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Exercícios resolvidos sobre Definição de Probabilidade Nesta Unidade de estudo, até este ponto você aprendeu definições de probabilidade e viu como os conceitos se aplicam a várias situações. Observe agora um conjunto de exercícios solucionados que ilustram a aplicação dos referidos conceitos. Exercício 1 Em um cassino, localizado em certo país no exterior, o dono providenciou um dado especial. Nesse dado a probabilidade de sair determinado ponto é inversamente proporcional a seu valor. Um aluno de Estatística, ao visitar esse cassino, resolveu investigar se estava sendo trapaceado. “Com base na observação de diversos eventos, para elaborar um relatório, ele fez os cálculos das probabilidades a seguir.” Sabendo como o dado se comporta, calcule: a) a probabilidade de sair um número menor que 3; b) a probabilidade de sair um número par; c) a probabilidade de sair um número primo; d) a probabilidade de sair ponto 3; e) a probabilidade de sair ponto 6. Solução Enunciado Em um cassino, localizado em certo país no exterior, o dono providenciou um dado especial. Nesse dado a probabilidade de sair determinado ponto é inversamente proporcional a seu valor. Um aluno de Estatística, ao visitar esse cassino, resolveu investigar se estava sendo trapaceado. Com base na observação de diversos eventos, ele criou um relatório que apresenta as afirmações a seguir. Sabendo como o dado se comporta, calcule: a) a probabilidade de sair um número menor que 3; b) a probabilidade de sair um número par; c) a probabilidade de sair um número primo; d) a probabilidade de sair ponto 3; e) a probabilidade de sair ponto 6. Solução Sabemos que a probabilidade de cada ponto é inversamente proporcional a seu valor. Sendo k uma constante, teremos as seguintes probabilidades: Pela definição axiomática, sabemos que a probabilidade do espaço amostral deve ser igual a 1. Portanto, a soma das probabilidades de todos os resultados possíveis deverá resultar em 1, pois P(S) = 1. Então: Agora que temos o valor de k, podemos calcular as probabilidades de todos os pontos: Vamos então verificar cada alternativa: a) A probabilidade de sair ponto menor que 3 é aproximadamente 0,6123. O evento “sair ponto menor que 3” é correspondente a “sair ponto 1” ou “sair ponto 2”. Esses dois eventos elementares são mutuamente excludentes, pois a ocorrência de um implica a não ocorrência do outro. Assim, podemos aplicar o terceiro axioma: b) A probabilidade de sair um número par é 0,3742. Vamos chamar esse evento “sair número par” de E. Então E = {2,4,6} e a probabilidade de sair número par será igual à probabilidade de sair 2, 4 ou 6. Esses eventos elementares são mutuamente excludentes, portanto podemos novamente aplicar o terceiro axioma. c) A probabilidade de sair um número primo é aproximadamente 0,4218. São primos os números 2, 3 e 5. Então, o evento F = “sair número primo” é tal que F = {2,3,5}. Mais uma vez, como os eventos elementares são mutuamente excludentes, podemos usar o terceiro axioma: d) A probabilidade de sair ponto 3 é aproximadamente 0,1361. Este resultado foi obtido logo após o cálculo da constante k, por meio do terceiro axioma da probabilidade, e está registrado na tabela anterior. e) A probabilidade de sair ponto 6 é aproximadamente 0,068. Mais uma vez, com os resultados obtidos, substituindo-se o valor da constante k, temos que: Exercício 2 Em um escritório, a necessidade de espaço para armazenamento de informações no servidor é de 500 GB (Gigabyte). Sabendo que podemos comprar discos rígidos de 50 e 100 GB e que a ordem de aquisição não é relevante, o espaço amostral de possibilidades para conseguir 500 GB é formado por quantos elementos? Solução Enunciado Em um escritório, a necessidade de espaço para armazenamento de informações no servidor é de 500 GB (Gigabyte). Sabendo que podemos comprar discos rígidos de 50 e 100 GB e que a ordem de aquisição não é relevante, o espaço amostral de possibilidades para conseguir 500 GB é formado por quantos elementos? Solução Neste exercício, vamos listar todas as possibilidades de obter um conjunto de 500 GB de memória, composto de elementos de 50 GB e/ou 100 GB. Temos, portanto, 6 combinações possíveis que satisfazem à exigência de 500 GB de memória total. Exercício 3 Dois dados não viciados são lançados simultaneamente. Considere os eventos A = {soma dos pontos igual a 6} e B = {pontos 1, 2 ou 3 no segundo dado}. Calcule: a) a probabilidade de ocorrer o evento A b) a probabilidade de ocorrer o evento B c) a probabilidade de ocorrer o evento união. d) a probabilidade da interseção entre A e o complemento de B e) a probabilidade da interseção entre os eventos A e B f) a probabilidade da união do complemento de A com o evento B Solução Enunciado Dois dados não viciados são lançados simultaneamente. Considere os eventos A = {soma dos pontos igual a 6} e B = {pontos 1, 2 ou 3 no segundo dado}. Calcule: a) a probabilidade de ocorrer o evento A b) a probabilidade de ocorrer o evento B c) a probabilidade de ocorrer o evento união. d) a probabilidade da interseção entre A e o complemento de B e) a probabilidade da interseção entre os eventos A e B f) a probabilidade da união do complemento de A com o evento B Solução São dados os eventos: A = {soma dos pontos igual a 6} e B = {pontos 1, 2 ou 3 no segundo dado}. Para resolver este exercício, podemos listar todos os resultados possíveis – não são muitos – e obter as informações necessárias diretamente. Veja que o espaço amostral é composto de 36 resultados possíveis e igualmente prováveis, pois os dados são honestos. a) Os resultados favoráveis ao evento A são (1,5); (2,4); (3,3); (4,2); (5,1) e estão marcados em amarelo e verde, portanto: b) Os resultados favoráveis ao evento B são todos aqueles que têm ponto 1, 2 ou 3 no segundo dado, isto é, as três colunas da esquerda da tabela anterior, marcadas em azul e verde. Então: c) A probabilidade de ocorrer o evento união corresponde à ocorrência de algum dos eventos A e B, ou seja, todos os resultados em destaque (amarelo, azul ou verde) na tabela anterior. d) O complemento de B consiste nos resultados das 3 colunas da direita da tabela. A intersecção entre A e o complemento de B serão os resultados (2,4) e (1,5). e) A intersecção entre os eventos A e B está marcada em verde no espaço amostral, pois representa a ocorrência do “evento azul” e do “evento amarelo”. f) O complemento do evento A contém todos os resultados exceto: (1,5), (2,4), (3,3), (4,2) e (5,1). A união do complemento de A com o evento B será o evento que contém todos os resultados do espaço amostral, exceto (2,4) e (1,5). Exercício 4 No lançamento de 2 dados (não viciados), quais são as probabilidades de: a) a soma dos pontos ser igual a 11? b) a soma dos pontos ser maior que 10? c) a soma dos pontos ser igual a 7? d) a soma dos pontos ser igual a 7 ou 11? Solução Enunciado No lançamento de 2 dados (não viciados), quais são as probabilidades de: a) a soma dos pontos ser igual a 11? b) a soma dos pontos ser maior que 10? c) a soma dos pontos ser igual a 7? d) a soma dos pontos ser igual a 7 ou 11? Solução Vamos listar todos os resultados possíveis que constituem o espaço amostral. Agora vamos verificar cada uma das alternativas. • A probabilidade de a soma dos pontos ser igual a 11 é 1/18. Você vê em vermelho todas as combinações que resultam em soma 11. Portanto, chamando de A o evento “soma igual a 11” temos: • A probabilidade de a soma dos pontos ser maior que 10 é 1/12. Em verde, estão destacados todos os resultados favoráveis ao evento B = “soma maior que 10”, que significa “soma 11” ou “soma 12”. • A probabilidade de a soma dos pontos ser igual a 7 é 1/6. Os resultados favoráveis ao evento C = “soma igual a 7” estão circulados em azul na tabela do espaço amostral. Portanto: • A probabilidade de a soma dos pontos ser 7 ou 11 é igual a 2/9. Este evento D = “soma 7 ou 11” corresponde à união dos eventosA e C, que são mutuamente excludentes (observe na tabela que não há intersecção entre os eventos). Podemos, portanto, aplicar o terceiro axioma. Exercício 5 Fez-se um estudo para verificar a quantidade de homens e mulheres em quatro diferentes universidades. Os resultados encontrados são expostos a seguir. Uma empresa de marketing, interessada em obter essas informações para planejar uma campanha, pediu a um técnico que fizesse um relatório com base nos dados publicados nesse estudo. Alguns dos pontos polêmicos do relatório são expostos a seguir. Agora calcule: a) qual é a chance de ele ser homem e da Universidade A, sabendo que o estudante não é da Universidade C? b) qual é a chance de ser uma mulher ou ser das Universidades C ou D? c) qual é a probabilidade de um estudante ser uma mulher? d) qual é a probabilidade de um estudante estudar na Universidade A? e) sabendo que se trata de um homem, qual é a chance de o estudante ser da Universidade C? Solução Enunciado Fez-se um estudo para verificar a quantidade de homens e mulheres em quatro diferentes universidades. Os resultados encontrados são expostos a seguir. Uma empresa de marketing, interessada em obter essas informações para planejar uma campanha, pediu a um técnico que fizesse um relatório com base nos dados publicados nesse estudo. Alguns dos pontos polêmicos do relatório são expostos a seguir. Agora calcule: a) qual é a chance de ele ser homem e da Universidade A, sabendo que o estudante não é da Universidade C? b) qual é a chance de ser uma mulher ou ser das Universidades C ou D? c) qual é a probabilidade de um estudante ser uma mulher? d) qual é a probabilidade de um estudante estudar na Universidade A? e) sabendo que se trata de um homem, qual é a chance de o estudante ser da Universidade C? Solução Neste exercício, temos as informações necessárias sobre todos os eventos possíveis. Assim, devemos apenas identificar quais são os resultados favoráveis ao evento considerado e quais são os resultados possíveis no âmbito do espaço amostral considerado. Atenção: o espaço amostral nem sempre será o mesmo! a) Sabendo que o estudante não é da Universidade C, a chance de ele ser homem e da Universidade A é superior a 0,27. Aqui, já temos a informação de que este estudante NÃO é da Universidade C, portanto, nosso espaço amostral será o seguinte: Os resultados favoráveis são os 225 “homens da Universidade A”. Portanto, podemos calcular a probabilidade por meio do quociente entre os resultados favoráveis e os resultados possíveis (destacados na tabela anterior). Seja A o evento “homem da Universidade A, sabendo que não é da Universidade C”, então: b) A chance de ser uma mulher ou ser das Universidades C ou D é aproximadamente 73%. Nesse caso, o espaço amostral contém 1405 resultados possíveis e a ocorrência de um evento ou de outro significa a ocorrência de algum dos eventos. Assim, sendo B o evento “mulher” ou “Universidade C” ou “Universidade D”, temos: c) A probabilidade de um estudante ser uma mulher é próxima de 21%. Seja C o evento “mulher”, temos: d) A probabilidade de um estudante estudar na Universidade A é superior a 0,2. Seja D o evento “estudante ser da Universidade A”, então: e) Sabendo que se trata de um homem, a chance de ser da Universidade C é próxima de 48%. Mais uma vez, temos um espaço amostral diferente, pois é dado que se trata de um homem. Portanto, o espaço amostral S contém 1098 resultados possíveis, dos quais 532 são favoráveis ao evento “ser da Universidade C”. Então, sendo D o evento “ser da Universidade C, dado que é um homem”, temos: Exercício 6 No lançamento de um dado, o espaço amostral é E = {1,2,3,4,5,6}. Considere os eventos: - O resultado é um número ímpar: A = {1,3,5}. - O resultado é um número primo: B = {2,3,5} . - O resultado é maior que 4: C = {5,6}. Agora: a) encontre o evento complementar de C. b) encontre a união de A com . c) identifique a intersecção entre B e C. d) verifique se os conjuntos A e são mutuamente excludentes. e) encontre a união de A com C. f) identifique o complementar de A. Solução Enunciado No lançamento de um dado, o espaço amostral é E = {1,2,3,4,5,6}. Considere os eventos: - O resultado é um número ímpar: A = {1,3,5}. - O resultado é um número primo: B = {2,3,5} . - O resultado é maior que 4: C = {5,6}. Agora: a) encontre o evento complementar de C. b) encontre a união de A com ' . c) identifique a intersecção entre B e C. d) verifique se os conjuntos A e são mutuamente excludentes. e) encontre a união de A com C. f) identifique o complementar de A. Solução Vamos verificar cada uma das afirmações. a) O evento complementar contém todos os resultados que não são favoráveis ao evento considerado. Portanto, o complementar de C é: ={1,2,3,4}. b) A união de A com = {1,2,3,4,5}. c) A intersecção entre B e C é {5}. d) Os conjuntos A e NÃO são mutuamente excludentes. Como a intersecção dos eventos considerados é não nula, ou seja, , então os eventos não são mutuamente excludentes. e) A união de A com C é {1,3,5,6}. Quando um resultado aparecer em ambos os eventos, não deverá ser repetido. Portanto, . f) O complementar de A é . O evento complementar consiste em todos os resultados que não são favoráveis ao evento considerado. Exercício 7 Em uma competição de aeromodelismo, vence o participante que conseguir pousar mais vezes seu aeroplano na área especificada. Esta área consiste em um triangulo equilátero, inscrito em um círculo. Sabendo que um aeroplano pousou dentro do círculo, qual é a probabilidade de ter pousado também dentro do triângulo? Suponha que a densidade da probabilidade em todos os pontos do círculo é a mesma. *Lembre-se de considerar o brinquedo como um ponto material. Solução Enunciado Em uma competição de aeromodelismo, vence o participante que conseguir pousar mais vezes seu aeroplano na área especificada. Esta área consiste em um triangulo equilátero, inscrito em um círculo. Sabendo que um aeroplano pousou dentro do círculo, qual é a probabilidade de ter pousado também dentro do triângulo? Suponha que a densidade de probabilidade em todos os pontos do círculo é a mesma. *Lembre-se de considerar o brinquedo como um ponto material. Solução Neste exercício, mais uma vez o cálculo será feito por meio do quociente entre os resultados favoráveis ao evento em questão e os resultados possíveis. Observe que o espaço amostral é o círculo, pois é dada a informação de que o aeroplano pousou dentro dele. Assim, o número de resultados possíveis será igual à área do círculo. O número de resultados favoráveis ao evento E = “pousar também dentro do triângulo”, por sua vez, será igual à área do triângulo. A probabilidade de ocorrência do evento E será calculada da seguinte forma: Com base na figura apresentada, podemos encontrar a relação entre o raio do círculo (R) e o lado do triângulo (L). Sabemos que, em um triângulo equilátero, a altura é e é dividida pelo baricentro em dois segmentos tais que um tem o dobro do comprimento do outro. Como o baricentro do triângulo coincide com o centro do círculo (afinal, o triângulo é equilátero), podemos dizer que . Assim, o lado do triângulo equilátero é tal que: A expressão para o cálculo da área de um triângulo equilátero de lado L é: Como a área de um círculo de , então a probabilidade de ocorrência do evento E será: Exercício 8 Relacione as figuras a seguir às operações básicas entre eventos: união, intersecção, evento complementar e eventos mutuamente excludentes. Solução Enunciado Relacione as figuras a seguir às operações básicas entre eventos: união, intersecção, evento complementar e eventos mutuamente excludentes. Solução As figuras apresentadas neste exercício representam exatamente as definições de cada uma das operações entre eventos. Exercícios resolvidos sobre Teoremas de Probabilidade Aqui você tem mais uma oportunidade de estudar os teoremas da probabilidade, por meiode um conjunto de exercícios resolvidos. Observe como as propriedades da probabilidade se aplicam aos problemas apresentados. Exercício 1 Em uma empresa há 10 homens e 25 mulheres. Entre os homens, 5 são formados em Direito e, entre as mulheres, 7 são formadas também em Direito. Os demais são formados em Administração. Ao sortear uma pessoa desse grupo: a) qual é a probabilidade de ser um homem formado em Administração? b) sabendo-se que a pessoa sorteada é formada em Administração, qual é a probabilidade de ser homem? c) sabendo-se que é um homem, qual é a probabilidade de ser formado em Administração? d) sabendo-se que a pessoa sorteada é formada em Direito, qual é a probabilidade de ser uma mulher? e) sabendo-se que a pessoa sorteada é uma mulher, qual é a probabilidade de ser formada em Direito? Solução Enunciado Em uma empresa há 10 homens e 25 mulheres. Entre os homens, 5 são formados em Direito e, entre as mulheres, 7 são formadas também em Direito. Os demais são formados em Administração. Ao sortear uma pessoa desse grupo: a) qual é a probabilidade de ser um homem formado em Administração? b) sabendo-se que a pessoa sorteada é formada em Administração, qual é a probabilidade de ser homem? c) sabendo-se que é um homem, qual é a probabilidade de ser formado em Administração? d) sabendo-se que a pessoa sorteada é formada em Direito, qual é a probabilidade de ser uma mulher? e) sabendo-se que a pessoa sorteada é uma mulher, qual é a probabilidade de ser formada em Direito? Solução As informações dadas são: Sejam os eventos: H = ser homem M = ser mulher A = ser formado(a) em Administração D = ser formado(a) em Direito Vamos verificar as alternativas uma a uma. a) Temos de calcular a probabilidade de ser um homem e de ser formado em Administração Evento intersecção Regra do Produto b) Para calcular a probabilidade de a pessoa sorteada ser homem, sabendo-se que ela é formada em Administração, fazemos a aplicação direta da Probabilidade Condicionada. c) Para calcular a probabilidade de a pessoa ser formada em Administração, sabendo-se que o sorteado foi um homem, aplicamos a Probabilidade Condicionada. d) O cálculo utilizado é da Probabilidade Condicionada: e) Mais uma vez, trata-se da Probabilidade Condicionada: Exercício 2 É preciso formar uma comissão e para sua constituição há disponíveis 2 professores e 4 assistentes. São escolhidas ao acaso 3 pessoas. Qual é a probabilidade de que sejam escolhidos para esta comissão 1 professor e 2 assistentes? Solução Enunciado É preciso formar uma comissão e para sua constituição há disponíveis 2 professores e 4 assistentes. São escolhidas ao acaso 3 pessoas. Qual é a probabilidade de que sejam escolhidos para esta comissão 1 professor e 2 assistentes? Solução Temos: 2 professores 4 assistentes Queremos formar uma comissão com três pessoas, escolhidas ao acaso. Há maneiras de fazer isso. Consideremos, agora, o caso particular em que a comissão é formada por um professor e dois assistentes. Existem duas maneiras de escolher esse professor (dentre os dois disponíveis) e maneiras de escolher os dois assistentes (dentre os quatro disponíveis). Assim, o total de comissões formadas por um professor e dois assistentes é Portanto, se E for o evento “a comissão é constituída por um professor e dois assistentes”, teremos Exercício 3 Um casal vai mergulhar em busca de pérolas no oceano. Sabemos que em razão das habilidades e do condicionamento físico deles, o rapaz tem 3/7 de chance de encontrar alguma pérola e a moça, 2/7 de chance. Sabemos que a chance de os dois encontrarem pérolas é de 1/7. Sabendo-se que o rapaz encontrou uma pérola: a) Qual é a chance de a moça NÃO ter achado pérola alguma antes e depois de saber que seu esposo encontrou uma delas? b) Qual é a chance de a moça encontrar uma pérola depois de saber que o rapaz conseguiu uma pérola? c) Decida se o evento de não encontro de pérola do rapaz é mutuamente excludente ao evento do não encontro de pérola da moça. d) Sem ter a informação do achado do rapaz, qual é a chance de somente um deles encontrar alguma pérola? Solução Enunciado Um casal vai mergulhar em busca de pérolas no oceano. Sabemos que em razão das habilidades e do condicionamento físico deles, o rapaz tem 3/7 de chance de encontrar alguma pérola e a moça, 2/7 de chance. Sabemos que a chance de os dois encontrarem pérolas é de 1/7. Sabendo-se que o rapaz encontrou uma pérola: a) Qual é a chance de a moça NÃO ter achado pérola alguma antes e depois de saber que seu esposo encontrou uma delas? b) Qual é a chance de a moça encontrar uma pérola depois de saber que o rapaz conseguiu uma pérola? c) Decida se o evento de não encontro de pérola do rapaz é mutuamente excludente ao evento do não encontro de pérola da moça. d) Sem ter a informação do achado do rapaz, qual é a chance de somente um deles encontrar alguma pérola? Solução Sejam os eventos: HA = rapaz encontra pérola HS = rapaz não encontra pérola MA = moça encontra pérola MS = moça não encontra pérola Sabemos que P(HA) = 3/7, P(MA) = 2/7 e P(HA ∩ MA) = 1/7. Vamos verificar cada uma das alternativas. a) Uma informação adicional pode alterar a probabilidade de ocorrência de um evento. Sem a informação sobre o sucesso do rapaz, a chance de insucesso da moça é calculada pelo evento complementar. Após a informação, calculamos também pelo evento complementar, atentando para o espaço amostral considerado (que inclui apenas os eventos em que o rapaz encontra uma pérola): A probabilidade P(MA|HA) é calculada pela expressão da Probabilidade Condicionada: Então, substituindo na expressão anterior: Portanto, a informação sobre o achado do rapaz afeta a chance de a moça não encontrar algo. b) Após a informação de que o rapaz encontrou uma pérola, a chance de a moça encontrar é calculada pela Probabilidade Condicionada: c) Eventos mutuamente excludentes devem apresentar intersecção nula. Nesse caso, devemos procurar calcular a intersecção dos eventos de encontrar uma pérola para cada um deles. Pela Regra do Produto temos: Porém não sabemos ainda o valor de P(MS|HS). No entanto, podemos obtê-lo por meio do teorema da Probabilidade Total, pois a chance de a moça achar uma pérola depende de o rapaz ter encontrado ou não. Foi calculada anteriormente a probabilidade de a moça não ter achado nenhuma pérola, dado que o rapaz encontrou: Assim, podemos fazer as substituições na expressão da Probabilidade Total e obter o valor de P(MS|HS). Voltando à Regra do Produto, temos então: E, como a probabilidade de ocorrência de intersecção é não nula, os eventos não são mutuamente excludentes. d) Sem ter a informação do achado do rapaz, a chance de somente um dos dois encontrar uma pérola é calculada pela Regra da Soma para a ocorrência de algum dos eventos “HS e MA” e “HA e MS”, que são mutuamente excludentes. P(MA|HS) nada mais é que a probabilidade de o evento complementar a “MS|HS”, cuja probabilidade foi calculada no item anterior. P(MS|HA) também foi calculada anteriormente e vale 2/3. Portanto, substituindo na Regra da Soma: Exercício 4 Considere três caixas, cada uma delas com dois compartimentos. Na caixa 1 há uma nota de R$ 50 em cada compartimento. Na caixa 2 há uma nota de R$ 10 em cada compartimento. Na caixa 3 há uma nota de R$ 50 em um compartimento e uma nota de R$ 10 em outro. Escolhendo uma caixa ao acaso, abrimos um compartimento. Se a nota é de R$ 50, qual é a probabilidade de que no outro compartimento também haja uma nota de R$ 50? Solução Enunciado Considere três caixas, cada uma delas com dois compartimentos. Na caixa 1 há uma nota de R$ 50 em cada compartimento. Na caixa 2 há uma nota de R$ 10 em cada compartimento. Na caixa 3 há uma nota de R$ 50 em um compartimento e uma nota de R$ 10 em outro. Escolhendo uma caixa ao acaso, abrimos um compartimento. Se a nota é de R$ 50, qual é a probabilidade de que no outro compartimento também haja uma notade R$ 50? Solução Este exercício é mais simples do que parece. Supondo que a primeira nota retirada era de R$ 50, queremos saber a chance de a segunda também ser de R$ 50. A intersecção dos eventos em questão ocorre apenas na caixa 1, que contém 2 notas de R$ 50. Então: A probabilidade de retirar em primeiro lugar uma nota de R$ 50 pode ser entendida da seguinte forma: temos 6 notas no total, das quais apenas 3 são de R$ 50. Isso é possível, pois é igualmente provável escolher qualquer uma das 3 caixas, assim como os compartimentos. Logo: Então, substituindo na primeira expressão: Exercício 5 Em uma caixa existem 3 envelopes brancos e 2 envelopes pardos. Eles são extraídos da caixa sem reposição. Calcule: a) a chance de que saiam três envelopes brancos sucessivos. b) a chance de que saiam 2 pardos sucessivamente c) a chance de que saiam ou 2 pardos sucessivos ou 3 brancos sucessivos. d) a chance de que os envelopes sejam sorteados em tipos intercalados. Solução Enunciado Em uma caixa existem 3 envelopes brancos e 2 envelopes pardos. Eles são extraídos da caixa sem reposição. Calcule: a) a chance de que saiam três envelopes brancos sucessivos. b) a chance de que saiam 2 pardos sucessivamente c) a chance de que saiam ou 2 pardos sucessivos ou 3 brancos sucessivos. d) a chance de que os envelopes sejam sorteados em tipos intercalados. Solução Considere os eventos: A = saírem 3 brancos sucessivos B = saírem 2 pardos sucessivos E = saírem intercalados Vamos testar as alternativas uma a uma: a) A chance de que saiam 3 brancos sucessivos é de 0,3. Antes de calcular as probabilidades das retiradas, devemos verificar quantas são as permutações possíveis. Neste caso são 3. Observe: Agora sim, vamos aplicar a Regra do Produto, multiplicando as probabilidades por 3. b) A chance de que saiam 2 pardos sucessivamente é 0,4. A resolução é análoga à do item anterior. Aplicando a Regra do Produto: c) A chance de que saiam ou 2 pardos sucessivos ou 3 brancos sucessivos é de 0,5. Como calculamos nos itens anteriores: Para obtermos a probabilidade de ocorrência do evento união, aplicamos a Regra da Soma: Observe que existem duas combinações, entre as 10 possíveis, em que os eventos ocorrem simultaneamente: Portanto, e, substituindo na Regra da Soma, temos: d) A chance de que os envelopes sejam sorteados em tipos intercalados é de 0,1. Aqui, aplicamos a Regra do Produto para a única combinação possível em que os envelopes saem intercalados. Exercício 6 Considere dois eventos A e B. Sabendo que P(A) = 0,4 e P(A U B) = 0,7. Seja P(B) = p. A partir disso, calcule os valores de p para que os eventos A e B sejam: a) Mutuamente excludentes b) Independentes Solução Enunciado Considere dois eventos A e B. Sabendo que P(A) = 0,4 e P(A U B) = 0,7. Seja P(B) = p. A partir disso, calcule os valores de p para que os eventos A e B sejam: a) Mutuamente excludentes b) Independentes Solução Eventos mutuamente excludentes são aqueles cuja intersecção é nula. Nesse caso, conforme o axioma visto na primeira aula, a probabilidade de ocorrência da união dos eventos é calculada diretamente pela soma de cada uma das probabilidades. Eventos independentes são aqueles tais que a ocorrência de um deles não altera a probabilidade de ocorrência do outro. Ou seja: Neste caso, a probabilidade da intersecção é calculada pelo produto das probabilidades de cada um dos eventos elementares. Dessa forma, aplicando a Regra da Soma teremos: Exercício 7 Considere o circuito elétrico ilustrado a seguir. É preciso que passe um pulso entre os pontos A e B. Como a estrutura onde ele está instalado é muito precária, cada chave ilustrada do circuito tem probabilidade igual a ½ de estar fechada. Além disso, cada chave tem funcionamento completamente independente das demais. Qual é a chance de sucesso do pulso? Solução Enunciado Considere o circuito elétrico ilustrado a seguir. É preciso que passe um pulso entre os pontos A e B. Como a estrutura onde ele está instalado é muito precária, cada chave ilustrada do circuito tem probabilidade igual a ½ de estar fechada. Além disso, cada chave tem funcionamento completamente independente das demais. Qual é a chance de sucesso do pulso? Solução Vamos analisar em que condições o pulso não será transmitido entre os terminais. Não haverá transmissão se: − Chave 1 aberta OU chave 2 aberta: − Chaves 4 e 5 abertas OU chave 3 aberta: Então, a chance de não passar o pulso é de: E a chance de passar o pulso será dada pelo evento complementar: Exercício 8 Este exercício é conhecido como “jogo das 3 portas” e consiste em 3 portas das quais apenas uma delas esconde um prêmio. O participante escolhe uma delas na qual ele acredita estar o prêmio. Uma vez escolhida a porta, o apresentador, que sabe onde está o prêmio, abre uma porta sem prêmio que não tenha sido escolhida pelo participante. Restam assim a porta escolhida pelo participante e a outra fechada. Por fim o apresentador pergunta se o participante quer trocar de porta ou continuar com a primeira escolhida. Se você estivesse participando do jogo e o apresentador te desse a opção de trocar de porta, o que você faria? Solução Enunciado Este exercício é conhecido como “jogo das 3 portas” e consiste em 3 portas das quais apenas uma delas esconde um prêmio. O participante escolhe uma delas na qual ele acredita estar o prêmio. Uma vez escolhida a porta, o apresentador, que sabe onde está o prêmio, abre uma porta sem prêmio que não tenha sido escolhida pelo participante. Restam assim a porta escolhida pelo participante e a outra fechada. Por fim o apresentador pergunta se o participante quer trocar de porta ou continuar com a primeira escolhida. Se você estivesse participando do jogo e o apresentador te desse a opção de trocar de porta, o que você faria? Solução É comum pensar que, após a abertura de uma das portas (que não esconde o prêmio), a probabilidade de acerto passa a ser 1/2, pois existem agora apenas duas portas possíveis. No entanto, devemos lembrar que probabilidade é uma medida da informação que temos a respeito da ocorrência de um evento. Como vimos nesta unidade, a probabilidade condicional depende exatamente da quantidade de informação que temos a respeito de dois eventos sucessivos. Nesse caso, os eventos são a escolha de uma porta e a posterior abertura de outra delas. O que ocorre é teoricamente simples. Quando inicialmente se escolhe uma das portas, apesar de contarmos com nossa “intuição”, a informação que temos é clara: temos 1/3 de chance de ganhar com qualquer uma das portas. No entanto, quando o apresentador escolhe uma das portas restantes e abre, a informação que temos a respeito do jogo muda. Sabemos que o apresentador detém a informação de qual porta esconde o prêmio. Sabemos também que ele jamais abriria essa porta, afinal o jogo acabaria logo. Com a abertura dessa porta o que ocorre é simples: a chance de o prêmio estar na porta que escolhemos continua a ser de 1/3; afinal, uma vez escolhida nossa porta, nada aconteceu com ela até o momento. Ela continua sendo a mesma porta do início do jogo com essa probabilidade de sucesso. Contudo, ganhamos a informação de que a porta aberta passou a ter 0% de chance de conter o prêmio. Automaticamente, a porta que não foi escolhida nem aberta passa a ser detentora de ⅔ das chances de esconder o prêmio. Em um primeiro momento parece inacreditável e incorreta essa conclusão, contudo após refletir bastante você verá que é coerente com a teoria aprendida. Exercícios Resolvidos sobre probabilidade total e Teorema de Bayes Para ampliar sua compreensão sobre probabilidade total e Teorema de Bayes, estude este conjunto de exercícios resolvidos sobre o tema. Esse passo é fundamental para fixar bem o conteúdo apresentado na Web Aula e preparar-se para os Exercícios Propostos. Exercício 1 Em uma prova de múltipla escolha, cada questão tem 5 alternativas, sendo apenas uma delas correta. Ao não saber a resposta,o aluno “chuta” aleatoriamente uma resposta qualquer entre as possíveis escolhas. Levando-se em conta um aluno mediano, que saiba 60% do conteúdo, qual será a chance de ele acertar uma das 5 questões escolhida aleatoriamente? E qual a chance de ele acertar exatamente 3 questões? Solução Enunciado Em uma prova de múltipla escolha, cada questão tem 5 alternativas, sendo apenas uma delas correta. Ao não saber a resposta, o aluno “chuta” aleatoriamente uma resposta qualquer entre as possíveis escolhas. Levando-se em conta um aluno mediano, que saiba 60% do conteúdo, qual será a chance de ele acertar uma das 5 questões escolhida aleatoriamente? E qual a chance de ele acertar exatamente 3 questões? Solução Este problema consiste em calcular a probabilidade incondicional de um aluno acertar uma questão qualquer. Isto é, sem saber se ele domina ou não o conteúdo, qual é a chance de acertar uma questão? Para resolver este exercício, portanto, você deve aplicar o teorema da Probabilidade Total. Considere os eventos: A = acertar B = saber o conteúdo = não saber o conteúdo e, portanto, “chutar” uma alternativa Assuma que, se o aluno sabe o conteúdo, ele tem 100% de probabilidade de acertar a questão considerada. Se ele não domina o assunto, “chutará” uma resposta, com 20% de chance de acertar – pois há 5 alternativas possíveis. Então, temos: Para calcular a chance de o aluno acertar exatamente 3 questões, vamos utilizar a informação obtida na primeira parte do exercício. Essa chance será calculada multiplicando a chance de ele acertar 3 questões multiplicada pela chance de errar 2 questões multiplicada pelo número possível de combinações com 3 questões certas e 2 erradas. Utilizando o que você aprendeu sobre regra do produto e os conhecimentos que já possuía sobre combinações temos: Exercício 2 Determinado veículo pode ter problemas mecânicos ou elétricos. Se ele tiver problemas mecânicos, não para, mas se tiver problema elétrico tem de parar imediatamente. A chance de esse veículo ter problemas mecânicos é de 0,2. Já a chance do mesmo veículo ter problemas elétricos é de 0,15 se não houve problema mecânico precedente, e de 0,25 se houve problema mecânico precedente. Agora, calcule: a) Qual é a probabilidade de o veículo parar em determinado dia? b) Se o veículo parou em certo dia, qual a chance de que tenha havido defeito mecânico? c) Qual é a probabilidade de que tenha havido defeito mecânico em determinado dia se o veículo não parou nesse dia? Solução Enunciado Determinado veículo pode ter problemas mecânicos ou elétricos. Se ele tiver problemas mecânicos, não para, mas se tiver problema elétrico tem de parar imediatamente. A chance de esse veículo ter problemas mecânicos é de 0,2. Já a chance do mesmo veículo ter problemas elétricos é de 0,15 se não houve problema mecânico precedente, e de 0,25 se houve problema mecânico precedente. Agora, calcule: a) Qual é a probabilidade de o veículo parar em determinado dia? b) Se o veículo parou em certo dia, qual a chance de que tenha havido defeito mecânico? c) Qual é a probabilidade de que tenha havido defeito mecânico em determinado dia se o veículo não parou nesse dia? Solução Considere os eventos: M = ter problema mecânico E = ter problema elétrico São dadas as informações: P(M) = 0,2 P(E|M) = 0,25 Vamos verificar cada um dos itens: a) O veículo somente vai parar se tiver problema elétrico. Então, precisamos calcular a Probabilidade Total de ocorrer defeito elétrico, independentemente de ter havido ou não defeito mecânico. b) Devemos calcular a probabilidade de ter havido defeito mecânico condicionada ao fato de sabermos que o veículo parou (lembre-se que o veículo para quando há defeito elétrico). Isso é feito por meio do Teorema de Bayes. Observe que P(E) é a Probabilidade Total, calculada no item anterior. c) Mais uma vez, vamos utilizar o Teorema de Bayes para calcular a probabilidade de que tenha havido problema mecânico, dado que não houve defeito elétrico. A probabilidade de não haver defeito elétrico é dada pela propriedade do evento complementar: Agora vamos calcular a probabilidade de não haver defeito elétrico, dado que houve defeito mecânico. Considerando o espaço amostral de todos os eventos que podem ocorrer, dado que houve defeito mecânico, sabemos que a chance de haver defeito elétrico é P(E|M) = 0,25. A chance de não haver defeito elétrico será, portanto, o complementar do evento E em relação a este espaço amostral. Substituindo na expressão do Teorema de Bayes, temos: Exercício 3 Alberto diz que pode prever o futuro das colheitas. A comunidade em que ele vive, interessadíssima nesses poderes, se mobilizou para verificar o fato. Foi averiguado que ele acerta 80% das vezes em que diz que os tomates não vão germinar e 90% das vezes em que diz que os tomates vão germinar. Os tomates não germinam em 10% das colheitas. Se Alberto anunciar a perda da colheita, qual é a probabilidade real de que eles não germinem? Solução Enunciado Alberto diz que pode prever o futuro das colheitas. A comunidade em que ele vive, interessadíssima nesses poderes, se mobilizou para verificar o fato. Foi averiguado que ele acerta 80% das vezes em que diz que os tomates não vão germinar e 90% das vezes em que diz que os tomates vão germinar. Os tomates não germinam em 10% das colheitas. Se Alberto anunciar a perda da colheita, qual é a probabilidade real de que eles não germinem? Solução A maior dificuldade deste exercício é identificar os eventos relevantes. Sejam: A = haver previsão de perda B = haver perda real da colheita O que queremos saber é a probabilidade de haver perda da colheita, dado que houve previsão de perda. Esse cálculo é feito pelo Teorema de Bayes: A probabilidade de haver previsão de perda da colheita, tendo de fato havido perda, nada mais é que a probabilidade de acertar previsão de perda. E este valor é fornecido no enunciado A probabilidade de haver previsão de perda, independentemente de acertar ou não, é calculada pela Probabilidade Total. Atenção: é a probabilidade de haver previsão de perda, mas, na realidade, não haver perda real, ou seja, 0,1. Então, substituindo na expressão do Teorema de Bayes, temos: Exercício 4 Jack é um empresário conhecido por ser muito cauteloso com relação a suas informações. Ele tem um registro minucioso da composição de cada área de sua empresa e sabe que: Jack resolve visitar de surpresa um dos departamentos, escolhendo aleatoriamente um deles e consegue identificar de modo imediato dois executivos. Um deles é sênior e o outro, júnior. Assuma que os três departamentos são igualmente prováveis de serem visitados (as portas das salas são idênticas e equiprováveis). Com base nesses dados, calcule: a) Qual é a chance de Jack visitar a área financeira? b) Qual é a chance de a visita não ser na área de advocacia? c) Qual é a chance de ser o departamento de contabilidade o visitado? d) Qual é a probabilidade de avistar um executivo júnior e um sênior no espaço amostral considerado? Solução Enunciado Jack é um empresário conhecido por ser muito cauteloso com relação a suas informações. Ele tem um registro minucioso da composição de cada área de sua empresa e sabe que: Jack resolve visitar de surpresa um dos departamentos, escolhendo aleatoriamente um deles e consegue identificar de modo imediato dois executivos. Um deles é sênior e o outro, júnior. Assuma que os três departamentos são igualmente prováveis de serem visitados (as portas das salas são idênticas e equiprováveis). Com base nesses dados, calcule: a) Qual é a chance de Jack visitar a área financeira? b) Qual é a chance de a visita não ser na área de advocacia? c) Qual é a chance de ser o departamento de contabilidade o visitado? d) Qual é a probabilidade de avistar um executivo júnior e um sênior no espaço amostral considerado? Solução Vamos calcular as probabilidades de ser cada um dos três departamentos. Considere os eventos:F = ser o departamento financeiro. A = ser o departamento de advocacia. C = ser o departamento de contabilidade. S = ser executivo sênior P = ser executivo pleno J = ser executivo júnior Queremos calcular a probabilidade de ter sido avistado determinado departamento dado que nele havia um executivo sênior e um júnior. Esse cálculo é feito por meio do Teorema de Bayes. Observe para o caso do departamento financeiro: P(F) é dada e P(S∩J|F) é calculada pela Regra do Produto: , no departamento financeiro Para os outros dois departamentos, o raciocínio é o mesmo: , no departamento de advocacia , no departamento de contabilidade P(S∩J) é a probabilidade de haver um executivo sênior e um júnior, independentemente de qual departamento seja considerado. Portanto, será obtida pela Probabilidade Total. Assim, substituindo os valores calculados anteriormente na expressão do Teorema de Bayes, temos: Agora podemos responder às alternativas: a) A chance de ser a área financeira é de 35/122. Como foi calculado: b) Calculamos anteriormente a probabilidade de ser a área de advocacia, dado que foram avistados um executivo sênior e um júnior. A probabilidade de não ser a área de advocacia é obtida pela propriedade do evento complementar A chance de ser o departamento de contabilidade é de 42/122. Como calculamos anteriormente c) A probabilidade de se avistar um executivo júnior e um sênior, independentemente do departamento considerado, foi calculada por meio da Probabilidade Total. Exercício 5 No lançamento de dois dados simultaneamente, se as faces mostrarem números diferentes, qual é a probabilidade de que uma face seja o número 2? Solução Enunciado No lançamento de dois dados simultaneamente, se as faces mostrarem números diferentes, qual é a probabilidade de que uma face seja o número 2? Solução Considere os eventos: A = sair pelo menos uma face 2 B = saírem duas faces diferentes Este é mais um exercício que você pode resolver listando todos os resultados possíveis contidos no espaço amostral. Porém, para ser coerente com o conteúdo desta Unidade, vamos associar este problema ao Teorema de Bayes, que vai nos permitir calcular a probabilidade de sair uma face 2 condicionada ao fato de que as faces são diferentes. O que queremos calcular é P(A) é a probabilidade de sair pelo menos uma face 2, e os eventos favoráveis estão marcados em azul na tabela a seguir. P(B) é a probabilidade de saírem duas faces diferentes, e os eventos favoráveis estão marcados em vermelho na tabela a seguir. P(B|A) é a probabilidade de saírem duas faces diferentes, dado que saiu pelo menos uma face 2. Os eventos favoráveis estão marcados em verde na tabela a seguir e o espaço amostral considerado, em azul. Portanto, temos: Substituindo na expressão do Teorema de Bayes, temos: Que tal confirmarmos nosso resultado utilizando simplesmente a definição clássica? Como o espaço amostral foi desenhado durante o exercício, isso vai ser fácil. Temos 36 resultados possíveis quando jogamos dois dados (ilustrados anteriormente). No entanto, podemos facilmente contar que são 6 resultados em que os números que saem são iguais. Portanto, nosso espaço amostral fica reduzido a 30 resultados possíveis. Também podemos facilmente contar o número de resultados que tenham números diferentes na face dos dados e contenham o número 2. São 10 resultados favoráveis. Pronto, agora é só fazer casos favoráveis sobre casos possíveis. Exercício 6 Quando tratamos de doenças sérias, muitos médicos pedem ao paciente que tenha apresentado diagnóstico positivo em determinado exame que o refaça em outro laboratório para confirmar tal resultado. Imaginando essa situação, crie hipoteticamente dois laboratórios: o laboratório A, que dá resultado positivo para 80% dos portadores da doença e resultado positivo para 10% dos sãos. O laboratório B dá resultado positivo para 70% dos portadores da doença e resultado positivo para 5% dos sãos. Imaginando que a chance de um indivíduo qualquer ter essa doença é de 15% e que os resultados dos laboratórios são independentes tanto para indivíduos doentes como para indivíduos sãos: a) Qual é a chance de um indivíduo qualquer obter resultado positivo pelos dois laboratórios? b) Se um indivíduo enfermo fizer teste em somente um laboratório (considere que a chance de ser o laboratório A é igual a chance de ser o B), q ual é a chance de obter resultado negativo? c) Qual é a chance de um indivíduo enfermo ter sua doença detectada se fizer os testes nos dois laboratórios? d) Aqui a pergunta provável poderia ser: Se 2 doentes fizerem os testes nos 2 laboratórios, qual seria a chance de a doença ser detectada em pelo menos um dos 4 exames? Solução Enunciado Quando tratamos de doenças sérias, muitos médicos pedem ao paciente que tenha apresentado diagnóstico positivo em determinado exame que o refaça em outro laboratório para confirmar tal resultado. Imaginando essa situação, crie hipoteticamente dois laboratórios: o laboratório A, que dá resultado positivo para 80% dos portadores da doença e resultado positivo para 10% dos sãos. O laboratório B dá resultado positivo para 70% dos portadores da doença e resultado positivo para 5% dos sãos. Imaginando que a chance de um indivíduo qualquer ter essa doença é de 15% e que os resultados dos laboratórios são independentes tanto para indivíduos doentes como para indivíduos sãos: a) Qual é a chance de um indivíduo qualquer obter resultado positivo pelos dois laboratórios? b) Se um indivíduo enfermo fizer teste em somente um laboratório (considere que a chance de ser o laboratório A é igual a chance de ser o B), qual é a chance de obter resultado negativo? c) Qual é a chance de um indivíduo enfermo ter sua doença detectada se fizer os testes nos dois laboratórios? d) Aqui a pergunta provável poderia ser: Se 2 doentes fizerem os testes nos 2 laboratórios, qual seria a chance de a doença ser detectada em pelo menos um dos 4 exames? Solução a) A probabilidade de um indivíduo obter resultado positivo nos dois laboratórios, independentemente de ser ou não portador da doença, nada mais é do que a probabilidade total de ocorrência do evento E = “resultado positivo”. Onde: P(D) = probabilidade de ser um “indivíduo portador” = 0,15 P(S) = probabilidade de ser um “indivíduo são” = 0,85 P(EA|D) = probabilidade de termos “resultado positivo no laboratório A, dado que o indivíduo é portador” = 0,8 P(EB|D) = probabilidade de termos “resultado positivo no laboratório B, dado que o indivíduo é portador” = 0,7 P(EA|S) = probabilidade de termos “resultado positivo no laboratório A, dado que o indivíduo é são” = 0,1 P(EB|S) = probabilidade de termos “resultado positivo no laboratório B, dado que o indivíduo é são” = 0,05 Portanto, a chance de um indivíduo qualquer fornecer resultado positivo pelos 2 laboratórios é próxima de 0,09. b) Para calcular a probabilidade de o teste falhar, independentemente da escolha do laboratório, aplicamos a Probabilidade Total. Seja F o evento “falha no teste”, então: c) A forma mais simples de resolver é por meio do evento complementar. A doença será detectada se algum dos testes acusar a enfermidade. Portanto, vamos calcular a probabilidade de nenhum dos laboratórios detectar a doença. Depois, vamos aplicar a probabilidade do evento complementar. Seja G o evento “a doença ser detectada”, GA = “a doença ser detectada no laboratório A” e GB = “a doença ser detectada no laboratório B”. Assim, a probabilidade de a doença ser detectada é: d) Para a doença não ser detectada de forma alguma (vamos chamar de evento H), os testes devem falhar no laboratório A e no laboratório B para ambos os pacientes. Então, nada mais é do que uma Regra do Produto aplicada duas vezes. Portanto, a probabilidade de a doença ser detectada é dada pelo evento complementar àquele cuja probabilidade foi calculada anteriormente Exercício 7 Em dias muito frios a chance de os funcionários de uma indústria faltaremao trabalho é de 0,06. Já em dias normais, ela é igual a 0,01. Em 1/5 dos dias faz muito frio. Qual é a probabilidade de 1 funcionário não ter faltado em um dia qualquer? Solução Enunciado Em dias muito frios a chance de os funcionários de uma indústria faltarem ao trabalho é de 0,06. Já em dias normais, ela é igual a 0,01. Em 1/5 dos dias faz muito frio. Qual é a probabilidade de 1 funcionário não ter faltado em um dia qualquer? Solução Embora seja muito simples, este exercício é importante para que você possa verificar uma aplicação direta do Teorema da Probabilidade Total. Queremos calcular a chance de 1 funcionário não faltar em determinado dia, independentemente de ter feito frio ou não. Sejam os eventos: F = dia frio N = dia normal Então, a probabilidade de não haver falta é dada pelo evento complementar: Exercício 8 Em um saco existem 4 dados, dos quais 2 são normais, um deles apresenta números pares em 75% das jogadas, e o último tem somente números pares. Escolhendo aleatoriamente um dos dados e jogando-o 2 vezes obtém-se 2 números pares. Qual é a chance de ter sido escolhido um dado normal?” Solução Enunciado Em um saco existem 4 dados, dos quais 2 são normais, um deles apresenta números pares em 75% das jogadas, e o último tem somente números pares. Escolhendo aleatoriamente um dos dados e jogando-o 2 vezes obtém-se 2 números pares. Qual é a chance de ter sido escolhido um dado normal?” Solução Este problema é resolvido pela aplicação direta do Teorema de Bayes. Queremos a probabilidade de ter sido escolhido 1 dado normal (chamaremos de evento A), dado que foram obtidos 2 números pares nas 2 jogadas (chamaremos de evento B). Então: P(A) é a probabilidade de se escolher 1 dado normal e é igual a ½, pois existem 2 dados normais em 4 possíveis. P(B|A) é a probabilidade de saírem 2 números pares, considerando que foi escolhido 1 dado normal. Os resultados dos dados – condicionalmente ao dado que foi retirado – são independentes. Assim, podemos aplicar a regra do produto, o que nos dá, então: P(B) é a probabilidade de saírem 2 números pares, independentemente de qual dado tenha sido escolhido. Pela Probabilidade Total, sendo E = “escolher o dado com 75% de chance de sair número par” e F = “escolher o dado somente com números pares”: Substituindo na expressão do Teorema de Bayes, temos: Exercícios resolvidos sobre Função de probabilidade e densidade de probabilidade Você aprendeu o que é função probabilidade e função densidade de probabilidade e viu como esses conceitos são importantes para o estudo estatístico. Estudando esse conjunto de Exercícios Resolvidos, terá mais uma oportunidade de aprender como os conceitos estudados nesta Unidade se aplicam a situações típicas do dia a dia das sociedades contemporâneas. Exercício 1 Visando aprimorar a capacitação do seu quadro de funcionários, uma empresa sorteia mensalmente quatro colaboradores que vão participar de programas intensivos de treinamento. Nessa empresa, 1/3 dos colaboradores são mulheres. Estamos interessados na distribuição de probabilidade da variável aleatória “número de colaboradoras do sexo feminino”. Considerando que o número de funcionários da empresa é suficientemente grande para que possamos aplicar a distribuição binomial, calcule: a) qual é a probabilidade de nenhum dos 4 colaboradores ser mulher “p(0)” ? b) qual é a probabilidade de 1 dos 4 colaboradores ser mulher “p(1)” ? c) qual é a probabilidade de 2 dos 4 colaboradores serem mulheres “p(2)” ? d) qual é a probabilidade de 3 dos 4 colaboradores serem mulheres “p(3)” ? e) qual é a probabilidade de todos os 4 colaboradores serem mulheres “p(4)” ? Solução Enunciado Visando aprimorar a capacitação do seu quadro de funcionários, uma empresa sorteia mensalmente quatro colaboradores que vão participar de programas intensivos de treinamento. Nessa empresa, 1/3 dos colaboradores são mulheres. Estamos interessados na distribuição de probabilidade da variável aleatória “número de colaboradoras do sexo feminino”. Considerando que o número de funcionários da empresa é suficientemente grande para que possamos aplicar a distribuição binomial, calcule: a) qual é a probabilidade de nenhum dos 4 colaboradores ser mulher “p(0)” ? b) qual é a probabilidade de 1 dos 4 colaboradores ser mulher “p(1)” ? c) qual é a probabilidade de 2 dos 4 colaboradores serem mulheres “p(2)” ? d) qual é a probabilidade de 3 dos 4 colaboradores serem mulheres “p(3)” ? e) qual é a probabilidade de todos os 4 colaboradores serem mulheres “p(4)” ? Solução Neste exercício, devemos descrever toda a distribuição de probabilidades da variável aleatória discreta X = “número de colaboradoras sorteadas”. Isso significa que devemos calcular as probabilidades de cada um dos valores que a variável X pode assumir. Sabemos que a probabilidade de uma colaboradora ser mulher é p =1/3, então: Aqui vale um comentário importante. Os números que estão multiplicando as probabilidades têm origem na maneira como se desenha o exercício. Peguemos, por exemplo, o número 4 que está presente na P(x = 3). Essa multiplicação ocorre porque importa a ordem de acontecimento dos fatores. Além disso, são 4 as maneiras possíveis dessa ocorrência, ilustradas a seguir. Agora podemos completar a tabela da função de probabilidade: Com base nessas informações, basta comparar os resultados obtidos com as afirmações propostas: A probabilidade de nenhum dos 4 colaboradores ser mulher é de aproximadamente 20%. A probabilidade de 1 dos 4 colaboradores ser mulher é de aproximadamente 40% A probabilidade de 2 dos 4 colaboradores serem mulheres é de aproximadamente 30% A probabilidade de 3 dos 4 colaboradores serem mulheres é próxima de 10%. A probabilidade de todos os 4 colaboradores serem mulheres é de aproximadamente 1%. Exercício 2 Uma caixa contém 8 bombons, dos quais 5 são feitos com chocolate meio amargo e 3 são feitos com chocolate branco. Se uma criança pegar dois bombons da caixa, aleatoriamente, qual será a distribuição da probabilidade para o número de bombons feitos com chocolate branco? Solução Enunciado Uma caixa contém 8 bombons, dos quais 5 são feitos com chocolate meio amargo e 3 são feitos com chocolate branco. Se uma criança pegar dois bombons da caixa, aleatoriamente, qual será a distribuição da probabilidade para o número de bombons feitos com chocolate branco? Solução Devemos fazer a descrição completa da distribuição de probabilidades da variável aleatória discreta X = “número de bombons brancos”. Sabendo-se que, de 8 bombons de um pacote, 3 são brancos e 5 são meio amargos, vamos calcular as probabilidades de cada um dos valores que X pode assumir. Observe que no caso “escolher um meio amargo e um branco”, você deve multiplicar as probabilidades por dois, ou seja, deve considerar as duas combinações possíveis: “branco, meio amargo” e “meio amargo, branco”. Portanto, a função de probabilidade da variável aleatória X = “número de bombons brancos” é dada pela tabela a seguir. Exercício 3 Enunciado Uma fábrica de tintas está estudando a aplicação de métodos estatísticos para melhorar a qualidade do seu processo produtivo. Um dos indicadores importantes de qualidade para a tinta é a sensibilidade à luz, descrita pela variável aleatória X que apresenta a seguinte distribuição de probabilidade: Com base nisso, calcule: Solução Enunciado Uma fábrica de tintas está estudando a aplicação de métodos estatísticos para melhorar a qualidade do seu processo produtivo. Um dos indicadores importantes de qualidade para a tinta é a sensibilidade à luz, descrita pela variável aleatória X que apresenta a seguinte distribuição de probabilidade: Com base nisso, calcule: Solução a) Como X pode assumir valores de um conjunto finito, trata-se de uma variável aleatória discreta. Sabemos que, a função de probabilidade deve obedecer à seguinte regra: b) Sabemos que, no intervalo 2 ≤ X ≤ 6, a variável X pode assumir os valores 5 ou 3,então: c) A função de repartição ou função de distribuição acumulada, no caso discreto, é calculada por: Exercício 4 Observe a função de distribuição acumulada F(x) abaixo e calcule as probabilidades de: a) X ≤ 2 b) 3 ≤ X ≤ 8 c) 1 ≤ X ≤ 7 d) X ≤ 6 e) X > 1 Solução Enunciado Observe a função de distribuição acumulada F(x) abaixo e calcule as probabilidades de: a) X ≤ 2 b) 3 ≤ X ≤ 8 c) 1 ≤ X ≤ 7 d) X ≤ 6 e) X > 1 Solução Você deve se lembrar que a função de repartição dá a probabilidade acumulada de um determinado valor. a) X ≤ 2 A probabilidade de X assumir valores de no máximo 2 é o acúmulo das probabilidades de todos os valores até 2. Este valor é dado pela função de repartição F(x): b) 3 ≤ X ≤ 8 Uma das propriedades da função de repartição é: Então, c) 1 ≤ X ≤ 7 Este item é resolvido da mesma forma que o anterior. d) X ≤ 6 Este item é semelhante ao item a. e) X > 1 A função de repartição dá apenas o valor da probabilidade de uma variável assumir valores menores ou iguais a um determinado valor. Nesse caso, só podemos calcular a probabilidade de X assumir valores menores ou iguais a 1: Já, a probabilidade de X ser maior que 1 é dada pelo evento complementar: Essa solução é aceitável, pois se marcarmos os eventos mencionados anteriormente sobre a reta real, veremos que o espaço amostral fica completamente coberto. Exercício 5 Considere uma variável aleatória X assumindo os valores 0,1,2,3,4,5 e tal que a) Para qual valor de k a expressão anterior é uma função de probabilidade? b) Calcule P(X = 2|X < 3) Solução Enunciado Considere uma variável aleatória X assumindo os valores 0,1,2,3,4,5 e tal que a) Para qual valor de k a expressão anterior é uma função de probabilidade? b) Calcule P(X = 2|X < 3) Solução Para resolver esse exercício, podemos começar fazendo uma tabela que relacione o valor de p(x) com cada X em função de k. a) Sabemos no entanto que : b) Agora podemos calcular P(X = 2|X < 3) Nesse ponto vale reforçar que o calculado na expressão anterior é uma probabilidade condicionada. Esse conceito foi visto em Unidades anteriores. Se você ficou com dúvida na maneira de calcular a probabilidade condicionada, reveja o conteúdo que trata do tema. Exercício 6 A transfusão de sangue é uma prática médica que ajuda a salvar muitas vidas. No entanto, para uma transfusão de sangue ser bem-sucedida, alguns cuidados devem ser tomados. O sangue doado, além de ser testado para evitar a transmissão de doenças, deve ser de tipo compatível com o tipo sanguíneo do receptor. Esse procedimento é necessário pois cada organismo aceita ou rejeita o sangue recebido e isso pode causar sérios problemas ao doente. Podemos considerar uma pessoa que tenha sangue do tipo O- como um “doador universal”. Considerando um grupo de cinco possíveis doadores, onde somente 2 deles são do tipo O- , se testarmos cada um dos 5 aleatoriamente, até que um dos indivíduos O- seja identificado,qual é a função de probabilidade da variável aleatória “número de indivíduos testados”? Solução Enunciado A transfusão de sangue é uma prática médica que ajuda a salvar muitas vidas. No entanto, para uma transfusão de sangue ser bem-sucedida, alguns cuidados devem ser tomados. O sangue doado, além de ser testado para evitar a transmissão de doenças, deve ser de tipo compatível com o tipo sanguíneo do receptor. Esse procedimento é necessário pois cada organismo aceita ou rejeita o sangue recebido e isso pode causar sérios problemas ao doente. Podemos considerar uma pessoa que tenha sangue do tipo O- como um “doador universal”. Considerando um grupo de cinco possíveis doadores, onde somente 2 deles são do tipo O- , se testarmos cada um dos 5 aleatoriamente, até que um dos indivíduos O- seja identificado, qual é a função de probabilidade da variável aleatória “número de indivíduos testados”? Solução Mais uma vez, para encontrar a função procurada, podemos procurar seu valor ponto a ponto. Façamos isso preenchendo uma tabela para melhor visualização dos resultados. Vale lembrar que as probabilidades calculadas foram feitas com base no conteúdo das Unidades anteriores do curso. Se você ficou com alguma dúvida nesse tópico, retorne às Unidades em que se estudou o cálculo de probabilidades e reveja os tópicos que apresentaram dificuldades para você. Para efeito de ilustração, segue uma explicação sobre o cálculo de P(x = 3): é a probabilidade de o primeiro paciente não ter sangue tipo O- , multiplicada pela probabilidade de o segundo paciente também não ter esse tipo sanguíneo, finalmente multiplicada pela probabilidade de o terceiro ter esse tipo de sangue. Exercício 7 O sexo de um indivíduo é definido pela interação de cromossomos sexuais. Nos seres humanos, o sexo é determinado pelo sistema XY. Nesse sistema, os homens têm o cromossomo XY e as mulheres, XX. Na reprodução, cada um cede um dos genes para o descendente com igual possibilidade de ocorrência. Observando então uma maternidade e anotando o sexo de cada criança que nasce, até que nasça uma menina, estabeleça a função de probabilidades para a variável aleatória “crianças nascidas até que nasça a primeira menina”. (Recomenda-se resolver esse exercício de maneira literal.) Solução Enunciado O sexo de um indivíduo é definido pela interação de cromossomos sexuais. Nos seres humanos, o sexo é determinado pelo sistema XY. Nesse sistema, os homens têm o cromossomo XY e as mulheres, XX. Na reprodução, cada um cede um dos genes para o descendente com igual possibilidade de ocorrência. Observando então uma maternidade e anotando o sexo de cada criança que nasce, até que nasça uma menina, estabeleça a função de probabilidades para a variável aleatória “crianças nascidas até que nasça a primeira menina”. (Recomenda-se resolver esse exercício de maneira literal.) Solução Comecemos calculando a função ponto a ponto. Definindo a probabilidade de nascer menina como p: Aqui foram utilizados os conhecimentos anteriores de cálculo de probabilidades e evento complementar. Se você ficou com alguma dúvida , reveja esses conceitos nas Unidades anteriores. A fórmula geral que decorre do desenvolvimento acima é: Exercício 8 Suponha que em uma produção diária de 750 canetas, 50 delas não vão escrever imediatamente assim que usadas pela primeira vez. Um consumidor compra duas canetas desse lote. Sendo X a variável aleatória que designa o número de canetas que não escrevem de imediato, qual a função repartição de X? Solução Enunciado Suponha que em uma produção diária de 750 canetas, 50 delas não vão escrever imediatamente assim que usadas pela primeira vez. Um consumidor compra duas canetas desse lote. Sendo X a variável aleatória que designa o número de canetas que não escrevem de imediato, qual a função repartição de X? Solução Calculemos a função ponto a ponto. Função repartição: Exercícios resolvidos sobre Propriedades dos Parâmetros Para ampliar sua compreensão sobre conceitos e aplicações das propriedades dos parâmetros, sugerimos que estude esta série de exercícios selecionados pelo professor. Observe como o conhecimento das propriedades dos parâmetros é fundamental para a solução de problemas corriqueiros envolvidos em processos diversos da indústria e do comércio. Exercício 1 Em uma indústria, são utilizadas caixas para acondicionar 10 bolas de peso médio igual a 100 g e desvio-padrão igual a 5 g. Cada caixa pesa, em média, 200 g e tem desvio-padrão igual a 15 g. Qual a média e o desvio- padrão da caixa contendo as 10 bolas? Solução Enunciado Em uma indústria, são utilizadas caixas para acondicionar 10 bolas de peso médio igual a 100 g e desvio-padrão igual a 5 g. Cada caixa pesa, em média, 200 g e tem desvio-padrão igual a 15 g. Qual a média e o desvio- padrão da caixa contendo as 10 bolas? Solução Para calcular a média e o desvio-padrão, aplicaremos as propriedades da soma e do produto, tanto da média quanto da variância. Elas são: Utilizando essas propriedades, fazemos: Sejam Wto peso total, Wio peso da i-ésima bola (i = 1, ..., 10) e Wc o peso da caixa apenas. Assim, Logo, Para calcular o desvio-padrão, calculamos a variância, pois . Assim temos: Exercício 2 O peso dos produtos em uma empresa é dado pela distribuição a seguir. Sendo x o peso do produto, o custo de seu transporte é dado por . Calcule o custo médio de transporte. Solução Enunciado O peso dos produtos em uma empresa é dado pela distribuição a seguir. Sendo x o peso do produto, o custo de seu transporte é dado por . Calcule o custo médio de transporte. Solução Aqui, é essencial que se aplique a seguinte propriedade da média: Sendo φ uma função e x uma variável aleatória: Como estamos lidando com um caso contínuo, utilizaremos a primeira fórmula. (lembrando que podemos “desmembrar a integral”) (Lembrando aqui que c(x) é dada no enunciado e que f(x) é o valor que a função apresentada no gráfico assume a cada ponto.) Exercício 3 Nem sempre é fácil obter informações sobre os parâmetros envolvidos nos eventos apresentados nos exercícios anteriores e, muitas vezes, dificuldades tecnológicas nos impedem de realizar medições exatas sobre esses parâmetros. No entanto, medidas indiretas podem nos ajudar a determinar o comportamento do parâmetro. Sendo W uma variável aleatória com as características apresentadas a seguir, encontre sua média e seu desvio- padrão. Solução Enunciado Nem sempre é fácil obter informações sobre os parâmetros envolvidos nos eventos apresentados nos exercícios anteriores e, muitas vezes, dificuldades tecnológicas nos impedem de realizar medições exatas sobre esses parâmetros. No entanto, medidas indiretas podem nos ajudar a determinar o comportamento do parâmetro. Sendo W uma variável aleatória com as características apresentadas a seguir, encontre sua média e seu desvio- padrão. Solução Nesse exercício são utilizadas as seguintes propriedades: Com isso desenvolvemos: Montando um sistema de duas equações com duas incógnitas, utilizando as equações sublinhadas, temos: Para a variância temos: Exercício 4 Um teste é composto por 5 questões de múltipla escolha, com 4 itens em cada uma. Cada resposta errada anula uma resposta certa. Um aluno “chuta” todas as questões. Qual a nota média e a variância da nota do aluno? Solução Enunciado Um teste é composto por 5 questões de múltipla escolha, com 4 itens em cada uma. Cada resposta errada anula uma resposta certa. Um aluno “chuta” todas as questões. Qual a nota média e a variância da nota do aluno? Solução Na tabela a seguir relaciona-se o número de acertos com a quantidade de questões consideradas na nota do aluno (número de questões certas menos número de questões erradas): Lembrando que os eventos podem acontecer em qualquer ordem, podemos então construir a seguinte função de probabilidade para p(x), para facilitar a resolução. Com isso, podemos facilmente obter a função de probabilidade para cada nota possível (Y) apresentada a seguir. Vale observar que os cálculos mais elementares já foram efetuados. Além disso, os números associados a cada Y são as probabilidades associadas a seu “par” em X. Ou seja, para Y = 3, por exemplo, o valor encontrado é o referente à probabilidade de se acertar 4 questões (X = 4). Com isso, podemos calcular a função probabilidade da variável Y (nota). Por exemplo, a probabilidade de tirar nota 0 é igual à probabilidade de acertar 0, 1 ou 2 questões e assim por diante. Para calcular a média, multiplicamos cada valor de Y pela probabilidade correspondente. O cálculo da variância é feito a seguir. Primeiro, mostramos a fórmula para seu cálculo, depois, aos poucos, introduzimos as indicações e os cálculos feitos. Boa parte desses cálculos e indicações já foi elucidada em outras partes da resolução do exercício. Exercício 5 O Sebrae é uma entidade privada e de interesse público que apoia a abertura e a expansão de pequenos negócios. Entre os cursos oferecidos pelo Sebrae, alguns apresentam os processos de controle da qualidade, em que é ensinado ao empreendedor como estabelecer procedimentos para inspecionar os lotes produzidos e minimizar os custos da qualidade. Entre os custos incluem os envolvidos no reprocessamento de produtos defeituosos. Nesses custos, incluem-se também aqueles relacionados a produtos defeituosos, que são incorretamente aprovados para comercialização, e a produtos bons, que são rejeitados incorretamente. Em uma oficina de cerâmica, um iniciante tem 10% de chance de cometer algum erro e fabricar um produto com defeito. Em virtude da inexperiência, esse artesão também erra no processo de inspeção da qualidade, classificando de maneira equivocada 20% dos produtos ruins e 30% dos produtos bons. Considerando que esse artesão produz 10 itens por dia, qual o número médio de produtos classificados como ruins em um dia qualquer? Solução Enunciado O Sebrae é uma entidade privada e de interesse público que apoia a abertura e a expansão de pequenos negócios. Entre os cursos oferecidos pelo Sebrae, alguns apresentam os processos de controle da qualidade, em que é ensinado ao empreendedor como estabelecer procedimentos para inspecionar os lotes produzidos e minimizar os custos da qualidade. Entre os custos incluem os envolvidos no reprocessamento de produtos defeituosos. Nesses custos, incluem-se também aqueles relacionados a produtos defeituosos, que são incorretamente aprovados para comercialização, e a produtos bons, que são rejeitados incorretamente. Em uma oficina de cerâmica, um iniciante tem 10% de chance de cometer algum erro e fabricar um produto com defeito. Em virtude da inexperiência, esse artesão também erra no processo de inspeção da qualidade, classificando de maneira equivocada 20% dos produtos ruins e 30% dos produtos bons. Considerando que esse artesão produz 10 itens por dia, qual o número médio de produtos classificados como ruins em um dia qualquer? Solução Em primeiro lugar, vamos resolver esse exercício de maneira mais visual. Vamos utilizar uma árvore de probabilidade. Ela é bem ilustrativa e de fácil entendimento. Observe: Com essa árvore de probabilidades, precisamos somar as probabilidades de ser ruim (com classificação correta) e de ser bom (com classificação errada). Elas são: Isso significa que 35% dos objetos são classificados como ruins todos os dias, ou seja, em média 3,5 objetos são classificados como ruins diariamente. Por outro lado podemos resolver esse exercício com o Teorema da Probabilidade Total. Sendo: P(R) = probabilidade de ser considerado ruim (incógnita) P(D) = probabilidade de ser um objeto realmente ruim = 0,1 P(P) = probabilidade de ser um objeto perfeito = 0,9 P(CD/D) = probabilidade de ser considerado defeituoso dado que é um objeto defeituoso realmente = 0,8 P(CD/P) = probabilidade de ser considerado defeituoso dado que é um objeto perfeito = 0,3 P(R)= P(D)*P(CD/D) + P(P)*P(CD/P) = 0,1*0,8 + 0,9*0,3 = 0,08 + 0,27 = 0,35. Desta forma chegamos ao mesmo resultado da resolução anterior! Exercício 6 Em uma fábrica de massa para bolo, a mistura para a massa é armazenada em caixas e esse serviço é feito por uma máquina automática. Depois de passarem pela máquina, as caixas saem com peso bruto médio de 850 g e desvio-padrão de 4,5 g. As caixas vazias têm peso médio de 220 g e desvio-padrão de 2,7 g. Determine o peso médio e o desvio-padrão do preparado colocado dentro da caixa, se: a) A máquina pesar a mistura dentro da caixa. b) A máquina pesar a mistura e depois colocá-la na caixa. Solução Enunciado Em uma fábrica de massa para bolo, a mistura para a massa é armazenada em caixas e esse serviço é feito por uma máquina automática. Depois de passarem pela máquina, as caixas saem com peso bruto médio de 850 g e desvio-padrão de 4,5 g. As caixas vazias têm peso médio de 220 g e desvio-padrão de 2,7 g. Determine o peso médio e o desvio-padrão do preparado colocado dentro da caixa, se: a) A máquina pesar a mistura dentro da caixa. b) A máquina pesar a mistura e depoiscolocá-la na caixa. Solução Para resolver esse problema, usaremos as propriedades da média e da variância, lembrando que o peso da mistura e o peso da caixa são independentes: Definimos: C = peso médio da caixa = µ(C) = 220 g B = peso bruto médio do conjunto (caixa + mistura) = µ(B)= 850 g P = peso médio da mistura = ? Aparentemente, os dois itens solicitam a mesma situação, mas aplicando as propriedades dos parâmetros você verá que são situações bem diferentes. a) Nesse caso, a máquina pesa o conjunto “mistura + caixa” e, portanto, as medidas que temos são B (peso do conjunto) e C (peso da caixa). Então: A média pode ser calculada da seguinte forma: A variância será: Portanto, o desvio-padrão, dado pela raiz quadrada da variância, será: b) Agora, note a diferença quando a mistura é pesada antes de ser colocada na caixa. Por esse procedimento, podemos obter o peso do conjunto, por meio da soma dos pesos da caixa e da mistura. Então: A média pode ser calculada da seguinte forma: A variância será: Portanto, o desvio-padrão, dado pela raiz quadrada da variância, será: Exercício 7 Em uma fábrica de automóveis foi medido o tempo que os torneiros mecânicos utilizam para produzir uma certa peça. Eles descobriram que esse tempo era uma variável aleatória discreta com distribuição de probabilidade descrita a seguir. Para cada peça processada, o operário recebe um fixo de R$ 2,00 e, se ele processar a peça em menos de 6 minutos, recebe um adicional de R$ 0,50 por minuto poupado. Determine a distribuição de probabilidade, a média e a variância da variável aleatória G, sendo G a quantia ganha por um operário para a fabricação de uma peça. Solução Enunciado Em uma fábrica de automóveis foi medido o tempo que os torneiros mecânicos utilizam para produzir uma certa peça. Eles descobriram que esse tempo era uma variável aleatória discreta com distribuição de probabilidade descrita a seguir. Para cada peça processada, o operário recebe um fixo de R$ 2,00 e, se ele processar a peça em menos de 6 minutos, recebe um adicional de R$ 0,50 por minuto poupado. Determine a distribuição de probabilidade, a média e a variância da variável aleatória G, sendo G a quantia ganha por um operário para a fabricação de uma peça. Solução Para calcular o tempo médio de processamento, vamos utilizar o mesmo mecanismo dos exercícios anteriores. Para continuar a resolução, vamos construir a distribuição da probabilidade de G: Para calcular a média de G, usaremos também: Para o cálculo da variância, usaremos: Exercício 8 Sabemos que o hodômetro de um veículo marca distâncias em km. Se o comprimento de uma determinada ponte é 12,8 km, sabemos que, em muitas vezes, o hodômetro marcará 12 km e em outras, 13 km. Qual o desvio-padrão dessas leituras? Solução Enunciado Sabemos que o hodômetro de um veículo marca distâncias em km. Se o comprimento de uma determinada ponte é 12,8 km, sabemos que, em muitas vezes, o hodômetro marcará 12 km e em outras, 13 km. Qual o desvio-padrão dessas leituras? Solução Esse exercício, apesar de não ser tão intuitivo, é relativamente fácil! Utilizaremos: Sabemos que a média é 12,8 e também que: Exercícios Resolvidos sobre Distribuições de Bernoulli, Binomial e de Poisson Estudando os enunciados e as soluções destes exercícios sobre distribuições de Bernoulli, Binomial e Poisson você estará bem preparado para resolver os Exercícios Propostos deste Módulo. Exercício 1 Em uma indústria, 60% das peças torneadas são polidas. Se observarmos uma amostra de 10 peças torneadas de um lote qualquer, qual a probabilidade de encontrarmos ao menos 8 peças polidas? Calcule também a média e a variância do número de peças polidas. Solução Enunciado Em uma indústria, 60% das peças torneadas são polidas. Se observarmos uma amostra de 10 peças torneadas de um lote qualquer, qual a probabilidade de encontrarmos ao menos 8 peças polidas? Calcule também a média e a variância do número de peças polidas Solução Seja X o número de peças torneadas da amostra que são polidas. X tem distribuição binomial. Você já sabe que n é o número de peças da mostra e que p é a probabilidade de ocorrência do evento desejado (polimento). Devemos recordar também a fórmula para o cálculo da binomial, que é: É intuitivo que se desejamos calcular p(X ≥ 8), esta será igual a: Passemos agora para o cálculo da média e da variância. Como vimos na parte teórica do curso: Então, temos: Exercício 2 Uma pequena indústria produz 10 bicicletas por dia. Há uma probabilidade constante (p = 0,1) de produzir bicicletas com problemas. Antes de serem distribuídas no mercado, as bicicletas são inspecionadas e as que apresentam defeitos são descartadas. A probabilidade de uma bicicleta defeituosa ser mal classificada é 0,2 (q = 0,2); a probabilidade de uma bicicleta boa ser mal classificada é 0,3 (p = 0,3). Determine a função de probabilidade da variável X, número de bicicletas classificadas como defeituosas ao final do dia. Além disso, determine o número médio de bicicletas classificadas como defeituosas por dia. Solução Enunciado Uma pequena indústria produz 10 bicicletas por dia. Há uma probabilidade constante (p = 0,1) de produzir bicicletas com problemas. Antes de serem distribuídas no mercado, as bicicletas são inspecionadas e as que apresentam defeitos são descartadas. A probabilidade de uma bicicleta defeituosa ser mal classificada é 0,2 (q = 0,2); a probabilidade de uma bicicleta boa ser mal classificada é 0,3 (p = 0,3). Determine a função de probabilidade da variável X, número de bicicletas classificadas como defeituosas ao final do dia. Além disso, determine o número médio de bicicletas classificadas como defeituosas por dia. Solução Assumindo independência na classificação, e adotando uma distribuição binomial, temos: X = B(n, p) Você já sabe que n é o número de peças da mostra e que p é a probabilidade de ocorrência do evento estudado. Devemos recordar também a fórmula para o cálculo da binomial que é: Uma maneira mais ilustrativa de resolver esse exercício é criar uma árvore de probabilidades. O que vimos na árvore de probabilidades: p( CD ∩ P) = 0,9 * 0,3 = 0,27 p(CD ∩ D) = 0,1 * 0,8 = 0,08 p(CD) = 0,27 + 0,08 = 0,35 O número de bicicletas classificadas como defeituosas no fim do dia é igual: p(CD) = p[(CD ∩ P) U (CD ∩ D)] Sendo: p(CD) = probabilidade de ser classificada como defeituosa p(CD/P) = probabilidade de ser classificada como defeituosa dado que é perfeita = 0,3 p(CD/D) = probabilidade de ser classificada como defeituosa dado que é defeituosa = 0,8 Então façamos os cálculos, de acordo com o que vimos na árvore de probabilidades: p(P).p(CD/P) = 0,9 * 0,3 = 0,27 p(D).p(CD/D) = 0,1 * 0,8 = 0,08 p(CD) = 0,27 + 0,08 = 0,35 Como podemos observar, o resultado é o mesmo encontrado na primeira resolução! Agora que sabemos o valor de p (p = 0,35), e já sabíamos o valor de n (n = 10), temos os dados necessários para efetuar o restante dos cálculos: Por fim, calculamos a média: Exercício 3 Cada um de seis consumidores de chocolate selecionados aleatoriamente recebe uma barra do chocolate S e uma barra do chocolate F. As barras são idênticas, exceto por um código na embalagem que identifica o chocolate. Suponha que não haja uma tendência de preferência entre os consumidores, então, p = P (um indivíduo selecionado prefere S) = 0,5. a) Qual a probabilidade de exatamente 3 consumidores preferirem S? b) Qual a probabilidade de pelo menos 3 consumidores preferirem S? c) Qual a probabilidade de no máximo 1 consumidor preferir S? Solução Enunciado Cada um de seis consumidores de chocolate selecionados aleatoriamente recebe uma barra do chocolate S e uma barra do chocolate F. As barras são idênticas, exceto por um código na embalagem que identifica o chocolate. Suponha que não haja uma tendência de preferência entre os consumidores, então, p = P (um indivíduo selecionado prefere S) = 0,5. a) Qual a probabilidade de exatamente 3 consumidores preferirem
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