanismo de ação: 
o Nora se liga ao receptor α1  ativa proteína Gq  aumenta IP3  aumenta Ca intracel.  contração do 
músculo liso vascular. (Inibem esta cascata!) 
o Não bloqueiam α2 e, portanto, não geram uma resposta reflexa tão grave pois ainda há efeito α2 
(vantagem frente aos não-seletivos) 
o Tem ação arteriolar e venosa 
 
o Efeitos colaterais: 
o São muitos, por isso não são 1ª linha. 
o Causam HIPOTENSÃO grave (por isso a 1ª dose é noturna), síncope, vertigens. 
 Com isso, gera taquicardia reflexa pela queda abrupta da PA. 
o Retenção de liquido 
 
o Usos terapêuticos: 
o HAS como 2ª linha (HAS resistente) 
o HAS com hiperplasia prostática ou disfunção erétil 
Obs: adicionar diurético no tto crônico! 
 
3) Agonistas α2: 
 
a) Clonidina 
o Mecanismo de ação: 
 O agonismo α2 gera feedback negativo sobre a liberação de NA pelo neurônio pré-sinaptico. 
 
o Farmacocinética: 
 Boa absorção via oral; 
 100% de biodisponibilidade 
 T ½ = 12h 
 
o Usos terapêuticos: 
 HAS (2ª linha) 
 Usado na prevenção de descarga adrenérgica no período de abstinência a drogas e álcool. 
 Usado principalmente no pré-OP. 
 
b) Metil-dopa 
o Mecanismo de ação: 
 Seu efeito se dá pelo metabolito α-metilnorepinefrina, que atua como falso transmissor, 
estimulando os receptores α2 adrenergicos, que fazem feedback negativo sobre a liberação de 
NA. 
 
o Farmacocinética: 
 T ½ = 7 a 16h 
 Atravessa BHE 
 Eliminação renal (até 70%) 
 
o Indicações: 
 HAS (2ª linha) 
 HAS gestacional 
 
o Efeitos colaterais: 
 sedação, depressão, xerostomia, efeito rebote, hipotensão ortostática, anemia hemolítica, 
Lúpus-like. 
 
4) Bloqueadores α não seletivos: 
a) Irreversíveis: Fenoxibenzaminao Usado APENAS na HAS associada ao feocromocitoma 
o Pouco seguro, pois é irreversível e promove bloqueio completo 
o Há aumento da FC e do DC por atividade reflexa (arritmias) após bloqueio de α1 
o Como há bloqueio α2 não há feedback negativo sobre a liberação de NA 
 Conseqüência: aumenta FC, DC e arritmias. 
o A conduta é utilizá-lo com um β-bloq. 
 
b) Reversíveis: Fentolamina 
o Usado na fase aguda do feocromocitoma por ser reversível. 
o Inicia o uso 3 semanas antes da cirurgia associado a um β-bloq. 
 
Fármacos que atuam no SRAA e nos canais de Ca 
 
SRAA: 
o A renina é liberada pelas células do aparelho justaglomeurlar presente na arteríola aferente e pela mácula 
densa no final da AH e inicio do TCD. 
o Estímulos para liberação de renina  redução da pressão de perfusão renal, adrenalina, hiponatremia. 
o Renina  transforma angiontensinogenio em angiotensina I que é convertida em angiotensina II pela ECA. 
o Efeitos da Ang II: 
 Efeitos sobre AT1: 
 Vasocontrição arteriolar (PP. Arteríolas aferente e eferente) 
 Constrição venosa 
 Hipertrofia e remodelamento cardíaco 
 Liberação de catecolaminas pela adrenal 
 Aumenta liberação de aldosterona 
 Reabsorção de Na ao se ligar aos receptores AT1. 
 Efeitos sobre AT2: 
 Vasodilatação 
 Reduz remodelamento 
 Reduz liberação de catecolaminas 
 Reduz RVP 
 
 iECA: 
o Inibem a ECA (cininase plasmática II), que alem de ser a enzima que produz Ang II, é responsável por 
inativar a bradicinina (importante vasodilatador). 
o Ação anti-hipertensiva  ação inibitória sobre o SRAA e ação estimulatoria sobre o sistema calicreina-
bradicinina. 
OBS: Efeitos do sistema calicreina-bradicinina = Bradicinina sobre receptor B1 faz vasoconstrição; 
sobre B2 faz vasodilatação e produção de NO e pstaciclina. 
 
o Efeitos: 
 Redução da RVP (DC e FC quase não se alteram) – não produzem taquicardia reflexa. 
 Cabe ressaltar que o maior efeito dessas drogas ocorre devido à inibição da degradação da 
bradicinina o que gera vasodilatação. Isso ocorre porque existem outras vias capazes de produzir 
angiotensina II. 
o Usos clínicos: 
 Os IECA tem uma ação particularmente útil nos diabéticos, reduzindo a proteinúria e estabilizando 
a função renal, devido à melhora da hemodinâmica intra-renal, com diminuição da resistência das 
arteríolas eferentes glomerulares e uma conseqüente redução da pressão intracapilar 
intraglomerular. 
 Hipertensão leve a moderada 
 Maior eficácia em pacientes hipertensos brancos, jovens e de meia-idade. 
 Associados aos diuréticos: a efetividade é semelhante em brancos e negros. 
 Hipertensão com obesidade visceral 
 Hipertensos Diabéticos com ou sem nefropatia diabética ou proteinuria 
 Insuficiência cardíaca congestiva crônica. 
o Classificados pelo grupo químico que a que pertencem: 
 Radical sulfidril – Captopril 
 Radical carboxil – Enalapril, Lisinopril 
 Radical fósforo – Fosinopril 
o Farmacocinética: 
 Apenas o captopril e o lisinopril são drogas ativas. Os demais compostos são pró-drogas que 
necessitam metabolização. 
 A absorção de todas as drogas é oral. Existe comercialmente apenas uma forma para uso 
parenteral (endo-venoso), que é composta pelo enalaprilato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Efeitos adversos: 
 Tosse seca 
 Hipotensão 
 Angioedema (raro) 
 Vermelhidão cutânea 
 Insuficiência renal aguda 
 Hiperpotassemia (potencializada pelos diuréticos poupadores de potássio) 
o Contra-indicações: 
 Gravidez – potencial teratogênico 
 História de hipersensibilidade 
 Historia de angioedema 
 Estenose bilateral de artéria renal ou em um único rim remanescente. 
o Interações: 
 Diuréticos  hipotensão grave 
 Diuréticos poupadores de K  hiperpotassemia 
 Alopurinol  Stevens-Johnson 
 Lítio 
 AINE  reduzem efeito anti-hipertensivo dos iECA (reduz síntese de prostaglandinas estimulada 
pelos iECA). 
 
 BRA (Bloqueadores do receptor de angiotensina): 
o Fármacos dessa classe atuam antagonizando o receptor AT1, impedindo que a angiotensina II se ligue a 
esse receptor e promova os efeitos a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Ocorre ligação da AngII com o receptor AT2, promovendo os efeitos opostos (vasodilatação, inibe 
hipertrofia e remodelamento, modula liberação de catecolaminas). 
o Uma associação interessante é do Losartan com os inibidores da ECA. Enquanto os inibidores da ECA 
inibem a conversão de angiotensina I e angiotensina II e inibem a clivagem da bradicinina, a angiotensina II 
que acabou sendo sintetizada por outras vias irá se ligar ao receptor AT2, já que o receptor AT1 está 
bloqueado pelo losartan e, desse modo, aumentará a produção de bradicinina. O efeito final é que o 
Captopril reduz a degradação da bradicinina e o Losartan aumenta sua produção. 
 
o Farmacocinética: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Usos terapêuticos: 
 Mesmos dos iECA 
 Proteção metabólica (ativam PPARy  reduz resistência à insulina, dislipidemia, inflamação, e 
proliferação celular). 
o Efeitos adversos: 
 Tontura; hipotensão, IR, hipercalemia 
o Contra-indicações: 
 Gestantes – potencial teratogênico 
 Ajustar dose na IH 
 Precaução com estenose de artéria renal 
 
 Inibidor da renina – Aliskiren 
 
 Antagonistas dos canais de Ca: 
o Dilatam as arteríolas periféricas e reduzem a PA 
o Inibem o influxo de cálcio às células musculares lisas arteriais. 
o Divididos em diidropiridínicos (anlodipino e nifedipina) e não-diidropiridinicos (verapamil e diltiazem). 
o Ação: 
 Bloqueio competitivo com o Ca nos canais lentos voltagem-dependentes (canal tipo L, 
predominante no músculo liso e cardíaco). 
 As drogas agem pelo lado interno da membrana e ligam-se mais efetivamente a canais em 
membranas despolarizadas, que passam a permanecer inativos. 
 As arteríolas são mais sensíveis que as veias, e por isso a hipotensão ortostática não costuma ser 
um efeito adverso comum. 
 A PA pode sofrer uma grande redução principalmente com uso da nifedipina. 
 
o Efeitos: 
 
 
o Farmacocinética: 
 Baixa biodisponibilidade (grande metabolismo de 1ª passagem) 
 Adm VO ou IV 
 Alto grau de ligação protéica 
 Curta duração de ação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Usos clínicos: 
 HAS 
 Angina 
 Arrtimias 
 IC (anlodipino e felodipino) 
 Hemorragia subaracnóide (vasoespasmo) 
 Vasculopatias periféricas (Raynaud) 
 Angina de prinzmetal 
 
o Efeitos adversos: 
 Rubor, cefaléia, tontura, hipotensão  vasodilatação 
 Edema de MMII 
 BAV 
 Bradicardia (verapamil/diltiazem); taquicardia (nifedipina) 
 
DIURÉTICOS 
 Função dos rins: 
o Controlar a osmolaridade 
o Fazer o balanço eletrolítico e ácido-base 
o Atuar na excreção de metabólicos – uréia, ácido úrico, creatinina, hormônios 
o Atuar na síntese dos hormônios renina, calcitriol e eritropoietina. 
 Relembrando Renina converte angiotensinogênio em angiotensina I, a qual é convertida a 
Angiotensina II pela ECA. Angiotensina II, por sua vez, atua como vasocontritora diretamente e 
estimula a secreção de aldosterona, a qual levará à retenção de Sódio (Na) e água. 
 Reabsorção glomerular 
o 178,5l (por dia passam 180L) de sangue que passam pelos glomérulos são reabsorvidos por dia. 
o Túbulo proximal: há reabsorção de cerca de 65% de todo o Na e, consequente, a mesma quantidade 
aproximada de água. 
o Parte descendente fina da alça de Henle: tem uma alta permeabilidade à água 
o Parte ascendente delgada: permite somente a passagem do sal e isso mantêm um gradiente osmótico 
da medula renal, o mecanismo de contra corrente, que vai permitir que o fluxo sanguíneo gire contra a 
corrente do fluxo tubular, facilitando a passagem dos solutos e solventes. 
o Túbulo distale ducto coletor: cada um tem uma porcentagem de reabsorção de água e uréia (U) e 
podem excretar Na, K, e outros íons. 
 Balanço final: 
 Glicose: que deve ser 100% reabsorvida 
 Água: quase total reabsorção 
 Sódio: muito bem reabsorvido 
 Ureia e creatinina: são totalmente excretadas 
 Porção do néfron x diurético 
o Túbulo contorcido proximal: irão atuar basicamente os inibidores da anidrase carbônica 
o Alça de Henle: diuréticos de alça, os mais potentes, principalmente no tratamento de edema 
o Túbulo distal: os Tiazídicos 
o Porção final do túbulo distal e no Coletor: os poupadores de K 
 Mecanismos importantes para a ação dos diuréticos 
o Através da membrana basolateral, ou seja em contato com os capilares sanguíneos 
o Através da membrana apical em contato com o lumen. Mecanismo no qual a água fornece a 
passagem, no qual íons vêm carreados juntamente com a água, como por exemplo o Na. 
o Sob o mecanismo de difusão simples e outros diversos de passagens de íons. 
o Difusão por canal de Prótons, de Na (Por exemplo, existem poupadores de potássio que atuam sob 
canais de difusão simples de Na.). 
o Transporte mediado por ATP 
o Bloqueio do simporte Na Cl 
o Bloqueio do antiporte 
 Quando há grande volume de LEC ou HAS ocorre parada na síntese de renina. Diuréticos como os de Alça 
interferem nesse controle em que a mácula densa tem a sensação de que o LEC está elevado, parando de 
liberar renina, aumentando a diurese. 
o Junto com a mácula densa, proteínas também são importantes para regular esse processo gerando 
vasoconstricção ou vasodilatação (catecolaminas, angiotensina II, ADH, atuam como vasocontritores. 
Dopamina, apesar de ser uma catecolamina, gera vasodilatação, PGE-2...) 
o O uso de AINEs junto a diuréticos pode interferir no efeito final na diurese, pois os AINEs promovem 
supressão das prostaglandinas, impedindo a vasodilatação e consequentemente o efeito dos 
diuréticos. 
 Situações como a ICC são paradoxais. Mesmo com o menos DC, o rim entende o menor volume de sangue que 
chega nele como um estímulo à produção de renina pela mácula densa, levando a uma maior congestão e 
edemas pelo aumento do LEC, que gera um desbalanço nas forças de Starling. 
o barorreceptores aórticos e carotídeos, tambem sinalizam para a ativação do simpático devido a 
suposta perda de volume e oxigênio, como no caso da ICC, levando à secreção de renina e ADH e 
aumento do LEC. 
 Há diferentes tipos de mecanismos de diuréticos: os osmóticos (manitol, glicerina, isossorbida), os que inibem 
enzimas (anidrase carbônica tipo 1 ou 2 presentes na membrana apical da célula), bloqueio de receptores de 
hormônios (de aldosteroona, corticoides). 
 O melhor diurético não é o de túbulo proximal, e sim o de alça. Pois bloqueando no TCP, o sódio ainda pode ser 
reabsorvido no resto do “caminho”, consequentemente levando água consigo. 
 INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA 
o Atuam no Túbulo Contorcido Proximal. (TCP) 
o O principal uso clínico é no glaucoma, principalmente o glaucoma secundário de ângulo aberto. 
o O rim sintetiza bicarbonato e o reabsorve também, sendo o ultimo processo essencial para estabelecer 
um equilíbrio entre a excreção dos ácidos voláteis e a presença do bicarbonato. Normalmente, o 
bicarbonato é capaz de se associar ao próton formando o ac. Carbônico. 
o A anidrase carbônica tipo 4 de membrana apical é a mais comum no organismo e quebra o acido em 
CO2 e água, permitindo a difusão do CO2 para dentro da célula onde há um outro subtipo de anidrase 
carbônica, que é o tipo 2. Esse subtipo rehidrata esse co2 formando novamente o ácido e como a 
associação, a dissociação também é favorável. 
o Isso porque toda bomba de Na/K fornece um gradiente a favor da entrada de Na na célula. A presença 
de H no interior, faz com que ele tenda a sair, trazendo sódio para dentro. Quando o sódio ganha um 
gradiente dentro, eu tenho um antiporte de Na/H na membrana apical, próton esse provindo dessa 
dissociação do ácido (em bicarbonato e H). 
o Assim, a presença de H no interior, faz com que ele tenda a sair, trazendo sódio para dentro. E levando 
a uma acidificação da urina. 
o Quando há inibição da anidrase, eu paro com essa troca, levando a menor reabsorção de Na. 
o Atenção pois ao inibir essa enzima: 
 Haverá a diminuição da reabsorção de Na, 
 Retenção de H no plasma (Com a menor excreção do próton pode ocorrer acidose metabólico, 
por aumentar a concentração de prótons plasmática) – acidose metabólica 
 Pelo fato de causar transtornos e desequilíbrios no pH urinário e sanguíneo, gerando 
distúrbios hidroeletrolíticos que podem levar a uma série de efeitos colaterais não 
costumam ser usados na HAS 
 Alcalinização da urina 
 Aumento da secreção de bicarbonato urinário e água 
 Aumento da concentração de K no plasma. 
o O ducto coletor é outro local onde tenho anidrase carbônica, além do proximal. A importância maior 
do ducto proximal consiste em ser o local de maior absorção de Na e, consequentemente, de água. 
o Fármacos 
 Acetazolamida 
 Diclorfenamida 
 DIURÉTICOS OSMÓTICOS 
o São moléculas inertes, não sendo metabolizados 
o Tem ação sobre toda região tubular 
o Uma vez administrados, concentram água a sua volta 
o Os 4 principais são: 
 Glicerina VO 
 Isossorbida VO 
 Manitol IV 
 Uréia IV 
o Como são farmacologicamente inertes, alteram esse funcionamento do filtrado glomerular, não sendo 
reabsorvidos, caindo na luz do túbulo e puxando água ao máximo, em especial no túbulo proximal, 
onde há a maior reabsorção de água em situações normais. 
o Nos ramos descendente e ascendente (onde há pouca permeabilidade à água, mas muita ao Na, Mg e a 
Cl) e túbulo distal, a osmolaridade torna-se muito baixa, pois está muito diluído e isso interfere, entre 
outras coisas, da saída de Na pelo ramo ascendente, e, com isso, você perde o controle e a capacidade 
de concentração da urina 
o Há excreção de K, Ca, bicarbonato e fostato, porque ocorre alteração da relação entre o que se tem no 
sangue e no lumem. O sangue fica mais osmótico que a urina. 
o Indicações 
 Edema cerebral pré e pós cirúrgico 
 Pressão intraocular pois tira água inclusive do humor aquoso. 
 Prevenção da IRA 
 Tratamento da síndrome de desequilíbrio da diálise 
 Conversão da necrose tubular aguda oligúrica para a não-oligúrica 
o Reações adversas 
 cefaleia, náusea e vômito, sintomas muito associados à hiponatremia que pode ser gerada. 
 Hipernatremia e desidratação 
 Hipovolemia 
 hipotassemia 
 Edema pulmonar em paciente com IC 
 Glicerina pode aumentar a glicemia 
 Síndrome hiperoncótica (pela hiperosmolaridade – posso tirar tanta água da região tubular que 
eu posso ficar com uma pressão oncótica aumentada, mas usa-se por pouco tempo, ate 
diminuir o edema cerebral) 
 
 DIURÉTICOS DE ALÇA (OU INIBIDORES DO SIMPORTE DE Na K 2Cl) 
o Exemplos: 
 Ácido etacrínico- quase completamente absorvido 
 Furosemida (Lasix) 
 Torsemida 
 Bumetanida (Purimax) – mais potente 
o Tem um papel direto com a reabsorção do sal na principal região que separa o solvente do soluto que é 
o ramo ascendente espesso da alça de Henle. 
o Leva a uma grande perda de K e Na e, consequentemente de água. 
o Leva à inibição também de Ca e Mg 
 Em mulheres pós menopausa que tenham osteopenia, isso leva à contraindicação desse 
fármaco 
o Sempre que houver uma bomba de Na/K se formará um gradiente que leva o Na da urina para dentro 
da célula, e é o que vai acontecer nesse caso. A bomba irá trazer 3Na para fora da célula e levar 2K para 
dentro, o que cria um gradiente que faz com que ele venha da urina para célula. 
o Na região apical das células da parte ascendente há um simporte de Na/K/2Cl e quando o gradiente 
gerado pela bomba de Na/K favorece a entrada de Na, por esse transportador, háa entrada de K e 2 Cl 
junto. 
o Há ainda um canal de Cl e quando o Na entra, ele despolariza o lúmen e quando o Cl entra ele 
hiperpolariza a membrana basal. Isso cria um gradiente de voltagem 10 mV que favorece a reabsorção 
íons, em especial de Ca e Mg. 
o Vão agir nos carreadores simporte de K⁺, Na⁺ e Cl⁻. Eles têm uma afinidade pela porção que se liga ao 
cloro, logo, eles vão impedir a reabsorção de K⁺, Na⁺ e Cl⁻ e, eles vão permanecer no lúmen, com isso 
levando água junto com eles (urina). 
o Essa inibição da reabsorção vai “quebrar” um gradiente transepitelial positivo para negativo, onde o 
cálcio e o magnésio, onde, geralmente, são reabsorvido. Com essa inibição eles também serão 
eliminados com a urina (efeito colateral: hipocalcemia e hipomagnesinemia). 
o Irá ainda aumentar a excreção de K no local e fora do local, pois com a perda excessiva de Na (assim 
como ocorreria com a reabsorção excessiva de K) há a liberação de Aldosterona, a qual puxa o Na (não 
tanto porque o diurético está fazendo efeito), e leva a eliminação de K em grande quantidade como um 
reflexo da situação. 
o Associada ao uso desse fármaco e da eliminação de Na e água que ocorrer, há a liberação de 
prostaglandinas gerando vasodilatação e aumentando a excreção de urina e a natriurese, diminuindo 
também o retorno venoso e a pressão de enchimento das câmaras cardíacas o que é excelente para a 
IC – não utilizar AINE´s pela inibição das prostaglandinas 
o Vários trabalhos já mostraram que os diuréticos de alça causam uma venodilatação. “antes do paciente 
urinar, ele já se encontra bem do edema agudo de pulmão”. 
o Diminui o aparecimento de hipertrofia de câmaras, em especial VE, e, consequente, de Fibrilações e 
falência. 
o O Celecoxibe, inibidor seletivo da COX2 é um problema. A COX 2, além de ser induzida é também 
constitutiva do coração e dos rins. Desse modo, apesar de provocar menos efeitos gástricos, faz com 
que se perca esse efeito dos diuréticos além de aumentar o risco de trombose. 
 
o Indicações 
 ICC 
 Diminuição do debito cardíaco  ativação neuro-humoral  vasoconstrição e 
retenção de água e sódio. (vai agir diminuindo essa retenção de água e sódio e age por 
venodilatação também) 
 EAP 
 Aumento da capacitância venosa + intensa natriurese  reduz as pressões de 
enchimento ventricular (vai diminuir o retorno venoso – venodilatação e aumentar a 
diurese) 
 Ascite 
 Crise Hipertensiva 
 IRA 
 Síndrome Nefrótica 
 
 
 
 DIURÉTICOS TIAZÍDICOS 
o Exemplos 
 Hidroclorotiazida 
 Clortaridona 
 Metolazona 
 Dapamida – uma das mais potentes 
o Capacidade elevada de excreção de sal no TCD pelo bloqueio do simporte Na/Cl. 
o Atuam pouco na excreção de Na pois onde ele atua ocorre pouca reabsorção de Na (apenas cerca de 
5%) 
o Muito útil como terapia conjugada, principalmente com Beta bloqueadores 
o A bomba de Na/K irá promover o gradiente para a entrada de Na na célula. No simporte ele entra 
conjugado ao Cl e quando se usa os Tiazídicos, há a inibição desse simporte, aumentando a excreção de 
Na e Cl no TCD. Logo, o cloro e o sódio continuarão na luz tubular, levando a água. 
o Com a diminuição do Ca e Na plasmático, há uma diminuição do volume de LEC, do tônus vascular e 
menos resposta à noradrenalina, angiotensina II. Proporciona uma vasodilatação, que associada à 
perda de água, promove a diminuição da P.A. 
o A perda de Ca acontece pelo mesmo mecanismo do Diurético de alça. Perde-se o gradiente, Ca não é 
reabsorvido e se perde na urina. 
o Indicação 
 HAS com IC ou não 
 Diabetes insipidus 
 Litíase renal 
o Com o uso desse tipo de diurético, inicialmente há diminuição da PA. Se não for usado em conjugação 
com nada, nem usado algum bloqueio vasodilatador, com o passar do tempo, a PA aumenta, por não 
vasodilatar. 
 Resistência arterial 
Perda de Na+ 
Inicialmente 
 Volume plasmático 
 Debito cardíaco 
 Pressão arterial 
Longo 
tempo 
Perfusão renal 
 Renina / angiotensina 
Resistência arterial 
Pressão arterial 
Mecanismos 
contra-reguladores 
Diurético 
 
 DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO 
o Ação no ducto coletor 
o Exemplos 
 Espironolactona - antagonista do receptor de aldosterona urinário 
 A aldosterona puxa Na, água e excreta K. Se antagonizamos esse receptor, o K fica 
retido, e se mantém o efeito diurético da excreção de Na. 
 A aldosterona possui um receptor próprio, que é o receptor de mineralocorticoides e, 
ao se ligar nele, vai ao núcleo induzindo a síntese de ptns e enzimas que gerarão seu 
efeito, ou seja, leva ao aumento do número de canais de Na na membrana apical das 
células tubulares, além de aumentar a síntese e distribuição de bombas de Na/K na 
membrana basolateral, afim de aumentar a reabsorção e Na. 
 Dessa forma a excreção de Na esta normal (pelo efeito do diurético associado), porém 
não depleto K. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Amilorida - atua inibindo os canais de Na do epitélio renal 
 Trianterenos - atua inibindo os canais de Na do epitélio renal 
 A bomba de Na/K irá atuar promovendo o gradiente de voltagem que leva o Na a 
entrar na célula. Já a anidrase carbônica joga próton pra fora e bota bicarbonato pra 
dentro. Quando o Na entra, promove um gradiente que favorece a saída do potássio e 
do próton para a urina pela membrana basolateral. 
 Quando eu bloqueio o canal de Na, eu não gero essa diferença potencial elétrico, 
então eu não perco potássio e próton para a urina. 
 Isso poderia gerar acidose metabólica, porém, como não está sendo usado um inibidor 
da anidrase carbônica, lá no TCP, você tem secreção de próton e reabsorção de 
bicarbonato normalmente, então o processo fica equilibrado. 
 
 Ocorre redução da excreção de Na, logo eu não depleto K 
 
 
RESISTÊNCIA AOS DIURÉTICOS 
 A diurese excessiva, insuficiência cardíaca grave, o uso de AINES, situações de choque diminuem o fluxo renal, 
com isso terá um aumento da liberação de renina, que aumentará consequentemente a aldosterona (ficará 
excessiva) e, essa aldosterona, pode levar a uma hipertrofia dos túbulos (principalmente na porção final) 
prejudicando a ação dos diuréticos.

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