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Ponto dos Concursos www.pontodosconcursos.com.br Atenção. O conteúdo deste curso é de uso exclusivo do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam do texto apresentado, sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição. É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais inexatas ou incompletas – nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da matrícula. O descumprimento dessas vedações implicará o imediato cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do infrator. Em razão da presença da marca d’ água, identificadora do nome e CPF do aluno matriculado, em todas as páginas deste material, recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora. CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 1 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES AULA 05 XI PROBABILIDADE ................................................................................................................................... 2 1 Introdução. .................................................................................................................................................. 2 2 Probabilidade condicional .......................................................................................................................... 4 3 Fórmula da probabilidade condicional ..................................................................................................... 14 4 Probabilidade da união de dois eventos.................................................................................................... 21 5 Probabilidade do evento complementar .................................................................................................... 34 6 Teorema de Bayes...................................................................................................................................... 46 XII NOÇÕES DE ANÁLISE COMBINATÓRIA ....................................................................................... 53 1 Princípio fundamental da contagem.......................................................................................................... 53 2 Noções de permutação .............................................................................................................................. 67 3 Noções de Combinação ............................................................................................................................. 68 XIII VARIÁVEIS ALEATÓRIAS ............................................................................................................. 82 1 Esperança para uma variável aleatória discreta ...................................................................................... 83 2 Propriedades da esperança ....................................................................................................................... 88 3 Variância de uma variável aleatória ......................................................................................................... 90 4 Desvio padrão e coeficiente de variação de uma variável aleatória ........................................................ 93 5 Covariância ............................................................................................................................................... 94 6 Distribuição de probabilidades de uma variável discreta....................................................................... 106 7 Função densidade de probabilidade ....................................................................................................... 117 8 Função distribuição de probabilidade .................................................................................................... 130 ANEXO .............................................................................................................................................................. 142 A) Teorema de Bayes................................................................................................................................ 142 B) Esperança para variáveis contínuas ................................................................................................... 145 LISTA DAS QUESTÕES DE CONCURSOS ................................................................................................. 153 GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSOS ....................................................................................... 176 www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 2 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES XI PROBABILIDADE 1 Introdução. Daqui para frente vamos falar bastante em probabilidade. Probabilidade tem relação com a chance de um dado evento ocorrer. Passaremos longe, muito longe de uma definição adequada de probabilidade. Ao contrário, vamos dar uma explicação que, a rigor, está errada. Mas, como já disse desde a aula zero, a idéia aqui é conseguir resolver questões de concurso e apenas isso. Quando falamos em probabilidade, podemos basicamente pensar em casos favoráveis e casos possíveis. Sim, apenas isto: casos favoráveis e casos possíveis. Vejamos o exemplo do lançamento de um dado. Queremos calcular a probabilidade de sair um número múltiplo de 3. Então a pergunta é: qual a probabilidade de sair um número múltiplo de 3 quando se lança um dado de seis faces? A questão é de probabilidade. Probabilidade lembra casos favoráveis e casos possíveis. Casos possíveis são todos aqueles que podem ocorrer. No lançamento de um dado, podemos obter os seguintes resultados: Casos possíveis: 1, 2, 3, 4, 5, 6 Casos favoráveis são todos aqueles em que estamos interessados. Neste exemplo, estamos interessados nos múltiplos de 3. Casos favoráveis: 3, 6. Para resolver o problema, primeiro contamos quantos são os casos favoráveis. Quantos são os múltiplos de 3 presentes nas faces de um dado? Resposta: são dois os múltiplos de 3 presentes nas faces de um dado (o número 3 e o número 6). Depois contamos quantos são os casos possíveis. Quantos são os casos possíveis no lançamento de um dado? Resposta: são seis os casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6). A probabilidade será obtida dividindo o número de casos favoráveis pelo número de casos possíveis. Ficaria assim: P = casos _ favoráveis � P = 2 casos _ possíveis 6 www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 3 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Ou seja, a probabilidade de sair um número múltiplo de 3 em um lançamento de um dado é de dois sextos. O conjunto com todos os casos possíveis é muitas vezes chamado de espaço amostral. No caso do lançamento do dado, o espaço amostral é: {1, 2, 3, 4, 5, 6} Repetindo: espaço amostral é o conjunto de todos os resultados possíveis. Chamamos de evento a qualquer subconjunto de um espaço amostral. Geralmente os eventos servem para designar um resultado em particular. No caso acima estávamos interessados nos resultados que são múltiplos de 3. Esses eram os nossos casos favoráveis. A esse resultado em particular, qual seja, “sair múltiplo de 3”, chamamos de evento. Neste caso, o evento “sair múltiplo de 3” corresponde ao seguinte conjunto: {3,6} Veja como o evento é um subconjunto do espaço amostral. Com essa noção de espaço amostral e de evento, em vez de dizermos que a probabilidade de um dado evento é a relação entre número de casso favoráveis e o número de casos possíveis, podemos dizer que é a relação entre o número de elementos do evento e o número de elementos do espaço amostral. P = numero _ de _ casos _ favoraveis = numero _ de _ elementos _ do _ evento numero _ de _ casos _ possiveis numero _ de _ elementos _ do _ espaço _ amostral A probabilidade só pode ser definida como a relação entre casos favoráveis e casos possíveis (ou ainda, como a relação entre o número de elementos do evento e o número de elementos do espaço amostral) quando todos os casos têm a mesma chance de ocorrer. A resolução acima só é válida se o dado for “honesto”. Ou seja, se for um dado simétrico e de material homogêneo. Quando dizemos que o dado é “honesto”, estamos considerando que, em um lançamento qualquer, a probabilidade de sair a face de número 1 é igual à probabilidade de sair a face de número 4, de número 6, ou qualquer outra. Costumamos dizer que todas as faces são equiprováveis (ou seja, têm a mesma chance de ocorrer). Como já dissemos, é comum se utilizar a expressão “evento” para designar um resultado em particular. Assim, no lançamento de um dado, o evento “sair o número 1” tem a mesma probabilidade do evento “sair o número 2”, que por sua vez tem a mesma probabilidade do evento “sair o número 3”, e assim por diante. Todos esses eventos são equiprováveis. Aí vem a pergunta: e se todos os casos não tiverem a mesma chance de ocorrer? E se o dado não for honesto? E se a probabilidade de sair “1” for diferente da probabilidade de sair “2”? Resposta: bom, deixemos isto pra depois (daqui a pouco na verdade). Para concursos públicos, esta noção de casos favoráveis e possíveis já ajuda bastante. Antes de continuarmos com a teoria, vou responder a uma pergunta em que provavelmente vocês estão pensando. Pergunta: Mas Vítor, você disse que essa explicação sobre probabilidade não é adequada. Por quê? www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 4 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Resposta: Em primeiro lugar, nem todas as situações de aplicação da probabilidade podem ser resumidas a casos possíveis e casos favoráveis. Imagine que queremos calcular qual a probabilidade de, no dia 19/03/2011, a ação da empresa alfa subir. Não dá para transformar esse problema numa situação de número casos possíveis e favoráveis. Acontece que os problemas em que dá para contar quantos são os casos possíveis e quantos são os casos favoráveis são os mais fáceis pra gente começar a se acostumar com probabilidade. Por isso, de início, vamos focar apenas neles. Ou então, “dar um jeitinho” para que a questão possa ser interpretada como uma relação entre casos favoráveis e possíveis. Um outro problema da explicação dada é o que segue. Dissemos que probabilidade é igual à divisão entre o número de casos favoráveis e o número de casos possíveis quando todos os casos têm a mesma probabilidade de ocorrer. Ou seja, na própria definição de probabilidade estamos usando o conceito de probabilidade. Que raio de definição é essa? Se utilizarmos na definição o conceito que pretendemos definir, não estamos definindo nada. Novamente, deixemos esses problemas pra lá. Antes de passarmos para o próximo tópico, só um alerta. Quando usamos as expressões “casos favoráveis”/”casos desfavoráveis” (ou ainda: sucessos e fracassos), estamos apenas nos referindo aos casos em que estamos ou não interessados. Não estamos fazendo nenhum juízo de valor. Não nos preocupamos se estamos diante de algo bom ou ruim, certo ou errado, etc. Para melhor visualização, considere um estudo sobre a relação entre a utilização de um produto e o desenvolvimento de câncer. Queremos saber qual a probabilidade de uma cobaia que utilizou o produto por tempo prolongado ter a doença. Nessa situação, os casos favoráveis (=sucesso) seriam aqueles em que a cobaia adquiriu a doença, independentemente de se considerar que contrair câncer seja bom ou ruim. Ok? Continuemos com a matéria. 2 Probabilidade condicional Voltemos ao nosso dado de seis faces. É o mesmo dado honesto, de material homogêneo. Só que agora vamos pintar as faces. As faces terão as seguintes cores: Cor azul: faces 1 e 2. Cor verde: faces 3, 4, 5 e 6. Maria lançou esse nosso dado. João não viu o resultado e quer calcular qual a probabilidade de ter saído um múltiplo de 3. Pergunta: Qual a probabilidade de ter saído um múltiplo de 3? 2 Resposta: . 6 É exatamente o mesmo problema visto anteriormente. Todas as faces têm a mesma chance de sair. Os casos favoráveis são: 3 e 6. Os casos possíveis são: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. A probabilidade fica: www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 5 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES P = casos _ favoráveis � P = 2 casos _ possíveis 6 Ok, agora vamos mudar um pouco o problema. Maria lançou esse nosso dado. João não viu o resultado. Maria fala para João: “Saiu uma face de cor verde”. Aí está a grande diferença: agora João sabe que saiu uma face verde. É uma informação nova! Esta informação vai mudar completamente o cálculo. Isto porque já sabemos, com certeza, que não saiu uma face azul. Queremos calcular a probabilidade de ter saído um múltiplo de 3 sabendo que a face que saiu é verde. Esta questão pode ser enunciada como: Qual a probabilidade do resultado do lançamento ser múltiplo de três dado que saiu uma face verde? Ou seja, a informação de que saiu uma face verde é dada, é sabida. É uma informação conhecida e que deve ser usada. Se fôssemos escrever os casos possíveis, teríamos: Casos possíveis: 1, 2, 3, 4, 5, 6. Observe que mudaram os casos possíveis. Isto porque sabemos que não é possível terem saído os números 1 e 2. Temos certeza de que o resultado foi o de uma face verde. Já os casos favoráveis são os mesmos. Continuamos interessados nas faces 3 e 6. E estas duas faces podem ter saído, dado que ambas são da cor verde. Casos favoráveis: 3,6. Fazendo o cálculo, temos: Número de casos possíveis: 4 Número de casos favoráveis: 2 E a probabilidade fica: P = casos _ favoráveis � P = 2 casos _ possíveis 4 A probabilidade agora é de dois quartos. Note como uma informação nova alterou o cálculo da probabilidade. Dizemos que a probabilidade é condicional porque teve uma condição a ser obedecida. Não era simplesmente calcular a probabilidade de sair um múltiplo de 3. Foi dada uma condição, uma informação nova. Justamente esta condição alterou o cálculo da probabilidade. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 6 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Agora vejamos alguns exercícios para aplicarmos o que acabamos de aprender. EC 1 Técnico Administrativo – MPU – 2004/2 [ESAF] Maria ganhou de João nove pulseiras, quatro delas de prata e cinco delas de ouro. Maria ganhou de Pedro onze pulseiras, oito delas de prata e três delas de ouro. Maria guarda todas essas pulseiras – e apenas essas – em sua pequena caixa de jóias. Uma noite, arrumando-se apressadamente para ir ao cinema com João, Maria retira, ao acaso, uma pulseira de sua pequena caixa de jóias. Ela vê, então, que retirou uma pulseirade prata. Levando em conta tais informações, a probabilidade de que a pulseira de prata que Maria retirou seja uma das pulseiras que ganhou de João é igual a: a) 1/3 b) 1/5 c) 9/20 d) 4/5 e) 3/5 Vamos dar nomes às pulseiras. JP1, JP2, JP3, JP4 são as pulseiras dadas por João que são de prata. JO1, JO2, JO3, JO4, JO5 são as pulseiras dadas por João que são de ouro. PP1, PP2, PP3, PP4, PP5, PP6, PP7, PP8 são as pulseiras dadas por Pedro que são de prata. PO1, PO2, PO3 são as pulseiras dadas por Pedro que são de ouro. Se não soubéssemos da informação de que a pulseira retirada é prata, teríamos os seguintes casos possíveis: Casos possíveis: JP1, JP2, JP3, JP4, JO1, JO2, JO3, JO4, JO5, PP1, PP2, PP3, PP4, PP5, PP6, PP7, PP8, PO1, PO2, PO3. Os casos favoráveis são aqueles em que estamos interessados. Estamos interessados nas pulseiras que tenham sido presentes de João. Casos favoráveis: JP1, JP2, JP3, JP4, JO1, JO2, JO3, JO4, JO5 Entretanto, uma informação nova foi dada (uma condição!). Sabemos que a pulseira retirada é de prata. Logo, haverá mudanças nos casos possíveis e favoráveis. Temos certeza de que não foi retirada uma pulseira de ouro. Assim, temos que excluí-las da nossa lista: Casos possíveis: JP1, JP2, JP3, JP4, JO1, JO2, JO3, JO4, JO5, PP1, PP2, PP3, PP4, PP5, PP6, PP7, PP8, PO1, PO2, PO3. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 7 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Casos favoráveis: JP1, JP2, JP3, JP4, JO1, JO2, JO3, JO4, JO5 Agora podemos prosseguir com nosso cálculo. Número de casos favoráveis: 4 Número de casos possíveis: 12 E a probabilidade fica: P = casos _ favoráveis � P = 4 casos _ possíveis 12 Simplificando: P = 1 3 Resposta: A EC 2 Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2005 [ESAF] Há três moedas em um saco. Apenas uma delas é uma moeda normal, com “cara” em uma face e “coroa” na outra. As demais são moedas defeituosas. Uma delas tem “cara” em ambas as faces. A outra tem “coroa” em ambas as faces. Uma moeda é retirada do saco, ao acaso, e é colocada sobre a mesa sem que se veja qual a face que ficou voltada para baixo. Vê-se que a face voltada para cima é “cara”. Considerando todas estas informações, a probabilidade de que a face voltada para baixo seja “coroa” é igual a: a) 1/2 b) 1/3 c) 1/4 d) 2/3 e) 3/4 Vamos dar nomes às faces das moedas. Moeda A (é a moeda com uma face cara e outra coroa): Face cara → A_cara (moeda A, face cara). Face coroa → A_coroa (moeda A, face coroa). Moeda B (é a moeda com duas faces cara): www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 8 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Face cara → B_cara_1 (moeda B, primeira face cara). Outra face cara → B_cara_2 (moeda B, segunda face cara). Moeda C (é a moeda com duas faces coroa): Face coroa → C_coroa_1 (moeda C, primeira face coroa). Outra face coroa → C_coroa_2 (moeda C, segunda face coroa). Como de costume, vamos “fazer de conta” que não sabemos nada sobre a face que ficou para cima. Eu sei que talvez isso pareça meio perda de tempo. Mas faço questão de manter o procedimento para deixar bem claro como a informação nova altera todo o cálculo. São seis casos possíveis (identificados com os números de 1 a 6 na tabela abaixo): 1 2 3 4 5 6 Face de cima A_cara A_coroa B_cara_1 B_cara_2 C_coroa_1 C_coroa_2 Face de baixo A_coroa A_cara B_cara_2 B_cara_1 C_coroa_2 C_coroa_1 Estamos interessados nos casos em que a face que ficou para baixo seja coroa. Assim, nossos casos favoráveis seriam: 1 5 6 Face de cima A_cara C_coroa_1 C_coroa_2 Face de baixo A_coroa C_coroa_2 C_coroa_1 Entretanto, foi dada a informação de que a face que ficou para cima é cara. Com essa informação nova (condição!), temos que alterar a nossa lista de casos possíveis e favoráveis. Casos possíveis: 1 2 3 4 5 6 Face de cima A_cara A_coroa B_cara_1 B_cara_2 C_coroa_1 C_coroa_2 Face de baixo A_coroa A_cara B_cara_2 B_cara_1 C_coroa_2 C_coroa_1 Casos favoráveis: 1 5 6 Face de cima A_cara C_coroa_1 C_coroa_2 Face de baixo A_coroa C_coroa_2 C_coroa_1 www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 9 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Portanto, temos três casos possíveis. E temos um único caso favorável. A probabilidade fica: P = casos _ favoráveis � P = 1 casos _ possíveis 3 Reposta: B. EC 3 Analista Administrativo – MPU – 2004 [ESAF] Carlos diariamente almoça um prato de sopa no mesmo restaurante. A sopa é feita de forma aleatória por um dos três cozinheiros que lá trabalham: 40% das vezes a sopa é feita por João; 40% das vezes por José, e 20% das vezes por Maria. João salga demais a sopa 10% das vezes, José o faz em 5% das vezes e Maria 20% das vezes. Como de costume, um dia qualquer Carlos pede a sopa e, ao experimentá-la, verifica que está salgada demais. A probabilidade de que essa sopa tenha sido feita por José é igual a a) 0,15. b) 0,25. c) 0,30. d) 0,20. e) 0,40. No início desta aula, comentei que nem sempre todos os casos tinham a mesma chance de ocorrer. Vamos utilizar este exercício para visualizar esta questão. São três cozinheiros que fazem a sopa. Se a chance de cada um deles fazer a sopa fosse igual, teríamos: Casos possíveis: José faz a sopa, João faz a sopa, Maria faz a sopa. Casos favoráveis: José faz a sopa. 1 A probabilidade de José fazer a sopa seria de . 3 Mas a chance de cada um deles ter feito a sopa, num dado dia, não é igual. Maria faz sopa menos vezes que João e José. Neste tipo de questão, em que os casos não têm a mesma chance de acontecer, não temos que nos preocupar muito. Isto porque o enunciado tem que dizer quais são as chances de cada evento. Ora, se eles não são equiprováveis (ou seja, não têm a mesma chance de acontecer), o enunciado tem que falar qual a probabilidade de cada um (ou então dar todas as informações para que possamos calcular tais probabilidades). Se o enunciado não desse nenhuma informação, nós teríamos que simplesmente adivinhar a probabilidade de cada evento, algo absurdo. Voltando à questão, podemos pensar que, a cada 100 dias em que o Carlos freqüente o restaurante, temos que: em 40 dias a sopa é feita por João, em 40 dias a sopa é feita por José, em 20 dias a sopa é feita por Maria. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 10 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Para tornar o exemplo mais claro, vamos supor que o Carlos tenha freqüentado o tal restaurante do dia 01/01/07 até o dia 10/04/07, totalizando os 100 dias. Daí, pegamos o calendário e escolhemos um desses 100 dias aleatoriamente. A pergunta é: qual a chance de, no dia escolhido, a sopa ter sido feita por José, sabendo que estava salgada? Nestes 100 dias, vamos ver como cada cozinheiro se comporta. João fez a sopa 40 vezes. Em 10% dessas 40 vezes, ele salgou demais a sopa. José fez a sopa 40 vezes. Em 5% dessas 40 vezes, ele salgou demais a sopa. Maria fez a sopa 20 vezes. Em 20% dessas 20 vezes, ela salgou demais a sopa.Resumindo: Em 36 dias o João fez uma sopa normal. Em 4 dias o João fez uma sopa salgada. Em 38 dias o José fez uma sopa normal Em 2 dias o José fez uma sopa salgada. Em 16 dias a Maria fez uma sopa normal Em 4 dias a Maria fez uma sopa salgada. Com este artifício, contornamos o problema citado no começo da resolução. Quando listamos o que acontece em cada um dos cem dias, conseguimos levar em conta o fato de Maria fazer sopa menos vezes que João e José. Dentre os cem dias, selecionamos um ao acaso. Agora sim. Estamos focando nos dias, não nos cozinheiros. Todos os cem dias são equiprováveis. Todos têm a mesma chance de serem escolhidos. Continuemos com a resolução do problema. Se não soubéssemos que a sopa está salgada, teríamos: Casos possíveis: 100 dias, assim discriminados: 36 dias o João fez uma sopa normal. 4 dias o João fez uma sopa salgada. 38 dias o José fez uma sopa normal Em 2 dias o José fez uma sopa salgada. Em 16 dias a Maria fez uma sopa normal Em 4 dias a Maria fez uma sopa salgada. Estamos interessados nos dias em que José faz a sopa. Estes dias são nossos casos favoráveis. Casos favoráveis: 40, assim discriminados: 38 dias em que o José fez uma sopa normal 2 dias em que o José fez uma sopa salgada. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 11 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Contudo, temos a informação de que a sopa está salgada (condição!). Temos que rever nossa lista de casos possíveis e favoráveis. Casos possíveis: 10, assim discriminados: 36 dias o João fez uma sopa normal. 4 dias o João fez uma sopa salgada. 38 dias o José fez uma sopa normal Em 2 dias o José fez uma sopa salgada. Em 16 dias a Maria fez uma sopa normal Em 4 dias a Maria fez uma sopa salgada. Casos favoráveis: 2, assim discriminados: 38 dias em que o José fez uma sopa normal 2 dias em que o José fez uma sopa salgada A probabilidade fica: P = casos _ favoráveis � P = 2 = ,0 2 casos _ possíveis 10 Resposta: D EC 4 Analista Judiciário. Especialidade: estatística. TRF 1ª Região/2001 [FCC] Numa cidade onde se publicam 2 jornais, A e B, sabe-se que entre n famílias: 160 assinam o jornal A; 35 assinam os dois jornais A e B; 201 não assinam B; e 155 assinam apenas 1 jornal. O valor de ‘n’ e a probabilidade de uma família selecionada ao acaso, dentre as n, assinar A dado que assina B, são dados respectivamente, por: a) 180 e 160/266 b) 250 e 35/75 c) 266 e 7/12 d) 266 e 35/76 e) 266 e 35/266 Vamos representar graficamente o que ocorre na cidade. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 12 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES famílias que assinam A famílias que assinam B Dentro do círculo azul vamos representar as famílias que assinam o jornal ‘A’. Dentro do círculo vermelho, as famílias que assinam o jornal ‘B’. Fora dos dois círculos, as famílias que não assinam nenhum dos dois jornais. 35 famílias assinam os dois jornais. Portanto, trinta e cinco famílias estão dentro dos dois círculos, ao mesmo tempo. famílias que assinam A 35 famílias que assinam B 160 assinam o jornal A. Já colocamos dentro do círculo azul 35 famílias. Para inteirar 160, faltam 125. famílias que assinam A 125 35 famílias que assinam B 155 assinam apenas um jornal. Já sabemos que, destas, 125 assinam só o jornal ‘A’ (pois estão dentro do círculo azul e não estão dentro do círculo vermelho). Logo, 30 assinam somente o jornal ‘B’. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 13 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES famílias que assinam A 125 35 30 famílias que assinam B 201 famílias não assinam ‘B’. Já sabemos que, destas, 125 assinam ‘A’. Para chegar em 201 faltam 76 famílias, que não assinam nenhum jornal. famílias que assinam famílias que B assinam A 125 35 30 76 Pronto. Completamos nosso quadro. 125 + 35 + 30 + 76 = 266 Na cidade há 266 famílias, assim distribuídas: 125 assinam apenas ‘A’ 35 assinam ‘A’ e ‘B’ 30 assinam apenas ‘B’ 76 não assinam ‘A’ nem ‘B’ Estamos interessados nas famílias que assinam ‘A’. Os casos favoráveis são: 125 assinam apenas ‘A’ 35 assinam ‘A’ e ‘B’ Acontece que não se quer apenas calcular a probabilidade da família escolhida ao acaso assinar o jornal ‘A’. O que a questão pediu foi a probabilidade da família assinar ‘A’ dado que assina ‘B’. Há uma condição a ser obedecida. A condição é a família assinar ‘B’. Vamos rever nossos casos possíveis e favoráveis. Ficamos com 65 casos possíveis: 125 assinam apenas ‘A’ www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 14 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES 35 assinam ‘A’ e ‘B’ 30 assinam apenas ‘B’ 76 não assinam ‘A’ nem ‘B’ E ficamos com 35 casos favoráveis: 125 assinam apenas ‘A’ 35 assinam ‘A’ e ‘B’ A probabilidade pedida fica: P = 35 = 7 65 13 Resposta: C. 3 Fórmula da probabilidade condicional Uma outra forma de resolver exercícios de probabilidade condicional é por meio de uma fórmula. Considere o lançamento de um dado. Antes de ver o resultado, queremos calcular a probabilidade de ter saído um múltiplo de 3. Qual a probabilidade deste evento? A probabilidade é de 2/6. Certo? Temos dois casos favoráveis (3 e 6) em seis casos possíveis. Vamos mudar um pouco o exemplo. O dado é lançado. Antes de vermos o resultado, alguém nos informa: saiu um número maior que 4. Pronto. Agora temos uma informação nova. Queremos calcular a probabilidade de ter saído um múltiplo de 3 DADO que saiu um número maior que 4. Temos uma informação nova, que devemos utilizar. Agora a probabilidade muda. Temos apenas dois casos possíveis (5 e 6). E, dentre os casos possíveis, apenas um nos é favorável (6). Neste segundo caso, a probabilidade é igual a 1/2. Se fôssemos resumir isto em uma fórmula, ficaria assim: P( A | B) = P( A ∩ B) P(B) Nosso espaço amostral pode ser representado pelo seguinte conjunto: {1, 2, 3, 4, 5, 6} Temos dois eventos. Se lançarmos o dado e obtivermos uma face múltipla de 3, temos o evento ‘A’. O evento ‘A’ é um subconjunto do espaço amostral. A = {3, 6} Se lançarmos o dado e obtivermos uma face maior que 4, temos o evento ‘B’. B = {5, 6}. A intersecção dos dois conjuntos acima é dada por: A ∩ B = {6} www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 15 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES O símbolo que parece um ‘U’ de cabeça pra baixo indica a intersecção. Neste exemplo, está associado ao resultado do lançamento do dado que é, simultaneamente, maior que 4 e múltiplo de 3. As probabilidades relacionadas são: · P( )A é a probabilidade de o evento A ocorrer. · P(B) é a probabilidade de o evento B ocorrer. · P( A ∩ B) é a probabilidade de A e B ocorrerem simultaneamente. O símbolo que parece um “U” de cabeça para baixoindica intersecção. Ou seja, estamos interessados nos casos em que os dois eventos ocorrem simultaneamente. · P( A | B) é a probabilidade de o evento A ocorrer, DADO que o evento B ocorreu. É a probabilidade de A, condicionada ao acontecimento de B. No caso do lançamento do dado, ficamos com: P( )A = 2 (casos favoráveis: 3, 6; casos possíveis: 1, 2, 3, 4, 5, 6) 6 P(B) = 2 (casos favoráveis: 5, 6; casos possíveis: 1, 2, 3, 4, 5, 6) 6 P( A ∩ B) = 1 (caso favorável: 6 – só o número 6 é, ao mesmo tempo, maior que 4 e 6 múltiplo de 3; casos possíveis: 1, 2, 3, 4, 5, 6) Aplicando a fórmula: P( A | B) = P( A ∩ B) P(B) P( A | B) = 1 ÷ 2 = 1 66 2 Portanto, a probabilidade de sair um múltiplo de 3 dado que saiu um número maior que 4 é de 50%. Dizemos que o evento ‘A’ é independente do evento ‘B’ quando P( A | B) = P( )A o fato de ‘B’ ter ocorrido não influi em nada na probabilidade de ‘A’. Fórmula da probabilidade condicional: P( A | B) = P( A ∩ B) P(B) . Ou seja, Se A e B são independentes, então: P( A | B) = P( )A e P(B | ) A = P(B) É interessante observar que, a partir da fórmula da probabilidade condicional, podemos chegar à fórmula da probabilidade da intersecção de dois eventos: www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 16 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES P( A | B) = P( A ∩ B) � P( A ∩ B) = P( A | B) × P(B) P(B) Na situação de independência entre os eventos, chegamos ao seguinte: P( A ∩ B) = P( A | B) × P(B)� P( A | B) = P( )A � � P( A ∩ B) = P( )A � × P(B) Quando dois eventos são independentes, a probabilidade da intersecção é igual ao produto das probabilidades. Probabilidade da intersecção de dois eventos: P( A ∩ B) = P( A | B) × P(B) Quando os eventos são independentes, a probabilidade da intersecção é igual ao produto das probabilidades. A fórmula se reduz a: P( A ∩ B) = P( )A × P(B) EC 5 Analista CGU/2008 [ESAF] A e B são eventos independentes se: a) P( A ∩ B) = P( )A b) P( A ∩ B) = P( )A c) P( A ∩ B) = P( )A d) P( A ∩ B) = P( )A e) P( A ∩ B) = P( )A + P(B) ÷ P(B) − P(B) + P(B )A × P(B) Aplicação direta da fórmula vista. Resposta: E. EC 6 Analista Previdenciário Pleno – Área Estatística – Paraná Previdência 2002 [CESPE] Texto IV Uma empresa adotou uma política de contratação de deficientes físicos. Para avaliar se as deficiências afetam o desempenho desses empregados no trabalho, foi gerado o seguinte quadro, a partir de uma avaliação dos 400 empregados dessa empresa. Desempenho Tipo de deficiência Surdez Cegueira Outras Sem deficiência Total Bom 35 40 2 123 200 Regular 5 20 18 157 200 Total 40 60 20 280 400 Com relação aos dados do texto IV, julgue os seguintes itens. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 17 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES 1. Se um empregado for escolhido ao acaso, a probabilidade de ele ser considerado como tendo bom desempenho será igual a 0,50. 2. Se um empregado for escolhido ao acaso entre os empregados considerados como tendo bom desempenho, a probabilidade de ele ser cego será de 0,20. 3. Considere A o evento “o empregado é surdo” e B o evento “o empregado tem desempenho regular”. Se um empregado for escolhido ao acaso entre os 400 avaliados, a probabilidade de ele ser surdo e ter sido avaliado como tendo desempenho regular, P(A ∩ B), será igual a P(A) × P(B) = 0,05. 4. Considere C o evento “o empregado é cego” e B o evento “o empregado tem desempenho regular”. Se um empregado for escolhido ao acaso, a probabilidade condicional será P(B | C ) = P(B ∩ C ) = 0 1, . P(B) 5. Considere B o evento “o empregado tem desempenho regular” e D o evento “o empregado tem desempenho bom”. Os eventos B e D são independentes, pois P(B ∩ D) = 0 . Questão do Cespe. Vamos ao primeiro item. Queremos a probabilidade de um empregado, escolhido ao acaso, ter bom desempenho. São 400 funcionários. Logo, são 400 casos possíveis. Todos eles são equiprováveis (todos os funcionários têm a mesma chance de serem escolhidos). Estamos interessados em um dos 200 empregados que têm bom desempenho. Portanto, são 200 casos favoráveis. A probabilidade fica: P = casos _ favoraveis = 200 = 0 5, casos _ possiveis 400 O item está correto. Segundo item. A escolha vai se dar apenas entre os empregados com bom desempenho. São 200 casos possíveis (há 200 empregados com bom desempenho). Estamos interessados apenas nos empregados que têm bom desempenho e são cegos. Nesta condição temos 40 funcionários. São 40 casos favoráveis. A probabilidade fica: P = casos _ favoraveis = 40 = ,0 2 casos _ possiveis 200 O item está certo. Terceiro item. Queremos a probabilidade da intersecção de dois eventos. Queremos que o empregado seja, ao mesmo tempo, surdo e tenha desempenho regular. Estão nesta condição 5 empregados. São 5 casos favoráveis. Os casos possíveis são 400. A probabilidade fica: www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 18 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES P = casos _ favoraveis = 5 = 0 0125, . casos _ possiveis 400 O item está errado. Quarto item. Queremos a probabilidade de o evento B acontecer dado que ocorreu o evento C ocorreu. Trata-se de cálculo de probabilidade condicional. Note que a fórmula dada pelo exercício está errada. Já dava pra marcar errado de cara, sem fazer conta. Podemos fazer o problema aplicando a fórmula ou não. Primeiro, sem utilizar a fórmula. Queremos calcular a probabilidade de o funcionário ter desempenho regular. Se não tivéssemos nenhuma informação, os casos possíveis seriam 400, assim discriminados: 35 funcionários têm desempenho bom e são surdos 40 funcionários têm desempenho bom e são cegos 2 funcionários têm desempenho bom e têm outras deficiências 123 funcionários têm desempenho bom e não têm deficiência 5 funcionários têm desempenho regular e são surdos 20 funcionários têm desempenho regular e são cegos 18 funcionários têm desempenho regular e têm outras deficiências 157 funcionários têm desempenho regular e não têm deficiência Estamos interessados nos empregados que têm desempenho regular. São 200 casos favoráveis, assim discrimiandos: 5 funcionários têm desempenho regular e são surdos 20 funcionários têm desempenho regular e são cegos 18 funcionários têm desempenho regular e têm outras deficiências 157 funcionários têm desempenho regular e não têm deficiência Só que temos uma condição. É dado que o empregado escolhido é cego. Nossos casos possíveis passam a ser apenas 60, assim discriminados: 35 funcionários têm desempenho bom e são surdos 40 funcionários têm desempenho bom e são cegos 2 funcionários têm desempenho bom e têm outras deficiências 123 funcionários têm desempenho bom e não têm deficiência 5 funcionários têm desempenho regular e são surdos 20 funcionários têm desempenho regular e são cegos 18 funcionários têm desempenho regular e têm outras deficiências 157 funcionários têm desempenho regular e nãotêm deficiência www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 19 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES E os casos favoráveis ficam assim: 5 funcionários têm desempenho regular e são surdos 20 funcionários têm desempenho regular e são cegos 18 funcionários têm desempenho regular e têm outras deficiências 157 funcionários têm desempenho regular e não têm deficiência A probabilidade fica: P = 20 = ,0 ..333 60 O item está errado. Para resolver esse item, também poderíamos utilizar a fórmula. Primeiro calculamos a probabilidade de os eventos B e C ocorrerem simultaneamente. Cegos com desempenho regular são apenas 20. Portanto: P(B ∩ C ) = 20 = 0 05, 400 A probabilidade de um cego ser escolhido é: P(C ) = 60 = 0 15, 400 Portanto, a probabilidade de ser escolhido um empregado com desempenho regular, dado que foi escolhido um cego, é de: P(B | C ) = P(B ∩ C ) = 0 05, = ,0 ...333 P(C ) 0 15, Item errado. Quinto item. Não há nenhum funcionário que tenha, ao mesmo tempo, um desempenho bom e um desempenho regular. Portanto: P(B ∩ D) = 0 A probabilidade de um funcionário escolhido aleatoriamente ter um desempenho regular é: P(B) = 200 = 0 5, 400 A probabilidade de um funcionário escolhido aleatoriamente ter um desempenho bom é: P(D) = 200 = 0 5, 400 Concluímos que: P(B ∩ D) ≠ P(B)P(D) www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 20 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Portanto, os dois eventos não são independentes. Item errado. EC 7 Técnico administrativo – MPU/2004 [ESAF] Carlos sabe que Ana e Beatriz estão viajando pela Europa. Com as informações que dispõe, ele estima corretamente que a probabilidade de Ana estar hoje em Paris é 3/7, que a probabilidade de Beatriz estar hoje em Paris é 2/7, e que a probabilidade de ambas, Ana e Beatriz, estarem hoje em Paris é 1/7. Carlos, então, recebe um telefonema de Ana informando que ela está hoje em Paris. Com a informação recebida pelo telefonema de Ana, Carlos agora estima corretamente que a probabilidade de Beatriz também estar hoje em Paris é igual a a) 2/3 b) 1/7 c) 1/3. d) 5/7 e) 4/7 Primeiro vamos resolver sem a fórmula. Vamos imaginar a seguinte situação, bem esdrúxula. Ana sempre vai a Paris na segunda, terça e quarta. Beatriz sempre vai a Paris na quarta e quinta. Carlos sabe dessas informações. Só que Carlos é concurseiro. Ficou tanto tempo estudando para concurso, sem parar, que perdeu a noção do tempo e não sabe que dia é hoje. Para ele, a probabilidade de hoje ser segunda é de 1/7. E de ser terça também é 1/7. Idem para qualquer outro dia da semana. E mais. A probabilidade de Ana estar hoje em Paris é de 3/7 (casos favoráveis: segunda, terça e quarta). A probabilidade de Beatriz estar hoje em Paris é de 2/7 (casos favoráveis: quarta e quinta). A probabilidade de ambas estarem hoje em Paris é de 1/7 (caso favorável: quarta) Ana informa a Carlos: hoje estou em Paris. Aí Carlos conclui: com certeza hoje só pode ser ou segunda, ou terça ou quarta. Ou seja, agora temos três casos possíveis: Segunda, terça, quarta. E Carlos está interessado nos dias em que Beatriz também vai estar em Paris. Só tem um caso favorável: quarta feira. Caso favorável: Quarta. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 21 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Logo, a probabilidade de Beatriz estar em Paris, dado que Ana está em Paris, é: P = 1 3 Resposta: C Agora vamos usar a fórmula. Seja “A” o evento que ocorre quando, escolhendo-se um dia da semana ao acaso, ele é um dia em que Ana está em Paris. Seja “B” o evento análogo, referente aos dias em que Beatriz está em Paris. O exercício disse que: P( )A = 3 / 7 P(B) = 2 / 7 P( A ∩ B) = 1 / 7 E foi pedido: P(B )A = ? Usando a fórmula: P(B ) A = P(B ∩ )A = 1/ 7 = 1 P( )A 3 / 7 3 4 Probabilidade da união de dois eventos Nós até já vimos alguns exercícios em que calculamos a probabilidade da união de dois eventos. Só que não usamos nenhuma fórmula. Lembram do exemplo do dado, lá do começo da aula? Queríamos calcular a probabilidade de sair um múltiplo de 3. Pois bem, seja ‘A’ o evento que ocorre quando, lançando um dado honesto, obtém-se uma face múltipla de 3. Sabemos que; A= {3, 6}. O espaço amostral é dado por: {1, 2, 3, 4, 5, 6} Na ocasião, para calcularmos a probabilidade de ‘A’, dividimos o número de elementos do evento (=2) pelo número de elementos do espaço amostral (=6). Haveria uma outra possibilidade de realizarmos este cálculo. Observe que o conjunto ‘A ainda pode ser decomposto em mais conjuntos. Seja ‘B’ o evento que ocorre quando, lançando o dado, obtém-se a face 3. Seja ‘C o evento que ocorre quando se obtém a face ‘6’. B = {3} C = {6} www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 22 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Podemos dizer que: A = B � C O evento ‘A’ é igual à união entre os eventos ‘B e ‘C’. Ou seja, a probabilidade de sair um múltiplo de 3 (=evento A) é equivalente à probabilidade da união dos eventos “sair 3” e “sair 6”. Assim, em vez de calcularmos diretamente a probabilidade do evento A, poderíamos ter calculado as probabilidades de ‘B’ e ‘C’ e, em seguida, usando a probabilidade da união de dois eventos, obtido a probabilidade de ‘A’. Logo abaixo veremos que existe uma fórmula para o cálculo da união de dois eventos. Nem sempre a gente precisa dela. Aliás, em grande parte dos exercícios, dá para ir bem sem ela. Mas é bom saber que existe. Antes de entrarmos na fórmula, alguns comentários. O evento ‘A’ pôde ser decomposto em outros dois eventos (B e C). Já os eventos B e C não podem mais ser decompostos. Cada um deles é formado por um único elemento. Dizemos que B e C são eventos elementares. EP 1 Uma escola de ensino fundamental oferece cursos de idiomas. São disponibilizados cursos de inglês e espanhol. Os alunos podem optar por fazer nenhum, um ou os dois cursos. Atualmente temos a seguinte situação: · 30 alunos fazem inglês. · 20 alunos fazem inglês e espanhol. · 35 alunos fazem espanhol. · 25 alunos não fazem nem inglês nem espanhol. Sorteamos um aluno dessa escola. Qual a probabilidade de o aluno sorteado cursar inglês ou espanhol? Sorteia-se aleatoriamente um aluno. Quando o aluno sorteado cursa inglês, temos o evento ‘I’. Quando o aluno sorteado cursa espanhol, temos o evento ‘E’. Queremos calcular a probabilidade do aluno fazer inglês ou espanhol. Ou seja, estamos interessados naqueles alunos que fazem só inglês, que fazem só espanhol e que fazem inglês e espanhol. Estamos interessados na união dos eventos “E” e “I”. P(E � I ) = ? Esse símbolo que parece um “U” é o símbolo de união. Indica que estamos interessados nos casos em que pelo menos um dos dois eventos ocorra. Neste exemplo, estamos interessados nos alunos que fazem pelo menos um dos dois idiomas. Vamos representar graficamente os alunos dessa escola. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 23 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES alunosque fazem ingles 10 20 15 alunos que fazem espanhol 25 Dentro do círculo azul temos os trinta alunos que fazem inglês. Dez deles estão dentro do circulo azul, mas não estão dentro do círculo vermelho. Dentro do círculo vermelho temos os trinta e cinco que fazem espanhol. Quinze deles estão dentro do círculo vermelho, mas não estão dentro do círculo azul. Outros vinte estão nos dois círculos simultaneamente. São os que fazem inglês e espanhol. E os 25 que estão de fora dos dois círculos não fazem inglês nem espanhol. Casos favoráveis são aqueles que estão em pelo menos um dos dois círculos. Ou seja, são os alunos que fazem pelo menos um dos dois idiomas. São 45 casos favoráveis. E casos possíveis são todos os alunos da escola. São 45, que fazem pelo menos um curso de idioma, e mais 25, que não fazem nenhum curso de idioma, totalizando 70 alunos. A probabilidade de o aluno ser sorteado fazer inglês ou espanhol é: P(E � I ) = 45 70 Ok, agora vejamos a fórmula para calcular a probabilidade da união de dois eventos. A probabilidade do aluno sorteado cursar inglês é: P(I ) = 30 70 A probabilidade do aluno sorteado cursar espanhol é: P(E) = 35 75 A probabilidade do aluno sorteado cursar inglês e espanhol, simultaneamente, é: P(E ∩ I ) = 20 75 Para encontrar a probabilidade do aluno sorteado cursar inglês ou espanhol, precisamos saber quantos são os casos favoráveis. São 30 alunos que fazem inglês. São 35 que fazem espanhol. Portanto, para saber quantos alunos fazem inglês ou espanhol, somamos esses dois valores. Número de alunos que fazem inglês ou espanhol: 30 + 35 = 65 Só que tem um problema. Quando fazemos esta conta, estamos ignorando que há alunos que fazem, ao mesmo tempo, inglês e espanhol. Esses alunos foram contados duas www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 24 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES vezes. São 20 alunos que foram contados em duplicidade. Portanto, do total acima, temos que tirar 20. Número de alunos que fazem inglês ou espanhol: 30 + 35 – 20 Pronto. Achamos o total de casos favoráveis. Se dividirmos esse valor pelo total de casos possíveis, achamos a probabilidade procurada. P(E � I ) = 30 + 35 − 20 75 P(E � I ) = 30 + 35 − 20 75 75 75 P(E � I ) = P(E) + P(I ) − P(E ∩ I ) Resumindo, quando temos dois eventos quaisquer A e B, a probabilidade da união dos dois eventos é: P( A � B) = P( )A + P(B) − P( A ∩ B) Quando ‘A’ e ‘B’ não têm elementos em comum, isto é, quando a intersecção entre ambos é nula, dizemos que são eventos mutuamente excludentes. Se os dois eventos forem mutuamente excludentes, temos: P( A ∩ B) = 0 Neste caso, a probabilidade da união fica: P( A � B) = P( )A + P(B) Probabilidade da união de dois eventos A e B: P( A � B) = P( )A + P(B) − P( A ∩ B) Se A e B forem mutuamente excludentes, a fórmula se reduz a: P( A � B) = P( )A + P(B) EP 2 Calcule a probabilidade de, ao lançarmos um dado honesto, sair um número par. Queremos calcular a probabilidade da união dos eventos “sair 2”, “sair 4” e “sair 6”. Todos esses eventos são mutuamente exclusivos. Por quê? Porque não tem como o lançamento de um dado resultar, simultaneamente, em 2 e 4, ou em 2 e 6, ou em 4 e 6. Nestes casos, a probabilidade da soma é igual à soma das probabilidades dos eventos. P(sair _ par ) = P( )2 + P( )4 + P( )6 = 1/ 3 + 1 / 3 + 1/ 3 = 3 / 6 = %50 Outra forma de resolver é escrevendo os casos possíveis e os casos favoráveis. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 25 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES São 6 casos possíveis: 1, 2, 3, 4, 5, 6 São 3 casos favoráveis: 2, 4, 6 P = 3 / 6 = 50% EP 3 No lançamento de dois dados honestos: a) qual a probabilidade de sair um número par no primeiro dado e de sair o número 5 no segundo? b) qual a probabilidade de sair um número par no primeiro dado ou sair o número 5 no segundo dado? Agora temos lançamentos de dois dados. O espaço amostral, que é o conjunto de todos os resultados possíveis, fica: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)} Seja ‘A’ o evento “sair número par no primeiro dado”. Seja ‘B’ o evento “sair o número 5 no segundo dado”. Vamos escrever os dois eventos: A = {(2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)} B = {(1,5), (2,5), (3,5), (4,5), (5,5), (6,5)} ‘A’ tem 18 elementos. ‘B’ tem 6 elementos. O espaço amostral tem 36 elementos. P( )A = 18 / 36 P(B) = 6 / 36 Letra a). Queremos que os dois eventos ocorram simultaneamente. Estamos interessados na intersecção dos eventos ‘A’ e ‘B’. A intersecção de ‘A’ e ‘B’ tem 3 elementos: A ∩ B = {( ,2 ),5 ( ,4 ),5 ( ,6 )}5 A probabilidade da interseção fica: www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 26 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES P( A ∩ B) = 3 / 36 Interessante observar que o resultado do lançamento de um dado em nada influi no resultado do outro dado. Os resultados dos dois lançamentos são independentes. Os eventos ‘A’ e ‘B’ são independentes. Note que: P( A ∩ B) = P( )A × P(B) Letra b) A união entre os dois eventos é dada por: A � B = {(2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6), (1,5), (3,5), (5,5)} A união tem 21 elementos. P( A � B) = 21 / 36 = 7 / 12 Outra forma de resolução seria usar a fórmula da união. P( A � B) = P( )A + P(B) − P( A ∩ B) P( A � B) = 18 + 6 − 3 = 21 = 7 36 36 36 36 12 EC 8 Fiscal do Trabalho/98 [ESAF] De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados em francês, 110 em inglês e 40 não estão matriculados nem em inglês nem em francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos 200 estudantes. A probabilidade de que o estudante selecionado esteja matriculado em pelo menos uma dessas disciplinas (isto é, em inglês ou em francês) é igual a: a) 30/200 b) 130/200 c) 150/200 d) 160/200 e) 190/200 São 200 estudantes. Há 200 estudantes que podem ser escolhidos. São 200 casos favoráveis. 40 não fazem nem inglês nem francês. Sobram 160, que fazem pelo menos uma das duas disciplinas. Estamos interessados nesses estudantes. São 160 casos favoráveis. Portanto, a probabilidade de o estudante selecionado cursar pelo menos uma das disciplinas é: P = 160 200 www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 27 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Resposta: D. Vamos aproveitar o exercício para verificar a fórmula vista para a probabilidade da união de dois conjuntos. São 160 estudantes que fazem inglês ou francês. 110 fazem inglês e 80 fazem francês. Somando esses dois valores, temos: 110+80=190 Ocorre que não temos 190 que fazem inglês ou francês. Sãosó 160. Porque a soma acima deu maior que 160? Porque estamos contando em duplicidade os estudantes que fazem, ao mesmo tempo, francês e inglês. 190 − 30 = 160 Precisamos retirar 30 estudantes para chegar nos 160. Portanto, 30 estudantes fazem francês e inglês. Resumindo, temos: · 80 estudantes fazem só inglês · 50 estudantes fazem só francês · 30 fazem francês e inglês · 40 não fazem nem francês nem inglês Sorteando-se um estudante ao acaso, ocorrerá o evento ‘I’ se este estudante cursar inglês. Ocorrerá o evento ‘F’ se este estudante cursar francês. Como são 200 estudantes ao todo, as probabilidades ficam: P(I ) = 110 200 P(F ) = 80 200 P(I ∩ F ) = 30 200 P(I � F ) = 160 200 Note que: P(I � F ) = P(I ) + P(F ) − P(I ∩ F ) Precisou da fórmula para resolver o exercício? Não, não precisou. Dava para resolver sem utilizá-la. EC 9 Especialista em regulação de saúde suplementar. Especialidade: Estatística. Ministério da Saúde/2007 [FCC] A tabela fornece informações sobre o tipo de câncer e a idade de 500 pacientes que sofrem desta doença, internados num determinado hospital especializado na doença. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 28 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Idade Câncer estomacal Câncer pulmonar Outros Total [0;10) 0 6 60 66 [10;30) 30 9 25 64 [30;50) 100 75 55 230 [50;70) 70 60 10 140 Total 200 150 150 500 Ao selecionar aleatoriamente um paciente, dentre esses 500, a probabilidade dele ter câncer pulmonar ou estomacal, dado que tem idade inferior a 30 anos, é: a) 16/125 b) 9/26 c) 39/64 d) 13/50 e) 32/65 Temos 500 possíveis pacientes. São 500 casos possíveis, assim discriminados: Idade Câncer estomacal Câncer pulmonar Outros [0;10) 0 6 60 [10;30) 30 9 25 [30;50) 100 75 55 [50;70) 70 60 10 Estamos interessados nos pacientes que têm câncer de pulmão ou estomacal. São 350 casos favoráveis, assim discriminados: Idade Câncer estomacal Câncer pulmonar [0;10) 0 6 [10;30) 30 9 [30;50) 100 75 [50;70) 70 60 Foi dada uma condição. O paciente tem menos de 30 anos. Temos que rever nossos casos possíveis e favoráveis. Ficamos com 130 casos possíveis: Idade Câncer estomacal Câncer pulmonar Outros [0;10) 0 6 60 [10;30) 30 9 25 [30;50) 100 75 55 [50;70) 70 60 10 Ficamos com 45 casos favoráveis: Idade Câncer estomacal Câncer pulmonar [0;10) 0 6 [10;30) 30 9 [30;50) 100 75 www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 29 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Idade Câncer estomacal Câncer pulmonar [50;70) 70 60 A probabilidade do paciente ter câncer estomacal ou de pulmão, dado que tem menos de trinta anos, é: P = 45 = 9 130 26 Resposta: B. Novamente tivemos um exercício de união de dois eventos em que não foi preciso usar a fórmula. EC 10 Técnico de informática – MPU/2004 [ESAF] Quando Lígia pára em um posto de gasolina, a probabilidade de ela pedir para verificar o nível de óleo é 0,28; a probabilidade de ela pedir para verificar a pressão dos pneus é 0,11 e a probabilidade de ela pedir para verificar ambos, óleo e pneus, é 0,04.Portanto, a probabilidade de Lígia parar em um posto de gasolina e não pedir nem para verificar o nível de óleo e nem para verificar a pressão dos pneus é igual a a) 0,25 b) 0,35 c) 0,45 d) 0,15 e) 0,65. Primeiro vamos usar a fórmula. Vamos calcular a probabilidade de Lígia verificar pelo menos um dos dois (óleo/pneu). Dizendo de outra forma: vamos calcular a probabilidade de Lígia verificar o óleo ou o pneu. Lígia vai ao posto de gasolina em diversos dias. Selecionando-se ao acaso um desses dias, ocorre o evento ‘A’ quando, no dia escolhido, ela verifica o óleo. Ocorre o evento ‘B’ quando, no dia sorteado, ela verifica o pneu. Temos: P( A � B) = P( )A + P(B) − P( A ∩ B) O enunciado disse que: P( )A = ,0 28 P(B) = 0 11, P( A ∩ B) = 0 04, Portanto: P( A � B) = P( )A + P(B) − P( A ∩ B) P( A � B) = ,0 28 + 0 11, − 0 04, = 0 35, www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 30 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES A probabilidade de Lígia verificar pelo menos um dos dois (óleo ou pneu) é de 35%. Concluímos que a probabilidade de ela não verificar nenhum dos dois é: P = 1 − 0 35, = %65 Resposta: E. Outra resolução, agora sem fórmula. Lígia foi ao posto durante 100 dias. Em 28 ela chegou o óleo. Em 11 ela checou os pneus. Em 4 ela checou os dois juntos. Vamos representar graficamente o que ocorreu. Em 4 dias, Lígia verifica o pneu e o óleo. dias em que verificou óleo dias em que verificou pneu 4 Em 28 dias ela verifica o óleo. Já assinalamos 4 desses 28 dias. Faltam 24. dias em que verificou óleo dias em que verificou pneu 24 4 Em 11 dias ela verifica os pneus. Já assinalamos 4 desses 11 dias. Faltam 7. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 31 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES dias em que verificou óleo dias em que verificou pneu 24 4 7 Ao todo são 100 dias. Já assinalamos 35. Faltam 65, em que Lígia não verifica nem pneus nem óleo. dias em que verificou óleo dias em que verificou pneu 24 4 7 65 Em 65 dos 100 dias ela não verifica nem pneus nem óleo. A probabilidade procurada, portanto, é de 65%. EC 11 Analista Judiciário. Área apoio especializado. Especialidade: Estatística. TRF 2ª Região/2007 [FCC] Sejam A e B dois eventos associados a um experimento. Supondo que P( )A = ,0 4 e P( A � B) = 0 7, e P(B) = p . Os valores de p que fazem com que A e B sejam mutuamente exclusivos e A e B sejam independentes são, respectivamente, a) 0,3 e 0,5 b) 0,4 e 0,2 c) 0,5 e 0,2 d) 0,6 e 0,2 e) 0,3 e 0,4 Para que A e B sejam mutuamente exclusivos, temos a seguinte condição: P( A � B) = P( )A + P(B) Substituindo os valores: 0 7, = ,0 4 + p � p = 0 3, Para que A e B sejam independentes, temos a seguinte condição: www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 32 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES P( A ∩ B) = P( )A × P(B) Sabendo disso, vamos partir da probabilidade da união de A e B. P( A � B) = P( )A + P(B) − P( A � B) P( A � B) = P( )A + P(B) − P( )A × P(B) Substituindo os valores: 0 7, = ,0 4 + p − ,0 4 × p � 0 6, × p = 0 3, � p =0 5, Resposta: A EP 4 Maria tem dois filhos (Otávio e Pedro) e duas filhas (Quênia e Renata). Hoje ela vai fazer compras e vai escolher, aleatoriamente, duas crianças para lhe acompanharem. Ela não pode levar todas, senão elas fazem muita bagunça. Acontece que todas elas adoram ir ao supermercado, pois podem escolher qual chocolate comprar. Maria, de forma bem democrática, escreve o nome de todos eles em pedaços de papel. Coloca numa caixa e sorteia a primeira criança. Depois disso, sorteia a segunda. Qual a probabilidade de Maria escolher duas crianças do mesmo sexo? Vamos representar as crianças pelas iniciais de seus nomes (O, P, Q, R). O espaço amostral, conjunto de todas as possibilidades, é dado por: {(P,O), (P, Q), (P,R), (O,P), (O,Q), (O,R), (Q,P), (Q,O), (Q,R), (R,P), (R,O), (R,Q)} Seja ‘A’ o evento que ocorre quando Maria escolhe duas crianças do mesmo sexo. A = {(O,P), (P,O), (Q,R), (R,Q)} O espaço amostral tem 12 elementos. O evento tem 4 elementos. A probabilidade fica: P( )A = 4 / 12 = 1/ 3 Resolvemos o exercício sem utilizar fórmulas. Isto foi relativamente fácil, pois foi bem rápido listar todos os casos possíveis (espaço amostral), bem como os casos favoráveis (elementos do evento A). Quando o número de casos possíveis e favoráveis cresce muito (ou seja, quando os números de elementos do espaço amostral e do evento são grandes), é complicado listar todos eles. Para evitar esse tipo de problema, existem alguns conceitos, muito úteis, de análise combinatória. Em concursos, esta matéria é mais cobrada em raciocínio lógico. Aqui, neste curso de estatística, veremos apenas algumas noções (a partir da página 53). Vamos, agora, a uma segunda resolução, utilizando fórmulas. Seja ‘B’ o evento que ocorre quando as duas crianças selecionadas são do sexo maculino. Seja ‘C’ o evento que ocorre quando as duas crianças selecionadas são do sexo feminino. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 33 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES O evento ‘A’ pode ser decomposto na união dos eventos ‘B’ e ‘C’. Os eventos B e C são mutuamente exclusivos. Não é possível escolher dois meninos que também sejam meninas. Deste modo, a probabilidade da união dos eventos B e C é igual à soma das probabilidades. P( )A = P(B � C ) = P(B) + P(C ) Os eventos B e C podem ser decompostos ainda mais. Vamos calcular a probabilidade de B. Seja ‘b1’ o evento que ocorre quando a primeira criança sorteada é um menino. Seja ‘b2’ o evento que ocorre quando a segunda criança sorteada é um menino. O evento B (escolher dois meninos) é a intersecção dos eventos b1 e b2. Queremos que seja escolhido um menino no primeiro sorteio e, além disso, outro menino no segundo sorteio. B = 1b ∩ b2 P(B) = P( 1b ∩ b )2 Mas nós vimos, lá em probabilidade condicional, a fórmula da probabilidade da intersecção de dois eventos. P( 1b ∩ b2) = P(b )1 × P(b2 b )1 Vamos calcular a probabilidade de ter saído um menino no primeiro sorteio. Ou seja, vamos calcular a probabilidade do evento b1. No primeiro sorteio, temos dois meninos e duas meninas. São 4 crianças. São 4 casos possíveis. E temos dois casos favoráveis (são dois meninos). P(b )1 = 2 = 1 4 2 Agora vamos calcular a probabilidade de, no segundo sorteio, ser sorteado um menino, DADO que no primeiro sorteio já foi sorteado um menino. Ou seja, vamos calcular a probabilidade do evento b2, dado que ocorreu b1. Temos 3 casos possíveis, pois restaram 3 crianças (uma já foi sorteada). Temos 1 caso favorável. Só resta um menino (o outro já foi sorteado). P(b2 b )1 = 1/ 3 Logo: P( 1b ∩ b )2 = P(b )1 × P(b2 b )1 = 1 × 1 = 1 32 6 Portanto: P(B) = P( 1b P(B) = 1 6 ∩ b )2 www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 34 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Analogamente, a probabilidade de C (sortear duas meninas) também é 1/6. P(C ) = 1 6 E a probabilidade do evento “A” fica: P( )A P( )A = P(B � C ) = P(B) + P(C ) = 1 + 1 = 1 66 3 5 Probabilidade do evento complementar Quando temos um experimento, dizemos que o conjunto de todos os resultados possível é o espaço amostral. Por exemplo, o lançamento de um dado pode resultar em 1, 2, 3, 4, 5 ou 6. O espaço amostral é: {1, 2, 3, 4, 5, 6} Outro exemplo. Temos um tetraedro com faces 1, 2, 3, 4. Lançamo-lo duas vezes. O espaço amostral é: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4)} Dizemos que dois eventos são complementares quando, simultaneamente, temos: · a união dos dois eventos resulta no espaço amostral · os dois eventos são mutuamente excludentes (eles não têm elementos em comum; a intersecção entre ambos é vazia) Ou seja, qualquer resultado possível estará contido em dos dois eventos. Os dois eventos, juntos, conseguem englobar todos os resultados possíveis. E mais que isso: não há nenhum resultado que satisfaça, simultaneamente, aos dois eventos. Com alguns exemplos fica mais fácil. Novamente, considere o resultado do lançamento de um dado. Seja ‘A’ o evento “sair número par”. Seja ‘B’ o evento “sair número ímpar”. Os eventos ‘A’ e ‘B’, unidos, englobam todas as possibilidades. Não tem como lançar um dado e dar um resultado que não seja um número par e não seja um número ímpar. Além disso, não há intersecção entre os dois eventos. Não tem nenhum resultado de um dado que seja, ao mesmo tempo, par e ímpar. Dizemos que os eventos ‘A’ e ‘B’ são complementares. Ainda em relação ao lançamento do dado. Seja ‘C’ o evento “sair um número maior ou igual a 4”. Seja ‘D’ o evento “sair um número menor que 4”. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 35 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Esses dois eventos, unidos, englobam todos casos possíveis. Não dá para lançar um dado e obter um resultado que não seja maior ou igual a 4 nem menor que 4. Além disso, não há nenhum resultado que pertença ao mesmo tempo aos dois eventos. Os eventos ‘C’ e ‘D’ são complementares. Continuemos com o lançamento do dado. Seja ‘E’ o evento “sair um número menor que 5”. Seja ‘F’ o evento “sair um número maior que 3”. Os dois eventos, juntos, englobam todos os casos possíveis. Mas os dois eventos não são complementares. Existe um resultado que pertence aos dois eventos. O resultado “4” é maior que 3 e também é menor que 5. Ainda em relação ao lançamento do dado. Seja ‘G’ o evento “sair um número menor que 4”. Seja ‘H’ o evento “sair um número maior que 4”. ‘G’ e ‘H’ não têm elementos em comum. Só que não englobam todos os casos possíveis. O resultado 4 não é nem menor que 4 nem maior que 4. Este resultado não está contemplado em nenhum dos dois eventos. ‘G’ e ‘H’ não são complementares. Geralmente o evento complementar é indicado por uma barra. Continuemos com o lançamento do dado. Seja Z o evento “sair um múltiplo de 3”. O evento complementar de Z é indicado por: Z Z é o evento “não sair um múltiplo de 3”. Note que Z e Z , juntos, englobam todos os casos. Além disso, não têm elementos em comum. São eventos complementares.Agora vem o que interessa pra gente. Sejam A e A dois eventos complementares. Vamos calcular a probabilidade da união desses dois eventos. Usando a fórmula da probabilidade da união, temos: P( A � ) A = P( )A + P( )A − P( A ∩ )A Mas nós vimos que a intersecção entre eventos complementares é vazia. Sua probabilidade é nula. P( A � ) A P( A � ) A = P( )A = P( )A + P( )A − 0 + P( )A E nós vimos também que a união entre eventos complementares é justamente o espaço amostral. A probabilidade de ocorrer o espaço amostral é sempre igual a 1. Ficou em dúvida? Considere o lançamento do dado. O espaço amostral é o conjunto de todos os resultados possíveis = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 36 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Considere o evento que ocorre quando lançamos o dado e sai um número de 1 a 6. Qual a probabilidade deste evento? É de 100%. Com certeza, quando lançarmos o dado, vai sair um número de 1 a 6. Isto porque esse evento é simplesmente igual ao espaço amostral. A probabilidade de ocorrer o espaço amostral é de 100%. P( A � ) A 1 = P( )A = P( )A + P( )A + P( )A E é esse resultado que nos interessa. Probabilidade do evento complementar: Sejam A e A dois eventos complementares. Então: 1 = P( )A + P( )A A probabilidade do evento complementar é algo até bem intuitivo. Nós até já a usamos nesta aula, sem comentar. Foi lá no EC 10 (fl. 29). Sugiro que vocês parem a leitura da aula e dêem uma revisada lá naquele exercício. Era uma questão de Técnico do MPU, em que Lígia ia ao posto e poderia verificar o óleo e o pneu. Naquela ocasião, encontramos a probabilidade de Lígia verificar pelo menos um dos dois (óleo/pneu). A probabilidade foi de 35%. Com isso, concluímos que a probabilidade de ela não verificar nenhum dos dois era de 65%. Ora, ou Lígia verifica alguma coisa (pneu, óleo ou ambos, pneu e óleo) ou não verifica nada. Não tem outra possibilidade. Portanto, se há 35% de chance de ela verificar alguma coisa, então há 65% de chance de ela não verificar nada. São dois eventos complementares. Somando os dois, tem que dar 100%. Existem alguns tipos de problema em que a probabilidade pedida é muito difícil de ser calculada. Nesses casos, desconfie. Às vezes é mais fácil calcular a probabilidade do evento complementar, o que nos ajuda a resolver a questão. Vejamos alguns exercícios. EP 5 Lançamos um dado seis vezes. Qual a probabilidade de sair pelo menos uma vez o número 5? Seja A o evento que ocorre quando, em pelo menos um dos 6 lançamentos, temos o resultado 5. Uma primeira forma de resolução seria listar todos os casos possíveis e todos os casos favoráveis. Casos possíveis: 1; 1; 1; 1; 1; 1 1; 1; 1; 1; 1; 2 CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 37 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES 1; 1; 1; 1; 1; 3 [...] E a lista continuaria com inúmeras linhas. Ficar listando todos os casos possíveis não dá. Poderíamos tentar resolver considerando que o evento ‘A’ é, na verdade, uma união de vários eventos. Precisaríamos calcular a probabilidade de: · Sair o número 5 exatamente 1 vez · Sair o número 5 exatamente 2 vezes · Sair o número 5 exatamente 3 vezes · Sair o número 5 exatamente 4 vezes · Sair o número 5 exatamente 5 vezes · Sair o número 5 exatamente 6 vezes Depois fazemos a união de todos esses eventos. A probabilidade da união de todos esses eventos é o resultado procurado. Só que isso dá um trabalhão. Só para que fique claro como os eventos acima são difíceis de lidar, tomemos o segundo deles. Trata-se do evento que ocorre quando, lançando o dado seis vezes, obtém-se o resultado 5 exatamente duas vezes. Para calcular a probabilidade relacionada, teríamos que dividir este evento em diversos outros eventos: · Sair o número 5 apenas no primeiro e no segundo lançamento; · Sair o número 5 apenas no primeiro e no terceiro lançamento; · Sair o número 5 apenas no primeiro e no quarto lançamento; · Sair o número 5 apenas no primeiro e no quinto lançamento; · Sair o número 5 apenas no primeiro e no sexto lançamento; · Sair o número 5 apenas no segundo e no terceiro lançamento; · Sair o número 5 apenas no segundo e no quarto lançamento; · Sair o número 5 apenas no segundo e no quinto lançamento; · Sair o número 5 apenas no segundo e no sexto lançamento; · Sair o número 5 apenas no terceiro e no quarto lançamento; · Sair o número 5 apenas no terceiro e no quinto lançamento; · Sair o número 5 apenas no terceiro e no sexto lançamento; · Sair o número 5 apenas no quarto e no quinto lançamento; · Sair o número 5 apenas no quarto e no sexto lançamento; · Sair o número 5 apenas no quinto e no sexto lançamento. Depois, teríamos que fazer um procedimento análogo para todos os outros eventos (sair 5 exatamente 1 vez; sair 5 exatamente três vezes; etc). Vamos procurar outra saída. O evento pedido no enunciado foi “sair 5 pelo menos 1 vez”. Qual seu evento complementar? www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 38 PROFESSOR: VÍTOR MENEZES Seu evento complementar é “não sair 5 nenhuma vez”. Vamos chamá-lo de A Ah, para esse evento complementar é bem mais fácil de calcularmos a probabilidade. Ele é a intersecção dos seguintes eventos: · Não sai 5 no primeiro lançamento · Não sai 5 no segundo lançamento · Não sai 5 no terceiro lançamento · Não sai 5 no quarto lançamento · Não sai 5 no quinto lançamento · Não sai 5 no sexto lançamento Todos os eventos acima têm probabilidade de 5/6. E todos eles são independentes. Isto porque o resultado de um lançamento não interfere em nada no resultado de qualquer outro lançamento. Vimos que, quando os eventos são independentes, a probabilidade da intersecção é igual ao produto das probabilidades. Ficamos com: P( )A 6 = 5 × 5 × 5 × 5 × 5 × 5 = � 5 � � � 6 6 6 6 6 6 Portanto: � 6 � P( )A 6 = 1 − � 5 � � � � 6 � A utilização do evento complementar facilitou muito as contas. O enunciado típico de utilização do evento complementar geralmente contém expressões como: “calcule a probabilidade de tal resultado ocorrer pelo menos uma vez.” Sempre que você se deparar com algo semelhante, lembre-se de verificar se a utilização do evento complementar facilita o cálculo. EC 12 Analista BACEN/2006 – Área 5 [FCC] A probabilidade de um associado de um clube pagar a sua mensalidade com atraso é de 5%. Entre 5 associados escolhidos aleatoriamente, a probabilidade de pelo menos 1 pagar a sua mensalidade sem atraso é: a) 1 – 0,955 b) 0,955 c) 4,75 . 0,955 d) 5 . 0,955 e) 1- 0,055 Seja A o evento “pelo menos 1 associado atrasa o pagamento”. Queremos calcular a probabilidade de A . Podemos imaginar que o evento A é uma união de vários eventos: exatamente 1 associado paga a mensalidade com atraso; exatamente 2 associados pagam suas mensalidades com atraso; exatamente 3 associados pagam suas mensalidades com atraso; exatamente 4 associados pagam suas mensalidades com atraso; exatamente 5 associados pagam suas mensalidades com atraso. www.pontodosconcursos.com.br CURSO ON-LINE – ESTATÍSTICA PARA ICMS/SP 39 PROFESSOR:
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